Sunday, September 06, 2015

Os Maias 5



Inês (11.º 7.ª)
Inês (14,5-15) Pontos fortes Leitura em voz alta (sem erros; com expressividade, embora a exagerada velocidade e a falta de pausas a tornem pouco natural). Texto mostra compreensão do capítulo e quase não há falhas de redação (ainda que, quanto a mim, devesse estar mais longe do do original de Eça). Aspetos melhoráveis Parte visual pobre (um slide apenas — de autoria própria?). Na escrita: «*não folgou em afirmar» (creio que era «não deixou de afirmar» ou «não se esqueceu de afirmar»); «*sendo ópera o tema de seguida» («sendo ópera o tema seguinte»); «*apesar de achar que, para Vilaça, este não viesse a ser» (salvo erro: «apesar de achar que, para Vilaça, este não viria a ser»). Na pronúncia: parece ouvir-se «m[n]omentânea prosperidade».

Maria (11.º 5.ª)
Maria (15) Pontos fortes Ilusão de movimento conseguida, apesar de se usar uma imagem fixa. Bom aproveitamento das ilustrações (embora conviesse referir a autoria: trata-se de desenhos por André Letria, para uma coleção de álbuns vendida com o Expresso). Leitura em voz alta na velocidade adequada. Criação de carta a Maria Monforte (mesmo se a situação é quase inverosímil: Carlos escreveria à mãe, que não conhecera, com tanta familiaridade?). Fundo musical. Aspetos melhoráveis O texto acaba por ficar muito colado ao do próprio Eça, apesar de se pretender transposição segundo o formato de carta (por exemplo: um filho não descreveria à mãe a beleza física das mulheres por quem se interessasse). Na redação: «*dado ao talento e ambições políticas» («dado o talento e ambições políticas»). Na pronúncia: «cond[en]sa» (por «condessa»); «clina» («crina»); «luzidios» como esdrúxula («*luzídios»), sendo, na verdade, palavra grave.

Gil & Gonçalo Sim. (11.º 5.ª)

Gonçalo Sim. & Gil (10) Pontos fortes Calma, clareza, de parte da leitura em voz alta (a de Gil, melhor). Aspetos melhoráveis Tratando-se de trabalho em dupla e sem grande investimento técnico, tempo (3.17) é curto. Parte visual pobre (slide com o livro). Texto corresponde a um resumo, a uma sinopse. Gravação da leitura de Gonçalo com cortes. Na redação: «*soube de que o mesmo» (seria: «soube que o mesmo»); «*Eusebiozinho a bem como Vilaça» («Eusebiozinho bem como Vilaça»; «*poder ao Eusebiozinho onde o próprio já não tivesse tanto poder» (esta palavra relativa, «onde», não faz aqui sentido); «*revelou dos enormes custos» («revelou os enormes custos»); «na Universal» («no Universal»). Na pronúncia: «conde[n]sa» (por «condessa»); «gouvarinhar» ficou atrapalhado.

Carolina (11.º 8.ª)

Carolina (11) Pontos fortes Ia gabar a caricatura que serve de imagem única (julgando que se tratava de desenho da autora, o que afinal não sucedeu). Aspetos melhoráveis Leitura em voz alta demasiado rápida (e, por isso, com hesitações e erros aqui e ali). Texto, no fundo, é pouco mais do que uma sinopse (embora com transposição para a 1.ª pessoa). Não houve suficiente criação própria. Instruções da tarefa não terão sido lidas. Pronúncia/Redação: «A Herédia» seria «A Hebreia»; «*cujo seu nome» tem de ser «cujo nome» (em matéria de palavras relativas, cuidado também com o «onde»). Outras correções a fazer: partida de uíste não é no consultório de Carlos mas no Ramalhete.

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