Aula 8 da Quarentena (= 124-125)
Aula 124-125 [= Quarentena 8] (16 [9.ª], 17/abr [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Permitam-me que retome ainda a
aula 7. Termináramos com um tepecê que era olhar um PDF sobre característicasde Antero. Deixava-lhes agora uma síntese
mais sebenteira, como está no Caderno de
Atividades (ou num anexo oferecido aos alunos, salvo erro):
No
final da última aula dissera-lhes que vissem os primeiros vinte minutos da
série Sara e, num comentário de cerca
de 150 palavras, os comparassem com o poema «A um poeta». Guardem, por favor
esse texto, mas não mo enviem já. Houve quem tivesse dificuldade em ver o
episódio (provavelmente, porque está toda a gente em casa a ver filmes e a net
— ou a RTP Play — estará lenta). Ponho um teaser da série, e assim já ficam com
uma ideia (antes desta parte do filme, a protagonista, a atriz Sara —
conceituadíssima e que tem a fama de ser excelente a representar personagens
complexas e infelizes —, tenta fingir chorar numa cena do filme que se está
rodar, mas não consegue, havendo vários «takes» falhados). Segue-se o que está
aqui, que quase seria suficiente para conseguirem escrever o tal comentário
contrastivo que pedi:
Mas
olhem que a série é inteligente (pelo menos, os dois episódios iniciais, que
foram os que fui vendo).
E
repito o soneto de Antero, na p. 296 do livro do 11.º ano (a epígrafe latina
«Surge et ambula!» significa ‘Levanta-te e anda’):
Aproveitando
termos recorrido à série de «podcasts» de E o resto é História,
ouçam este passo de um outro episódio, em que se trata do Bandarra. Em aula, vimos que, em Mensagem,
o Bandarra é considerado um dos três profetas do Quinto Império (cfr. poema «O
Bandarra»). Para Fernando Pessoa, os outros seriam o Padre António Vieira, a
quem dedica o poema «António Vieira», e o próprio Pessoa, que está subentendido
no poema que estudámos em aula «Screvo meu livro à beira-mágoa» (estes três
apologistas de um Quinto império, mais espiritual que territorial, que seria
comandado por Portugal estão reunidos na subsecção «Os avisos», da parte III,
«O Encoberto», de Mensagem).
O
momento do programa de rádio em que se trata do tal sapateiro Gonçalo Anes
Bandarra, da localidade beirã de Trancoso, que, no século XVI, fez quadras
proféticas, surge a partir do minuto 33 (ouve apenas a partir daí, até ao fim
do programa, cerca do minuto 42):
Para
terem ideia de como eram as trovas do Bandarra, ficam duas edições do início do
século XIX. Na segunda, de 1810, as quadras estão comentadas — leiam uma ou
duas e relanceiem a explicação, para se ver como é sempre fácil acharmos que
uma profecia se realizou. (Decerto haverá igualmente trovas em todos agora
descobririam alusões à Covid-19.)
E os
três poemas dos «Avisos», conforme estão nas páginas da edição de Mensagem que tenho recomendado, que põe
ao lado um comentário (podes vê-las a seguir, já em baixo, ou aqui — procurando as pp. 122 a 127 —, se as imagens imediatas não estiverem
bem):
Temos
analisado poucas vezes — talvez menos do que é sugerido nos programas —
imagens. Este texto de Eduardo Cintra Torres fá-lo de modo que me parece
inteligente, ao mesmo tempo que assinala falácias num texto jornalístico. Vale
a pena ler (e completa depois em apenas vinte palavras o escopo — a tese, a
defesa — do artigo):
Usando
menos de vinte palavras, a defesa (a
tese) de ECT pode sintetizar-se assim [escreve primeiro tu, vê depois a minha
solução na Apresentação):
R.: ________________________
Outro
texto que se debruça sobre artifícios de linguagem é este, de António Guerreiro
(Ípsilon, 3 de abril, p. 30):
Em menos de dez palavras, a lição (a
moral) que o texto de Guerreiro procura inculcar é [vê na apresentação a minha
resposta, mas não antes de tentares tu]:
R.: ________________________
No Caderno de atividades pede-se uma
apreciação crítica de imagem. Mas não faças sobre essa pintura. Vê só as
indicações para desenvolver o texto e, em vez de usares o quadro de Tarsila do
Amaral, escreve uma apreciação crítica sobre a imagem que retirei do Inimigo Público de 3 de abril (não
ultrapasses as duzentas palavras; guarda o texto contigo, para já). Se não gostares da imagem do IP, escreve sobre o quadro da
pintora brasileira.
Para não se fechar a aula sem filme, deixo-lhes três
conselhos apropriados à época: não façam como em a); afastem-se de gente como em
b); lavem as mãos como em c).
a) isto
lembra-me relato que me fez a Francisca (12.º 4.ª) há já dois anos, sobre o que
a enojava em já não sei que tradição religiosa:
b) alguém de
quem devemos guardar distância social:
c) a maneira
correta de lavar as mãos:
TPC — Ideia para quem goste de história e de história
da língua: os primeiros vinte minutos de «E o resto é História» desta semana
foram sobre como se formaram os apelidos, assunto de que falámos há dois anos.
Se não tiverem convosco
O Ano da Morte de Ricardo Reis e
ainda não o tiverem lido, tentem descarregar este PDF. Lembro também a vantagem
de ter estes quadros à mão (estão no manual também, é claro, mas esse estará no
cacifo).
Reportando-me ainda à
última aula: como falámos no Dom Quixote, de Cervantes, talvez pudessem
relancear O essencial sobre Dom Quixote. Aliás, a INCM, por causa da quarentena, está a
fornecer os PDF de uma série de livros da coleção 'O essencial sobre' (entre
estes, podiam interessar-nos também os sobre Miguel Torga, Walt Whitman, Mário
de Sá-Carneiro, etc.). Melhor ainda era lerem o próprio Dom Quixote de La Mancha — ou um seu capítulo ou dois —, se o tiverem por aí (de preferência, em livro mesmo).
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