Microfilmes autobiográficos (10.º 5.ª)
Bea
G.
Bea G. (14,7) || Texto/Conceção
É um retrato/biografia muito completo, ilustrado e relatado com cuidado,
apoiado em bom arquivo (creio até que a meia dúzia de slides googlados era
desnecessária, bastaria alargar o tempo concedido às imagens originais). Uma
abordagem biográfica assim, do nascimento à atualidade, leva a um estilo de
escrita um tanto convencional, obrigado à referência aos vários momentos, mas a
autora sai-se bem dessa dificuldade, e o texto está bem escrito. A corrigir
apenas: «do ballet eu adorava» (do ballet gostava imenso/o ballet adorava-o);
«[aquele com...] e estou sempre satisfeita com a sua presença» [e com cuja
presença estou sempre satisfeita]. Expressão
oral Não há erros na leitura, embora ainda se note que o texto está «a ser
lido» (por vezes, sentimos a pontuação gráfica). Pequeno lapso de pronúncia em
«para o(s) comum(ns) dos mortais».
J.
Cabo
J. Cabo (13,6) || Texto/Conceção
Trechos de filme bem escolhidos — primeiro, Cabo aos dois ou três anos, já de
cachecol verde; depois, entrevisto, quase como por um observador exterior, não
pelo narrador autodiegético que ouvimos, em momentos religiosos. Texto tem bons
passos mas é demasiado curto, desperdiçando-se esta boa base de imagens (teria
sido fácil desenvolver uma descrição do ambiente das bancadas; ou a angústia
provocada pelas asneiras de Maurício; ou a irritação face a más decisões do rápido
Carrillo). Alguns erros de sintaxe: «E aos que não vou vejo em casa» [E àqueles
a que não vou vejo-os em casa]. Expressão
oral Leitura sem erros, mas talvez demasiado lenta (por faltar texto — que
falta mesmo). «Apoiá-lo» saiu pouco claro.
Patrícia
Patrícia (15,2) || Texto/Conceção
Fez bem a Patrícia em não se preocupar em conseguir rigorosa correspondência
entre imagens e texto. Fugiu também aos escolhos da biografia muito
calendarizada, socorrendo-se de traços de autorretrato (e da alusão mais
anárquica «lembro-me que). Montagem das imagens tem bom ritmo. A corrigir: «o
que me vinha pela frente» [o que me apareceria pela frente]; «as cócegas que
ainda hoje me repelem» [que me arrepiam? que eu gostaria de repelir]. Expressão oral Leitura sem tropeções (ou
sem hesitações notórias). Porém, sente-se a velocidade de quem está a ler para
outros (e por isso vai sempre um pouco mais rápido do que devia, sobretudo
quando nos aproximamos do fim). Valia a pena fazer mais pausas, definindo mais
as palavras.
Manel
Manel (16,8) || Texto/Conceção
Abordagem ficcional, embora entrecortada com referências (ou imagens) verídicas
(alguma coisa de realismo mágico, para ser eu simplista). Bom texto, tal como o
som de fundo. Ponto mais frágil: slides soltos de ilustração — que retiram
coerência ao formato restante, em filme. Em vez de «negatividade», proponho
«ceticismo», «pessimismo»; a corrigir: «as atividades banais [de] que mais
gosto». Expressão oral Leitura
bastante perfeita, embora o volume do som pareça baixo.
Catarina
Catarina (15,8) || Texto/Conceção
O foco foi sobretudo no próprio texto, mais reflexivo do que biográfico, que
está bem escrito e ficou bem emoldurado por música e vídeo (devidamente
citados; mérito aqui foi sobretudo o do bom gosto da seleção). Estratégia
simples, bom acabamento. A corrigir: «pequeneza» [pequenez]; «é tristemente
raro a frequência» 8é tristemente rara a frequência]; «existem pessoas [com] que
sei [que] posso sempre contar»; Expressão
oral Leitura boa, mas, aqui e ali, com demasiada «pontuação» (ocorre-me:
«e, na verdade,»). Também advogaria, por vezes, entoação mais expressiva («e que
preciosa família tenho!»). O passo «E virão a caminhar» saiu pouco claro.
