Gramática
Gramáticas
Se já tiveres alguma gramática (de anos anteriores, de irmãos, pais, ...), essa te servirá agora. Se não, e caso queiras comprar algum manual de gramática, o livro que aconselharia seria um destes: Da Palavra ao Texto (Olívia Figueiredo & Rosa Bizarro; Edições Asa) ou a Breve Gramática do Português Contemporâneo (Celso Cunha & Luís Lindley Cintra; Edições João Sá da Costa). Também o Dicionário Prático para o Estudo do Português. Da língua aos discursos (Olívia Figueiredo & Eunice Figueiredo; Edições Asa) pode fazer as vezes de manual de gramática. (A Breve Gramática, de Cunha & Cintra, é uma versão compacta da Nova Gramática do Português Contemporâneo, e por isso seria grande desperdício, já tendo esta, comprar aquela.)
Um outro livro que considero interessante é Explicações de Português (de Gabriela Funk e Paula Lima; Edições Asa), que procura tratar os vários assuntos a pretexto de um diálogo entre uns alunos e uma explicadora.
De qualquer modo, não é necessário que compres agora uma gramática, mesmo que não tenhas uma ainda. Aliás, o caderno de Fichas informativas que acompanha o teu livro pode também ajudar-te nesta parte da disciplina.
Um outro livro que considero interessante é Explicações de Português (de Gabriela Funk e Paula Lima; Edições Asa), que procura tratar os vários assuntos a pretexto de um diálogo entre uns alunos e uma explicadora.
De qualquer modo, não é necessário que compres agora uma gramática, mesmo que não tenhas uma ainda. Aliás, o caderno de Fichas informativas que acompanha o teu livro pode também ajudar-te nesta parte da disciplina.
No ano passado, alguém que precisava de um dicionário perguntou-me qual recomendava. Tal como disse para as gramáticas, é com certeza aproveitável algum dicionário que já tenham (e, se o tiverem, comecem por o usar, antes de avançarem para a compra de algum outro). No caso de precisarem mesmo de comprar um dicionário, aconselho o Dicionário Editora, da Porto Editora, que se reconhece por ter capa laranja.Tem já um número de palavras muito razoável e manuseia-se bem. É claro que há dicionários ainda mais completos — sobretudo o Dicionário Houaiss, mas também o Grande Dicionário da Porto Editora ou até o Aurélio (já o Dicionário da Academia das Ciências tem menos palavras do que o Editora) —, mas esses são excessivamente caros e, sendo pesados ou em vários volumes, não se consultam com a mesma facilidade. Eu, excepto para consultas muito arrevesadas, acabo por usar quase sempre o tal dicionário Editora (da Porto Editora). Diga-se ainda que este dicionário existe com caixa (uns euros mais caro) e sem caixa. Actualmente tenho a versão com caixa, mas, reparando bem, a caixa só me faz perder tempo.
Registos (níveis) de língua
[Reportando-nos ao texto «Revelações» (pp. 44-47).]
As expressões a negro pertencem a um registo de língua (a um nível de língua) bastante informal (não cuidado). Substitui essas partes a negro por expressões equivalentes de nível mais cuidado.
Não me venhas com tangas (l. 22): ________
encontrámos o bibliotecário a bater uma soneca (l. 45): ______
começou a gozar com o panorama (l. 54) _____
desatou a picar o Ataíde (l. 55) _______
Também as palavras seguintes a negro são substituíveis por sinónimos mais cuidados (ou, ao contrário, por outros ainda mais populares). Dou-te uma série de palavras: põe-nas numa linha, da modo a mostrares os graus de formalidade (à esquerda, a mais cuidada; à direita, a mais popular; no meio, distribuídas pela linha, as restantes).
