Currículo
NonoprimeiríadaS
ou estâncias à maneira de Os Lusíadas, com o esquema
rimático A-B-A-B-A-B-C-C, sobre o 9.º 1.ª, feitas
pelos alunos da turma, em alguns tepecês de
Português, no ano lectivo 2006-2007,
na Escola Secundária José
Gomes Ferreira, em
Benfica, Lisboa
Junho de
2007
{não ligar à indicação de páginas, que só interessa para a edição impressa}
[Nota prévia] (p. 1)
[Proposição] (p. 2)
[Invocação] (p. 6)
[Dedicatórias] (p. 7)
Alexis (p. 7); A. Catarina (7); André (7); Bárbara (8); Brigitta (8); Bruno (9); Carlos André (9); Catarina C. (10); Daniel (11); Diogo (11); Eliana (12); Elizângela (12); Gustavo (13); Henrique (14); Inês (15); Joana G. (15); Joana A. (16); João A. (17); João G. (17); Nuno (18); Patrícia (19); Paula (19); Pedro (20); Ricardo (21); Ruben (21); Sara M. (22); Sara C. (22); Sara P. (23).
[Narração] (p. 23)
Dona Emília (p. 23); Fulano de tal (23); Pais (24); João Berga e as cábulas (24); Henrique a dormir na aula (24); Nos contentores (25); Visita de estudo a Sintra (25); Bárbara vs. Inês (27); Ida à Luz para assistir ao Auto da Barca (27); Apresentação sobre 25 de Abril (p. 28); Outra apresentação sobre 25 de Abril (28); Ida ao Colombo (29); Passeio a Monsanto (29); O «corredor da morte» (29); Rapazes vs. raparigas (30); Aniversário de Bárbara (30); Desodorizante (31); Odorizante (31); Aula de substituição (32); Praxes (32); Chukie (32); Filme sobre bullying (33); Visita à ETAR (34); Enfermeiro (34); Menina Evax (35); Confusões no Laboratório de Química (35); As prometidas plantas da sala (35); Consílio dos deuses (36).
Não se reproduzem todas as estrofes que foram entregues. Ficam de fora as que tinham falhas no esquema rimático pedido (rima cruzada nos seis primeiros versos, emparelhada no dístico final); ou as que, embora bem escritas, eram demasiado sérias para uma epopeia deste género. Aceitaram-se algumas rimas apenas toantes, mas serão raras. Também é verdade que, quanto a sílabas métricas, os versos não seguem o exacto modelo dos Lusíadas (não há estrofes rigorosamente decassilábicas).
Há alunos que têm mais do que uma oitava que os tome por assunto e outros sobre que há apenas uma. A culpa foi de quem falhou os tepecês que correspondiam a essas estâncias — ou, mais ainda, de quem não soube planear tudo devidamente, evitando injustiças destas. Dito isto, fica claro que o número de oitavas não se relaciona com a popularidade que cada aluno possa ter, apenas com a preguiça ocasional do colega que se lhe seguia, ou o precedia, na pauta.
As primeiras páginas equivalem à Proposição (anunciam-se os feitos do 9.º 1.ª) e, por vezes, à Invocação (pede-se inspiração); segue-se uma homenagem a cada um dos alunos, uma Dedicatória; a Narração reúne as oitavas em que se contam episódios que a turma quis relatar.
A autoria das estrofes está no final de cada uma, entre parênteses curvos. Os assuntos ficam no cimo da estância, entre parênteses rectos.
Cantarei as múltiplas aventuras,
Desventuras e acontecimentos,
Os contentamentos e as amarguras,
Falarei dos dias mais turbulentos.
Deixarei espaço para coisas futuras
Mas não desprezarei os bons momentos.
Contra as aulas e os professores,
É mesmo uma turma de vencedores.
(Brigitta)
Não há uma aula silenciosa.
Todos conversam, ninguém está atento.
É uma turma feliz mas desastrosa,
Onde só há sorrisos e contentamento.
É uma turma nada vagarosa,
Que trata todos com descaramento.
É sem dúvida uma aberração.
À espera de solução.
(Brigitta)
Nesta turma o riso paira no ar.
De tédio nunca podes morrer,
Pois existe sempre uma piada para contar.
Mesmo que os professores os tentem deter,
Uma algazarra depressa podem gerar.
Por muitas faltas e sermões que possam obter,
As suas gracinhas e piadinhas vão largando
E a animação louca vai ficando!
(Eliana)
A turma nove um está sempre a pensar,
Na próxima coisa feia a fazer:
Será gozar ou andar a gozar,
Mas faremos para nos putos não bater.
Temos de ter cuidado para os «profes» não gozar
Para que não nos vão suspender,
Só gostamos de falar para o lado, para trás.
Olhem para mim e vejam como se faz.
(João A.)
Têm cerca de onze professores,
Várias disciplinas para estudar,
São vinte e oito amores,
De miúdos a brincar.
Deviam ser trabalhadores,
Mas, em vez disso, gostam é de conversar.
Estou a falar do nono primeira,
Uma turma à maneira!
(João G.)
Por mais que queiram encerrar a brincadeira,
O 9.º 1.ª nunca pára.
É uma turma que dá uma grande trabalheira:
Estão sempre a brincar com a sua cara,
Mas um dia caem da cadeira.
Os professores até levam uma vara
Para os fazer trabalhar,
O que, porém, não está a resultar.
(Joana G.)
Em cada dia há uma para contar,
Das mais simples às mais atrevidas.
Para a atenção de todos chamar
Ou só para pregar algumas partidas.
As aulas eles querem animar
E tornar as coisas mais divertidas.
No 9.º 1.ª os dias são assim...
Brincadeiras até ao fim.
(Eliana)
Ai aquela turma divertida
Que, às vezes, é assanhada
Mas é muito extrovertida;
Por isso anda na palhaçada,
Porque é muito curtida
E as notas a tornam desesperada.
Vamos: toca a estudar
Para boas notas tirar.
(Pedro)
Quando os stores em sala se congregaram
Para o nono primeira debater,
Muitas foram as vozes que afirmaram
Já não saberem o que mais fazer.
Raras foram as aulas que acabaram
Sem ter de se dar a matéria a correr,
Devido à conversa e distracção
Muito barulho e grande confusão.
(Diogo)
O nono primeira a todos convém,
Quer unidos ou separados;
Não ponho as mãos no fogo por ninguém,
Nunca estamos calados,
Estamos sempre a falar mal de alguém,
Um dia ainda somos castigados.
