Sunday, September 07, 2014

Microfilmes autobiográficos (10.º 5.ª)


 

Bea G.



Bea G. (14,7) || Texto/Conceção É um retrato/biografia muito completo, ilustrado e relatado com cuidado, apoiado em bom arquivo (creio até que a meia dúzia de slides googlados era desnecessária, bastaria alargar o tempo concedido às imagens originais). Uma abordagem biográfica assim, do nascimento à atualidade, leva a um estilo de escrita um tanto convencional, obrigado à referência aos vários momentos, mas a autora sai-se bem dessa dificuldade, e o texto está bem escrito. A corrigir apenas: «do ballet eu adorava» (do ballet gostava imenso/o ballet adorava-o); «[aquele com...] e estou sempre satisfeita com a sua presença» [e com cuja presença estou sempre satisfeita]. Expressão oral Não há erros na leitura, embora ainda se note que o texto está «a ser lido» (por vezes, sentimos a pontuação gráfica). Pequeno lapso de pronúncia em «para o(s) comum(ns) dos mortais».

 

J. Cabo



J. Cabo (13,6) || Texto/Conceção Trechos de filme bem escolhidos — primeiro, Cabo aos dois ou três anos, já de cachecol verde; depois, entrevisto, quase como por um observador exterior, não pelo narrador autodiegético que ouvimos, em momentos religiosos. Texto tem bons passos mas é demasiado curto, desperdiçando-se esta boa base de imagens (teria sido fácil desenvolver uma descrição do ambiente das bancadas; ou a angústia provocada pelas asneiras de Maurício; ou a irritação face a más decisões do rápido Carrillo). Alguns erros de sintaxe: «E aos que não vou vejo em casa» [E àqueles a que não vou vejo-os em casa]. Expressão oral Leitura sem erros, mas talvez demasiado lenta (por faltar texto — que falta mesmo). «Apoiá-lo» saiu pouco claro.

 

Patrícia



Patrícia (15,2) || Texto/Conceção Fez bem a Patrícia em não se preocupar em conseguir rigorosa correspondência entre imagens e texto. Fugiu também aos escolhos da biografia muito calendarizada, socorrendo-se de traços de autorretrato (e da alusão mais anárquica «lembro-me que). Montagem das imagens tem bom ritmo. A corrigir: «o que me vinha pela frente» [o que me apareceria pela frente]; «as cócegas que ainda hoje me repelem» [que me arrepiam? que eu gostaria de repelir]. Expressão oral Leitura sem tropeções (ou sem hesitações notórias). Porém, sente-se a velocidade de quem está a ler para outros (e por isso vai sempre um pouco mais rápido do que devia, sobretudo quando nos aproximamos do fim). Valia a pena fazer mais pausas, definindo mais as palavras.

 

Manel



Manel (16,8) || Texto/Conceção Abordagem ficcional, embora entrecortada com referências (ou imagens) verídicas (alguma coisa de realismo mágico, para ser eu simplista). Bom texto, tal como o som de fundo. Ponto mais frágil: slides soltos de ilustração — que retiram coerência ao formato restante, em filme. Em vez de «negatividade», proponho «ceticismo», «pessimismo»; a corrigir: «as atividades banais [de] que mais gosto». Expressão oral Leitura bastante perfeita, embora o volume do som pareça baixo.

 

Catarina



Catarina (15,8) || Texto/Conceção O foco foi sobretudo no próprio texto, mais reflexivo do que biográfico, que está bem escrito e ficou bem emoldurado por música e vídeo (devidamente citados; mérito aqui foi sobretudo o do bom gosto da seleção). Estratégia simples, bom acabamento. A corrigir: «pequeneza» [pequenez]; «é tristemente raro a frequência» 8é tristemente rara a frequência]; «existem pessoas [com] que sei [que] posso sempre contar»;   Expressão oral Leitura boa, mas, aqui e ali, com demasiada «pontuação» (ocorre-me: «e, na verdade,»). Também advogaria, por vezes, entoação mais expressiva («e que preciosa família tenho!»). O passo «E virão a caminhar» saiu pouco claro.

