Aula 44
Aula 44 (26 [1.ª], 27 [3.ª], 28/nov [4.ª]) A Parte B do Grupo I da prova nacional de
Português deste ano (2024, 1.ª fase) usou um texto de Álvaro de Campos que tem que ver com
a nostalgia da infância (que já conhecemos quer no ortónimo quer,
precisamente, em Álvaro de Campos).
PARTE B
Leia o poema.
Depus a máscara e vi-me ao espelho...
Era a criança de há quantos anos...
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
5 É-se sempre
a criança,
O passado que fica,
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor.
10 Assim sou a
máscara.
E volto à normalidade como a um términus de linha.
Álvaro de Campos, Poesia, edição de Teresa Rita Lopes,
Lisboa, Assírio & Alvim, 2002, p. 514.
*4. Explique a importância da
máscara na construção da dualidade do sujeito poético, tal como é apresentada
ao longo do poema.
*5. Depois de tirar a
máscara, o sujeito poético opta por tornar a pô-la.
Justifique essa opção, com
base em dois aspetos significativos.
6. Considere as afirmações
seguintes sobre o poema.
I. O ato de se ver ao
espelho sugere o desejo de autoconhecimento por parte do sujeito poético.
II. O sujeito poético anseia
voltar a viver o seu tempo de infância.
III. A coexistência de versos
longos e de versos curtos contribui para o ritmo do poema.
IV. O recurso às reticências,
no verso 3, indicia a frustração sentida pelo sujeito poético.
V. No texto, evidenciam-se
características da linguagem poética de Álvaro de Campos, como a liberdade
formal e o uso de anáforas.
Identifique as três afirmações verdadeiras. Escreva, na
folha de respostas, os números que correspondem às afirmações selecionadas.
Depois
de vermos parte do segundo episódio de O
Programa do Aleixo, série 2, na linha sob os constituintes destacados identifica
a função
sintática que desempenham.
Na Rússia, uma mulher sobreviveu ao ataque de um urso polar.
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Os ursos polares são os branquinhos, Busto.
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Como os ursos são
branquinhos, toda a gente lhes
quer fazer festinhas.
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Ø [Eu] Sempre soube que os ursos polares eram os mais
perigosos.
Sujeito (subentendido) _________________________________
O Busto julga-se mais
biólogo do que os outros.
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Diz-me o nome da tua rede wireless para eu me ligar à internet.
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O nome que eu tinha era «BrunoAleixo2000» e a internet estava lenta.
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Olha, chegou o Bussaco.
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Os ursos polares não
caem em truques básicos.
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Fui para o Polo Norte a pé.
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Eu acho que a minha prima deve ser boa.
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O Nélson acha a prima boa.
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Já conheces textos
«deambulatórios». Lemos o ano passado poemas de Cesário Verde em que o
sujeito poético vai observando o contexto e refletindo sobre ele, ou pensando
em si próprio, à medida que passeia pela cidade. Alberto Caeiro também poderia
escrever textos assim, ainda que observando paisagens campesinas (e evitando
refletir muito ou, pelo menos, dizendo-nos que não refletiria). Podemos criar
texto no mesmo estilo, de quem vai andando (e pensando), mas em prosa — ou em prosa
quase poética.
Escreve texto com características de prosa poética
deambulatória. O narrador passeia pela cidade e vai observando e refletindo.
Cada período deve ter mais uma palavra que o anterior. Um dos
critérios para aferir qualidade do resultado é não se perceber que havia algum
constrangimento formal.
Exemplo:
Passeio. Melhor, divago. Erro sem destino. Vou não sei aonde. Esta
Lisboa que observo assusta-me. E, no entanto, conheço-a desde criança.
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TPC — Termina as frases
iniciadas em aula e trá-las na próxima aula.
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