Tuesday, September 06, 2022

Aula 65-66

Aula 65-66 (23/jan [5.ª, 4.ª]; nas outras duas turmas, esta aula será, a pouco e pouco, retomada aqui e ali) Correção da reportagem em direto do cerco de Lisboa (cfr. Apresentação).

Apresentam-se a seguir apenas duas das versões dos questionários de gramática (houve ainda outras versões, consoante as turmas, mas com diferenças irrelevantes).

Questionário de gramáticaVersão com Andeiro e Andeira

Circunda a letra da melhor alínea. (Não consultes nada fora desta folha.)

 

Os modos narrativo e dramático integram, respetivamente, textos

a) em prosa e trágicos.

b) com relato de ação e de teatro.

c) épicos e tristes.

d) em prosa narrativa e em prosa teatral.

 

A sequência «Deve recolher as fezes do seu cão num invólucro de plástico. Deverá segurar o papel de apoio com a mão esquerda, enquanto deposita o cocó no referido saco. Para o efeito, procederá do seguinte modo: [...]» ilustra bem o tipo textual

a) expositivo.

b) preditivo.

c) conversacional.

d) instrucional.

 

A sequência «O texto argumentativo tem como objetivo interferir ou transformar o ponto de vista do leitor relativamente ao mundo que o rodeia. Esse ponto de vista assenta num conjunto de normas ou valores» é exemplo do tipo textual

a) expositivo.

b) descritivo.

c) narrativo.

d) argumentativo.

 

Uma apóstrofe é

a) a repetição de uma palavra no início de vários versos ou frases.

b) um vocativo.

c) a repetição de uma palavra ou expressão no final de versos ou frases.

d) o sinal usado para marcar sinalefas («morr’amor!»).

 

A frase em que não há nenhuma metáfora é

a) «O blogue é uma gaveta de textos úteis».

b) «Não havia nuvens na sua alegria».

c) «A tua impertinência funciona como uma seta que me apontas».

d) «As dificuldades económicas são desafios ou espinhos ou faróis».

 

«Perífrase» é dizer

a) de modo alongado o que poderia ser dito de modo direto e breve.

b) com palavras mais doces o que, denotativamente, é cru.

c) com palavras mais cruas o que é, denotativamente, desagradável.

d) algo de modo antitético.

 

Nas cantigas de amigo e nas cantigas de amor, costuma haver, respetivamente,

a) um «eu» feminino, um destinatário próximo.

b) um confidente (muitas vezes, natureza, mãe, etc.), uma «senhor» toda masculina.

c) um rapaz ausente, uma «senhor» que impõe distância.

d) refrão, leixa-prem.

 

Todos os «a» são preposições em

a) «estou a comer a comida»; «dei a Isabel uma beijoca».

b) «dei a Isabel a um árabe»; «dei-a com todo o gosto».

c) «a Paris vai-se de comboio»; «dou negativa a todos os que considerarem esta alínea a melhor».

d) «a cavalo dado não se olha o dente»; «a mulheres não se bate nem com uma flor».

 

A frase correta é

a) Há bocado havia aqui três cocós de cão.

b) À pouco fui à casa de banho.

c) Há uma sala fechada à três anos.

d) À que tempos que não há sandes de mortadela no bar!

 

As evoluções persona > pessoa e persicu > pessicu (que veio a dar «pêssego») exemplificam uma

a) vocalização.

b) epêntese.

c) assimilação.

d) aférese.

 

O português do Brasil é

a) uma variedade socioletal do português.

b) a variante sul-americana do português.

c) um dialeto do português.

d) uma língua diferente do português europeu.

 

Galicismos são

a) empréstimos do inglês.

b) palavras portuguesas provindas do francês.

c) estrangeirismos de origem galesa.

d) palavras da família de «galo» («ovo», «Adán», «crista», etc.).

 

Em Portugal são características mais nortenhas que sulistas

a) o /ü/ (à francesa); a «troca dos bês por vês».

b) a «troca dos bês por vês»; ditongações (/uâ/ ou /uô/, por /ô/).

c) certa maneira de dizer sibilantes (s- dito quase /ch/); pronúncia como /a/ do e antes de -lh, -ch, ... («jo[a]lho», «f[a]cho»).

d) sobrevivência da 2.ª pessoa do plural; o /ü/ (à francesa).

 

A introdução de uma vogal entre grupos de consoantes pouco naturais no português, que acontece muito na variante brasileira («pineu», «corrupito»), constitui uma

a) crase.

b) epêntese.

c) paragoge.

d) prótese.

 

A relação que há entre «advérbio» e «nome» é a de

a) hiperonímia.

b) merónimo e holónimo.

c) co-hipónimos.

d) holónimo e merónimo.

