Aulas (2.º período, 1.ª parte: 53-76)
Aula 47-48
bis [nas turmas 1.ª,
12.ª e 7.ª, a primeira aula do 2.º período (5 ou 7/jan) equivaleu à aula
47-48, dada no 1.º período nas turmas 8.ª e 5.ª (4 e 5/dez) — para se ver esta
aula, consulte-se, por favor, a secção com as aulas do 1.º período, 2.ª parte, na aula 47-48]
Aula 53-54
(7 [8.ª, 1.ª], 8 [12.ª,
5.ª], 9/jan [7.ª]) Situa-te nas pp. 76-77, face ao texto «Quero», de
José Luís Peixoto. Primeiro, lê só até à linha 14 e responde:
O período «Uma vez
que o tema da identidade portuguesa nunca foi tratado pela nossa literatura,
acredito que o texto que se segue é da maior atualidade» (ll. 4-9)
a) significa que o
cronista considera importante o assunto que vai tratar.
b) significa que a
identidade portuguesa é tema inabitual na nossa literatura.
c) é irónico,
querendo, no fundo, dizer que o cronista acha o contrário.
Nas linhas 9-14, o
cronista equipara o episódio que vai contar ao fado, à saudade,
ao vinho do Porto, ao galo de Barcelos. As expressões que
sublinhei são co-hipónimos, podendo
ter como hiperónimo «_____».
Lê agora as ll. 15-109 e sintetiza em cerca de
oitenta palavras o que aí nos é narrado:
O cronista entrou
numa pastelaria ...
....
....
Por fim, lê a partir da l. 110 e até ao fim. Embora
o texto seja uma crónica (cfr.
definição na p. 68), este final é quase delirante, um tanto inverosímil, o que
o aproxima mais da ficção do que do género cronístico comum.
O que te peço é que troques esse final (ll.
110-140) por uma conclusão em que o cronista se limite a comentar o episódio
que relatara até aí, embora tentando tirar dele uma lição. Não haverá portanto
narração de agressões ao empregado, mas, como seria normal numa crónica mais
convencional, uma breve reflexão de índole opinativa (em estilo incisivo,
talvez, por ser o mais típico do fecho das crónicas). Não pretendo mais de cem
palavras.
Automático, o
empregado de mesa disse: queria?, já não quer?
...
...
...
O sketch
«Concurso de empregados de mesa» (série Meireles) dá mais exemplos de respostas
de criados de mesa que trocam o entendimento comum de um dado pedido de
clientes (formulado segundo o princípio
de cortesia) por uma sua interpretação literal (como se tudo o que
disséssemos devesse obedecer apenas à máxima
da qualidade, ou seja, a um suposto critério de factualidade).
O
trecho de filme que vamos ver, de A invenção
da mentira, mostra-nos como a máxima
da qualidade e o princípio da
cortesia são até, muitas vezes, incompatíveis. Numa sociedade como a
ficcionada no filme, em que a expressão obedecesse sempre a um princípio de
veracidade (‘tudo o que se diz deve corresponder à verdade, deve cumprir as
máxima de qualidade’), constantemente se gerariam situações de grande
indelicadeza.
TPC — (1) Vê em Gaveta
de Nuvens a instrução para leitura de livros; (2) Prepara a
leitura (a compreensão e a própria leitura em voz alta) de «Entrevistas» (pp.
79-80).
Aula 55-56 (8 [8.ª], 9 [5.ª],
14 [1.ª, 7.ª], 15/jan [12.ª]) Correção do trabalho de conclusão de crónica feito na última aula.
Depois de relanceares o texto de António Lobo Antunes
«Entrevistas» (pp. 79-80), que pedira fossem lendo em casa, responde às
perguntas 1 e 2 de Leitura/Compreensão (80). Responde de modo integrado,
abordando ao mesmo tempo o que se pede nos dois itens. (Pode ser útil consultar
as definições de crónica — p. 68 — e
de entrevista — p. 81.)
1. & 2. ...
...
...
Imaginando-te
António Lobo Antunes, responde a algumas (ou a todas) destas perguntas, supondo
que se tratava de entrevista na imprensa escrita. Nota que as respostas a uma
entrevista a publicar em jornal são revistas linguisticamente, não
apresentando, em geral, características da gramática da oralidade. E também não
costumam ser respostas de sim ou não, já que as perguntas são assumidas como
pretexto para o comentário (longo) de quem responde.
O que representa a Europa para si?
...
Em que medida o facto de ter sido médico influiu
na sua escrita?
...
Como encara o futuro do romance?
...
Qual a sua relação com Deus?
...
De que modo, no seu entender, o que deixou será
lido daqui a cinquenta anos?
...
Os prémios literários são importantes para si?
...
Escuta
a crónica de Fernando Alves (do programa «Sinais», da TSF) e diz se as afirmações
na p. 81 são V(erdadeiras) ou F(alsas).
A. ___; B. ___; C. ___; D. ___; E. ___; F. ___;
G. ___; H. ___; I. ___.
Responde
à pergunta 2 da p. 81.
...
TPC —
Resolve/estuda as perguntas sobre ‘Acentuação’ no Caderno de Atividades (pp. 7-11; soluções na p. 88). Em Gaveta de Nuvens (aqui) ficam reproduzidas
estas páginas.
(Conselhos:
(1) usa palavras tuas, embora em registo formal; (2) não te fixes em
pormenores: tenta perceber o essencial da defesa que é feita em cada crónica;
(3) neste trabalho, interessa-me perceber se compreendeste os textos e se
rediges com elegância e objetividade. Começa por ler o que se diz sobre a Síntese na p. 292.)
Nos sketches
que veremos (Gato Fedorento, série
Fonseca) caricaturam-se entrevistas e reportagens para
televisão. Podemos ver em cada sketch
um de cinco perfis de maus entrevistadores/repórteres:
A — O que se limita a
recolher depoimentos de ‘populares’, sem relevância informativa.
B — O que gosta de
reportar acontecimentos curiosos, em vez de se ocupar com assuntos relevantes.
C — O que é agressivo com
o entrevistado, a quem, no fundo, não quer ouvir (já se fixou o sentido da
reportagem, o mais espetacular, e a entrevista serve apenas para lhe dar
colorido e fingir cumprimento dum dever jornalístico).
D — O que não concede
tempo suficiente às respostas do entrevistado (em geral, porque se considera
que as audiências são menores quando há momentos mais discursivos).
E — O que pretende obter
um «sound bite» a todo o custo e, de certo modo, não quer saber a opinião do
entrevistado, mas apenas poder anunciar uma frase, ter uma «cacha».
Sketch
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Perfil
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«Testemunhas de acidente»
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«Cão gigante»
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«O que quer dizer com isso?»
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«Padre Carla»
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«Tempo de satélite»
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«Vai candidatar-se, sotor?»
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Comenta o que se diz na notícia «Robôs a fazer
entrevistas» (saída no Público), articulando-a com o que defendia Fernando Alves na sua crónica radiofónica «O
homem que mordeu a maçã» (Sinais, TSF).
