Aula 13 da Quarentena (= 133-134)
Aula 133-134 [= 13 da
Quarentena] (28 [5.ª],
29/abr [3.ª, 4.ª, 9.ª]) Começo pela correção da tarefa da aula 8 (ainda estou a
ler algumas tarefas das turmas 5.ª e 9.ª — acabarei hoje —, já li os textos das
3.ª e 4.ª; desta vez, em geral só deixei uma nota, para não estar a atrasar-me
mais, o que não significa que não houvesse erros a corrigir).
Correção de tarefa de
aula 8 (apreciação crítica de
cartoon de O Inimigo Público)
Três
ou quatro indicações genéricas. O título do suplemento teria de estar em itálico
(O Inimigo Público), sendo aceitáveis as aspas («O Inimigo Público»), já
que não é bem um jornal, é um suplemento. Não se tratava de «pintura»,
«quadro», mas de um «cartoon», «desenho», «imagem». Também não gosto de «obra».
Não era uma «vivenda», mas «edifício», «prédio», «apartamentos», «casa» até. Os
problemas das pessoas, por falta de salário, não seriam «monetários» (é mais
específico de questões de moeda), mas «económicos», «financeiros», «de
subsistência». Um erro que aconteceu algumas vezes: «veem» é que é de «ver» e
não tem já acento (e «vêm» é de «vir»).
Finalmente,
tenho dificuldade em aceitar que o cartoon critique aqueles que não se mantêm
confinados; ao contrário, há uma brincadeira em torno do confinamento. Assim,
por exemplo, o desenhador é mais favorável à velhota do que ao polícia, cujo
zelo ridiculariza.
Desta
vez ponho só dois textos como modelos, um sobre a caricatura no Inimigo
Público e o outro sobre a pintura de Tarsila do Amaral (havia muitos outros
bons exemplos, é claro).
Nesta imagem, o
elemento mais chamativo é o edifício à esquerda. Permitindo-nos uma visão
através das paredes, o ilustrador preencheu os diversos andares de cenários
caóticos provocados, evidentemente, pela situação vivida atualmente, que força
as pessoas a ficar em casa (quercompletamente sozinhas, quer com a família, o
que pode provocar, respetivamente, o sentimento de solidão ou um acréscimo de
desavenças e conflitos).
Por cima da cidade, o
céu está escuro e nublado, espelhando, de certa forma, o ambiente pesado dos
acontecimentos atuais. No primeiro andar do prédio observa-se um casal numa
situação de violência doméstica, fazendo contas (claramente dividindo dinheiro,
o que será, poder-se-á supor, a causa das discussões). No andar seguinte, uma
família numerosa luta denodadamente por uma nota – que está prestes a voar pela
janela no meio do alvoroço. Por cima, um pai recorre às poupanças (do filho?) para
sustento da família, sendo impossível a sua saída de casa para trabalhar. Já no
último andar está retratado um homem sozinho, sozinho com a sua dependência,
solidão e os seus bolsos vazios.
Ironicamente e apesar
da confusão vivida no interior do prédio, mesmo à portaestão dois agentes da
polícia que repreendem uma senhora idosa, possivelmente por estar sem máscara
na rua. Isto mostra o que é a verdadeira realidade do que está a ser vivido
pela sociedade neste período de pandemia – enquanto é controlada a circulação
na via pública acontecem, atrás de portas fechadas, situações de tensão dos
cidadãos trancados consigo próprios ou com familiares, originadas e
intensificadas principalmente pelas dificuldades financeiras que a chegada do
vírus originou.
É, assim, uma
caricatura crítica do que está a acontecer no mundo. A polícia controla o que
se passa na rua quando, na verdade, e estando a maior parte da população nas
suas residências, os maiores problemas que poderiam precisar do auxílio das
autoridades estão a acontecer entre quatro paredes.
[Tita, 12.º 3.ª]
Tal como o título Operários
sugere, a pintura de Tarsila do Amaral retrata a classe operária, isto é, os
trabalhadores das fábricas.
Na pintura, onde
predominam tons esbatidos e pouca luz, são enfatizados os operários, em grande
plano e na frente da ilustração, o que sugere um seu protagonismo em relação ao
que se apresenta num plano mais distante, as chaminés de fábricas, que, em
conjunto com o título, servem para fornecer contexto ao observador sobre a
profissão dos indivíduos representados. É de notar que essas edificações apenas
são visíveis devido à inteligente disposição em pirâmide dos trabalhadores.