 

Joana



Joana (16) || Texto/Conceção Abordagem de relato autobiográfico, mais ou menos cronológica, que implica texto um tanto condicionado pelos factos que se referem. Texto correto, ainda assim, mesmo se constrangido por aquele formato. Interessante o elenco no final (e o cuidado em citar a banda). Trata-se, com efeito, de trabalho concretizado com rigor, bem acabado. Expressão oral Muito boa leitura, pausada e perfeita.

 

Pedro N.



Pedro N. (17) || Texto/Conceção Escrita original que permitiu fugir ao relato autobiográfico estrito e arrumado, sem deixar de haver referências subjetivas. Texto complexifica, adensa, o que em outras situações nos surge puramente cronologizado. Tratamento das imagens favorece essa estratégia, que considero bastante original. Bem planeado tudo. Texto deixa passar um ou outro lugar comum, ainda assim. Expressão oral Leitura sem falhas, mas, no último terço, abaixo da qualidade do texto (não foi aí tão calma, e fluente, como poderia ter sido; houve demasiada pontuação oral: «e, ainda para mais,», por exemplo).

 

Tety



Tety (16) || Texto/Conceção Foi boa ideia centrar o texto na máquina fotográfica (metáfora de «perspetiva», de «filtro» para refletir). Filme, por seu lado, é bom suporte da reflexão sobre o papel da fotografia para a autora (como aliás também seriam decerto bom suporte as próprias fotografias). Redação sempre correta. (Em vez de «perfeições demonstradas», creio que era «perfeições mostradas».) Expressão oral Boa leitura, com a calma devida (embora o volume ficasse mais baixo do que o da música introdutória e final); só os últimos segundos ficaram um pouco menos claros. Aqui e ali, o hábito — que é lisboeta, note-se — de se ser demasiado rápido nas vogais átonas.

 

Cláudia



Cláudia (16,7) || Texto/Conceção Bom trabalho de arquivo, documental, variado (filmes e imagens fixas). Bom texto, a conseguir escapar ao simples elenco de momentos cronológicos, porque vai havendo reflexões sobre as próprias memórias (são as imagens que objetivam a recordação, o texto, mais do que evocar o passado, dedica-se a refletir sobre a memória e pode ser por isso mais complexo). A corrigir: «quando a realidade apoderava-se lentamente» [quando a realidade se apoderava lentamente]; «ao contrário do presente, [em] que estamos tão preocupados»; «onde a única...» [quando a única]. Expressão oral Boa leitura, quase sem falhas, embora em estilo mais neutro (escolar) do que expressivo, o que foi provavelmente até a estratégia correta.

 

Susana



Susana (17) || Texto/Conceção Mais autorretrato do que autobiografia estrita, o filme consegue conjugar música, texto e imagens sem que estes conflituem e, ao contrário, se avivem. Fica já dito, portanto, que imagens e música foram bem escolhidas. Texto está bem escrito, embora não seja complexo. Corrigir só: «das melhores coisas que me aconteceu» [aconteceram]. Expressão oral Muito boa leitura. Fez bem a Susana em imprimir certa expressividade à leitura (que, neste caso, a música acentua positivamente).

 

Lucas



Lucas (16) || Texto/Conceção Lucas adotou um formato que ainda não tinha surgido em outros trabalhos e que lhe permitiu destacar os marcos mais importantes da sua biografia sem ficar dependente do clássico álbum de imagens. Música bem escolhida também. Talvez que os desenhos pudessem ter sido feitos a caneta, e grossa, já que os traços a lápis não são sempre fáceis de ver (pelo menos, para os mais míopes). Texto é assumidamente simples, como o de quem está a conversar, mas não notei erros de linguagem. Expressão oral Eu pedira um oral relativamente formal. No caso deste filme, aceita-se que a leitura ideal seja a que simulasse certa espontaneidade (supõe-se que quem desenha vai conversando, mesmo que esteja a ler efetivamente). Segundo esta bitola, a expressão oral do Lucas foi bastante adequada.

