Saturday, September 07, 2024

Aula 50-51

Aula 50-51 (5 [3.ª], 6 [1.ª, 4.ª]) Correções.



Os itens que se seguem tratam de crónica de Luís Filipe Borges, «Muda de vida», do filme Clube dos Poetas Mortos e de conteúdos dados ou revistos há pouco tempo. Não recorras ao manual nem a outras fontes. Circunda a melhor alínea de cada item.

O rapaz choroso que é referido no primeiro parágrafo era conduzido por um

a) professor e advogado.

b) encenador profissional.

c) economista e professor.

d) economista e advogado.

 

O «miúdo de quinze anos» (cfr. primeiro parágrafo) é

a) um rapaz conhecido do autor.

b) o próprio narrador, mais novo.

c) o destinatário do texto.

d) o protagonista desta crónica.

 

O uso do presente do Indicativo nos primeiros parágrafos («Estamos»; «chora»; «vai»; etc.) resulta de

a) simultaneidade entre ato de enunciação e o que se relata (o enunciado).

b) esse tempo verbal poder adequar-se à expressão do futuro.

c) intenção de se exprimir aspeto imperfetivo da ação.

d) vontade de se dar um facto passado como se fosse presenciado na atualidade.

 

«Não é o que está a pensar, chiça» (1.º parágrafo, ll. 4-5) previne

a) inferência de que o aluno era «graxista».

b) conjetura de que o professor tivesse batido no aluno.

c) que os leitores pensem que o aluno tinha reprovado.

d) possibilidade de se julgar estar em causa um ato pedófilo.

 

Na terceira linha do segundo parágrafo, «prof» é um exemplo de

a) sigla.

b) acrónimo.

c) truncação.

d) amálgama.

 

«Oh Captain, my Captain» (terceiro parágrafo) é uma citação

a) inventada no filme Clube dos Poetas Mortos.

b) de verso de Walt Whitman.

c) de fala de peça de Shakespeare.

d) de trecho de Álvaro de Campos.

 

Em «o considero meu mestre» (fim do 2.º período do quarto parágrafo), os constituintes sublinhados são, respetivamente,

a) sujeito, complemento direto.

b) complemento indireto, complemento direto.

c) complemento direto, predicativo do complemento direto.

d) complemento oblíquo, complemento direto.

 

«Ontem o professor telefonou-me» (1.º período do quinto parágrafo), em termos de tempo e de aspeto, indica

a) simultaneidade e aspeto perfetivo.

b) posterioridade e aspeto iterativo.

c) anterioridade e aspeto perfetivo.

d) anterioridade e aspeto imperfetivo.

 

«Continuo a tratá-lo assim» (2.º período do quinto parágrafo) implica

a) simultaneidade e aspeto imperfetivo.

b) anterioridade e aspeto imperfetivo.

c) simultaneidade e aspeto perfetivo.

d) posterioridade e aspeto habitual.

 

Ainda no começo do quinto parágrafo, o 2.º período — «Continuo a tratá-lo assim, artigo definido em destaque, embora ele mo desaconselhe» — significa que o professor

a) lhe pedia para o tratar sem artigo.

b) lhe pedira para usar tratamento mais informal.

c) lhe pedira que o tratasse por tu.

d) preferia o uso de «stor» ao uso, mais académico, de «professor».

 

«artigo definido em destaque» (5.º parágrafo) traduz que, para o narrador, aquele professor

a) não se confunde com os outros.

b) é o mais definido.

c) é o mais indefinido.

d) é um entre vários.

 

Na l. 9 da segunda coluna (portanto, no quinto parágrafo), na oração subordinada adjetiva relativa restritiva «que publica de quando em vez», «que» desempenha a função sintática de

a) sujeito.

b) modificador restritivo do nome.

c) complemento direto.

d) complemento oblíquo.

 

«apercebo-me de que o tempo é maleável» (no final do quinto parágrafo) alude à circunstância de

a) o narrador facilmente se transportar para o passado.

b) o protagonista ser capaz de desenvolver diversíssimas atividades.

c) se ter esbatido a diferença etária entre as duas personagens.

d) a personagem estar disposta a mudar radicalmente vida.

 

Em «Previsível o professor nunca foi, graças a Deus» (último período do sexto, e penúltimo, parágrafo), «previsível» desempenha a função sintática de

a) modificador de frase.

b) predicativo do sujeito.

c) complemento direto.

d) predicativo do complemento direto.

 

No sétimo, e último, parágrafo, em «E, quando desligo o telefone, sou outra vez o miúdo de 15 anos [...]», a vírgula após a conjunção «e»

a) está incorreta.

b) está correta, porque isola-se depois uma oração subordinada temporal.

c) está correta, porque fazemos realmente uma pausa a seguir à conjunção.

d) está incorreta, porque não estabelecemos qualquer pausa entre as duas conjunções («e» e «quando»).