«referindo-se ao Pontes e ao puto» (ll. 62-63)
puto / miúdo / garoto / chavalo / catraio / rapazinho
+ cuidado ------- ------ ------ ------- + popular
«O gajo passou-se por completo» (l. 84)
tipo / indivíduo / gajo / sujeito / homem / fulano
+ cuidado ------ ------ ------ ------ + popular
Como fizeste há pouco com as palavras do texto, ordena estas palavras sinónimas desde a mais popular até à mais cuidada. Talvez possas tentar encontrar em cada série a que representaria o nível popular, o nível familiar, o nível corrente, o nível cuidado (conceitos que, aliás, não são fáceis de delimitar). Já resolvi a primeira série:
estou aflito — estou em palpos de aranha — estou à rasca — estou em cuidado
estou à rasca (P) estou em palpos de aranha (F) estou aflito (Cor) estou em cuidado (Cui)
desenvencilhar-se — desenrascar-se — safar-se — desembaraçar-se
urinar — fazer chichi — mijar — verter águas
aborrecido — lixado — chateado — contrariado
queimar as pestanas — marrar — estudar — instruir-se
Complemento determinativo
No final da p. 51, resolve «Queres Jogar?»:
a. __________; b. __________; c. __________;
d. __________; e. __________.
Neste exercício, estiveste a transformar complementos determinativos — formados por preposição («de») e nome (por exemplo, «rio») — em adjectivos («fluviais»).
A função de ambas as estruturas é a mesma: tanto «dos dedos» como _________ servem para qualificar o nome «impressões»; e quer «de morte» quer «mortal» qualificam o nome __________. Por isso, em rigor devíamos dizer que estamos perante a função sintáctica de atributo, desempenhada ora por um ____________ («mortal», «fluvial», ...) ora por preposição e ___________ («de morte», «de rio»).
Nas gramáticas escolares, porém, costuma considerar-se que só quando essa função é desempenhada por um adjectivo («praias fluviais») é que estamos perante um atributo; quando o «atributo» é desempenhado por um grupo preposicional («de rio»), designamo-lo complemento determinativo.
Forma Passiva
O ano passado não lhes falei de Tipos e Formas de frase, mas é provável que já no 2.º ciclo tenhas tratado o assunto.
Vejamos primeiro os tipos (ou modalidades) de frase:
Tipos de frase / Frase exemplificativa / Descrição
Declarativo / O professor escorregou no cocó de cão. / enuncia-se um facto
Interrogativo / O cocó de cão escorregou no professor? / faz-se uma pergunta
Exclamativo / Que seca de frases com cocó de cão! / exprimem-se reacções, sentimentos
Imperativo / Vai-te embora, estúpido cocó de cão. / dá-se uma ordem
Na p. 60 do teu livro, no ponto 1 de «Queres jogar?», há um diálogo telefónico entre uma cabeleireira e uma sua cliente. Escreve quatro frases que pudessem continuar o diálogo, cada uma pertencente a um tipo diferente. (Será sempre a segunda fala da cliente, já que a última é da cabeleireira. Portanto, farás quatro frases alternativas.)
— É a senhora a quem arranjaram o cabelo hoje de manhã?
— Sim.
— Daqui fala a cabeleireira, minha senhora.
— __________
[tipo declarativo]
— __________
[tipo interrogativo]
— __________
[tipo exclamativo]
— __________
[tipo imperativo]
Também é provável que já tenhas ouvido falar de duas formas de frase: as formas afirmativa e negativa. No quadro seguinte, assinala com uma cruz tipos e formas de frase:
Frase // Decl. / Int. / Excl. / Imp. / Afirm. / Neg.
A canja sabe a vomitado de ostras?
Não saias sem saias.
Vá já para a cama, Maria de Lourdes Rodrigues.
Ainda não ouviste o novo single do Emanuel?
Os dois golos do Benfica contra o Rio Ave saíram de faltas inexistentes.
Armandina, como são belos os teus novos brincos!
Vou agora explicar um novo par de formas de frase, as formas activa e passiva.