Nesse dia não quero estar por perto,
Não se vá algum armar em esperto.
(Inês)
Quando se pensa em nono primeira,
Logo se pensa em conversa a mais,
Grande agitação, ambiente de feira,
Confusão para TV e Jornais;
Mas ver só isso é pura cegueira
E é dar às notas importância de mais:
Por detrás de um aluno há uma pessoa
E dentro de cada um há uma alma boa.
(Alexis)
Uma turma muito bem humorada,
Mas sempre muito faladora,
Que nem por um segundo está calada
E é, por vezes, pouco trabalhadora.
Uma turma que ninguém põe parada,
Mas muito animadora.
Uma turma com muitas pessoas,
As notas é que não são lá muito boas...
(Sara C.)
A vós vos peço, bons mestres de outrora,
Inspirem-me a alma, dai-me vocação,
A vós vos peço, aqui e nesta hora!
Enchei-me o espírito de imaginação,
Dai-me energia e força para o corpo, agora!
Dai-me necessidade, vontade, dedicação,
Pois sobre a turma quero escrever,
Que todo o mundo veja, o que eu neles posso ver!
(Gustavo)
Vós, Rei Artur, que sempre orientaste
Os cavaleiros no caminho do bem,
Que com justiça e saber julgaste
Desconhecidos e amigos também,
Dai-me engenho, pois, como mataste,
Para se narrar sem magoar ninguém,
É preciso arte e mérito ter,
Inspiração que eu preciso obter.
(Diogo)
Turma por mim lembrada,
Com uma confusão estrondosa!
Por mim agora invocada,
Nesta escrita silenciosa.
Oferece a tua ajuda malvada
E a inspiração corajosa!
Todo o teu estranho encanto,
Para o final deste canto!
(Brigitta)
[Alexis]
Gosta de fazer rir,
O que nas aulas se costuma comprovar,
Dizendo piadas que fazem subir
O som das gargalhadas e mostrar
O humor dos stores a diminuir;
Piadas originais vai sempre encontrar.
É o nadador Alexis Santos
Tratado por Alex por tantos.
(Sara P.)
[A. Catarina]
Dark Side quero ser,
Rituais adoro praticar,
Lucifer quero conhecer,
Para a minha sede de amar saciar.
Com estas roupas a minha mãe não gosta de me ver,
Mas maquilhagem preta tenho de usar:
Moonspell quero «curtir»,
Em novos horizontes quero investir.
(Alexis)
[André]
O André é um bacano:
Mais velho e divertido,
Um bocadinho leviano
E um tanto convencido.
Pena é não ser angolano,
Mas até é bem parecido.
O André tem um animal de estimação,
Com ele tudo é uma animação.
(Bárbara)
[Bárbara]
É da Bárbara que vos vou falar;
Ela está duas mesas mais à frente
Mas, mesmo assim, dá para reparar
Que é bem-disposta e mui sorridente
E que a escola bem podia evitar,
Que esta lhe parece permanente.
Eu gosto da Bárbara, porque sim.
Por ser tão alegre, por ser assim.
(Brigitta)
[Bárbara]
Bárbara Sofia Monteiro Garcia
É este o nome que tenho e gosto de ter.
Estou sempre cheia de alegria,
Tenho sempre com que me entreter.
Modelo ser queria
E um dia concorrer
A Miss Portugal:
E não ficaria nada mal.
(André)
[Brigitta]
Nascida longe, elegante e inteligente,
Sabe bem como ajudar a malta;
Tem uma cara de boneca, ar sorridente,
Cabelo claro e é muito alta.
Pedir ajuda à Brigitta é frequente,
Com ela nada nos falta;
É tão simpática e tão formosa,
Que eu até fico invejosa.
(Bárbara)
[Brigitta]
A Brigitta é uma rapariga sociável
Mas também muito reservada;
Estar com ela é bem agradável,
Embora seja um pouco calada.
Ela é sempre muito amável
E uma boa camarada;
É uma aluna muito inteligente
E não menos persistente.
(Bruno)
[Bruno]
É inoportuno e presunçoso?
Às vezes. É um resmungão?
Também. Nas aulas é ruidoso?
Um pouco. Causa muita confusão?
Sim. Mas é alegre, ambicioso
E, no fundo, tem um bom coração.
Mas então quem será este aluno?
Pois claro que é ele, é o Bruno.
(Brigitta)
[Carlos André]
O Carlos é meu colega
E com ele gosto de jogar;
Dentro de campo é bom estratega,
Ajuda-me sempre a ganhar:
Quando a bola «pega»,
É sempre para ganhar.
Mas que colega bacano
Eu tenho todo o ano!
(Bruno)
[Carlos André]
O Carlos está sempre a levar
Nunca sabe o que fazer,
Mas tem de saber que é a brincar,
Tudo o que devíamos fazer é esquecer.
Embora possas não acreditar,
Carlos, não te queremos ver sofrer:
É que tu és nosso amigo,
Estaremos sempre contigo.
(João A.)
[Catarina C.]
Estavas, divertida Catarina, a dançar,
Quando uma pessoa olhou
Para ti, a bailar e a cantar.
Não se pode dizer que não gostou,
Ficou até a te invejar,
Mesmo se não o confessou.
Essa pessoa era eu, atrás,
Pensando se também era capaz.
(Sara M.)
[Catarina C.]
Estavas, alegre Catarina, sentada a pensar,
Sem nada notares, além do teu pensamento,
Quando, subitamente, apareci eu a saltar.
Uma gargalhada soltaste, para meu contentamento;
Sei que em ti se pode confiar
E estar contigo é sinónimo de divertimento.
Consegues pôr toda a gente a rir,
Quando, desastradamente, estás sempre a cair.
(Sara C.)
[Daniel]
Nesta aventura é marinheiro
Um indivíduo muito singular.
Por vezes, é um pouco desordeiro,
Quando com os outros resolve alinhar,
Mas também consegue ser bem porreiro!
Queixa-se de cenas, passa a atirar.
Com palhaçadas consegue divertir
E toda a tripulação pôr a sorrir.
(Diogo)
[Diogo]
O meu nome nunca vou mudar,
Diogo Figueiredo é o melhor nome a ter,
Demorei a no 9-2 entrar,
Mas a turma já me não vai esquecer;
Estou sempre a trabalhar
Para boas notas obter;
A Universidade vou seguir,
Não há tempo para me divertir.