Observando os operários, reparamos que são apenas ilustrados pela sua face, o
que evidencia o especial destaque que deve ser dado às suas feições, cor de
pele, cor do cabelo e expressões. Assim, os diferentes formatos faciais, as
diversas cores de pele e de cabelo e a, bem concretizada, expressão sisuda e
conspícua, algo sobrecarregada e cansada, dos trabalhadores (que se pode dever
à excessiva quantidade de trabalho e falta de condições no setor industrial)
presentes permitem identificar o tema da pintura: a variedade étnica e as adversidades
enfrentadas pelos operários.
Operários aborda, para além da diversidade, os problemas da
classe operária.
[Laura C., 12.º 4.ª]
Vamos
continuar com trechos de O Ano da Morte de Ricardo Reis (doravante: OAMRR).
Só que vamos saltar muitas páginas desde os textos que víramos, que chegavam só
até ao cap. III. Podemos até dizer que esses primeiros três capítulos terão
ficado razovelmente compreendidos só por estas aulas. A partir de agora, há
mesmo que ter lido de fio a pavio o livro de Saramago, porque os textos que o
manual vai dando já são de capítulos distantes.
O
texto de hoje, «A contrafé» (p. 268 do manual), é do cap. VIII. Talvez seja
útil verificares o que leste nos capítulos anteriores. É boa altura para voltar
a apresentar as tabelas nas pp. 246-248, aliás só as das pp. 246-247, que a p.
248 já respeita a capítulos muito posteriores (do cap. XIV em diante):
Podemos
também recordar o que se passa até esta parte da obra, ou mesmo um pouco mais,
até ao cap. IX, lendo e preenchendo estas sínteses lacunares de cada capítulo
(exercício que surripiei a um manual da Leya):
I — Ao fim de dezasseis
anos no Brasil, Ricardo Reis desembarca em (a.) _________ e hospeda-se
no Hotel Bragança, onde vê, pela primeira vez, (b.) _________, figura
que lhe desperta interesse por ter a mão esquerda (c.) _________.
II — Ricardo Reis lê jornais
para se inteirar das notícias sobre a morte de (d.) _________ e,
posteriormente, visita o túmulo do poeta no Cemitério dos Prazeres. Já no
Bragança, contacta pela primeira vez com (e.) _______, criada do hotel,
cujo nome o deixa surpreso.
III — Ricardo Reis
presencia o “bodo do Século”, onde foram distribuídos dez escudos a cada um de
mais de mil necessitados. Na noite da passagem de ano, depois de regressar do
Rossio, Reis depara-se no quarto com a visita de (f.) _________, que o
informa de que tem ainda oito meses para circular à vontade no mundo dos vivos.
IV — Ricardo Reis tem o
primeiro contacto físico com Lídia — põe-lhe a mão no braço — e diz-lhe que a
acha bonita. No entanto, estes atos fazem-no sentir-se ridículo. Fernando
Pessoa volta a encontrar-se com Ricardo Reis, na esquina da rua de Santa Justa,
e os dois conversam sobre a multiplicidade de eus e sobre (g.) ________.
Ricardo Reis envolve-se com a criada, que entra no seu quarto, durante a noite,
deitando-se com ele.
V — Ricardo Reis vai ao
Teatro D. Maria com a intenção de travar conhecimento com o doutor Sampaio e
com Marcenda. À noite, recebe a visita de Fernando Pessoa no seu quarto e os
dois falam sobre Lídia e sobre o fingimento. Lídia volta a dormir com Ricardo
Reis.
VI — Ricardo Reis e
Marcenda conversam na sala de estar do hotel sobre a sua debilidade física e a
jovem pede-lhe a sua opinião profissional. Nessa noite, Ricardo Reis janta com
o doutor Sampaio e com Marcenda e Lídia não o visita porque está com ciúmes.
VII — Ricardo Reis lê (h.)
__________, obra que lhe foi recomendada pelo doutor Sampaio e que relata a
lealdade da jovem Marília ao sistema. Lídia volta a dormir com Ricardo Reis ao
fim de cinco dias. Ricardo Reis encontra Fernando Pessoa num café do bairro e,
a propósito da vitória da esquerda em Espanha, falam sobre (i.) ________
e o regresso de Reis a Portugal.