Joana
Joana (16) || Texto/Conceção
Abordagem de relato autobiográfico, mais ou menos cronológica, que implica texto
um tanto condicionado pelos factos que se referem. Texto correto, ainda assim,
mesmo se constrangido por aquele formato. Interessante o elenco no final (e o
cuidado em citar a banda). Trata-se, com efeito, de trabalho concretizado com
rigor, bem acabado. Expressão oral
Muito boa leitura, pausada e perfeita.
Pedro
N.
Pedro N. (17) || Texto/Conceção
Escrita original que permitiu fugir ao relato autobiográfico estrito e
arrumado, sem deixar de haver referências subjetivas. Texto complexifica,
adensa, o que em outras situações nos surge puramente cronologizado. Tratamento
das imagens favorece essa estratégia, que considero bastante original. Bem
planeado tudo. Texto deixa passar um ou outro lugar comum, ainda assim. Expressão oral Leitura sem falhas, mas,
no último terço, abaixo da qualidade do texto (não foi aí tão calma, e fluente,
como poderia ter sido; houve demasiada pontuação oral: «e, ainda para mais,», por exemplo).
Tety
Tety (16) || Texto/Conceção
Foi boa ideia centrar o texto na máquina fotográfica (metáfora de «perspetiva»,
de «filtro» para refletir). Filme, por seu lado, é bom suporte da reflexão
sobre o papel da fotografia para a autora (como aliás também seriam decerto bom
suporte as próprias fotografias). Redação sempre correta. (Em vez de
«perfeições demonstradas», creio que era «perfeições mostradas».) Expressão oral Boa leitura, com a calma
devida (embora o volume ficasse mais baixo do que o da música introdutória e
final); só os últimos segundos ficaram um pouco menos claros. Aqui e ali, o
hábito — que é lisboeta, note-se — de se ser demasiado rápido nas vogais átonas.
Cláudia
Cláudia (16,7) || Texto/Conceção
Bom trabalho de arquivo, documental, variado (filmes e imagens fixas). Bom
texto, a conseguir escapar ao simples elenco de momentos cronológicos, porque
vai havendo reflexões sobre as próprias memórias (são as imagens que objetivam
a recordação, o texto, mais do que evocar o passado, dedica-se a refletir sobre
a memória e pode ser por isso mais complexo). A corrigir: «quando a realidade apoderava-se
lentamente» [quando a realidade se apoderava lentamente]; «ao contrário do presente,
[em] que estamos tão preocupados»; «onde a única...» [quando a única]. Expressão oral Boa leitura, quase sem
falhas, embora em estilo mais neutro (escolar) do que expressivo, o que foi
provavelmente até a estratégia correta.
Susana
Susana (17) || Texto/Conceção
Mais autorretrato do que autobiografia estrita, o filme consegue conjugar
música, texto e imagens sem que estes conflituem e, ao contrário, se avivem. Fica
já dito, portanto, que imagens e música foram bem escolhidas. Texto está bem
escrito, embora não seja complexo. Corrigir só: «das melhores coisas que me
aconteceu» [aconteceram]. Expressão oral
Muito boa leitura. Fez bem a Susana em imprimir certa expressividade à leitura
(que, neste caso, a música acentua positivamente).
Lucas
Lucas (16) || Texto/Conceção
Lucas adotou um formato que ainda não tinha surgido em outros trabalhos e que lhe
permitiu destacar os marcos mais importantes da sua biografia sem ficar
dependente do clássico álbum de imagens. Música bem escolhida também. Talvez
que os desenhos pudessem ter sido feitos a caneta, e grossa, já que os traços a
lápis não são sempre fáceis de ver (pelo menos, para os mais míopes). Texto é
assumidamente simples, como o de quem está a conversar, mas não notei erros de
linguagem. Expressão oral Eu pedira
um oral relativamente formal. No caso deste filme, aceita-se que a leitura
ideal seja a que simulasse certa espontaneidade (supõe-se que quem desenha vai
conversando, mesmo que esteja a ler efetivamente). Segundo esta bitola, a
expressão oral do Lucas foi bastante adequada.