 

A alínea em que não há relação de «hipónimo / hiperónimo» é

a) Fernão Lopes / português

b) Fernão Lopes / historiador

c) Fernão Lopes / escritor

d) Fernão Lopes / Portugal

 

A alínea em que há a sequência «merónimo, holónimo || hipónimo, hiperónimo» é

a) sala D9, ESJGF || ESJGF, estabelecimento de ensino

b) Madrid, Espanha || Espanha, Europa

c) estômago, corpo humano || cantor, Toni Carreira

d) cesto, apetrecho de básquete || rede, cesto

 

As palavras «chão» e «plano», que têm o mesmo étimo latino (planu-), são

a) homógrafas.

b) convergentes e homónimas.

c) divergentes.

d) homófonas.

 

As palavras «rio» («O rio Tejo desagua no Porto»; étimo: lat. rivum) e «rio» («Rio com todos os dentes, exceto com os cariados»; étimo: lat. rideo) são

a) parónimas.

b) convergentes e homónimas.

c) divergentes e homónimas.

d) divergentes.

 

São contrações de preposições com artigos todas as formas na alínea

a) ás, nas, de.

b) à, às, pelos.

c) da, a, naquela.

d) ao, as, dos.

 

Classifica quanto à função sintática, indicando, muito telegraficamente, o critério que tenhas usado. Vê o meu exemplo:

Em Riade, Georgina opta por autores árabes.

Modificador (GV)

Que faz G em Riade? Opta por autores árabes.

Chegaram as manas.

 

 

Abraça-me, mano.

 

 

O pajem disse que matavam o idiota do patrão.

 

 

Prestei ao Presidente as homenagens devidas.

 

 

No aeroporto apalparam-te?

 

 

A Argentina foi derrotada pela Arábia Saudita.

 

 

 

Escreve as formas verbais com o pronome correspondente ao complemento que sublinhei e com a colocação correta (próclise, mesóclise, ênclise, consoante a situação, em português europeu).

Comeremos três hambúrgueres.

Comê-los-emos.

Salvarias a nora de Georgina.

 

Bebam as coca-colas.

 

Assassinaste o Andeiro e a Andeira.

 

Tomai a hóstia.

Não

 

Questionário de gramáticaVersão com bife devorado por vegetariano

Circunda a letra da melhor alínea. (Não consultes nada fora desta folha.)

 

Os textos líricos caracterizam-se por serem

a) poéticos.

b) centrados na 1.ª pessoa.

c) em verso.

d) em verso rimado.

 

No trecho «Responde a esta pergunta, circundando a alínea que seja a mais a correta. Para isso, deves fazer um círculo em torno da letra respetiva, de modo claro», predomina o tipo textual

a) expositivo.

b) explicativo.

c) instrucional.

d) preditivo.

 

No trecho «As narrativas têm ação, personagens, espaço, tempo, narrador (e este pode ser, quanto à participação na ação, homodiegético — autodiegético, se for o herói — ou heterodiegético). Também há momentos descritivos», predomina o tipo textual

a) narrativo.

b) expositivo.

c) instrucional.

d) descritivo.

 

No terceto «É preciso gostar / É preciso amar / É preciso viver» há a figura de estilo que se designa

a) eufemismo.

b) metáfora.

c) anáfora.

d) oxímoro.

 

Há uma hipérbole em

a) «fumei um cigarro pensativo».

b) «em 1755 boa parte de Lisboa ficou destruída».

c) «Portugal goleou a Suíça por 6-1».

d) «este trabalho de gramática será uma derrocada».

 

Nas cantigas de amigo, o sujeito poético (o «eu») e o «tu» a quem este se dirige são, respetivamente,

a) o amigo e um confidente.

b) a amiga e o namorado.

c) a rapariga (a moça) e um confidente.

d) mulher (ou rapariga) e o namorado.

 

Nas cantigas de amor (relativamente às cantigas de amigo),

a) o vocabulário é mais díficil e a relação entre o par amoroso mais próxima.

b) o «eu» é menos espontâneo e o objeto de paixão, mais inacessível.

c) o «eu» é mais jovem e o confidente é mais velho.

d) o léxico é mais complexo, a relação amorosa mais concretizável.

 

A preposição a surge, contraída ou não, em todos os três segmentos da alínea

a) «Estou a dormir»; «O nascimento e a morte são tristes»; «Vou à feira».

b) «Ao falar, perdigotava»; «Às armas, às armas!»; «Não bastavam os rebuçados a Sandra».

c) «Há três minutos que não como cherne»; «Saiu-me o ás de copas»; «Escrevam um texto sem AA».

d) «Dei a prenda ao Honório»; «Bebamos ao Osório!»; «Cada vez mais linda a Ofélia...».

 

Em «Nas redações dos decimanistas da ESJGF havia erros incríveis»

a) há um erro (em vez de «*havia erros» devia ser «haviam erros»).

b) o sujeito é «erros incríveis».

c) não há sujeito nem cocós de cão.

d) o sujeito é «Nas redações dos decimanistas da ESJGF».

 

Houve síncope seguida de crase na evolução

a) lacuna > lagona > lagoa.

b) dolor > door > dor.

c) lege > lee > lei.

d) domina > domna > dona.