VIII — Ricardo Reis fica
doente, com febre, e Lídia dispensa-lhe todos os cuidados. Dias depois, ele
recebe uma intimação para se apresentar (j.) _________, situação que
desperta a desconfiança entre o pessoal e entre os hóspedes do hotel. Lídia
fica preocupada e tenta prevenir Reis das práticas dessa instituição. (k.)
_________ marca um encontro com Ricardo Reis, no Alto de Santa Catarina.
Enquanto aguarda por ela, Reis é "visitado" por Fernando Pessoa que o
questiona sobre as suas relações amorosas. Durante o encontro, a filha do
doutor Sampaio pede a Ricardo Reis que lhe escreva a dar notícias da entrevista
para que fora intimado.
IX — Ricardo Reis vai à
polícia e é interrogado num clima de suspeição. Regressado ao hotel, diz a
Lídia que tudo correu bem e escreve a Marcenda tranquilizando-a. Mais tarde,
informa a criada de que vai deixar o Bragança, e esta prontifica-se a ir
visitá-lo nos seus dias de folga. Ricardo Reis aluga casa (l.) ____________
defronte à estátua (m.) __________.
Vê as soluções na Apresentação:
Vamos
então ao texto nas pp. 268-269 do manual, a que as autoras deram o título «A
contrafé». Vê o significado de «contrafé».
Responde à pergunta 1 (p. 269), aliás completa as citações na
resposta que copio:
1. Caracteriza,
fundamentando, as reações provocadas pela chegada de tal documento [a
contrafé].
R.: Em Ricardo Reis, o documento
causa inicialmente espanto, seguido de temor — «disfarçando as maiúsculas por
serem _________». Entretanto, Salvador mostra perturbação e desconfiança do
hóspede («a expressão de Salvador, a mão dele que parece tremer um pouco», «do
______ Salvador»). Quanto ao «pessoal do hotel», a reação é idêntica, de
desconfiança e medo: «verá como o vão olhar os empregados, como ______________».
Por seu lado, Lídia revela medo, preocupação com o que possa acontecer-lhe —«está
________ a pobre rapariga».
Quanto à pergunta 2, bastará completares a resposta lacunar
com as preposições (ou contrações com preposição) em falta:
2. Explica em que medida a
situação pontual narrada ilustra o ambiente vivido na sociedade portuguesa do
Estado Novo.
R.: O incidente ilustra a
vida ____ um regime repressivo, vigiada ____ polícia política e dominada ___
medo, que leva ____ desconfiança e afastamento ___ quem possa estar ___
suspeita.
Da pergunta 3/3.1 podemos ler a resposta, sem nenhum exercício
em especial:
3./3.1 Verifica, no diálogo com
Lídia, a sobreposição de dois planos narrativos. No segundo, e usando apenas nomes,
aponta as emoções despertadas em Ricardo Reis.
R.: No diálogo sobrepõem-se o
plano respeitante às representações do século XX e o que se refere às
representações do amor. Emoções assinaláveis seriam a dor, a culpa, a vergonha,
entre decerto várias outras possíveis.
(Vê as soluções na Apresentação.)
Quanto à pergunta 4, não a podemos resolver, porque
está mal feita. Confunde-se o uso que Saramago faz da pontuação com a
existência de discurso indireto livre. Ora não há discurso indireto livre
neste texto.
As autoras do manual pretenderiam que se respondesse serem
exemplos de discurso indireto livre «o hóspede do duzentos e um, o doutor Reis,
[...], se fosse caso de prisão não lhe tinham mandado a contrafé, apareciam aí
e levavam-no» (acrescentando que o suposto uso do discurso indireto livre
realçaria a suspeita que recaía sobre quem fosse alvo da atenção da polícia
política) e «Eu, senhor doutor, sou uma simples criada, mal sei ler e escrever,
portanto não preciso de ter vida, e se a tivesse, que vida poderia ser a minha
que a si lhe interessasse» (considerando que o discurso indireto livre dá a
ouvir um imaginário monólogo íntimo de Lídia, expondo claramente a humilhação a
que a sua condição social a condenava). O problema é que estes trechos não são
de discurso indireto livre. São discurso direto, ainda que, por causa da
pontuação típica de Saramago, sem travessões ou dois pontos ou aspas. Notem que
não há nestes trechos a adoção da mudança de tempos que exigem quer o discurso
indireto quer o discurso indireto livre. Seria apenas «discurso direto livre»,
conceito que já não está no programa.
