Saturday, September 10, 2005

Tarefas


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Aula 1




Estas palavras cruzadas tratam de assuntos que normalmente cabem numa «aula de apresentação».



1. A maioria das regras que se seguem já as praticámos em MM___-MMV, mas há aspectos que queria que melhorássemos neste ano lectivo de MMV-MMVI; além disso, há colegas — os que só agora se nos juntam — para quem isto não será tão escusado como para a maioria de vocês.
// Embora escrevamos também em aula, parte do treino da escrita acaba por acontecer nos _____ (sigla; escrita de trás para a frente), que é fundamental irem fazendo sempre.
// «Senhor» (abreviatura; em inglês).
2. Celebra-se a 20 de Novembro próximo o vigésimo quinto ________________ da nossa escola (os festejos são no dia 21, segunda-feira); para esta ocasião, gostava que preparássemos um, ou vários, livros de turma.
3. Palavra usada para pedidos de socorro, constituída por três letras, escolhidas por serem facilmente transmitidas em código Morse. (O ano passado dei-lhes outra explicação, popular mas incorrecta: que seria a sigla de «Save Our Souls».)
// Nome, formado por redução, por que era conhecido um anafado ex-jogador do Sporting (foi há dias transferido para o «Boro», que, note-se, é uma redução de «Middlesbrough»).
4. Outra palavra formada por redução, e que é uma das notas que costumo pôr nas vossas redacções (paralelamente a «Muito Bom», «Bom», «Insuf», matizadas ou não com sinais de mais ou de menos); mas gostava que olhassem também para as correcções e observações que ponha.
//Aspecto positivo do trabalho de muitos alunos no ano passado foi que ___________ livros em casa (por escolha própria ou conselho meu); queria que mantivéssemos este hábito; desta vez, gostava que fôssemos mesmo registando (e noticiando) as leituras de modo um pouco mais sistemático.
5. O morcego rabudo — recentemente expulso das torres em que vivia, implodidas em Tróia — não é uma ______, é um mamífero.
// O Conde ________ é uma personagem pérfida de Uma série de desgraças (série de livros e filme, que talvez possamos vir a aproveitar em aula, em que Klaus Baudelaire é um leitor inveterado).
6. Miccoli é um ________-baixas, mas parece ser bom jogador (infelizmente, já que detesto o Benfica ainda mais do que detesto o Sporting e o Porto).
7. No ano passado, a certa altura, deparámo-nos com o neologismo «ranguarda», criado por José Gomes Ferreira, que é uma palavra entrecruzada de ____ e «vanguarda». (Outras palavras entrecruzadas são, por exemplo, «motel» — 'motor' + 'hotel' — e «portunhol» — 'português' + 'espanhol'.)
// Palavra primitiva de que deriva «caótico» (o ano passado alguns dos cadernos que vi no final dos períodos pareceram-me isso mesmo).
// No ano passado, em geral _____ todas as redacções que fizeram em aula; este ano espero não levar sempre tudo comigo, o que não significa que não se devam aplicar do mesmo modo nem que eu não lhes peça mais tarde o trabalho (competir-lhes-á ter tudo arquivado).
8. Quando algum dos __________ estiver a ler trabalhos ou a usar da palavra, é importante que os outros não interrompam.
// Preposição que inicia o nome do manual (a propósito, com o Com todas as letras vem um caderno de fichas informativas que lhes pedia trouxessem sempre, tal como o próprio manual — e sempre cada aluno com o seu).
9. Artigo indefinido que inicia o título do excerto do livro Celine, de Brock Cole (procura no manual pelo índice de autores ou pelo índice geral).
// Nome de chocolate e, em francês, de um mês.
10. Usa-lo decerto neste momento e em todos os outros trabalhos em aula podes utilizá-lo (mas apagando com a borracha, em vez de riscar); nas redacções, podes também usar caneta, riscando o que for preciso — quanto ao corrector, preferia que não o usassem.
// Para as vossas aulas de ____ (sigla) vou procurar contribuir com fichas desta vez feitas mesmo por mim.

A. Não escreverei no quadro nem ditarei o sumário de cada _______, porque nesta disciplina os sumários têm pouca utilidade; de qualquer modo, quem não quiser prescindir de sumários pode vê-los em http://gavetadenuvens.blogspot.com/ (a seguir ao sumário, estará sempre o tpc, se houver; o tpc escrevê-lo-ei na aula também).
// Nome próprio que às vezes vejo escrito com acento (que não tem) — é anagrama de «luar» e nome de avançado do Real Madrid.
B. Prefixo que, anteposto ao advérbio «felizmente», o faz sinónimo de «desgraçadamente».
// Livro de que foi tirado o texto «Recordações», de Manuel Alegre, que leremos proximamente (o texto é o primeiro da secção do manual destinada a 'Narrativas').
C. Gostaria que, pelo menos de tempos a tempos, __________ o blogue http://gavetadenuvens.blogspot.com/, onde porei tarefas das aulas, sumários e tpc, bem como documentos complementares (na página inicial há links que dão acesso às secções do ano passado, o que talvez venha a ser útil aos colegas que chegaram agora à turma e queiram ter ideia do que se fez o ano passado).
D. ____ ser mais exigente na avaliação dos aspectos de escrita que já tenham sido advertidos (e que permaneçam por simples desleixo, falta de releitura, etc.).
// É um dos poetas de que leremos textos, tem biografia na p. 18 e não é Fernando Pessoa (apelido; só as três letras do meio, as que estão a seguir ao apóstrofo).
E. Um _________ que terão de fazer: não se recusarem a ler trabalhos ao resto da turma (e depois fazerem-no audivelmente).
F. 3.ª pessoa do singular do Condicional de «Cear» (mas sem vogais).
// ______ (= grandes elogios) merecem os que em Junho assistiram à sessão de entrega de prémios das Olimpíadas de Língua Portuguesa — por terem sido correctíssimos e suportado bem todos os discursos — e, naturalmente, sobretudo os finalistas (Gonçalo [7.º 5.ª], Ana M. [7.º 6.ª], Bruno [7.º 5.ª]; e ainda: Marta [7.º 2.ª], António, Mafalda, Silvana, Rita [7.º 3.ª], João M. [7.º 5.ª], Carolina, João D., Mário [7.º 6.ª]), bem como todos os que participaram ao longo do ano (se bem me lembro: Paula [7.º 1.ª], André, Francisco, Miguel R., Pedro V. [7.º 3.ª], Luís, Nuno [7.º 5.ª], João Paulo, João M. [7.º 6.ª]).
G. Antes havia a 2 e agora saiu a P(ortable); é também a sigla de «post scriptum» ou «pós-escrito» (portanto, muito usada no final das cartas).
// Em algumas tarefas, sobretudo as que implicam leitura, não convém que haja demasiada conversa com os colegas do _________.
// É uma _____ solução pedir ajuda demasiado cedo, declarar as tarefas difíceis ou desistir, antes de ler com atenção o que eu tenha escrito.
H. Serão avaliados por todas as __________ que forem resolvendo, em aula e em casa (não haverá «o teste», como se costuma fazer na maior parte das disciplinas).
I. Não se pode dizer que tenha havido um ______ de trabalhos (isto é, muitos trabalhos; a palavra vem de «horror») apresentados ao Concurso Literário José Gomes Ferreira, o que me desiludiu; de qualquer modo, a 21 de Novembro, dia da escola, serão conhecidos os resultados.
// Na secção «Leituras» do blogue Gaveta de Nuvens, pus um link que permite acesso ao catálogo de livros do _____ (poderão ver se há alguma obra que lhes interesse requisitar).
J. Conselho: não ponham as fichas que formos fazendo dentro de ________, furem-nas e coloquem-nas nos dossiês. Se ficarem dentro de plásticos, pouco as consultarão.
// Já o ano passado lemos textos desta escritora, autora de O Mundo em que Vivi. O seu primeiro nome é Ilse e tem biografia na p. 16.
K. 3.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo de «Roer»: «que eles __________».
// No _____ de cada período (pelo menos), faremos uma ficha focada apenas nos conteúdos de gramática. Não deve ela ser confundida com «o teste», é claro, mas era bom que da parte de muitos houvesse maior investimento também nesta parte da matéria. (Como os conteúdos de gramática específicos do 8.º ano não são demasiados, é provável que aproveitemos para recuperar o que no 7.º tenha ficado pouco claro.)






Aula 2
Incidentes de férias
Escreve três notas ao estilo das que ponho em baixo. Como se vê, trata-se de lembrar momentos passados entre 15 de Junho e 19 de Setembro, em relatos curtos e quase desprendidos (instantâneos de coisas sem importância — que, no entanto, fixámos).

8 de Julho, sete da tarde, Escola Secundária de Benfica — Inaugura-se o planetário do 7.º 3.ª. Todos estão contentes. A entrada na sala onde está o planetário faz-se por uma cortina preta (que me lembra a Feira Popular há muitos anos). Lá dentro, como tudo o que em nós é branco fica fosforescente, a sala parece povoada de esqueletos. Como todos olham em redor e se torcem para verem as galáxias, parecemos esqueletos num aquário.

Meados de Agosto, domingo, à uma, no restaurante Colina, em Lisboa — Enquanto como um excelente bife do lombo à Colina, ouço conversas que parecem diferentes das habituais (mais contínuas e digressivas). Depois percebo: Lisboa está quase deserta e no restaurante estão sobretudo velhos. Habitualmente, predominam as famílias com as três (ou quatro) gerações a falarem, focadas num único assunto.

15 de Setembro, seis da tarde, praia de Tróia — De repente, levanta-se a ventania costumada àquela hora. Um chapéu de sol viaja pela praia a grande velocidade. Percebemos que pertence a um casal de namorados, que nem se apercebeu de que o chapéu fugiu e, embatendo nas dunas, ficou estacionado a uns cinquenta metros. Hesitamos em avisar o par setubalense. Temos razão: largo tempo depois, levantam-se, olham em roda e acabam por descobrir o chapéu sozinhos.
Aula 5
Ponho a seguir várias afirmações sobre escritores que têm textos no nosso livro. Vais ler essas afirmações e assinalar à frente de cada uma se são V(erdadeiras) ou F(alsas).
Para melhor avaliares se as alíneas são verosímeis, vai vendo as biografias de cada um dos autores (pp. 10-21). No entanto, terás de decidir por conjectura, já que o que se diz nas pequenas biografias do Com todas as letras não desfaz todas as dúvidas.