Fernando
Alves, «O homem que mordeu a maçã», Sinais, TSF, 17 de maio de 2006:
A BBC já pediu desculpas pelo equívoco que pode
ter sido a sorte grande de Guy Goma. O que se passou foi que Guy Goma, um
cidadão congolês, recém-licenciado em Economia mas desempregado, que se
encontrava na recepção da BBC à espera de uma entrevista de trabalho, foi confundido
com o director de um portal de Internet sobre tecnologia e levado à emissão de
economia do canal «24 Horas» onde a apresentadora lhe perguntou, em direto, se
estava surpreendido com a decisão de um tribunal favorável à companhia Apple. A cara de Guy Goma nesse momento é indescritível. Num
inglês com forte sotaque francês ele, contudo, não se desmanchou. Ainda que
surpreendido, mordeu a maçã (I’m very surprised to see...). Guy Goma talvez tenha
conseguido, devido a este equívoco, um emprego na televisão e é provável que o
mereça. O homem que mordeu a maçã do paraíso está involuntariamente no centro
do que parece um equívoco feliz.
Nem é preciso que comparemos este equívoco com
aquele outro, contado há uma semana na TV Justiça do Brasil, sobre um desempregado preso
por engano. E a BBC fez aquilo que uma grande televisão tem a fazer: pediu
desculpa por um deslize, que não resulta de uma negligência transformada em
norma, como diariamente vemos nos serviços noticiosos das televisões, que se
socorrem do transeunte desprevenido ou posto a jeito. A propósito do calor que faz
na praia ou do acidente na curva perigosa, não há transeunte ou desocupado que
não seja chamado a dar palpite. Informação sem crivo tomada como boa, opinião
não qualificada. O equívoco é, neste caso, a regra. No país do acho, todos acham em directo ou diferido.
O caso de Guy Goma é, neste tempo em que até o território do jornalismo foi
invadido pelo mais pobre reality show,
a parábola feliz.
Onde o critério não é o da negligência até os
erros são lições. Os jornalistas transeuntes deviam parar e pensar. Em quê?
Antes de mais na necessidade de voltar a morder a maçã.
TPC — Escreve um texto suscetível de
concorrer ao concurso «A melhor carta» (CTT/ANACOM), cujo regulamento pus no
blogue. Nem todos os textos poderão depois concorrer efetivamente — até pela
idade-limite, que é de 15 anos em 31 de janeiro —, mas pretendo que façam todos
esta tarefa enquanto tepecê (que pode ser entregue na próxima ou na aula
seguinte à próxima).
O
essencial da indicação é «Escreve
uma carta a descrever o mundo onde gostarias de crescer». O texto deve ter a forma epistolar,
seguindo a estrutura de uma carta,
com 300 a 800 palavras. Quanto a mim, vale a pena
adotar abordagem original, evitando as banalidades a que o tema em causa facilmente
nos leva.
Podes
trazer-me a carta à mão ou a computador, embora, para efeitos de eventual envio
ao concurso, me pareça conveniente a escrita em computador. Como já terei dito, para este e para todos os nossos
trabalhos, considerarei falta grave «picarem-se» coisas da net ou de outros
lados.
Aula 59-60 (15 [8.ª], 16/jan [5.ª]; nas restantes turmas esta aula fica adiada ou será diluída em outras) Há duas aulas,
pedi que estudassem umas páginas do Caderno
de Atividades sobre acentuação. Retomamos agora essa
matéria.
As formas erradas que se seguem são retiradas de
redações (vossas ou de colegas). Todas têm problemas de acentos. Escreve a
forma já corrigida, ao lado da regra
que lhe corresponda (escreve, portanto, na coluna da direita, onde já pus
alguns exemplos).
[o] porque [das
coisas] / intíma [adjetivo] / tentão [Presente do Indicativo] / provavél /
tambem / contrario [adjetivo ou nome] / brincavamos / cardiaco / acreditára
[Mais-que-perfeito] / proximo / unica / so / relogio / neuronios / fôra / saira
[Mais-que-perfeito] / passeavamos /estáva / príncipal / ultimo [adjetivo] /
dificil / alguem / estadio / sotão / iría / faceis / Africa / páis [‘parentes’]
/ [ontem] juramos / alí / e [Presente de «Ser»] / [quis] deixa-los / pensão [Presente]
/ possivel / tivémos / ninguem / podera [Futuro] / dár-me / hipotese / acabára
/ sonambula / [eles] mantém / saíu / imprevísivel / irónicamente / começaram
[Futuro] / familia / passáros / musica / incrivel /faziamos / noticias [nome] /
chegármos / iamos / lêem
regra que as grafias em cima não cumprem
|
formas já corrigidas
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Palavra
aguda terminada em a, e ou o (com ou sem -s) leva
acento.
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má
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Palavra aguda
terminada em ditongo nasal [ãw] leva til.
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verão
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Palavra aguda
terminada em i ou u (com ou sem s) precedidos de vogal com que não formem ditongo leva acento.
|
Luís
|
Palavra aguda
terminada em -em ou ens, se tem mais de uma sílaba, leva
acento.
|
parabéns
|
Palavra aguda
terminada em ditongo aberto leva acento.
|
céu
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3.ª pessoa do
plural de «ter» ou «vir» leva acento circunflexo (para se distinguir da forma
do singular).
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vêm
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Palavras
agudas fora das condições acima descritas não levam acento.
|
peru
|
Palavras graves,
não havendo outra condição especial, não levam acento.
|
vemos
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Palavras
graves terminadas em -l, -n, -r, -s, -x e -ps levam acento.
|
nível
|
Palavra
grave terminada em ditongo oral (seguido ou não de -s) leva acento.
|
fúteis
|
Palavra
grave terminada em -ã ou -ão (seguidos ou não de s) leva acento.
|
órfã
|
Palavra
cuja sílaba tónica i ou u não forma ditongo com a vogal
anterior (a não ser se seguir um -nh
ou -m, -n e -r) leva acento.
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constituído, sair
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1.ª
pessoa do plural do pretérito perfeito da 1.ª conjugação leva acento (para se
distinguir do presente). [para os
nortenhos, precindível]
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andámos
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3.ª pessoa do
singular do pretérito perfeito do verbo «poder» leva acento (para se
distinguir do presente).
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pôde
|
Não
se emprega acento antes de ditongos iu
ou ui precedidos de vogal.
|
caiu
|
Todas as palavras
esdrúxulas (verdadeiras ou aparentes) têm acento.
|
esdrúxula, Flávio
|
Erro na BBC transforma candidato a emprego em perito em tecnologias
A estação britânica BBC News
convidou um especialista em novas tecnologias para comentar a batalha legal
entre as empresas Apple Corps e Apple Computer, mas, em vez de um homem branco
chamado Guy Kewney, a jornalista da BBC entrevistou um homem negro chamado Guy
Goma, que não sabia o que estava a fazer num estúdio de televisão.
Segundo o jornal The Mail, Goma foi levado para o
estúdio, onde lhe colocaram um microfone, depois de ter levantado a mão quando
um produtor chamou por Guy Kewney. A BBC já admitiu o erro e indicou que Guy
Goma é um cidadão do Congo, licenciado, que estava na empresa à espera de uma
entrevista de emprego.
