Tuesday, September 06, 2022

Aula 83-84

Aula 83-84 (6 [1.ª, 3.ª], 7/mar [5.ª, 4.ª]) Questionário sobre parte do excerto 4 da Farsa de Inês Pereira.

Nas pp. 138-139, vai lendo o excerto 4 da Farsa de Inês Pereira e, ao mesmo tempo, escolhendo a melhor alínea dos itens que se seguem, circundando-a (já agora: circundar não é fazer uma cruzinha ao lado). Não consultes outras páginas do manual nem folhas nossas.

Estrofe dos vv. 480-489

No v. 482, «ma» é contração de «me»+«a» (complementos indireto e direto). Este pronome «a» é

a) termo anafórico de «esta senhora» (v. 481).

b) termo antecedente (ou referente) de Inês Pereira.

c) anáfora de «os Judeus» (v. 482).

d) catáfora de «esta senhora» (v. 481).

 

Nos vv. 488-489, a interrogação «Se fosse moça tão bela, / como donzela seria?», tendo em conta que «donzela» significa ‘ainda virgem’, mostra que o Escudeiro

a) vê Inês como uma Nossa Senhora (mas com topezinho da Bershka e brincos da Accessorize).

b) desconfia da descrição de Inês feita pelos judeus.

c) tenta imaginar a beleza de Inês Pereira.

d) sabe que Inês já não é virgem.

 

Estrofe dos vv. 490-498

Nos primeiros quatro versos (490-493) desta estrofe, «moça de vila» significa, no fundo, ‘prostituta’; ‘sinalzinho postiço’ era um pequeno retalho de pano preto que se punha na face (para realçar a brancura da pele); «sarnosa» significava ‘com sarna’ (uma doença). O ato de fala produzido por Brás da Mata (o Escudeiro) nestes versos é

a) compromissivo.

b) declarativo.

c) assertivo.

d) diretivo.

 

Quanto aos vv. 494-498, vale a pena esclarecer que «garrida» é ‘elegante no vestir’ e «honesta» é ‘casta, recatada’. O Escudeiro, nesta parte do seu monólogo, revela

a) preferir uma Inês ousada, sensual, interventiva, a uma Inês conformista.

b) pretender que Inês seja um modelo de mulher do século XXI.

c) não se importar que Inês tenha o seu espaço de intervenção, desde que seja elegante.

d) querer que Inês seja uma mulher muito ‘bem comportada’ e sem expressão própria.

 

Estrofe dos vv. 499-507

«Sisuda» significa ‘prudente, sensata’; «perla» é ‘pérola’. No contexto em causa, «chão» significa ‘simples’ e «menear» abarca todos os movimentos do corpo (não só os das ancas, como se diz no manual); portanto, a Mãe aconselha Inês a não fazer muitos gestos, a não se mexer muito. Além disso, aconselha a filha a, perante o Escudeiro, mostrar-se

a) sensual, atiradiça, atrevida.

b) obscena, ordinária, grosseira que dói.

c) delicada, simpática, cortês.

d) calada que nem uma porta, séria, parada.

 

Toda esta nona (‘estrofe de nove versos’) corresponde a um ato de fala

a) assertivo.

b) diretivo.

c) compromissivo.

d) expressivo.

 

Estrofe dos vv. 508-516

Intervêm o Escudeiro e o seu criado, o Moço. Os parênteses, como já vimos em algumas falas de Inês, significam que se trata de apartes (‘falas dirigidas à audiência’). «Avisa-te» é ‘presta atenção’; «pela ventura» é ‘por acaso’; «mesura» é ‘reverência (como quando alguém se inclina perante o rei)’.

As recomendações do Escudeiro vão no sentido de, quando na presença de Inês, o Moço

a) se comportar com subserviência (relativamente a Brás da Mata).

b) se mostrar um bom camarada do escudeiro.

c) proceder como habitualmente, sem parecer artificial.

d) ser espontâneo, sem ter receio de que pareça desrespeitar o patrão.

 

Nota que «corpo de mi!» corresponde a ‘valha-me Deus!’. Os apartes do Moço mostram que

a) respeita muito o Escudeiro.

b) conhece bem o patrão e por isso troça das suas indicações.

c) receia que o Escudeiro o trate mal.

d) pretende saber exatamente o que deve fazer.

 

Estrofe dos vv. 517-525

Nesta estrofe, os três versos em que o Moço fala servem para

a) ele se queixar de não ter calçado em condições, numa crítica ao patrão.

b) Fernando dizer que, com a pressa, não se pudera calçar.

c) ele se lamentar de os sapatos comprados não lhe servirem.

d) Fernando se mostrar desagradado com os atacadores, que não consegue atar.

 

Sabendo que «faze» era o imperativo singular do verbo «Fazer» e que hoje se usa sobretudo «faz» (sing. «faz tu»; pl. «fazei vós»), em vez de «faze-o» (v. 522) escreveríamos atualmente, em português europeu e português brasileiro, respetivamente,

a) faz-o; o faz (tu).

b) fá-lo; o faça (você).~

c) fa-lo; o faça (tu).

d) faze-lo; faça-o (você).

