Comentário genérico acerca das tarefas sobre Os Maias
Espero
lançar depois pequenos comentários individuais, que fundamentarão melhor as
notas que já fui pondo junto de cada filme. Para já, deixo só umas observações que
calham a muitos dos trabalhos e por isso já desvendam o que tive em conta nas
apreciações.
Recomendação
que faço de novo. É essencial ler bem as instruções das tarefas dadas (neste
caso, aqui). Há trabalhos que não cumprem aspetos aí estipulados ou não parecem
ligar a conselhos dados. Também teria sido útil relancear alguns dos trabalhos
de colegas de há três anos. Vendo as críticas que então lhes fazia, vendo
também os melhores trabalhos, ficariam com ideia mais exata acerca do que se
pretendia.
Nas
instruções das tarefas, ficava claro que se preferia um trabalho de
«microfilme», ainda que se aceitasse a mera gravação áudio com slide. Aceitei
este último formato, mas, como se verá, as melhores classificações foram, em
geral, atribuídas a verdadeiros microfilmes.
Por
vezes, nesses trabalhos quase só de gravação áudio, a própria imagem escolhida
revela bastante preguiça. Uma imagem googlada da capa de Os Maias ou com a carantonha do Eça ou do que fosse é sempre
solução que mostra pouco investimento. É verdade que também houve quem, mesmo
nestes trabalhos simples em termos tecnológicos, tivesse o gosto de tirar uma
fotografia, fazer desenho próprio ou compor uma imagem a partir de outras mas
com criatividade.
Por
vezes, texto é o de Eça com pouquíssimas alterações. Esperava alguma criação
pessoal. A redação deveria ser essencialmente da vossa lavra (alterar apenas a
pessoa — passando da 3.ª para a 1.ª, por exemplo — é pouco).
Pareceu-me
também que houve quem abusasse do recurso a súmulas-sínteses. Há textos que
parecem muito colados a essas sebentas mais do que às páginas do próprio
capítulo do livro de Eça.
Como
ficava dito nas instruções, e como sempre tenho dito a propósito de trabalhos
semelhantes, desaconselhava-se uma estratégia de apreciação crítica, resumo,
comentário teórico, preferindo-se as abordagens inventivas.
Nas
instruções, alude-se a três minutos. Em aula, fui mais explícito e pedi que os
trabalhos em dupla fossem mais extensos (quase em proporção). Trabalho
individual com menos de dois minutos ou mesmo com perto de dois minutos é curto;
trabalhos em dupla deveriam ter talvez cerca de quatro minutos, pelo menos.
Desta
vez, fui compreensivo com a ultrapassagem do tempo máximo recomendado, porque
percebi, em todos esses casos, que o filme fora feito com gosto, com aplicação
(o excesso não resultava de falta de arrumação, desatenção, mas era consequência
de se ter investido muito na tarefa).
Leitura
em voz alta, muitas vezes, foi pouco ensaiada. Além disso, num trabalho de
gravação, não se percebe que se exibam hesitações, erros de que o próprio
leitor teve decerto consciência. Repete-se até sair bem. (E, entretanto, convém
não abusar de cortes na gravação. É mais correto repetir todo o texto.)
Num
trabalho que se atém bastante à qualidade da expressão oral, esperava que, nas
situações com assunção de voz da personagem, houvesse esforço de
expressividade, representação.
Certos
trabalhos em dupla desperdiçaram um tanto a vantagem de se trabalhar em equipa.
Não se justifica constituir uma dupla, para afinal cada um ler uma parte do
texto, com um único narrador, mudando a meio.
É
aborrecido ficarem erros ortográficos no pouco que há de escrita fixada nos
filmes. O erro mais comum é a falta de acento na palavra esdrúxula «Capítulo».
Também é pena que Os Maias não
apareça em itálico (ou isolado das outras palavras por algum processo gráfico).
Erros
de pronúncias que ouvi mais de uma vez: «condessa» dito «conde[n]sa; «Alencar»
dito como se a palavra fosse grave (é aguda, é claro); a pronúncia de «Tancredo»
também lhes trouxe problemas.
Em
alguns casos, convinha haver referências (créditos), no final. Assim deve
suceder quando se usam (por vezes, extensivamente) as ilustrações de uma dada
edição; um dado filme; uma dada música.
Melhores
classificações:
Afonso
& Gonçalo S. [11.º 5.ª] (19-19,5), cap. 7
Bia
& Joana S. [11.º 12.ª] (19), cap. 15
Zé
[11.º 8.ª] (18,5-18), cap. 16
Maria
Madalena & Tiago [11.º 1.ª] (18,5-18), cap. 7
Tety
& Tomás [11.º 5.ª] (18,5-18), cap. 11
Ana
S. [11.º 12.ª] (18,5-18), cap. 17
Catarina
C. & Bea [11.º 1.ª] (18), cap. 2
Miguel
[11.º 8.ª] (18), cap. 13
Af.
Puga & João M. [11.º 8.ª] (18-17,5), cap. 11
Ana
N. [11.º 12.ª] (18-17,5), cap. 3
Madalena S.
[11.º 8.ª] (18-17,5), cap. 16
Leonor
[11.º 5.ª] (18-17,5), cap. 14
Leonor
F. [11.º 7.ª] (18-17,5), cap. 14
Catarina
[11.º 5.ª] (18-17,5), cap. 17
Kristina
& Miguel B. [11.º 8.ª e 7.ª] (18-17,5), cap. 3
Cláudia
[11.º 5.ª] (17,5), cap. 15
João
[11.º 5.ª] (17,5), cap. 14
Mariana
& Patrícia [11.º 12.ª] (17,5), cap. 12
Joana
Sim. [11.º 12.ª] (17,5-17), cap. 13
Carolina
[11.º 5.ª] (17,5-17), cap. 13
Sara
G. & Stefanie [11.º 8.ª] (17,5-17), cap. 8
Carolina
D. & R. Leal [11.º 1.ª] (17,5-17), cap. 8
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