1. Em 1919, Carlos Drummond de Andrade foi expulso da escola em consequência de um desentendimento com o professor de Português.
2. Adília Lopes andou na Pedro de Santarém, onde aliás foi minha colega de turma.
3. Rómulo de Carvalho (de que António Gedeão era o pseudónimo) foi professor de Física do meu pai, no Liceu Pedro Nunes.
4. Manuel Alegre é um benfiquista ferrenho e anunciou anteontem a sua candidatura à Presidência da República.
5. O filho de Sophia de Mello Breyner Andresen é o jornalista Miguel de Sousa Tavares, portista, autor de Equador, cuja acção decorre em São Tomé.
6. Almada Negreiros, escritor e pintor nascido em São Tomé, aparece completamente nu num dos seus mais conhecidos retratos e teve uma longa e célebre conversa com Carlos Cruz.
7. Numa das suas fotografias mais conhecidas, o poeta Alexandre O'Neill usa uma bicicleta no lugar dos óculos.
8. Augusto Gil, poeta pouco importante, é autor do talvez mais recitado poema português, a «Balada da Neve», que escreveu num dia de calor (1.ª estrofe: «Batem leve, levemente / Como quem chama por mim... / Será chuva? Será gente? / Gente não é certamente / E a chuva não bate assim...»).
9. Numa noite chuvosa de Dezembro de 1934, a escritora brasileira Cecília Meireles esteve duas horas à espera de Fernando Pessoa num café em Lisboa (tinham combinado o encontro mas, por causa de cálculos astrológicos, Pessoa resolveu não comparecer).
10. Há 75 anos Fernando Pessoa chegou a viver numa casa algures na Avenida Gomes Pereira, a menos de quinhentos metros da nossa escola. No seu quarto, Pessoa tinha sempre um garrafão com aguardente.
11. Fernando Pessoa, por vezes, parava na rua e equilibrava-se numa perna com uma mão para a frente e outra para trás, para significar o bico e a cauda de um íbis, e ficava assim, o que surpreendia os transeuntes.
12. Luís Fernando Veríssimo é filho de Érico Veríssimo, escritor brasileiro. Ambos escreveram sempre todos os seus nomes sem acentos.
13. Alice Vieira é viúva de Mário Castrim, escritor e crítico de televisão temível, e mãe de Catarina da Fonseca, de quem lemos um texto o ano passado.
14. No nosso manual, Mário de Carvalho — autor de A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, conto que leremos — é entrevistado por Ricardo Araújo Pereira, um Gato Fedorento, que, à época, era jornalista do Jornal de Letras.
15. Quando partiu para o Brasil para trabalhar, Miguel Torga tinha a altura de 1,46 m.
16. Teófilo Braga andava sempre com um chapéu de chuva e, quando foi Presidente da República, ia todos os dias de eléctrico para os ministérios.
TPC (em folha solta) — Cria três parágrafos como os que fiz acerca dos escritores, mas sobre ti. Entre os três parágrafos haverá afirmações falsas e verdadeiras. Independentemente da veracidade de parágrafo, espera-se que sejam referidos factos curiosos.
O objectivo final é leres os três parágrafos a toda a turma, para vermos quem mais vezes acerta nos que sejam verdadeiros ou falsos. Procura escrever com alguns pormenores, que servirão para dificultar o reconhecimento da veracidade dos trechos. E, claro, a qualidade da escrita também interessa.
Aula 6
Lê o texto que se segue, para resolveres o ponto 1 da p. 25. Ao decidires as respostas, além de marcares V/F/PF, sublinha no texto a frase em que te baseaste.

Muito grande é o mar

Estava o rapazinho a olhar para o mar com todo o seu olhar deslumbrado de primeira vez, quando «a voz» lhe perguntou quando é que iam ao banho. O rapazinho não queria dar parte de fraco — fraquezas nunca tinham sido com ele — mas estava francamente assustado e também, é certo, possesso de um deslumbramento sem limites que era quase doloroso interromper. Ele não sabia que era deslumbramento o que sentia, não sabia muitas coisas, sabia mesmo poucas, e então pensava coisas à sua medida como «Isto é grande como tudo. Isto é maior do que todos os rios juntos. Muito grande é o mar».
O outro riu com um riso amalandrado: «Olha para aquela, ali. Olha que vale a pena». Ele desviou o olhar para a rapariga que passava, mas o olhar não se lhe deteve muito tempo nela, ultrapassou-a, transformou-a em ser transparente, voltou a abarcar aquele mar quase rio de praia popular, mas que a ele lhe parecia terrivelmente agitado e perigoso. Havia uma onda a fazer espuma, sempre ali, no mesmo sítio, porquê?
«Aquela onda, pá.»
«E então?» riu o outro, cheio de experiência porque já estava em Lisboa havia dois anos e fora duas ou três vezes à praia.
«Porque é que ela faz aquilo, pá?»
«Sei lá. Rebenta, pronto. Quero é ir tomar banho. Estou com um destes calores. Anda daí.»
«Achas que não há perigo?»
A voz riu, troçou, rebolou-se, no gozo. «Tens cada uma! Não vês aquela gaja?»
«Sabe nadar.»
«Qual! Ali há pé. Mexe os braços a fingir, é o que eu faço. Mas um dia destes vou aprender, olá se vou. Não é só levar batatas e feijões a casa das freguesas. Uma pessoa tem que viver. Não achas que uma pessoa tem que viver?»
O rapazinho não sabia bem o que era viver. Então não vivia, ele? Comia, dormia, viera da terra há um mês para a loja do sr. Firmino, trabalhava portanto, sempre a subir e a descer escadas. Mas o outro dizia viver, como quem sabe que viver é outra coisa. Então...
«Vamos?»
«Está bem...» (Com reticências, sem grande vontade. Com um certo ou até um grande receio.) «Está bem, pá.»

O corpo apareceu dias depois. Ninguém o chorou verdadeiramente, porque era órfão, e ninguém já se lembra do seu rostinho melancólico até porque isto aconteceu há já alguns anos. Quantos, não sei.

Maria Judite de Carvalho, A Janela Fingida
Aula 7
Abre o livro na p. 27. Vai olhando a parte «Conheço a gramática da língua?» e respondendo a esta fotocópia.

Repara no ponto 1.1. Pede-se a análise morfológica da frase, o que eu já fiz a seguir. Quero que repares nessa classificação e completes as outras linhas com frases que incluam a mesma sequência de classes (preposição + nome + ...) e, claro, que sejam possíveis. Eu já fiz duas das linhas.
(Podes consultar o verso desta folha, onde está uma lista de preposições, de determinantes e alguns exemplos de contracções. Nomes e verbos não os posso listar.)

Em / Santiago, / sobreviventes / recordam / a / queda / do / avião
Prep. / Nome / Nome / Verbo / Det. / Nome / Contracção (Prep. + Det.) / Nome
Com / angústia / alunos / resolvem / as / perguntas / da / ficha
Sem / surpresa / intelectuais / vêem / os /óculos / do / O'Neill
___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___
___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___
___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___ / ___

Respondo agora ao ponto 1.2, que pede para pôr «sobreviventes» — que está como substantivo — em contexto em que pertença a outra classe. Por exemplo: em «Os canibais sobreviventes palitaram os dentes», «sobreviventes» já apareceria como adjectivo.

O ponto 1.3 pede a análise sintáctica da frase, o que já fiz. Completa as duas linhas restantes do quadro com outras frases com a mesma sequência de funções sintácticas.

Em Santiago, / sobreviventes / recordam / a queda do avião.
Complemento circunstancial / Sujeito / Predicado / Complemento directo
Na Escola Secundária / alguns professores / esbofeteiam / os melhores alunos .
Ontem / {eu (subentendido)} /comi / um bife à Portugália
_______ / _______ / _______ / _______
_______ / _______ / _______ / _______


Classifiquei as orações de 2. Inventa outra frase para o segundo quadro.

O avião caiu, / mas alguns passageiros sobreviveram.
Coordenada / Coordenada adversativa

Quando foram salvos, / todos se encontravam muito fracos.
Subordinada temporal / Subordinante
___________ / ___________

Resolve agora o ponto 3 do manual, usando as classificações: composta por justaposição, composta por aglutinação, derivada por sufixação, derivada por prefixação. reencontro ____________; finalmente _____________; norte-americano: ____________.
Se ainda te tiver sobrado tempo, faz o ponto 4.
TPC — 1. Escrever uma frase (de índole publicitária) sobre o Bife à Portugália. Basta conhecer os outros bifes do mesmo tipo, para se ser capaz de fazer uma frase adequada. O destino final é um concurso (com a generosa atribuição de 52 refeições aos dez melhores classificados).
(Eu nem gosto do bife da Portugália — a carne tem nervos a mais, o molho acho-o com muita farinha, as batatas pouco estaladiças.)
2. Escrever uma frase (de índole publicitária) sobre a Escola Secundária José Gomes Ferreira.
3. Ler Uma questão de cor, o livro de Ana Saldanha que vinha com o manual. Ler sem preocupações especiais.
Aula 9-10
Lê «Recordações» (pp. 34-35), de Manuel Alegre, de quem falámos há duas aulas. É um texto de recordações de escola.

Consoante o tema de cada parágrafo, escreve I(nstrumentos de trabalho), P(rofessores), M(étodos de ensino): linhas 1-6: ____; ll. 7-18: ____; ll. 19-44: ____.

Faz o mesmo para os períodos de cada um dos dois primeiros parágrafos, usando estas abreviaturas: I(nstrumentos de trabalho), A(lunos), M(étodos de ensino), G(ostos do narrador).
1.º parágrafo: [Período que começa com] «Usávamos»: ___; «Era»: ___.
2.º parágrafo: «Aprendia-se»: ___; «Quem»: ___; «A classe»: ___; «Mas»: ___; «Eu»: ___; «De ganhar»: ___; «A palmatória»: ___.

Lê agora três outros trechos do mesmo livro, Alma. Considerando que o trecho no manual é o que aparece em segundo lugar no livro de Manuel Alegre, ordena os textos A, B e C.
1.º trecho: ___; 2.º trecho: o do manual; 3.º trecho: ___; 4.º trecho: ___.