(Daniel)
[Diogo]
Falar era uma tentação,
Com o grande amigo do lado;
O esforço era uma vocação,
E assim era empenhado.
Porém, às vezes resmungão,
Não se dava por derrotado.
Quanto a isso, que podemos fazer?
Se de ti não nos vamos esquecer.
(Eliana)
[Eliana]
Nesta aventura podemos descobrir
Um elemento muito peculiar:
Os seus olhos bonitos estão a sorrir,
Nela todos podem confiar;
No estudo gosta de investir,
Mas os colegas sabe respeitar.
Ao longo desta história será
Que encontrará quem a merecerá?
(Diogo)
[Elizângela]
Por vezes com a cabeça no ar,
Com uma cara sorridente,
É a Elizângela que vai a passar,
Toda feliz e contente.
Quando pode, tenta ajudar,
De maneira eficiente.
Ora envergonhada, ora extrovertida,
Com uma pitada de divertida.
(Eliana)
[Elizângela]
Estava a Elizângela ali a falar,
Com o professor a sorrir.
Às vezes, está a chorar,
Porque não consegue dormir.
Gosta de dançar e de cantar
E também de música ouvir.
Trabalha em casa como formiga,
É a Elizângela, é uma boa amiga
(Patrícia)
[Elizângela]
Estavas, singela Elizângela, a tentar entender
A razão das aulas de substituição.
Vi no teu olhar: «vais-te render!»
Mas, aí, a tua intuição,
Que dá para dar e vender,
Segredou-te uma canção:
«Só quero estar onde não estou,
Só quero ir para onde não vou».
(Sara P.)
[Gustavo]
Guga, Guga, companheiro,
Muitas risadas damos,
Por vezes, teu humor é matreiro,
E a gozar nos ficamos;
Detestas o clube tripeiro,
O Daniel «picamos».
RPG's gostas de jogar,
E a Darkside chatear.
[Henrique]
[Gustavo]
Normalmente, muito educado,
Pessoa distante,
Sempre muito calado,
De responsabilidade constante;
É também muito empenhado,
Por isso é um bom estudante;
Não sei como é como amigo,
Porque pouco contactou comigo.
(Elizângela)
[Henrique]
É alto e tem a franja escadeada,
Tem o olhar profundo,
A mania que tem piada
E que é melhor que o mundo;
Mas isso não quer dizer nada:
É uma boa pessoa lá no fundo.
Ele curte um bom som,
O Henrique é todo bom.
(Inês)
[Henrique]
É um jovem bem aventurado,
Incómodo, no entanto, admito,
Por todos adorado.
É um grande louco, fica dito,
Mas à amizade é muito dado.
Sim, é esse o seu grandioso fito,
Falo eu do ilustre «Dom» Henrique,
Que quero que para sempre assim fique.
(Gustavo)
[Henrique]
Estavas, Henrique, à volta dos livros, um a um,
A estudar, dizias tu...
Mas, pelo que vejo, continuas sem fazer nenhum:
Vê-los, é tabu
E deles já é longo o jejum
(Diz o roto ao nu!);
Nas aulas tão mal te comportas,
Que fazes os stores falar co'as portas.
(André)
[Henrique]
Estavas, altíssimo Henrique, sereno
E com um olhar atento;
Gesto nobre, por ti executado, bem ameno,
Que foi válido naquele momento,
Em meu coração ganhaste terreno,
Dando-me, um enorme alento
Dedico-te este abraço com emoção,
És o meu grande amigão.
(Bruno)
[Inês]
Adora estudar
Para boas notas ter,
Se positiva não tirar,
A minha mãe vai-me bater.
Enfermagem vou marrar,
Que é o melhor que sei fazer.
Sou pita, não vou mentir,
Mas sou sincera, não sei fingir.
(Henrique)
[Joana G.]
Morena e pequenina,
A Joana é mesmo uma grande amiga!
Uma querida menina,
Muito orgulhosa é esta rapariga,
Que sempre fala em surdina
Nas aulas: tem que se lhe diga!
Simpática e muito fofinha,
Assim é a Joaninha!
(Joana A.)
[Joana G.]
Joana tão bonita continuava
A olhar para um sítio sem fim,
Com os seus olhinhos suspirava
E ficava linda a olhar assim.
Um grande sorriso sustentava
E contagiava-me a mim,
Uma elegância desejada,
Joana é por todos adorada.
(Inês)
[Joana A.]
A Joana é uma grande amiga,
De quem eu gosto bastante.
Tem uma branquinha barriga,
Mas é muito elegante.
Anda sempre de cabeça erguida,
Com um atrelado ajudante.
É uma amiga loira
Que um dia já foi caloira.
(Joana G.)
[Joana A.]
Estavas, Joana, naquele dia tão pouco divertido,
No dia em que discutimos.
Por causa de algo com tão pouco sentido.
Liguei-te para pedir desculpa e assim vimos
Que podíamos ser amigas como nunca tínhamos sido;
A partir desse dia, sempre juntas saímos.
Se calhar esta amizade um dia pode acabar,
Mas não enquanto eu por ela lutar.
(Bárbara)
[João A.]
Ele é alto e desportista;
Tem cabelo comprido e loiro.
Estou a falar dum sportinguista,
Que tem a força de um toiro!
Quando for grande, pode ser futebolista,
Pois os seus remates valem oiro!
Tem energia para dar e vender:
É o Almeida. Quem mais poderia ser?
(João G.)
[João A.]
Entre muitas outras que ele aprontou
Vai ficar na lembrança certamente
O cheirete e a confusão que armou,
Quando, «mui» espalhafatosamente,
Desodorizante em spray lançou,
Empestando a sala completamente.
Veio o Director e, com grande vozeirão,
A todos ameaçou com suspensão.
(Diogo)
[João G.]
És sempre um grande companheiro,
Contigo gosto de estar,
Tal como eu, gostas de dinheiro
(Mas isso toda a gente gosta de ganhar!),
Gostas sempre de ser o primeiro,
E isso é mau porque tentas os amigos derrotar
Mas ping-pong vou muito exercer,
Para um dia te vencer...
(Pedro)
[João G.]
Ah, João Guerra, grande amigo!
Será ele de Peniche? Estou na dúvida;
Não sei, porque isso não é comigo;
Grandioso aluno, sem dúvida,
Diz-se corajoso, é lá consigo.
Não sei o que vou escrever. Terei alguma dúvida?
Não sei se está bem o que escrevi,
Para mim está bem o que eu li.