De acordo com a estação,
tudo começou quando um produtor da BBC foi buscar Guy Kewney, director de um
site especializado em novas tecnologias, à recepção errada no edifício da
empresa. Quando perguntou pelo especialista, um rececionista apontou na
direcção de Guy Goma. «Você é Guy Kewney?», perguntou o produtor, que já tinha
visto uma foto do verdadeiro perito. Goma respondeu que sim e foi conduzido ao
estúdio, onde ainda respondeu a três questões, em directo, mas a apresentadora
conseguiu informar o editor de que o convidado parecia «sem fôlego e muito
nervoso» e a emissão mudou rapidamente para um correspondente no exterior. Só
então se descobriu que Guy Kewney estava ainda à espera na recepção. «Foi tudo
um mal-entendido. Vamos tomar todas as medidas para garantir que isto não volta
a acontecer», disse uma porta-voz da BBC.
Escreve
uma notícia inspirada no soneto de Camões que está na p. 148. O que no poema
surge como um pedido, uma ordem, do poeta é o que a tua notícia assumirá como
acontecimento a reportar — os vários cataclismos daquele dia. A notícia terá título (e, opcionalmente, um antetítulo), um primeiro parágrafo (o lead)
e mais um ou dois parágrafos de
desenvolvimento. Pode servir de modelo da estrutura típica de uma notícia o
texto «Erro na BBC transforma candidato a emprego em perito de tecnologia».
Os
factos serão essencialmente os enunciados no soneto, embora em registo atual, o
que deve obrigar a acrescentos para melhor contextualização (criados por ti,
naturalmente). A eventual alusão a um nascimento assim e assado poderá constar,
mas só no último parágrafo e como dado ainda pouco confirmado.
TPC — Lembro o
último — carta para concurso dos CTT —, que é para ser entregue na próxima
aula. Lembraria ainda o de há duas aulas — páginas sobre acentuação no Caderno de Atividades (que podem ser
estudadas também agora).
Aula 61-62 (21 [7.ª, 8.ª, 1.ª], 22/jan [12.ª, 5.ª]) O assunto será atos ilocutórios. Podes abrir o livro nas pp. 321-322. Lê o que pus a seguir e vai completando.
Os atos de fala dividem-se em locutórios (o próprio facto de se falar), ilocutórios (o tipo de ação que se pretende realizar: uma ordem, uma promessa, uma
constatação, uma ameaça, etc.) e perlocutórios (o efeito produzido no interlocutor: ficar o ouvinte ofendido,
envergonhado, convencido, etc.).
Nos atos ilocutórios diretos, a intenção
comunicativa fica explícita no que é dito;
nos atos ilocutórios indiretos, a intenção
comunicativa tem de ser captada pelo
interlocutor. Por exemplo, em «Leiam o texto tal» há um ato ilocutório _______;
mas, se, no contexto de uma aula, o professor disser «É na p. 321», temos um
ato ilocutório ______, cuja _______ (‘ordem para se começar a ler’) tem de ser
inferida pelos interlocutores.
O entendimento
de um ato de fala está dependente do contexto comunicativo. O que possibilita que a frase «É na p. 321» seja percebida como ordem
para que se leia é o facto de se estar numa ________ de _______.
Os atos ilocutórios podem ser agrupados consoante a força ilocutória (o objetivo
ilocutório) que apresentam:
diretivos (pretende-se que o interlocutor actue de acordo com
a vontade do locutor) — «Querem abrir os livros na p. 321?»; «Abram os livros
na p. 321».
assertivos (assinala-se a posição do locutor relativamente à
verdade do que diz) — «Não há dúvida de que esta é a melhor frase»; «Admito que
haja aqui um equívoco meu».
expressivos (traduz-se o estado de espírito do locutor
relativamente ao que diz) — «Entristece-me que tenha partido»; «Muitos parabéns
pelo teu teste».
compromissivos (responsabilizam o locutor relativamente a uma ação
futura) — «Não darei aula esta terça»; «Prometo entregar os prémios Tia
Albertina».
declarativos (aquilo que se diz cria, por si só, uma nova
realidade) — «Absolvo-te das falhas cometidas»; «Fica aprovado com catorze
valores».
O conteúdo proposicional pode não ser determinante no objetivo ilocutório. Há que contar também
com o tipo
de frase (interrogativo, imperativo,
declarativo, exclamativo) e com o contexto: «Estou constipadíssima», num contexto em que há uma porta aberta, pode
ser um ato ilocutório {escolhe}
direto / indireto que corresponda ao objetivo ilocutório (à força ilocutória)
________ (com a locutora a pretender que ________).
Indica o tipo
dos actos ilocutórios (diretivo / assertivo / expressivo / compromissivo / declarativo):
1. Fala com o diretor de turma. ______
2. Gostei que fizesses cocó no penico. ______
3. Sei que Gedeão era Rómulo de Carvalho, professor de Física. ______
4. Ficam isentos do pagamento os menores de setenta e três anos. ______
5. A hipótese mais provável é que tenha perdido o comboio.
______
6. Duvido que te interesse. ______
7. Chegarei às onze e sessenta e dois. ______
8. Detesto que me estejam sempre a pressionar. ______
9. Vou pensar no que me propõe. ______
10. É inadmissível que te impeçam de ires ao jogo. ______
[fundado em M.
Olga Azevedo, M. Isabel Pinto & M. Carmo Lopes, Exercícios — Gramática Prática de Português
— Da Comunicação à Expressão]
Preenche as quadrículas em branco,
interpretando os atos de fala dos três sketches (série Barbosa). Por vezes, previ duas interpretações
(uma, direta; a outra, indireta, aliás mais verosímil). No tipo (segundo a força ilocutória),
porás assertivo, diretivo, expressivo, compromissivo.
(Nenhum exemplo é de ato declarativo.)
Ato de fala
|
direto
/ indireto
|
tipo (segundo a força
ilocutória)
|
modo verbal, etc.
|
«Últimos
desejos»
|
|||
Julgava
que eras meu amigo...
|
direto
|
assertivo
|
«julgar»
+ imperfeito do indicativo
|
indireto
|
|||
Por
favor, promete que passas para açúcar mascavado.
|
direto
|
imperativo
+ «por favor»
|
|
Eu
mudo para açúcar mascavado.
|
direto
|
||
Gostava
de ouvir o mar.
|
expressivo
|
imperfeito
do indicativo
|
|
indireto
|
|||
Zé Carlos, descansa.
|
direto
|
||
indireto
|
expressivo
|
||
«Velha
que faz apartes longuíssimos»
|
|||
Sr.
Aurélio, quando puder, era dois quilos de maçã reineta.
|
(in)direto
|
imperfeito
do indica-tivo + «quando puder»
|
|
E
não se deve discriminar as pessoas só porque têm gonorreia.
|
direto
|
diretivo
|
presente
de «dever» + infinitivo
|
indireto
|
|||
Todo
o aparte é assertivo (e serve para relatar anteriores atos de fala assertivos
— da velha e do seu marido). O estranho é que a entoação não corresponde à
esperável neste tipo de força ilocutória e que não haja atos de fala
expressivos em reação.
|
|||
«Condutor
de ambulância»
|
|||
Pronto.
Está bem.
|
direto
|
advérbio
e presente do indicativo
|
|
Arranca.