A
Já com a Aritmética e a História, ele não afinava tanto. Cigarro ao canto da boca, raramente se sentava. Andava sempre de um lado para o outro, agitado, falando a olhar para longe ou talvez para dentro. De súbito parava ao pé de um e perguntava: Diz lá, ó pequenino, conjuntivo presente do verbo colorir.
Se o infeliz se engasgava, pegava-lhe pelos fundilhos e mandava-o pelo ar. Não sei como nunca sucedeu uma tragédia.
Podia ter sido com o Nicolau. Por causa de um ditado. Não sei qual foi o erro do meu companheiro de carteira. Só vi o Professor tentar virá-lo do avesso e o Nicolau a morder-lhe a mão com toda a força. Lencastre soltou um grito e largou-o. E o Nicolau, ala que se faz tarde.

B
Todas as manhãs, quando o professor entrava, nós éramos obrigados a fazer a saudação romana virados para os retratos de Carmona e Salazar. Eu tinha visto no cinema os italianos e os alemães a fazer o mesmo gesto. Sabia que era a saudação nazi-fascista. Depois da guerra, com a publicação das imagens sobre os campos de concentração e o extermínio em massa dos judeus, aquela saudação tinha-se tornado insuportável. Até que um dia o professor entrou, eu levantei-me, mas não fiz a saudação. Lencastre apontou para mim e eu continuei na mesma. Estende o braço, disse ele. E eu não estendi. Estás a brincar comigo, ó pequenino? Eu respondi: não sou nazi.
Lencastre ficou atordoado, acendeu uma beata, começou a passear de um lado para o outro, pensei que ele me ia agarrar pelos fundilhos, mas o homem só dizia: Ó pequenino, ó pequenino. Sem saber o que fazer.
À tarde, na Loja, fui recebido como um herói. Florêncio Tavares até me deu um beijo, ele que me ensinou, desde pequeno, a só apertar a mão, Bacalhau e mais nada, dizia ele.

C
Gonçalo Pena não me largava. Era uma figura singular e não por acaso o haviam escolhido para mensageiro. Ele tinha sido um dos homens de confiança do meu avô Geraldo Pais e suspeitava-se que fora a paixão de minha tia Elvira, irmã de minha mãe, que morreu muito nova, tuberculosa. Dele se contavam histórias extraordinárias. Companheiro de carteira do meu pai no liceu de Aveiro, estava ele um dia a carregar cartuchos na aula de Francês, quando o professor, a quem chamavam o Comme Ici, de repente lhe disparou: Diga lá, ó Gonçalo, este lápis azul não é amarelo mas preto.
Contava o meu pai que ele se levantou e, muito sério, começou a argumentar que não podia ser, era um contra-senso, recusava-se a dizer, ainda por cima em francês, que era a língua de Descartes, uma frase sem lógica, completamente despida de sentido.
— O lápis ou é azul ou não é, se é azul não é amarelo e muito menos pode ser preto.
— Está bem, retorquiu o Comme Ici, eu não quero filosofia, o que eu quero é a frasezinha em francês.
Então, repentinamente, Gonçalo Pena dizia a frase em inglês, espanhol e francês: This stencil bleu no es amarillo but noir.
Meu pai ria até às lágrimas, Gonçalo Pena conservava-se de pé, imperturbável, o professor perdia a cabeça e, como não podia fazer mais nada, punha o meu pai no olho da rua, com falta de castigo.

Sobre o trecho C, responde:

«recusava-se a dizer, ainda por cima em francês, que era a língua de Descartes, uma frase sem lógica». A parte marcada a negro justifica-se por Descartes ser
a) um filósofo francês e simbolizar a máxima racionalidade, a máxima lógica.
b) o verdadeiro nome do professor alcunhado de Comme ici.
c) o nome da vaca de que provinha tão deliciosa língua estufada com ervilhas.

«Este lápis azul não é amarelo mas preto». Classifica morfologicamente (ou seja: indicando a classe a que cada palavra pertence):

Este / lápis / azul / não / é / amarelo / mas / preto.
____ / ____ / ____ / ____ / ____ / ____ / conjunção / ____

Sobre o texto B:

O facto de Florêncio Tavares ter dado um beijo no narrador significa que era
a) um perigoso pedófilo.
b) um pedófilo mas não dos mais perigosos.
c) era contra o regime e ficara contente com a recusa do rapaz em cumprir aquele ritual.

Sobre o texto A:

«Diz lá, ó pequenino, conjuntivo presente do verbo colorir.»
O Presente do Conjuntivo de «Colorir» seria:
a) [que] eu colura, tu coluras, ele colura, nós coluramos, colurais, coluram
b) eu coluro, tu colores, ele colora, nós colorimos, vós coloris, eles colorem
c) [se] eu colorisse, tu colorisses, ele colorisse, nós coloríssemos, vós colorísseis, eles colorissem

«ó pequenino» tem a função sintáctica de
a) vocativo b) complemento directo c) sujeito


Escreve frases soltas sobre a tua vida de estudante na Escola Secundária de Benfica, mas assumindo a perspectiva de alguém que já estivesse a recordar estes tempos. Usa sempre o Imperfeito do Indicativo. Exemplos:
Levantávamo-nos a correr, para comprar tripas no quiosque junto da entrada.
Ficávamos numa bicha no bloco C, à espera de vez para renovar as chaves dos cacifos.
TPC — Escreve um texto sobre um professor, ou professora, que tenhas tido (desde sempre até ao sétimo ano inclusive, mas que não seja teu professor actualmente). Tenta fazer uma descrição ao estilo da que sobre Lencastre fazia Alegre no terceiro parágrafo de «Recordações». Também por isso, usa sobretudo o Imperfeito do Indicativo («ensinava», «entrava», «escrevia», etc.).
Aula 11-12
Abre o livro na p. 37. Começa pela parte «Funcionamento da língua», ponto 1.1 (identificar os erros da frase que está a azul). Para apontares esses erros, completa a tabela.

Erro // Forma correcta // Explicação
usavam, a palmatória // ________ // Não pode haver vírgula, porque predicado («usavam») e complemento directo («a palmatória») devem ficar seguidos. (Podia era haver alguma expressão intercalada entre vírgulas: «Usavam, com elegância, a palmatória.»)
vivestes // ___________ // O Pretérito Perfeito é: «Eu vivi, tu ______, ele viveu, nós ________, vós vivestes, eles viveram».
_______ // imaginar // É esta a ortografia de «imaginar» (de «imagem», etc.).
_____ // _____ // O acento que serve para as palavras que resultam de contracção é o grave (`). Aliás, só se usa nessas poucas palavras: ____, _____, _____ (e nos seus plurais) e em «àquilo».


Passa ao texto na metade inferior da página. Ainda antes de leres, escolhe a melhor alínea para a afirmação:
O título «Regresso às (J)aulas» procura
a) mostrar revolta pela degradação do ensino, tornado hoje quase animalesco.
b) divulgar a toda a população as más condições das escolas.
c) fazer uma brincadeira de linguagem, associando escola e cativeiro.


Lê agora a parte que está num quadrado laranja. Devo dizer que não é verdade que a ligação entre às e aulas dê o som [j]. O som verdadeiro é [z]: «regressazaulas». Mas é verdade que a letra S no final das palavras (ou no final de sílaba) soa ora [z], ora [j] ou [ch]. Ponho exemplos a seguir. Irás dizer para ti a expressão e decidir se nela o S soa como [z], [j] ou [ch].
aulas: [ch]; fisga: [j]; más aulas: [z]; meias brancas: ___; Luís António: ___; Luís Pedro: ___; Menino Luís de Camões: ___; Camões: ___; Beatriz Costa: ___.


Passemos à parte do texto em fundo cinzento. Começo por corrigir um erro: na segunda linha, onde está «das férias terem acabado» devia estar «de as férias terem acabado» (é que, quando à preposição se segue uma oração — que neste caso existe: «as férias terem acabado» —, não podemos fazer a contracção).

Lê o resto do texto. Ao mesmo tempo, vai pondo ao lado das expressões que transcrevi o que narrador na verdade quer dizer. (Trata-se de expressões irónicas ou exageradas — em geral, para imitar o raciocínio dos adolescentes que se está a caracterizar — e eu pretendo que ponhas ao lado a interpretação do que é dito.)
Passo no texto // Interpretação A fazer
as férias terem inexplicavelmente acabado // O fim das férias não é «inexplicável»; apenas não é _______________ pelos alunos.
levantar da cama a horas inconcebíveis // As horas serão ________; só são «inconcebíveis» para quem já se habituara a nada fazer (e a acordar às três da tarde!).
«útil» e «essencial» formação // Pretende-se insinuar que __________
ou por serem todos paquistaneses // É uma caricatura. Pretende-se mostrar como os grupos que se formam são, por vezes, __________
as sinistras criaturas [que ocupam as mais recuadas filas] // «Sinistras» significa 'terríveis', 'cruéis', o que, neste caso, é exagerado. Trata-se apenas de alunos que ___________

Além dos grupos — ou tipos de alunos mais característicos — que são mencionados no texto, que outros poderias pôr numa lista aplicável à Escola Secundária José Gomes Ferreira? Escolhe um só desses grupos (ou tipo de aluno típico) e caracteriza-o (mais por acções do que por adjectivos).

Lê a sinopse do filme cujo início veremos ainda nesta aula.

Sinopse de Elephant (de Gus Van Sant):
O filme é baseado parcialmente no massacre do Liceu Columbine. A acção desenrola-se durante um dia, num típico liceu norte-americano. Seguimos vários alunos nas suas actividades habituais, entre salas de aula, corredores, refeitório, biblioteca, balneários, gabinetes administrativos. Para cada um deles, o liceu é uma experiência diferente: amistosa, traumática, estimulante, solidária, difícil.
É um belo dia de Outono. Eli, o fotógrafo, convence um casal «punk» a deixar-se fotografar a caminho da escola. John deixa as chaves do carro na secretaria para o irmão mais velho ir buscar o pai. Nate termina o treino de futebol e vai encontrar-se com a namorada. Brittany, Jordan e Nicole coscuvilham nos corredores e criticam as mães que andam sempre a espreitar o que elas andam a fazer. Michelle corre para a biblioteca, enquanto Eli tira uma fotografia a John. Parece um dia normal na escola. Mas não é.