Vê os
minutos 14 a 28/29 do episódio 11 da série Conta-me como foi (2.ª
temporada). A ação passa-se no final dos anos sessenta, uns trinta e trêa anos
depois da de OAMRR. A PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado;
1933-1945) dera há muito lugar à PIDE (ou PIDE; 1945-1969). De qualquer modo,
trata-se da polícia política.
Depois de veres esses quinze minutos — repito, de 14 a 28,45
—, escreve um comentário (umas cento e trinta palavras) acerca de como, num
caso e no outro, em O ano da morte de Ricardo Reis (cap. VIII) e em Conta-me
como foi (ep. 11), se transmite a ideia de que a polícia política (PVDE ou
PIDE) influenciava também a perspetiva que os restantes cidadãos tinham acerca
dos que eram inquiridos ou perseguidos, gerando-se assim um ambiente de receios
e desconfiança generalizado.
Escreve à mão. Guarda o teu texto.
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A segunda parte da aula andará à volta de cocó. Expliquemos.
Ainda na sequência da referência a Ian
McEwan, há duas aulas, acabei por pegar no seu recente A Barata,
que é um pastiche-paródia de A Metamorfose, de Franz Kafka. No conto de Kafka,
Gregor Samsa acordou metamorfoseado «num monstruoso inseto». No conto, ou
novela, de McEwan, uma barata acorda transformada em homem, Jim Sams,
primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Copio as capas e a primeira página com texto
dos dois livros.
Ainda vou a meio do livro de McEwan, mas destaco um trecho com
excrementos por se enquadrar bem com uma tarefa que lhes peço no final. O agora
neófito primeiro-ministro, ex-barata, está no quarto da nova casa, antes do conselho
de ministros, e recorda o caminho que fizera pelas ruas de Londres, ainda como
barata, até chegar ao número 10 de Downing Street. Neste passo, depois de se
ter banqueteado com um resto de pizza, depara-se com uma montanha inesperada.
No
entanto, Jim não se mexeu. Nada fazia sentido, qualquer movimento seria
inútil, enquanto não conseguisse encaixar todas as peças da viagem, dos
acontecimentos, que o tinham levado àquele quarto desconhecido. Depois daquela
refeição inesperada, tinha seguido em passo rápido, quase sem dar pela agitação
que havia acima, metido consigo mesmo, agarrado às sombras da valeta — mas era
escusado tentar lembrar-se do tempo que demorara e desde onde até onde fora. A
única certeza que tinha era que encontrara pela frente um último obstáculo que
se agigantara sobre ele, um pequeno monte de caca, ainda quente e a fumegar
ligeiramente. Noutra altura, teria ficado doido de alegria. Considerava-se
praticamente um especialista. Sabia como viver bem. Percebeu instantaneamente
que fardo era aquele. Era impossível não identificar aquele aroma a noz, com
uns toques de petróleo, casca de banana e cera para couro. A Guarda Montada!
Que asneira ter comido entre as refeições. A margherita tinha-o deixado
sem apetite para os excrementos, ainda por cima tão frescos e distintos, e sem
qualquer vontade, exausto como estava, de passar por cima deles. Aninhou-se à
sombra da montanha, no terreno mole do seu sopé, a pensar nas opções que tinha.
Após alguns momentos de reflexão, tornou-se óbvio o que tinha de fazer.
Começou a escalar a parede vertical de granito do passeio, para contornar o
monte e descer do outro lado.
Reclinado
no quarto do sótão, concluiu que tinha sido nesse momento que ficara desprovido
da sua vontade própria, ou da ilusão de que a tinha, e passara a estar sujeito
a uma força motriz superior. Ao subir para o passeio, como fizera, submetera-se
ao espírito colectivo. Passara a ser um elemento minúsculo de um esquema cuja
magnitude estava para lá do entendimento de qualquer indivíduo.
Içou-se
para o passeio, reparando que a caca se estendia para lá de um terço dele.