Carolina
Carolina (15,3) || Texto/Conceção
Bom texto, em que a escrita não é de mero relato informativo e tem preocupações
estilísticas. Entre outros recursos, funciona bem a repetição de «lembro-me»,
para depois se aludir a episódios de infância recordados com evidente ternura
(a aula com medidas, a aula do chocolate e das gomas, mas também a neve gélida
e as Barbies). E não há erros de redação. Expressão
oral A leitura ganhava em ser mais pausada e, creio, mais ensaiada. A
pressa leva a algumas hesitações, também por falta de fôlego (embora esse
estilo imparável quase pudesse simular a importância dada ao turbilhão de
lembranças). Por vezes, houve demasiada pontuação (nem toda a pontuação gráfica
significa pausa na leitura em voz alta).
Ana
Ana (15) || Texto/Conceção
O trabalho da Ana assenta no relato de três episódios marcantes, embora se
percorram ainda outros momentos típicos das autobiografias (e dos álbuns de
recordações). O texto torna-se, por vezes, demasiado narrativo, o que é
consequência de se pretender contar com precisão aqueles exatos momentos
memoráveis (conselho: tentar apanhar só um pormenor, o incidente que simboliza
o resto). Está tudo muito documentado e tecnicamente bem acabado. Corrigiria: «Como
todas as pessoas, só algumas memórias da nossa infância ficam guardadas» [como
acontece com todas as pessoas, só guardei algumas memórias da minha infância]; «Um
dos sonhos que sempre tive» [tivera] Expressão
oral A leitura está muito definida, sempre clara. Há um momento em que há «pontuação»
a mais («e, ao entrar no quarto,»).
Amy
Amy (13) || Texto/Conceção
A Amy centra-se num seu gosto, atividade, desporto (a equitação) e faz as suas
reflexões quanto a esta parte apenas da sua biografia e vivências. A solução é
boa, embora devesse haver muito mais redação (nas instruções, pedira pelo menos
dois minutos: o filme ficou com menos do que isso e há bastante espaço sem voz).
O texto é muito simples mas não tem erros. Bom acabamento técnico (embora a
música, em certo momento, pareça obrigar a que ação saia do picadeiro e se
avance por essas pradarias). Expressão
oral A leitura terá sido demasiado pausada (em geral, tendemos a ir mais
rápido do que devemos; neste caso, talvez dada a falta de texto, foi-se
excessivamente lento). Por outro lado, essa demora permitiu que não houvesse
tropeções, o que se deve elogiar.
Beatriz
R.
Beatriz R. (15,5) || Texto/Conceção
Através de filme faz-se o relato de um dia da autora. Como imagens estão bem
organizadas, tudo está bem documentado, a narração pode ser relativamente leve.
O texto dito, por vezes, é um pouco convencional, mas não tem erros. Expressão oral Geralmente, no tom certo;
só aqui e ali quase um pouco veloz.
Maria
Maria (16) || Texto/Conceção
Texto, sem ser muito complexo, também não cai (ou não cai demasiado) nos
lugares comuns típicos destes relatos autobiográficos. Corrigir «chamava de
mãe» («chamava mãe»). Boa coerência entre imagens e estilo destas e o próprio
texto. Expressão oral Leitura
bastante clara e reveladora de boa capacidade de ler em voz alta (só um ou dois
casos de pontuação excessiva, a seguir a «e»).
Capela
Capela (13,8) || Texto/Conceção
Formato escolhido é dos mais simples (reconheçamos: talvez mesmo demasiado
simples, embore resulte e seja trabalho asseado). Texto correto em estilo
agradável (com momentos até de ironia). Pareceu-me ouvir «prendas que eu tanto
gosto», sem o «de», mas não estou seguro disso; também desconfio de «ambos
eles» (parece arcaico); em vez de «se bem que há...», seria «se bem que haja». Expressão oral Leitura em voz alta
bastante boa («que me acaba por me incomodar» será repetição por lapso de
oralidade ou de escrita?»), embora a captação de som não tenha sido
virtuosíssima.