(Nuno)
[Nuno]
Às cartas está sempre a jogar,
Para casa gosta de ir;
Piadas está sempre a contar,
Que me fazem muito rir;
Quando chega a casa, farto de trabalhar,
De casa não quer sair.
Quem poderia ser?
O Nuno, que não vou esquecer...
(Patrícia)
[Nuno]
Sempre com o seu humor,
Todos os dias do ano,
É de exarar um louvor
Pela disposição do Feliciano.
Com as raparigas faz algum furor,
E não se safa mal no desenho!
Está-se a começar a aplicar,
Pois para o décimo vai passar.
(João G.)
[Patrícia]
Gosta de música escutar
E acho que não gosta muito de ler;
Está sempre pronta a me escutar,
Enquanto estamos a viver;
E, se me continuar a aturar,
Para sempre a minha melhor amiga vai ser;
Quando passeamos pelas ruas,
Brincamos muito as duas.
(Paula)
[Patrícia]
A Patrícia estou a ver:
É ela a delegada da turma
E eu não sei que hei-de escrever;
Sei que é admirada pela turma,
É verdade. E, como estou a escrever,
Melhor é que não durma.
É uma mulher corajosa,
Às vezes, um pouco teimosa.
(Nuno)
[Paula]
Amiga e companheira
Que adora folgar,
Pois está sempre na brincadeira
E gosta de às cartas jogar.
Não é uma amiga passageira,
Gosta de comigo estar;
Sente prazer em ler,
Para palavras novas aprender.
(Pedro)
[Paula]
Gosta de falar,
Nunca está calada;
Gosta de cantar
Uma boa balada;
Não gosta de estudar,
Está sempre desleixada.
Em Português, adora a aula,
É ela a Paula.
(Patrícia)
[Pedro]
Gosta de cantar,
Mas não canta Fado,
Está sempre a falar,
Com o colega do lado.
A perna está sempre a abanar,
Pois não consegue estar parado.
Só podia o Pedro ser,
A criança que ainda tem de crescer.
(Paula)
[Pedro]
Estavas solitário, Pedro, no ano passado,
Quando chegaste a Portugal:
Não conhecias ninguém deste lado
E, quando te gozavam, levavas a mal!
Este ano estás mais integrado,
Nesta turma nada banal,
Deixaste de ser falado
E passaste a ser respeitado!
(João G.)
[Ricardo]
Meu grande amigo,
És um osso duro de roer,
Pois, quando gozam contigo,
Não te deixas vencer;
Decerto, se eu estivesse em perigo,
Me virias socorrer...
Mas agora é melhor estudares,
Para o ano não chumbares.
(Pedro)
[Ruben]
O Ruben endireita o cabelo,
Quando lhe dá na cabeça;
Ele pensa que é único e belo,
Mas nós não estamos nessa.
Tem uma relação amorosa com o cabelo,
Ai quem dele se esqueça!
Quem lhe toca nos caracóis
Fica em maus lençóis.
[Carlos André]
[Ruben]
Ruben, és uma pessoa muito especial
Pois sempre em ti se pode confiar.
A escreveres, és muito original.
Quando estou triste, consegues-me animar
Logo, és um colega bestial,
Quando quiseres, estou pronta a ajudar.
Tens um coração do tamanho do mundo,
Obrigado por tudo desde o primeiro segundo.
(Sara M.)
[Sara M.]
Sempre disposta a ajudar,
Com a mão estendida ao mundo,
De manhã, logo a saltitar,
Não pára quieta um segundo.
Muito atrapalhada a falar,
Com o coração muito profundo,
Leva a vida a sorrir,
A todos gosta de ouvir.
(Sara C.)
[Sara C.]
Seja de noite, de tarde ou de dia,
Tem sempre um sorriso na cara.
Oferece uma amizade que excederia
O que de início pensara.
O seu sorriso irradia,
Tudo por onde passara.
Cada momento é hilariante,
Ela tem uma alegria contagiante.
(Sara P.)
[Sara C.]
Sara, contigo estou sempre a rir,
És uma pessoa muito querida.
Estamo-nos sempre a divertir,
Espero não haver nenhuma partida.
Desculpa, nem sempre bem te ouvir,
Obrigado por seres divertida:
Contigo posso desabafar,
Tens sempre a minha mão para te ajudar.
(Sara M.)
[Sara P.]
Sempre pronta para sair
E com as roupas sempre a brincar,
Sem nunca saber para onde ir,
É alguém com quem é bom estar,
Com quem se está sempre a rir
E com quem se passa horas a falar,
Exímia faladora de Francês,
Não gosta, porém, de Inglês.
(Sara C.)
[Dona Emília]
Gosto da sua maneira de falar,
Da sua cara a sorrir.
Adoro vê-la dançar
E também a adoro ouvir.
Está sempre a ralhar,
É a sua maneira de nos sentir
É como da nossa família,
É a bela D. Emília.
(Patrícia)
[Fulano de tal]
Sempre com muita pressa,
Correndo de sala em sala.
Monta o computador depressa,
Tira as fichas da mala,
E a sala atravessa
Para começar a aula.
É muito eficiente,
Trabalha de forma surpreendente.
(Brigitta)
[Pais]
São menos importantes que professores,
Que alunos e funcionários.
São para os alunos amores,
Mas chatos como canários!
Obrigam-nos a ser trabalhadores,
Para no futuro sermos empresários.
Estou a falar dos encarregados de educação,
Uns amigos do coração.
(João G.)
[João Berga e as cábulas]
Ai Berga, Berga, na tua ingenuidade
Resolveste cabular, sem teres jeito algum;
Ficaste famoso por toda a cidade.
«Cábula» como tu nunca houve nenhum,
Foste apanhado, sem qualquer piedade,
E a tua nota nem chegou a um.
Para a próxima, em vez de cabular,
Talvez seja melhor começar a estudar.
(Alexis)
[Henrique a dormir na aula]
Estavas, caro Henrique, posto em sossego,
Sobre a carteira, a dormir e a ressonar;
A stora de Geografia, que não é um cego,
Resolveu uma questão colocar:
«Henrique, onde fica o Mondego?»,
Perguntou ela, para te acordar.
Com muita confiança e ar afoito,
Respondeste: «o resultado é vinte e oito».
(Alexis)
[Nos contentores]
A vós sábios, pedimos ajuda,
Para travar esta grande luta
Contra os contentores. Deus nos acuda,
Para que esta passagem seja curta
E que o seu tamanho não nos iluda,
Nesta grande e árdua labuta.
