Aulas (1.º período, 2.ª parte: 29-52)
Aula 29-30 (5 [1.ª, 8.ª], 6 [5.ª, 12.ª], 7/nov
[7.ª]) Na p. 131, lê a carta cujos remetente e destinatário são dois escritores
portugueses do século XX, José Régio e Jorge de Sena.
Sem
me maçares com perguntas sobre significados, em cada item que se segue circunda
uma das quatro expressões à direita, a que tenha o valor mais aproximado da
usada no texto (que pus a negro e à esquerda). Abstrai-te das possíveis
diferenças de género (masculino/feminino).
caro (linha 1) — importante /
prezado / rico / dispendioso
vagar (l. 3) — calma / ócio /
lentidão / pachorra
renunciar
a (5) —
desistir de / apartar-me de / desprezar / renegar
sufocação (5) — pesadelo /
afronta / azáfama / asfixia
implica (7) — envolve /
impacienta / antipatiza / embirra
abrir-se-me
(12) — expor-se
/ viajar / correr / fugir
justo (13) — merecido /
justiceiro / religioso / razoável
notas (15) — taxas /
reflexões / ofensas / classificações
sarcasmo (16) — injúria / apodo
/ ultraje / ironia
ferida
aberta (17)
— ressentimento / infâmia / lesão / transgressão
vem à pena (18) — inspira / comove
/ ocorre / tem pena
faça caso (18-19) — troce /
esqueça / exagere / dê importância
coisas (20) — objetos / textos
/ pertences / posses
fundo (20) — arraial /
acampamento / orifício / âmago
consola-me (21) — dá-me gozo /
recorda-me / lembra-me / compensa-me
críticas (21) — análises /
sátiras / tosquias / discussões
superficialidade (21-22) — futilidade /
ligeireza / aparência / narrativa
apostadas (22) — enfeitadas /
embelezadas / atentas / ataviadas
foram (22) — eram / tornaram
/ iam / fossem
multifacetado (notícia biobibliográfica) — cru / estranho / hipócrita /
diversificado
Campo lexical é o conjunto de palavras ou expressões
que abrangem um determinado campo conceptual. Já víramos que o campo lexical de
‘biografia’ inclui «vida», «histórico», «infância», etc.; e podemos dizer que o
campo lexical da «____» inclui «rir», «contente», «alegria», «bom humor».
Campo semântico é o conjunto dos diferentes sentidos que
toma uma palavra. A palavra «braços» aparece a seguir com diferentes aceções:
«fulano está a braços com vários
problemas»; «o rio desagua em vários ____»; «os braços da cadeira estão carcomidos»; «tens os ____ arranhados». Estes significados — dependentes do contexto em
que ocorre a palavra — integram o campo semântico de «____».
Quanto
a família de palavras (ou palavras cognatas), é um termo que
reúne as palavras que têm o mesmo étimo (tendo dele derivado por diversos
processos de formação): «água-pé», «desaguar», «aguardente», «aguadilha» são da
família de «____».
Aproveitando
o verbete «carta» do Dicionário da Língua
Portuguesa (Porto Editora, 2011), constitui parte do campo semântico de ‘carta’. Basta transcreveres três aceções:
......
Indica
umas tantas palavras do campo lexical
de ‘carta’: .....
Quase todas as palavras seguintes são da família de ‘carta’. Circunda as quatro
intrusas: «cartada», «cartão», «cartaz», «cartear», «cartel», «cartilha»,
«cartista», «carteiro», «postal», «cartabuxar», «cartucho», «descartar»,
«encarte», «CTT», «cartomante», «carta-cocó».
Abre o livro na p. 129. Lê o enquadrado relativo a
«Carta» e atenta sobretudo em «Partes — sua disposição».
A carta que ponho em baixo foi escrita pelo rapaz que
é o protagonista e narrador do filme que começámos a ver na última aula.
Renato, de doze anos e meio, está apaixonado por uma
mulher, já casada, Malena («Malena» é um hipocorístico de «Magdalena», após
síncope de uma das sílabas mediais), com quem aliás nem nunca falara.
Peço-te que cries o que falta no corpo da carta,
incluindo a fórmula de despedida (a linha final antes da assinatura «Renato»).
Quanto ao cabeçalho (com o endereço da instituição remetente), não o poremos
por não ser obrigatório nas cartas privadas. Também o endereço do destinatário,
tratando-se de carta privada, ficaria apenas no sobrescrito.
Castelcutò, __________
de 1940
Senhora Malena,
Este meu coração
consumido já lhe escreveu cartas e cartas. Se não tive coragem para lhas enviar
foi só por não querer fazer-lhe mal. Portanto, perdoe-me por eu ousar
mandar-lhe esta.
Fique sabendo que a
cidade está cheia de más-línguas, que dizem muito mal de si, que tem um amante
secreto. Bem sei que não é verdade, que, a seguir ao seu marido, sou eu o único
homem na sua vida. .......
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
.....
Renato
P.S. — ......
.....
.....
O filme que estamos a
ver é Malena, do mesmo realizador de
um outro filme mais conhecido, Cinema
Paraíso, Giuseppe Tornatore. São de novo memórias de infância. Neste caso, memórias do começo da
adolescência.
O tempo da diegese (isto é, o tempo da história, o tempo dos
acontecimentos narrados) está muito bem delimitado. O próprio
narrador-protagonista refere que se lembra bem da data por que vai começar, o
dia em que estreou uma bicicleta, na Primavera de 1940, aos doze anos e meio. E
é um acontecimento histórico que permite situar o exato começo da ação: foi
nessa mesma data que o Duce
(Mussolini) anunciou a entrada da Itália na guerra (a Segunda Grande Guerra).
Com efeito, ao
contrário dos dois filmes também de caráter autobiográfico que vimos antes, em Malena o contexto histórico tem uma função enquadradora importante. O tempo da história corresponde aos anos
que dura a guerra, cuja evolução vai aliás influenciar os acontecimentos que
nos são «narrados». O fim do filme coincide com o recomeço da vida normal, uma
vez terminada a guerra. Esses cinco anos encerram a paixão de que trata o
filme. (Além das incidências da guerra, também as fitas de cinema que o
adolescente revê em sonhos constituem uma moldura contextualizadora.)
É uma história de
amor e de iniciação. Não é um amor platónico (apenas espiritual, distante),
ainda que o jovem protagonista e o seu objeto amoroso pouco, ou nada, contactem
entre si. Isso só acontecerá no final, quando a paixão de Renato já evoluiu
para ternura-admiração. O desenlace
é contrário ao que se esperaria num filme de amor: o herói vê agora a amada como
uma doce memória, pode gozar a saudade controladamente, sem mágoas. (Sabemos
que o tempo do discurso vai até mais
longe, já que o narrador compara aquele seu amor com todos os outros que depois
teve, pelo que percebemos que o tempo da
enunciação é o de um adulto com vida longa, próximo do nosso presente.)
O local em que
começam e acabam as memórias daqueles cerca de cinco anos é o mesmo, a avenida
marginal da vila siciliana. De resto, o espaço
físico da narrativa está muitíssimo concentrado, tudo se passa na vila.
Castelcutò funciona
como quase-personagem coletiva (e plana): o conjunto das personagens, ou
figurantes, é uma espécie de galeria de caricaturas, que se contrapõe a Renato,
personagem redonda (isto é, de
psicologia mais complexa, menos adivinhável). [Em geral, os
termos a negro que usei aqui estão definidos
nas pp. 282-283 do manual.]
TPC — Vai fazendo
tarefa «grande» (microfilme autobiográfico), cujas instruções estão há já uns dias
em Gaveta de Nuvens; prazo máximo
para a entrega ou envio: 21/nov (10.º 8.ª); 22/nov (10.º 5.ª e 10.º 7.ª); 24/nov
(10.º 1.ª e 10.º 12.ª). Revê gramática.
Aula 31-32 (6 [8.ª], 7 [5.ª], 10 [1.ª, 12.ª], 12/nov [7.ª]) Circunda a letra da melhor alínea.
O tratamento de 2.ª pessoa do plural dirigido a
um só indivíduo
a) ainda se usa no Alentejo e em alguns bairros
de Lisboa.
b) só se mantém no norte (e por falantes
bastante idosos).
c) deve ser usado sempre que se interpelem
professores de Português.
d) só sobrevive nas orações, como tratamento
para Deus.
O tratamento por «tu» é usado
a) entre pessoas que se conhecem mal, desde que
adultas.
b) cada vez mais de pais para filhos e,
generalizadamente, no Brasil.
c) entre jovens, e é mais informal do que o
tratamento na 3.ª pessoa.
d) no norte, seguido da terceira pessoa verbal.
Se à pergunta «Como te
chamas?» alguém responder «Bem, os meus pais pensavam dar-me o nome do segundo
rei de Portugal. No entanto, depois de hesitarem, pensaram que devia ter antes
o nome do progenitor do penúltimo, e assassinado, rei português. Chamo-me
Luís», estará a infringir
a) a máxima de qualidade.
b) o princípio de cortesia.
c) a máxima de quantidade.
d) a máxima de modo indicativo.
No Brasil, o tratamento mais generalizado é
a) «tu» e segunda pessoa do singular.
b) «cê» e segunda pessoa do singular.
c) «você» e segunda pessoa do singular.
d) «você» e terceira pessoa do singular.
Em aula, apercebemo-nos de que uma evolução em
curso (ou já confirmada, mesmo) era a de que os filhos
a) já tratam os pais por
«vossemecê».
b) já pedem aos pais mais nenucos.
c) já tratam os pais mais por «tu» do que na 3.ª
pessoa.
d) tratam os pais cada vez mais na 2.ª pessoa do
plural.
Em Portugal, o tratamento por «você» (mais
terceira pessoa) é
a) mais abrangente do que o tratamento por
«você» no Brasil.
b) especialmente ofensivo no campo.
c) reservado aos interlocutores mais cultos.
d) sentido como mais distante, ou menos
delicado, do que o tratamento por primeiro nome («o Luís») e terceira pessoa.
O tratamento de 2.ª pessoa do plural («ides»)
dirigido a vários indivíduos
a) já não se usa em lado nenhum.
b) ainda se usa no Norte, sobretudo por parte de
falantes idosos.
c) ainda se usa no Brasil.
d) é o que deveriam usar os alunos em diálogo
com um grupo de professores.