TPC — Faz a sinopse — o resumo do enredo — de um livro cuja história se passasse na Escola Secundária de Benfica. Os melhores enredos serão escolhidos para, uma vez desenvolvidos, se escrever uma história colectiva. Para já, importa que construas uma base da intriga (que pode ser de ordem policial, romanesca, etc., ou até a confluência de várias pequenas histórias individuais, como acontece em Elephant).
O tempo durante o qual a história se desenrola fica ao teu critério; o espaço predominante tem de ser a Secundária de Benfica; as personagens principais terão de ser fictícias (veremos depois se para os meros figurantes podemos ter outro critério).
Espero também que já tenhas lido Uma questão de cor.
Aula 13-14
Lê «O colégio» (pp. 40-41), de Adília Lopes. Cumpre o que é pedido na parte a azul (pôr nos quatro quadrados os números correspondentes à localização de cada um dos períodos retirados do texto).

Resolve depois os seguintes pontos do questionário (p. 41):
1.1. _____; ______.
1. 2. ___________
1.3.1. __________
3.2. ____________
4. ______________

Entretanto, deixei em cada carteira diferentes livros de Adília Lopes. Tu e o colega do lado, depois de tentarem ler «na diagonal» alguns dos poemas, escolherão dois deles. (Cada um de vocês lerá um desses poemas à turma. Procuraremos eleger o melhor poema e a melhor leitura. A classificação que lançaremos na tabela engloba já os dois factores.)

Livro de Adília Lopes // Poema
lido por // classificação
Um jogo bastante perigoso
A pão e água de Colónia
O Marquês de Chamilly
O Decote da Dama de Espadas
Os 5 livros de versos salvaram o tio
Maria Cristina Martins
O peixe na água
A continuação do fim do mundo
A bela acordada
[prosa]
Clube da poetisa morta
Sete rios entre campos
Florbela Espanca espanca
Irmã barata, irmã batata
[prosa]
César a César
Obra
Caras Baratas















TPC — De Adília Lopes já conheces uma biografia (p. 16), o texto em prosa que lemos hoje (e que é também bastante autobiográfico), uma série de poemas (que acabaste de ouvir).
Escreverás cinco perguntas que pudessem fazer parte de uma entrevista interessante a esta autora. (Escolherei depois as melhores, a que Adília Lopes responderá por escrito.)
Antes de te decidires, para averiguares se as perguntas em que estás a pensar são interessantes, imagina-te na pele do entrevistado (verifica, por exemplo, se a pergunta dá a quem responde possibilidade de ser criativo, inteligente, original).
Aula 15-16
Depois de escolha, por votação, de quatro das sinopses pré-seleccionadas em cada turma (agora consultáveis nas secções de cada um dos romances de turma — links na secção «Índice»), explicação do trabalho de casa:
TPC — Fazer as duas tarefas que se seguem (por favor: cada uma numa folha diferente).

1. Definir de modo mais completo um dos alunos a que aludem as sinopses que escolhemos. Para tal, completar os seguintes aspectos. (Ter em conta que alunos serão do oitavo ano, a não ser que a própria sinopse refira que são exteriores à turma principal.)

Nome [um ou dois primeiros nomes + apelido]:
Profissão dos pais:
Aparência física [evitar as descrições completas mas banais; referir os aspectos mais notórios na aparência física]:
Objectos que a personagem tem numa dada gaveta em casa:
O que faz num sábado, às 18 horas:
O que faz às 17 horas da tarde de um dia em que não tenha aulas:
Um acessório [um objecto que costume usar; alguma peça de roupa muito característica]:
Outra característica ainda não referida que queiras indicar:


2. Criar um dos professores da turma que será o fulcro da história. (Como se disse, a turma é do oitavo ano. Para fugir a identificações com a vida real dos autores, convém que o professor de cada uma das disciplinas seja do sexo contrário daquele a que pertence o teu professor ou professora — assim, por exemplo, no livro será uma professora que leccionará Língua Portuguesa.)

Disciplina [do 8.º] que lecciona:
Nome [um ou dois primeiros nomes + apelido]:
Idade:
Situação profissional [há quanto tempo está na escola?; é efectivo, QZP, contratado, estagiário?; etc.]:
Vida familiar [solteiro, casado, viúvo; quantos filhos; etc.]:
Aparência física [pensar nos aspectos mais notórios — o que fixamos, mesmo que seja de pormenor —, em vez de querer fazer retrato completo]:
Vestuário típico:
O que faz às 15 horas de um domingo:
O que faz num sábado, às 10 horas:
Hobby que tem/colecção que faz:
Leituras que faz [incluir nomes de jornais, revistas ou livros]:
Programa de televisão preferido:
Outra característica ainda não referida que queiras indicar:

Aula 17-18
Lê «Terceiro dia» (p. 42), do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, e pensa na resposta a dar aos pontos 1.1.1, 1.1.2 e 1.2.1 (p. 43). (Basta pensares na resposta; perguntarei depois.)

Volta a ler, para, à medida que os fores lendo, reescreveres em português europeu os versos que evidenciem características do português brasileiro. (A seguir dou-te espaço para essa reescrita, indicando também os versos em que me parece deveres intervir.)
verso 1: ________
v. 3 ______
v. 4 ______
v. 5 ______
v. 8 _______
v. 9 _______
v. 11 _______
v. 12 _______
v. 13 _______
v. 15 _______
v. 18 _______
v. 20 _______
v. 22 _______
v. 23 _______
v. 25 _______
v. 28 _______
v. 32 _______

Vê o quadro que tem letras e sílabas soltas («Teste de memória», no final da p. 43). Com cada um desses fragmentos escreve um substantivo (nome). Cada uma das quinze palavras deve conter um dos conjuntos de letras seguido e ser da classe dos substantivos. Exemplo: com «ência» posso formar o nome «urgência».

Ouviremos agora uma biografia de Carlos Drummond de Andrade. No final, farei perguntas sobre essas informações acerca do escritor.

Em folha solta, resolve o ponto 1.1 de «Escrever» (p. 43). Trata-se de criar um parágrafo de certo modo antónimo do segundo parágrafo do texto de Adília Lopes. Pôr-te-ás na pele de um narrador a quem tivesse agradado muito o tempo passado na escola. (Parte do princípio de que essa escola é a Secundária de Benfica, já que assim poderemos seleccionar materiais para homenagem ao vigésimo quinto aniversário da escola.)

TPC — Visita a exposição sobre os 25 anos de actividade literária de António Lobo Antunes (que, além de ser um dos grandes romancistas portugueses, viveu em Benfica toda a infância e adolescência). A exposição está à entrada do CRE e na zona que vai do corredor do bloco C até lá.
Esta parte da exposição é constituída por cartolinas que pendem do tecto, cada uma com uma citação do escritor. O que te peço é que: (1) escolhas uma dessas vinte e tal citações; (2) que a copies; (3) que a comentes — este comentário pode pôr em causa o que o escritor afirma, pode servir para dizeres por que motivo gostaste da citação, pode ser mesmo uma opinião tua sobre o mesmo assunto, etc.
Aula 19-20
Lê «Revelação» (pp. 44-47). Lê primeiro o texto todo; depois, escolhe a opção certa (a, b, c ou d) de cada uma das afirmações que se seguem.

Neste texto
a) não há propriamente uma acção principal: há um conjunto de acções isoladas (como no começo de Elephant).
b) o episódio principal já aconteceu e é-nos contado por uma das personagens (que o relembra).
c) a cronologia dos acontecimentos é respeitada, não havendo nenhum «flash back».
d) há sobretudo descrições, não havendo relato de factos.

No texto há sobretudo
a) descrições de espaços.
b) diálogo.
c) trechos em que o narrador relata acontecimentos.
d) versos.

Azeredo e Cágado são
a) a mesma personagem.
b) amigos.
c) professor e aluno, respectivamente.
d) aluno e professor, respectivamente.

O professor tem com o Cágado um comportamento
a) autoritário (o que era natural em quem já tinha sido professor dos irmãos daquele aluno).
b) amigável (talvez um tanto paternalista, para o pôr mais à vontade).
c) agressivo (o que talvez lhe viesse da experiência militar).
d) nervoso (dada a expectativa pela história que o aluno iria contar).

Ao iniciar a conversa com o professor, certa angústia do Azeredo deve-se a
a) não querer ser considerado delator de colegas (e, talvez, ter também má consciência).
b) não querer «ser bufo» (ou seja, não querer ser o delator dos colegas).
c) considerar-se culpado pela morte do Pontes.
d) medo do professor, que, ainda por cima, conhecia os irmãos.

«Bem, no dia em que se deu o... acidente» (l. 39). As reticências significam que o Azeredo
a) não se lembrava da palavra e por isso gaguejou um pouco.
b) foi interrompido pelo professor.
c) quis marcar que estava a empregar a palavra com ironia.
d) hesitava quanto à palavra a usar.

«Bem, o ga... o Mota pôs-se a dizer que o melhor amigo do Ataíde dera em gay» (l. 57). As reticências representam
a) uma hesitação do Azeredo (nervoso, dado o episódio que relatava).
b) uma interrupção da fala do Azeredo (provocada pelo professor).
c) a interrupção da palavra (por o Azeredo ter percebido que não era a mais adequada numa conversa com um professor).
d) um gaguejo do Azeredo.

O Ataíde deu um murro no Pontes, porque
a) acreditava que o amigo estava a ter um comportamento homossexual, o que não queria aceitar.
b) se sentiu pressionado pelas troças dos amigos (e inseguro quando o Pontes lhe pôs a mão no ombro).
c) fora essa a estratégia combinada entre ambos.
d) tinha ciúmes da relação deste com o Salada e vira-o fazer-lhe uma festa.

O bibliotecário assumiu que o que se passara fora um acidente por
a) estar também implicado no homicídio.
b) não querer problemas com o seguro escolar.
c) a isso ter sido levado pelas explicações dos rapazes.
d) não ter seguido toda a situação (e talvez também porque de qualquer modo preferia acolher a explicação mais generosa).

O Ataíde desapareceu,
a) por se sentir culpado da morte do amigo.
b) para escapar à polícia.
c) confuso, dados os seus sentimentos ambíguos por Salada e Pontes.
d) para fugir com o Salada.


