Aula 65-66
Aula 65-66 (23/jan [5.ª, 4.ª]; nas outras duas turmas, esta
aula será, a pouco e pouco, retomada aqui e ali) Correção da reportagem em
direto do cerco de Lisboa (cfr. Apresentação).
Apresentam-se a seguir apenas duas das versões dos questionários
de gramática (houve ainda outras versões, consoante as turmas, mas com
diferenças irrelevantes).
Questionário
de gramática — Versão com Andeiro
e Andeira
Circunda
a letra da melhor alínea. (Não consultes nada fora desta folha.)
Os modos narrativo e dramático integram, respetivamente, textos
a) em prosa e trágicos.
b) com relato de ação e de teatro.
c) épicos e tristes.
d) em prosa narrativa e em prosa teatral.
A sequência «Deve recolher as fezes do seu cão num
invólucro de plástico. Deverá segurar o papel de apoio com a mão esquerda, enquanto
deposita o cocó no referido saco. Para o efeito, procederá do seguinte modo: [...]»
ilustra bem o tipo textual
a) expositivo.
b) preditivo.
c) conversacional.
d) instrucional.
A sequência «O texto argumentativo tem como objetivo
interferir ou transformar o ponto de vista do leitor relativamente ao mundo que
o rodeia. Esse ponto de vista assenta num conjunto de normas ou valores» é exemplo
do tipo textual
a) expositivo.
b) descritivo.
c) narrativo.
d) argumentativo.
Uma apóstrofe é
a) a repetição de uma palavra no início de vários
versos ou frases.
b) um vocativo.
c) a repetição de uma palavra ou expressão no final
de versos ou frases.
d) o sinal usado para marcar sinalefas («morr’amor!»).
A frase em que não há nenhuma metáfora é
a) «O blogue é uma gaveta de textos úteis».
b) «Não havia nuvens na sua alegria».
c) «A tua impertinência funciona como uma seta que
me apontas».
d) «As dificuldades económicas são desafios ou espinhos
ou faróis».
«Perífrase» é dizer
a) de modo alongado o que poderia ser dito de modo
direto e breve.
b) com palavras mais doces o que, denotativamente,
é cru.
c) com palavras mais cruas o que é, denotativamente,
desagradável.
d) algo de modo antitético.
Nas cantigas de amigo e nas cantigas de amor, costuma
haver, respetivamente,
a) um «eu» feminino, um destinatário próximo.
b) um confidente (muitas vezes, natureza, mãe, etc.),
uma «senhor» toda masculina.
c) um rapaz ausente, uma «senhor» que impõe distância.
d) refrão, leixa-prem.
Todos os «a» são preposições em
a) «estou a comer a comida»; «dei a Isabel uma beijoca».
b) «dei a Isabel a um árabe»; «dei-a com todo o gosto».
c) «a Paris vai-se de comboio»; «dou negativa a todos
os que considerarem esta alínea a melhor».
d) «a cavalo dado não se olha o dente»; «a mulheres
não se bate nem com uma flor».
A frase correta é
a) Há bocado havia aqui três cocós de cão.
b) À pouco fui à casa de banho.
c) Há uma sala fechada à três anos.
d) À que tempos que não há sandes de mortadela no bar!
As evoluções persona > pessoa
e persicu > pessicu (que veio a
dar «pêssego») exemplificam uma
a) vocalização.
b) epêntese.
c) assimilação.
d) aférese.
O português do Brasil é
a) uma variedade socioletal do português.
b) a variante sul-americana do português.
c) um dialeto do português.
d) uma língua diferente do português europeu.
Galicismos são
a) empréstimos do inglês.
b) palavras portuguesas provindas do francês.
c) estrangeirismos de origem galesa.
d) palavras da família de «galo» («ovo», «Adán», «crista»,
etc.).
Em Portugal são características mais nortenhas que
sulistas
a) o /ü/ (à francesa); a «troca dos bês por vês».
b) a «troca dos bês por vês»; ditongações (/uâ/ ou
/uô/, por /ô/).
c) certa maneira de dizer sibilantes (s- dito quase /ch/); pronúncia como /a/
do e antes de -lh, -ch, ...
(«jo[a]lho», «f[a]cho»).
d) sobrevivência da 2.ª pessoa do plural; o /ü/ (à
francesa).
A introdução de uma vogal entre grupos de
consoantes pouco naturais no português, que acontece muito na variante
brasileira («pineu», «corrupito»), constitui uma
a) crase.
b) epêntese.
c) paragoge.
d) prótese.
A relação que há entre «advérbio» e «nome» é a de
a) hiperonímia.
b) merónimo e holónimo.
c) co-hipónimos.
d) holónimo e merónimo.