Quando, em vez de dizer «estudem até à página
tal», um professor diz «pedia-lhes que estudassem até à página tal», está a
usar uma estratégia que visa cumprir
a) a matéria do programa.
b) o princípio de cooperação.
c) o princípio de cortesia.
d) a máxima de modo.
A forma «tivestes» é
a) agramatical (um erro,
portanto).
b) a 2.ª pessoa do
plural do Pretérito Perfeito de «Estar».
c) a 2.ª pessoa do
plural do Pretérito Perfeito de «Ter».
d) a 2.ª pessoa do
singular do Pretérito Perfeito de «Ter».
Além da tradicional 2.ª
pessoa (no singular e no plural), o Imperativo socorre-se de formas do
a) Presente do
Conjuntivo (1.ª pessoa do singular e do plural).
b) Presente do
Conjuntivo, para a negativa ou para a 3.ª pessoa e a 1.ª pessoa do plural.
c) Presente do
Indicativo (para a negativa) e do Presente do Conjuntivo (para «você», «vocês»
e «nós»).
d) Presente do
Indicativo (na afirmativa, na 3.ª pessoa e na 1.ª do plural) e do Presente do
Conjuntivo (na negativa).
A primeira pessoa do
singular Presente do Conjuntivo dos verbos da 1.ª conjugação (-AR) termina em
a) e.
b) a.
c) i.
d) o.
A terceira pessoa do
plural do Futuro do Indicativo equivale a
a) Infinitivo Impessoal
+ ão.
b) Infinitivo Impessoal
+ am.
c) 1.ª pessoa do
singular do Infinitivo Pessoal + am.
d) 3.ª pessoa do plural
do Pretérito Mais-que-Perfeito menos desinência pessoal + ão.
Na 1.ª pessoa do plural,
o Imperfeito do Indicativo termina em
a) ávamos (1.ª conjugação) e íamos
(2.ª e 3.ª conjugações).
b) ávamos (1.ª e 2.ª conjugações) e íamos ( 3.ª conjugação).
c) ávamos (verbos de tema em A ou em E) e íamos (verbos de tema em I).
d) ámos (verbos de tema em A), emos
(verbos de tema em E), imos (verbos
de tema em I).
A sequência «Andarmos,
Anda, Andasse» corresponde, por esta ordem, a
a) Futuro do Conjuntivo,
Presente do Indicativo, Presente do Conjuntivo.
b) Futuro do Conjuntivo,
Imperativo, Imperfeito do Conjuntivo.
c) Infinitivo Pessoal,
Presente do Indicativo, Imperfeito do Indicativo.
d) Condicional,
Imperativo, Futuro do Conjuntivo.
A sequência «Estiveram,
Tenho feito, Fazia» corresponde, por esta ordem, a
a) Mais-que-perfeito do
Indicativo, Perfeito Composto, Condicional.
b) Perfeito do
Indicativo, Presente Composto, Imperfeito do Indicativo.
c) Perfeito do
Indicativo, Perfeito Composto, Condicional.
d) Mais-que-perfeito do
Indicativo, Perfeito Composto, Imperfeito do Indicativo.
A sequência «Falado,
Olharias, Comeis» corresponde, por esta ordem, a
a) Gerúndio,
Condicional, Imperativo.
b) Particípio Passado,
Futuro do Indicativo, Perfeito do Indicativo.
c) Particípio Passado,
Condicional, Presente do Indicativo.
d) Particípio Passado,
Imperfeito do Indicativo, Imperativo.
A sequência «Ouvi,
Visto, Caber» corresponde a
a) Perfeito do
Indicativo, Particípio Passado, Futuro do Conjuntivo.
b) Imperfeito do
Indicativo, Particípio Passado, Infinitivo Pessoal.
c) Imperativo, Particípio
Passado, Infinitivo Pessoal.
d) Perfeito do
Indicativo, Gerúndio, Infinitivo Impessoal.
Na frase «Dá-me Sancho a espada.», faltam duas
vírgulas, que serviriam para isolar o
a)
modificador apositivo.
b)
complemento direto.
c)
sujeito.
d)
vocativo.
A alínea que tem a pontuação correta é
a)
E, quando os ornitorrincos comem pizzas, a Alzira, gentil iguana, ressona.
b)
E quando os ornitorrincos comem pizzas, a Alzira, gentil iguana, ressona.
c)
E quando os ornitorrincos comem pizzas, a Alzira gentil iguana, ressona.
d)
E, quando os ornitorrincos comem pizzas a Alzira, gentil iguana, ressona.
Em «Ontem, se nevasse, teria ido aos Himalaias»,
as vírgulas visam delimitar
a)
uma oração subordinada adverbial condicional.
b)
um vocativo.
c)
uma oração subordinada adverbial temporal.
d)
um modificador apositivo.
A alínea que tem a pontuação correta é
a)
A maioria dos sacanitas que tenho como alunos vai errar esta questão.
b)
A maioria dos sacanitas, que tenho como alunos, vai errar, esta questão.
c)
A maioria dos sacanitas, que tenho como alunos vai errar esta questão.
d)
A maioria dos sacanitas que tenho como alunos, vai errar, esta questão.
Em «Os cadernos ficam sobre as mesas os
telemóveis ficam dentro dos sacos», falta uma vírgula, que separaria
a)
dois nomes.
b)
modificador e vocativo.
c)
duas orações.
d)
verbo e complemento direto.
Num diário, podemos
esperar encontrar sobretudo estas marcas:
a) 1.ª pessoa, Presente do Indicativo, Imperfeito do
Indicativo.
b) 2.ª pessoa, Perfeito
do Indicativo, Presente do Indicativo
c) 1.ª e 2.ª pessoas,
Presente do Indicativo.
d) 1.ª pessoa, Perfeito
do Indicativo, Presente do Indicativo.
O narrador de umas
memórias autobiográficas é decerto um
a) narrador na 1.ª
pessoa; e um narrador homodiegético.
b) narrador na 3.ª
pessoa; e um narrador autodiegético.
c) narrador na 1.ª
pessoa; e um narrador heterodiegético.
d) narrador na 2.ª
pessoa; e um narrador omnisciente.
São elementos do campo
semântico de «bolas»
a) ‘que chatice!’, ‘objetos
esféricos de borracha’, ‘bolos doces fritos em óleo’.
b) bolinhas, bolita,
carambola, rebolar.
c) basquetebol,
voleibol, bolada, remate.
d) borracha, desportos,
saltar, remate.
São da família de «bolsa»
a) ‘subsídio’, ‘oferta de’, ‘mala de mão’.
b) bola, bomba, bolseiro, reembolso.
c) moedas, dinheiro, roubar, rico.
d) desembolsar, bolsista, bolseiro, embolso.
Integram o campo lexical
de «deserto»
a) areia, sede, desabitado, camelo.
b) ‘desejoso de’, ‘abandonado’, despovoado’.
c) desertar, desértico, desertor.
d) água, basquetebol, amor, ler.
As aceções em «fazer uma
perninha», «isto tem pernas para andar», «és um perna de pau», «as pernas de
Malena eram bonitas» integram
a) o campo semântico de
«perna».
b) um pernil de porco.
c) o campo lexical de
«perna».
d) a família de «perna».
Nas frases «Sancha foi
beijada pelo marido», «Sancho deu um doce ao dragão», «Em Elvas, comprámos
azeitonas», as preposições introduzem, respetivamente,
a) complemento agente da
passiva, complemento direto, complemento indireto.
b) complemento agente da
passiva, complemento indireto, modificador.
c) complemento agente da
passiva, modificador apositivo, complemento direto.
d) modificador, complemento
direto, complemento indireto.
A preposição a surge, contraída ou não, em todos os
três segmentos da alínea
a) «Estou a dormir»; «O
nascimento e a morte são tristes»; «Vou à feira».
b) «Ao falar,
perdigotava»; «Às armas, às armas!»; «Não bastavam os rebuçados a Sandra».
c) «Há três minutos que
não como cherne»; «Saiu-me o ás de copas»; «Escrevam um texto sem AA».
d) «Dei a prenda ao
Honório»; «Bebamos ao Osório!»; «Cada vez mais linda a Ofélia...».
São contrações de
preposição e artigo
a) pelo, como, à, dos.
b) no, pela, aos, de.
c) na, nu, nua, nus.
d) pelos, no, do, à.
A série de
preposições/locuções prepositivas em que não há intrusos de outras classes é
a) a, com, por, antes
de.
b) de, entre, contra,
que.
c) e, em, durante, a.
d) mas, da, até,
perante.
A sequência «Deve recolher as fezes do seu cão
num invólucro de plástico. Deverá segurar o papel de apoio com a mão esquerda,
enquanto deposita o cocó no referido saco. Para o efeito, procederá do seguinte
modo: [...]» ilustra bem o tipo textual
a) instrucional.
b) expositivo.
c) argumentativo.
d) conversacional.
A sequência «O texto argumentativo tem como
objetivo interferir ou transformar o ponto de vista do leitor relativamente ao
mundo que o rodeia. Esse ponto de vista assenta num conjunto de normas ou
valores» é exemplo do tipo textual
a) argumentativo.
b) expositivo.
c) descritivo.
d) narrativo.
Na sequência «Arnaldo Antunes, numa manhã de
domingo, passeava pelo campo, quando ouviu o realejo do Franjinhas. Resolveu
avançar na sua direção», predomina o tipo textual
a) expositivo.
b) descritivo.
c) narrativo.
d) argumentativo.
O
tema «Carta», do grupo Toranja, está incluído no primeiro álbum da banda, Esquissos, de 2003. Escuta o texto e,
logo à primeira audição, tenta completar os espaços em branco com as palavras
em falta.
Não falei contigo
com medo que os ___ (1)
e vales que me achas
____ (2) a teus pés...
Acredito e entendo
que a _____ (3) lógica
de quem não quer explodir
faça bem ao _____ (4) que és...
Saudade é o ____ (5)
que vou sugando e aceitando
como ______ (6) de verão
nos ______ (7) do teu beijo...
Mas sinto que sabes
que sentes também
que num dia maior
serás _____ (8) sem rede
a pairar sobre o _____ (9)
e tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou ______ (10) feiticeiro
Que a minha bola de _____ (11)
é _____ (12) de papel
Nela te pinto nua
numa _____ (13) minha e tua.
