Instruções para microfilme autobiográfico
O
objeto final pretendido é um microfilme
(ou, como alternativa aceitável, uma gravação
áudio embora vertida depois em ficheiro vídeo) de, no máximo, três minutos. Terá de ser
um relato de vivências,
experiências ou reflexões, verdadeiras ou fictícias (já sabemos que o narrador não tem de corresponder ao escritor), na 1.ª pessoa. Haverá um
texto — «em off» ou «em direto» —, criado
e dito pelo autor do microfilme.
Esse
texto oral — autobiográfico,
memorialístico, diarístico ou de autorretrato — deve percorrer
todo o filme, ou perto disso, e ser preparado (não se pretende um comentário
improvisado). Pode haver montagem ou não. Não é obrigatório que o microfilme
tenha personagens visíveis e, portanto, atores. Se tiver algum ator, pode este
nem ser o autor. Mas também pode o autor ser o próprio ator do seu microfilme
(é certo que assim seria mais difícil manejar a câmara, o que implicaria que
fosse um outro elemento a fazer a filmagem — note-se, porém, que o que define a
autoria do filme é a criação do texto que se ouvirá e as decisões sobre a
filmagem).
As
gravações devem ser entregues em ficheiro
VWM (ou WMV), MP4 ou equivalente. A forma ideal de
entrega é por correio eletrónico — luisprista@netcabo.pt
— mas confirmem que recebi o vosso mail (acuso sempre a receção, pelo que, se
nada disser, é que nada me chegou). Não descarto trazer para a aula, na semana
final do prazo, um computador próprio para nele irem depositando os ficheiros, embora
tenhamos de vigiar vírus. A data final é 24 de novembro (todas as turmas) mas até me
convinha que fossem enviando os trabalhos logo que os tivessem feito, mesmo
se antes deste prazo.
Depois,
colocarei as gravações numa secção de Gaveta
de Nuvens, onde ficará também um comentário com a avaliação do
trabalho. Como já disse, não convém que os trabalhos tenham muito mais de três minutos (e, acrescento agora, convinha
também que tivessem pelo menos uns dois
minutos).
Especificando melhor
algumas indicações que já ficaram em cima
Texto criado (qualidade da redação e criatividade em
geral) e forma de o dizer oralmente
é o fundamental. Note-se que trabalho é para treinar expressão oral formal; texto deve ser lido ou, pelo menos, ser de
um oral preparado, ensaiado (não, portanto, improvisadamente ou espontaneamente).
Não
são demasiado importantes aspetos técnicos, embora estes possam valorizar o resultado.
Prefere-se um filme propriamente dito,
mas não se rejeita um conjunto de
imagens fixas ou simples registo áudio (neste último caso, deve haver uma
única imagem que torne esse ficheiro áudio num ficheiro vídeo; se necessário,
explicarei como isso se faz no Movie Maker). Outras dificuldades que surjam — por
falta de recursos técnicos, por exemplo — vê-las-emos caso a caso e
encontraremos uma solução (creio que o CRE poderá ajudar).
Cada aluno deve ser autor, e leitor, de um texto (mas pode colaborar em quaisquer
aspetos de realização, representação, de outro, que não seja o seu); para quem
gosta de trabalhar em dupla a minha sugestão é que façam dois microfilmes (cada
um deles com o seu autor-de-texto específico, podendo a realização ser de uma
equipa).
Há
exemplos de microfilmes
autobiográficos feitos por alunos do décimo de há três anos (aqui: turmas 1, 3, 4, 6, 9)
e uma seleção dos feitos por alunos de há sete anos (aqui). Aliás, em Gaveta de Nuvens é fácil encontrar ainda muitos outros filmes
(sobre este e outros temas) e, pelo relance a comentários que escrevi sobre
esses filmes, podem vocês aperceber-se de falhas a evitar ou dos méritos mais
valorizados. É claro que não se devem deixar influenciar por modelos que forem
vendo. Decerto terão agora ideias novas não menos inteligentes do que as destes
colegas mais antigos.
Outras advertências úteis
É
muito comum trazerem-me (ou enviarem-me) um ficheiro ainda de projeto (do Movie
Maker; WLMP), em vez do ficheiro VWM. Ora um ficheiro do MM só é visível no
vosso computador. É preciso fechar (concluir, editar) o projeto. É o ficheiro
resultante que devem trazer/enviar.
Se
usarem imagens fichas, evitem abusar de imagens googladas alusivas ao que se
vai dizendo (exemplo: fala-se em nascimento, surge a imagem de um bebé
qualquer; fala-se em praia, surge uma foto com mar; em amor, aparece um
coração; etc.). Esta forma de ilustrar o nosso texto só nos desfoca do que
está a ser dito.
Fujam
às banalidades da expressão de quem responde a entrevistas para programas de
televisão ou revistas cor de rosa («sou amigo do meu amigo»; «a família
apoiar-me-á sempre»; «o meu maior defeito é a teimosia»; «tenho objetivos para
cumprir e vou cumpri-los»; etc.).
Se
houver algum som musical em fundo, vejam se não fica demasiado alto, impedindo a
compreensão do que estejam a dizer.
Evitem
inserir trechos musicais ou fílmicos com bastante extensão (creio que se costuma
autorizar, por questão de direitos de autor, até vinte segundos de uma dada
música).
Se
houver dizeres escritos (títulos, legendas, referências, agradecimentos),
vigiar a ortografia.
Folha
com texto que se tenha escrito não é para me ser dada (embora eu também avalie
a qualidade dessa redação, mas pelo que vier a ouvir apenas).
O
nome do ficheiro pode incluir o nome por que são conhecidos e a turma, o que me
facilitará bastante a vida no momento de ir organizando os trabalhos.
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