Depressa. Já.
|
direto
|
diretivo
|
|
Há
aqui indivíduos que devem estar cheios de pressa.
|
direto
|
«dever»
no presente
|
|
A
sensação que me dá é que está verde há muito tempo
|
direto
|
«dá-me
a sensação» + presente do indicativo
|
|
Não
podia ir um pouco mais rápido?
|
indireto
|
imperfeito
de «poder» + infinitivo
|
|
Morreu.
|
direto
|
||
indireto
|
expressivo
|
Escreve uma resposta a 1.1 (p. 149). Procura
aproveitar a perspetiva crítica acerca do papel da comunicação social com que
nos temos deparado em textos recentes.
...
Põe no discurso indireto as falas do cartoon:
O rapaz ruivo
perguntou ____
O miúdo mulato e com
um três na camisola _____
O catraio mais à
direita ____
TPC — Estuda exercícios sobre ‘Atos ilocutórios’no Caderno de Atividades, pp. 60-62.
(Ainda aceitarei, mas só até à próxima aula, a carta pedida em recente tepecê.)
Aula 63-64 (22 [8.ª], 23 [5.ª, 7.ª], 26/jan [12.ª,
1.ª]) Lê a crónica nas pp. 69-70, «Eles que», de João Aguiar. Em cada item,
circunda a letra da melhor alínea.
Aula 65-66 (28 [7.ª, 8.ª, 1.ª], 29/jan [12.ª, 5.ª]) Correção dos questionários de compreensão de «Eles que» (feitos na última aula).
No
período que abre o texto (ll. 1-5), reconhecemos dois objetivos ilocutórios
(correspondentes a cada uma das metades em que a vírgula os divide):
a) declarativo; compromissivo.
b) assertivo; compromissivo.
c) expressivo; declarativo.
d) expressivo; assertivo.
Em
«E não será a despropósito, como os leitores verão» (5-7),
a) a forma de tratamento corresponde a artigo
definido + nome + 3.ª pessoa.
b) a forma de tratamento corresponde a artigo
definido + nome + 2.ª pessoa.
c) a forma de tratamento corresponde a você +
3.ª pessoa.
d) o narrador não se dirige a ninguém.
No
terceiro parágrafo (10-20), o cronista
a) permite que depreendamos ter havido críticas
à delegação portuguesa.
b) ironiza com o facto de ter havido poucos
comentadores.
c) critica o facto de não se verem imagens de
quem comenta os Jogos.
d) ridiculariza a semelhança das opiniões dos
comentadores.
Nas
falas em discurso direto a que o cronista recorre nas ll. 22-29, o que se
satiriza é
a) a estranheza dos nomes dos atletas
concorrentes.
b) a irrelevância de algumas modalidades nos
Jogos.
c) a linguagem dos que comentavam os Jogos.
d) o excesso de repetições das mesmas
reportagens.
«E
com isto sagraram-se, todos, campeões mundiais da Bengala Idiota, em todas as
categorias» (33-36) reporta-se
a) aos atletas.
b) aos comentadores.
c) aos membros da delegação portuguesa.
d) a todos os participantes.
«Isto
é a rapaziada do desporto, há que dar-lhes o desconto...» (43-44) refere-se
a) à delegação portuguesa e aos atletas.
b) aos atletas portugueses.
c) aos atletas de todos os países.
d) aos comentadores.
O
parágrafo entre parênteses nas linhas 45-51 critica
a) a condescendência que se costuma ter com a
linguagem do jornalismo desportivo.
b) o facto de se ser mais exigente em termos
linguísticos com os desportistas do que com outros grupos.
c) a linguagem de muitos com responsabilidades,
o que quase tornaria legítima a complacência com outros erros.
d) o desprezo a que se tem votado a linguagem
desportiva.
Nas
ll. 52-59, o narrador assume que o bordão linguístico «sempre igual a si
próprio»
a) já não é corrente.
b) ainda perdura.
c) ainda tem surtos.
d) é uma verdadeira epidemia.
Para
o cronista, conforme se anuncia nas ll. 61-62, o mais trágico é que
a) também na Antena 2, em programas culturais,
se ouve já « sempre igual a si próprio».
b) a praga do «sempre igual a si próprio» já
passou aos programas culturais.
c) «ele que» já extravasou dos programas
desportivos para os culturais.
d) estes tiques linguísticos se revelam
definitivos.
Nas
ll. 76-78 alude-se a
a) produtos com prazos de validade curtos.
b) um negregado dia.
c) epidemias breves.
d) modismos efémeros.
O
que incomodou João Aguiar, aquando da divulgação de Mulheres à beira de um ataque de nervos, foi
a) o próprio filme de Almodovar.
b) a menção que o título continha a «nervos».
c) o trocadilho fácil que o título do filme
inspirou.
d) a escola jornalística dos totós que palravam
diante de microfones.
O
«vírus» na l. 101 corresponde
a) ao bordão «ele que».
b) ao bordão «eles que».
c) aos apresentadores-robôs.
d) aos comentadores-robôs e aos apresentadores-robôs.
As
formas corretas das palavras em itálico nas linhas 109-112 seriam:
a) «membro»; «quaisquer»; «aversão».
b) «membrana»; «qualquer»; «medo».
c) «membro»; «quaisquer»; «medo».
d) «membro»; «quaisquer»; «atração».
Nas
últimas três linhas do texto (115-117), recorre-se a
a) três das expressões em moda que o texto
mencionara.
b) duas das expressões em moda que o texto
mencionara.
c) uma das expressões em moda que o texto
mencionara.
d) quatro das expressões em moda que o texto
mencionara.
Identificam
este texto com o género cronístico as seguintes características:
a) linguagem informativa e objetiva; atualidade
do tema.
b) preocupação com o quotidiano; tom pedagógico.
c) existência de lead; referência à atualidade.
d) linguagem literária; predomínio da
subjetividade.
Como
a crónica de João Aguiar, também «Dicionário Português-Manuelmachadês»
caricatura a linguagem de alguém do meio desportivo. O tipo de discurso que é
designado como «manuelmachadês» resulta de numa série de infrações à máxima conversacional de ______, já que
é sobretudo a clareza da mensagem que sai prejudicada.
Porém,
não podemos dizer que o princípio de
_______ seja verdadeiramente posto em causa, porque a linguagem de Manuel
Machado será compreensível para as pessoas do meio futebolístico, a quem se
dirige. É certo que há um exagero de sinónimos mais «aperaltados» (usuais na gíria do futebol), mas percebemos que
esse esforço de enfeitar o que podia dizer-se de forma simples até obedece à
vontade de cumprir bem o papel de entrevistado. (Ou seja: é o princípio de _______ que leva o
treinador a ser tão complicativo. Se ele respondesse liminarmente, o jornalista
não teria grande entrevista e considerá-lo-ia convencido e descortês.)
Quais
são os recursos estilísticos (as
_______ de estilo) usados por Manuel Machado para conseguir a tal
complexificação? Não são muitos. Em geral, pode dizer-se que se socorre de perífrases (circunlóquios; isto é, diz
em muitas palavras o que poderia ser dito em poucas). Vendo mais
de perto, essas perífrases resultam de:
(1)
troca de palavras/expressões por outras suas sinónimas mas de registo
mais cuidado (nestes casos, pode surgir uma ou outra expressão com origem
em metafóra).