Para este tempo rapidamente passar,
Vamo-nos fartar de conversar.
(Inês)
E assim chegou a notícia de teor pavoroso,
De ir para os contentores estudar,
Com aspecto asqueroso,
Que assim pôs toda a gente a marchar,
Com olhar poderoso,
Para poder o perigo enfrentar.
Um bom aluno tem de saber vencer,
Para a honra da sua turma defender.
(Pedro)
[Visita de estudo a Sintra]
Uma viagem de comboio na ida
Com colegas e professores à maneira.
Uma visita de estudo divertida,
Uma grande caminhada, uma canseira.
Na escalada, uma grande e escorregadia subida,
No rappel, uma valente brincadeira.
Foi isto num dia de nevoeiro cerrado e frio,
Em que a paisagem estava um arrepio.
(Inês)
Mais alguns quilómetros pela serra,
Uma tentativa de orientação,
Mas nem sabíamos em que sentido girava a Terra;
No fundo, uma grande confusão.
Sempre a discutirmos, mas nunca em guerra.
Foi a mais sensata solução.
Sem dúvida uma visita para recordar,
Para de comboio à escola regressar.
(Inês)
Foi uma visita de estudo divertida
A ida a Sintra, ao Parque Natural.;
A nossa estadia foi cumprida,
Foi um passeio animado, bestial.
Estivemos juntos nesta saída,
Mas que passeio surreal!
Queria voltar a repetir,
Para de novo me divertir.
(Bruno)
Partimos todos, para o comboio, bem cedo.
Um longo caminho serra acima à nossa espera.
Alguns, daquilo que iam fazer tinham medo
Pois a íngreme subida, grande cansaço gera;
No cume, alguns equipam-se para subir o penedo,
Mas depressa temos de regressar, que já tarde era;
Então a viagem de vinda iniciámos
E, ao final da tarde, a Lisboa chegámos.
(Sara C.)
Estava a mui gloriosa turma reunida,
Todos nós, ansiosos e prontos estávamos,
Para épica e longa saída,
A alma em grande espírito levávamos.
Pelos portões, demos então a nossa partida,
E em direcção à estação nos apressávamos.
Infindáveis horas esperámos pelo transporte,
Até que este chega por fim. Que sorte!
[Gustavo]
[Bárbara vs. Inês]
A Bárbara deu uma estalada
À Inês e até se ouviu
Na rua a chapada.
A Inês levantou-se e aí é que se partiu
A loiça: destruiu tudo à martelada
E depois não se ouviu,
Nem uma mosca.
A Inês ficou-se a chamar tosca.
(Ricardo)
[Ida à Luz para assistir ao Auto da Barca]
Dia seis de Março fomos passear,
O «Auto da Barca do Inferno» fomos ver.
Chegámos ao teatro, a caminhar,
E um actor consegui reconhecer.
A actuação foi de admirar,
Valeu a pena ir ver:
Ainda nos fizeram rir,
Sem termos de pedir.
(Daniel)
[Apresentação sobre 25 de Abril]
O vinte e cinco de Abril chegou
E o trabalho de História tivemos de apresentar:
Muita criatividade, mas só um me encantou,
Com alunos com facilidade em apresentar.
Alexis, André, Henrique e Bruno foi o grupo que me conquistou
Pois foi o que mais gargalhadas veio proporcionar:
Henrique, vestido de mulher, foi o que nós preferimos,
Foi a aula de História em que mais sorrimos.
(Elizângela)
O trabalho de História iam apresentar.
Quando na sala entraram, comecei a sorrir.
Alexis, André, Bruno e Henrique iam representar.
Quase comecei a dormir,
Pensando que aquilo em nada fosse dar,
Pois eles estavam sempre a rir.
Quando acabaram, todos nós batemos palmas,
E eles disseram: «Já temos as nossas notas salvas».
(Patrícia)
[Outra apresentação sobre 25 de Abril]
No trabalho sobre o 25 de Abril,
Apareceu vestido a rigor
E disse o Rouxinol Faduncho estudantil;
Cheio de pundonor,
Acerca de uma época primaveril
Falou e falou sem pudor;
No fim, despediu-se e foi-se embora,
Voltou normal e sereno como agora.
(Nuno)
[Ida ao Colombo]
Quando nos encontrámos
E para o Colombo nos pusemos a caminho,
Por todo os lados andámos
Sem parar um bocadinho.
Comemos e falámos
E até ajudámos um menino,
Que andava perdido dos seus pais.
Chamarem-nos heróis seria demais.
(João G.)
[Passeio a Monsanto]
Foi com medo de apanhar uma chuvada
Que em Monsanto fizemos um passeio.
Os profes levaram-nos a fazer escalada,
Ainda que com algum receio
Não foi decerto uma maçada
Nem houve nada que fosse feio.
Foi, de facto, de estranhar
Aquele comportamento invulgar!
(Brigitta)
[O «corredor da morte»]
Na porta do bloco B esperávamos para entrar,
Mas algo estava a acontecer.
Uma grande fila se estava a formar,
Era um corredor da morte que se estava a aparecer.
Por ele todos temiam passar,
Porque em todos ele queria bater.
Mas alguns corajosos se iam aventurando,
Todo o corredor atravessando.
(Eliana)
Pela morte tentam passar
Os que esse caminho percorrem,
Aquele corredor tentam furar,
Relembrando os que lá morrem;
Mesmo depois de terminar,
Eles correm, correm, correm,
Deixam receoso o povo
Que teme que aquilo aconteça de novo.
(Paula)
[Rapazes vs. raparigas]
A turma 9.º 1.ª é uma turma muito dividida:
Uns estão sempre a rir e outros a chorar.
Parece que ninguém se decide, é a vida...
Nesta turma, os rapazes estão sempre a gozar
Com raparigas como eu que fico sempre sentida
Parece que não conseguem parar de brincar.
Mas as raparigas para sempre unidas,
Nunca seremos vencidas!
(Bárbara)
[Aniversário de Bárbara]
Estavas, linda Bárbara, sentada já à mesa,
Quando, nos viste a entrar pelo restaurante.
Ficaste felicíssima com a surpresa
E mais alegre dali em diante.
Neste teu dia em beleza,
Foi esse o momento mais brilhante,
O teu jantar dos quinze anos,
Com todos os teus amigos tão humanos.
(Joana A.)