Desconfio que ainda não reparaste
que o teu ____ (14) foi inventado
por _____ (15) estragados
aos quais te vais moldando...
E todo o teu ______ (16) estratégico
de _____ (17) do coração
são _____ (18) como paredes e tetos
cujos _____ (19) vais pisando...
Anseio o dia em que acordares
por cima de todos os teus _____ (20)
raízes _____ (21) de somas ______ (22)
sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
um ____ (23) vicioso
______ (24) ao teu gesto _____ (25)
e à palma da tua mão...
É que hoje acordei e lembrei-me
que sou _____ (26) feiticeiro
Que a minha bola de ______ (27)
é _____ (28) de papel
E nela te pinto nua
Numa ______ (29) minha e tua.
Desculpa se te fiz _____ (30) e noite
sem pedir ________ (31) por escrito
ao ______ (32) dos Deuses...
mas não fui eu que te _____ (33).
Desculpa se te usei
como ____ (34) dos meus sentidos
pedaço de _____ (35) perdidos
que voltei a encontrar em ti...
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou _____ (36) feiticeiro...
... nela te pinto nua
Numa _____ (37) minha e tua.
Ainda ______ (38) alguém
O _____ (39) passou-me ao lado
Ainda ______ (40) alguém
Se não te deste a ninguém
magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.
Letra
e música de Tiago Bettencourt.
[Tarefa dos autores do manual (Expressões, 10.º ano).]
Comprova
a natureza autobiográfica do texto, transcrevendo quatro deíticos pessoais. (Os deíticos são marcas da enunciação. Por
exemplo, a 1.ª pessoa implica a referência ao enunciador — ao sujeito da
enunciação; e a 2.ª pessoa implica um seu interlocutor também presente no
momento da enunciação. Pronomes e flexão verbal são os deíticos pessoais mais
relevantes. Palavras como «este», «esse», «aquele», «aqui», «ali» são deíticos espaciais. «Agora», «neste
momento», «ontem», «amanhã» são deíticos
temporais.)
......
Justifica
o título atribuído à canção.
......
Introduz
pontuação no texto que se segue. Trata-se de carta de Renato para Malena (que
ficou, de novo, por enviar). Põe os sinais na própria linha, mas gordos, para
se verem bem. Para assinalar parágrafo, usa §. Põe maiúscula nas palavras que a
passem a exigir.
senhora Malena alguém bem mais capaz do que eu
escreveu que o único verdadeiro amor é o amor não correspondido percebo agora
porquê passou-se tanto tempo desde que não sai de casa mas quanto mais
separados estamos mais forte o meu amor se torna dizem que vai casar com o
advogado Centorbi posso ser miúdo como me chamou quando passou por mim nos
degraus sem me ver como é costume mas como poderá viver com um velho gordo
calvo e que mulher alguma quis de tão feio diz-se que ele nunca se lava e que
fede como um bode como é que a sua pele tão branca e macia suportará
encostar-se à suada de um velho que nunca dá um passo sem o consentimento da
beata da mãe
TPC — Prepara a leitura em voz alta das
cartas nas pp. 131 (carta de José Régio a Jorge de Sena) e 132 (carta de texto
ficcional).
Aula 33-34 (12 [1.ª, 8.ª], 13 [5.ª, 12.ª], 14/nov [7.ª]) Correção de exercício de compreensão de carta de Régio a Sena (ver Apresentação).
Depois de já termos relido a carta de
José Régio a Jorge de Sena, ouvimos agora uma carta de Rómulo de Carvalho ao
mesmo Sena.
À esquerda dos períodos 1 a 7, põe V(erdadeiro) ou F(also).
1. Carta foi escrita há mais de quarenta
anos.
2. Rómulo de Carvalho queixa-se de não ter
tempo para as suas realizações.
3. Segundo Rómulo de Carvalho, Jorge de
Sena também não tem tempo suficiente para as suas atividades criativas.
4. Considera que Sena tem a sorte de se
poder dedicar à escrita a tempo inteiro.
5. As férias de Rómulo de Carvalho foram
descansativas.
6. Rómulo
de Carvalho escreve com o objetivo de agradecer livro oferecido por Sena.
7. Rómulo de Carvalho não escreve poesia,
apenas escreve prosa.
Liga dos Campeões —
fase de grupos
10.º 8.ª
Grupo I
|
Grupo II
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Matilde
|
Filipe
|
||||
Carolina
|
Afonso
|
||||
Cláudia
|
Sara
M.
|
||||
MadalenaS.
|
Zé
|
||||
Sara
T.
|
Henrique
|
||||
João
A.
|
Vasco
G.
|
||||
Xana
|
Natacha
|
||||
Marco
|
Grupo III
|
Grupo IV
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Vitória
|
Madalena F.
|
||||
João
M.
|
Miguel
|
||||
CatarinaP.
|
CatarinaA.
|
||||
Vasco A.
|
Ana
|
||||
CatarinaS.
|
Bárbara
|
||||
Liane
|
Kristina
|
||||
Filipa
|
CatarinaF.
|
10.º 5.ª
Grupo I
|
Grupo II
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Bia
G.
|
Capela
|
||||
J.
Cabo
|
Beatriz
|
||||
Ana
|
Bia
S.
|
||||
João
|
Leonor
|
||||
Manel
|
Gonçalo P.
|
||||
Tomás
|
Sam
|
||||
Lucas
|
Tety
|
||||
Rita
|
Grupo III
|
Grupo IV
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Patrícia
|
Joana
|
||||
Diana
|
Susana
|
||||
Catarina
|
Carolina
|
||||
Maria
|
Cláudia
|
||||
J.Tavares
|
Gonçalo S.
|
||||
Pedro
|
Ariel
|
||||
Amy
|
Diogo
|
10.º 12.ª
Grupo I
|
Grupo II
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Bia
|
David
|
||||
Margarida
|
Madalena
|
||||
Elly
|
Duarte
|
||||
Laura
|
Patrícia
|
||||
André
F.
|
Joana
San
|
||||
Joana
M.
|
Gonçalo
|
||||
Joana
Si
|
Márcia
|
Grupo III
|
Grupo IV
|
||||
Leitor
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Nota (0-20)
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Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Luísa
|
Miguel
|
||||
Henrique
|
Bruna
|
||||
Mariana
|
Magda
|
||||
Ana
S.
|
André S.
|
||||
Joana
G.
|
Ana
N.
|
||||
Helena
|
Catarina
|
||||
Miguel D.
|
10.º 1.ª
Grupo I
|
Grupo II
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Maria
|
CatarinaC.
|
||||
Beatriz S.
|
Carlota
|
||||
Carolina D.
|
MadalenaJ.
|
||||
Gonçalo
|
Bruno
|
||||
R.
Leal
|
Inês
|
||||
Tiago
|
João
S.
|
||||
Carolina S.
|
Isabela
|
Grupo III
|
Grupo IV
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Sílvia
|
Beatriz Sá
|
||||
CatarinaF.
|
Madalena A.
|
||||
Daniela
|
Sofia
|
||||
João
C.
|
Mariana
|
||||
Marta
|
Miguel
|
||||
André
|
Rodrigo
|
10.º 7.ª
Grupo I
|
Grupo II
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Inês
|
Leonor
|
||||
Beatriz
R.
|
Sara
|
||||
Matilde
|
Carolina
|
||||
Catarina
|
Ana Sofia
|
||||
Anastasiia
|
Débora
|
||||
Beatriz
S.
|
Solomiya
|
||||
Beatriz
B.
|
Grupo III
|
Grupo IV
|
||||
Leitor
|
Nota (0-20)
|
Leitor
|
Nota (0-20)
|
||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Sebastião
|
Ariana
|
||||
Dani
|
Diogo
|
||||
Madalena
|
Paulo
|
||||
Tomás
|
Iolanda
|
||||
Maria
|
Carlos
|
||||
Miguel
|
Tânia
|
||||
Emanuel
|
Mário
|
A classificação de cada grupo resultará da média
das pontuações de vários «jogos». Não é obrigatório que cada leitor atue o
mesmo número de vezes. Serão apurados para a fase de eliminatórias da Liga dos Campeões os quatro primeiros
classificados de cada grupo.
Quem não ficar apurado para a fase de eliminatórias
da Liga dos Campeões disputará a Liga Europa (em que se integrarão os
vencidos nos oitavos de final da Liga dos
Campeões).
Depois de ouvirmos «Postal dos Correios»
(Rio Grande), completa as linhas a seguir com a transcrição da letra da cantiga
em formato de carta. Tirando a data e a
assinatura, que criarás tu, todos os elementos estão na própria letra da canção.
Pô-los-ás em prosa e acrescentarás apenas a pontuação (que terá de ser
gramatical).
Querida mãe, querido
pai. Então que tal?
Nós andamos do jeito que Deus quer
Entre os dias que passam menos mal
Lá vem um que nos dá mais que fazer
Mas falemos de coisas bem melhores
A Laurinda faz vestidos por medida
O rapaz estuda nos computadores
Dizem que é um emprego com saída
Cá chegou direitinha a encomenda
Pelo «expresso» que parou na Piedade
Pão de trigo e linguiça para merenda
Sempre dá para enganar a saudade
Espero que não demorem a mandar
Novidades na volta do correio
A ribeira corre bem ou vai secar?
Como estão as oliveiras de «candeio»?
Já não tenho mais assunto pra escrever
Cumprimentos ao nosso pessoal
Um abraço deste que tanto vos quer
Sou capaz de ir aí pelo Natal.
[Data]
[Saudação
inicial (vocativo)]
[Introdução]
[Desenvolvimento
(notícias sobre a vida familiar; informação a acusar receção de encomenda)]
[Conclusão
(desejo de notícias da família e da terra)]
[Despedida]
[Assinatura]
[PS]
|
___________________________
___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ |
Agora,
inventa o endereço de remetente e de destinatário (como figurariam num envelope
ou no invólucro de postal):
[Remetente]
[Destinatário]
TPC — Prepara leitura em voz alta (com certa
expressividade) de «Uma rapariga» (p. 126) — relanceando também o que está na
página anterior sobre o mesmo texto — e «Na prisão escrevem-se cartas» (p.
127).
Não esqueças, entretanto, o trabalho de
microfilme, com prazo impostergável.