 

«quando desligo o telefone» desempenha a função sintática de

a) oração.

b) modificador de frase.

c) modificador de grupo verbal.

d) complemento oblíquo.

 

Neste mesmo sétimo parágrafo, o narrador revela

a) saudade dos tempos de adolescente.

b) indecisão quanto à melhor forma de ajudar um amigo.

c) tristeza quanto ao que o destino trouxera ao ex-professor.

d) angústia por ter estragado uma amizade de tantos anos.

 

Os anseios do professor de Economia, bem como os dos alunos de Clube dos Poetas Mortos, obedecem a uma perspetiva

a) epicurista (à Reis; ou à Caeiro).

b) estoica (à Reis).

c) inconformista.

d) futurista.

 

Na interpretação original, horaciana, de «Carpe diem» — que é a seguida por Ricardo Reis —, o conselho a dar ao professor seria

a) o no título do texto: «Muda de vida».

b) «Arrisca, que a vida são dois dias».

c) «Tudo vale a pena se a alma não é pequena».

d) «Deixa-te estar, vive o melhor possível a tua situação atual».

 

«Esta aposta pode correr mal» — frase que invento — exemplifica a modalidade

a) apreciativa.

b) epistémica (valor de probabilidade).

c) deôntica (valor de permissão).

d) deôntica (valor de obrigação).

 

A água cai

 

A água cai do céu singelo.

Cai como cabelo,

A cair pelos ombros de uma rapariga.

 

A água cai,

Criando poças no asfalto,

Espelhos sujos com nuvens e prédios no interior.

 

Cai sobre o telhado da minha casa.

Cai sobre a minha mãe e no meu cabelo.

 

A maioria das pessoas chama-lhe chuva.

[de personagem de Paterson, filme realizado por Jim Jarmusch]

Escreve poema que, tal como sucede em «A água cai», se foque num objeto ou circunstância (aqui era a chuva), descritos com sentido de observação (podendo recorrer-se a comparações, metáforas ou outras figuras), terminando-se de modo liminar, talvez surpreendente.

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Classifica os que quanto à classe de palavra (pronome relativo; conjunção completiva). No caso dos pronome relativos, diz a função sintática que desempenham.

Gosto de ti (Luísa Sobral)

 

Gosto de ti, dos pés aos cabelos,

Da ponta dos dedos até à ponta do nariz.

 

Gosto de ti, de cada pestana,

Da pele, que é cama | _______

Das constelações que eu fiz. | _______

 

Gosto de ti e sinto até dores no peito,

Mas é só feitio, não defeito,

É amor a transbordar.

Gosto de ti

E, quando se gosta assim,

Só nos dá para cantar.

 

Gosto de ti, das tuas bochechas,

Sei que foram feitas para beijar devagar. | _______

 

E gosto de ti, dos tornozelos,

Até dos cotovelos, que não são fáceis de amar. | _______

 

Gosto de ti e sinto até dores no peito,

Mas é só feitio, não defeito,

É amor a transbordar.

Gosto de ti,

Gosto só porque sim, porque é tão bom gostar.

Compara a abordagem ao tema do amor na letra da canção de Luísa Sobral com a atitude que vimos na cantiga de amor e no soneto de Camões estudados na última/penúltima aula. Refere dois aspetos distintivos.  

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Depois de vermos o passo de O último a sair, completa com valor temporal (anterioridade, simultaneidade, posterioridade), valor aspetual (perfetivo, imperfetivo, habitual, iterativo, genérico) e valor modal (epistémico, deôntico, apreciativo).

Frases de O último a sair«Terapia de relaxamento»

v  a  l  o  r  e  s

temporal

aspetual

modal

Aprendi em Algés uma técnica de relaxamento à base de peixe.

______

______

XXXXXX

Isto é só malucos, meu, fogo!

______

______

______

Não posso explicar antes [ser à base de peixe].

simultaneidade

XXXXXX

______

Fecha os olhos, vai respirando.

______

______

______

deôntico (obrigação)

Estás a sentir?

______

imperfetivo

XXXXXX

Não andamos aqui a mandar com uma sardinha uns aos outros.

______

______

XXXXXX

Com uma dourada é que é!

XXXXXX

XXXXXX

______

Andaram a mexer no armário dos medicamentos...

______

______

XXXXXX

Eu estou parvo, de certeza absoluta.

______

______

______

Tens de tomar a raia de oito em oito horas.

______

______

______

Estragou a raia.

______

______

XXXXXX

Porque isto está a afetar-me mesmo!

______

______

______

______

Resolve «Praticar», 1, na p. 329. [Circunda a alínea certa:] (A) | (B) | (C) | (D).

TPC — Volto a falar das leituras de livros. O que se pretende é que leiam várias obras. Portanto, assim que já tenham lido a que me anunciaram, deviam ir logo pensando em outra leitura. (Por outro lado, quem ainda me disse/escreveu nada deve fazê-lo.)

 

 

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