(2)
troca de palavras/expressões por outras mais abrangentes, ou mesmo inadequadas,
por eufemismo (evitando ‘ferir
susceptibilidades’).
sentido denotativo
|
manuelmachadês
|
recurso
{1 ou 2}
|
como
ganhámos, fizemos bem em jogar assim
|
a
pontuação obtida, de alguma maneira, ratifica as opções tomadas
|
|
corrigiu
os erros
|
retificou
alguns procedimentos que tinha denunciado como deficitários
|
|
uma
estratégia atacante
|
uma
estratégia que não pressupunha uma metodologia muito defensiva
|
|
fim
do jogo
|
parte
terminal do encontro
|
|
últimos
lugares do campeonato
|
lugares
da parte terminal da tabela
|
|
o
árbitro decidiu mal
|
o critério disciplinar foi extremamente agudo
|
|
não
digo que o árbitro seja desonesto
|
nada do que eu disse vai no sentido de melindrar essa
cidadania e os seus direitos, tudo o que eu disse é contextualizado a um
processo desportivo
|
|
tentar
não perder o jogo
|
obstar a que o Porto leve os pontos em disputa
|
Na última fala — «este tipo que andou no meio do terreno
não presta» —, o inesperado é Machado não ter recorrido a um _____ que
adocicasse a crítica ao árbitro.
Numa síntese do texto «Elogio da velhice enquanto
verdadeira» (p. 68), comenta o modo como o seu autor encara o género
jornalístico «crónica». (Tenta incluir uma ou duas citações, mas sem descurar a
sua articulação com o resto do teu texto.)
...
Escreve um comentário que interprete o cartoon no
cimo da p. 72, descrevendo-o no essencial e explicando a sua intenção crítica.
...
TPC — Conclui (melhora) os comentários que começámos em aula. (Não esqueças a
necessidade de ir lendo algum livro dentro
de perfil que lhes tracei. Se for caso disso, pede-me ajuda na escolha.)
Aula 65-66 (28 [7.ª, 8.ª, 1.ª], 29/jan [12.ª, 5.ª]) Correção dos questionários de compreensão de «Eles que» (feitos na última aula).
No
final da aula vamos ver excertos de Bean,
um autêntico desastre. Interessa-nos sobretudo o discurso de Bean acerca do
quadro conhecido como «A mãe de Whistler», do pintor James Whistler
(1834-1903), nascido no Massachusetts. O comentário de Bean é pertinente, ainda
que não seja como o que faria um verdadeiro especialista em pintura.
Para
se perceber o discurso, convém saber que foi proferido perante uma plateia de
cidadãos americanos, na presença do milionário benfeitor que tinha adquirido o
quadro para o doar a um museu. Ao falar, Bean tinha a pintura à vista e para
ela ia apontando.
Bem... Olá. Eu sou o Dr. Bean (pelo que parece).
O meu trabalho consiste em sentar-me a olhar os
quadros. Portanto, o que aprendi eu que possa dizer sobre este quadro?
Bem, primeiro que tudo, que ele é muito grande. O que é magnífico, pois, se ele
fosse muito pequeno — microscópico, estão a ver —, ninguém conseguiria vê-lo, o que seria lastimável.
Em segundo lugar — e estou a aproximar-me do fim
desta análise do quadro —, em segundo lugar, porque é que se justifica que este
homem tenha gasto 50 milhões dos vossos dólares na sua compra?
E a resposta é... Bem, este quadro vale tanto
dinheiro, porque é um retrato da mãe de Whistler e, como eu aprendi ao ficar em
casa do meu melhor amigo, David
Langley, e da sua família, as famílias são muito importantes e, apesar de o Sr.
Whistler saber perfeitamente que a sua mãe era uma avantesma atroz com ar de
quem se sentara num cato, ele não a
abandonou e até se deu ao trabalho de pintar este extraordinário retrato dela. Não é apenas um quadro, é um
retrato de uma velha taralhoca e feiosa que
ele estimava acima de tudo.
E isso
é maravilhoso. Pelo menos é o
que eu penso.
Numa
versão puramente escrita deste discurso — destinada, por exemplo, a sair junto
de notícia de jornal relativa à cerimónia —, depurada de tiques orais, o que
eliminaríamos da transcrição que fiz? Circunda essas partes desnecessárias
(marcas de oralidade, no fundo).
Assinala
com uma letra os deíticos (E[spaciais], T[emporais], P[essoais]).
Vê também se haverá deíticos textuais
(v. exemplos de deixis textual na p. 320).
Sublinha
os antecedentes das expressões que sublinhei e marquei a negro.
Escreve
uma análise — até certo ponto, semelhante à de Bean — do quadro «Os pais do
artista» (p. 134). Diferentemente do discurso de Bean, o teu texto evitará as
marcas de oralidade e o vocabulário ingénuo. Ficará também na 1.ª pessoa, mas
esse «enunciador»/narrador será o próprio Otto Dix, chamado a analisar o seu
quadro.
Pretende-se
que se comece por uma aproximação sobretudo descritiva, objetiva, e se termine
com explicação já mais subjetiva, emotiva, quase poética, como acontecia na
análise de «A mãe de Whistler». que transcrevi.
Do Diário de Notícias (21-8-2012):
espanha
Idosa decide 'restaurar'
fresco em igreja
Uma senhora na casa dos oitenta anos decidiu
'restaurar' um fresco que está exposto na Igreja do Santuário da Misericórdia
em Borja (Aragão), Espanha. A intenção era boa mas o resultado, que aqui
mostramos... foi hoje divulgado pela autarquia.
A pintura, da autoria do espanhol Elias García
Martínez, foi realizada nos primeiros anos do século passado (XX) e decora uma
das paredes da Igreja do Santuário da Misericórdia em Borja (Aragão),
Espanha."Uma idosa, muito bem intencionada, decidiu, por sua conta própria
e risco [no passado mês de julho], restaurar o fresco que, na realidade, estava
em mau estado por causa da humidade", explicou Juan María Ojeda,
conselheiro de cultura de Borja, ao programa "Queremos Falar" da ABC
Punto Radio.
Agora, resta reparar o mal feito. "Uma vez
avaliados os prejuízos, a pintura irá ser restaurada", garantiu o
conselheiro de cultura de Borja.
Do Público (2?-1-2015):
TPC — (1) Se já te tiver devolvido a carta
que foi pedida em recente tepecê, lança as emendas que fiz e traz-me de novo o
texto (acompanhado da versão que emendei para poder verificar se as correções
foram todas bem incorporadas). [Creio que um texto destes, para efeito de
concurso, deve ser feito a computador; por isso, se a primeira versão fora
manuscrita, deverias passá-la agora a computador.] (2) Lê, para estudo, as
páginas sobre ‘Atos de fala’ (tiradas da Gramática
Prática de Português) que reproduzi em Gaveta
de Nuvens, aqui. (Já houvera também estudo desta parte através das folhas do Caderno de Atividades, que ainda poderás
relancear.) (3) Não esqueças de ir lendo o livro que porventura tenhas
escolhido (ou pede-me ajuda, se for caso disso — em Gaveta de Nuvens, ‘Leituras’, está
longo texto que explica o que se pretende).
Aula 67-68
(29 [8.ª], 30/jan [7.ª,
5.ª], 2/fev [12.ª, 1.ª]) Trataremos de variação linguística. Em Expressões, vai até à p. 296 e cimo da
p. 297, para relanceares o ponto B., Variação
e normalização linguística.
