Os Maias 11
Maria
& Madalena A.
(11.º 1.ª)
Madalena
A. & Maria (17-16,5) Pontos fortes As imagens com desenhos
relativos ao cenário de cada passo do texto, com o mérito de se tratar de
criação das autoras (percebe-se que a ideia inicial era fazer ainda mais
desenhos, mas terá faltado tempo; a propósito, diga-se que este trabalho foi
dos mais cumpridores dos prazos, sendo mesmo, se bem me lembro, o primeiro que
me foi entregue). Boa leitura em voz alta, o que não admira pois Maria e
Madalena costumam ser ambas excelentes leitoras. Texto sem erros (embora
seguindo bastante o original). Aspetos melhoráveis
Valeria a pena terem-se repetido dois passos da leitura (há uma hesitação de
Madalena a 1’32; e de Maria, a 1’46).
Tety & Tomás
(11.º 5.ª)
Tomás
& Tety (18,5-18) Pontos fortes Habilidade, trabalho,
coordenação do complexo de artes e técnicas exigidas pelo cinema (no fundo,
toda a realização, que terá implicado muita planificação). Jogo entre voz off (reflexão das personagens) e cena
propriamente dita. Argumento (e redação do texto): conseguiu-se transposição da
ação para filme sem se cair no erro de repetir todo o texto do livro (cinema
implica condensação, portanto escolha dos pontos significativos). Música, lettering, etc. Aspetos melhoráveis Cortes dentro de cenas (e não era difícil
disfarçá-los, bastando que os planos não fossem gerais, mas individuais; no
entanto, há cinema contemporâneo que usa, estilisticamente, o mesmo tipo de
cortes). «Ó mãe, ó mãe!» não parece dito por uma personagem que, segundo o
livro, teria seis anos. Mais grave: quase no final, um *«verei-a» («vê-la-ei» é
que é: futuro e condicional com pronome exigem mesóclise).
Af. Puga
& João M.
(11.º 8.ª)
João M. & Afonso P.
(18-17,5) Pontos fortes Todo o trabalho havido, a
exigir decerto grande planificação e coordenação. Capacidade de representação. Perfeição
da montagem. Por outras palavras, domínio de várias destrezas de teatro/cinema.
Originalidade revelada em criação própria (a pretexto do capítulo XI de Os Maias). Humor do texto (argumento),
ainda que com oscilações (excelentes momentos, ao lado de outros apenas bons ou
razoáveis: extensão também tornava difícil que não houvesse alguma irregularidade).
Ritmo, aliás ligado também às legendas e à divisão em cenas (a propósito: bom
gosto do lettering e, a certa altura,
do efeito de aceleração à ‘cinema mudo’). Aspetos
melhoráveis Teria evitado que a conclusão recorresse a formato diferente
(filme incorporado): em geral, é preferível manter uniformidade de estilo, uma
vez escolhido o género que adotamos. Julgo também que poderiam ter pervertido
mais o original de Os Maias (brincam
com um esquema abordado na obra, mas não vão tão longe na paródia como poderiam
ter feito se conhecessem o livro de Eça mais a fundo). Correções linguísticas:
em vez de «por isso é que eu lhe
chamei aqui», seria «por isso é que eu o
chamei aqui»; na legenda «Carlos e Dâmaso encontram-se», faltava o acento
(«Dâmaso» é palavra esdrúxula).
Joana M.
& Henrique
(11.º 12.ª)
Henrique & Joana M.
(16-16,5) Pontos fortes Expressividade da leitura
(creio que se procurou imitar o tom de quem escreve e, ao mesmo tempo, vai refletindo).
Boa redação das cartas, que as fez ficar verosímeis, conseguindo-se também uma síntese
muito razoável do capítulo. Filme, embora não original, representa bem o
contexto do processo de escrita no século XIX. Aspetos melhoráveis Alguma monotonia das imagens e da música (e, na
imagem, falta sempre o par masculino: não teria sido difícil tratarem disso em
filme próprio). Linguagem: em vez de «apercebi-me também que», seria
«apercebi-me também de que»; pronúncia
de «em redor» (não é «red[ô]r», mas antes com um ó aberto) e de «néscias»
(hesitante); «onde estivera» [5’05] seria «onde esteve».
Catarina (11.º 12.ª)
Catarina
(12-11,5) Pontos fortes Muito boa leitura em voz
alta. Redação também sem problemas. Aspetos
melhoráveis Imagens googladas (tantas vezes lhes pedi que evitassem este
processo de ilustração direta...). Abordagem entre a de uma sinopse e a de
comentário teórico (fundada em sebentas?). Ora, eu pedira que adotassem antes uma
estratégia criativa, pessoal, de transposição (e não de resumo ou de livros
sobre Os Maias). Creio que não foram
lidas as instruções da tarefa.
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