Friday, August 30, 2019

Aula 24 da Quarentena (= 151-152)


Aula 151-152 [24 da Quarentena; desconfinada 3] (2 [9.ª], 3 [5.ª], 4 [4.ª], 5/jun [3.ª]) Completa o texto sobre a origem e evolução do português com as palavras a seguir. (O texto, que é do Caderno de atividades, tem ingenuidades que procurarei esclarecer quando o corrigirmos.)

romanização / línguas / árabes / século XIII / Condado Portucalense / África / substrato / antigo / clássico / contemporâneo / bárbaros / superstrato (duas vezes) / latinismos / romanos / latim vulgar / Reconquista / galego-português / língua românica / latim / línguas românicas / francês / Ibérica / latim literário

O português é uma __________, pois deriva do ______. Outras ________ são o castelhano, o catalão, o galego, o ______, o italiano, o romeno, o sardo.

A Península _________ foi ocupada pelos __________ a partir de 218 a.C.. Soldados, colonos e mercadores trouxeram a sua língua, o latim, tal como os hábitos, a cultura e as leis. Falavam um latim popular — ___________ —, distinto do latim das classes cultas — _______. O português deriva do latim vulgar.

Antes da ________, os povos peninsulares falavam outras línguas — sobretudo o celta — e, embora os vencidos tenham adotado a língua dos vencedores, transportaram para o latim termos dessas _______ autóctones. O latim foi ganhando novas palavras oriundas da língua celta que se falava na Península — ________ celta.

A partir de 409 d.C., os romanos foram sendo vencidos pelos _______, quando os povos germânicos começaram a chegar à Península. Como possuíam uma civilização menos organizada, adotaram a língua dos vencidos, mas introduziram-lhes palavras da sua língua — ________ germânico.

No século VIII, a Península foi invadida pelos ________. Os povos cristãos refugiaram-se a norte, nas Astúrias e, a partir daí, lutaram durante séculos, contra a presença árabe, numa luta que a História registou com o nome de ________ cristã. Muitas palavras árabes entraram, então, na língua dos cristãos — __________ árabe.

Quando Portugal nasceu como nação, em 1143, no noroeste da Península Ibérica falava-se uma língua românica já muito afastada do latim: o __________. Com a independência do ________, essa língua foi evoluindo de forma diferente em Portugal e na Galiza.

O português nasceu oficialmente no ________, com a lei de D. Dinis que obrigava ao uso do português e não do latim em todos os livros e documentos oficiais. Os mais antigos textos em português são a Notícia de Fiadores (1175), o Testamento de Afonso II (1214) e a Notícia de Torto (1211-1216).

O português foi evoluindo em três períodos: o português ________ (séculos XII-XV); o português ________ (séculos XVI-XVIII); o português ________ (a partir do século XIX).

O desenvolvimento trazido pela expansão, no século XVI, refletiu-se na língua, pois foram necessárias novas palavras para designar aspetos da nova realidade. Foram sobretudo os escritores e os cientistas que foram ao latim literário buscar as palavras que enriqueceram o português, de uma forma culta e sofisticada: os __________.

Ao mesmo tempo, com a expansão, muitas palavras oriundas da língua dos povos dos diversos continentes chegaram ao português, vindas de _______, da América, da Ásia.


Preenche a coluna da direita, classificando a função sintática do constituinte sublinhado na coluna da esquerda. (A coluna do centro é apenas para ajudar.)

Frase (de O último a sair ou sobre o mesmo passo)
A ter em atenção
Função sintática
Segundo Unas, o público verá Filipa como boa (e não como burra). Considerá-la-á boa (e não burra).
Porque está há semanas no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada. Sente encarquilhada a pele.
Porque está há semanas no jacúzi, Filipa sente a pele encarquilhada. subordinada adverbial causal
Na verdade, só esteve alguns minutos no jacúzi. * É na verdade que só esteve ...
Débora diz a Unas que está farta daquelas conversas. «farta», sem mais, ficaria incompleto
Esta reunião faz-me lembrar a minha infância lá em Trás-os-Montes. faz-me lembrá-la
Temos o direito de sonhar, nesta casa. só nome «direito» ficaria incompleto
Temos o direito de sonhar, nesta casa. √ Que acontece nesta casa? Temos ...
Vou-vos perguntar. Vou-*os [√-lhes] perguntar
Se ganhassem o Euromilhões, o que é que faziam? subordinada adverbial condicional
Acho que comprava uma casa junto ao mar. subordinada substantiva completiva
Eu comprava um banco. Eu ... e tu também.
Ó Filipa, se comprares um banco não ficas com o dinheiro das pessoas. «autónomo», entre vírgulas
Todos me disseram que eu não tinha lá dinheiro. todos mo disseram
Vamos fazer uma coisa que eu acho do agrado de todos. «eu» é o sujeito
Vamos fazer uma coisa que eu acho do agrado de todos. acho-a assim ou assado
Mandava fazer uma igreja linda, revestida a casca de sapateira. = , que seria revestida...
Mandava fazer uma igreja linda, revestida a casca de sapateira. = que seria linda
Punha primeiro o dinheiro a render. √ Que fazia ela primeiro? Punha ...
Continuo a não gostar da minha personagem. cfr. verbo copulativo
Eu ia para África. *Que faz ela para África? Ia.
Este assunto, de África, tira-me a fome. Estes assuntos ... tiram ...
Precisas de água para ir à interner? *Que faz ela de água? Precisa ...
Por todos foi ouvida a voz da casa. cfr. Todos ouviram a voz da casa
Por todos foi ouvida a voz da casa. auxiliar «ser», preposição

Lê esta ode de Ricardo Reis, publicada na revista Athena, em 1924, que sugeriu a Saramago a personagem Marcenda. No autógrafo no espólio de Pessoa ainda não havia o gerúndio «Marcenda» — estava «Fanada», que o poeta riscou e substituiu por «Fananda».

«Marcenda» é o gerúndio do verbo latino marcere, ‘murchar’. Significaria ‘murchante’, ‘o que murcha’.

Saudoso já deste verão que vejo,

Lágrimas para as flores dele emprego

               Na lembrança invertida

               De quando hei de perdê-las.



Transpostos os portais irreparáveis

De cada ano, me antecipo a sombra

               Em que hei-de errar, sem flores,

               No abismo rumoroso.



E colho a rosa porque a sorte manda.

Marcenda, guardo-a; murche-se comigo

               Antes que com a curva

               Diurna da ampla terra.

Podemos considerar que Marcenda é realmente uma personagem murchante (sobretudo, quando comparada com Lídia). Desenvolve esta ideia, referindo também brevemente a ideologia da ode de Reis. Inclui pelo menos uma citação de O Ano da Morte de Ricardo Reis, que podes ir buscar aos textos no manual ou ao próprio livro de Saramago, se o trouxeste. (Esta tarefa deve ser-me enviada, por mail, por confinados, D., G., I., S.. Pode chegar-me em Word ou enquanto imagem de manuscrito.)

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Classifica as orações sublinhadas.



TPC — (i) Vai revendo a gramática que estudámos este ano. (ii) Na próxima aula distante deixarei notícia de tarefa que implica leitura (deixamos cair as recitações) de poemas do ortónimo, provavelmente, os de Mensagem que já lhes estavam destinados — ainda que para efeitos de recitação — mais um outro à escolha. Explicarei melhor entretanto, mas a ideia é reunir as duas leituras num ficheiro áudio.






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