 

Carolina



Carolina (15,3) || Texto/Conceção Bom texto, em que a escrita não é de mero relato informativo e tem preocupações estilísticas. Entre outros recursos, funciona bem a repetição de «lembro-me», para depois se aludir a episódios de infância recordados com evidente ternura (a aula com medidas, a aula do chocolate e das gomas, mas também a neve gélida e as Barbies). E não há erros de redação. Expressão oral A leitura ganhava em ser mais pausada e, creio, mais ensaiada. A pressa leva a algumas hesitações, também por falta de fôlego (embora esse estilo imparável quase pudesse simular a importância dada ao turbilhão de lembranças). Por vezes, houve demasiada pontuação (nem toda a pontuação gráfica significa pausa na leitura em voz alta).

 

Ana



Ana (15) || Texto/Conceção O trabalho da Ana assenta no relato de três episódios marcantes, embora se percorram ainda outros momentos típicos das autobiografias (e dos álbuns de recordações). O texto torna-se, por vezes, demasiado narrativo, o que é consequência de se pretender contar com precisão aqueles exatos momentos memoráveis (conselho: tentar apanhar só um pormenor, o incidente que simboliza o resto). Está tudo muito documentado e tecnicamente bem acabado. Corrigiria: «Como todas as pessoas, só algumas memórias da nossa infância ficam guardadas» [como acontece com todas as pessoas, só guardei algumas memórias da minha infância]; «Um dos sonhos que sempre tive» [tivera] Expressão oral A leitura está muito definida, sempre clara. Há um momento em que há «pontuação» a mais («e, ao entrar no quarto,»).

 

Amy



Amy (13) || Texto/Conceção A Amy centra-se num seu gosto, atividade, desporto (a equitação) e faz as suas reflexões quanto a esta parte apenas da sua biografia e vivências. A solução é boa, embora devesse haver muito mais redação (nas instruções, pedira pelo menos dois minutos: o filme ficou com menos do que isso e há bastante espaço sem voz). O texto é muito simples mas não tem erros. Bom acabamento técnico (embora a música, em certo momento, pareça obrigar a que ação saia do picadeiro e se avance por essas pradarias). Expressão oral A leitura terá sido demasiado pausada (em geral, tendemos a ir mais rápido do que devemos; neste caso, talvez dada a falta de texto, foi-se excessivamente lento). Por outro lado, essa demora permitiu que não houvesse tropeções, o que se deve elogiar.

 

Beatriz R.



Beatriz R. (15,5) || Texto/Conceção Através de filme faz-se o relato de um dia da autora. Como imagens estão bem organizadas, tudo está bem documentado, a narração pode ser relativamente leve. O texto dito, por vezes, é um pouco convencional, mas não tem erros. Expressão oral Geralmente, no tom certo; só aqui e ali quase um pouco veloz.

 

Maria



Maria (16) || Texto/Conceção Texto, sem ser muito complexo, também não cai (ou não cai demasiado) nos lugares comuns típicos destes relatos autobiográficos. Corrigir «chamava de mãe» («chamava mãe»). Boa coerência entre imagens e estilo destas e o próprio texto. Expressão oral Leitura bastante clara e reveladora de boa capacidade de ler em voz alta (só um ou dois casos de pontuação excessiva, a seguir a «e»).

 

Capela



Capela (13,8) || Texto/Conceção Formato escolhido é dos mais simples (reconheçamos: talvez mesmo demasiado simples, embore resulte e seja trabalho asseado). Texto correto em estilo agradável (com momentos até de ironia). Pareceu-me ouvir «prendas que eu tanto gosto», sem o «de», mas não estou seguro disso; também desconfio de «ambos eles» (parece arcaico); em vez de «se bem que há...», seria «se bem que haja». Expressão oral Leitura em voz alta bastante boa («que me acaba por me incomodar» será repetição por lapso de oralidade ou de escrita?»), embora a captação de som não tenha sido virtuosíssima.