A alínea em que não há relação de «hipónimo /
hiperónimo» é
a) Fernão Lopes / português
b) Fernão Lopes / historiador
c) Fernão Lopes / escritor
d) Fernão Lopes / Portugal
A alínea em que há a sequência «merónimo, holónimo
|| hipónimo, hiperónimo» é
a) sala D9, ESJGF || ESJGF, estabelecimento de
ensino
b) Madrid, Espanha || Espanha, Europa
c) estômago, corpo humano || cantor, Toni Carreira
d) cesto, apetrecho de básquete || rede, cesto
As palavras «chão» e «plano», que têm o mesmo
étimo latino (planu-), são
a) homógrafas.
b) convergentes e
homónimas.
c) divergentes.
d) homófonas.
As palavras «rio» («O
rio Tejo desagua no Porto»; étimo: lat. rivum)
e «rio» («Rio com todos os dentes, exceto com os cariados»; étimo: lat. rideo) são
a) parónimas.
b) convergentes e
homónimas.
c) divergentes e
homónimas.
d) divergentes.
São contrações de preposições com artigos todas as
formas na alínea
a) ás, nas, de.
b) à, às, pelos.
c) da, a, naquela.
d) ao, as, dos.
Classifica
quanto à função sintática, indicando, muito telegraficamente, o critério
que tenhas usado. Vê o meu exemplo:
Em Riade, Georgina opta por autores árabes. |
Modificador (GV) |
Que faz G em Riade? Opta por autores
árabes. |
Chegaram as manas. |
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Abraça-me, mano. |
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O pajem disse que matavam o idiota do patrão. |
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Prestei ao Presidente as homenagens
devidas. |
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No aeroporto apalparam-te? |
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A Argentina foi derrotada pela Arábia Saudita. |
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Escreve as formas verbais
com o pronome correspondente ao complemento que sublinhei e com a colocação
correta (próclise, mesóclise, ênclise, consoante a situação, em português europeu).
Comeremos três hambúrgueres. |
Comê-los-emos. |
Salvarias a nora de Georgina. |
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Bebam as coca-colas. |
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Assassinaste o Andeiro e a Andeira. |
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Tomai
a hóstia. |
Não |
Questionário de gramática — Versão com bife devorado por vegetariano
Circunda
a letra da melhor alínea. (Não consultes nada fora desta folha.)
Os textos líricos caracterizam-se por serem
a) poéticos.
b) centrados na 1.ª pessoa.
c) em verso.
d) em verso rimado.
No trecho «Responde a esta pergunta, circundando a alínea que seja a mais
a correta. Para isso, deves fazer um círculo em torno da letra respetiva, de
modo claro», predomina o tipo textual
a) expositivo.
b) explicativo.
c) instrucional.
d) preditivo.
No trecho «As narrativas têm ação, personagens, espaço, tempo, narrador
(e este pode ser, quanto à participação na ação, homodiegético — autodiegético,
se for o herói — ou heterodiegético). Também há momentos descritivos», predomina
o tipo textual
a) narrativo.
b) expositivo.
c) instrucional.
d) descritivo.
No terceto «É preciso gostar
/ É preciso amar / É preciso viver» há a figura de estilo que se designa
a) eufemismo.
b) metáfora.
c) anáfora.
d) oxímoro.
Há uma hipérbole em
a) «fumei um cigarro pensativo».
b) «em 1755 boa parte de
Lisboa ficou destruída».
c) «Portugal goleou a
Suíça por 6-1».
d) «este trabalho de gramática
será uma derrocada».
Nas cantigas de amigo, o sujeito poético (o «eu») e o «tu» a quem este se
dirige são, respetivamente,
a) o amigo e um confidente.
b) a amiga e o namorado.
c) a rapariga (a moça) e um confidente.
d) mulher (ou rapariga) e o namorado.
Nas cantigas de amor (relativamente às cantigas de
amigo),
a) o vocabulário é mais díficil e a relação entre o
par amoroso mais próxima.
b) o «eu» é menos espontâneo e o objeto de paixão,
mais inacessível.
c) o «eu» é mais jovem e o confidente é mais velho.
d) o léxico é mais complexo, a relação amorosa mais
concretizável.
A preposição a surge, contraída ou não, em todos os três
segmentos da alínea
a) «Estou a dormir»; «O nascimento
e a morte são tristes»; «Vou à feira».
b) «Ao falar, perdigotava»;
«Às armas, às armas!»; «Não bastavam os rebuçados a Sandra».
c) «Há três minutos que
não como cherne»; «Saiu-me o ás de copas»; «Escrevam um texto sem AA».
d) «Dei a prenda ao Honório»;
«Bebamos ao Osório!»; «Cada vez mais linda a Ofélia...».
Em «Nas redações dos decimanistas da ESJGF havia erros incríveis»
a) há um erro (em vez de «*havia erros» devia ser «haviam erros»).
b) o sujeito é «erros incríveis».
c) não há sujeito nem cocós de cão.
d) o sujeito é «Nas redações dos decimanistas da ESJGF».
Houve síncope seguida de crase na evolução
a) lacuna > lagona > lagoa.
b) dolor > door > dor.
c) lege > lee > lei.
d) domina > domna > dona.