Estamos habituados a dizer que, numa frase, o sujeito é «quem pratica a acção». Isso é verdade se a frase estiver na forma activa:
Com verdadeiro prazer, o professor de Português [Sujeito] esbofeteou a turma inteira. [Complemento directo]
Nesta frase, quem pratica a acção é realmente «o professor de Português», que desempenha a função de ______. A sua acção — representada no predicado «esbofeteou» — reflecte-se no complemento directo, que é « __________».
Se passarmos esta frase para a forma passiva, o sujeito deixa de 'praticar a acção' e passamos a ter como sujeito quem sofre a acção:
A turma inteira [Sujeito] foi esbofeteada pelo professor de Português [Agente da passiva], com verdadeiro prazer.
Quem pratica a acção, quem age, fica agora como __________ («pelo professor de Português»). O agente da passiva costuma ser introduzido pela preposição «por» (neste caso: por + o = pelo). Na passagem para a forma passiva, aconteceu ainda outra transformação: o verbo passou a ser conjugado com o auxilirar «ser»:
esbofeteou > foi esbofeteado
Pret. Perfeito de «Esbofetear» > Pret. Perfeito de «Ser» + Particípio Passado de «Esbofetear»
Como é óbvio, só podemos passar uma frase da forma activa para a passiva se houver na frase activa um complemento directo.
Transforma as frases activas em passivas e vice-versa:
O elefante comerá os tremoços e os smarties.
O quarto foi encerado por Madonna.
Ricardo retirou a bola de dentro da baliza.
Nos bairros franceses delinquentes incendeiam carros.
Na Escola Secundária António Sérgio, duas raparigas foram discriminadas.
O bolo-rei é cortado com a faca.
TPC — Lê as pp. 7-8 do Caderno de Actividades. Nas pp. 8-9, resolve os pontos 1, 2 e 3 (faz todos os subpontos, excepto o ponto 2.1.3). Não é preciso fazeres os pontos 4 e 5.
Vejamos primeiro os tipos (ou modalidades) de frase:
Tipos de frase / Frase exemplificativa / Descrição
Declarativo / O professor escorregou no cocó de cão. / enuncia-se um facto
Interrogativo / O cocó de cão escorregou no professor? / faz-se uma pergunta
Exclamativo / Que seca de frases com cocó de cão! / exprimem-se reacções, sentimentos
Imperativo / Vai-te embora, estúpido cocó de cão. / dá-se uma ordem
Na p. 60 do teu livro, no ponto 1 de «Queres jogar?», há um diálogo telefónico entre uma cabeleireira e uma sua cliente. Escreve quatro frases que pudessem continuar o diálogo, cada uma pertencente a um tipo diferente. (Será sempre a segunda fala da cliente, já que a última é da cabeleireira. Portanto, farás quatro frases alternativas.)
— É a senhora a quem arranjaram o cabelo hoje de manhã?
— Sim.
— Daqui fala a cabeleireira, minha senhora.
— __________
[tipo declarativo]
— __________
[tipo interrogativo]
— __________
[tipo exclamativo]
— __________
[tipo imperativo]
Também é provável que já tenhas ouvido falar de duas formas de frase: as formas afirmativa e negativa. No quadro seguinte, assinala com uma cruz tipos e formas de frase:
Frase // Decl. / Int. / Excl. / Imp. / Afirm. / Neg.
A canja sabe a vomitado de ostras?
Não saias sem saias.
Vá já para a cama, Maria de Lourdes Rodrigues.
Ainda não ouviste o novo single do Emanuel?
Os dois golos do Benfica contra o Rio Ave saíram de faltas inexistentes.
Armandina, como são belos os teus novos brincos!
Vou agora explicar um novo par de formas de frase, as formas activa e passiva.
Estamos habituados a dizer que, numa frase, o sujeito é «quem pratica a acção». Isso é verdade se a frase estiver na forma activa:
Com verdadeiro prazer, o professor de Português [Sujeito] esbofeteou a turma inteira. [Complemento directo]
Nesta frase, quem pratica a acção é realmente «o professor de Português», que desempenha a função de ______. A sua acção — representada no predicado «esbofeteou» — reflecte-se no complemento directo, que é « __________».
