Aulas (2.º período, 2.ª parte: 77-94)
Aula 77-78 (19 [8.ª, 5.ª], 23 [12.ª], 25/fev [1.ª, 7.ª])
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades,
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.
Luís de Camões
Refrão de José Mário Branco:
E/Mas, se todo o mundo é composto de mudança,
troquemos-lhe as voltas,
que inda o dia é uma criança.
Luís
de Camões, «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades», cantado por José Mário
Branco
O soneto de Camões ...
O refrão introduzido pela canção altera o
sentido do poema: ...
Luís
de Camões, «Amor é fogo que arde sem se ver» (p. 160), cantado por Polo Norte
Construído com anáforas, o soneto, através dos
muitos oxímoros (paradoxos), pretende acentuar ...
Abre
o livro na p. 48, que trata do requerimento. Dá um lance de olhos à
zona enquadrada, na metade superior da página. Como se percebe, os
destinatários dos requerimentos são câmaras municipais, juntas de freguesia, escolas,
repartições de finanças, tribunais, etc. Em geral, os serviços a que se
apresentam requerimentos têm minutas,
que os requerentes se limitam a
transcrever, acrescentando-lhes os dados pessoais e poucas outras explicitações.
Portanto, a redação deste tipo de textos acaba por exigir pouco engenho.
O
texto que pus a seguir, que deverás completar, é uma tentativa minha de imitar um
pedido de autorização de obras. Provavelmente, a minuta que haja nas câmaras
para pedidos do género será muito diferente. (Aliás, talvez nem aconselhasse
ninguém que queira fazer obras em casa a para isso pedir uma autorização à
Câmara Municipal.)
Completa
o requerimento, criando o requerente e o resto.
Exm.º
Senhor
Presidente
da Câmara Municipal de ___________
________,
nascido em ________, na freguesia de ________, concelho de ________, filho de
________ e de _________, portador do cartão de cidadão n.º ________, _______ {solteiro/casado/viúvo/divorciado},
__________ {profissão}, residente na
__________, vem requerer a V. Ex.ª _________ {autorização/que autorize} __________ {explicitar uma obra a efetuar na residência}. A referida obra, cujo
projeto se anexa, destina-se a ________ {explicar
pertinência da obra}.
Pede
deferimento.
______, ______ {localidade, data}
_______ {assinatura}
Depois
de leres a minuta de «Requerimento para consulta de prova» (p. 48), atenta no
ponto 6 (p. 49), relativo à parte enquadrada a verde, esboço de requerimento às
Finanças. Reescreve esse requerimento, corrigindo já os seus vários defeitos
(falta da forma de tratamento adequada
ao destinatário; falta de identificação do requerente; fórmula de fecho típica de uma carta mas não de um requerimento).
Resolve a
pergunta 7 (pp. 49-50):
7.1:
____; 7. 2: ____; 7. 3: ____.
Completa o ponto 1.1 (‘Escrita’) na p. 50, sobre «requerer»
e «deferir». Basta saber que a 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo
de «Requerer» é «requeiro» e a de «Deferir», «defiro»; e que o Perfeito é
«requeri», «deferi». Com estes tempos primitivos, chegas ao resto das formas.
(a)
________
(b)
________
(c)
________
(d)
________
(e)
________
(f)
________
(g)
________
(h)
________
(i)
________
(j)
________
(k)
________
(l)
________
(m)
________
TPC — (1) Como combináramos, prepara a leitura expressiva, ou tendencialmente
expressiva, dos sonetos de Camões que te calharam. Em Gaveta de Nuvens pus (aqui) leitura minha desses sonetos mas não
expressiva (e apenas para esclarecer pronúncias difíceis). (2) Escreve um
requerimento que apresentasses à ESJGF. Embora os requerimentos devam ser
textos secos, tenta especificar ao máximo a sua natureza e a situação que leva
o requerente a apresentá-lo. (Ou seja: sê o mais inventivo possível, sem
melindrar o estilo burocrático exigido nem o tornar demasiado inverosímil ou
estapafúrdio. Faz com que do requerimento se possa inferir um contexto, uma
peripécia.) Vê no enquadrado da p. 48
a Estrutura do
requerimento proposta: abertura
— com identificação do destinatário
(vê as formas de tratamento
sugeridas logo a seguir nesse mesmo quadro). | encadeamento — o requerente,
desta vez, serás tu (podes seguir os passos da identificação que pus no requerimento à câmara, adaptando-os porém
ao diferente contexto, que permite certa simplificação); o objetivo do requerimento escolhê-lo-ás entre os que estão em Natureza (a que se seguirá porém maior
especificação) e será precedido por «solicita a V. Ex.ª»/«requere a V.
Ex.ª»/«vem requerer a V. Ex.ª». Tal como fiz no requerimento à Câmara, deves
pôr depois um período adicional, a mostrar a pertinência do requerimento. | fecho — semelhante ao que
exemplifiquei: pedido de deferimento;
data; assinatura. Como se diz no mesmo quadro, o requerimento deve usar
um registo cuidado, ser denotativo e estar na 3.ª pessoa (embora seja assinado por
quem «narra»).
Aula 79-80 (20 [5.ª], 25 [8.ª], 26 [12.ª], 27/fev
[7.ª], 2/mar [1.ª]) Leituras em voz alta expressivas (dos sonetos de Camões
indicados no tepecê de há duas aulas).
Turma 1
Turma 5
Turma 7
Turma 8
Turma 12
O organizador de um livro publicado há poucos anos — Jorge
Reis-Sá, A minha palavra favorita,
2007 — pediu a intelectuais e figuras públicas, portuguesas e brasileiras, que
indicassem a sua palavra favorita e sobre ela escrevessem um texto. Transcrevi
o início de alguns dos textos. Nesses exemplos, as palavras escolhidas
salientam-se {completa, escrevendo os
títulos}:
(1)
pela sua aparência (som ou imagem originais): «_______»; «______»;
(2)
por, raras ou erradas, serem palavras quase privativas: «______»; «_______»;
(3)
por se relacionarem com um hábito do autor: «________»; «________»;
(4)
por lembrarem atitudes que o autor preza: «_________»; «________».
amanhã (João Lima Pinharanda)
A partir de finais da adolescência, ao
experimentar uma caneta ou uma nova inclinação de letra (sempre fui pródigo em
arriscar grafismos diversos), ou simplesmente, quando rabiscava, distraído, um
papel, escrevia sempre a palavra «AMANHû.
Não me recordo de quando
isso («AMANHû) começou nem se a escolha («AMANHû) foi, no seu início,
consciente. Frequentemente dava por mim com a palavra já escrita («AMANHû), como se se tratasse de um tique. Tomei-a
então («AMANHû) como uma espécie de talismã, uma premonição optimista.
Pedem-me hoje uma palavra e volto a recordar-me dela («AMANHû), reparo na
distância emocional e simbólica que dela («AMANHû) me separa. Já estarei no
AMANHÃ de então? Terá sido por isso que deixei de o/a evocar? Talvez necessite
de novo dessa palavra («AMANHû) e dessa ideia («AMANHû), de recuperar o poder
que lhe atribuía repetindo-a («AMANHû) até à exaustão como mantra ou ladainha.
Desdobro agora a palavra («AMANHû) em componentes que nunca tinha explorado,
vejo como nela («AMANHû) se escondem significados inesperados e repito-a
(«AMANHû) pelo espaço que me resta. [...]
Carvalhelhos (Carlos Costa)
[...] Um inglês distinto. Sozinho numa mesa,
abandonado não, mas algo só. Começava por pedir água, simplesmente água,
entusiasmado com as dificuldades que aquele estranho idioma parecia levantar.
Sílaba a sílaba, lá ia ele, abrindo demasiadamente o A, mas até nem
estava mal para uma primeira vez, contorcendo-se para que os lábios já
estivessem completamente fechados para aquele U, o U de GU, que
quase parecia ser uma parede onde se dava o infernal ricochete que atirava os
lábios novamente para um A, que assim se abria ainda mais do que o
primeiro. A satisfação com a tarefa cumprida, com aquela á-gu-á arrancada
a uma vida inteira virada para outros sons, era agora claríssima no seu rosto.
Mas essa água, servida, não quero estar aqui a jurar mas quase seria capaz de o
fazer, numa jarra de vidro transparente, revelava-se uma desilusão ao paladar.