As expressões a negro pertencem a um registo de língua (a um nível de língua) bastante informal (não cuidado). Substitui essas partes a negro por expressões equivalentes de nível mais cuidado.

Não me venhas com tangas (l. 22): ________
encontrámos o bibliotecário a bater uma soneca (l. 45): ______
começou a gozar com o panorama (l. 54) _____
desatou a picar o Ataíde (l. 55) _______

Também as palavras seguintes a negro são substituíveis por sinónimos mais cuidados (ou, ao contrário, por outros ainda mais populares). Dou-te uma série de palavras: põe-nas numa linha, da modo a mostrares os graus de formalidade (à esquerda, a mais cuidada; à direita, a mais popular; no meio, distribuídas pela linha, as restantes).

«referindo-se ao Pontes e ao puto» (ll. 62-63)
puto / miúdo / garoto / chavalo / catraio / rapazinho
+ cuidado ------- -------- ------- -------- + popular

«O gajo passou-se por completo» (l. 84)
tipo / indivíduo / gajo / sujeito / homem / fulano

+ cuidado ------ -------- --------- --------- + popular

Como fizeste há pouco com as palavras do texto, ordena estas palavras sinónimas desde a mais popular até à mais cuidada. Talvez possas tentar encontrar em cada série a que representaria o nível popular, o nível familiar, o nível corrente, o nível cuidado (conceitos que, aliás, não são fáceis de delimitar). Já resolvi a primeira série:

estou aflito — estou em palpos de aranha — estou à rasca — estou em cuidado

estou à rasca (P) estou em palpos de aranha (F) estou aflito (Cor) estou em cuidado (Cui)


desenvencilhar-se — desenrascar-se — safar-se — desembaraçar-se

urinar — fazer chichi — mijar — verter águas

aborrecido — lixado — chateado — contrariado

queimar as pestanas — marrar — estudar — instruir-se


Assistiremos agora ao início do filme Os Coristas, que aborda o tema que temos vindo a tratar, a escola.
O filme usa o processo narrativo de começar num momento já posterior à acção que se pretende contar, fazendo depois esse relato em «flash back».
Qual é no filme o pretexto para que possa surgir essa narrativa encaixada?

Nas escolas, uma das manifestações de rebeldia é o uso de registos de língua diferentes dos que estariam convencionados para o contexto da aula. Em Os Coristas isso acontece várias vezes.
Anota alguma palavra proferida pelos alunos que pertença a um nível de língua mais informal (porque popular) do que a situação de aula implicaria.

TPC — 1. Ter o caderno com todos os trabalhos feitos, todas as fotocópias. (Gostaria de vê-lo numa das próximas aulas.)
2. Ler as pp. 3 e 4 do Caderno de Actividades. Em «Aplica os teus conhecimentos», fazer os pontos 1.1, 1.2 e 3.1 (pp. 4-5).
Aula 21-22

Lê este texto, que é do mesmo livro de que na última aula vimos uma outra parte — «Revelação», pp. 44-47 do manual; talvez valha a pena teres agora o livro de novo aberto nessas páginas —, e responde às perguntas que faço a seguir.


A meio da aula de Língua Portuguesa, o professor do 5.° ano mandou que os três alunos que haviam obtido melhor classificação na prova escrita lessem as composições que tinham redigido.
O primeiro a ter de cumprir a ordem do professor foi o Martim, a quem foi dito que se dirigisse para o estrado, onde deveria ler o seu texto.
O rapaz corou de aflição, pois, embora soubesse que lia sem dificuldades, não tinha vontade de partilhar com a turma o que escrevera na sua prova. No entanto, vendo que não tinha escolha, levantou-se devagar e, levando consigo a página da redacção, subiu para o estrado de madeira, ficando, assim, mais exposto aos olhares de todos os colegas.
— O Salada julga que é o Camões — segredou um dos rapazes da frente para um colega, que riu baixinho.
O Martim ouviu o comentário e logo teve vontade de sumir dali, mas o professor continuava à espera:
— Então? Ainda temos outras duas leituras para ouvir, Sarmento! Queres um microfone, queres? Estás a fazer-te caro, é?
Não estava, de todo, mas o professor não o conhecia, como também desconhecia a verdadeira razão que levara aquele aluno a escrever o texto que, em breve, seria apresentado à turma.
— «O dia em que o Mundo mudou» é o título que dei à minha redacção — começou o Martim, tentando, a todo o custo, alhear-se da presença dos colegas, a quem aquele título, inexplicavelmente, logo fez rir.
— Continua, homem! — impacientou-se o professor.
E o Martim obedeceu:
«Os dias eram sempre iguais, naquela aldeia velha, perto do mar. Todos sabiam o nome completo dos outros habitantes e dos respectivos pais e avós, embora nenhum fosse tratado pelo seu nome próprio. Também todos sabiam as idades dos outros, o número de irmãos e o que havia em cada casa. Toda a gente se tratava por tu, mas, por estranho que pareça, ninguém se conhecia... Nunca aparecia nada de novo (bom ou mau), por isso os dias eram sempre iguais e igualmente cinzentos como o céu que se espelhava naquele mar, ali à beira das casas... — O leitor fez uma pausa e, depois, prosseguiu: — Os mais novos faziam um grupo à parte, porque os mais velhos tinham o seu grupo (grande e fechado) e não queriam ser incomodados. Um dia, porém, um dos mais velhos (o único que não tinha medo de nada) saiu do círculo que ajudava a fechar com os restantes do seu grupo e, no seu lugar, ficou um espaço vazio, à sua espera... Era quase um homem (por isso não se dava com os mais novos) e tinha um cão, da raça Boxer, que costumava acompanhá-lo nas idas à praia... Toda a gente queria saber por que razão aquele mais velho tinha aberto uma brecha e se atrevera a sair do grupo a que pertencia. Então, seguiram-no clandestinamente e encontraram-no, na companhia do seu cão, a falar com um miúdo! Logo a notícia daquele acontecimento se espalhou pela aldeia inteira e, quando chegou aos ouvidos dos últimos habitantes, já não era uma notícia verdadeira, mas uma história comprida e complicada; tão complicada que todos acreditaram nela. — O Martim fez nova pausa e, recuperando a coragem, retomou a leitura: — Nos dias que se seguiram, o rapaz que era quase um homem e não tinha medo de nada foi novamente visto na companhia do seu cão e do miúdo, a quem, naturalmente, chamavam um nome que não era o seu. Os dois amigos (que resolveram passar a ser irmãos) passavam horas a conversar de tudo, incluindo do cão, que partilhavam como se pertencesse a ambos. E os dias nunca mais foram iguais. E o céu nunca mais pintou o mar de cinzento. E os dois grupos da aldeia nunca mais foram os mesmos, porque neles se abriu uma brecha e os círculos deixaram de ser círculos, deixando entrar o medo pela brecha que se abrira. Então, a pouco e pouco, o medo inundou a aldeia inteira.» — Neste momento, o Martim parou e enfrentou os colegas. Depois, concluiu a leitura, já sem qualquer ponta de receio: — Esta é uma história verdadeira. Só falta provar que o rapaz que era quase um homem e não tinha medo de nada foi morto sem saber porquê... Ninguém ainda descobriu, mas a verdade é que foi o medo dos outros que o matou.»
Maria Teresa Maia Gonzalez, Alguém sabe do João?

Qual é afinal o nome completo (primeiro nome e apelido) do rapaz a quem os outros tratavam pela alcunha «Salada»? ____ ____

Neste texto, a redacção que o Salada leu funciona como narrativa encaixada. É uma forma de se contar uma história dentro da história principal (tal como em Os coristas o diário do professor servia para se recuar no tempo e contar aquele ano no internato). No caso deste texto, para que serve o encaixe (a redacção lida)?
Serve para ...

Quem era o rapaz que «era quase um homem»? ______
Porque diz Martim que «foi o medo dos outros que matou [o Pontes]»? ...

Tanto este livro Alguém sabe do João? como o livro que lhes pedi que lessem em casa — Uma questão de cor, de Ana Saldanha — mostram como preconceitos (que podem levar a atitudes de discriminação) influenciam comportamentos de jovens. Quais são os preconceitos em causa em cada um dos livros? _______; _______.



Em dupla com colega do lado, irás agora ocupar-te com o quadro (provisório) das personagens do romance de turma que começámos a semana passada:

1. Completar zonas que eu tenha marcado com #. (Cada dupla fará, em folha solta, os números que eu indicar: 1#, 2#, etc.)

2. Melhorar o perfil de professor que eu lhes entregar. Na própria folha do colega que criou a personagem, acrescentam o que julguem necessário ou proponham alterações se lhes parecer que há incongruências. (Se lhes calharem dois ou três perfis para um único professor, têm de escolher o que preferem e, eventualmente, reaproveitar matéria de perfis diferentes.)

A folha em que estiveram a lançar as características que faltavam a alunos e a(s) folha(s) do(s) professor(es) ser-me-ão entregues unidas por clip.

TPC
1. Pensar num pretexto para haver um encaixe dentro do nosso romance. Para que serviria a parte encaixada? Contaria o quê? E como surgiria esse encaixe? (Podem ter em conta as sinopses já escolhidas ou criar situações novas. E, notem, não se trata de escrever já a parte a «encaixar»; quero apenas a ideia — o pretexto para o encaixe.)
2. Sugerir um motivo de discriminação (de marginalização) que pudesse ser tratado no nosso romance. (Podem contar com o que já tenha sido referido pelas personagens ou acrescentar novas características. Também aqui quero apenas o resumo da situação.)


Aula 23-24


Vai lendo o texto «Johnny e a delinquência juvenil: como a educação faz a diferença» (pp. 49-50). Quando chegares ao fim de cada parágrafo, responde à pergunta que sobre ele te faço ou completa a afirmação:
1.º parágrafo
Transcreve a frase que indica que o autor deste artigo acha que, em certos contextos, o provérbio «Quem nasce torto tarde ou nunca se endireita» não é verdadeiro:
_________
O autor não acha que devam ser apenas as famílias dos jovens a resolverem o problema da delinquência. Transcreve a frase que o comprova:
_______
2.º parágrafo
O segundo parágrafo continua a transmitir a opinião do autor? _____, é já sobretudo a citação das afirmações de um estudioso da matéria, __________, que deu uma conferência no ______ (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa).
Segundo Genovés, jovens de meios «difíceis» não se tornarão delinquentes se houver um bom «software social» (ou seja, se ________).
3.º parágrafo
O que é que pode promover o tal «software social»? É toda a sociedade (família, comunicação social, escola...) mas sobretudo a __________.
4.º parágrafo
Este parágrafo serve para introduzir uma história {risca a opção errada} contada por Vicente Genovés/lida pelo autor do artigo.