Aula 35-36 (13 [8.ª], 14 [5.ª], 17 [1.ª, 12.ª], 19/nov [7.ª]) Correção de questionário de gramática (ver Apresentação).
Como confirmaremos ainda hoje, perto já
do final do filme Renato escreve uma carta ao marido de Malena, Antonino
Scordia (que, afinal, não morrera e regressara à vila, onde já não se
encontrava a mulher):
Caro Senhor Scordia,
Perdoe-me se não tenho a
coragem de lhe falar de homem para homem, mas queria dizer-lhe que devo ser o
único a saber a verdade sobre a sua mulher. Não leve a mal que ninguém lhe
queira falar; é melhor assim, porque só lhe diriam calúnias. Acredite quando
lhe digo que a sua mulher lhe foi fiel. É o único homem que ela amou, a verdade
é só esta. É certo que muito aconteceu, mas,
na época, o senhor estava morto há muito tempo.
A última vez que a vi
foi a embarcar para Messina. Boa sorte.
Devia assinar ‘um
amigo’, como nas cartas anónimas, mas eu chamo-me
Renato.
Escreve duas cartas de A. Scordia a
Renato Amoroso. A primeira será verosímil (isto é, que não estranhássemos, que
pareça perfeitamente possível); a segunda deverá ser mais inesperada, embora
também em registo formal e apropriado ao contexto.
Resposta de Scordia,
versão verosímil:
.....
Resposta de Scordia,
versão inesperada:
.....
Em baixo fica o que é dito pelo
«narrador» de Malena, quando o filme
termina. Primeiro, ainda se reporta ao tempo que está a ser evocado, o da
adolescência. Depois, no segundo parágrafo, já se situa no momento da
enunciação (nosso contemporâneo). Nesse segundo parágrafo há vários deíticos.
Assinala cinco dessas palavras, marcando se se trata de deíticos temporais (T), espaciais (E), pessoais (P).
Pedalei como se fugisse.
E eu fugia. Dela, das sensações, das recordações, de tudo. Pensei que depois
esquecia, tinha a certeza de que ia conseguir esquecer.
Mas agora que estou
velho e que desperdicei a vida, agora que conheci tantas mulheres que me
disseram «Lembra-te de mim», tendo-as esquecido a todas, ainda hoje ela é a
única que eu nunca esqueci. Malena.
Estes dois parágrafos servem para fazer o
fecho de todo o longo encaixe em que
consistiu a recordação daqueles cinco anos. Resume-se, ou quase se elide, uma
série de décadas e regressamos ao tempo
da enunciação, retomando o momento em que se iniciara o flash back, a analepse, que ocupou quase todo o filme.
O espaço
em que se dá a passagem para o tempo atual até pode ser o mesmo em que se
encontra o enunciador. Podemos imaginar que a estrada onde Renato anda de
bibicleta e se despede de Malena é a mesma em que estará o narrador/enunciador.
(No filme, um pouco gémeo deste, Cinema
Paraíso, o pretexto para a igualmente longa analepse é o reencontro com o
cinema da vila em que o narrador homodiegético passara a infância e a que
regressava por causa do funeral de um velho amigo.)
TPC — Prepara leitura em voz alta (com certa expressividade)
destes dois trechos de António Lobo Antunes: «E aqui está...» (p. 135);
«Retrato do artista quando jovem» (pp. 140-141).
Aula 37-38 (19 [1.ª, 8.ª], 20 [5.ª, 12.ª], 21/nov [7.ª]) Responde às perguntas do manual sobre um dos dois textos de António Lobo Antunes que te pedira fosses lendo em casa, «E aqui está...» (p. 135). Basta completares os espaços vagos nas respostas que pus em baixo (mas não deixes de ler as perguntas):
1.1. O narrador refere-se aos _______.
1.2. O sogro do
narrador é cuidadoso («______», «todo catita», «fez a barba com mais _______»),
submisso («não sei como pobre aguentava», «_______»). A sogra é, quase
doentiamente, ______ («com as minúcias habituais», «a endireitar-lhe o casaco,
a limpar com a ponta do lenço o que não estava sujo na cara») e perfecionista
(«______», «por vontade dela engraxava a sola também»).
2. Enquanto
o pintor do quadro na p. 134 parece retratar os pais com carinho, neste trecho
de Lobo Antunes são destacados os traços menos ______ de cada um dos parentes.
2.1. O recurso estilístico que mais contribui
para expressar essa atitude crítica relativamente às duas figuras é a ironia,
presente, por exemplo, no uso de expressões paternalistas («todo catita»),
nelas se incluindo os diminutivos («_____», «gorducho»).
[Na
p. 336 vê valores do diminutivo. No caso dos supracitados diminutivos,
reconheceríamos valores de ironia/sarcasmo, mas talvez também de _____ e até de
______.]
No sketch cujos protagonistas são o
talhante Lopes da Silva e a freguesa Dona Raquel (série Lopes da Silva), a
característica mais saliente é o uso de diminutivos. Em geral, são nomes que aparecem assim graduados, mas há palavras de
outras classes:
Palavra
derivada (com diminutivo)
|
Palavra
sem o diminutivo
|
Classe
|
[Está] boazinha?
|
boa
|
|
[umas] espetadinhas
|
|
|
franguinho
|
|
nomes (N)
|
lombinhos
|
|
|
campinho
|
|
|
guisadinhas
|
|
adjetivos (Adj)
|
linguinha
|
|
|
coelhinho
|
|
|
saborzinho
|
|
|
[tão] gostosinho
|
|
|
molhozinho
|
|
|
porquinho
|
|
|
[papilas] gustativinhas
|
|
|
peruzinho
|
|
|
suculentozinho
|
|
|
peixinho
|
|
|
talhinho
|
|
|
poucochinho
|
|
|
tempinho
|
|
|
parvalhãozinho
|
|
|
cretinazinha
|
|
|
talhantezinho
|
|
|
[sua] pegazinha
|
pega
|
|
ruinha!
|
|
|
Os diminutivos
conferem valores variados (pequenez, estima, desprezo, etc.). Neste caso, a
maioria dos diminutivos visava dar mostras de _____, sendo porém os últimos,
depois de se perceber que a cliente não ia comprar carne, de _____.
Nota que a
junção do sufixo inho pode fazer-se à
forma de base ou à palavra inteira, requerendo por vezes uma ligação
suplementar (com -z- ou com outra
consoante) — ____, ____, ____ {retira da
tabela exemplos com consoante anteposta a -inho} — ou não — _____ {só um exemplo}.
Ouviremos quatro trechos de bandas sonoras de
filmes. Ouvida cada música (durante cerca de uns dois minutos), terás mais uns
três para escrever poucas frases (de prosa, de poesia ou de prosa poética) que
a música te inspire.
TPC — Faz
a p. 2 da folha da aula (poesia para Concurso), aproveitando porventura como
início do poema o começo de um dos trechos feitos em aula. [O Prémio Literário Correntes d’Escritas — no valor de mil euros — é
atribuído anualmente e destina-se a jovens dos 15 aos 18 anos. Em cada ano,
alternadamente, o concurso premeia poesia ou prosa. Nesta edição, o prémio vai
galardoar um poema. Cada concorrente
pode apresentar até dois trabalhos, a enviar até 30 de novembro. (Regulamento completo pode ver-se aqui, mas eu tratarei do
envio dos textos que se ache valer a pena concorrerem.) Para já, queria que
cada um começasse um texto de poesia.
Não invistam na quantidade, mas na boa escolha do caminho do texto. Evitem
lugares comuns, lamechices, piroseiras. Rima não é obrigatória, nem a aconselho
(a não ser que se disponham a trabalhá-la rigorosamente). Para um concurso
destes, o poema não deverá ser curto, mas podemos assumir que estas primeiras
versões ainda serão melhoradas e desenvolvidas.]
Aula 39-40 (20 [8.ª], 21 [5.ª], 24 [1.ª, 12.ª], 26/nov
[7.ª]) Responde às perguntas do manual sobre «Retrato do artista quando jovem» (pp. 141-142), crónica de António
Lobo Antunes. Basta completares os espaços vagos nas respostas que pus em baixo
(mas não deixes de ler as perguntas):
1./1.1 O «artista» mencionado no título e o _______
são a mesma entidade («resolvi», «meu», «cheguei», «experimentei», «fiquei»,
«me», entre muitas outras, são marcas desse narrador homodiegético).
1.2 Trata-se de crónica de cariz
autobiográfico, ao longo da qual o narrador se _____ enquanto criança e
adolescente.
2. Refletir sobre a sua infância e sobre a
opção por ______.
3. Desde «Estranho» (linha 39) a «______»
(linha _____).
3.1 Comparação por exclusão.
3.2 Permite ao narrador apresentar-se e, ao
mesmo tempo, descrever o escritor português tipo, de cuja imagem __________.
4. a) «em», «__», «__», «de». || b) «_______»,
«sapatos». || c) «______». || d) «outrora».
Em «Um quilinho de kunami» (série Meireles) há
bastantes adjetivos (uns graduados em comparativo, superlativo, etc.; outros
graduados através de diminutivos). Surgem ainda nomes que, pelo seu
significado, pela entoação ou pelo diminutivo, também exprimem uma valorização.
Marca os [A]djetivos e os [N]omes. Circunda os sufixos diminutivos.
Um quilinho de
kunami.
É kunami do bom.
É fruta tropical raríssima.
Paizinho!
Isto é bom, muito
raro.
Por isso o preço é
upa-upa, puxadote.
Olh'ò kunami
fresquinho!
Isto é só fruta
podre.
É preciso ter um
gosto sofisticado.
Docinho... Maravilha!
Isto faz um
suminho...
Alface velha, ameixas
podres, ...
Com todo o respeito,
a sua mulher é uma pega.
É um bocadinho, é.
Ainda há gente
simpática...
Preenche
as lacunas com estas palavras:
momento /
marcas / situação / ato / enunciado / pronomes / verbos / enunciação / deítica
/ determinantes/ espaço / referentes / produto / advérbios
Há umas aulas, fui distinguindo enunciação e enunciado. Enunciado é o ______ de uma enunciação; a
enunciação é o ______ de produção desse enunciado (ou seja, desse
texto).
Vimos que deíticos
são ______ do processo de enunciação, porque remetem para a situação em
que o _______ é produzido. São palavras que só podem ser compreendidas
em função do contexto da ________.
