Aula 18 da Quarentena (= 142-142R)
Aula 142-142R [= 18 da Quarentena] (12 [5.ª], 13/mai [3.ª, 4.ª, 9.ª]) A aula de
hoje decorrerá à volta do tópico da quarentena. Em quarentena estava a personagem
Inês quando começava a Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Lembram-se
decerto; e, se não se lembrarem, é também por isso que convém hoje recordar a peça.
Seguem-se três páginas do manual do 10.º ano:
O monólogo de Inês constitui a cena I da peça (que não
explicita as cenas, note-se).
1. Nesses
vv. 1-38, Inês Pereira mostra-se-nos como se estivesse numa verdadeira
quarentena ou em confinamento.
Desenvolve esta ideia num curto comentário
que inclua passagens textuais e que caracterize situação e psicologia da
protagonista. (Cerca de setenta palavras. A caneta; guarda a resposta contigo.)
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Chega a Mãe e começa a segunda cena.
2. Distingue
as perspetivas que têm a mãe e Inês (sempre citando também o texto),
aproveitando para aproximar o papel da mãe do que têm as mães nas cantigas de
amigo. (Cerca de cem palavras. A caneta, guardando contigo a resposta-)
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(Cfr. as tuas respostas com as na Apresentação.)
Na cena terceira, junta-se à Mãe e a Inês a personagem Lianor
Vaz, uma alcoviteira talvez menos interesseira do que outras de Gil Vicente mas
que, apesar da indignação inicial, parece afinal toda contente por um clérigo a
ter tentado seduzir. Depreende-se até que o encontro com o padre se concretizou.
Lembro estas três cenas iniciais numa encenação que não foi a que
fomos seguindo mais há dois anos. As três cenas que lemos há pouco correspondem
a pouco mais do que os primeiros seis minutos. Vê só esses talvez:
Podemos ainda lembrar que Inês vai sentir-se de novo confinada
quando, já depois de casada com um escudeiro que a tratava mal, fica fechada em
casa, vigiada pelo Moço, enquando o marido vai guerrear para o
Norte de África. Só alcançará o «desconfinamento» com a morte, cobarde aliás,
do marido, que lhe parecera tão galante no início e lhe fora proposto por judeus casamenteiros. (Mas, antes de tudo isto, ainda rejeitara Pero Marques.)
Por estes excertos de outra encenação da peça, a que seguimos
mais há dois anos, recordarás a maioria das peripécias. Lembra-te que o enredo
procura provar o mote dado a Gil Vicente: «mais quero asno que leve que cavalo
que me derrube».
O argumentista e escritor Filipe
Homem Fonseca suscitou uma série de pequenos filmes em torno da
quarentena, as «chamadas para a quarentena».
Como reparei pelo exercício que corrigi na última aula, a
atribuição de um título, uma frase, um aforismo ou mote que sinterizem
expressivamente a lição de um texto não é a praia de muitos de vocês. Notem como o mote dado a Gil Vicente seria uma boa síntese expressiva da Farsa de
Inês Pereira, se acaso não se tivesse dado tudo ao contrário (foi a peça que veio
acomodar-se ao mote).
Enfim, queria que treinassem o jeito para dar títulos, frases,
expressivos a histórias ou textos, recorrendo agora aos episódios de
Chamadas para a quarentena.
Ficam aqui os episódios 1, 3, 4, 6 e 7. Atribui a cada um
deles o tal título-fase expressivo e, ao mesmo tempo, capaz de apanhar o
essencial da situação (ou a sua moralidade). Escreve-os depois no Classroom,
não deixando de indicar o número do episódio. Começo pelo 4, que é o escrito
pelo próprio Filipe Homem Fonseca:
Ep. 4 — Na casa do ex
Ep. 1 — Joana
e Guilherme
Ep. 3 — O que calçar no confessionário
Ep. 6 — Mas a minha mãe
faz anos
Ep. 7 — Enquanto os homens
vão à bola
TPC — Vê aqui ou descarrega o PDF de volume que é uma
análise intercalada com o texto da Farsa de Inês Pereira. É o fascículo
intitulado Inês (da Quimera; por Cristina Almeida Ribeiro; em coleção
coordenada por Osório Mateus). Leres, ou apenas relanceares, esta edição é uma
boa maneira de recordares toda a farsa.
Fica
também a síntese do Caderno oferecido ao aluno:
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