Eis então que de outra mesa se ouvia algum nativo indicando, com a calma que só
uma longa experiência hídrica e linguística pode oferecer, indicando o que
deveria ser a escolha certa: Carvalhelhos. E essa sim, essa parecia ser
a solução ideal, tal era o prazer que a água mineral em causa aparentemente
trazia a quem a provava. Impressionante a coragem desse homem que, sorrindo
sorrindo sorrindo, se lançava para o Car, aspirando aquele R complicado
só por si mas ainda mais quando posicionado na esquina do V de va; ainda assim o Carva era atingido sem
praticamente pestanejar; contudo isso já não posso jurar. Mas o grande momento
era sem dúvida o brutal embate com o lh, pior ainda com os dois lhs cruéis,
um a seguir ao outro. A vitória daquele Car-va-lhe-lhos final era algo
de desmedido, um inacreditável triunfo da vontade que acabava imerso no sabor
maravilhoso da tal água cristalina. E aquele homem ficava ali, sozinho numa
mesa, abandonado não e algo só agora também não. E enquanto bebia um longo copo
de água aquele som parecia ressoar por todo o seu corpo. Era a força dos lhs,
a força de um mundo novo, o prazer de um outro prazer, o que quer que seja,
mas tudo isso ressoava naquela única e nova palavra: Carvalhelhos. [...]
encertar (Clara de Sousa)
A palavra persegue-me há 20 anos. Até à
maioridade fazia parte do meu vocabulário diário devido à mestria culinária da
minha mãe, cozinheira profissional, excelente doceira. Sempre que havia bolo eu pedia para o «encertar». Se possível, ainda
quente.
Teria perto dos 19, 20 anos quando, confiante no
meu vocabulário, decidi dizer bem alto numa festa de aniversário que iria
«encertar» o bolo. Olhos arregalaram-se, conversas paralelas começaram, um
estranho peso se abateu na sala, perante tamanha calinada. Estava a rapariga já
na Faculdade de Letras e o Português... enfim, imperdoável. Ainda por cima
queria ser professora da Língua-Mãe. Fui então alertada, à parte, para a
asneira. Encetar, Clara. Diz-se encetar o bolo, porque o vais abrir, vais
começar...
Encetar? Estamos a brincar!
Sabia perfeitamente o que era encetar, fossem conversas ou conversações,
conversinhas e conversetas... mas nunca um bolo! Minha mãe da Beira Litoral e
meu pai de Trás-os-Montes, ambos diziam «encertar» e tal como eles os seus
irmãos e pais, sobrinhos sobrinhas, enteados e vizinhança, todos «encertavam» um
bolo! [...]
Roída pela dúvida, mal pude, abri o dicionário,
no encalço da minha palavra. Como se fosse uma jóia de valor inestimável
transmitida de geração em
geração. Letra E, um pouco mais à frente... empapar...
encarnado.... encerebrar... só mais um pouco... encer... encer... encerrar.
encerro. encestar. Por momentos, o mundo desabou ali mesmo. Nada de «encertar».
A minha doce palavra não constava no Dicionário de Língua Portuguesa. [...]
obsidiana (Fernando J. B. Martinho)
«Obsidiana» é uma das palavras que me perseguem
e acabei por fazer minhas. Não encontro facilmente uma explicação para isso.
Serão restos de uma atração pelos raros vocábulos da poética simbolista?
Glosei um dia um verso de António Patrício («Os pinhais plumulavam») num poema
que começava assim: «Não há rumor que chegue/ a esta sombra fria de jade/
irisado que dizem ser a morte.» Foi isto em fins dos anos 80. Mas cerca de
vinte anos antes tinha feito da obsidiana a palavra axial de um poema incluído em Resposta a Rorschach,
1970: Sagra-te em fogo na obsidiana / o afago da terra / arrefecido no
espelho /e afeiçoa as imagens no / enxofre da memória / verde-escuras e
cortantes / com / a espessura do caos. [...]
serendipidade (Bruna Lombardi)
(Substantivo.) A capacidade, fenómeno ou agradável
surpresa de encontrar algo inesperado durante
a busca de alguma outra coisa.
Etimologia — a palavra
se origina do conto de fadas persa As Três Princesas de Serendip. Serendip,
de origem árabe (Sarandip) dá o nome da ilha de Sri Lanka, no Ceilão e seu uso
no Ocidente vem de 361 D.C. Mas o sentido que conhecemos hoje vem da palavra serendipity,
inventada no século XVIII, pelo escritor inglês Horace Walpole.
Serendipidade é usada com frequência na ciência, química,
medicina, quando buscando um propósito acaba-se descobrindo casualmente alguma
nova cura ou invenção.
Um exemplo de serendipidade
remonta à época dos descobrimentos, quando Cabral, em busca das Índias,
acidentalmente descobre o Brasil.
Serendipidade
é um estado na vida. Busca-se uma coisa e encontra-se outra. É a arte de estar
aberto ao imprevisto, de se deixar lançar na aventura, de compreender a beleza
do desconhecido.
Escolhe
a tua palavra de estimação. Será o título da redação (que farás em folha solta
ou no verso da que usámos há pouco). Nota que se trata de aproveitar uma
palavra de que gostes, o que não implica que gostes do seu referente, do objeto
que ela designa.
O texto centrar-se-á nessa palavra. Podes fazê-lo de vários
modos (como acontece nos trechos que leste: lembrar experiência com a palavra;
explicação da sua originalidade; etc.).
....
TPC — Melhora ou cria de novo, mas passando-o
a computador em qualquer dos casos, texto sobre ‘Palavra favorita’.
Aula 81-82 (26/fev [8.ª, 5.ª], 2 [12.ª],
4/mar [1.ª, 7.ª]) Como se vê
no nosso manual (pp. 99 e 100), a 15 de novembro de 2008, o Expresso publicou artigos de dois
críticos de cinema (Jorge Leitão Ramos; Manuel Cintra Ferreira) acerca do mesmo
filme (Ensaio sobre a cegueira, do
realizador brasileiro Fernando Meirelles).
Em
baixo, esbocei uma síntese conjunta dessas apreciações
críticas, que completarás com frases tuas. Numa síntese, as nossas frases
não devem repetir as do original, pelo que evitarás reproduzir trechos sem
razoável adaptação. Também seria surpreendente que as tuas frases coincidissem
com as do colega do lado.
Segundo Jorge Leitão Ramos, o livro _______________
punha dificuldades especiais de adaptação ao cinema: por um lado, ___________________;
por outro, essa cegueira funciona também como metáfora e o cinema não costuma
___________________. Mesmo assim — e continuamos a seguir «Ensaio sobre o
cinema», de Ramos —, Fernando Meirelles _____________. Conclui o crítico que,
não sendo fácil adaptar grandes obras literárias, ___________.
Por sua vez, _____________ não tem ____ opinião
acerca do filme do realizador brasileiro. Começa por, ironicamente, pôr a
hipótese de Meirelles __________________ em que Woody Allen interpretava um
realizador __________________). Depois, considera que o argumento, em termos
cinematográficos, é ____________ e que o próprio realizador também
_______________________. Segundo Cintra Ferreira, o filme, hesitante
entre o tom ______ do livro e a abordagem típica do género _____________, acaba
por resultar num produto _______________, que o trabalho dos atores _______________.
Na
p. 98, tens uma sinopse de Ensaio sobre a
Cegueira, incluída numa notícia da estreia do filme. Também ponho a seguir
duas sinopses (do mesmo filme e do filme que temos estado a ver em aula), mas
destinadas a contracapa de DVD.
Escreve
tu uma sinopse de um filme que, na verdade, não exista. Título, enredo e, se
for caso disso, realizador, atores, etc., serão por ti criados, em estilo que
os torne verosímeis e no registo típico destas sinopses. A extensão do texto
pode ficar entre as da maior e da mais pequena dos nossos exemplos.
