Sunday, September 07, 2014

Instruções para microfilme autobiográfico


O objeto final pretendido é um microfilme (ou, como alternativa aceitável, uma gravação áudio embora vertida depois em ficheiro vídeo) de, no máximo, três minutos. Terá de ser um relato de vivências, experiências ou reflexões, verdadeiras ou fictícias (já sabemos que o narrador não tem de corresponder ao escritor), na 1.ª pessoa. Haverá um texto — «em off» ou «em direto» —, criado e dito pelo autor do microfilme.

Esse texto oral — autobiográfico, memorialístico, diarístico ou de autorretrato — deve percorrer todo o filme, ou perto disso, e ser preparado (não se pretende um comentário improvisado). Pode haver montagem ou não. Não é obrigatório que o microfilme tenha personagens visíveis e, portanto, atores. Se tiver algum ator, pode este nem ser o autor. Mas também pode o autor ser o próprio ator do seu microfilme (é certo que assim seria mais difícil manejar a câmara, o que implicaria que fosse um outro elemento a fazer a filmagem — note-se, porém, que o que define a autoria do filme é a criação do texto que se ouvirá e as decisões sobre a filmagem).

As gravações devem ser entregues em ficheiro VWM (ou WMV), MP4 ou equivalente. A forma ideal de entrega é por correio eletrónico — luisprista@netcabo.pt — mas confirmem que recebi o vosso mail (acuso sempre a receção, pelo que, se nada disser, é que nada me chegou). Não descarto trazer para a aula, na semana final do prazo, um computador próprio para nele irem depositando os ficheiros, embora tenhamos de vigiar vírus. A data final é 24 de novembro (todas as turmas) mas até me convinha que fossem enviando os trabalhos logo que os tivessem feito, mesmo se antes deste prazo.

Depois, colocarei as gravações numa secção de Gaveta de Nuvens, onde ficará também um comentário com a avaliação do trabalho. Como já disse, não convém que os trabalhos tenham muito mais de três minutos (e, acrescento agora, convinha também que tivessem pelo menos uns dois minutos).


Especificando melhor algumas indicações que já ficaram em cima

Texto criado (qualidade da redação e criatividade em geral) e forma de o dizer oralmente é o fundamental. Note-se que trabalho é para treinar expressão oral formal; texto deve ser lido ou, pelo menos, ser de um oral preparado, ensaiado (não, portanto, improvisadamente ou espontaneamente).

Não são demasiado importantes aspetos técnicos, embora estes possam valorizar o resultado. Prefere-se um filme propriamente dito, mas não se rejeita um conjunto de imagens fixas ou simples registo áudio (neste último caso, deve haver uma única imagem que torne esse ficheiro áudio num ficheiro vídeo; se necessário, explicarei como isso se faz no Movie Maker). Outras dificuldades que surjam — por falta de recursos técnicos, por exemplo — vê-las-emos caso a caso e encontraremos uma solução (creio que o CRE poderá ajudar).

Cada aluno deve ser autor, e leitor, de um texto (mas pode colaborar em quaisquer aspetos de realização, representação, de outro, que não seja o seu); para quem gosta de trabalhar em dupla a minha sugestão é que façam dois microfilmes (cada um deles com o seu autor-de-texto específico, podendo a realização ser de uma equipa).

exemplos de microfilmes autobiográficos feitos por alunos do décimo de há três anos (aqui: turmas 1, 3, 4, 6, 9) e uma seleção dos feitos por alunos de há sete anos (aqui). Aliás, em Gaveta de Nuvens é fácil encontrar ainda muitos outros filmes (sobre este e outros temas) e, pelo relance a comentários que escrevi sobre esses filmes, podem vocês aperceber-se de falhas a evitar ou dos méritos mais valorizados. É claro que não se devem deixar influenciar por modelos que forem vendo. Decerto terão agora ideias novas não menos inteligentes do que as destes colegas mais antigos.


Outras advertências úteis

É muito comum trazerem-me (ou enviarem-me) um ficheiro ainda de projeto (do Movie Maker; WLMP), em vez do ficheiro VWM. Ora um ficheiro do MM só é visível no vosso computador. É preciso fechar (concluir, editar) o projeto. É o ficheiro resultante que devem trazer/enviar.

Se usarem imagens fichas, evitem abusar de imagens googladas alusivas ao que se vai dizendo (exemplo: fala-se em nascimento, surge a imagem de um bebé qualquer; fala-se em praia, surge uma foto com mar; em amor, aparece um coração; etc.). Esta forma de ilustrar o nosso texto só nos desfoca do que está a ser dito.

Fujam às banalidades da expressão de quem responde a entrevistas para programas de televisão ou revistas cor de rosa («sou amigo do meu amigo»; «a família apoiar-me-á sempre»; «o meu maior defeito é a teimosia»; «tenho objetivos para cumprir e vou cumpri-los»; etc.).

Se houver algum som musical em fundo, vejam se não fica demasiado alto, impedindo a compreensão do que estejam a dizer.

Evitem inserir trechos musicais ou fílmicos com bastante extensão (creio que se costuma autorizar, por questão de direitos de autor, até vinte segundos de uma dada música).

Se houver dizeres escritos (títulos, legendas, referências, agradecimentos), vigiar a ortografia.

Folha com texto que se tenha escrito não é para me ser dada (embora eu também avalie a qualidade dessa redação, mas pelo que vier a ouvir apenas).

O nome do ficheiro pode incluir o nome por que são conhecidos e a turma, o que me facilitará bastante a vida no momento de ir organizando os trabalhos.  

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