Friday, August 30, 2019

Aula 8 da Quarentena (= 124-125)


Aula 124-125 [= Quarentena 8] (16 [9.ª], 17/abr [3.ª, 4.ª, 5.ª]) Permitam-me que retome ainda a aula 7. Termináramos com um tepecê que era olhar um PDF sobre característicasde Antero. Deixava-lhes agora uma síntese mais sebenteira, como está no Caderno de Atividades (ou num anexo oferecido aos alunos, salvo erro):





No final da última aula dissera-lhes que vissem os primeiros vinte minutos da série Sara e, num comentário de cerca de 150 palavras, os comparassem com o poema «A um poeta». Guardem, por favor esse texto, mas não mo enviem já. Houve quem tivesse dificuldade em ver o episódio (provavelmente, porque está toda a gente em casa a ver filmes e a net — ou a RTP Play — estará lenta). Ponho um teaser da série, e assim já ficam com uma ideia (antes desta parte do filme, a protagonista, a atriz Sara — conceituadíssima e que tem a fama de ser excelente a representar personagens complexas e infelizes —, tenta fingir chorar numa cena do filme que se está rodar, mas não consegue, havendo vários «takes» falhados). Segue-se o que está aqui, que quase seria suficiente para conseguirem escrever o tal comentário contrastivo que pedi:


Mas olhem que a série é inteligente (pelo menos, os dois episódios iniciais, que foram os que fui vendo).

E repito o soneto de Antero, na p. 296 do livro do 11.º ano (a epígrafe latina «Surge et ambula!» significa ‘Levanta-te e anda’):





Aproveitando termos recorrido à série de «podcasts» de E o resto é História, ouçam este passo de um outro episódio, em que se trata do Bandarra. Em aula, vimos que, em Mensagem, o Bandarra é considerado um dos três profetas do Quinto Império (cfr. poema «O Bandarra»). Para Fernando Pessoa, os outros seriam o Padre António Vieira, a quem dedica o poema «António Vieira», e o próprio Pessoa, que está subentendido no poema que estudámos em aula «Screvo meu livro à beira-mágoa» (estes três apologistas de um Quinto império, mais espiritual que territorial, que seria comandado por Portugal estão reunidos na subsecção «Os avisos», da parte III, «O Encoberto», de Mensagem).

O momento do programa de rádio em que se trata do tal sapateiro Gonçalo Anes Bandarra, da localidade beirã de Trancoso, que, no século XVI, fez quadras proféticas, surge a partir do minuto 33 (ouve apenas a partir daí, até ao fim do programa, cerca do minuto 42):


Para terem ideia de como eram as trovas do Bandarra, ficam duas edições do início do século XIX. Na segunda, de 1810, as quadras estão comentadas — leiam uma ou duas e relanceiem a explicação, para se ver como é sempre fácil acharmos que uma profecia se realizou. (Decerto haverá igualmente trovas em todos agora descobririam alusões à Covid-19.)





E os três poemas dos «Avisos», conforme estão nas páginas da edição de Mensagem que tenho recomendado, que põe ao lado um comentário (podes vê-las a seguir, já em baixo, ou aqui — procurando as pp. 122 a 127 —, se as imagens imediatas não estiverem bem):







Temos analisado poucas vezes — talvez menos do que é sugerido nos programas — imagens. Este texto de Eduardo Cintra Torres fá-lo de modo que me parece inteligente, ao mesmo tempo que assinala falácias num texto jornalístico. Vale a pena ler (e completa depois em apenas vinte palavras o escopo — a tese, a defesa — do artigo): 


Usando menos de vinte palavras, a defesa (a tese) de ECT pode sintetizar-se assim [escreve primeiro tu, vê depois a minha solução na Apresentação):

R.: ________________________



Outro texto que se debruça sobre artifícios de linguagem é este, de António Guerreiro (Ípsilon, 3 de abril, p. 30):



Em menos de dez palavras, a lição (a moral) que o texto de Guerreiro procura inculcar é [vê na apresentação a minha resposta, mas não antes de tentares tu]:

R.: ________________________






No Caderno de atividades pede-se uma apreciação crítica de imagem. Mas não faças sobre essa pintura. Vê só as indicações para desenvolver o texto e, em vez de usares o quadro de Tarsila do Amaral, escreve uma apreciação crítica sobre a imagem que retirei do Inimigo Público de 3 de abril (não ultrapasses as duzentas palavras; guarda o texto contigo, para já). Se não gostares da imagem do IP, escreve sobre o quadro da pintora brasileira.







Para não se fechar a aula sem filme, deixo-lhes três conselhos apropriados à época: não façam como em a); afastem-se de gente como em b); lavem as mãos como em c).

a) isto lembra-me relato que me fez a Francisca (12.º 4.ª) há já dois anos, sobre o que a enojava em já não sei que tradição religiosa:


b) alguém de quem devemos guardar distância social:


c) a maneira correta de lavar as mãos:



TPC — Ideia para quem goste de história e de história da língua: os primeiros vinte minutos de «E o resto é História» desta semana foram sobre como se formaram os apelidos, assunto de que falámos há dois anos.

Se não tiverem convosco O Ano da Morte de Ricardo Reis e ainda não o tiverem lido, tentem descarregar este PDF. Lembro também a vantagem de ter estes quadros à mão (estão no manual também, é claro, mas esse estará no cacifo).

Reportando-me ainda à última aula: como falámos no Dom Quixote, de Cervantes, talvez pudessem relancear O essencial sobre Dom Quixote. Aliás, a INCM, por causa da quarentena, está a fornecer os PDF de uma série de livros da coleção 'O essencial sobre' (entre estes, podiam interessar-nos também os sobre Miguel Torga, Walt Whitman, Mário de Sá-Carneiro, etc.). Melhor ainda era lerem o próprio Dom Quixote de La Mancha — ou um seu capítulo ou dois —, se o tiverem por aí (de preferência, em livro mesmo).






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