 

São razões para uso do pronome antes do verbo (contrariamente ao comum, que é a ênclise)

a) tratar-se de português brasileiro; a afirmativa; um imperativo.

b) uma oração coordenada; o verbo estar no futuro ou no condicional.

c) uma oração subordinada; a negativa; a presença de certos advérbios.

d) a mesóclise; o avistamento de um cocó de cão.

 

«Empréstimo» e «estrangeirismo»

a) são sinónimos exatos.

b) supõem, respetivamente, a grafias original e a já aportuguesada.

c) correspondem a palavras entradas ainda em latim e a palavras estrangeiras em curso de acomodação.

d) podem ser palavras quase sinónimas, mas «estrangeirismo» tem conotação depreciativa.

 

A próclise (anteposição do pronome relativamente ao verbo) justifica-se por haver uma estrutura de subordinação em

a) Não o vi na escola ontem.

b) Comprei-a na feira, quando fui a Carcavelos.

c) Disse que o dava no final da aula.

d) Dar-te-ei todos os beijos que queiras.

 

São características do português do Brasil

a) perifrástica com gerúndio («está falando»); posposição de pronome a verbo.

b) omissão de –r final; abertura maior das vogais átonas.

c) palatalização de «t» e «d» antes de i; ênclise; 2.ª pessoa como forma de tratamento.

d) perifrástica com infinitivo (está a falar»); semivocalização de –l final.

 

A forma «tivestes» é

a) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de «Estar».

b) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de «Ter».

c) a 2.ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito de «Ter».

d) agramatical (um erro, portanto).

 

A relação que há entre «gato» e «rato» é de

a) merónimo e holónimo.

b) co-hipónimos.

c) holónimo e merónimo.

d) hiperónimo e hipónimo.

 

Não há relação de «hipónimo / hiperónimo» em

a) limonada / bebida

b) Filosofia / 10.º ano

c) Expiação / filme

d) casa de banho / divisão de casa

 

Há uma sequência de «hiperónimo, hipónimo || merónimo, holónimo» em

a) piano, tecla || corda, harpa.

b) flor, rosa || bolso, casaco.

c) Lisboa, Jerónimos || braguilha, calças.

d) país, Portugal || deserto, areia.

 

As palavras «adro» e «átrio», que têm o mesmo étimo latino (atriu-), são

a) homógrafas.

b) convergentes e homónimas.

c) divergentes.

d) homófonas.

 

As palavras «chama» («Ela chama pelo gato, miando»; étimo: lat. clamat) e «chama» («A chama de Ronaldo está a apagar-se»; étimo: lat. flamma-) são

a) parónimas.

b) convergentes e homónimas.

c) divergentes e homónimas.

d) divergentes.

 

Classifica quanto à função sintática, indicando, muito telegraficamente, o critério que tenhas usado. Vê o meu exemplo:

Em Riade, Georgina opta por autores árabes.

Modificador (GV)

Que faz G em Riade? Opta por autores árabes.

O bife foi devorado pelo vegetariano.

 

 

Dá saudações minhas ao teu irmão.

 

 

Cumprimentámo-nos afetuosamente.

 

 

Fernão Lopes relata que tudo faltava.

 

 

Mãe, beija-me!

 

 

Finalmente, veio o frio.

 

 

 

Escreve as formas verbais com o pronome correspondente ao complemento que sublinhei e com a colocação correta (próclise, mesóclise, ênclise, consoante a situação, em português europeu).

Comeremos três hambúrgueres.

Comê-los-emos.

Resolvam estas difíceis questões.

 

Percebeste a conclusão do texto?

 

Deolinda, entrega esta folha.

Não

Encararias essa hipótese?

 

 

Na turma 5.ª [na turma 4.ª, fizeram-se duas tarefas da aula 61-62: questionário de compreensão sobre 2.ª parte de documentário sobre Fernão Lopes e redação de reportagem em direto do cerco de Lisboa], depois de distribuídas e lidas folhas de exemplares do suplemento do Público «Fugas», com crónicas gastronómicas («O Gato das Botas») de Miguel Esteves Cardoso:

Nas crónicas gastronómicas de Miguel Esteves Cardoso — que saem na Fugas, o suplemento do Público aos sábados —, o escritor embevece-se com, aparentemente, pouco (um pitéu, algum requinte de culinária, uns simples pratos tradicionais). Relanceia o exemplar que te tenha calhado e vê como estes textos ficam entre a apreciação crítica, o artigo de opinião, a crónica.

Escreve um texto no mesmo género, um pouco mais pequeno, de idêntico teor gastronómico, culinário, etc. (No manual a apreciação crítica está explicada na p. 340, mas não será demasiado útil ires ler agora.)

Foco principal nestes textos de MEC: um restaurante; um prato; uma refeição (mesmo sem ser em restaurante); um dado alimento; um ingrediente.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

 

 

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