Os Maias 5
Lara
& Tiago (11.º 6.ª)
Tiago & Lara (Bom-/Suf+) Pontos fortes Não há erros na leitura em
voz alta, embora a de Lara me parecesse pouco apropriada à Gouvarinho como a
imagino eu, por demasiado arrastada e enfática (mas é um pouco subjetivo isto
que estou a dizer); a leitura de Tiago está em ritmo mais ligeiro, e até
excessivamente rápido num único momento, aos 2.10, denotanto maior facilidade
(ainda que haja um quase «conde[n]sa», por «condessa», aos nove segundos). Textos
criados são verosímeis e integram-se bem no contexto do capítulo. Aspetos melhoráveis Sintaxe com
problemas (e trechos precipitados, usando-se estruturas que não se dominam bem):
«Vossa Excelência, Senhor Maia, desde que o vi em Paris que a minha memória não
me permite ter descanso» (tinha de se retomar «o» ou o vocativo); «me fazem
deixar de lado» (0.30) (fazem-me); «entregar-me na tentação» (entregar-me à
tentação); «bem sei o quão é errado» (bem sei como é errado) [em aula já lhes
pedi tantas vezes que evitassem o piroso «quão»]; «esta corrente que me emerge»
(que me submerge?); «exercem em mim algo de eloquente» (?); «que cuidado algum
ter para com a minha pessoa» (?) «que me apoquenta e faz-me infeliz» (que me
apoquenta e me faz infeliz); «sem moralidade e sem valor algum lhe peço»
(porquê ‘sem valor algum’?); «a minha vontade e o meu de desejo de a conhecer
diminuiu» (diminuíram); «como um botão de rosa que brota em si mesmo» (?). O
trabalho parece-me pouco ambicioso (extensão é relativamente curta,
considerando que se trata de trabalho em dupla; slides são preguiçosos, tirados
da net e em inglês).
Beatriz (11.º 4.ª) & Carlota (11.º 9.ª)
Beatriz & Carlota (Bom -) Pontos fortes Consegue imitar-se bastante
razoavelmente o ritmo de um trailer (mas mais no filme, e na música, do que no
som do texto: creio que a leitura em voz alta de um trailer exige mais
convição). Ideia da convocação de vários colegas a figurarem como personagens
no trailer é boa (mas poderia ser mais aproveitada até: se cada um tivesse
algum sinal que o identificasse, mesmo metaforicamente, com o papel em causa:
D. Diogo com artefactos relacionáveis com um português castiço, talvez uma
viola; Carlos e algum utensílio médico; etc.). Aspetos melhoráveis Redação foi pouco pensada em termos de género
específico (aproveita-se muito do que está na obra e em resumos, não chega a
haver reeescrita pensada em função do trailer); a parte final, sobretudo, foi
pouco preparada em função do formato que se escolheu. Ambas as autoras são
capazes de leituras melhores (embora não houvesse erros clamorosos). Tendo em
conta que se tratava de trabalho em dupla, esperava uma extensão um pouco
maior. «*A quem as damas de outras eras chamavam-lhe» (o «lhe» não pode ficar).
«*[Propõe...], ao que este aceita» (o que este aceita). «Que esteve às portas
da morte» (estivera).
Miguel G. (11.º 3.ª)
Miguel G. (Suficiente
+) Pontos fortes Ideia de fazer um
romance rimado à volta do episódio (que se ressente, porém, de falhas no
acabamento: ora em termos técnicos — som não está perfeito — ora porque não tivesse
havido revisão suficiente — final um tanto abrupto, pouco desenvolvimento do
texto e, aparentemente, pouco ensaio na leitura). Imagem principal é engraçada
e, salvo na parte canina, assemelha-se, com efeito, ao que figuramos como
ambiente dos serões do Ramalhete. Aspetos
melhoráveis Na oralidade: «Taveira» foi lido «T[α]veira» mas é mesmo
«T[a]veira», com A aberto; «condessa» foi dito, por uma assimilação à primeira
sílaba nasal, quase «conde[n]sa». Na escrita: «romântica» não rima com «Espanca»
(se é que havia esse objetivo; haverá outros casos em que a rima não foi muito
trabalhada).
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