Diogo
Diogo (16) || Texto/Conceção
Formato original, que beneficia muito o trabalho. Também o acabamento mostra
que o Diogo domina com efeito estas artes de informática. Texto adota registo talvez
demasiado simples, quase coloquial (por exemplo, veja-se a repetição de «ter
para contar» no final; e mais do que um «adoro», e os verbos sempre muito
simples). Não há erros (no entanto, «contar uma autobiografia» não é aceitável:
seria «fazer...». Expressão oral Leitura
sem erros, clara, mas, aparentemente, não muito ensaiada (sentimos que o texto
ainda está a ser lido, reconhecido não de longa data).
Gonçalo
S.
Gonçalo S. (16) || Texto/Conceção
Tenho de confessar que este formato de filmes autobiográficos (cronológicos,
digamos, ou de álbum) me contraria, até porque implica uma série de lugares
comuns, de tópicos, que acabam por se repetir de filme para filme. Mas o Gonçalo
não tem culpa disso. Dentro deste formato, conseguiu o autor quase a perfeição (mas,
repito, sempre com os lugares comuns do género). Vê-se que houve muita
planificação, trabalho, ensaio e técnica. Texto correto, apesar do estilo bem
comportado de que falei. Correção: «acolhimento para com os mais próximos» não
soa bem (dos mais próximos). Expressão
oral Também leitura muito eficiente, conseguindo-se dar expressividade
(embora sempre uma expressividade «escolar») a um tipo de texto em que ela não
é assim tão fácil.
João
João (14,5) || Texto/Conceção
Relativamente original, embora se ponha o problema de decidir se se cumpriu a
formalidade no oral que eu pedira. O João parece estar a improvisar mas haverá,
creio, um texto ou guião (por vezes, percebe-se a hesitação: será melhor falar
livremente ou relancear o que estava previsto?). A segunda parte traz um ritmo
e vivacidade que se justapõe bem ao monólogo inicial. Resulta disto um objeto
que funciona bem, mesmo se empecilhando os parâmetros que eu definira. Expressão
oral Também aqui é difícil usar a bitola comum. Em todo o caso há algumas
hesitações na expressão oral (seja espontânea seja guiado pelo escrito), ao
lado de passos razoavelmente seguros.
Leonor
Leonor (15,8) || Texto/Conceção
Traz muitas vantagens as imagens «de álbum» serem percorridas mesmo em álbum,
filmado. Também a música acompanha bem o relato autobiográfico. Texto consegue
fugir, quase sempre, aos lugares comuns deste formato, mas, por vezes, também
neles cai. No entanto, também momentos de ironia e de redação com certa
sofisticação. Corrigir: «[de ou com] muitos
amigos que aqui fiz perdi o contacto»; «para o quão pequeno(s) os obstáculos
eram» também me parece reformulável (o «quão» é sempre demasiado pomposo aliás).
Expressão oral Boa leitura (no final
há algumas hesitações, que têm que ver com o texto ter aí sintaxe complexa).
Tomás
Tomás (14,5) || Texto/Conceção
Neste filme surgem recursos bastante impressivos. Toda a montagem das imagens
mostra também que o Tomás tem arquivo rico e domínio técnico. Foi boa solução centrar
a abordagem nas atividades marítimas/desportivas do autor. O texto é talvez
demasiado linear, de relato de quem conta quase informalmente (e com certo
vocabulário específico), mas não terá incorreções. Expressão oral Nesta área ainda eram precisos mais ensaios, embora
já se tenha chegado a um resultado aceitável.
Rita
Rita (16) || Texto/Conceção
Relata-se um dia da autora. Realização, em termos de filmagem e montagem, muito
perfeita. Texto não é ambicioso (e é relativamente curto, substituído muitas
vezes por imagens, que só pontualmente se comentam), mas é seguro e correto (e
não se impõe demasiado, não contende com o resto). Expressão oral Boa leitura da Rita, com a entoação e velocidade
adequadas.
Bea S.