 

Diogo



Diogo (16) || Texto/Conceção Formato original, que beneficia muito o trabalho. Também o acabamento mostra que o Diogo domina com efeito estas artes de informática. Texto adota registo talvez demasiado simples, quase coloquial (por exemplo, veja-se a repetição de «ter para contar» no final; e mais do que um «adoro», e os verbos sempre muito simples). Não há erros (no entanto, «contar uma autobiografia» não é aceitável: seria «fazer...». Expressão oral Leitura sem erros, clara, mas, aparentemente, não muito ensaiada (sentimos que o texto ainda está a ser lido, reconhecido não de longa data).

 

Gonçalo S.



Gonçalo S. (16) || Texto/Conceção Tenho de confessar que este formato de filmes autobiográficos (cronológicos, digamos, ou de álbum) me contraria, até porque implica uma série de lugares comuns, de tópicos, que acabam por se repetir de filme para filme. Mas o Gonçalo não tem culpa disso. Dentro deste formato, conseguiu o autor quase a perfeição (mas, repito, sempre com os lugares comuns do género). Vê-se que houve muita planificação, trabalho, ensaio e técnica. Texto correto, apesar do estilo bem comportado de que falei. Correção: «acolhimento para com os mais próximos» não soa bem (dos mais próximos). Expressão oral Também leitura muito eficiente, conseguindo-se dar expressividade (embora sempre uma expressividade «escolar») a um tipo de texto em que ela não é assim tão fácil.

 

João



João (14,5) || Texto/Conceção Relativamente original, embora se ponha o problema de decidir se se cumpriu a formalidade no oral que eu pedira. O João parece estar a improvisar mas haverá, creio, um texto ou guião (por vezes, percebe-se a hesitação: será melhor falar livremente ou relancear o que estava previsto?). A segunda parte traz um ritmo e vivacidade que se justapõe bem ao monólogo inicial. Resulta disto um objeto que funciona bem, mesmo se empecilhando os parâmetros que eu  definira. Expressão oral Também aqui é difícil usar a bitola comum. Em todo o caso há algumas hesitações na expressão oral (seja espontânea seja guiado pelo escrito), ao lado de passos razoavelmente seguros.

 

Leonor



Leonor (15,8) || Texto/Conceção Traz muitas vantagens as imagens «de álbum» serem percorridas mesmo em álbum, filmado. Também a música acompanha bem o relato autobiográfico. Texto consegue fugir, quase sempre, aos lugares comuns deste formato, mas, por vezes, também neles cai. No entanto, também momentos de ironia e de redação com certa sofisticação. Corrigir: «[de ou com] muitos amigos que aqui fiz perdi o contacto»; «para o quão pequeno(s) os obstáculos eram» também me parece reformulável (o «quão» é sempre demasiado pomposo aliás). Expressão oral Boa leitura (no final há algumas hesitações, que têm que ver com o texto ter aí sintaxe complexa).

 

Tomás



Tomás (14,5) || Texto/Conceção Neste filme surgem recursos bastante impressivos. Toda a montagem das imagens mostra também que o Tomás tem arquivo rico e domínio técnico. Foi boa solução centrar a abordagem nas atividades marítimas/desportivas do autor. O texto é talvez demasiado linear, de relato de quem conta quase informalmente (e com certo vocabulário específico), mas não terá incorreções. Expressão oral Nesta área ainda eram precisos mais ensaios, embora já se tenha chegado a um resultado aceitável.

 

Rita



Rita (16) || Texto/Conceção Relata-se um dia da autora. Realização, em termos de filmagem e montagem, muito perfeita. Texto não é ambicioso (e é relativamente curto, substituído muitas vezes por imagens, que só pontualmente se comentam), mas é seguro e correto (e não se impõe demasiado, não contende com o resto). Expressão oral Boa leitura da Rita, com a entoação e velocidade adequadas.

 


Bea S.