5.º e restantes parágrafos em itálico
Trata-se de uma curta narrativa encaixada (cujo pretexto é um artigo da revista Dirigir). Pretende-se com esta história mostrar como os exemplos dos que rodeiam os jovens os ____________.

Lê bem o ponto 1.2 do manual (p. 50) e, mas só depois, resolve 1.2.1 (Introdução = parágrafo(s) ____; Desenvolvimento = parágrafo(s) ____; Conclusão = parágrafo(s) ____).
Lê o cartoon na p. 51 e pensa (pensa apenas) nas respostas aos pontos 1.3.1 e 1.3.2.

Escreve já uma resposta às perguntas que se seguem (que, no entanto, confirmarás ao longo da projecção do resto do filme Os Coristas).
O director da escola de Os Coristas tem uma opinião acerca da delinquência juvenil semelhante à que é defendida no texto «Johnny [...]»? ______. Uma das suas frases repetidas dá-nos a sua opinião acerca do problema: «Acção, reacção», que significa que para ele a única solução era _______.
Já as iniciativas do professor Clément Mathieu podem equivaler ao «software social» de que se fala no texto. Porquê? ___________

TPC — 1. Lê o texto «Um baile a preceito» (pp. 54-56), prestando atenção às anotações que estão nas margens (1 a 15, a azul).
2. Escolhe um dos alunos do romance de turma (talvez o que tem o teu número). Escreve, na 3.ª pessoa, um texto sobre um curto momento relacionado com o baile/festa da ESJGF (o aluno a arranjar-se; algum momento na própria festa; as expectativas ainda antes; a seguir à festa; etc.). Só quero um destes momentos. Apesar de o narrador ser de 3.ª pessoa, pretende-se que acompanhemos a perspectiva da personagem. Tenta fazer um texto «em câmara lenta», que observe bem cada gesto (como certas cenas de Elephant).
Aula 25-26

Ouve o poema «Dança com nomes»» (de Vergílio Alberto Vieira) e procura anotar no rectângulo em baixo o máximo de palavras e expressões pertencentes ao campo lexical de «dança».
[Campo lexical: conjunto de palavras ou expressões que ocupam um determinado campo conceptual. Exemplo: o campo lexical da 'boa disposição' está na citação seguinte representado pelas palavras sublinhadas: «O Desidério Murcho ficou tão contente e ria tanto que a sua alegria pôs todas as pessoas de bom humor» (adaptado de Dicionário Prático para o Estudo do Português)]

dança
tango
dar ao pé
...


Abre o livro nas pp. 52-53. Faz uma rápida leitura do texto «Um bom baile» e copia mais palavras do campo lexical de «dança/baile». (Aproveita o quadrado em cima.)

Encontra no texto, transcrevendo-os nesta folha, momentos claros de:
narração (de acções):
descrição:
diálogo em discurso directo:
diálogo em discurso indirecto:

Na p. 54, responde à parte de «Funcionamento da língua»:
1. ________; ________; 1. 1. _________; ________; 1.2. ________; ________
2. Pronomes pessoais: ____, ____, ____, ____, ____. Determinante possessivo: ______.

Em poucos minutos, verifica se no trabalho de casa que me vais entregar não é possível introduzir alguma melhoria, usando algum dos termos que inventariámos do campo lexical de «dança» (ou outras palavras quaisquer quaiquer do texto lido).

Lê o cartoon no final da p. 56 e completa:
Em «Dia Nacional da Água», a palavra «água» está no seu sentido próprio, significando mesmo 'água'. Já na expressão idiomática «meter água» temos um sentido que não vem directamente de cada uma das palavras («meter água» deve ser lida como um todo que tem o significado de '____________'). O saxofonista homenagearia a música — com música (ainda que mal tocada) — e a água — porque tocava de tal modo que se lhe aplicaria a expressão idiomática que vimos.
Já agora: «meter água» corresponde ao registo (ou nível) de língua _________.


No final da p. 51, resolve «Queres Jogar?»:
a. __________; b. __________; c. __________;
d. __________; e. __________.

Neste exercício, estiveste a transformar complementos determinativos — formados por preposição («de») e nome (por exemplo, «rio») — em adjectivos («fluviais»).
A função de ambas as estruturas é a mesma: tanto «dos dedos» como _________ servem para qualificar o nome «impressões»; e quer «de morte» quer «mortal» qualificam o nome __________. Por isso, em rigor devíamos dizer que estamos perante a função sintáctica de atributo, desempenhada ora por um ____________ («mortal», «fluvial», ...) ora por preposição e ___________ («de morte», «de rio»).
Nas gramáticas escolares, porém, costuma considerar-se que só quando essa função é desempenhada por um adjectivo («praias fluviais») é que estamos perante um atributo; quando o «atributo» é desempenhado por um grupo preposicional («de rio»), designamo-lo complemento determinativo.


TPC — 1. Lê nas páginas 15 e 16 do Caderno de Actividades o que se diz sobre o «Complemento determinativo do nome» e resolve os pontos 1, 2 e 3.
2. Em folha solta, completa quatro dos pontos em falta (#) na lista de Professores do romance de turma. Desenvolverás o ponto que corresponda ao teu número de turma e os três seguintes. (Exemplo: A. fará #1, #2, #3, #4; chegando a #24, os números seguintes são o 1, 2, etc.)
Lê primeiro o que já haja sobre a personagem, para não acrescentares características incoerentes. Evita também as caracterizações irrelevantes (do tipo: «dorme», «vai ao cinema», «é de estatura média», «tem cabelos castanhos», faz colecção de selos»).
Aula 27-28
Relê o último parágrafo do texto «Um bom baile» (p. 53). Nesse parágrafo, quando esperávamos um desenlace relativo à aproximação de Celine a Cory Sok, ficamos sem saber qual foi a reacção do «rapaz mais esperto da escola», porque chega entretanto outro rapaz (Dermot) que leva Celine para fora do baile.
Lê o texto que pus nesta folha, que é do mesmo livro, Celine, de Brock Cole. Decide depois se são Verdadeiras ou Falsas as afirmações que estão no final.

Contudo, o dia acaba por não ser um desastre completo. No fim da aula de Arte, Miss Denver comunica-nos que no nosso último projecto teremos de pintar retratos. Suspiros e sussurros. Gritos e gemidos.
— Oh, Miss Denver, não sei pintar pessoas!
— Tem de ser alguém que nós conhecemos, Miss Denver? Tem mesmo de ser?
— Tem de ficar parecido, Miss Denver?
— Oh, Miss Denver, não sou capaz de desenhar pessoas. Pode ser um cão? Posso fazer o retrato do meu cão?
Fica tudo bem explicado. Não precisa de ser alguém que conheçam. Podem usar fotografias como base do trabalho. Seria bom se fizessem com que o retrato se parecesse com o tema, mas o importante é demonstrarem qualquer coisa. Pode até ser uma demonstração abstracta. E, se realmente gostas assim tanto do teu cão...
— Oh, Miss Denver, pode ser o meu peixinho dourado? Ou alguém que já morreu? E se não soubermos qual era a aparência deles? Pode ser um peixinho dourado morto?
Depois de Miss Denver diluir o trabalho o suficiente para que todos compreendam que podem pintar ou desenhar seja lá o que for que costumam pintar ou desenhar, desde que lhe chamem demonstração, o pessoal sossega e começa a arrumar a tralha. É a última aula do dia e toda a gente está desejosa de correr para a saída.
Não participo naquilo, percebem. Escorregando pela cadeira abaixo, descubro que me posso esticar completamente sem ter de me pôr de pé. O meu pescoço, encostado à parte de trás da cadeira, sustenta o peso do corpo, e sinto-me paralisada de prazer. Pintar um retrato! Tenho andado morta por fazê-lo, embora não soubesse como, e agora Miss Denver manda-nos fazer isso como trabalho! Sei exactamente de quem vou pintar o retrato.
Lucille Higgenbottom é a mais linda criatura que existe ao cimo da Terra. Olhos que parecem dois grandes berlindes a quererem saltar das órbitas, membros atraentes, cabelo pintado até ficar da cor do latão. Namora com uma anorexia nervosa; os dentes são compridos e brancos. É só uma questão de semanas, talvez minutos, antes que algum caçador de talentos da televisão apareça na escola e leve a Lucille, arrastando quilómetros de cabo coaxial e deixando cair dinheiro dos bolsos.
Parece que ninguém se apercebe disto. Nem mesmo a própria Lucille Higgenbottom, que, logo após a sua formatura, acha que vai tirar um curso de tratamento de texto, poupar dinheiro suficiente para comprar uma casa em Glen Ellyn, casar com o Philip Halsted e ter sete filhos chamados Dareli, Donna, Denise e Dennis (gémeos), Derek, Di e Desdemona. Eu cá, não entendo. Se tivesse a minha vida tão claramente planeada, acho que dava um tiro na cabeça para poupar a maçada de ter de passar por aquilo tudo. Não tem importância. A Lucille vai ser salva pelo seu caçador de talentos.
Bom, sinto-me tão contente quanto o Doutor Estranhoamor com o modo como os meus planos estão a começar a realizar-se, e assim que a campainha tocar vou a correr ter com a Lucille.
Infelizmente, o Dermot Forbisher, que ficou especado à espera do lado de fora da porta, barra-me a passagem.
— Olá, Celine — diz ele, arreganhando os dentes num sorriso como se eu fosse uma bolacha e ele me fosse dar uma dentada.
— Ah! Olá, Dermot!
A Lucille e o Philip desaparecem pelo corredor fora. Bem, falo com ela mais tarde, a não ser que o caçador de talentos da TV chegue primeiro. Agora tenho de falar com o Dermot.
O Dermot é o meu... qual é a palavra? Começa por «n». Nhurro? Nulidade? Natação? Nefrite? Não, acho que é namorado. Não estou muito certa do modo como isto aconteceu... Eu não tive absolutamente nada a ver com isso. Apareceu-me aqui, na extremidade da mão. Como uma excrescência. Imagino o médico a examinar-me os dedos e a dizer: «Lamento muito, Celine, mas parece-me que sofres de namoradite aguda.» O quê? Eu? Um namorado? Mas eu nunca jamais! Devo ter apanhado isso numa sanita.
Tudo começou quando o Dermot me mandou um postal no Dia dos Namorados e uma caixa de quilo de chocolates After Eight. Não vou descrever o postal com todos os pormenores. E daqueles que os empregados das lojas põem num lugar alto para que os miúdos não os sujem com baba de M&M’s. Vocês sabem. Uma piroseira em tons suaves. Pensava que as únicas pessoas que os compravam eram as casadas há quarenta anos que desejam reacender as chamas do amor. Para dizer a verdade, fiquei inquieta. Preferia passar a pé, à meia-noite, pelas espeluncas em Rush Street a receber um postal destes.
E, afinal de contas, quem é o Dermot? E que género de coisas pensa ele a meu respeito?
Pergunto a mim mesma: O que é que vou fazer? Qual é o procedimento maduro a ter? Pondero uns instantes e finalmente decido devolver o postal juntamente com um bilhete. Vou escrever: «Parece-me que mandaste este postal à pessoa errada. Melhores cumprimentos, Celine Morienval.» Isto era o que eu deveria ter feito. Infelizmente, enquanto vou chegando a esta conclusão, também como os chocolates. Um quilo. Estão a ver que isto cria um problema. O que é que eu vou fazer agora? Devo escrever: «Parece-me que mandaste este postal à pessoa errada. (Mas mandaste os chocolates à pessoa certa.) Melhores cumprimentos», etc, etc.?
Claro que não faço nada. Deito o postal para o lixo, depois de cortar o meu nome com uma tesoura de unhas, não vá o homem do lixo ficar com ideias, limpo o chocolate à volta da boca, volto para a escola e tento fingir que tudo se extraviou no correio.