Exemplos que dei foram os de «este», «aquele» ou
«ali», cujos referentes se reportam
ao _________ em que o enunciado estiver a ser produzido. Também os
pronomes pessoais e possessivos podem ter função ________, porque os
seus exatos ________ dependem do «eu» e do «tu» que intervenham na _________
de enunciação. Palavras como «agora», «amanhã», para serem percebidas, precisam
de ser relacionadas com o ________ da enunciação.
Os deíticos
podem ser arrumados em pessoais, espaciais e temporais, e são os instrumentos da referência deítica ou deixis.
(Vê a p. 320, onde se mencionam ainda os deíticos
textuais.) Entre as classes de palavras que mais concorrem para a referência
deítica encontramos a dos _______, a dos _______, a dos _______.
Os ______ e a sua flexão também podem funcionar como deíticos.
Nas
frases que te vou dar, os elementos a negro nem sempre têm valor deítico.
Verifica quais das palavras a negro remetem efetivamente para a enunciação,
sendo portanto verdadeiros deíticos (D).
À esquerda das frases em que haja deíticos escreve D (as outras — em que as palavras a negro remetem para referentes
na própria frase, independentes da enunciação — ficarão sem marca nenhuma).
Encontrei ali
um ornitorrinco meu amigo.
O campo estava minado, mas foi aí que o patrão quis fazer o
piquenique.
Esses livros costumavam estar
naquela banheira, aí ao lado. Ontem, porém, não os vi.
Na semana
passada,
falei com uma grafonola voadora.
Neste
momento,
já não acredito em milagres.
Um dia
antes,
a Ermelinda já se tinha aperaltado para o baile da José Gomes Ferreira.
Vocês fazem tudo o que lhes apetece e eu, estúpido, nem protesto!
Antes, era capaz de até nem
se importar, mas agora D. Afonso
Henriques não iria deixar passar aqueles
disparates: estava decidido a enfrentar tudo e todos.
Amanhã, vou comer as saborosas
framboesas.
Vou já
entregar esta folha.
[Esta segunda parte do exercício, ainda que com
as frases alteradas, foi retirada de: M. Olga Azevedo, M. Isabel Pinto , M. Carmo
Lopes, Da comunicação à expressão.
Exercícios.]
TPC — [Para todas as turmas fica
convencionado o dia 24 (2.ª feira) como prazo de envio de microfilme
autobiográfico — mais uma vez se repete: ver instruções aqui.]
Aula 41-42 (26 [1.ª, 8.ª], 27 [5.ª, 12.ª], 28/nov [7.ª]) Na p. 146, lê o poema «Autorretrato com a musa», de Vasco Graça Moura. Escreve uma frase que ilustre — sintetize — a abordagem de cada quintilha. A frase deverá ser ela também quase poética, na 1.ª pessoa. (Já resolvi duas das frases.)
1.ª (vv. 1-5) —
Olho-me, envelhecido, num primeiro relance
2.ª (6-10) — ___________________
3.ª (11-15) — __________________
4.ª (16-20) — Pensava
em muita coisa, de espécie variada
5.ª (21-25) — __________________
Este poema não tem rima. Em compensação, a sua métrica
é propositadamente constante: todos os vinte e cinco versos têm igual número de
sílabas métricas.
Na p. 230 explica-se como deve ser feita a contagem
de sílabas métricas — só se contam as sílabas até à tónica da última palavra do
verso; pode haver elisões, quando o
final de uma palavra e o início de outra são vogais. Repara que, no exemplo a
seguir, não contabilizei a sílaba final, porque a última palavra é grave. E há
três elisões no v. 1:
Faz a escansão
(a divisão em sílabas métricas) do verso que corresponda ao teu número (como
não há versos 26-31, os alunos de números 26 a 31 farão os versos 6 a 11).
Aluno n.º __: ___________________
Este verso tem ___
sílabas métricas; é, portanto, um ____.
{os nomes dos versos estão na p. 231}
Ouviremos outra crónica de António Lobo Antunes,
«Crónica da pomba branca» (do Quarto
Livro de Crónicas), onde, como em tantos textos seus, há alusões
autobiográficas.
À esquerda de cada parágrafo, escreve V(verdadeiro) ou F(also).
O narrador mora numa
aldeia.
O narrador vive numa
zona comercial, moderna, sofisticada.
«Ainda bem que as
vacas não voam» é desabafo dito a propósito de haver muitos pombos na zona em
que vive o narrador.
Os vizinhos tratam-no
por «Senhor Doutor + 3.ª pessoa» ou por «o António + 3.ª pessoa».
O narrador crê que os
vizinhos conhecerão vagamente a sua profissão.
O narrador
considera-se «carpinteiro», porque é mesmo essa a sua profissão na ficção
criada na crónica.
Sempre que sai
cruza-se logo com um grupo de prostitutas.
«Uma fininha
melancolia entra devagar em nós» inclui citação do poeta cabo-verdiano Jorge
Barbosa.
Em frente da casa do
narrador não há prédios, apenas casas térreas.
Durante o tempo
narrado na crónica, o narrador esteve no dentista.
O narrador vive só, o
que às vezes lhe custa.
O pai do narrador já
morreu.
No enterro do avô do
narrador houve música de Mozart.
O narrador chama-se
António por homenagem aos dois avôs.
Repentinamente, o
narrador recorda-se dos seus tempos de adolescente e de treinos no Futebol
Benfica.
«Poiso a caneta, olho
as minhas mãos» é uma frase que remete para o próprio ato de enunciação desta
crónica.
A pomba branca que o
narrador imagina poder fazer surgir se juntar as mãos fá-lo recordar-se dos
cocós de pombo que há nas redondezas.
Cria um poema não
rimado, em estrofes de cinco versos,
todos hexassilábicos, que constitua
o teu Autorretrato («ao espelho»).
Como fez Vasco Graça Moura, a primeira estrofe conterá uma perspetiva geral; a
segunda, uma aproximação quase minuciosa; as restantes serão cada vez mais
subjetivas, mais de preocupações do que de retrato físico.
Autorretrato com ___________
...
Tarefa grande — Quem não
entregou dentro do prazo os trabalhos de microfilme (gravação), pode (e deve)
fazê-lo ainda. À medida que se afastarem da data que combináramos, poderá haver
alguma penalização, conforme o atraso de que se trate, mas vale sempre a pena
entregar esta tarefa, que é a mais importante em termos de expressão oral.
TPC — (i)
Para quem queira concorrer ao Prémio
literário Correntes d’escritas (o que eu aconselho vivamente aos que têm
textos com alguma elaboração) — Passa a computador o poema que devolvi, já com
emendas e outros eventuais melhoramentos, e envia-mo ou trá-lo para a aula (nos
casos do 10.º 1.ª, 10.º 7.ª e 10.º 12.ª, o texto ter-me-á de ser mesmo enviado,
de modo a que possa pôr tudo no correio durante o fim de semana). Precisarei
ainda dos seguintes elementos:
(1) fotocópia do CC; (2) indicação de morada, nº. de
telefone e e-mail; (3) pseudónimo
(que será o único nome a figurar sob o poema — se escreverem o vosso nome mesmo,
façam-no a lápis pouco forte, para eu depois apagar). || Eventualmente, em outra
folha, podes passar também mais algum outro poema que queiras apresentar ao
Concurso Correntes d’Escritas (nada de coisas da net, como é óbvio). (ii) [ficando isentos os de (i)] — Prepara leitura em
voz alta de «Autorretrato com a musa» (p. 146).
Aula 43-44 (27
[8.ª], 28/nov [5.ª], 1 [1.ª, 12.ª], 3/dez [7.ª]) A hiperonímia é
uma relação de hierarquia entre um termo subordinado (hipónimo) e um seu subordinante (hiperónimo): o hipónimo é um membro da espécie, da classe, que o
hiperónimo designa.
Por
exemplo, a palavra «crocodilo» é ____ de «animal». Entretanto, «animal» é ___
de «crocodilo». O hiperónimo «animal» tem aliás muitos outros seus hipónimos:
«gato», «lesma», «pulga», «caracol», ___. Estes termos subordinados a um mesmo
hiperónimo são, entre si, co-hipónimos.
Dou-te
pares de co-hipónimos. Encontra o seu hiperónimo:
Os co-hipónimos «cravo» e «piano» têm como
hiperónimo «______».
Os co-hipónimos «cravo» e «rosa» têm como
hiperónimo «_____».
Os co-hipónimos «Camões» e «Fernando Pessoa» têm
como hiperónimo «_____»
Nada
impede que termos que são hipónimos de um outro termo mais geral que os
subordina sejam, por sua vez, hiperónimos de termos mais específicos: «animal»
é ___ de «mamífero»; «mamífero» é ___ de «cão»; «cão» é ___ de «cão de caça»,
«cão pisteiro», «rafeiro» (e estes termos são entre si ___).
Outra
relação que estrutura o léxico é a de holonímia.
Um termo representa o todo; e outro, a parte: «mesa» é holónimo de «tampo»; e «tampo» é merónimo de «mesa».
Mais
exemplos: «ponteiro» é merónimo de ___; «espelho retrovisor» e «volante» são
entre si co-merónimos (e sabemos que
o seu holónimo é «___»); «mão» é holónimo de «___».
Completa
com holónimo / merónimo / hiperónimo / hipónimo:
«cáfila» é _________ de «camelo».
«vaso sanguíneo» é _________ de «sistema
circulatório».
«cocó» é ___________ de «excremento».
«texto de carácter autobiográfico» é ____________
de «memórias».
Preenche:
Merónimos
|
Holónimos
|
Castelo Branco, Lisboa, Faro
|
|
|
casa
|
Morfologia, Sintaxe, Fonética
|
|
|
livro
|
Distribuirei
por cada carteira dois livros, redigidos já há várias décadas, sobre como
escrever cartas (Alda de Figueiredo,
Como se escreve uma carta. O mais
completo tratado de correspondência e etiqueta epistolar; Maria Celeste, Cartas de amor para namorados).
Devem
relancear ambos os livros, trabalhando os alunos da mesma carteira cada um com
o seu exemplar, trocando-o a certa altura.
Os
parágrafos seguintes são para preencher com duas cartas, uma de cada livro. Não
gostaria que nas cartas escolhidas por algum aluno estivesse alguma aproveitada
também pelo outro colega de carteira.
