Tuesday, September 06, 2022

Aula 79-80

Aula 79-80 (27 [1.ª, 3.ª], 28/fev [5.ª, 4.ª]) Correção do comentário comparativo escrito na aula anterior.

Na p. 135, definem-se tipos de cómico. Lê essas definições e, depois de assistires a trecho de Último a sair — «O milagre de Bruno» —, faz corresponder às descrições 1 a 7 as seguintes siglas para os três tipos de cómico: S(ituação), C(aráter), L(inguagem).

1.            Bruno Nogueira apanhado a andar com relativo à vontade quando ainda usava cadeira de rodas no dia anterior. Facto de, à pergunta sobre o que se estava a passar, responder que comia um iogurte muito bom (e fingir não ter reparado estar em pé sem auxílios).

2.           Credulidade (ingénua mas também «beata») de Roberto Leal, que aceita todas as explicações de Bruno acerca do milagre, mesmo as mais ridículas.

3.           Descrição pormenorizada que Bruno faz da apresentação atual de Nossa Senhora («topezinho da Bershka», «brincos da Accessorize», «mandou alinhar a direção»).

4.           Descaramento de Bruno ao inventar mentiras à medida que Roberto lhe pede pormenores ou estranha a situação inicial.

5.           «Aaaaaah» muitíssimo alongado de Bruno (para ganhar tempo para pensar na mentira).

6.           «Ganda Bruno», «já lerparam», «estive a esgalhar mais três», «metem os outros num chinelo» no discurso de Nossa Senhora como reportado por Bruno Nogueira (e «chuta» deste para a Virgem).

7.           «Posso te dar um beijo?» — pergunta Roberto Leal. «Onde? Não vale a pena» — responde Bruno.

Em «A história de Bruno» (Último a sair), encontra aspetos de cada tipo de cómico:

De situação — Quando Bruno julgava poder mentir sem ser desmascarado (por nenhum dos presentes conhecer Angola), Luciana, que conhece Angola, pergunta-lhe _______ em que tudo se passara.

De linguagem — ________ angolano cunhado por Bruno (caricaturando certos nomes de localidades angolanas).

De caráter — ________, enquanto mitómano (mentiroso compulsivo); e todos os outros, demasiado ________, embevecidos com a história obviamente inventada.

Vai ouvindo a canção cuja letra pus atrás. Relaciona essa canção («Os maridos das outras», de Miguel Araújo) — a sua moralidade — com o tópico essencial da parte da Farsa que estivemos a ver hoje (pp. 132-133). Inclui, pelo menos, uma citação da peça.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

«Os maridos das outras» (Miguel Araújo)

Toda a gente sabe que os homens são brutos

Que deixam camas por fazer

E coisas por dizer.

 

São muito pouco astutos, muito pouco astutos.

Toda a gente sabe que os homens são brutos.

 

Toda a gente sabe que os homens são feios

Deixam conversas por acabar

E roupa por apanhar.

 

E vêm com rodeios, vêm com rodeios.

Toda a gente sabe que os homens são feios.

 

Mas os maridos das outras não

Porque os maridos das outras são

O arquétipo da perfeição

O pináculo da criação.

 

Dóceis criaturas, de outra espécie qualquer

Que servem para fazer felizes as amigas da mulher.

E tudo os que os homens não...

Tudo que os homens não...

Tudo que os homens não...

 

Os maridos das outras são

Os maridos das outras são.

 

Toda a gente sabe que os homens são lixo

Gostam de músicas de que ninguém gosta

Nunca deixam a mesa posta.

Abaixo de bicho, abaixo de bicho.

Toda a gente sabe que os homens são lixo.

 

Toda a gente sabe que os homens são animais

Que cheiram muito a vinho

E nunca sabem o caminho.

 

Na na na na na na, na na na na na.

Toda a gente sabe que os homens são animais.

 

Mas os maridos das outras não

Porque os maridos das outras são

O arquétipo da perfeição

O pináculo da criação.

 

Amáveis criaturas, de outra espécie qualquer

Que servem para fazer felizes as amigas da mulher.

E tudo os que os homens não...

Tudo que os homens não...

Tudo que os homens não...

 

Os maridos das outras são

Os maridos das outras são

Os maridos das outras são.

Se terminares cedo, resolve o ponto 2 na p. 134 (mas decidindo apenas os adjetivos aplicáveis a Pêro): . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

E, em Escrita, o ponto 1.1 (da mesma p. 134):

(a) ________                            (c) _________

(b) rico, ____, conhecido        (d) eloquente, com capacidades _____, galante

Divide em sílabas métricas os vv. 365, 366, 432, 443:

_______________________________

_______________________________

_______________________________

_______________________________

TPC — Lê (basta ler, não é preciso responder às perguntas), em torno da Farsa, «As personagens: caracterização e relações entre elas» (pp. 164-165).

 

 

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