Os Maias 9
Sara
(11.º 9.ª)
Sara
(Bom +) Pontos fortes Situação criada
(recuperação de página de um diário antigo na atualidade), idealização de formato
radiofónico (o que implica a atualidade). Redação e leitura sem falhas.
Limpeza, simplicidade, perfeição, do todo a que se chegou, embora se pudesse
arriscar maior aproveitamento da situação de programa radiofónico (o que, é
certo, exigiria recursos de som mais sofisticados). Aspetos melhoráveis. Leitura e grafia de «Rúbrica» deveria ser
«Rubrica», embora seja este um erro que já está quase instalado (e, portanto,
dentro de pouco tempo vá deixar de ser erro). Evitaria usar a figura de Carlos extraída
da telenovela brasileira (há uma certa menorização da obra de Eça ao
recorrermos a trechos ou imagens da adaptação a filme: para nós, o Carlos é uma
personagem que não tem de ficar fixada por uma destas imagens).
Miguel T. & Pedro S. (11.º 6.ª)
Pedro S. & Miguel T.
(Muito Bom) Pontos
fortes Conhecimento linguístico, sociolinguístico aliás, que permitiu que os
autores conseguissem transpor, para uma linguagem verosímil, levemente
caricatural, as peripécias do capítulo em causa (do XIX para um contexto
circunscrito do XXI). Há também conhecimento social, é claro, e inteligência,
mas é mais relevante a primeira competência que enunciei. Ritmo (que advém das
cenas criadas, dos separadores e transições, do cenário único, do minimalismo
dos adereços, da música, da perfeita montagem). Excelente texto. Muito boas
representações (no caso de Pedro nem se chega a perceber a fronteira entre a
criação textual e a representação). Grafismo (e, paralelamente, sensibilidade
também para o trabalho com o som). Bom acabamento de tudo. Aspetos melhoráveis. Última «didascália» passa demasiado rápida.
Pedro A. (11.º 3.ª)
Pedro A. (Suficiente (-)) Pontos fortes Há?
(Desculpa-me, Pedro, mas isto está bastante feito sobre o joelho, não está?)
Não há erros de escrita, embora o registo seja bastante, demasiado, corrente. Aspetos melhoráveis Leitura em voz alta
está pouco clara (em parte pela velocidade — houve ensaios ?—, em parte pelo
som não estar, em termos técnicos, suficientemente cuidado). Texto parece excessivamente
narrativo, justaposição de pequenas peripécias (não fica claro qual é o género
pretendido, mas creio que se desaproveita a possibilidade de acrescentar matéria
original ao texto-fonte); discurso foi pouco cuidado (por exemplo, quantos
«estes», «ele», não eram dispensáveis?). Extensão curta (1.32) e final abrupto.
Evitaria usar como imagem os fotogramas da telenovela brasileira.
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