1. Neste texto, o narrador é de 3.ª pessoa, não sendo portanto personagem da história.
2. O narrador participa na acção, é a personagem Celine.
3. A tarefa marcada na aula de Arte entusiasmou a turma.
4. A tarefa marcada na aula de Arte entusiasmou Celine.
5. Relativamente ao resto da turma, Celine parece mais perspicaz, mais inteligente.
6. Quando se diz que Lucille Higgenbottom «namora com uma anorexia nervosa», pretende-se dizer que Lucille namorava com uma rapariga que sofria de anorexia nervosa.
7. Quando se diz que Lucille Higgenbottom «namora com uma anorexia nervosa», pretende-se dizer que Lucille era muito magra.
8. Quando se diz que Lucille Higgenbottom «namora com uma anorexia nervosa», pretende-se dizer que Lucille sofria de anorexia nervosa.
9. Estava para chegar um «caçador de talentos», que certamente recrutaria Lucille.
10. Lucille é retratada como rapariga vaidosa e consciente das vantagens que lhe trazia a beleza.
11. O médico diagnosticou a Celine uma «namoradite» aguda.
12. «Namoradite» é um neologismo — uma palavra nova —, criado segundo o modelo de «apendicite» ('inflamação do apêndice') e outras doenças verdadeiras.
13. A aula de Arte em que foi marcado o trabalho final decorre depois do Dia dos Namorados.
14. Celine devolveu os chocolates que Dermot lhe oferecera.
Lê o texto «Salva!» (p. 57). Depois completa.

A interjeição «Salva!» — escolhida como título deste texto — exprime o alívio que ____ sentiu, por _______.

Do mesmo livro de Ana Saldanha, Umas férias com música, temos um outro trecho na p. 59 (no ponto 2). É uma conversa ao telefone, de que só se reproduzem as falas de uma personagem.
Numa folha, escreve as outras oito falas — aquelas a que no texto correspondem a reticências. Escreve apenas essas falas, precedidas de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, mas fá-lo com rigor (com cuidados na ortografia, com atenção à pontuação, zelo até na apresntação e na caligrafia). Serei implacável a vigiar esses aspectos.

Ana Saldanha é também a autora de Uma Questão de Cor, que espero já tenhas lido. Veremos agora uma sua entrevista. No final, marcarás as afirmações que se seguem com V(erdadeiro) ou F(also).

Ana Saldanha escreveu uma tese sobre Rudyard Kipling, autor de Lobos do Mar.
Começou por escrever para um sobrinho que estava no estrangeiro.
Círculo Imperfeito é uma obra que Ana Saldanha escreveu para crianças.
Não lhe desagrada lidar com os limites que impõe a escrita para um público juvenil.
Originalmente, Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, era uma obra para crianças.
Originalmente, As Aventuras de Robinson Crusoe, de Daniel Defoe, era uma obra para adultos.
Ana Saldanha viveu no Reino Unido, mas, presentemente, mora em Portugal.
Nos seus livros raramente aproveita acontecimentos observados na vida real.


TPC
1. Lê a p. 13 do Caderno de Actividades; resolve na p. 14 os pontos 1. e 2.1.
2. Em folha solta, escreve um diálogo ao telefone (ou ao telemóvel) como o do texto que lemos na p. 59. Só aparecerão as falas de uma das personagens.
A personagem cujas falas reproduzirás será obrigatoriamente uma das personagens que constam na nossa lista de alunos ou professores do romance de turma. A personagem cujas falas apenas ficarão subentendidas pode ou não ser dessas listas. No cimo da tua folha começa por indicar quem são os dois interlocutores.
O diálogo não deverá ser decisivo em termos do enredo. Deve evidenciar interesses e características das personagens mas o assunto será supérfluo e a situação ocasional.
Aula 29-30
Ainda do livro Celine — de que lemos «Um bom baile» e um trecho sobre a sua turma de Arte e o apaixonado Dermot — veremos agora mais um texto.
Parece-me ser texto apropriado para se ligar a unidade que temos estado a seguir ('Os dias da escola') à próxima ('Amores... e desamores'). Lê e completa o que está no fim.


Antes de mais nada, a Maureen Norbert e a Tiffany Mortorelli encurralaram-me num canto da cantina, querendo saber que espécie de pessoa sou eu. Convencida, ou quê? É evidente que estas duas decidiram ser o Cupido do grande amor do Dermot Forbisher. Dizem-me quanto dinheiro o Dermot gastou naquele postal maravilhoso e nos chocolates e que eu nem sequer tenho a amabilidade de lhe agradecer. Ao menos, podia ser delicada. E, ainda para mais, o Dermot é um «pedaço». À minha frente pairam visões de queijo, carne crua, chouriço, gordura arrancada a baleias vivas. Pedaços.
Então, o Dermot, depois de me lançar um olhar furioso na aula de Química, enquanto Mr. Gordon o repreende aos gritos por ele não ter estudado a tabela periódica, segue-me até ao parque de estacionamento e quer saber que género de pessoa sou eu. Frígida, ou quê? «Sabes qual é o teu problema, Celine? Tens medo do amor.»
À medida que fui amadurecendo, apercebi-me de que o Dermot é uma daquelas pessoas a quem o amor transforma num tirano. Como sente esta paixão tão grande por mim, se não me comporto como se o amasse sou irracional e egoísta. Uma vez que estou sempre pronta a acreditar em toda a gente que me acha irracional e egoísta, já estou encurralada quando me apercebo de que o devia ter empurrado para debaixo de um camião, ou coisa assim, no dia em que o conheci. Como não o fiz, parece que tenho de passar o resto dos meus dias sensibilizada para as grandes necessidades do Dermot e a ter aquele tipo de conversas muito chatas acerca das dificuldades da vida. Consigo conservá-lo um pouco à distância fingindo que, embora o ame ternamente, tenho uma madrasta cujo único prazer na vida é cortar em botão as paixões da juventude.
Durante toda a semana, o Dermot tem-se contentado com alguns olhares afectuosos e pena de si próprio; contudo, tenho a certeza de que está a ficar inquieto.
Mas, continuando.
— Olá, Celine — diz ele.
— Olá, Dermot.
— Meu Deus do céu, estás com um aspecto bestial! — Olhares cheios de intenções.
— Oh, Dermot. Não digas isso. — A minha natureza apaixonada sente-se agitada.
— Não tenho culpa dos meus sentimentos! — Pausa significativa. — Queres ir ao Wendy’s comer qualquer coisa?
— Oh, Dermot. Sabes bem que não posso. Tenho de ir para casa logo que acabem as aulas. A minha madrasta já deve lá estar especada, de cronómetro na mão.
Sinto umas pontadas sinceras de culpa ao tratar tão mal a reputação da Catherine. Da próxima vez que andemos a rosnar uma à outra por causa do último bolo recheado que está dentro da caixa tenho de ceder gentilmente.
O Dermot abana a cabeça. Até que ponto pode um homem aguentar?
— Às vezes, acho que nunca vamos conhecer-nos a fundo. Percebes o que quero dizer? Se ao menos pudéssemos passar algum tempo juntos. Longe deste lugar horroroso. Só nós dois.
— Oh, Dermot, eu percebo. Mas é tão difícil.
— Na próxima quinta-feira à noite, vão dar uma festa na escola. Não podíamos ir juntos? Vão lá estar acompanhantes e tudo isso.
— Tenho medo de pedir autorização. A minha madrasta é impossível. Quer dizer, ela vai pensar que o que eu quero é ir para um motel ou coisa parecida. Além disso, tenho de levá-la à missa na quinta-feira à noite. — Isto é arriscado. Será que alguém vai à missa às quintas-feiras à noite? O Dermot saberá?
— Rai’s parta! — O Dermot arremete, ferozmente, contra um armário.
— Dermot, por favor.
— Há mais alguém, não há? — pergunta, com voz soturna.
— Sabes que isso não é verdade, Dermot. — Começo a apressar um bocadinho as minhas deixas. Receio que a Lucille saia da escola antes que eu tenha tempo de lhe pedir para posar para mim. O Dermot parece nem reparar. Os olhos semicerram-se, tal como os do Clint Eastwood antes de começar a abanar o lenço do pescoço.
Brock Cole, Celine