Cartas de
amor ,
p. ___; n.º ou título da carta (se houver): ___
Objetivo da carta: _________
Estatuto (social, etário, em termos de género,
etc.) do remetente: _______
Estatuto (social, etário, em termos de género,
etc.) do destinatário: _______
Fórmula inicial (forma de tratamento): _________
Fórmula de despedida (antes da assinatura):
_________
Como se
escreve uma carta,
p. ___; n.º ou título da carta (se houver): ____
Objetivo da carta: _________
Estatuto (social, etário, em termos de género,
etc.) do remetente: ________
Estatuto (social, etário, em termos de género,
etc.) do destinatário: ________
Fórmula inicial (forma de tratamento): ________
Fórmula de despedida (antes da assinatura):
_________
...
Escolhe
ainda uma terceira carta. Vais reescrevê-la, de modo a atualizá-la. Manterás o
objetivo e os perfis de remetente e destinatário. Porém, passados estes anos
todos, a relação entre sociedade e registo linguístico evoluiu bastante. Na tua
adaptação, a linguagem e o modo de encarar as relações sociais ou profissionais
terão de ser os esperáveis na atualidade, em situações paralelas às da carta
escolhida.
[carta a adaptar à atualidade: {circunda} Cartas de amor / Como se escreve uma carta, p. __; n.º ou título (se houver): ______]
...
TPC — No manual
lê a secção ‘Relações semânticas entre as palavras’ (pp. 314-316). Depois, no Caderno de Atividades, vai resolvendo —
desportivamente, digamos — os exercícios relativos a ‘Relações entre as
palavras’ (pp. 28-37), cujas correções estão na p. 90. (Pus reproduções aqui, para o caso de não terem o Caderno
de Atividades.)
Se não tivermos lido hoje em voz alta poema de
Vasco Graça Moura, manter-se-á a necessidade da preparação dessa leitura de
«Autorretrato com a musa» (p. 146). Irei aceitando ainda os poemas (não
rimados) hexassilábicos que começámos em aula.
Aula 45-46 (3 [1.ª, 8.ª], 4 [5.ª, 12.ª], 5/dez [7.ª]) Lê o poema na p. 147. É um soneto (catorze versos, distribuídos por duas quadras e dois tercetos) de Bocage. Podemos considerar que faz a transição entre a secção de «autorretratos» e a da lírica camoniana. Circunda a melhor alínea de cada item. (Não me aborreças com pedidos de explicação de vocabulário. Repara, no entanto, que há um pequeno glossário sob o poema. Também a leitura do questionário que se segue no manual, a que não tens de responder, te pode apoiar na compreensão do soneto.)
No começo
do v. 1, «Camões» é
a) sujeito.
b) vocativo.
c) modificador apositivo.
d) complemento direto.
Sabendo que «fado» (v. 2)
significa ‘destino’, podemos dizer que, nos vv. 1-2, o sujeito do soneto
considera que
a) a sua vida foi mais difícil do que a de
Camões.
b) a sua vida foi diferente da de Camões.
c) o seu destino foi muito diferente do de
Camões.
d) a sua vida e a de Camões foram bastante
parecidas.
O antecedente de «os» (v. 2) é
a) «acho».
b) «Camões»
c) «teu fado» e «meu».
d) «quando».
Nos vv. 3-4, o sujeito poético alude ao facto de
a) ter perdido a possibilidade de viver à beira
do Tejo.
b) ter viajado por mar.
c) ter sido obrigado a fixar residência em Setúbal.
d) ter-se encontrado com o gigante Adamastor.
No v. 4, «co» corresponde a
a) ‘cu’.
b) contração de uma preposição com «o».
c) início de fezes, interrompidas por prisão de
ventre.
d) contração de «como» com «o».
A ordem mais normal das palavras no v. 6 seria:
a) Vejo-me no horror da cruel penúria.
b) No horror da penúria cruel, vejo-me.
c) Na penúria cruel, vejo-me no horror.
d) Vejo-me na cruel penúria do horror.
Nos vv. 7-8, o poeta lamenta-se de
a) ter gostos excêntricos que não pôde
concretizar.
b) ter tido desilusões amorosas.
c) se ter dado incondicionalmente a amante que não
lhe retribuiu o mesmo afeto.
d) ter amado quem o trairia.
A palavra «desejo» (v. 7) é
a) preposição.
b) nome.
c) verbo.
d) adjetivo.
O complemento direto de «carpindo estou» (v. 8)
é
a) «gostos vãos, que em vão desejo».
b) «saudoso amante».
c) «tu».
d) «como tu».
Na terceira estrofe, o sujeito poético
a) pede a morte.
b) deseja a paz.
c) já morreu.
d) regozija-se com a sorte que teve durante a
vida.
«Ludíbrio, como tu, da Sorte dura» (v. 9)
significa que, como Camões, o poeta
a) teve azar no jogo.
b) teve vida tormentosa.
c) foi ridicularizado por muitos.
d) foi enganado pelos seus contemporâneos.
Na última estrofe do soneto, o poeta lamenta
a) não ter a mesma paixão de Camões pela
natureza.
b) ter imitado a poesia camoniana.
c) só imitar Camões nas desvantagens.
d) não ter curtido e transado tanto como Camões.
No v. 12, «Mas» exprime
a) oposição.
b) possibilidade.
c) conjunção.
d) disjunção.
A vírgula final do v. 13 explica-se por
a) se fechar uma oração causal.
b) começar depois uma oração final.
c) se seguir o advérbio «não».
d) se fechar uma oração adverbial.
O sentimento que percorre o soneto é de
a) orgulho por um dado percurso de vida.
b) inveja suscitada pelo confronto com Camões.
c) angústia por uma vida marcada pela desilusão.
d) pacificação ao pressentir-se a morte próxima.
O
recorte em cima permite-nos ver que o trocadilho com «banco» nos anúncios do
Banif aproveita duas aceções de «banco»: a segunda no verbete, ‘instituição financeira’,
e a ______, ‘móvel para as pessoas se sentarem’ (embora, num dicionário mais
completo, decerto figurasse ainda o sentido específico de ‘banco de
suplentes’). Estamos, portanto, no domínio do campo ______ {lexical / semântico / relvado} de
uma única palavra. Estamos perante um fenómeno de polissemia.
Já
«canto» (‘ângulo’) e «canto» (‘ato de cantar’) não são aceções de uma mesma
palavra. São duas palavras diferentes, como se conclui do facto de estarem em
verbetes próprios e confirma o terem étimos diferentes (___ e cantu-). São palavras _____ {homónimas / polissémicas / maluquinhas
/ homógrafas / homófonas}. São exemplos de um fenómeno de homonímia.
A
propósito de «Mofo ou bafio?» e «Primeiro-ministro discursa» (série Lopes da
Silva), completa:
A relação que há entre os
dois verbos «mofar» cujos verbetes (do Dicionário
da Língua Portuguesa, Porto, Porto Editora, 2011) te apresento é de _____ {polissemia / homonímia}. São palavras ______ {iguais / homónimas / homógrafas / homófonas}, como se infere de terem origem diferente: o étimo de «mofar»
é o germânico «____» (‘estar mal-humorado’), enquanto «mofar» virá de «mofo» +
«____».
A estas palavras, que, tendo étimos diferentes,
vieram a coincidir (mas apenas na aparência gráfica e fonética), chamamos
também, numa perspetiva histórica, palavras _____ {divergentes / convergentes}.
Este processo nada tem que ver com o da ____:
aí, temos uma mesma palavra original a ganhar vários sentidos (várias aceções),
num fenómeno de enriquecimento semântico (seja por _____ do sentido inicial,
seja por redução).
Quanto a «mofo» e «bafio», são palavras ______ {polissémicas / monossémicas}, mesmo se os sentidos de «bafio» não estão numerados.
Aliás, têm uma aceção comum a ambas, ‘_____’, e uma outra em que o significado
dado remete precisamente para o outro elemento do par de aqui se trata. Há
depois uma aceção popular, coloquial, de «mofo», correspondente a ‘_____’, mas
já distante das outras.
Ou seja, a diferença que no sketch se queria encontrar não está dicionarizada. A diferença
percecionada pelos dois amigos dever-se-ia a uma _____ {denotação / conotação / homonímia} de ordem puramente
subjetiva.
Nos verbetes de «maniatar» e de «bloquear»
reconhecemos a aceção em que o político usava as duas palavras; a aceção n.º __
de «maniatar» e a n.º __ de «bloquear». No entanto, as pessoas que ouvem o
discurso parecem atribuir a «maniatar» _______ {conotação / denotação / polissemia} diferente da que dão a «bloquear».
Esse matiz mais ofensivo talvez esteja
contemplado na aceção n.º ____ do verbete, marcada com a abreviatura que assinala
sentido ____: ‘tolher a liberdade’.
Porém, também pode ser que a aversão a
«maniatar» se relacione com o facto de esta palavra, na aceção 2, incluir expressões
do campo lexical da ‘polícia’: «___», «___». A multidão interpretaria
«maniatar» nesse sentido, sinónimo de «algemar».
TPC — (i) [no 10.º 8.ª e no 10.º 5.ª: escusa de ser
para amanhã] Vai revendo gramática: no mesmo estilo que recomendei para a
parte sobre ‘Relações semânticas’, vai experimentando o Caderno de Atividades, pp. 38-41 (‘polissemia’); e, no manual, vê
a p. 314 (‘significação lexical’) — em Gaveta
de Nuvens, reproduzirei aqui a ficha do Caderno
de Atividades. (ii) Prepara leitura em voz alta do soneto de Bocage que
estudámos hoje (p. 147).
Ninguém deve deixar
de fazer o microfilme autobiográfico. Sendo a tarefa maior que lhes
pedira (e a crucial na expressão oral), a sua falta prejudicará muito a
classificação final. É possível fazer um trabalho bastante aceitável, com uma
simples gravação de uma boa leitura em voz alta (ensaiada!) de um texto que
escrevam (memorialístico, de vivências, etc.), de dois-três minutos,
juntando-se-lhe depois uma única imagem. Isto não implica grandes meios
técnicos. Porém, se o problema for esse, podem até combinar comigo a utilização
do meu computador. Creio que o CRE também pode ajudar.