TPC — Prepara a recitação do soneto que te
calhar. «Recitar» significa dizer o poema de cor (terás, portanto, de o
memorizar). De qualquer modo, procura também imprimir-lhe entoação adequada,
alguma expressividade. Por vezes, nestes exercícios de recitação,
desconsidera-se este outro lado da tarefa, acabando o recitador por tudo dizer
à pressa, como se apenas o preocupasse não se esquecer do texto decorado. À
esquerda, os números dos alunos, à direita, o soneto a recitar: [2, 3, 4, 6] — «O
dia em que eu nasci, moura e pereça» (p. 148); [1, 5, 7, 8] — «Erros meus, má
fortuna, amor ardente» (p. 155); [9, 10, 12, 13] — «Grão tempo há já que soube
da Ventura (p. 158); [11, 14, 15, 16] — «Busque Amor novas artes, novo engenho»
(p. 159); [17, 18, 20, 21] — «Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 160); [19,
22, 24, 25] — «Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 161); [23, 26, 28, 32]
— «Um mover d’olhos, brando e piadoso» (p. 164); [27, 29, 30, 31] — «A
fermosura desta fresca serra» (p. 170).
Aula 83-84 (27/fev [5.ª], 4 [8.ª], 5 [12.ª], 6
[7.ª], 9/mar [1.ª]) Na p. 23 do manual, diz-se-nos
como se pode fazer uma referência bibliográfica, embora se inculque como solução única o que é apenas um de vários
modelos aceitáveis. Prefiro apresentar o assunto de outro modo.
Em baixo, temos
a referência de um conto (Dionísio,
1997) e de um livro (Bryson,
2004). Vejamos outras situações. Podemos ter de citar artigo (ou conto ou poema)
de um autor que não é o organizador do livro em que está inserido esse texto:
Adma Muhana, «Quando não se escreve o que se fala», Margarida Vieira
Mendes, Maria Lucília Gonçalves Pires & José da Costa Miranda
(orgs.), Vieira escritor, Lisboa,
Edições Cosmos, 1997, pp. 107-116, p. 110.
Ou seja:
estamos a citar um passo (na p. 110), de um artigo da investigadora Adma Muhana
(intitulado «Quando não se escreve o que se fala» e que ocupa as pp. 107-116),
que está num livro organizado por três professores. Além de «orgs.»
(organizadores), podemos usar «coord.» ou «coords.» (coordenador[es]) ou, mais
à inglesa, «ed.» ou «eds.» (editor[es]).
Até aqui, temos
partido do princípio de que a referência é para ficar perto do trecho que
citamos. Porém, no final de um trabalho, podemos apresentar a lista das obras
citadas (ou apenas consultadas). Nessas bibliografias, é costume pôr os
apelidos em primeiro lugar, para destacar a ordem alfabética. (No entanto, se
os apelidos ficarem salientados por maiúsculas
ou, como fiz, por versaletes, isso
torna-se desnecessário.)
Obras sem autor explicitado — enciclopédias, dicionários, revistas — ou
sites poderão ficar listados na ordem alfabética segundo a primeira letra do
título. Repara que nesta lista final não pus a exata página de cada citação, já
que a teríamos dado junto do trecho citado.
Referências bibliográficas
AAVV, Portugal na segunda guerra
mundial, Lisboa, Dom Quixote, 1989.
Bill Bryson, Breve história de quase tudo, tradução
de Daniela Garcia, Lisboa, Quetzal, 2004.
<http://cabelinhoapaulobento.blogspot.com/2006_10_01_cabelinhoapaulobento_archive.html>,
consultado a 30-10-2006.
Mário Dionísio, «Nevoeiro na
cidade», O Dia Cinzento e outros contos,
3.ª edição, Mem Martins, Europa-América, 1997, pp. 15-27.
Grande Enciclopédia
Portuguesa e Brasileira, vol. X, Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, s.d.
Adma Muhana, «Quando não se
escreve o que se fala», Margarida Vieira Mendes,
Maria Lucília Pires & José da Costa Miranda (orgs.), Vieira escritor, Lisboa, Cosmos, 1997, pp. 107-116.
Escreve as
referências correspondentes às duas citações (alíneas a e b). (Nota que, num manuscrito, o sublinhado
corresponde ao itálico de um texto
impresso.)
a) de um verso do poema «Ai que bom que é o pudim de manga!», escrito por
António Lobo Saramago e recolhido na p. 7 da antologia Líricas gastronómicas, organizada por Agustina Modesto, publicada
em 2002, na Editora Mazinha, em Sarilhos Pequenos.
b) de frase de Desidério Murcho, que escreveu para as Actas do XVII Congresso de Cientistas
Vaidosões (que organizou em parceria com Nuno Crato)
o artigo «Coprólitos há pouco descobertos em Ourique», que se encontra nas pp. 21 a 1067. O importante passo
está na última página do artigo, editado, em 2008, nas Publicações Reles, em
Silves.
Entre as pp. 55 e 57 do manual trata-se de verbetes (de
dicionários ou de enciclopédias), um dos géneros incluídos nos textos do domínio
transacional e educativo.
Atenta no
verbete que está no cimo da p. 55. Completa:
É um verbete sobre a palavra «______». Olhando as
quatro aceções que ele apresenta (e que, no fundo, constituem o campo _________ de ‘verbete’), percebemos que a que
corresponde ao verbete a que me tenho estado a reportar é a aceção n.º ___. Já
agora, temos estado a tratar de temas que se integram na _______, ramo da
linguística que trata da forma e da significação das palavras (sobretudo tendo
em vista a composição de dicionários).
A tira de banda desenhada sob o item 2 (p. 55) alude a um dos problemas
dos dicionários gerais: é que a definição do significado de uma palavra
____________. Porém, os dicionários gerais mais completos trazem abonações da
palavra em frases (verdadeiras ou criadas), que tornam os verbetes mais
transparentes.
Vê o primeiro
verbete de «Relógio» (no cimo da p. 56). Desenvolve as abreviaturas:
n.m. = ___ | pop. = ___ | fig. = ___ | lat. = ___ | cast. = ___ | id. = ___
Vê o verbete de
«Razão» (no cimo da p. 57). Escreve frases que fossem boas abonações (citações
ilustrativas) das aceções 1 e 4.
1. «__________________________».
4. «__________________________».
Ainda na p. 57,
lê o texto «Razão» (de uma crónica de Miguel Esteves Cardoso). Faz uma síntese
do que o cronista pretende concluir, sem usares mais de vinte palavras:
Segundo Miguel Esteves Cardoso, em Portugal, __________________
As
palavras que ponho a seguir existem, embora não sejam das mais comuns.
Transcrevo a palavra, a abreviatura que indica a classe e, por fim, a
etimologia. Apaguei a parte do verbete onde estava o significado, ou as várias
aceções, da palavra.
É
essa parte que criarás (inventarás, portanto). Gostaria que, no conjunto dos
verbetes, houvesse cerca de oito acepções, o que não contende com poder ser
alguma palavra monossémica — bastaria compensar no número de significados das
outras. A seguir a algumas das aceções, entre parênteses (e, depois, entre
aspas), podes pôr uma abonação da palavra, isto é, uma frase ilustrativa.
garança, n.f.
Do frâncico wratjia, pelo francês garance.
exergásia, n.f.
Do grego eksergasía.
turificar, v.tr.
Do latim turificare.
turgimão, n.m.
Do árabe tarjuman.
TPC
— Lança as minhas emendas no texto em torno de «palavra favorita» (ou
palavra de estimação). Traz-me depois a nova versão. Prepara recitação. Estuda
gramática.
Aula 85-86 (5 [8.ª, 5.ª], 9/mar [12.ª]; nas turmas 1.ª e 7.ª
esta aula ficou adiada, fazendo-se o questionário sobre «Apagar é pintar» na aula
87-88) Lê o texto «Apagar é
pintar» (pp. 102-103). Circunda a melhor alínea de cada um dos itens que se
seguem.
As vírgulas na linha 1 e na linha 3 delimitam o
a) vocativo.
b) modificador apositivo.
c) sujeito.
d) complemento direto.
Do primeiro parágrafo do texto (ll. 1-6) se pode
concluir que
a) Wool esteve em Serralves.
b) quadros de Wool estiveram expostos em
Serralves.
c) Wool esteve duas vezes em Serralves.
d) Wool passeou de mão dada com Loock.
A expressão «há dois anos» (l. 4)
a) está mal grafada.
b) deveria ser substituída por «à dois anos».
c) deveria ser substituída por «á dois anos».
d) está correta.
