Aula 6 da Quarentena (= 121-122)
Aula
121-122
[= Quarentena 6] (26 [5.ª], 27/mar [4.ª, 9.ª, 3.ª]) Informações:
1 — O slide da
Apresentação desta aula não é por haver num dos álbuns do Astérix uma
personagem «Coronavirus» (o que é verdade e tem sido bastante «viral») mas por
ter morrido anteontem Albert Uderzo (pronuncie-se à francesa, «Uderz[ô]»), o
ilustrador da dupla de autores original Goscinny-Uderzo. O autor do texto
escrito, René Goscinny, já morrera em 1977.
2 — Ontem de
manhã terminei o lançamento dos comentários a cada microfilme a pretexto de
poesia de Pessoa.
3 — Tenho
estado a recolher os trabalhos
da Quarentena (já tenho os da quase totalidade dos alunos; espero, no final, que ninguém
falhe, mesmo que com uns atrasos).
Nesta primeira parte
da aula queria ainda «dar matéria». Afinal, desta vez temos livre aquela
meia-hora em que costumo explicar as perguntas dos questionários de gramática
devolvidos.
Avançaremos mais um
pouco no Ano da Morte de Ricardo Reis,
lendo «As notícias dos jornais» (pp. 258-259 do manual). Com este texto
fecha-se o cap. 1 da obra de Saramago. Notem que já lemos em aula, só com os
textos do manual, praticamente todo o cap. 1 de OAMRR. Significa que, a partir de agora, se não tinham já lido o
livro, podem seguir a história com alguma facilidade, aproveitando as férias da
Páscoa para prosseguir pelas páginas do livro de Saramago.
Mais à frente,
reproduzo uns quadros do manual que podem ir apoiando a vossa leitura do resto
de OAMRR.
Para já, o trecho de
hoje, o final do cap. I:
Para responderes à pergunta 2.1 (p. 259), distribui os
tópicos que te dou pelas duas alíneas (juntei quatro tópicos que não estão no
texto, a eliminar, portanto):
recuperação de Dolores Aveiro
invasão italiana da Etiópia
inauguração da exposição na Agência Geral
das Colónias
regresso de Frederico Varandas ao
exército
cheias no Ribatejo
bodos aos pobres usados como propaganda
doenças
perda de peso de Cristina Ferreira
tropas inglesas na Líbia
infeção do Príncipe Carlos mas não de
Camila
concurso de beleza infantil
a) retrato social e político do país — . . . . . .
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b) política
internacional — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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c) futilidades
a eliminar— . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Responde à pergunta 3 (ainda
na p. 259) — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Compara as tuas
respostas com as soluções na Apresentação:
No rol de citações de
notícias que são as linhas 5 a 44, o narrador vai justapondo um comentário
(irónico, crítico) às reproduções do que Reis ia lendo no jornal.
Pegando tu em jornais
em papel que tenhas por perto (ou, mas em último caso, inspirando-te em jornais
on-line) usa o mesmo método (citação + comentário + citação + comentário …),
para um trecho que inclua umas cinco notícias contemporâneas. (Vai conservando contigo estes pequenos escritos, que te
poderei pedir a qualquer momento.)
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Na aula de hoje não
procederei como nas aulas presenciais quanto às conversas sobre avaliação
com cada um dos alunos. Desta vez, terão de esperar pelas pautas/página da
escola (parece que às 15 horas de 3 de abril), para saberem a nota; e, para
terem comentário meu, terão de esperar pelas sínteses no Inovar (que, imagino,
serão ainda posteriores). Não descarto pôr essas sínteses (aliviadas de
elementos mais pessoais) numa zona do blogue recatada, mas isso sucederia
sempre já depois dos conselhos de turma. Mas não sei se irei por aí. Enfim,
pelo menos não deixem de ler as sínteses do Inovar, que ainda demorarão decerto
a estar disponíveis (costuma ser já no início do 3.º período)
O que farei agora é
dar-lhes ideia de como chegarei à vossa classificação. Prevenção: ainda há
muitas informações que nós próprios vamos ter nestes dias e que podem influenciar-nos
nas notas a atribuir. Estes conselhos de turma, ainda que por vídeoconferência,
serão decerto ainda mais reflexivos do que os habituais. E, além disso, eu
próprio queria ainda gerir os muitos papéis vossos que ainda tenho por aqui
(corrigidos ou ainda por corrigir; acabados de chegar ou já relativamente
antigos).
De qualquer modo,
posso dizer provisoriamente o seguinte.
As notas do 2.º período incorporam as do 1.º
período (isto é, incluem também as do 1.º, não exatamente numa espécie de
média, mas numa média, digamos dinâmica,
que vai acumulando os dados anteriores e tem em conta também a evolução havida).
Relativamente às áreas
do Português que devemos ter em conta, lembram-se que no 1.º período
tivemos de contornar o facto de não termos tido atividades de oral.
Desta vez, há um trabalho importante que é sobretudo de oral (o trabalho vídeo/áudio a pretexto de poema de
Pessoa). Ainda neste domínio, mas muito menos significativa, houve uma
tarefa de leitura expressiva, em aula,
com versos escolhidos em livros de poesia do século XX. (Tinha pensado
fazermos também as recitações de poemas de Mensagem,
o que ficou, por enquanto, sem efeito — será tarefa que pode vir a ter de ser
reformulada, dependendo de como seja o 3.º período.)