Aula 47-48 (4 [8.ª], 5/dez [5.ª]) [esta aula não
será dada — para já, pelo menos — nas turmas 1.ª, 7.ª, 12.ª, 7.ª, que tinham
menos tempos previstos neste primeiro período] Na p. 142, lê a rubrica do Expresso «Jogos de espelhos» feita com Fernando Alvim. No quadro a
seguir, pus vários passos do texto de Alvim que pretendem ser engraçados (não
está agora em causa se o conseguem ser). Distingue entre dois perfis dessas
afirmações:
V(erdadeiras), mas que,
pelo estilo da linguagem usada, procuram ter graça, são irónicas;
F(alsas), em que a graça vem do absurdo e de se perceber
logo que não é verdade o que se diz.
Na
coluna mais à direita, podes pôr, no caso das afirmações verdadeiras, o recurso
linguístico que as torna cómicas.
Trecho
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V/F
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Explicação da «brincadeira»
|
[Sou]
| ||
«Sou o indivíduo com o BI n.º 10244230 do
Arquivo Nacional de Lisboa»
|
V
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Resposta demasiado literal.
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«mas eu estiquei-me todo»
|
F
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«sou um idiota»
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«sou um “workaholic” moderado»
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«ando a pensar contratar um gestor de tempo»
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«sou mesquinho»
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«ainda gosto de levar a minha namorada às
costas até ao segundo andar»
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«estive quatro anos apaixonado por uma
rapariga que não queria nada comigo»
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«[envergonha-me] ficar com
farinha na boca quando como pão em público»
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«o meu espelho vê-me pouco»
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«tenho um cabelo bizarro»
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«é a minha pior característica física»
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[Quero ser]
| ||
«Quero ser nome de beco»
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«Quero ser dono de um avião, para viajar como
quem anda a pé»
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«Na velhice desejaria ser o Capitão Iglo»
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«[Desejaria ser um velho de barbas brancas,
simpático, [...] que diverte as crianças com os seus douradinhos»
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[Pareço ser]
| ||
«Um sobredotado. Um homem
inteligentíssimo. Um visionário. Bonito e sexy.
Um Galileu pós-moderno com poderes extrassensoriais»
|
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|
«Os meus detratores consideram-me afetado,
tonto»
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«O que parece fazer de mim um palerma»
|
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|
Na
entrevista que vamos ver — de Bruno Aleixo a Fernando Alvim (O Programa do Aleixo, episódio 3) —,
serão raras as perguntas que tivessem pertinência numa entrevista verídica. Está atento para anotares essa(s) pergunta(s),
se existir(em).
|
Cidade
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Hiperónimo
Hipónimo
|
Merónimo
Holónimo
|
Verbo
na
1.ª pessoa. do plural do Presente do Conjuntivo
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Antónimo
Antónimo
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Adjetivo
qualificativo no superlativo absoluto sintético
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Artista
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B
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Bruxelas
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Bebida,
7Up
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Botão, Casaco
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Bebamos
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Barato,
Caro
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Bonitíssima
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(The)Beatles
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Poeta é certo mas de cetineta
fulgurante de mais para alguns olhos
bom artesão na arte da proveta
narciso de lombardas e repolhos.
Cozido à portuguesa mais as carnes
suculentas da auto-importância
com toicinho e talento, ambas partes
do meu caldo entornado na infância.
Nos olhos uma folha de hortelã
que é verde como a esperança que amanhã
amanheça de vez a desventura.
Poeta de combate disparate
palavrão de machão no escaparate
porém morrendo aos poucos de ternura.
Aula 49-50 (10 [1.ª, 7.ª, 8.ª], 11/dez [5.ª, 12.ª]) Correção do questionário de compreensão (sobre soneto de Bocage); audição de gravação do mesmo soneto. (Ver Apresentação.)
Circunda
a letra da melhor alínea.
[Versão das turmas 1.ª, 7.ª e 8.ª]
Os deíticos remetem para
a) o recetor da mensagem.
b) o espaço.
c) o próprio enunciado.
d) a enunciação.
A alínea que não tem deíticos é
a) Traz-me aí a cobra, aquela que está ao pé das
iguanas.
b) Encontrou o Armando. Este estava furioso.
c) Ainda agora te vi ali atrás.
d) Comprei a caneta na mercearia. Esta ficava
acolá.
O período em que não há deíticos espaciais é
a) Traz-me, Josué, o próximo adversário político
a enforcar.
b) Amanhã vou ser feliz na Lapónia, mas agora
estou aqui.
c) Aquele quadro ali é bué fofo.
d) Na Lapónia, os coelhos são cozinhados em
bonitas caçarolas às riscas verdes.
O período que não contém deíticos pessoais é
a) Estou muito aborrecido por ainda não ter
havido frases com cocó de cão.
b) Setúbal é talvez a cidade portuguesa onde eu
preferia viver.
c) Eça de Queirós é um autor estudado no 11.º
ano e consta que era boa pessoa.
d) A minha felicidade é, neste momento, enorme:
acabei de encontrar um deítico.
A alínea em que não há palavras que costumem ter
função deítica é
a) ali, este, amanhã.
b) vir, já, agora.
c) deítico, Lisboa, dezembro.
d) isso, hortaliça, eu.
O período em que há menos deíticos temporais é
a) Durante a Idade Média, a produção de
chocolates Mars foi escassa.
b) Vou agora para a arena.
c) Daqui a pouco seguimos para a venda ambulante
de gomas com sabor a peixe espada.
d) Dir-me-ás se sempre vais ler as Páginas
Amarelas.
A relação que há entre
«advérbio» e «nome» é a de
a) hiperonímia.
b) merónimo e holónimo.
c) co-hipónimos.
d) holónimo e merónimo.
Merónimo de «palavra» é
a) gramática
b) frase
c) língua
d) letra
A alínea em que não há
relação de «hipónimo / hiperónimo» é
a) Vasco Graça Moura / português
b) Vasco Graça Moura /
tradutor
c) Vasco Graça Moura / poeta
d) Vasco Graça Moura / poesia
Há um holónimo e o seu
merónimo em
a) laranja / gomo
b) casca / laranja
c) fruto / laranja
d) cor / laranja
A alínea em que há a
sequência «merónimo, holónimo || hipónimo, hiperónimo» é
a) CRE, ESJGF || ESJGF,
estabelecimento de ensino
b) Madrid, Espanha || Espanha,
Europa
c) estômago, corpo
humano || cantor, Toni Carreira
d) cesto, apetrecho de
básquete || rede, cesto
O verso que não tem dez sílabas métricas é
a) Esta pergunta é difícil, não é?
b) Estejam mais atentos doravante,
c) Meus sacaninhas tão faladores,
d) Que ficarão a saber bem a métrica.
O verso que tem obrigatoriamente cinco sílabas
métricas é
a) Mas as flores encostam.
b) Andámos por vales.
c) Viva o Natal.
d) Pintadas de amarelo.
O verso que tem seis sílabas métricas é
a) Seus energúmenos...
b) Comi as caracoletas.
c) Evaristo, tens cá disto?
d) Golo de Portugal!
Confere valor de pequenez o diminutivo em
a) Queriducha, você está cada vez mais linda!
b) Comprei uma ilhota ainda grande ao largo da
Grécia.
c) Vamos abrir um vinhinho mesmo bom.
d) O 10.º 13.ª é uma turminha difícil.
O grau diminutivo pode ocorrer em
a) adjetivos, nomes, advérbios.
b) preposições e adjetivos.
c) nomes e adjetivos.
d) nomes e pronomes.
O período que tem uma preposição é
a) Comi a laranja e a maçã.
b) Scordia ficou sem braço.
c) Como tu sabes, vou-me embora.
d) Diziam sempre a verdade.
As palavras «rio»
(«O rio Tejo desagua no Porto»; étimo: lat. rivum)
e «rio» («Rio com todos os dentes, exceto com os cariados»; étimo: lat. rideo) são
a) parónimas.
b) convergentes e homónimas.
c) divergentes e homónimas.
d) homófonas.
Em «Dona Noémia,
não me arranja um rato?» e «Vi um rato enorme no parapeito da janela da sala
D9», «rato» e «rato» são
a) evidências de polissemia.
b) palavras monossémicas
c) palavras homónimas.
d) elementos do campo lexical de «queijo».
As palavras do meio em «Vou à praia» e «Hoje há
peixe» são exemplos de
a) homografia.
b) homonímia.
c) polissemia.
d) homofonia.
A 1.ª pessoa do plural do Pretérito Imperfeito
do Conjuntivo de «ficar» é
a) ficássemos.
b) ficáramos.
c) ficava-mos.
d) ficávamos.
No trecho «Responde
a esta pergunta, circundando a alínea que seja a mais a correta. Para isso,
deves fazer um círculo em torno da letra respetiva, de modo claro», predomina o
tipo textual
a) expositivo.
b) explicativo.
c) instrucional.
d) preditivo.
Se um aluno não tiver
trazido livro a Português e se justificar com «Julgava que não se usava livro
nesta disciplina», estará a
a) infringir a máxima de
quantidade.
b) infringir a máxima de
modo.
c) infringir a máxima de
qualidade.
d) infringir a máxima de
relevância.
[Versão das turmas 5.ª e 12.ª]
A deixis pode ser
a) espacial e textual.
b) espacial, temporal, causal, pessoal.
c) espacial e terrena.
d) espacial, pessoal, temporal, textual.
Quando um enunciado tem marcas do processo de
enunciação, isso significa que
a) não tem deíticos.
b) tem apenas elementos cujos referentes são
absolutamente compreensíveis, mesmo sem apelo ao contexto.
c) terá decerto algum deítico.
d) tem obrigatoriamente demonstrativos ou
possessivos.
O período em que há mais deíticos temporais é
a) Dá-me aí aquele deítico temporal.
b) No dia 3 de Novembro de 2007, às 23 horas da
manhã, durante o lanche, Camões será eleito futebolista do ano.
c) Há uns minutos estava
com acessos de frases estúpidas, mas, presentemente, as minhas frases
gramaticais revelam-se na sua habitual pertinência.
d) No espaço, as narinas incham cerca de três
metros na direcção dos cangurus que haja por perto.
Não há deíticos em
a) Ó Isaltina, não te exaltes com esta minha
observação.
b) Bocage espancava as anémonas holandesas.
c) Bean trouxe-me uma recordação de Cannes.
d) Se pusesse uma pala no meu olho esquerdo,
escreveria como Camões.
