Sunday, September 08, 2024

Aula 44

Aula 44 (26 [1.ª], 27 [3.ª], 28/nov [4.ª]) A Parte B do Grupo I da prova nacional de Português deste ano (2024, 1.ª fase) usou um texto de Álvaro de Campos que tem que ver com a nostalgia da infância (que já conhecemos quer no ortónimo quer, precisamente, em Álvaro de Campos).

PARTE B

Leia o poema.

Depus a máscara e vi-me ao espelho...

Era a criança de há quantos anos...

Não tinha mudado nada...

 

É essa a vantagem de saber tirar a máscara.

5             É-se sempre a criança,

O passado que fica,

A criança.

 

Depus a máscara, e tornei a pô-la.

Assim é melhor.

10           Assim sou a máscara.

 

E volto à normalidade como a um términus de linha.

Álvaro de Campos, Poesia, edição de Teresa Rita Lopes, Lisboa, Assírio & Alvim, 2002, p. 514.

*4. Explique a importância da máscara na construção da dualidade do sujeito poético, tal como é apresentada ao longo do poema.

*5. Depois de tirar a máscara, o sujeito poético opta por tornar a pô-la.

Justifique essa opção, com base em dois aspetos significativos.

6. Considere as afirmações seguintes sobre o poema.

I. O ato de se ver ao espelho sugere o desejo de autoconhecimento por parte do sujeito poético.

II. O sujeito poético anseia voltar a viver o seu tempo de infância.

III. A coexistência de versos longos e de versos curtos contribui para o ritmo do poema.

IV. O recurso às reticências, no verso 3, indicia a frustração sentida pelo sujeito poético.

V. No texto, evidenciam-se características da linguagem poética de Álvaro de Campos, como a liberdade formal e o uso de anáforas.

Identifique as três afirmações verdadeiras. Escreva, na folha de respostas, os números que correspondem às afirmações selecionadas.

Depois de vermos parte do segundo episódio de O Programa do Aleixo, série 2, na linha sob os constituintes destacados identifica a função sintática que desempenham.

Na Rússia, uma mulher sobreviveu ao ataque de um urso polar.

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Os ursos polares são os branquinhos,  Busto.

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Como os ursos são branquinhos, toda a gente lhes quer fazer festinhas.

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Ø [Eu]                        Sempre soube que os ursos polares eram os mais perigosos.

Sujeito (subentendido)                       _________________________________

 

O Busto julga-se     mais biólogo do que os outros.

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Diz-me o nome da tua rede wireless para eu me ligar à internet.

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O nome que eu tinha era «BrunoAleixo2000» e a internet estava lenta.

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Olha, chegou o Bussaco.

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Os ursos polares não caem em truques básicos.

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Fui para o Polo Norte   a pé.

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Eu acho que a minha prima deve ser boa.

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O Nélson acha a prima    boa.

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Já conheces textos «deambulatórios». Lemos o ano passado poemas de Cesário Verde em que o sujeito poético vai observando o contexto e refletindo sobre ele, ou pensando em si próprio, à medida que passeia pela cidade. Alberto Caeiro também poderia escrever textos assim, ainda que observando paisagens campesinas (e evitando refletir muito ou, pelo menos, dizendo-nos que não refletiria). Podemos criar texto no mesmo estilo, de quem vai andando (e pensando), mas em prosa — ou em prosa quase poética.

Escreve texto com características de prosa poética deambulatória. O narrador passeia pela cidade e vai observando e refletindo.

Cada período deve ter mais uma palavra que o anterior. Um dos critérios para aferir qualidade do resultado é não se perceber que havia algum constrangimento formal.

Exemplo:

Passeio. Melhor, divago. Erro sem destino. Vou não sei aonde. Esta Lisboa que observo assusta-me. E, no entanto, conheço-a desde criança.

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TPC — Termina as frases iniciadas em aula e trá-las na próxima aula.

 

 

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