A
matéria deste ponto visa explicar que o português — como qualquer língua — está
sujeito a ____. Essa variação, essa mudança,
verificamo-la quer diacronicamente
(ou seja, analisando diferentes momentos do português), quer sincronicamente (isto é, verificando
que, mesmo num só momento histórico, o português varia em função da origem geográfica do falante, do seu perfil social — cultura, idade — e da situação de comunicação).
O
ponto 1.3 define as «variedades ____»; o 1.2 trata das «variedades ____» (ou socioletos);
o 1.1 tem como título «variedades ____»
(ou dialetos). No ponto 1.1.1
mostram-se três resultados da história do português também muito relacionados
com a própria geografia: as variedades
(ou variantes) ____, ____ (ou sul-americana)
e ____ (s) do português.
No
parágrafo 1.4, menciona-se a variação
histórica (ou ____), dizendo-se-nos ainda que a mudança linguística (que
está na base quer da diversidade a que se aludiu nos pontos 1.1 a 1.3 quer das várias
fases históricas do português) é observável até numa mesma sincronia (já que
nesta podem coexistir uma gramática mais arcaizante e outra em que se vão já notando
resultados de ____ linguísticas em curso).
No
primeiro sketch que vamos ver ficam
salientadas as três variantes (ou variedades) do português, mas também a
variação dialetal dentro do território do português europeu; o assunto será, portanto,
a variação ____. No segundo sketch
alude-se à diversidade de registos (ou níveis) e à formalidade ou informalidade
do uso da língua, o que já se relaciona quer com a variação _____ quer com a
variação _____.
Em «Padre que não sabe fazer pronúncia» (série
Meireles), o protagonista é um seminarista que, segundo o padre seu orientador,
não consegue ter a pronúncia devida. Deves estar atento às pronúncias que o
candidato a padre vai tentando e ir completando o primeiro quadro:
Pronúncia ideal para um padre
|
da Beira, da
Guarda.
|
pronúncia das
sibilantes: «[ch]otaque»;
2.ª pessoa do
plural: «percebeis».
|
Pronúncias tentadas pelo seminarista
|
ditongações:
«t[ua]dos» (todos); bê por vê:
«Co[b]ilhã»; léxico: «carago».
|
|
alongamento das
vogais finais: «padriii»;
nasalizações:
«v[ã]mos».
|
||
supressão do –r final: «dançá» (dançar); vogais átonas pouco
reduzidas: «chap[á]» (chapa);
léxico: «meu chapa».
|
||
vogais átonas mais
abertas.
|
||
paragoge e vogais
menos reduzidas: «rêzar[e]» (rezar).
|
Estas pronúncias — «sotaques» — representam ora as
zonas geográficas a que pertencem falantes de língua portuguesa ora, em um
caso, a influência que uma diferente língua materna tem sobre a pronúncia do
português. Dividamo-las em três tipos:
Pronúncia ...
|
Casos no sketch
|
de determinada
variedade regional (dialeto)
|
beirão; ______;
______.
|
de variante do português (europeia,
sul-americana, africana)
|
______; ______.
|
reveladora de a língua materna do falante não ser
o português
|
______.
|
Relativamente ao sketch «Policiês/Português» (série Fonseca), procura resumir a
situação, completando o texto com os termos que ponho. Relanceia também o ponto
«3. Registo formal e informal», no pé da p. 322 e no cimo da 323.
popular /
familiar / corrente / cuidado / gíria / variedade regional / escrito / oral / formal / informal
Um polícia parece
querer multar um automobilista. Ao descrever a manobra incorreta efectuada e a
sanção que vai aplicar, recorre a um nível de língua _____, usando linguagem mais
típica do meio ______ (que, em geral, segue um registo ____) do que do meio _____
(quase sempre, mais ______). Ainda por cima, adota termos que talvez se possam
considerar de uma ______ própria, específica dos polícias. Por isso, o
automobilista nada percebe.
Um indivíduo que está
por ali vem então traduzir o discurso do polícia para um nível de língua ______
e, às vezes, até ______ ou mesmo ______. Acaba por se perceber que o polícia
aceita ser subornado, e fica tudo resolvido.
Diga-se ainda que,
pela pronúncia de três palavras («gra[b]e», «indi[b]íduo», «de[rr]espeito»),
percebemos que o polícia fala conforme uma determinada _____, provavelmente a
beirã (ou, então, a transmontana).
Depois
de uma observação das imagens reproduzidas na p. 145, completa as duas análises
— os textos de apreciação crítica —
que se seguem, usando as palavras a negro.
fundo /
fecundidade / estruturados / contraste / frente / enigmática / rostos / chapéu
/ contrastes / contornos / crescimento / castanho / formas / enérgica /
azul-claro / olhos / marcantes / vivas / auréola / camélias / inteligente /
cores
Autorretrato
A
Autorretrato
com uma Camélia
faz parte daquilo que a introspeção artística produziu de melhor, introspeção
essa que será sempre capital para o pintor. Ao mesmo tempo, o pequeno quadro
testemunha o seu conhecimento das reproduções dos ______ que ornamentam os
caixões das múmias egípcias dos séculos II a IV da nossa era, tão
impressionante com os seus enormes _______ pintados, os seus rostos claramente
_______, as suas _______ reduzidas e a sua expressão mística _______. Para além
destas considerações arcaizantes, Modersohn-Becker acentua o _______ de cores
nitidamente delimitadas entre os tons sonoros de _______ da figura em busto
vista de ______ e colocada na sombra e o ________ do plano de _______ que
irradia em redor da sua cabeça como uma _______. O ramo de ______ que a artista
coloca de maneira demonstrativa no eixo mediano é considerado como um símbolo
de _______ e de ______.
Autorretrato
B
A atitude ______, os traços ______, o _______
extravagante dizem muito sobre a personalidade da pintora, uma mulher _______ e
com grande experiência do mundo. As cores ________ aplicadas em grandes
pinceladas e os _______ que rodeiam as formas revelam as influências artísticas
essenciais para Werefkin: a dos Nabis, evidentemente, mas também a da «pintura
da alma» de Edvard Münch. Partindo destas premissas, o autorretrato exalta as
_______, baseadas em ______ brilhantes para atingir uma veemência tipicamente
expressionista.
Norbert Wolf, Expressionismo, Colónia, Taschen-Público, 2005 (texto adaptado)
[Tarefa dos autores do
manual]
Escreve
um curto trecho a propósito de cada um dos autorretratos na p. 144, de maneira
a ficares com um exemplo dos quatro principais tipos de objetivo ilocutório (assertivo, compromissivo, expressivo,
diretivo). Eu próprio fiz frases para os cinco tipos, relativas porém aos
autorretratos da p. 145.
As
frases podem ter vários registos, como se vê pelos exemplos, mas não deverão
ser preguiçosas. (A matéria em causa — actos ilocutórios — está resumida no
manual, pp. 321-322.)
p. 145
A. Paula Modersohn-Becker
Sairei
deste quadro quando as camélias murcharem. (Compromissivo)
Detesto a porcaria das camélias. (Expressivo)
Não me sabem dizer que Amélia é esta? (Diretivo)
B. Marianne von Werefkin
Creio que o chapéu de Marianne é vermelho, mas
tenho dúvidas acerca da flor no cimo. (Assertivo)
Por um milhão de euros, está arrematado o quadro
«Autorretrato», de Marianne von Werefkin, por aquele senhor de óculos ali.