Bea S. (14,5) || Texto/Conceção
Parte-se de um documento real, um jogo em que participa a autora, que não o irá
relatar mas antes comentar a sua vivência do desporto em causa. Texto está
correto, embora um pouco fundado nos lugares comuns do jargão das entrevistas
de desportistas. Final é interessante, porque há como que a confluência de cenário
e de espaço da enunciação. Expressão
oral Creio que a leitura poderia ter sido menos uniforme (a de quem está a
ler mais do que a representar). Haveria que ir alternando mais as entoações e os
estilos.
Ariel
Ariel (12,5) || Texto/Conceção
A Ariel fez uma breve autobiografia-retrato, acampanhada de imagens suas e de
música também por si escolhida, revelando já razoável destreza técnica. Não há
erros no texto, mas poder-se-ia ter desenvolvido mais o relato. Embora o filme tenha
quase quatro minutos, a duração do texto propriamente dito não chega aos dois
minutos. E era relativamente fácil rechear com mais descrições/factos as linhas
gerais da biografia que nos é apresentada. Também no acabamento se pode ainda
evoluir: por exemplo, dar um título (que não fosse o que estava atribuído à
partida pelo programa, o originalíssimo «O meu filme») ou preencher a parte de
«realização de...». Expressão oral Não
há incorreções, mas a partir do primeiro minuto a leitura em voz alta parece
oscilar entre a leitura e a expressão improvisada, como se o texto não
estivesse completamente definido e por isso se hesitasse. Esse estilo até pode
dizer-se que torna o filme mais natural, como numa conversa espontânea, mas não
era essa a regra combinada (oralidade deveria ser formal).
Sam
Sam (13) || Texto/Conceção
Há boa escrita (três exemplos: «a minha inspiração na vida são as mulheres que
me criaram»; «com o meu avô sonhei com as possibilidades do futuro e com as
aventuras do passado»; também a frase de fecho do filme está bem redigida) e
escolha cuidadosa das imagens, bem coordenadas com o texto. É verdade que aparece
um ou outro coloquialismo desnecessário («esteve lá para mim» [seria:
«apoiou-me»]). Foi pena que a Sam não tivesse desenvolvido mais o texto
(atingiu-se só um minuto quando o mínimo estipulado eram dois minutos), embora
haja a atenuante de o seu estilo ser sintético e eficaz. Expressão oral Geralmente há bastante clareza, mas vê-se que a
leitura em voz alta podia ter sido repetida ou mais ensaiada (logo no início, a
seguir a «Nasci» há uma pausa indevida; depois, cerca de «areias movediças»
também surgem algumas hesitações).
J. Tavares
J. Tavares (12) || Texto/Conceção
«A minha história» é uma autobiografia que nos vai sendo apresentada sobretudo
ao sabor das imagens (o texto funciona como série de legendas, no fundo). Essa
solução, de o autor se focar em poucos momentos importantes ilustrados pelas
imagens, resulta bem, porque fotografias e momentos selecionados são
interessantes e porque a biografia do João tem algumas circunstâncias originais.
O estilo é leve, a abordagem revela sensibilidade, cria empatia. Porém, haveria
muitos aspetos linguísticos a corrigir, quase sempre relacionados com «palavras
relativas» («onde», «no qual», etc.): «muitos sítios fixes onde não pude
visitar» («muitos sítios fixes que não pude visitar»; «muitos sítios fixes onde
não pude ir»); «três sítios dos quais adorei visitar com a minha família»
(«três sítios que adorei visitar com a minha família»); «a Serra da Estrela
onde, obviamente, não me esquecerei» («a Serra da Estrela de que, obviamente,
não me esquecerei»); «santuário de Fátima, onde todos os anos não falta» («santuário
de Fátima, que visitamos todos os anos»); etc. Expressão oral Adotou-se um estilo informal — quase improvisado,
pareceu-me — que não era o que estava indicado para este trabalho. Assim, não
se pode aferir facilmente a leitura em voz alta. Devo reconhecer que este
estilo espontâneo tem as suas vantagens — vivacidade e naturalidade —, mas permite
que surjam muitos erros (como os que citei em cima) e alguns bordões
(«obviamente», por exemplo).
Gonçalo P.
Gonçalo P.
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