Depois, vinda do nada, abateu-se sobre ele uma tempestade repentina, o estrondo
de dez milhares de pés, slogans e campainhas, assobios e cornetas. Mais
uma manifestação desordeira. E já era quase noite. Pessoas grosseiras a
arranjarem desacatos, quando deviam estar em casa. Ultimamente, havia protestos
daqueles quase todas as semanas. A perturbarem os serviços essenciais, a
impedirem as pessoas comuns e decentes de tratarem dos seus assuntos legítimos.
Ficou petrificado no passeio, à espera de ser esmagado a qualquer momento. As
solas de sapatos quinze vezes maiores do que ele batiam no chão a poucos
centímetros do sítio onde se tinha aninhado, fazendo tremer, não só as suas
antenas, como todo o passeio. A sorte que tinha tido no momento que escolheu
para olhar para cima, movido por puro fatalismo. Estava preparado para morrer.
Antes da tal tarefa de gramática e cocó, veja-se ainda esta
explicação de «kafkiano», que tem que ver com Franz Kafka, embora talvez mais
com o de O Processo do que com o de A Metamorfose.
E, para se ver que também seguimos o «EstudoEmCasa». Vê este
curtíssimo clip, da «Telescola» dos Açores, para um dos anos de ensino iniciais
(aliás, que fique claro, não tenho má opinião desta tarefa da colega, com quem
fiquei já a simpatizar). O resto da canção deveria percorrer as outras vogais,
mas o que nos interessa é este verso:
Resolve o questionário a seguir (mas fá-lo diretamente em
Classroom). Nota que em muitos dos itens terás de marcar mais do que uma opção
como certa (pode estar certa uma alínea, duas, três, ...). Faz sozinho, eu não
saberei o resultado, saberei só se fizeram ou não. Basta submeteres e entregar,
não é para anexar nada. Vê explicações sobre algumas das respostas erradas.
Questionário
acerca do
verso «Ó, ó, ó, ele pisou um cocó»
Quanto
à métrica, este verso é
a) decassilábico.
b) um
decassílabo.
c) como os
versos dos «Lusíadas».
d) de
redondilha maior.
e) eneassilábico.
A
forma verbal tem um valor temporal
a) de
posterioridade.
b) de
simultaneidade.
c) de
passado.
d) de
anterioridade.
e) de
presente (no sentido em que «presente» pode significar «cocó»).
A
forma verbal tem um valor aspetual
a) imperfetivo.
b) genérico.
c) iterativo.
d) perfetivo.
e) habitual.
Em
termos de valor modal esta frase poderia ser considerada
a) apreciativa
(se se pensar que o «oh», de que «ó» é homófono, exprime lamento).
b) epistémica
(com valor de certeza).
c) epistémica
(com valor de probabilidade).
d) deôntica.
e) epistémica
ou deôntica.
«pisou
um cocó» desempenha a função sintática de
a) sujeito.
b) complemento
direto.
c) complemento
indireto.
d) predicado.
e) complemento
oblíquo.
«um
cocó», quanto à função sintática, é
a) predicativo
do complemento direto.
b) complemento
direto ou indireto (frase é ambígua).
c) complemento
direto (é substituível por «o»).
d) complemento
oblíquo.
e) complemento
indireto (é substituível por um «lhe»).
O
sujeito é
a) nulo
(subentendido).
b) nulo
(indeterminado).
c) um
pronome pessoal.
d) «ele».
e) uma
anáfora.
Quanto
à classe de palavras em que se integra, a primeira palavra do verso, se apenas
a ouvirmos, pode classificar-se como
a) interjeição.
b) determinante.
c) nome.
d) preposição.
e) conjunção.
Quanto
à classe de palavras em que se integra, «um» é um
a) determinante.
b) determinante
indefinido.
c) determinante
artigo indefinido.
d) quantificador.
e) cocó.
«pisou»
é
a) palavra
grave.
b) palavra
aguda.
c) palavra
sem acentuação gráfica.
d) palavra
esdrúxula.
e) oxítona.
TPC — Resolve em «Gaveta do
12.º 3.ª/4.ª/5.ª/9.ª» (Classroom) o questionário citado em cima (Tarefa da aula
13 da Quarentena). Conclui tarefas em atraso, se for caso disso. Vai lendo no
manual as partes de exposição sobre o contexto histórico, político, do enredo de
OAMRR (por exemplo, as pp. 242-244, mas há ainda outras). Fica o link
também para a «Breve cronologia» na p. 245.
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