Se passarmos esta frase para a forma passiva, o sujeito deixa de 'praticar a acção' e passamos a ter como sujeito quem sofre a acção:
A turma inteira [Sujeito] foi esbofeteada pelo professor de Português [Agente da passiva], com verdadeiro prazer.
Quem pratica a acção, quem age, fica agora como __________ («pelo professor de Português»). O agente da passiva costuma ser introduzido pela preposição «por» (neste caso: por + o = pelo). Na passagem para a forma passiva, aconteceu ainda outra transformação: o verbo passou a ser conjugado com o auxilirar «ser»:
esbofeteou > foi esbofeteado
Pret. Perfeito de «Esbofetear» > Pret. Perfeito de «Ser» + Particípio Passado de «Esbofetear»
Como é óbvio, só podemos passar uma frase da forma activa para a passiva se houver na frase activa um complemento directo.
Transforma as frases activas em passivas e vice-versa:
O elefante comerá os tremoços e os smarties.
O quarto foi encerado por Madonna.
Ricardo retirou a bola de dentro da baliza.
Nos bairros franceses delinquentes incendeiam carros.
Na Escola Secundária António Sérgio, duas raparigas foram discriminadas.
O bolo-rei é cortado com a faca.
TPC — Lê as pp. 7-8 do Caderno de Actividades. Nas pp. 8-9, resolve os pontos 1, 2 e 3 (faz todos os subpontos, excepto o ponto 2.1.3). Não é preciso fazeres os pontos 4 e 5.
Fica aqui uma lista de assuntos gramaticais abordados neste 1.º período (que quero testar no trabalho a fazer na próxima semana). Correspondem sobretudo a exercícios do caderno de actividades (corrigidos em aula), mas também a matérias que vimos nas fichas em aula, ou mesmo a revisões que surgiam a propósito dos textos.
Parágrafo e período.
Período simples e composto (frase simples e complexa). Oração absoluta.
Algumas funções sintácticas: Sujeito, Atributo, Complemento determinativo, Nome predicativo do sujeito, Predicado nominal, Predicado Verbal, Vocativo, Agente da passiva, Complemento directo, Complemento indirecto, Complemento circunstancial.
Tipos de sujeito (simples ou composto; subentendido; indeterminado; inexistente).
Tipos de frase (declarativo, exclamativo, imperativo, interrogativo).
Formas de frase (afirmativa, negativa; activa, passiva). Passagem da forma activa para a forma passiva e da passiva para a activa.
Classes de palavras [revisão do ano anterior]: adjectivo, nome, determinante, interjeição, preposição, conjunção, verbo, advérbio, pronome, interjeição [não foram estas classes estudadas agora, mas no sétimo ano, mas houve alusões pontuais a praticamente todas elas].
Contracções de preposição com artigo e sua ortografia.
Subclasses do verbo (regulares e irregulares; impessoais; transitivos [directos e indirectos] e intransitivos; copulativos; auxiliares e principais).
Adjectivos biforme e uniformes.
Formação de palavras: por redução; por entrecruzamento; por derivação (prefixação e sufixação); por composição (justaposição e aglutinação). Neologismo. Família de palavras. Plural dos nomes compostos.
Campo lexical.
Registos (ou Níveis) de língua: cuidado, corrente, familiar, popular. Gírias e calão.
Contraste entre variantes europeia e brasileira da língua portuguesa.
Tipos de narrador (quanto à participação: presente e ausente; quanto à posição: subjectivo e objectivo).
Descrição, Narração, Diálogo.
Discurso directo e indirecto (passagem de um para o outro).
Texto argumentativo.
Crónica.
Conotação e Denotação.
Rima. Esquema rimático. Versos. Estrofe.
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