 

Estrofe dos vv. 526-533

No aparte desta estrofe (vv. 532-533), o Moço diz-nos

a) não ter o Escudeiro nenhum escravo.

b) que o Escudeiro não tem dinheiro.

c) que só se devem casar os ricos, como o Escudeiro.

d) que o Escudeiro só usa multibanco, não tendo dinheiro vivo.

 

No v. 530, «Eu o haverei agora», o pronome «o»

a) é anáfora de «dinheiro (v. 529).

b) tem como referente «preto» (v. 532).

c) é referente de «dinheiro» (v. 529).

d) tem como catáfora «preto» (v. 532).

 

Estrofes dos vv. 534-542, dos vv. 543-551 e dos vv. 552-560

Sobretudo nos dezoito primeiros versos, o Escudeiro

a) gaba-se a Inês.

b) elogia Inês, num discurso cheio de galanteios.

c) elogia Inês mas também a critica.

d) mostra-se desiludido com a aparência de Inês.

 

Nas três estrofes, os versos são, como de costume, heptassílabos (redondilha maior), mas há um verso (o quinto ou sexto de cada estrofe) que é um

a) trissílabo (três sílabas métricas).

b) tetrassílabo (quatro sílabas métricas).

c) pentassílabo (cinco sílabas métricas, isto é, redondilha menor).

d) decassílabo (dez sílabas métricas).

 

O aparte dos dois judeus salienta

a) a eloquência do Escudeiro e a mudez de Inês.

b) o amor imediato e recíproco de Inês e Brás.

c) o não ter corrido bem a declaração do Escudeiro.

d) a falta de jeito do Escudeiro e o descontentamento de Inês.

 

Estrofe dos vv. 561-569

Nesta estrofe, o Escudeiro

a) diz ter posses e qualidades intelectuais.

b) consegue ser mais vaidoso e egocêntrico que o Crisnaldo (aka 7 do Al Nassr).

c) diz-se pobre (mas acrescenta ser escudeiro de marechal) e gaba-se de capacidades de «discrição».

d) mostra-se modesto quando a posses materiais e quanto a capacidades intelectuais.

Responde a estes itens do manual, na p. 143 (terás de relancear partes da Farsa que estão nas páginas anteriores).

3. Explicita a função ...

3. O Escudeiro orienta o Moço para agir de forma coincidente com a sua vontade, para manter as aparências e impressionar Inês, com quem pretende casar por ______. Estes versos mostram a personalidade de Brás da Mata e as suas intenções. Trata-se de um homem arrogante, falso e dissimulado (v. 518) e, ao mesmo tempo, faz promessas ao Moço que sabe não poder ______ (vv. 530-531). O Moço revela-se crítico e irónico nos ______ que vai fazendo, assim denunciando a pelintrice do amo. É também sensato e pragmático, uma vez que não se deixa convencer pelas suas ______ (vv. 532-533).

4. Interpreta as palavras ...

4. A Mãe pretende chamar a atenção de Inês para o facto de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5. Conclui acerca do ...

5. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6. Estabelece uma ...

6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Resolve os itens de Gramática na mesma p. 143:

1. [...] associa ...

1.

1. = ___;

2. = ___;

3. = ___;

4. = ___;

5. = ___;

6. = ___;

7. = ___.

2. Transcreve ....

2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira

Garth Jennings, Cantar!

Quem, ainda que salientando as dificuldades da empresa, arregimentou um pretendente com o perfil _____ por Inês foram os Judeus.

Quem, ainda que muito a _____, ajudou Moon a chegar à fala com a riquíssima antiga estrela Nana Noodleman foi o carneiro Eddie.

Para Inês, o encontro com o Escudeiro é como uma antestreia: prepara-se como se estivesse a ser _______ por quem lhe pode resolver o seu problema, ter um marido «discreto».

Para Moon, a antestreia que promoveu para convencer Nana a ______ e que preparou para que resultasse em cheio, visa resolver o seu problema, ter dinheiro para pagar ao banco.

Galanteador trapaceiro, o Escudeiro Brás da Mata vai ser a causa da tragédia que cairá sobre Inês, quando o casamento, com que ela tanto sonhara como uma via de ______, se revelar um castigo, por afinal ser maltratada e se tornar ainda menos independente do que antes.

Um galanteador trapaceiro, o rato Mike, vai ser a causa da tragédia que cairá sobre Moon, ao ______ os seus perseguidores até à arca onde estaria guardado o fabuloso prémio do concurso, o que implicaria depois o desastre do espetáculo e o ruir do edifício do teatro.

TPC — Depois de o melhorares, descarrega na Classroom (a que te chamarei em breve), em Word ou GoogleDocs, o texto sobre ‘palavra de estimação’ cuja versão manuscrita devolvi há pouco.

 

 

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