Os Maias 8
J. Tavares (11.º 5.ª)
J.
Tavares (16-16,5) Pontos fortes Expressividade na leitura
em voz alta: estilo entre o de uma leitura formal e o de uma representação,
conseguindo transmitir uma atitude reflexiva que se coaduna com o curso
hesitante de um texto diarístico. Preferência por filme mesmo, com o próprio
autor a agir — em representação adequada, aliás —, em vez da imagem fixa que
tantos preferiram. Aspetos melhoráveis
Texto, embora adote o formato de transposição para um diário, acaba por ficar
próximo do do original de Eça (e é relativamente curto). Na sintaxe: em vez de
«proferiu que» seria «referiu que»; em vez de «em Lawrence», «no Lawrence».
Matilde (11.º 7.ª)
Carolina D. & R. Leal (11.º 1.ª)
R.
Leal & Carolina D. (17,5-17) Pontos fortes Criatividade e originalidade,
reveladas, por exemplo, na transposição para 2050 e em formato de diálogo
ingénuo (a lembrar livros de ensino antigos, em que se recorria a diálogos semelhantes
para se passando a matéria aos alunos). Sentido estético, conjugado com
habilidade técnica, tornando o filme um objeto bem acabado (solução com imagens
fixas de vários momentos em sequência — em «fotonovela», em vez de filme — é
boa). Boa «representação»/leitura em voz alta (em caricatura também do próprio
formato), apesar de pequenas hesitações. Aspetos
melhoráveis A «capítulo» faltou o acento. Em vez de «o motivo pela qual
eles foram a Sintra» seria «o motivo pelo qual eles foram a Sintra». «Alencar»
tem a tónica na última sílaba (não é palavra grave, é aguda).
Sara & Ariana
(11.º 7.ª)
Ariana
& Sara (16) Pontos fortes Transposição para diálogo
(no fundo, dramatização do capítulo). Reflexões de Carlos (escondidas de
Cruges) resultam. Há alguns momentos bons de expressividade/representação
(prejudicados por más condições técnicas do som e por algumas hesitações).
Transposição para atualidade (é assumida, não era?) podia ter sido mais
aproveitada. Aspetos melhoráveis A
já mencionada recolha de som (ficam demasiado diferentes partes ditas por Sara
e por Ariana, o que torna inverosímil a situação — embora não tão importante,
também se sente a falta de ruídos que o contexto tornaria obrigatórios; as
poucas falas de terceiros também não ficaram suficientemente difierentes das
dos protagonistas). Correção linguística: «deveria de ir» é deveria ir»; «estivestes»
(a 5.12’) por «estiveste».
Gonçalo (11.º 12.ª)
Gonçalo
(9) Pontos fortes Ritmo da leitura em voz
alta, muito pausada. Aspetos melhoráveis
Imagens googladas. Texto pouco ambicioso. Correção linguística: «conhecer a
Sintra» (seria: «conhecer Sintra»); «após, finalmente Carlos» («depois,
finalmente Carlos»); «dissera que ele ser um génio» («dissera ser um génio»); «que
ele já não vivera lá» («que ele já não vivia lá »); «se devera» («se devia» ou
«se deveria»); «tivera mudado» («tinha mudado» ou «mudara»); «para que possam»
(«para que pudessem»). Na escrita: «capitulo» (capítulo»); «Maias» (Os Maias). Na pronúncia: em «Cruges» o
é não é lido [g] mas como se lê um .
Sara G.
& Stefanie
(11.º 8.ª)
Stefanie
& Sara G. (17,5-17) Pontos fortes Texto bem adaptado — e
bem criado (cfr. reflexão de Maria Eduarda). Conhecimento da obra. Boas
leituras em voz alta. Filme com recolha de imagens dos próprios locais. Aspetos melhoráveis Alguns pormenores
de redação: por vezes, o relativo ficou demasiado longe do seu referente: «Cruges, por um lado, cujo pensamento [...]»; «Carlos da Maia, por outro, que [...]»; falhas de coesão temporal:
«desejava conhecê-lo» (seria: «desejo conhecê-lo» — está a pensar no momento,
não é?); «quando encontraria eu» («quando encontrarei eu»); «era agora o seu
novo» («é agora o seu novo»); «passos que eu tivera dado» («passos que eu tinha
dado»). Pronúncia: é «devaneio» (não «*desvaneio»).
Xana (11.º 8.ª)
Xana
(13,5) Pontos fortes Clareza da leitura em voz
alta. Transposição do original para uma carta, de Carlos a Maria Eduarda
(embora, na verdade, com poucos elementos de invenção própria). Aspetos melhoráveis Imagem pobre (capa
do livro apenas). Pouca extensão da gravação. Alguns problemas de redação:
«sendo que obtinha imensa
curiosidade» (seria: «sendo que tinha
imensa curiosidade»); «e que denotes a
saudade» («e que notes a saudade»); «perdendo
assim aquele encontro de causalidade
que lhe pretendia atribuir» («perdendo-se assim a casualidade que pretendia atribuir àquele encontro»); «o que há
muito não acontecera» («o que há
muito não acontecia»); finalmente, «do
mesmo modo [esse amor] seja recíproco» é pleonástico.
Sam (11.º 5.ª)
Sam
([chegou-me
já tão tarde o filme, que prefiro não lhe atribuir classificação, embora, de
certo modo, ainda o tenha tido em conta para efeitos de avaliação final]) Pontos fortes Expressividade conseguida
em muitos momentos da leitura em voz alta (o que não significa que não me
parecesse que a leitura deveria ter sido mais ensaiada, já que ao lado dessas
boas soluções, e da facilidade revelada pela Sam, também há várias hesitações
que denotam que não houve repetições em número suficiente). Abrange-se o
essencial do enredo do capítulo (no entanto, note-se, apesar da transposição
para a primeira pessoa, há pouco criação pessoal). Aspetos melhoráveis Modo de ilustrar o texto através de imagens
googladas (fala-se em «cães», usa-se uma imagem de um cão; etc.) já foi por mim
muito desaconselhado. Alguns problemas de pronúncia: «Cru[z]es» seria «Cruges»;
início de «que episódio [engraçado]!» saiu nasalado; «patrafona» será «matrafona».
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