[proclamado pelo leiloeiro] (Declarativo)
p. 144
A. Albrecht Dürer
...
B. Joan Miró
...
C. Pablo Picasso
...
D. Fernando Botero
...
TPC — Em folha solta, resolve o ponto 1 da
p. 145. (Podes usar um pouco mais — mas não muito mais — do que as cem palavras
pedidas.)
Aula 69-70 (4 [7.ª, 8.ª, 1.ª], 5/fev [12.ª, 5.ª]) O
assunto é Termos antecedente, sucedente, referencial; Anáfora, catáfora;
Referente; Correferentes; Cadeia de referência. Lê e completa. (No
manual, esta matéria é o ponto «1.4 Coesão referencial», na p. 328.)
Na p. 96 do manual, lê na diagonal a notícia
«Parecer europeu alerta para alto risco dos MP3». Repara que, além do título, tem um ou dois pós-títulos («Comissão pede [...]» e «O
executivo [...]»), um lead (as
primeiras linhas do primeiro parágrafo, que sintetizam o essencial da
informação) e, depois desse primeiro
parágrafo bastante seco, dois outros
parágrafos já com mais pormenores (incluindo trechos de discurso citado).
Aqui estão alguns títulos de notícias assinadas por
Stephen Glass, a personagem principal de Verdade
ou mentira, que começámos a ver há pouco tempo.
Repara que são bastante mais livres — mais
«literários», talvez brincalhões, menos informativos — do que costuma ser recomendado
para a redação de notícias-reportagens. (Era habitual defender-se que o título fosse
uma condensação do «lead», o período inicial da notícia, o qual, por sua vez,
conteria o essencial do acontecimento.)
Paraíso dos hackers
Férias de Páscoa
Provável Claus
A selva
Uma boa alhada
Encharcado
Abanem os imbecis
Nada é de graça
Não se atrevam
Sagrada trindade
Fatos baratos
Mónica vende
O estado da natureza
Após a queda
Papoilas para todos
No olho da rua
Escreve uma notícia com um destes títulos. Como são
mais apelativos do que informativos, para imaginares uma situação que lhes
corresponda talvez não te devas concentrar demasiado na sua interpretação.
A situação que cries deve ser verosímil (isto é, sentida
como verdadeira — não parecer estapafúrdia, mesmo se relatar ocorrência um
pouco estranha). Por outro lado, também não se deve tratar de acontecimento
demasiado banal (que não pudesse ser assunto de um jornal com boa divulgação).
[título:] __________
[pós-título] _______________________
[lead (= 1.º período
deste 1.º parágrafo):] ...
...
[2.º parágrafo:] ...
...
[3.º parágrafo:] ...
...
Passa
para discurso indireto as falas do cartoon
na p. 96:
Então, como é que vão as coisas na escola,
filho?
O pai perguntou ...
Ouvi dizer que aterraram marcianos em New Jersey
hoje de manhã.
O pai disse ...
Sabes? A mãe e eu estamos a pensar fazer-te um
upgrade do computador com os gigacoisos... Estás interessado?
...
TPC — Lê as páginas sobre ‘Variação e
normalização linguística’ — reproduzidas de uma boa gramática — que pus em Gaveta de Nuvens — aqui. (Para efeitos de
próximos trabalhos acrca de gramática, assume-se que estas e outras páginas que
vou recomendando estão razoavelmente estudadas.)
[Para
os que ainda tenham quinze anos (ou só tivessem feito os dezasseis já esta
semana) e que já me entregaram reformulação da primeira versão da carta sobre
«O mundo onde gostarias de crescer»:]
Se
quiseres, posso enviar carta para o concurso dos CTT/ANACOM, se me for trazida
uma versão limpa da mesma (pode ser
a última versão que vi, mas também pode haver ainda algum retoque de ordem
tipográfica que queiras fazer).
Deve
haver também identificação (nome completo, data de nascimento, morada,
escola) — que, aparentemente, pode
figurar na própria folha da carta, mas eu sugeria que ficasse em folha solta, e
fotocópia do cartão de cidadão. Eu
encarrego-me de trazer os envelopes onde tudo isto ficará encerrado.
Terei
de enviar as cartas até 13 de fevereiro, pelo que as aulas convenientes para
este efeito serão as de 11 de fevereiro (10.º 1.ª, 7.ª, 8.ª) e 12 de fevereiro
(5.ª, 12.ª).
Aula 71-72 (5 [8.ª], 6 [5.ª], 9 [12.ª, 1.ª],
11/fev [7.ª]) Os textos expositivos nas páginas 152-154 podem reduzir-se ao
esquema em baixo (a partir de «lírico», já que não tratam nem da épica nem do teatro de Camões, apenas da lírica).
Vai lendo esses textos (sobretudo «Aspetos gerais da lírica de Camões» e «A
lírica de Camões, entre a medida velha e a medida nova») para completares o que
se segue.
O
texto B da p. 155, «Erros meus, má fortuna amor ardente», pode exemplificar a
chamada medida nova. Com efeito,
cada verso seu tem dez sílabas métricas, como a escansão do primeiro verso nos
mostra {procede a essa divisão em sílabas
métricas}:
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Também
coerente com a vertente clássica, renascentista, da lírica camoniana é a composição:
um ____ (catorze versos, distribuídos duas quadras e dois tercetos). Neste
caso, o esquema rimático é: A B B A | A _ _ _ | C _ _ | _ _ _.
Quanto
a tema, podemos dizer que o texto exprime, em termos complexos, a _______ do
poeta com o seu percurso de vida (e, talvez, sobretudo com as desilusões amorosas).
Ao
contrário, o texto da p. 167 serve para ilustrar a medida velha. Está em redondilha {escolhe} menor/maior, já que os seus versos têm ___ sílabas
métricas, são pentassílabos {faz a
escansão}:
Aquela cativa
O
subgénero escolhido também é típico da poesia camoniana de raiz mais
tradicional. Como está no título, trata-se de ___.
O
tom é ___, mesmo se se trata de amor. Ao longo das cinco estrofes, esse caráter
leve assenta bastante no trocadilho entre «cativa» (‘escrava’, a escrava
Bárbara) e «cativo» (‘aprisionado’, metaforicamente, pela paixão).
Escreve
um soneto mais otimista do que «Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p. 155).
Diria mesmo: um poema na direção emocional contrária, um poema em que
desespero, lamento, desilusão dessem lugar a alegria, entusiasmo, fruição.
Respeitarás
um esquema rimático ABBA ABBA CDE CDE. Os versos de rima B terminarão em –aram, como podes ver a seguir. Manterás
também as poucas palavras que registei nas linhas, mas podes trocar-lhes género
ou número. Não te preocupes com a métrica. E, claro, o soneto não tem de se
reportar a Camões.
(Ao
escolheres as primeiras rimas, tem em conta que ficas obrigado a obedecer-lhes em versos seguintes. Não
ponhas, por isso, finais de palavras muito raros.)
TPC — Lê páginas sobre anáfora, catáfora,
elipse, etc. reproduzidas em Gaveta de
Nuvens (aqui, em ‘Coesão referencial’). Experimenta ainda estudar os exercícios
do Caderno de Atividades nas pp.