Bea S. (14,5) || Texto/Conceção Parte-se de um documento real, um jogo em que participa a autora, que não o irá relatar mas antes comentar a sua vivência do desporto em causa. Texto está correto, embora um pouco fundado nos lugares comuns do jargão das entrevistas de desportistas. Final é interessante, porque há como que a confluência de cenário e de espaço da enunciação. Expressão oral Creio que a leitura poderia ter sido menos uniforme (a de quem está a ler mais do que a representar). Haveria que ir alternando mais as entoações e os estilos.


 




Ariel





Ariel (12,5) || Texto/Conceção A Ariel fez uma breve autobiografia-retrato, acampanhada de imagens suas e de música também por si escolhida, revelando já razoável destreza técnica. Não há erros no texto, mas poder-se-ia ter desenvolvido mais o relato. Embora o filme tenha quase quatro minutos, a duração do texto propriamente dito não chega aos dois minutos. E era relativamente fácil rechear com mais descrições/factos as linhas gerais da biografia que nos é apresentada. Também no acabamento se pode ainda evoluir: por exemplo, dar um título (que não fosse o que estava atribuído à partida pelo programa, o originalíssimo «O meu filme») ou preencher a parte de «realização de...». Expressão oral Não há incorreções, mas a partir do primeiro minuto a leitura em voz alta parece oscilar entre a leitura e a expressão improvisada, como se o texto não estivesse completamente definido e por isso se hesitasse. Esse estilo até pode dizer-se que torna o filme mais natural, como numa conversa espontânea, mas não era essa a regra combinada (oralidade deveria ser formal).


 


Sam



Sam (13) || Texto/Conceção Há boa escrita (três exemplos: «a minha inspiração na vida são as mulheres que me criaram»; «com o meu avô sonhei com as possibilidades do futuro e com as aventuras do passado»; também a frase de fecho do filme está bem redigida) e escolha cuidadosa das imagens, bem coordenadas com o texto. É verdade que aparece um ou outro coloquialismo desnecessário («esteve lá para mim» [seria: «apoiou-me»]). Foi pena que a Sam não tivesse desenvolvido mais o texto (atingiu-se só um minuto quando o mínimo estipulado eram dois minutos), embora haja a atenuante de o seu estilo ser sintético e eficaz. Expressão oral Geralmente há bastante clareza, mas vê-se que a leitura em voz alta podia ter sido repetida ou mais ensaiada (logo no início, a seguir a «Nasci» há uma pausa indevida; depois, cerca de «areias movediças» também surgem algumas hesitações).

 


J. Tavares





J. Tavares  (12) || Texto/Conceção «A minha história» é uma autobiografia que nos vai sendo apresentada sobretudo ao sabor das imagens (o texto funciona como série de legendas, no fundo). Essa solução, de o autor se focar em poucos momentos importantes ilustrados pelas imagens, resulta bem, porque fotografias e momentos selecionados são interessantes e porque a biografia do João tem algumas circunstâncias originais. O estilo é leve, a abordagem revela sensibilidade, cria empatia. Porém, haveria muitos aspetos linguísticos a corrigir, quase sempre relacionados com «palavras relativas» («onde», «no qual», etc.): «muitos sítios fixes onde não pude visitar» («muitos sítios fixes que não pude visitar»; «muitos sítios fixes onde não pude ir»); «três sítios dos quais adorei visitar com a minha família» («três sítios que adorei visitar com a minha família»); «a Serra da Estrela onde, obviamente, não me esquecerei» («a Serra da Estrela de que, obviamente, não me esquecerei»); «santuário de Fátima, onde todos os anos não falta» («santuário de Fátima, que visitamos todos os anos»); etc. Expressão oral Adotou-se um estilo informal — quase improvisado, pareceu-me — que não era o que estava indicado para este trabalho. Assim, não se pode aferir facilmente a leitura em voz alta. Devo reconhecer que este estilo espontâneo tem as suas vantagens — vivacidade e naturalidade —, mas permite que surjam muitos erros (como os que citei em cima) e alguns bordões («obviamente», por exemplo).

 


Gonçalo P.


Gonçalo P.

 

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