O pronome «elas» (l. 8) é um
a) termo anafórico cujo antecedente é «as
pinturas recentes» (l. 7).
b) termo catafórico cujo sucedente é «desmanchados
e remanchados» (l. 10).
c) referente de «recentes» (l. 7).
d) correferente de «prolongam» (l. 8).
Pelo período final do segundo parágrafo (ll.
8-11) ficamos a saber que
a) haveria obras de Juan Muñoz em exposição no
mesmo museu.
b) o universo de Juan Muñoz é a cidade do Porto.
c) as pinturas de Wool são cinzentas e
pungentes.
d) os trabalhos de Muñoz são cinzentos e
pungentes.
A palavra «remanchados» (l. 10)
a) é um antónimo de «desmanchados».
b) significa ‘feitos a partir da mancha’.
c) significa ‘manchados de novo’.
d) foi criada pelo autor do texto.
«Delas» (l. 13) contrai «de» com «elas», pronome
que tem como referente (como antecedente)
a) «a dimensão das pinturas» (l. 12).
b) «a lei da gravidade» (ll. 12-13).
c) todo o texto da l. 12 e da l. 13 até
«gravidade» (inclusivé).
d) «as pinturas» (l. 12).
O «autor» (l. 13) é
a) José Luís Porfírio.
b) Pollock.
c) correferente de «Wool».
d) catáfora de «Pollock».
Pollock (l. 14) é um
a) dançarino.
b) artista plástico.
c) contradançarino.
d) destruidor.
«Suponho que, muito
prosaicamente, porque tem de parar.» (ll. 16-17) corrresponde a um ato
ilocutório
a) assertivo.
b) declarativo.
c) compromissivo.
d) diretivo.
«Esta memória» (l .21) é
a) um deítico, indicando uma de várias memórias
do enunciador.
b) o termo anafórico cujo antecedente é todo o
período anterior (ll. 18-21).
c) uma anáfora cujo referente é «Mira Schendel»
(l. 19).
d) uma catáfora que tem como termo sucedente
todo o último parágrafo (ll. 23-25).
O penúltimo parágrafo (ll. 18-22) é
a) uma alusão a episódio do passado, para
estabelecer analogias com a pintura de Wool.
b) memorialístico, constituindo aparte
relativamente ao foco do restante texto.
c) a recordação de uma exposição alemã.
d) um trecho narrativo claramente fictício.
O parágrafo final (ll. 23-25), relativamente aos
quadros em análise,
a) mostra-se bastante reticente.
b) é notoriamente crítico.
c) revela-se muito elogioso.
d) contém uma apreciação desfavorável.
O título («Apagar é pintar») contém
a) uma perífrase, que remete para a importância
da crítica.
b) um trocadilho entre «a pagar» e «apagar».
c) uma hipérbole não isenta de ironia (e com
sentido pejorativo).
d) um oxímoro que salienta o processo de
trabalho de Wool.
Este texto é um «texto de apreciação crítica»,
porque
a) é bastante crítico dos quadros que estão em
causa.
b) desenvolve, fundamentando-a, uma opinião
acerca de uma obra.
c) não é um texto jornalístico mas ensaístico.
d) é uma crónica que valoriza a obra sobre que
se escreve.
Podes
ter o livro aberto na p. 139. Completa o texto em baixo com os termos seguintes
(que pertencem sobretudo a dois campos lexicais: o da publicidade e o da
literatura).
público-alvo / comercial
/ consumo / registos de língua / slogan / campanha / produto / institucional /
vilancete / cidadania / beleza / formal
/ segura / conotações / trocadilho
Os
sketches que acabámos de ver
(«Agência publicitária de Chelas» e «Pare de estalar os dedos», ambos da série
Lopes da Silva) servem para exemplificar dois tipos de publicidade: a comercial e a institucional.
«Agência
publicitária de Chelas» seria um exemplo de publicidade a incitar ao ________,
encomendada por empresas, designável como publicidade ________. Já o conjunto «Pare de estalar os
dedos» ridicularizava a publicidade _______, aquela que é da iniciativa do
governo ou de associações não-lucrativas, que visa informar, despertar
consciências, enfim, educar para a _________.
Ao
conceber a campanha para a Super Sumo, a Agência Criativa de Chelas não adaptou
a sua estratégia ao verdadeiro _______ do produto em causa. Essa adaptação às
pessoas suscetíveis de consumir o refrigerante determinaria que se evitassem
palavras de ________ muito marcados em termos sociais ou situacionais. Quando o
empresário manifesta a vontade de que houvesse outra linha diretora da ____,
com mais «classe», os publicitários de Chelas limitaram-se a fazer figurar
«requinte» no _____. O episódio termina com um qui pro quo motivado pelas _______ policiais da expressão «está
referenciada».
Ao
contrário, o anúncio na p. 139 do manual talvez peque por excesso de erudição.
O slogan escolhido supõe a perceção do ________ com o verso de Camões «Vai
fermosa e não segura». Com esse slogan se pretende destacar dois efeitos do
_______ que se publicita: o de potenciar a ________ («vai formosa»); o de
proteger dos raios solares («bem _____»). Só que não é certo que o público-alvo
(mais abrangente do que os que conhecem a literatura portuguesa) perceba a
alusão ao ________ de Camões, mesmo que domine o registo bastante ______ de
todo o anúncio.
Procurando
responder à mensagem que o empresário queria que a publicidade inculcasse — «É cool beber Super Sumo; e quem não bebe
não é cool» — e mantendo um formato
televisivo, cria o anúncio (enfim, melhor do que o da ACC).
Guião simplificado (descrição
da cena no filme, incluindo o que haja de diálogos):
Slogan (frase que fecharia o
anúncio, depois repescada para a campanha por cartazes):
Se te sobrar
tempo, pensa em anúncio para o protetor Clinique (cfr. p. 139):
Guião simplificado (descrição
da cena no filme, incluindo o que haja de diálogos):
Slogan (frase que fecharia o
anúncio, depois repescada para a campanha por cartazes):
TPC — (i) Deves aproveitar para ir revendo
gramática (além das páginas sobre os outros assuntos que já pus em Gaveta de Nuvens, porei agora também
sobre ‘processos fonológicos’); (ii) Lança emendas na ‘Palavra favorita’ e
traz-me a nova versão; (iii) Continua a ensaiar a recitação (que vamos começar
a ouvir na próxima aula).
Aula 87-88 (5 [8.ª, 5.ª], 11 [1.ª, 7.ª], 12/mar [12.ª])
Explicação sobre ênclise, próclise, mesóclise (ver Apresentação).
deve-se escrever
|
jamais se escreve
|
diz-se que o
julgamento se realizará
|
o julgamento ...
|
comprarás as abelhas
|
|
localizaríamos o
meliante
|
|
traremos o avião
|
|
beijarei a sogra
|
|
abriria a garrafa
|
|
direi as mentiras
|
|
venderão ao esquimó
o gelado
|
Recitações:
Soneto
de Camões
|
Recitador
|
Nota
|
||
n.º
|
nome
|
eu
|
mestre
|
|
«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p.
148)
|
2
|
Rita
|
||
3
|
Ana
|
|||
4
|
Bia G.
|
|||
6
|
Bia S.
|
|||
«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p.
155)
|
1
|
Cláudia
|
||
5
|
Beatriz R.
|
|||
7
|
Catarina
|
|||
8
|
Diana
|
|||
«Grão tempo há já que soube da Ventura» (p.
158)
|
9
|
Diogo
|
||
10
|
Gonçalo S.
|
|||
12
|
Joana
|
|||
13
|
J. Cabo
|
|||
«Busque Amor novas artes, novo engenho» (p.
159)
|
11
|
Gonçalo P.
|
||
14
|
J. Tavares
|
|||
15
|
João
|
|||
16
|
Leonor
|
|||
«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 160)
|
17
|
Manel
|
||
18
|
Maria
|
|||
20
|
Pedro
|
|||
21
|
Capela
|
|||
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 161)
|
19
|
Patrícia
|
||
22
|
||||
24
|
Susana
|
|||
25
|
Tety
|
|||
«Um mover de olhos, brando e piedoso» (p. 164)
|
23
|
|||
26
|
Tomás
|
|||
28
|
Carolina
|
|||
32
|
||||
«A fermosura desta fresca serra» (p. 170)
|
27
|
Sam
|
||
29
|
Ariel
|
|||
30
|
Amy
|
|||
31
|
Lucas
|
Soneto
de Camões
|
Recitador
|
Nota
|
||
n.º
|
nome
|
eu
|
mestre
|
|
«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p.