Quanto à escrita,
dividiria os elementos que tenho em redações
feitas em aula (muitas pequenas; outras, mais raras, maiores) e redações pedidas para casa (em menor
número, mas, em geral, maiores). As três tarefas
feitas durante a quarentena inscrevem-se, de certo modo, neste último grupo
(escrevo isto quando ainda estou a receber as tarefas da quarentena, mas a
ideia que vou formando é que quem falhou estas tarefas é quem também nem sempre
faz o que é pedido para casa).
Quanto à compreensão
de textos (a leitura propriamente dita — não
confundir com leitura em voz alta), terei sobretudo em conta o que se foi
passando em aula. Tenho noção de quem vai trabalhando com concentração ou um
pouco mais distendidamente e da capacidade em resolver bem as tarefas de
leitura. Fizemos ainda três questionários
de compreensão, mas que acabaram por ser também de gramática. Tê-los-ei em
conta mais para efeitos da aferição da gramática, ainda que neles se note
igualmente a importância das vossas capacidades de compreensão de textos. (No
quadro que aparecerá à frente, estes três questionários surge nas filas
relativas a «Leitura» e são depois repetidos nas filas de «Gramática».
O testemunho que
tenho do vosso nível em gramática são os tais três questionários de compreensão/gramática
(para além do que sei, mais caoticamente, por ir seguindo o que se passa em
aula). Se estas duas últimas semanas tivessem sido presenciais, teríamos tido
um questionário daqueles só com gramática, que percorreria tudo o que demos
neste domínio (e a pedir resposta «ativa» e não apenas seleção). Isso faz
falta, até porque tinha a esperança de que, para alguns que têm estado mais
fracos nesta área, houvesse uma derradeira tentativa de recuperar a matéria
numas horas de estudo. Não é relevante alguns não terem feito o terceiro
questionário de compreensão/gramática (quando olho para estes elementos,
interessa-me a imagem global do aluno nessa área, não sou contabilístico —
aborreceu-me mais que não tivessem seguido a correção que se fez do questionário
anterior, mas que talvez tenham seguido pela apresentação da aula 111-112).
Entretanto,
atravessam a perspetiva acerca destes quatro domínios aspetos como a pontualidade,
a assiduidade, o investimento em leituras voluntárias, etc. São dados ora
interiorizados ora atestáveis que se misturam com os das outras áreas sem que sejam
objeto de aritméticas.
No quadro a seguir
pus as tarefas, não direi mais importantes, mas as que anoto na caderneta. Desta
vez não pode haver as marcas a verde que costumavam aparecer nas folhas dos que
falham por vezes. Ficam só na caderneta.
Ainda tenho comigo alguns
trabalhos. Além dos questionários de gramática/compreensão, de um texto
argumentativo sobre Greta/gentrificação e de uns restos de Ética/Desporto, de
cujas classificações já fui dando informação nas aulas anteriores, tenho ainda
um conjunto de textos argumentativos em torno do Covid-19 (aula 111-112), uns
textos poéticos segundo modelo de Ana Luísa Amaral, uns parágrafos com argumento-exemplo
e, é claro, as tarefas da Quarentena.
Estas, estou ainda a
corrigi-las. São aliás textos que se leem com gosto. Felizmente, quase todos os
ficheiros têm chegado com os títulos certos (Quarentena de ...), o que me
facilita a vida. (Já me chegaram as tarefas da Quarentena da grande maioria dos
alunos — estou a escrever ainda na quarta-feira; se, quando leres isto, ainda
não o tiveres feito, tenta ainda enviar-mas. O mesmo direi dos raríssimos casos
em que ainda aguardo o trabalho de fundo de Pessoa.)
Não lhes vou poder
devolver agora estes trabalhos, nem lhes direi o que neles anotei. Se se
confirmar que as aulas continuarão a não ser presenciais, juntarei num PDF os
trabalhos corrigidos de cada um e enviá-lo-ei por mail. Mas nada disto pode ser
feito imediatamente.
Nesta altura da aula,
se tudo fosse normal, ficariam a ver o final do filme que tivéssemos vindo a
seguir nas semanas anteriores e eu iria falando com cada um. Como isso não é
possível, deixo-lhes só uns trechos de O
Sentido da Vida (dos Monty Python, aliás, realizado por Terry Jones, que
homenageámos ainda na fase das aulas ante
Covid-19).
Primeiro, um trecho com
máscaras e batas de hospital, o capítulo 1 de O Sentido da Vida:
E duas canções otimistas:
Para os
próximos dias até ao 3.º período — vão lendo, se ainda não o tinham feito, O Ano da Morte de Ricardo Reis.
Como alguns se têm
queixado de haver demasiadas referências histórias, alusões a acontecimentos
dos anos de 1935 e 36, que têm dificuldade em perceber, queria sugerir-lhe que,
à medida que vão lendo, consultassem os quadros na pp. 245 («Breve cronologia»)
e 246-248 («[A estrutura]»). Reconhecerão melhor os factos históricos,
políticos, que se cruzam com a intriga. Ficam aqui essas quatro páginas do
manual.
Se lhes sobrar tempo,
deem um relance a este filme, em duas partes, sobre Antero de Quental (é uma ficção, mas com muitos elementos
documentais). No próximo período teremos de rever Antero. Era mesmo por ele que
queria começar as nossas revisões no 3.º período.
Anthero: O Palácio da Ventura — Parte 1
Anthero:
O Palácio da Ventura — Parte 2
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