[Desodorizante]
Com o spray o João brincou,
Logo depois a aula se inicia;
E o cheiro continuou,
Levando à paralisia.
A aula então parou,
O que recebemos com alegria;
Mas o espanto foi ver chegar
O nosso amigo Director e na sala entrar.
(Carlos André)
Numa tarde memorável,
Desodorizante na sala alguém deitou,
Ficando um cheiro insuportável;
O Director Esperança se convocou
E o caso tornou-se desagradável:
De palhaços se nos chamou
Fomos todos de suspensão ameaçados
Até que encontraram os culpados.
(André)
[Odorizante]
Tínhamos nós acabado de almoçar,
Quando Educação Física tivemos.
O professor mandou-nos saltar
E aí aconteceu o que nunca quisemos:
Um sonoro gás o Henrique deixou soltar
E foi tal o cheiro que quase morremos.
Moral da história: desporto não se deve fazer
Pouco depois de comer.
(Alexis)
[Aula de substituição]
Substituição íamos ter,
Porque a professora estava a faltar.
Na sala entrou a correr
E começou a gritar.
Na sala, o João se lembra de comer,
De porco a stora o começou a chamar.
Pedimos à professora para sair,
Pois não nos estava a divertir.
(Patrícia)
[Praxes]
No primeiro dia de aulas,
É melhor esconderes-te na sala,
Para não te obrigarem a bater palmas
Nem te praxarem a mala.
No fundo, têm umas grandes almas.
Mas põem-te a andar de tala.
É um dia muito complicado
De que podes sair prejudicado.
(Joana G.)
[Chukie]
O Carlos não te sabia usar,
Não sabia o que te fazer.
Nós te decidimos transformar,
Ficaste... nem sei como dizer.
Ainda bem que tivemos tempo para te criar,
Mas tu tinhas de desaparecer.
Eu, sem ti ao meu lado,
Sinto-me, Chukie, desesperado.
(João A.)
Às chaves estava Chukie acorrentado:
Pobre boneco, de porta-chaves servia,
Mas, pelo titã Ruben é libertado;
Este não sabia o perigo que corria,
Pois o pobre Chukie era malvado
E magoar o grande Ruben ele queria.
No entanto, o Ruben lhe escapa com manha
E Chukie resigna-se ao ver tal façanha.
(Gustavo)
Quando desapareceste, eu te procurei,
Descobri, Chukie, que foras raptado
E quase, quase chorei.
Fui à tua procura em todo o lado,
Mas não te encontrei,
Percebi logo que não serias resgatado.
Lembrei-me que, quando na turma entraste,
Para sempre nos nossos pensamentos ficaste.
(Ruben)
[Filme (*) sobre bullying]
Ali, estavam os cinco a actuar
Para o público surpreender,
E assim conseguiram brilhar
Para o bullying poder descrever.
Até as cenas de roubar
Nos souberam convencer,
Mas não houve nem um arranhão
Nem ninguém caiu ao chão.
(Pedro)
* http://www.youtube.com/watch?v=VdW2gtK_2HU
[Visita à ETAR]
Estávamos nós quase a chegar,
Rodeados por tantos vegetais,
Avistámos a ETAR,
Estação de tratamento de águas residuais;
Um horrível odor pairava no ar,
Saímos de lá com infecções nasais;
E a chover começou,
Logo tudo piorou.
(Paula)
Quando fomos à ETAR,
Pensámos que alguma coisa estava mal!
Estaríamos a sonhar
Ou era mesmo real?
Bem, foi espectacular!
E irmos lá outra vez?! Que tal?
É de ter em consideração?
Sinceramente, acho que não!
(João G.)
[Enfermeiro]
Aos estudantes dá informação,
Sobre sexo falou,
Tocando na Prevenção.
Nos nossos olhos olhou,
Para nos confortar então,
Risos parvos ele deixou.
Deu-nos folhetos com conforto,
Saímos de lá com o folheto todo torto.
(Paula)
[Menina Evax]
A confusão veio instalar,
Mas afinal era nossa amiga;
Obrigou os rapazes a pegar,
Em pensos de rapariga
E sem medo lhes tocar.
Sem ser sua inimiga,
Colocando-os na mão,
Pode ser que lhes tenha aberto o coração....
(Paula)
[Confusões no Laboratório de Química]
Por entre átomos e iões,
Eles nas próprias experiências vão pensando.
E criam enormes confusões,
Que as gargalhadas vão despertando.
São verdadeiras erupções,
Para a professora que as vais aguentando.
Para nós é como uma rotina,
Que todos os dias fascina.
(Eliana)
[As prometidas plantas da sala]
Muito prometeram
Quase mês a mês,
Mil plantas da sala conceberam
Mas nada se fez.
Os lugares escolheram
Mas onde é que os vês?
E assim passou o ano
E nem se notou o dano.
(Carlos André)
[Consílio dos deuses]
Quando os professores na sala reuniram,
Como o fazem muito frequentemente,
Os assuntos problemáticos discutiram,
Como a participação marcada recentemente.
Todos os professores à solução da DT anuíram.
Também falaram certamente
Sobre o mau comportamento
Que faz das aulas um tormento!
(Brigitta)
Quando os professores decidiram falar,
Eu meti-me num canto a ouvir:
Estavam a falar
Sobre o nosso comportamento, que faz rir:
Umas vezes a trabalhar,
Outras vezes a rir;
Mas, na verdade,
Estavam a dar notas com sinceridade.
(Carlos André)
Quando os professores na B1 barulhenta
Se reúnem no final do período,
Há uma conversa bastante lenta
Sobre cada miúdo.
É oito ou oitenta,
É nada ou tudo.
Algumas notas alterarão
E a mim decerto mudarão!
(João G.)
Sempre destemidos e corajosos,
Podemos vê-los a batalhar
Pelos mares do saber venturosos,
Tentando os seus sonhos vir a alcançar.
Esperam um dia ser poderosos,
Para isso muito têm de lutar.
Quanto conhecimento para obter!
Quanta informação para apreender!
(Diogo)
Éramos todos unidos,
Quase uma nação;
Acabámos por ficar perdidos,
Muitas amizades foram em vão;
Eles foram os escolhidos,
Amigos do meu coração,
Queridos amigos, nada é para esquecer,
Queridos amigos, não vos quero perder.
(Bárbara)
Perguntou ela, para te acordar.
Com muita confiança e ar afoito,
Respondeste: «o resultado é vinte e oito».