148)
|
2
|
Xana
|
||
3
|
Catarina S.
|
|||
4
|
Filipa
|
|||
6
|
Bárbara
|
|||
«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p.
155)
|
1
|
Afonso
|
||
5
|
Ana
|
|||
7
|
Carolina
|
|||
8
|
Catarina F.
|
|||
«Grão tempo há já que soube da Ventura» (p.
158)
|
9
|
Catarina A.
|
||
10
|
Cláudia
|
|||
12
|
João A.
|
|||
13
|
João M.
|
|||
«Busque Amor novas artes, novo engenho» (p.
159)
|
11
|
Filipe
|
||
14
|
Zé
|
|||
15
|
Kristina
|
|||
16
|
Liane
|
|||
«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 160)
|
17
|
Madalena F
|
||
18
|
Madalena S
|
|||
20
|
Matilde
|
|||
21
|
Miguel
|
|||
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 161)
|
19
|
Marco
|
||
22
|
Natacha
|
|||
24
|
Sara T.
|
|||
25
|
||||
«Um mover de olhos, brando e piedoso» (p. 164)
|
23
|
Sara G.
|
||
26
|
Vasco G.
|
|||
28
|
Catarina P.
|
|||
32
|
||||
«A fermosura desta fresca serra» (p. 170)
|
27
|
Vasco Af.
|
||
29
|
Henrique
|
|||
30
|
Vitória
|
|||
31
|
Soneto
de Camões
|
Recitador
|
Nota
|
||
n.º
|
nome
|
eu
|
mestre
|
|
«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p.
148)
|
2
|
Ana S.
|
||
3
|
Luísa
|
|||
4
|
Ana N.
|
|||
6
|
André S.
|
|||
«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p.
155)
|
1
|
Bia
|
||
5
|
André F.
|
|||
7
|
Catarina
|
|||
8
|
David
|
|||
«Grão tempo há já que soube da Ventura» (p.
158)
|
9
|
Duarte
|
||
10
|
Elly
|
|||
12
|
Helena
|
|||
13
|
Henrique
|
|||
«Busque Amor novas artes, novo engenho» (p.
159)
|
11
|
Gonçalo
|
||
14
|
||||
15
|
Joana G.
|
|||
16
|
Joana San
|
|||
«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 160)
|
17
|
Joana M.
|
||
18
|
Joana Si
|
|||
20
|
Madalena
|
|||
21
|
Madga
|
|||
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 161)
|
19
|
Laura
|
||
22
|
Márcia
|
|||
24
|
Mariana
|
|||
25
|
||||
«Um mover de olhos, brando e piedoso» (p. 164)
|
23
|
Margarida
|
||
26
|
Miguel
|
|||
28
|
Bruna
|
|||
32
|
||||
«A fermosura desta fresca serra» (p. 170)
|
27
|
Patrícia
|
||
29
|
||||
30
|
Francisco
|
|||
31
|
Soneto
de Camões
|
Recitador
|
Nota
|
||
n.º
|
nome
|
eu
|
mestre
|
|
«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p.
148)
|
2
|
|||
3
|
Ana Sofia
|
|||
4
|
Dani
|
|||
6
|
Beatriz B.
|
|||
«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p.
155)
|
1
|
Carolina
|
||
5
|
Beatriz S.
|
|||
7
|
Carlos
|
|||
8
|
Catarina
|
|||
«Grão tempo há já que soube da Ventura» (p.
158)
|
9
|
Débora
|
||
10
|
Diogo
|
|||
12
|
Iolanda
|
|||
13
|
Leonor
|
|||
«Busque Amor novas artes, novo engenho» (p.
159)
|
11
|
Inês
|
||
14
|
Madalena
|
|||
15
|
Beatriz R.
|
|||
16
|
||||
«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 160)
|
17
|
Maria
|
||
18
|
Mário
|
|||
20
|
Miguel
|
|||
21
|
Paulo
|
|||
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 161)
|
19
|
Matilde
|
||
22
|
Ariana
|
|||
24
|
Sebastião
|
|||
25
|
Solomiya
|
|||
«Um mover de olhos, brando e piedoso» (p. 164)
|
23
|
Sara
|
||
26
|
Tânia
|
|||
28
|
Tomás
|
|||
32
|
||||
«A fermosura desta fresca serra» (p. 170)
|
27
|
|||
29
|
Anastasiia
|
|||
30
|
Emanuel
|
|||
31
|
Bernardo
|
Soneto
de Camões
|
Recitador
|
Nota
|
||
n.º
|
nome
|
eu
|
mestre
|
|
«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p.
148)
|
2
|
Beatriz Sá
|
||
3
|
Beatriz S.
|
|||
4
|
Bruno
|
|||
6
|
Carolina S.
|
|||
«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p.
155)
|
1
|
André
|
||
5
|
Carlota
|
|||
7
|
Carolina D.
|
|||
8
|
Catarina C.
|
|||
«Grão tempo há já que soube da Ventura» (p.
158)
|
9
|
Catarina F.
|
||
10
|
Daniela
|
|||
12
|
Gonçalo
|
|||
13
|
||||
«Busque Amor novas artes, novo engenho» (p.
159)
|
11
|
|||
14
|
||||
15
|
Inês
|
|||
16
|
Isabela
|
|||
«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 160)
|
17
|
João S.
|
||
18
|
João C.
|
|||
20
|
Maria
|
|||
21
|
Madalena J.
|
|||
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 161)
|
19
|
Madalena A
|
||
22
|
||||
24
|
Marta
|
|||
25
|
Miguel
|
|||
«Um mover de olhos, brando e piedoso» (p. 164)
|
23
|
Mariana
|
||
26
|
Rodrigo M.
|
|||
28
|
Sofia
|
|||
32
|
Hugo
|
|||
«A fermosura desta fresca serra» (p. 170)
|
27
|
R. Leal
|
||
29
|
Tiago
|
|||
30
|
||||
31
|
Rebeca
|
Enquanto
estiveres a ver o filme Língua — vidas em
português, vai preenchendo os espaços que estão sublinhados:
(a montagem nesta versão do YouTube não é a
mesma da versão que vimos em aula)
País, Cidade
Personagem
/ Ocupação
|
Variedade geográfica,
social, situacional
|
Características (que
exemplificam algum tipo de variação)
|
Índia, Goa (Panjim)
Rosário
/ padeiro
|
Português
ainda sobrevive, mas num contexto em que outras ___ predominam
|
Interferências
do inglês («Eu prefer»).
|
Portugal, Lisboa
Belarmindo
/ guarda—freio
|
Variante
___ do português; dialeto de _____ {Lisboa
/ Beira / Alentejo}
|
«tem
que» (por «tem de»).
|
Brasil, Rio de Janeiro
Márcio
/ vendedor de rua
|
Variante
_____ do português, num sociolecto _____ {popular
/ culto}, em contexto relativamente ____ {formal / informal}.
|
Sintaxe:
próclise («___ chama»); «nessa manhã» (por ‘____ manhã’); Léxico: «bala» (‘guloseima’). Fonética: palatalização de t:
«tris[txi]» («triste»); ditongação em «ma[i]s» («mas»). Tratamento: você + ___ pessoa.
|
Moçambique, Maputo
Mia
[Couto] / escritor
|
Variante
_____ {africana / europeia} do
português
|
Léxico: «normar»
(‘regulamentar’).
|
Índia, Goa (Panjim)
Rosário
|
Rosário,
além de português, fala hindi, inglês, «arabic».
|
Dificuldades
no conjuntivo: «talvez faleceu» (‘talvez ___’).
|
Portugal,
Lisboa
Zulmira e Paulo / reformados
|
Dialeto:
_____; socioleto: ____.
|
Ligeiras
hesitações: «niveles» (‘níveis’); «li[v]erdade» (‘liberdade’).
|
Portugal, Lisboa, Belarmindo
|
||
Moçambique, Maputo
Izdine
/ radialista
|
Como
se trata de programa de rádio, o meio ______ {oral / escrito} é um tanto falso: o discurso está preparado e o
registo só aparentemente é ______ {formal
/ informal}.
