Sunday, September 16, 2007

Texto (8)

Bibliofilmes

Que extensão e formato?
Extensão máxima é a mesma dos microfilmes feitos em Novembro: três minutos (menos de 100 MB). Formato: WMP (evitar Vista e outras complicações do género; em casos desses, pedir ajuda no CRE).

Qual o prazo de entrega?
Até à primeira semana de Março inclusive (mas, por favor, conviria que muitos fossem entregando ainda em Fevereiro).

Que objectivos têm os bibliofilmes?
Treinar e avaliar expressão oral (que pode concretizar-se pela leitura em voz alta (de texto em off, provavelmente, como acontecia na maioria dos microfilmes anteriores), pela fala (mais ou menos formal, mas não improvisada), pela representação (dramatização, recitação). Subsidiariamente, são treinadas e avaliadas a leitura de obras literárias e a escrita a propósito de textos literários.

Que pretendo avaliar?
Como para os microfilmes feitos em Novembro-Dezembro, o que é mais importante é o próprio texto (vosso; mas que pode citar a obra literária em causa) e a maneira de o dizer (leitura, fala em directo ou dramatização). Também me interessará a maneira de abordar a obra em questão (a sua interpretação), o que que inclui aspectos criativos que não são apenas os textuais.

Quais são os destinos práticos dos bibliofilmes?
Os bibliofilmes ficarão em plataforma acessível a todos os alunos (e outros colegas ou restante comunidade escolar). Pretende-se que — independentemente da avaliação que entretanto fizer para fins escolares — haja ainda um concurso entre os bibliofilmes das várias turmas (uma espécie de óscares, segundo categorias que divulgarei em tempo oportuno). Os resultados finais desse concurso serão conhecidos a 15 de Abril (quando começa a Semana das Línguas da ESJGF). Os autores dos bibliofilmes (ou dos melhores bibliofilmes, pelo menos) serão ainda incentivados a concorrer a http://bibliofilmes.weebly.com/.

Sobre que obras?
Prefiro que os bibliofilmes sejam sobre livros a ler ainda (enfim, que não sejam os livros lidos no Natal; em algum caso muito específico, admitiria que se tratasse livro lido antes, se isso não significasse deixar de ler enteetanto outra obra). Terão de ser obras literárias (não infanto-juvenis). Tanto podem ser dos géneros já vistos (biografia, autobiografia, diário, crónica, carta, relato de vivência), como dos géneros que veremos a partir de agora (poesia, conto). Creio aliás que os livro de poesia se coadunam facilmente com o tratamento em clip deste estilo; por outro lado, entraremos agora nas secções do manual relativas à poesia de Camões, à poesia contemporânea, aos textos de países lusófonos, o que vai bem com a escolha de algum destes autores. [Juntarei à lista de livros recomendados no Natal uma lista de livros de poesia encontráveis na biblioteca; ou de autores de países de expressão portuguesa. Mas qualquer obra literária que leiam doravante é aceitável.]

Que relação com a obra?
O bibliofilme tem de ter como ponto de partida um livro (cuja referência bibliográfica me deve ser entregue no momento da entrega do próprio microfilme). Mas a relação do filme com a obra pode ser relativamente indirecta. Dou exemplo de algumas soluções, que ordeno entre dois extremos (desde a alusão muito directa até à alusão menos óbvia):
um clip-resumo, uma espécie de comentário ao livro;
uma dramatização de parte sua;
um trailer para o livro;
uma transformação (por contrário, por transposição de tempo ou de espaço, por paródia, etc.) de um dos episódios;
um clip sobre um dos poemas ou textos que integram a obra;
uma criação «livre» (narrativa ou lírica) a partir de alguma citação do livro;
uma criação «livre» que trate o mesmo tema/leitmotiv (alguns microfilmes feitos em Novembro quase que podem ilustrar este tipo de abordagem: o microfilme de Cátia — algures aqui —, por exemplo, poderia funcionar como clip sobre livro cujo tema fosse ‘saudade’, ‘despedida’).


Que texto tem de haver?
Desta vez não será obrigatória a mesma quantidade de texto em off (nos microfilmes anteriores pedira que este «enchesse» o filme). Admito que possa haver agora alguns momentos sem texto. Ainda assim, o texto é o que é mais importante (vejam-se os objectivos, ligados sobretudo à expressão oral). E não é obrigatório que o texto seja dito em off: nos microfilmes de Novembro houve já quem adoptasse outras estratégias, com o texto a ser dito ‘em directo’ (ver, por exemplo, os microfilmes de Raquel ou Micaela — algures aqui).

Pode o bibliofilme ser feito por duplas?
Verei caso a caso. Uma solução para quem queira muito trabalhar com algum outro colega seria a dupla em causa fazer dois filmes mais pequenos (fazer dois bibliofilmes de minuto e meio ou dois minutos dará tanto trabalho como fazer um de três, e assim seria possível contemplar um livro por aluno — mesmo sendo o aluno avaliado quer pelo seu livro quer pela participação — oral — no clip do colega). Também não excluiria que alguma dupla se ocupasse de uma única obra, se ambos os alunos tivessem lido esse livro (mas, nesse caso, esperaria um filme com extensão máxima). Estas soluções em dupla (ou até em tripla), chancelá-las-ia caso a caso, repito (e estarei renitente a aceitá-las no caso de alunos que não chegaram a entregar o microfilme de Novembro). E terá sempre de haver intervenções (com texto a ser dito) de ambos os colegas.

Para exemplos de relações possíveis com a obra (mas há muitas maneiras de resolver o assunto): http://www.youtube.com/watch?v=d1f6Jxx_tW8 (demasiado directa, talvez); http://www.youtube.com/watch?v=y8rpEjjSBCY (sim, sim, está bastante piroso; mas serve para explicar abordagem possível); http://www.youtube.com/watch?v=Ddv1GT-ATYY (embora não gostasse que se ficassem por mera reprodução de texto do escritor); http://www.youtube.com/watch?v=ZDw42U6ZsvE (idem; e a quantidade de texto aqui é insuficiente); http://www.youtube.com/watch?v=9jpxcIxyNy8 (embora preferisse filme a diapositivos); http://www.youtube.com/watch?v=mB8OxGFbmCU (não poderia ser assim, já que o texto está a ser dito pela própria escritora); http://www.youtube.com/watch?v=BR_mW78vE9Q (exemplo de dramatização; há muitas, sobretudo de escolas brasileiras; não procurei bem, haverá trabalhos mais bem sucedidos do que este); http://www.youtube.com/watch?v=X2GVbjwaSGE (Florbela Espanca); http://www.youtube.com/watch?v=Ic2FT-Upfkw (Sim, está fracote.).
Acrescento agora estes outros microfilmes, de editoras: http://www.youtube.com/watch?v=GMnJAm3l9zQ (sobre o mais recente livro de Pepetela); http://www.youtube.com/watch?v=O4PY0IS7P8w (sobre O meu nome é legião, de António Lobo Antunes); http://www.youtube.com/watch?v=fAYCTR1bhSI (sobre Salão Portugal, de Vítor Serpa); http://www.youtube.com/watch?v=Ls06c-8Jn3Y (sobre Canário, de Rodrigo Guedes de Carvalho); http://www.youtube.com/watch?v=0_5nRlklG5A (sobre «Microcosmos», colecção da Angelus Novus); http://www.youtube.com/watch?v=lGe71CxM5IM (idem); http://www.youtube.com/watch?v=36QNUuh9lyk (idem).