São razões para uso do pronome
antes do verbo (contrariamente ao comum, que é a ênclise)
a) tratar-se de português
brasileiro; a afirmativa; um imperativo.
b) uma oração coordenada;
o verbo estar no futuro ou no condicional.
c) uma oração subordinada;
a negativa; a presença de certos advérbios.
d) a mesóclise; o avistamento
de um cocó de cão.
«Empréstimo» e «estrangeirismo»
a) são sinónimos exatos.
b) supõem, respetivamente,
a grafias original e a já aportuguesada.
c) correspondem a palavras
entradas ainda em latim e a palavras estrangeiras em curso de acomodação.
d) podem ser palavras quase
sinónimas, mas «estrangeirismo» tem conotação depreciativa.
A próclise (anteposição do pronome relativamente ao
verbo) justifica-se por haver uma estrutura de subordinação em
a) Não o vi na escola ontem.
b) Comprei-a na feira, quando fui a Carcavelos.
c) Disse que o dava no final da aula.
d) Dar-te-ei todos os beijos que queiras.
São características do português do Brasil
a) perifrástica com gerúndio («está falando»); posposição
de pronome a verbo.
b) omissão de –r
final; abertura maior das vogais átonas.
c) palatalização de «t» e «d» antes de i; ênclise; 2.ª pessoa como forma de
tratamento.
d) perifrástica com infinitivo (está a falar»);
semivocalização de –l final.
A forma «tivestes» é
a) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de
«Estar».
b) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de
«Ter».
c) a 2.ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito de
«Ter».
d) agramatical (um erro, portanto).
A relação que há entre
«gato» e «rato» é de
a) merónimo e holónimo.
b) co-hipónimos.
c) holónimo e merónimo.
d) hiperónimo e
hipónimo.
Não há relação de «hipónimo
/ hiperónimo» em
a) limonada / bebida
b) Filosofia / 10.º ano
c) Expiação / filme
d) casa de banho /
divisão de casa
Há uma sequência de
«hiperónimo, hipónimo || merónimo, holónimo» em
a) piano, tecla ||
corda, harpa.
b) flor, rosa || bolso,
casaco.
c) Lisboa, Jerónimos ||
braguilha, calças.
d) país, Portugal ||
deserto, areia.
As palavras «adro» e «átrio»,
que têm o mesmo étimo latino (atriu-),
são
a) homógrafas.
b) convergentes e homónimas.
c) divergentes.
d) homófonas.
As palavras «chama» («Ela chama pelo gato, miando»; étimo: lat. clamat) e «chama» («A chama de Ronaldo
está a apagar-se»; étimo: lat. flamma-)
são
a) parónimas.
b) convergentes e homónimas.
c) divergentes e homónimas.
d) divergentes.
Classifica
quanto à função sintática, indicando, muito telegraficamente, o critério
que tenhas usado. Vê o meu exemplo:
Em Riade, Georgina opta por autores árabes. |
Modificador (GV) |
Que faz G em Riade? Opta por autores
árabes. |
O bife foi devorado pelo vegetariano. |
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Dá saudações minhas ao teu irmão. |
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Cumprimentámo-nos afetuosamente. |
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Fernão Lopes relata que tudo faltava. |
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Mãe, beija-me! |
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Finalmente, veio o frio. |
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Escreve as formas verbais
com o pronome correspondente ao complemento que sublinhei e com a colocação
correta (próclise, mesóclise, ênclise, consoante a situação, em português europeu).
Comeremos três hambúrgueres. |
Comê-los-emos. |
Resolvam estas difíceis questões. |
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Percebeste a conclusão do texto? |
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Deolinda, entrega esta folha. |
Não |
Encararias essa hipótese? |
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Na turma 5.ª [na turma
4.ª, fizeram-se duas tarefas da aula 61-62: questionário de compreensão sobre
2.ª parte de documentário sobre Fernão Lopes e redação de reportagem em direto
do cerco de Lisboa], depois de distribuídas e lidas folhas de exemplares do suplemento
do Público «Fugas», com crónicas gastronómicas («O Gato das Botas») de Miguel
Esteves Cardoso:
Nas crónicas gastronómicas
de Miguel Esteves Cardoso — que saem na Fugas, o suplemento do Público
aos sábados —, o escritor embevece-se com, aparentemente, pouco (um pitéu, algum
requinte de culinária, uns simples pratos tradicionais). Relanceia o exemplar
que te tenha calhado e vê como estes textos ficam entre a apreciação crítica, o
artigo de opinião, a crónica.
Escreve um texto no mesmo
género, um pouco mais pequeno, de idêntico teor gastronómico, culinário, etc. (No
manual a apreciação crítica está explicada na p. 340, mas não será demasiado
útil ires ler agora.)
Foco principal nestes
textos de MEC: um restaurante; um prato; uma refeição (mesmo sem ser em
restaurante); um dado alimento; um ingrediente.
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