|
Fonética: vocalismo menos
reduzido: «Beir[á]».
|
Moçambique, Beira
Dinho
/ estudante
|
Variante
______ do português, por parte de adolescente que terá outra língua materna
(talvez uma língua do grupo bantu).
|
Sintaxe: «ele» como
complemento direto: «conheço ele» (‘conheço-o’); ênclise nas subordinadas:
«quando desligou-se energia». Léxico:
«já» (por ‘logo’).
|
Brasil, Rio de Janeiro
Rejane
/ vendedora de imobiliário
|
O
registo não pode ser muito ____, já que se fala com clientes.
|
Sintaxe: próclise: «___
perdoe» (‘perdoe-me’).
|
Brasil, Rio de Janeiro
Rogério
[e Márcio] / pregador
|
Socioleto:
português popular (com infrações várias à norma culta brasileira).
|
Sintaxe: marcas do plural
simplificadas («essas bala»; «elas pesa»); «mim» como sujeito («para mim
organizar»). Léxico: «tem» (‘há’);
«açougue» (‘talho’). Fonética:
epêntese («corrup[i]ta»); cr por cl («cic[r]one»); -r omitido («ri» por «__»); vocalismo átono pouco reduzido
(«porqu[ê]» por «porque»).
|
Moçambique, Beira
Dinho
[e Deolinda]
|
Léxico: «a caminho de mais
velha»; «dar uma mão direita».
|
|
Moçambique, Inhaca
Mia
Couto
|
Tratando-se
de escritor inventivo, é difícil distinguir o que é «neologístico» e o que é
devido à variante _____.
|
Léxico: «normar»
(‘regulamentar’); «os mais velhos»; «outras» (‘diferentes’).
|
Brasil, Rio (Barra da Tijuca)
Rejane
|
Fonética: r final omitido («m[á]» por «_____»); palatalização de t e d («gen[txi]», «ver[dxi]»); ditongações («l[uis]» por «____»).
|
|
Moçambique, Beira, Dinho
|
Sintaxe: possessivo sem artigo
(«______ duas irmãs»).
|
|
Moçambique, Inhaca, Mia Couto
|
||
Portugal, Lisboa
Uliengue
e Sofia / estudantes
|
Nascidos
em Angola e Moçambique.
|
Fonética: vocalismo átono menos
reduzido. Sintaxe: ênclise («Todos
os vizinhos ______») em casos de próclise no português europeu.
|
Portugal, Lisboa
José
Saramago / escritor
|
Variante
______ do português. Dialeto de _____.
|
|
Índia, Goa (Loutolim)
Mário
e Emiliano / proprietários
|
||
Portugal, Lisboa
José
Saramago
|
Registo
formal, mas não demasiado «purista».
|
«tinha
que» (por «tinha de»).
|
TPC — Estuda gramática (pelas folhas das
aulas; pelas reproduções de manuais de gramática que tenho vindo a pôr no
blogue).
Aula 89-90
(12 [8.ª, 5.ª],
16 [1.ª, 12.ª], 18/mar [7.ª]) Circunda a melhor alínea:
Um dialeto é
a) uma maneira de falar menos correta do que a
norma.
b) uma língua que não tem o mesmo estatuto das
línguas nacionais.
c) a língua tal como se fala num dado espaço.
d) a língua falada num local, com
características que a tornam menos aceitável do que a da capital.
O português do Brasil é
a) uma variedade socioletal do português.
b) a variante sul-americana do português.
c) um dialeto do português.
d) uma língua diferente do português europeu.
Se alguém — cultíssimo e de boas famílias — se
irritar e disser palavrões, terá sucedido que
a) esse registo demasiado informal foi exemplo
da variação situacional.
b) esse nível popular da linguagem adveio da
variação da língua em termos socioletais.
c) ficou ilustrada a variação resultante da
diacronia.
d) esse calão ilustrou a variação dialetal.
Na variante europeia do português, em contraste
com o que acontece no Brasil, costuma haver
a) ênclise (ou seja, posposição do pronome) nas
subordinantes.
b) ênclise nas subordinadas.
c) mesóclise nas subordinadas, desde que no
futuro ou no condicional.
d) mesóclise nas subordinantes.
São características do português do Brasil
a) perifrástica com gerúndio;
omissão de artigo antes de possessivo; anteposição do pronome ao verbo.
b) omissão de –r final; abertura maior das vogais átonas; posposição de pronome a
verbo.
c) palatalização de «t» e «d» antes de i; ênclise; «você» + 3.ª pessoa como
forma de tratamento.
d) perifrástica com infinitivo; «você» + 3.ª
pessoa como tratamento; semivocalização de –l
final.
Em Portugal são características mais nortenhas
que sulistas
a) o /ü/ (à francesa); a «troca dos bês por
vês».
b) a «troca dos bês por vês»; ditongações (/uâ/
ou /uô/, por /ô/).
c) certa maneira de dizer
sibilantes (s- dito quase /ch/);
pronúncia como /a/ do e antes de -lh, -ch,
... («jo[a]lho», «f[a]cho»).
d) sobrevivência da 2.ª pessoa do plural; «troca
dos vês por bês»; o /ü/ (à francesa).
A introdução de uma vogal entre grupos de
consoantes pouco naturais no português, que acontece muito na variante
brasileira («pineu», «corrupito»), constitui uma
a) crase.
b) epêntese.
c) paragoge.
d) prótese.
A alínea que não tem um par de palavras
divergentes é:
a) são (< lat. sunt); são (< lat. sanu-).
b) areia (< lat. arena-); arena (< lat. arena-).
c) mancha (< lat. macula-); mácula (< lat. macula-).
d) cadeira (cathedra- ); cátedra (< lat. cathedra-)
«Perífrase» é dizer
a) de modo alongado o que poderia ser dito de
modo directo e breve.
b) com palavras mais doces o que,
denotativamente, é cru.
c) com palavras mais cruas o que é,
denotativamente, desagradável.
d) algo de modo antitético.
No terceto «É preciso gostar / É preciso amar /
É preciso viver» há a figura de estilo que se designa
a) eufemismo.
b) metáfora.
c) anáfora.
d) oxímoro.
Há rima entre
a) Sporting / ringue
b) ranho / tenho
c) estúpida / entupida
d) diligencia / agência
Há rima entre
a) credo / Pedro
b) Benfica / fábrica
c) estupor / stor
d) ambulância / melancia
O verso que não tem sete sílabas métricas é
a) Estava o Arnaldo triste.
b) Dê-me esse lindo coprólito.
c) Ó Rosa, arredonda a saia.
d) Quem ela quer sabemos.
O verso que tem dez sílabas métricas é
a) O Benfica é melhor do que o Fofó.
b) Arnaldo era um médio da Cuf.
c) Este dinossauro fala português.
d) Aquela triste e alegre madrugada.
A lírica de Camões de cariz tradicional
socorre-se de versos com
a) oito ou dez sílabas métricas.
b) dez sílabas métricas.
c) cinco ou sete sílabas métricas.
d) cinco ou seis sílabas métricas.
Numa quintilha cujos versos terminassem com -ura | -alta | -alta | -ura | -once,
haveria rima
a) interpolada, emparelhada e um verso solto.
b) cruzada, interpolada e emparelhada.
c) emparelhada, cruzada e um verso rosa.
d) cruzada, emparelhada e um verso branco.
Uma redondilha maior
a) é a chamada «medida nova».
b) tem cinco sílabas métricas.
c) tem sete sílabas métricas.
d) tem dez sílabas métricas.
A referência bibliográfica bem redigida é:
a) Jesus,
Jorge (2035), «Memórias de um catedrático da bola», Paris, Gallimard.
b) Jorge Jesus,
«Como perdi mais um campeonato», Rui Santos
(org.), Depoimentos de treinadores
portugueses despedidos em 2015, Lisboa, Edições «Novo Desporto», 2015, pp.
35-45.
c) Jorge Jesus,
«A adaptação de Júlio César ao lugar de avançado-centro. Vantagens e
desvantagens», Editora «A Melhor», Lisboa, 2015.
d) Jorge Jesus
(2015), 2015: o ano em que tudo correu
mal, Alfragide, Caminho, 2015.