(Alexis)
[Nos contentores]
A vós sábios, pedimos ajuda,
Para travar esta grande luta
Contra os contentores. Deus nos acuda,
Para que esta passagem seja curta
E que o seu tamanho não nos iluda,
Nesta grande e árdua labuta.
Para este tempo rapidamente passar,
Vamo-nos fartar de conversar.
(Inês)
E assim chegou a notícia de teor pavoroso,
De ir para os contentores estudar,
Com aspecto asqueroso,
Que assim pôs toda a gente a marchar,
Com olhar poderoso,
Para poder o perigo enfrentar.
Um bom aluno tem de saber vencer,
Para a honra da sua turma defender.
(Pedro)
[Visita de estudo a Sintra]
Uma viagem de comboio na ida
Com colegas e professores à maneira.
Uma visita de estudo divertida,
Uma grande caminhada, uma canseira.
Na escalada, uma grande e escorregadia subida,
No rappel, uma valente brincadeira.
Foi isto num dia de nevoeiro cerrado e frio,
Em que a paisagem estava um arrepio.
(Inês)
Mais alguns quilómetros pela serra,
Uma tentativa de orientação,
Mas nem sabíamos em que sentido girava a Terra;
No fundo, uma grande confusão.
Sempre a discutirmos, mas nunca em guerra.
Foi a mais sensata solução.
Sem dúvida uma visita para recordar,
Para de comboio à escola regressar.
(Inês)
Foi uma visita de estudo divertida
A ida a Sintra, ao Parque Natural.;
A nossa estadia foi cumprida,
Foi um passeio animado, bestial.
Estivemos juntos nesta saída,
Mas que passeio surreal!
Queria voltar a repetir,
Para de novo me divertir.
(Bruno)
Partimos todos, para o comboio, bem cedo.
Um longo caminho serra acima à nossa espera.
Alguns, daquilo que iam fazer tinham medo
Pois a íngreme subida, grande cansaço gera;
No cume, alguns equipam-se para subir o penedo,
Mas depressa temos de regressar, que já tarde era;
Então a viagem de vinda iniciámos
E, ao final da tarde, a Lisboa chegámos.
(Sara C.)
Estava a mui gloriosa turma reunida,
Todos nós, ansiosos e prontos estávamos,
Para épica e longa saída,
A alma em grande espírito levávamos.
Pelos portões, demos então a nossa partida,
E em direcção à estação nos apressávamos.
Infindáveis horas esperámos pelo transporte,
Até que este chega por fim. Que sorte!
[Gustavo]
[Bárbara vs. Inês]
A Bárbara deu uma estalada
À Inês e até se ouviu
Na rua a chapada.
A Inês levantou-se e aí é que se partiu
A loiça: destruiu tudo à martelada
E depois não se ouviu,
Nem uma mosca.
A Inês ficou-se a chamar tosca.
(Ricardo)
[Ida à Luz para assistir ao Auto da Barca]
Dia seis de Março fomos passear,
O «Auto da Barca do Inferno» fomos ver.
Chegámos ao teatro, a caminhar,
E um actor consegui reconhecer.
A actuação foi de admirar,
Valeu a pena ir ver:
Ainda nos fizeram rir,
Sem termos de pedir.
(Daniel)
[Apresentação sobre 25 de Abril]
O vinte e cinco de Abril chegou
E o trabalho de História tivemos de apresentar:
Muita criatividade, mas só um me encantou,
Com alunos com facilidade em apresentar.
Alexis, André, Henrique e Bruno foi o grupo que me conquistou
Pois foi o que mais gargalhadas veio proporcionar:
Henrique, vestido de mulher, foi o que nós preferimos,
Foi a aula de História em que mais sorrimos.
(Elizângela)
O trabalho de História iam apresentar.
Quando na sala entraram, comecei a sorrir.
Alexis, André, Bruno e Henrique iam representar.
Quase comecei a dormir,
Pensando que aquilo em nada fosse dar,
Pois eles estavam sempre a rir.
Quando acabaram, todos nós batemos palmas,
E eles disseram: «Já temos as nossas notas salvas».
(Patrícia)
[Outra apresentação sobre 25 de Abril]
No trabalho sobre o 25 de Abril,
Apareceu vestido a rigor
E disse o Rouxinol Faduncho estudantil;
Cheio de pundonor,
Acerca de uma época primaveril
Falou e falou sem pudor;
No fim, despediu-se e foi-se embora,
Voltou normal e sereno como agora.
(Nuno)
[Ida ao Colombo]
Quando nos encontrámos
E para o Colombo nos pusemos a caminho,
Por todo os lados andámos
Sem parar um bocadinho.
Comemos e falámos
E até ajudámos um menino,
Que andava perdido dos seus pais.
Chamarem-nos heróis seria demais.
(João G.)
[Passeio a Monsanto]
Foi com medo de apanhar uma chuvada
Que em Monsanto fizemos um passeio.
Os profes levaram-nos a fazer escalada,
Ainda que com algum receio
Não foi decerto uma maçada
Nem houve nada que fosse feio.
Foi, de facto, de estranhar
Aquele comportamento invulgar!
(Brigitta)
[O «corredor da morte»]
Na porta do bloco B esperávamos para entrar,
Mas algo estava a acontecer.
Uma grande fila se estava a formar,
Era um corredor da morte que se estava a aparecer.
Por ele todos temiam passar,
Porque em todos ele queria bater.
Mas alguns corajosos se iam aventurando,
Todo o corredor atravessando.
(Eliana)
Pela morte tentam passar
Os que esse caminho percorrem,
Aquele corredor tentam furar,
Relembrando os que lá morrem;
Mesmo depois de terminar,
Eles correm, correm, correm,
Deixam receoso o povo
Que teme que aquilo aconteça de novo.
(Paula)
[Rapazes vs. raparigas]
A turma 9.º 1.ª é uma turma muito dividida:
Uns estão sempre a rir e outros a chorar.
Parece que ninguém se decide, é a vida...
Nesta turma, os rapazes estão sempre a gozar
Com raparigas como eu que fico sempre sentida
Parece que não conseguem parar de brincar.
Mas as raparigas para sempre unidas,
Nunca seremos vencidas!
(Bárbara)
[Aniversário de Bárbara]
Estavas, linda Bárbara, sentada já à mesa,
Quando, nos viste a entrar pelo restaurante.
Ficaste felicíssima com a surpresa
E mais alegre dali em diante.
