Os Maias 15
Cláudia (11.º 5.ª)
Cláudia
(17,5) Pontos fortes Criatividade,
originalidade, patentes no estilo/formato adotado («filme mudo» e desenhos;
relato na 1.ª pessoa), mas também na idealização de uma situação que não
acontece no romance: «E se o jornal tivesse sido publicado?». Domínio técnico e
requinte do acabamento (escolha da música também importante). Boa leitura
expressiva, dramatizada. Completude da abordagem assim conseguida. Aspetos melhoráveis Na redação do texto
lido: «*alarmidade» [2’46] («alarme»? «alarvidade»? «enormidade»?); «fealdade»
(por «fidelidade»; «fealdade» existe, mas é o nome correspondente a «feio», não
a «fiel»); «*quantas tiragens tinham sido publicadas» (seria: «qual tinha sido
a tiragem» ou «quantos exemplares tinham sido poblicados); «*mal ouvi aquelas
palavras, suscitou-me um olhar inocente àquele jornal [...]» («ouvir aquelas
palavras suscitou em mim a vontade de lançar um olhar àquele jornal [...]»);
«*se dê por esquecido» («se desse por esquecido», já que o segmento dependia de
«não havia muito mais a fazer [...] do que esperar que o incidente [...]»). Nas
legendas: «foram impresso[s]».
Bia &
Joana S.
(11.º 12.ª)
Joana S. & Bia (19) Pontos fortes Bom texto (humor subtil,
a partir de uma paródia aos reality shows, aproveitando bem o capítulo dos Maias que estava em causa e imitando muito
bem o registo da linguagem deste tipo de programas). Muito boas representações
(Bia, num estilo mais realista, «naturalista», com ligeiríssimas hesitações no
papel mas com muita intuição para conseguir retomar o texto; Joana, num papel um
pouco mais curto, mostra-se segura, profissional, desenhando uma personagem
mais caricatural). Aspetos melhoráveis
Pronúncias de algumas palavras francesas: «Mr. de Trevernnes» teria de ser dito
à francesa (não à inglesa); e «Fontainebleau» também não foi bem pronunciado.
Patrícia (11.º 5.ª)
Patrícia
(16,5-16) Pontos fortes Capacidade para construir
a narrativa em várias fases (boa planificação do texto, portanto).
Expressividade na leitura em voz alta. Aspetos
melhoráveis Pronúncia de «Tours» (em francês, este esse não se lê) e de
«devaneios» (ouve-se «*desvaneios»). Na redação: «custou-me muito a ver assim»
(seria melhor: «custou-me muito vê-la assim»); «até a mamã decidir me levar» («até
a mamã decidir levar-me»). Qual a razão da data de 1914? Haverá confusão com a
guerra a que se alude (e que não é, é claro, a I Guerra Mundial)?
Beatriz Belo
(11.º 7.ª)
Beatriz
Belo (14) Pontos fortes Cobrir-se bem zona
importante do capítulo, compreendendo-a, transpondo-a para a 1.ª pessoa com verosimilhança.
Não haver erros significativos na leitura em voz alta (embora também se pudesse
esperar maior fluência, expressividade). Aspetos
melhoráveis Algumas hesitações na leitura. Correções de linguagem:
«*diguemos» («digamos»); «*desvastada» («devastada»); «*inexperável»
(«inesperável»); «a mema atitude» («a mesma atitude»); «que tanto sei que ela
adora» (seria: «que sei que ele tanto adora»); «tão melhor que este diário»
(«tão bem como este diário» ou «melhor do que este diário»); e, quase no fim,
«tudo parece» («tudo parecia»).
Catarina S.
(11.º 8.ª)
Catarina
(16-16,5) Pontos fortes Bom texto, com a
originalidade de se nos apresentar uma perspetiva diferente, através da
transposição para o contexto do século XXI, e na zona oriental de Lisboa. Narrativa
de estilo literário, com bom retrato do ambiente escolhido e subtis críticas
sociais. Engenhosa a ligação com as personagens do romance de Eça. Boa leitura
em voz alta. Aspetos melhoráveis
Correções linguísticas: pronúncias de «M[α]dre de Deus» (é com á aberto) e do jornal
francês Figaro (é «Figar[ô]»); «*vepertinos»
(é «vespertinos»); logo no início parece ouvir-se «mês prodigo a» (será «mês pródigo
em» ou «mês propício a»); em «um indíviduo inerente» parece faltar o
complemento (por exemplo, «inerente àquele ambiente»); «que quase não deixa
transparecer o rosto» (creio que seria «que quase não deixa perceber [ou ver] o rosto»). Em termos visuais,
demasiada parcimónia (uma única imagem, embora bem escolhida).
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