Num texto impresso, a referência correcta é:
a) António Lobo Antunes, ‘Crónica para quem
aprecia histórias de caçadas’, «Terceiro
Livro de Crónicas», Lisboa, Dom Quixote, 2006.
b) António Lobo Antunes, «Crónica para quem
aprecia histórias de caçadas», «Terceiro Livro de Crónicas», Lisboa, Dom
Quixote, 2006.
c) António Lobo Antunes, «Crónica para quem
aprecia histórias de caçadas», Terceiro
Livro de Crónicas, Lisboa, Dom Quixote, 2006.
d) Antunes, António Lobo, «Crónica para quem
aprecia histórias de caçadas», Terceiro Livro de Crónicas, Lisboa, Dom
Quixote, 2006.
Se um professor disser «Ernesto, já viste que
horas são?», há provavelmente um
a) ato direto cujo objetivo ilocutório é
expressivo (‘mostrar descontentamento’).
b) ato indireto cujo objetivo ilocutório é diretivo
(‘ordem para começar a trabalhar’).
c) ato direto cujo objetivo é declarativo
(‘explicitar irritação’).
d) ato indireto cujo objetivo
ilocutório é compromissivo (‘levar a que Ernesto trabalhe’).
Se o professor disser a Ernesto «Nomeio-te
delegado da turma», está a praticar um
a) ato direto cujo objetivo
ilocutório é declarativo (‘Ernesto passa a ser efetivamente delegado’).
b) ato indireto cujo objetivo
ilocutório é assertivo (‘afirma-se a verdade do que se está a dizer’).
c) ato direto cujo objetivo
ilocutório é compromissivo (‘promete-se a Ernesto o exercício daquele cargo’).
d) ato indireto cujo objetivo
ilocutório é expressivo (‘felicita-se Ernesto pela nova responsabilidade’).
O período em que o demonstrativo é um termo
anafórico (e não um deítico) é
a) Dá-me aquele olho de vidro e a prótese que
está nesse saco azul.
b) O tempo estava macambúzio: essa é que era a
verdade.
c) Essas vossas pernas de pau não parecem tão
verdadeiras como este meu braço metálico.
d) Aquelas flores murcharam.
A alínea em que o demonstrativo é um deítico (e
não termo catafórico nem anáfora) é
a) Essa trazia-a fisgada. Mandar-lhe a boca na
altura devida ia ser óptimo.
b) Isabel e Elisabete aperaltaram-se. Estas
raparigas sabiam arranjar-se.
c) Elisabete e Isabel, tragam as sandes de couratos.
Este papo-seco com marmelada não presta.
d) Queria ter pensamentos mais puros. Aqueles
não o eram.
O pronome pessoal é termo catafórico (e não uma
anáfora) em
a) Catricoto, olha o Mwepu, mas não o rasteires.
b) Cada vez lhe achava mais piada, ao raio do
tubarão.
c) Camolas era um avançado gorducho, ainda que
Conhé e Tibi o temessem.
d) O jogador de que mais gostava era Araponga e
até lhe dedicou um soneto.
O hiperónimo não funciona como termo anafórico
em
a) O ministro da Educação é falso. O governante
mente com quantos dentes tem na boca.
b) Os políticos são assim mesmo. Nuno Crato é um
aldrabão.
c) O Arsenal vai à meia-final da Taça. O clube
de Londres pode até vencer a prova.
d) Belmiro de Azevedo é do F. C. Porto. O
empresário gosta de futebol.
O termo anafórico é um pronome em
a) Comi-o bem, ao belo esparregado.
b) Gosto dos limoeiros. São árvores doces.
c) A salada de pêssego da Colina está cada vez
melhor. Delicio-me com ela.
d) Cada vez mais bonita a Deolinda. Está uma
bela rapariga, não achas?
A correferência implica que haja
a) termos sucedentes.
b) termos antecedentes.
c) um referente comum.
d) vários termos
referenciais.
A relação entre «recinto desportivo» e «Estádio
do Dragão» é de
a) hiperónimo / hipónimo.
b) holónimo / merónimo.
c) hipónimo / hiperónimo.
d) merónimo / holónimo.
O conjunto dos significados que uma palavra pode
ter nos contextos em que ocorre designa-se
a) Campo Grande.
b) campo semântico.
c) campo lexical.
d) verbete de dicionário.
Os Lusíadas, Auto da Barca do
Inferno, um qualquer soneto de Camões pertencem, respetivamente, aos modos
a) lírico, dramático, lírico.
b) épico, teatral, poético.
c) épico, teatral, dramático.
d) narrativo, dramático,
lírico.
Num requerimento, usa-se a
a) 1.ª pessoa do singular.
b) 3.ª pessoa do singular.
c) 1.ª pessoa do plural.
d) 2.ª pessoa do plural.
A fórmula de fecho típica dos requerimentos é
a) «Pede deferimento. / [Data] / [Fulano]».
b) «Anexo cheque (é apenas uma atençãozinha). /
[Data] / [Fulano]».
c) «Com os melhores cumprimentos. / [Data] /
[Fulano]».
d) «Beijinhos. / [Data] / [Fulano]»
O chamado «lead» ocorre
a) em todos os tipos de textos jornalísticos,
embora sob formas diversas.
b) como antetítulo de uma notícia.
c) em notícias mas não, em princípio, em crónicas
ou em apreciações críticas.
d) nas notícias, nas reportagens, nas
entrevistas.
Na
p. 88 do manual, centra-te no «artigo de divulgação científica e técnica»
redigido por Ana Markl. Na verdade, «Um robô chamado Wall.E» não é um típico
artigo de divulgação, é mais uma recensão de filme pensada para revista juvenil
(e, por isso, com marcas pedagógicas, em estilo coloquial).
Reformula
o texto, tornando-o adequado a um público adulto. Sem prejudicares os dados
sobre o enredo (o teu texto deve ter a mesma extensão do original), usarás
linguagem mais cuidada, mais formal. Substituirás as partes de diálogo quase
didático, as marcas de oralidade e certo tom infantil.
......
A
ação de Wall-E decorre num futuro
longínquo, em 2700. .....
...
Dicionário
da Língua Portuguesa,
Porto, Porto Editora, 2011:
exergásia [z] n.f. recurso estilístico que consiste na
repetição de uma ou mais ideias por palavras diversas, mas sinónimas, cujo
significado sobre gradualmente, como: «passava a vida a imaginar, a fantasiar,
a idear delícias»; sinonímia (Do gr. exergasía,
«aperfeiçoamento, trabalho de composição»)
garança n.f. 1 botânica um dos nomes vulgares da granza
(planta tintorial) 2 cor vermelha obtida
desta planta (Do frânc. wratja,
«id.», pelo fr. garance, «id.»)
turgimão n.m. 1 intérprete
oficial de uma legação ou embaixada europeia, nos países do Oriente 2 [fig.] alcoviteiro (Do ár. tarjúman, «intérprete»)
turificar v.tr. 1 incensar 2 [fig.] adular; lisonjear (Do lat. turificare, «id.»)
Luís Fernando Veríssimo, «Falsos Verbetes», Expresso, 29-10-2005:
TPC — Relanceada a
crónica de Luís Fernando Veríssimo, redige um verbete de palavra inventada
(criada por ti — portanto, não dicionarizada e nem mesmo conhecida de qualquer
falante). Palavra deve ter aparência plausível, considerado o padrão português,
e ter três aceções, pelo menos. Não te esqueças de incluir no verbete a abreviatura da
classe gramatical e uma abonação — isto é, uma frase exemplificativa, entre
aspas — de cada acepção. (Nota que no dicionário que reproduzi não há
abonações.) No final do verbete, podes pôr etimologia, mas esta já não será
obrigatória. Escreve a
computador, não deixando de usar os tipos de ênfase encontráveis neste género
de textos (itálicos, negros, etc.).
Aula 91-92 [43] (18 [8.ª] e 19/mar [5.ª]; nas outras
turmas esta aula não se realiza, ficando as correções incorporadas na aula
93-94) Correção do questionário sobre «Apagar é pintar» (pp. 102-103) e de
síntese sobre apreciações críticas a filme de Fernando Meirelles (Ver Apresentação da aula 93-94)
No
fascículo que te tenha calhado, escolhe uma pintura.