Neste teu dia em beleza,
Foi esse o momento mais brilhante,
O teu jantar dos quinze anos,
Com todos os teus amigos tão humanos.
(Joana A.)
[Desodorizante]
Com o spray o João brincou,
Logo depois a aula se inicia;
E o cheiro continuou,
Levando à paralisia.
A aula então parou,
O que recebemos com alegria;
Mas o espanto foi ver chegar
O nosso amigo Director e na sala entrar.
(Carlos André)
Numa tarde memorável,
Desodorizante na sala alguém deitou,
Ficando um cheiro insuportável;
O Director Esperança se convocou
E o caso tornou-se desagradável:
De palhaços se nos chamou
Fomos todos de suspensão ameaçados
Até que encontraram os culpados.
(André)
[Odorizante]
Tínhamos nós acabado de almoçar,
Quando Educação Física tivemos.
O professor mandou-nos saltar
E aí aconteceu o que nunca quisemos:
Um sonoro gás o Henrique deixou soltar
E foi tal o cheiro que quase morremos.
Moral da história: desporto não se deve fazer
Pouco depois de comer.
(Alexis)
[Aula de substituição]
Substituição íamos ter,
Porque a professora estava a faltar.
Na sala entrou a correr
E começou a gritar.
Na sala, o João se lembra de comer,
De porco a stora o começou a chamar.
Pedimos à professora para sair,
Pois não nos estava a divertir.
(Patrícia)
[Praxes]
No primeiro dia de aulas,
É melhor esconderes-te na sala,
Para não te obrigarem a bater palmas
Nem te praxarem a mala.
No fundo, têm umas grandes almas.
Mas põem-te a andar de tala.
É um dia muito complicado
De que podes sair prejudicado.
(Joana G.)
[Chukie]
O Carlos não te sabia usar,
Não sabia o que te fazer.
Nós te decidimos transformar,
Ficaste... nem sei como dizer.
Ainda bem que tivemos tempo para te criar,
Mas tu tinhas de desaparecer.
Eu, sem ti ao meu lado,
Sinto-me, Chukie, desesperado.
(João A.)
Às chaves estava Chukie acorrentado:
Pobre boneco, de porta-chaves servia,
Mas, pelo titã Ruben é libertado;
Este não sabia o perigo que corria,
Pois o pobre Chukie era malvado
E magoar o grande Ruben ele queria.
No entanto, o Ruben lhe escapa com manha
E Chukie resigna-se ao ver tal façanha.
(Gustavo)
Quando desapareceste, eu te procurei,
Descobri, Chukie, que foras raptado
E quase, quase chorei.
Fui à tua procura em todo o lado,
Mas não te encontrei,
Percebi logo que não serias resgatado.
Lembrei-me que, quando na turma entraste,
Para sempre nos nossos pensamentos ficaste.
(Ruben)
[Filme (*) sobre bullying]
Ali, estavam os cinco a actuar
Para o público surpreender,
E assim conseguiram brilhar
Para o bullying poder descrever.
Até as cenas de roubar
Nos souberam convencer,
Mas não houve nem um arranhão
Nem ninguém caiu ao chão.
(Pedro)
* http://www.youtube.com/watch?v=VdW2gtK_2HU
[Visita à ETAR]
Estávamos nós quase a chegar,
Rodeados por tantos vegetais,
Avistámos a ETAR,
Estação de tratamento de águas residuais;
Um horrível odor pairava no ar,
Saímos de lá com infecções nasais;
E a chover começou,
Logo tudo piorou.
(Paula)
Quando fomos à ETAR,
Pensámos que alguma coisa estava mal!
Estaríamos a sonhar
Ou era mesmo real?
Bem, foi espectacular!
E irmos lá outra vez?! Que tal?
É de ter em consideração?
Sinceramente, acho que não!
(João G.)
[Enfermeiro]
Aos estudantes dá informação,
Sobre sexo falou,
Tocando na Prevenção.
Nos nossos olhos olhou,
Para nos confortar então,
Risos parvos ele deixou.
Deu-nos folhetos com conforto,
Saímos de lá com o folheto todo torto.
(Paula)
[Menina Evax]
A confusão veio instalar,
Mas afinal era nossa amiga;
Obrigou os rapazes a pegar,
Em pensos de rapariga
E sem medo lhes tocar.
Sem ser sua inimiga,
Colocando-os na mão,
Pode ser que lhes tenha aberto o coração....
(Paula)
[Confusões no Laboratório de Química]
Por entre átomos e iões,
Eles nas próprias experiências vão pensando.
E criam enormes confusões,
Que as gargalhadas vão despertando.
São verdadeiras erupções,
Para a professora que as vais aguentando.
Para nós é como uma rotina,
Que todos os dias fascina.
(Eliana)
[As prometidas plantas da sala]
Muito prometeram
Quase mês a mês,
Mil plantas da sala conceberam
Mas nada se fez.
Os lugares escolheram
Mas onde é que os vês?
E assim passou o ano
E nem se notou o dano.
(Carlos André)
[Consílio dos deuses]
Quando os professores na sala reuniram,
Como o fazem muito frequentemente,
Os assuntos problemáticos discutiram,
Como a participação marcada recentemente.
Todos os professores à solução da DT anuíram.
Também falaram certamente
Sobre o mau comportamento
Que faz das aulas um tormento!
(Brigitta)
Quando os professores decidiram falar,
Eu meti-me num canto a ouvir:
Estavam a falar
Sobre o nosso comportamento, que faz rir:
Umas vezes a trabalhar,
Outras vezes a rir;
Mas, na verdade,
Estavam a dar notas com sinceridade.
(Carlos André)
Quando os professores na B1 barulhenta
Se reúnem no final do período,
Há uma conversa bastante lenta
Sobre cada miúdo.
É oito ou oitenta,
É nada ou tudo.
Algumas notas alterarão
E a mim decerto mudarão!
(João G.)
Sempre destemidos e corajosos,
Podemos vê-los a batalhar
Pelos mares do saber venturosos,
Tentando os seus sonhos vir a alcançar.
Esperam um dia ser poderosos,
Para isso muito têm de lutar.
Quanto conhecimento para obter!
Quanta informação para apreender!
(Diogo)
Éramos todos unidos,
Quase uma nação;
Acabámos por ficar perdidos,
Muitas amizades foram em vão;
Eles foram os escolhidos,
Amigos do meu coração,
Queridos amigos, nada é para esquecer,
Queridos amigos, não vos quero perder.
(Bárbara)
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