O período em que não há deíticos espaciais é
a) A oeste da pequena cidade lituana de Zpfgrt,
as flores crescem viçosíssimas e tristes.
b) Ontem, cheguei tarde.
c) Vê-me o refogado de chocolate e almôndegas
que está aí à tua esquerda.
d) Aqui estou eu, ali estás tu, acolá está uma
fotografia de um panda gigante.
A alínea que não contém deíticos pessoais é
a) Orlanda estava cada vez mais inteligente. Ela
até já sabia deíticos.
b) Não me digas isso, Sancho.
c) Naquele tempo, Conhé, guarda-redes da Cuf,
era o meu ídolo.
d) Lembro-me que o Benje agarrava a bola só com
uma mão.
A relação que há entre
«gato» e «rato» é de
a) merónimo e holónimo.
b) co-hipónimos.
c) holónimo e merónimo.
d) hiperónimo e
hipónimo.
Merónimo de «Messi» é
a) futebol
b) futebolista
c) pé esquerdo
d) Barcelona
Não há relação de «hipónimo
/ hiperónimo» em
a) limonada / bebida
b) Filosofia / 10.º ano
c) Cinema Paraíso / filme
d) casa de banho /
divisão de casa.
Há um holónimo e o seu
merónimo em
a) computador / disco
rígido
b) tampa / caixa
c) Anselmo Ralph / cantor
d) país / Portugal
Há uma sequência de «hiperónimo, hipónimo ||
merónimo, holónimo» em
a) piano, tecla ||
corda, harpa.
b) flor, rosa || bolso,
casaco.
c) Lisboa, Jerónimos ||
braguilha, calças.
d) país, Portugal ||
deserto, areia.
O verso que tem obrigatoriamente cinco sílabas
métricas é
a) Nani não joga.
b) Chegámos à praia.
c) Chama o António.
d) Cheias de chocolate.
O verso que tem seis sílabas métricas é
a) Sois inteligentes.
b) Bebeste esta sangria?
c) Evaristo, tens cá disto?
d) Embora, Benfica!
Confere valor de pequenez o diminutivo em
a) Fofinho, dá-me um beijão.
b) Pus três gotículas do perfume que está no
frasco bojudo.
c) Esta carninha é do melhor que já comi.
d) O meu pequerrucho tem crescido tanto que tenho
de lhe roupa nova.
O grau diminutivo pode ocorrer em
a) advérbios e nomes.
b) adjetivos e preposições.
c) nomes e preposições.
d) conjunções e pronomes.
O período que tem uma preposição é
a) Bebi a aguardente e a cerveja.
b) Totó riu com gosto.
c) Como a película é combustível, houve fogo.
d) Vejo sempre a fita.
As palavras «chama»
(«Ela chama pelo gato, miando»; étimo: lat. clamat)
e «chama» («A chama de Talisca está a apagar-se»; étimo: lat. flamma-) são
a) parónimas.
b) convergentes e homónimas.
c) divergentes e homónimas.
d) homófonas.
Em «Tenho-te em boa
conta, Nero» e «O Barbas trouxe-lhe a conta da refeição», «conta» e «conta» são
a) evidências de polissemia.
b) palavras monossémicas.
c) palavras homónimas.
d) elementos do campo lexical de ‘Matemática’.
As palavras «estufar» e «estofar» são
a) homónimas.
b) parónimas.
c) homógrafas.
d) homófonas.
A 1.ª pessoa do plural do Futuro do Conjuntivo
de «querer» é
a) quiséssemos.
b) quisermos.
c) querermos.
d) quiséramos.
No trecho «As
narrativas têm ação, personagens, espaço, tempo, narrador (e este pode ser,
quanto à participação na ação, homodiegético — autodiegético, se for o herói —
ou heterodiegético). Também há momentos descritivos», predomina o tipo textual
a) narrativo.
b) expositivo.
c) instrucional.
d) descritivo.
Considerada a pergunta
«Como está?» — entre pessoas que se cruzassem apressadamente —, a resposta
«Estou bem. Mas ontem estive com uma ligeira dor no fígado. E tenho-me
ressentido da humidade, o que origina uma impressão desagradável nos ossos da
face. Por outro lado, estou melhor das enxaquecas» infringiria
a) a máxima de qualidade.
b) o princípio de cortesia.
c) a máxima de correção.
d) a máxima de paciência.
Na
pp. 282-283 do manual, temos um glossário de Narratologia. Usarei a
seguir alguns desses termos, a propósito de Cinema
Paraíso. Porém, procura resolver as lacunas só pelo conhecimento que já
tens destes assuntos e do próprio filme.
Cinema Paraíso
|
Género
e contexto
|
O filme é claramente de _____ de infância. Nas
primeiras cenas foi dado o motivo da recordação do crescimento do
protagonista numa vila siciliana (a notícia da morte do adulto protetor de
então, Alfredo). A _____ entra como pano de fundo (há diversas alusões ao fim
da segunda guerra mundial).
|
Ação
e espaço
|
Os vários estados do edifício (o primeiro
cinema, a destruição pelo fogo, o novo edifício, a ruína quando o
protagonista regressar) servem também de marcos que apoiam a nossa perceção
da passagem do _______.
A _____ da parte amorosa acaba também por aproveitar
o cinema (salvo erro, um primeiro beijo do protagonista vai aí decorrer).
O edifício vai causar a _____ de Alfredo,
tornando-se depois ocupação semi-profissional do protagonista.
|
Tempo
do discurso vs. Tempo da história
|
Alteração
da ordem dos acontecimentos
|
A analepse
é um recurso essencial. Apanhamos a história já no momento em que o
protagonista sabe da ____ de Alfredo, pelo que se tem de fazer depois um
recuo no tempo, constituindo esse flash
back a maior parte do filme. (Há um ou dois brevíssimos regressos à
atualidade, só para lembrar que o tempo da ______ não é aquele, até a
história contada em analepse chegar ao presente em que começara e termos
depois o resto do enredo, quase um mero epílogo.)
Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas de Alfredo, que, a
certa altura, aludirá, velada mas certeiramente, ao futuro de _____.
|
Omissão
e resumo de factos; abrandamento e aceleração do ritmo
|
Uma elipse
notável consiste no salto dos anos entre o Totó criança e o Salvatore
adolescente (o truque é descobrirmos um novo ator sob a mão de ____, o que
aliás resolve também um problema que se põe aos filmes que percorrem
gerações: acompanhar o crescimento físico das personagens). Há outros
momentos recorrentes de aceleração do relato, que corresponderão a resumos, que aproveitam as imagens
passadas na sala de cinema (pela justaposição de trechos de filmes que vão
acompanhando a história do cinema, do preto e branco a Brigitte Bardot,
percebemos que nos estão a ser dados vários anos em poucos ____).
Ao contrário, uma história demorada contada
por Alfredo a Totó (que só veremos na próxima aula) parece fazer _____ o
discurso relativamente ao tempo «real».
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Numa
resposta toda formal — à exame (fazendo as devidas citações)—, indica duas
características do enunciador do poema «Autorretrato» Responde ao ponto 1
(leitura e compreensão
.....
Depois,
prepara a leitura em voz alta do poema de Ary dos Santos (e dos outros dois nas
mesmas páginas 146-147, se não o fizeste em casa) .
TPC — Queria que, na última aula do período, todos trouxessem o caderno, ou dossiê, de Português
(com todas as folhas e trabalhos). Por favor, não gostaria de ver tudo
escondido em plásticos.
Aula 51-52 (11 [8.ª], 12 [5.ª, 7.ª], 15/dez [1.ª,
12.ª]) Correção do questionário de gramática feito na aula anterior. (Ver Apresentação.)
Sobre avaliação (Ver Apresentação.)
Esta
distribuição foi explicada na aula 1-2 (ver, por exemplo, Apresentação da aula 1-2) e cumpre os critérios de Português
definidos pela escola (ver página da escola), embora de modo ora mais específico ora mais simples.
Cinema Paraíso
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Níveis narrativos
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No primeiro nível narrativo, o adulto a quem, em criança, chamavam __
sabe que Alfredo morreu e, enquanto decide ir ao funeral, começa a recordar o
amigo. Talvez
a meio do que vamos ver hoje, teremos o fecho dessa longa analepse (uma narrativa encaixada
que abrangeu toda a infância, adolescência e juventude de Salvatore, até à
saída de Giancaldo).
O truque fílmico da justaposição de um ___ a
sair de Giancaldo e um avião a chegar ao aeroporto na Sicília funciona como
uma elipse, cortando uns vinte e
cinco anos da vida do protagonista, e delimita o ponto em que retomámos a ação «contemporânea» da narração (ou seja, quando regressámos
ao primeiro nível narrativo).
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Desenlace
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O desfecho
é precedido de elipse ou resumo significativo (um corte da
história que não é nos dada assim em termos de discurso).
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Salvatore viveu em Roma
durante décadas, que são elididas
no filme, passa os limites da Península Itálica (Giancaldo é na Sicília) mas
é ao regressar a ____ que redescobrirá os filmes que eram a sua companhia.
Salvatore depara-se com o antigo ____, mais
velho, e vemos o louco da praça, também já diferente mas com as mesmas
manias.
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Dá-se o regresso ao ponto de partida. Há disforia, tristeza, mas também a noção de que se conservou uma
memória de quem ou do que se amava. O final é uma epifania, uma revelação.
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A infância de Totó morreu
com o enterro de Alfredo e a destruição do cinema, mas Salvatore resgatou
parte desse passado, os fotogramas dos ____.
Salvatore vê agora as imagens que antes tinham
sido cortadas e que, quando muito, vira às escondidas nas sessões de visionamento
para censura pelo ____.
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A narrativa
não fica em aberto mas também não
é uma típica narrativa fechada.
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A linha de ação da paixão pelo cinema e a da
memória da infância ficaram ___, mas haverá alguma indefinição ainda no que
se refere à paixão Salvatore-Elena.
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TPC — Vou pôr no
blogue — entre final das aulas e começo das férias [já pus: aqui] — indicação de como proceder em termos de leituras de livros mais ou menos
combinadas (o chamado «contrato de leitura»). (Quem quiser, pode tentar fazer
em férias trabalhos que não tenha conseguido entregar durante o período. Isso
será tido em conta no futuro.)
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