Na
página que precede as folhas coloridas há um «índice das ilustrações», onde
podes recolher informação sobre título do quadro, talvez as suas dimensões,
data e, em alguns casos, indicação do tipo de suporte ou da técnica de pintura
usada.
Nas
pp. 293-295 do nosso manual, encontrarás algum vocabulário porventura útil em
descrições de imagens.
Redige:
(1) trecho de descrição objetiva, relativamente técnica, do quadro em causa, aqui e ali, subtilmente valorativo
(positiva ou negativamente). O texto seria adequado a uma apreciação crítica a sair em revista, a um catálogo de exposição,
etc. (em parte, no estilo do texto que lemos hoje — pp. 102-103 —, em parte ao
estilo do que está na p. 295).
(2) trecho mais subjetivo, livre, aberto
a qualquer género textual ou registo linguístico, que a mesma pintura te
sugeriria. Não se trata agora, portanto, de escrever sobre o quadro, mas em resultado de uma inspiração por ele
provocada.
As
partes 1 e 2 são absolutamente independentes.
1.
Pintor: _____;
Título do quadro: ____;
[Prancha n.º ___]
....
2.
....
Aula 93-94 (18 [1.ª], 19 [8.ª, 12.ª], 20/mar [5.ª,
7.ª]) Nas turmas 1.ª, 7.ª e 12.ª, correções (ver Apresentação); nas turma 5.ª e 8.ª:
Há
umas aulas, estudámos uma análise de um quadro, o retrato da mãe de Whistler,
por Bean, e redigiram uma análise ao retrato que Otto Dix fez dos seus pais.
Num
outro filme de que veremos excertos hoje — Bean
em férias —, interessa-nos também a análise a uma obra de arte (embora não
já a uma pintura). É um comentário da personagem Carson Clay, um egocêntrico
realizador de cinema, ao próprio filme, que acabava de ser ovacionado por toda
a plateia do Festival de Cannes.
Pus
no texto de Clay várias vírgulas que não são necessárias (ou, em alguns casos,
constituem mesmo uma incorreção). Circunda todas essas vírgulas. Talvez possas
usar um círculo tracejado para as vírgulas que são prescindíveis mas não
agramaticais e um círculo cheio para as absolutamente criticáveis.
Algo muito estranho se passa, quando fazemos uma
obra de arte. Por vezes, não nos apercebemos da junção dos elementos, e, quando
todos se juntam, algo de mágico, algo orgânico, acontece, e foi isso que se
passou hoje.
Todos disseram que isto não ia resultar.
Disseram que era um enorme risco, mas quero continuar a fazer filmes como este.
A combinação do cinema e do vídeo é algo que já foi feito, anteriormente, mas
não, exactamente, desta forma.
Estou contente por a receção ter sido tão
fantástica, e estou feliz por cá estar. Viva a França. Deus vos abençoe.
Todo
o filme aproveita muito o ato de tirar retratos
(aliás, de filmar em câmara digital, embora os fotogramas respetivos sejam
depois exibidos enquanto retratos parados também). Por assim dizer,
acompanhamos o processo de «enunciação» (a recolha de imagens por Bean), sem
sabermos que o enunciado que desse ato vai resultando (as imagens arquivadas na
câmara) há de integrar-se num outro enunciado, o filme falhado de Clay. Neste
filme figura um retrato, por caricatura bastante arrevesado:
Sublinha
as comparações, recurso decerto destinado a ridicularizar o texto do filme.
Anseio esquecer-te. Esquecer os teus beijos,
como fruta macia; o teu riso irrompendo na luz do dia, como prata; o teu
sorriso, como a curva do quarto crescente no céu da noite; a tua beleza
luminosa, a tua bondade, a tua paciência e quanto te agarravas a cada uma das
palavras por mim proferidas.
Estás agora nos braços de outro. Quem é ele?
Este homem? Tem porte? Tem encanto? É um amante? Ou um lutador? Que poderes tem
ele sobre ti? Dançarão os teus olhos, quais pirilampos na noite, quando ele vem
ao teu encontro? Amaciar-se-á o teu corpo, enquanto os teus lábios balbuciam o
nome dele?
Leitura
|
||
Aula
|
Síntese comparativa entre crónicas de Fernanda
Câncio e MEC (aula 57-58)
|
|
Questionário sobre «Eles que» (aula 63-64)
|
||
Síntese (lacunar) sobre apreciações críticas a
Ensaio sobre a cegueira (aula 81-82)
|
||
Questionário sobre «Apagar é pintar» (aula
85-86 ou 87-88)
|
||
Observação
direta da eficiência a resolver as tarefas com textos em todas as aulas
|
||
Expressão escrita
|
||
Aula
|
Conclusão em moldes cronísticos de «Quero»
(aula 53-54)
|
|
Respostas para entrevista a António Lobo
Antunes (aula 55-56)
|
||
Notícia a partir do soneto «O dia em que eu
nasci moura e pereça» (aula 59-60) *
|
||
Análise de pintura de Otto Dix (aula 65-66)
|
||
Notícia a partir de título de uma das notícias
de Stephen Glass (aula 59-60)
|
||
Soneto antónimo de «Erros meus, má fortuna, amor
ardente» (aula 71-72)
|
||
Comparação entre «Camões e a tença» e «Erros
meus [...]» (aula 73-74)
|
||
Aceções criadas para verbetes de palavras
pouco conhecidas (aula 83-84)
|
||
Guiões para campanhas de publicidade (aula
85-86) **
|
||
Apreciação de pintura e texto espontâneo a
partir do mesmo quadro (aula 91-92) *
|
||
Observação
direta da capacidade de aproveitar as várias etapas da redação
|
||
Casa
|
«A melhor carta» (tepecê da aula 57-58)
|
|
Reformulação de «A melhor carta» (tepecê da
aula 65-66)
|
||
Comentários a «Elogio da velhice [...]» e a
cartoon (tepecê da aula 63-64)
|
||
Resposta a Escrita/1 da p. 145, sobre
provérbio (tepecê da aula 67-68)
|
||
Poema sobre amor pedido em 1.1 da p. 160
(tepecê da aula 73-74)
|
||
Requerimento à Esc. Sec. José Gomes Ferreira (tepecê
da aula 77-78)
|
||
Relato/exposição sobre palavra favorita ou de
estimação (tepecê de 79-80)
|
||
Reformulação de texto sobre palavra favorita
(tepecê de aula 83-84)
|
||
Verbete falso (tepecê da aula 89-90)
|
||
Compreensão oral/Expressão oral
|
||
Casa
&
Aula
|
Gravação autobiográfica (só para que não a
entregara no 1.º período)
|
|
Leitura expressiva de soneto de Camões (tepecê
da aula 75-76; aula 79-80)
|
||
Recitação de soneto de Camões (tepecê da aula
81-82; aula 87-88)
|
||
Funcionamento da Língua (Gramática)
|
||
Aula
|
Questionário sobre conteúdos do período (aula
89-90)
|
|
Observação
direta da atenção nos momentos em que se trata de ouvir explicações de
conteúdos
|
||
Casa
|
Leituras de capítulos de gramáticas ou do
caderno de atividades reproduzidos (tepecês das aulas 55-56 [acentuação];
61-62 e 65-66 [atos ilocutórios]; 69-70 [variação linguística]; 71-72
[anáfora, catáfora]; 85-86 ou 87-88 [processos fonológicos])
|
|
Atitudes
|
||
As atitudes
(assiduidade e pontualidade; participação e empenho; autonomia e
responsabilidade; organização e avaliação do trabalho) — nos critérios de
avaliação do Departamento de Português, correspondentes a 10% da
classificação — ficam já distribuídas, em 3,333333333333333333333333%, por leitura, escrita e gramática. Estão incluídas, embora
não os esgotando, nos itens assinalados
pelo itálico. Esta especificação permite que a cada uma das quatro
«competências» (Ler, Escrever, Ouvir/Falar, Gramática) acabem por
corresponder 25% da classificação periódica.
|
* Tarefas feitas apenas nas turmas 5.ª e
8.ª || ** Tarefas feitas apenas nas turmas 5.ª, 8.ª e 12.ª
TPC — Vai preparando bibliofilme (o que
implica também leituras em curso). Instruções para bibliofilme, a entregar
antes de 17 de abril, estão aqui.
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