65-67 (aqui; também sobre anáfora, catáfora, correferência — estes exercícios estão
incluídos numa ficha sobre «Coesão», mas, para já, interessam só aquelas
páginas).
Aula 73-74 (11 [8.ª, 1.ª], 12 [12.ª, 5.ª], 20/fev
[7.ª]) Regressa ainda à p. 155 do livro, para releres «Erros meus, má fortuna,
amor ardente». Compara esse soneto de Camões com o poema de Sophia de Mello
Breyner Andresen, que ponho aqui em baixo, «Camões e a tença».
Nesse
comentário comparado, que deve ter cerca de cem palavras, tem em conta:
— a pessoa verbal usada em cada poema;
— o que se lamenta/critica em cada poema;
— o aproveitamento, na 2.ª estrofe de «Camões e
a tença», de trechos camonianos.
Camões e a tença
Irás ao
Paço. Irás pedir que a tença
Seja
paga na data combinada.
Este
país te mata lentamente
País que
tu chamaste e não responde
País que
tu nomeias e não nasce
Em tua
perdição se conjuraram
Calúnias
desamor inveja ardente
E sempre
os inimigos sobejaram
A quem
ousou seu ser inteiramente
E
aqueles que invocaste não te viram
Porque
estavam curvados e dobrados
Pela
paciência cuja mão de cinza
Tinha
apagado os olhos no seu rosto
Irás ao
Paço irás pacientemente
Pois não
te pedem canto mas paciência
Este
país te mata lentamente
Sophia de Mello Breyner Andresen
«tença» = ‘pensão dada como
em remuneração de bons serviços prestados (ao reino)’; «Paço» = ‘palácio real,
sede do governo’; «sobejar» = ‘sobrar’; «invocar» = ‘chamar’, ‘pedir em
auxílio’
Vai
até à cantiga na p. 169. Cá temos um exemplo de lírica de Camões mais
tradicional, em
verso redondilho. Nota que se trata de composição a partir de
um mote. Olhemos sobretudo para as voltas (o desenvolvimento desse mote).
Há três vocativos, correspondentes aos elementos
da natureza a que o poeta se dirige (no fundo, apenas para valorizar a mulher
amada e resolver a comparação entre os olhos dessa sua paixão e o verde dos
campos). Completa o quadro:
Vocativo
|
Pessoa
verbal
|
Pronomes/Determinantes
|
Formas
verbais
|
te
|
|||
Ovelhas
|
2.ª plural
|
||
paceis (‘pastais’), entendeis, comeis
|
O esquema rimático de cada oitava é (escolhe uma
delas; o esquema é igual):
A __ __ __ __ __ __ C.
Reportando-te a este esquema rimático, completa
(dando prévia olhadela ao final da página 231, sobre rimas) o parágrafo a seguir:
Entre os versos 6 e 7 há rima emparelhada, tal
como entre os versos __ e __. Os versos 5 e 8 fazem rima _______, já que entre
eles há a tal parelha constituída pelos versos 6 e 7. As rimas em -ão (no antepenúltimo e no último versos
de ambas as oitavas) exemplificam a rima ______. Há ainda um verso solto, ou
branco, que é o _____.
Copia os versos de «Endechas a Bárbara escrava» (p. 167),
mas acrescentando em cada verso a(s) palavra(s) suficiente(s) para transformar
estas endechas — que estão em redondilha menor (versos pentassilábicos) — em
versos de redondilha maior (heptassilábicos). A rima manter-se-á, pelo que
deves intervir apenas no início ou no meio de cada verso.
...
TPC — (i) Em folha solta, escreve o poema
(em duas quadras e um dístico) que é pedido no ponto 1.1/Escrita da p. 160. Lê
bem as instruções. Se necessário, consulta as pp. 230-231 (versificação) e 334-335
(comparação, metáfora, paradoxo). (ii) Entretanto, aproveita os próximos tempos
para prosseguir/iniciar leituras livres de livros.
Aula 75-76 (12 [8.ª], 13 [5.ª], 19/fev [12.ª], 23
[1.ª], 24/fev [7.ª]) Na última aula, transformaram versos de redondilha menor (pentassilábicos) em redondilhos maiores (heptassilábicos).
Mantivemo-nos, portanto, na medida velha.
Agora,
peço-te que transformes os versos de medida
nova — decassilábicos — de «A fermosura desta fresca serra» (p. 170) em
versos de medida velha. Dentro
desta, sugiro o heptassílabo
(redondilha maior), para suprimires apenas três sílabas em cada verso.
Haverá
ainda outra alteração a fazer. Em vez de soneto,
queria que os versos desenhassem agora uma oitava,
como as estrofes da cantiga cujo mote era «Verdes são os campos» (p. 169). Para
isso, terás de prescindir de alguns versos. E farás com que o esquema rimático
seja, como o das oitavas de «Verdes são os campos», A B B A A C D C.
A
regra será nada acrescentar (ou acrescentar o mínimo); usar apenas supressões.
...
Prepara uma leitura em voz alta decente da redondilha
resultante do exercício em cima.
...
O
quadro seguinte resume os chamados fenómenos,
ou acidentes, fonéticos. Os exemplos
que pus são quer da variação geográfica e social do
português, quer da diacronia (dentro do português, mas
também do latim ao português). Como vimos nas duas entrevistas recuperadas em
«Diz que é uma espécie de magazine...», as palavras actuais também sofrem
alterações fonéticas, tal como aconteceu ao longo do percurso entre latim e
português do século XXI. Vai lendo e completando.
* = forma incorrecta || arc. = forma arcaica (antiga) || pg. = português || ingl. = inglês || étimo latino
TPC — Para a próxima aula prepara a leitura expressiva, ou tendencialmente
expressiva, destes sonetos de Camões. (Fiz aqui uma leitura de todos esses sonetos, mas apenas para esclarecer pronúncia de palavras menos usuais.) Os números entre parênteses retos
reportam-se aos números dos alunos. Cada número aparece duas vezes, o que
significa que cada um terá de preparar a leitura de dois poemas (um já estudado
em aula; outro, ainda por estrear). No caso dos sonetos novos, além do ensaio
em voz alta, bastante repetido, aconselha-se uma prévia compreensão do texto,
ainda que, naturalmente, superficial.
[1, 5, 9, 13, 17, 21, 25, 29] // «O dia em que
eu nasci, moura e pereça» (p. 148)
[2, 6, 10, 14, 18, 22, 26, 30] // «Erros meus,
má fortuna, amor ardente» (p. 155)
[1, 6, 11, 16, 21, 26, 32] // «Grão tempo há já
que soube da Ventura (p. 158)
[2, 7, 12, 17, 22, 27, 31] // «Busque Amor novas
artes, novo engenho» (p. 159)
[3, 7, 11, 15, 19, 23, 27, 31] // «Amor é um
fogo que arde sem se ver» (p. 160)
[3, 8, 13, 18, 23, 28] // «Tanto de meu estado
me acho incerto» (p. 161)
[4, 9, 14, 19, 24, 29] // «Leda serenidade
deleitosa» (p. 164)
[5, 10, 15, 20, 25, 30] // «Um mover d’olhos,
brando e piadoso» (p. 164)
[4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32] // «A fermosura
desta fresca serra» (p. 170)
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