Que pensam Maureen Norbert e a Tiffany Mortorelli acerca do namoro entre Celine e Dermot? Pensam que Celine _______
O que levou Celine a ter «visões de queijo, carne crua, chouriço, gordura arrancada a baleias vivas» foi Maureen e Tiffany acharem que ______.
Ao ser repreendido pelo professor de Química, Dermot lançou «um olhar furioso» na direcção de Celine, porque acharia que esta era a culpada de ele ________.
Ao perguntar a Celine se era frígida [= 'fria (no amor)', 'que tem aversão ao sexo'], Dermot está {risca a opção errada} sinceramente convencido disso/a exagerar para a fazer ceder aos seus argumentos.
«Olhares cheios de intenções» é {risca a opção errada} uma fala do Dermot/uma observação da narradora.
O nome da madrasta de Celine é ________.
As relações de Celine com a sua madrasta seriam, muito provavelmente, bastante {risca a opção errada} amigáveis/tensas.
A desculpa de que teria de levar a madrasta à missa na quinta-feira à noite levou a própria Celine a interrogar-se sobre se ________.
Celine está com pressa, porque _________. Por isso, no final da conversa, vai sendo cada vez mais ________.
Percebe-se que este texto é {risca a opção errada} anterior/posterior à acção de «Um bom baile».
Vais assistir a uma parte de Bowling for Columbine, documentário de Michael Moore, que tem como ponto de partida o massacre que nos foi também relatado no filme Elephant.
Interessa-me que repares como neste documentário se desenvolve uma argumentação, em defesa de uma tese. Tal como faria um bom orador ou um bom cronista, o filme não aposta em explicitar a opinião do autor. Prefere percorrer os argumentos possíveis — os prós e os contras —, desmontando os que não interessem à tese defendida, assim conseguindo que seja o espectador a tirar a conclusão pretendida.

Sequências no documentário
1.
Imagens da guerra (e Bill Clinton), do liceu de Columbine e do massacre (recolhidas nas câmaras de vigilância) e pedidos de socorro (em telefonemas gravados); depoimentos de alunos.
Comício a favor do uso de armas; comício contra o uso de armas.
2.
depoimentos de alunos ou ex-alunos do liceu;
casos de controle excessivo dos alunos;
entrevista com Marilyn Manson;
excertos de telejornais;
entrevista com colegas do bowling;
jogos;
passado e tradições violentas em vários países.
3.
depoimentos de vítimas do massacre;
ida ao K-Mart falar com gerentes;
jovens compram todas as munições num K-Mart.

Função na argumentação
1.
Introduz-se o problema: relata-se o massacre (breve mas dramaticamente) e apresenta-se a facção que pugna pela tese contrária da que se vai defender.
2.
Percorrem-se possíveis causas do massacre:
injustiças no próprio liceu;
(falta de) regras nos liceus públicos;
influência de Manson;
violência dos noticiários;
bowling;
videojogos;
passado guerreiro dos EUA.
Todas estas causas são desmontadas, já que ocorrem também nos outros países.
3.
Conclui-se que nos Estados Unidos o acesso a armas e a munições deveria ser mais dificultado do que é actualmente.

TPC — Prepara um discurso de pelo menos um minuto (e também não muito mais) em que defenderás a tese que te calhe (de 1 a 26; é a que corresponde ao teu número de turma [vê o verso desta folha]).
Não se pretende que leias um texto escrito, mas, para seres capaz de expor oralmente sem grandes hesitações, deves anotar numa folha os tópicos do que desenvolverás oralmente.
Como acontecia no excerto do filme Bowling for Columbine (ou até no texto «Johnny e a delinquência juvenil»), procura começar por (1) apresentar o assunto, resumindo o problema que está em causa, descrevendo a situação actual no que com ele se relaciona; (2) analisar argumentos favoráveis e desfavoráveis (vantagens e desvantagens), acabando por valorizar os que mais interessem à tua tese e desmontando os outros; (3) concluir com a afirmação da tua tese. Evita usar muito a 1.ª pessoa («Eu acho que», etc.).
1. Deve haver aulas de substituição.
2. Não deve haver aulas de substituição.
3. Deve haver trabalhos de casa.
4. Não deve haver trabalhos de casa.
5. Deve haver eleições para a Associação de Estudantes segundo o modelo actual (com campanha ao estilo da dos partidos políticos).
6. Não se justifica que as eleições para a AE decorram como têm decorrido.
7. As escolas (nas aldeias) que tenham poucos alunos devem ser encerradas.
8. Há que manter em funcionamento as escolas nas aldeias já pouco povoadas, mesmo que tenham poucos alunos.
9. As carteiras das salas deviam ser individuais e o número de alunos por turma reduzido.
10. As turmas actuais têm um número razoável de alunos e é bom que estes estejam em carteiras duplas.
11. A educação sexual devia ser ensinada numa disciplina específica obrigatória.
12. A educação sexual não deve ser objecto de uma disciplina.
13. Deve haver exames nacionais no 9.º ano.
14. Não deveria haver exames no 9.º ano.
15. A direcção das escolas devia ser escolhida pelos pais e pelas autarquias, mais do que pelos professores.
16. A direcção das escolas devia ser escolhida fundamentalmente pelos professores.
17. Os professores devem cumprir na escola um horário de funcionário normal (preparando aí as suas aulas, dando-as, etc. e saindo só após cerca de oito horas diárias).
18. Além de aulas e reuniões na escola, os professores devem poder trabalhar no local em que acharem que é mais produtivo (na escola ou em casa).
19. As escolas deviam regulamentar o tipo de vestuário que os alunos podem usar (proibindo o que seja excessivamente ousado ou demasiado informal).
20. Não se deve condicionar o tipo de vestuário a usar na escola.
21. Sinais exteriores religiosos (véu das raparigas muçulmanas, turbantes, cruzes ostensivas) devem ser proibidos nas escolas públicas.
22. Nas escolas, os alunos devem poder apresentar-se vestidos como lhes ditar a sua religião.
23. A data dos testes não devia ser conhecida dos alunos.
24. Testes devem ser marcados com conhecimento dos alunos.
25. Alunos (do 3.º ciclo) deviam ter menos disciplinas, ficando assim menos tempo na escola.
26. Alunos estão na escola tempo razoável (e até talvez devessem estar mais).
Aula 33-34
Lê «Uma tarde inesquecível» (pp. 61-63). Depois escolhe em cada item a alínea certa (se necessário, relendo as zonas mais em causa).

O narrador deste texto
a) participa na acção, é um narrador de 1.ª pessoa, cuja perspectiva é a de Pere.
b) não participa na acção, é narrador de 3.ª pessoa, e assume a perspectiva de Pere.
c) participa na acção, é narrador de 1.ª pessoa, assumindo a perspectiva de Mónica.
d) participa na acção e, apesar de se usar a 3.ª pessoa, assume perspectiva de Pere.

No primeiro parágrafo (linhas 1-15), o sentimento de Pere é, fundamentalmente, de
a) remorso relativamente a Bufa.
b) atracção sexual por Mónica.
c) amor por Mónica.
d) alguma ansiedade e paixão a começar.

No primeiro parágrafo (linhas 1-15), predominam
a) as frases declarativas e interrogativas.
b) as frases exclamativas e declarativas.
c) as frases exclamativas e interrogativas.
d) as frases imperativas e interrogativas.

Bufa (l. 3) é
a) um rival de Pere, com quem este se dá mal.
b) um amigo de Pere, a quem este está a trair ligeiramente.
c) uma rapariga, que andava atrás de Pere.
d) um rapaz, que andava atrás de Pere.

«tudo o que dizia parecia-me muito interessante« (l. 27) indica-nos que
a) a rapariga era realmente inteligente e diferente de todas as outras.
b) Pere se estava a apaixonar.
c) Pere tinha pouca experiência e facilmente se rendia.
d) Mónica sabia convencer os outros.

O facto de a Mónica perguntar «Acreditas na vida depois da morte?» (l. 30) serve para
a) ser caracterizada como surpreendente, interessada por temas sobrenaturais.
b) se referir a saudade que Mónica tem do pai e, ao mesmo tempo, a sua força.
c) mostrar que Mónica é bastante fria e não foi afectada pela morte do pai.
d) Mónica fugir a um tema de conversa que não lhe interessava.

«E não fomos ao cinema» (l. 62) dá-nos a entender que
a) se zangaram.
b) correu bem a noite.
c) se atrasaram.
d) Mónica falava demasiado, cansando até Pere.

«Paguei como um senhor» (l. 64) permite-nos perceber que Pere
a) pagou demasiado por apenas duas Coca-colas e uma água tónica.
b) não estava muito habituado a sair.
c) pagou a conta, porque a isso foi obrigado por Mónica.
d) pagou a conta, descontente.

«um beijo nos lábios, rápido mas...» (l. 70). As reticências servem para
a) interromper a frase, para assim mostrar que o momento foi mesmo breve.
b) suspender a frase, porque assim se mostraria melhor como o beijo fora bom.
c) interromper a frase, porque entretanto Mónica começara a rir.
d) interromper a frase, para assim mostrar como Pere quase sufocava.

«Não sufoques, homem» (l. 73) mostra-nos que
a) Mónica ainda estava com a boca nos lábios de Pere.
b) Mónica se queria desculpar de não ter permitido um beijo longo.
c) Mónica não teria bom hálito.
d) Mónica se apercebeu de como Pere ficara surpreendido e excitado.



Em folha solta, escreve um texto que contenha uma destas situações:

a) narração ao estilo de «Uma tarde inesquecível», cujo assunto seja o equivalente do que no texto vai até «Acompanhei-a a casa». Contarás um fim de tarde ou noite, com um narrador de 1.ª pessoa, que será um dos alunos ou alunas do romance de turma.
A narração será mais ou menos introspectiva, como a do texto que lemos, e pode haver alguns diálogos. Além do narrador (rapaz ou rapariga), haverá depois a sua amiga ou amigo, também da turma. A acção decorrerá em Lisboa.
Tal como o texto que leste, o teu começará assim:
«Gosto de sair com ...».

b) narração ao estilo de «Uma tarde inesquecível», mas a partir do penúltimo parágrafo (a partir de «Acompanhei-a [acompanhei-o] a casa», portanto). Contarás a noite a partir de aí, com um narrador de 1.ª pessoa, que será um dos alunos ou alunas do romance de turma.
A narração será mais ou menos introspectiva, como a do texto que lemos, e pode haver alguns diálogos. Além do narrador (rapaz ou rapariga), haverá depois a sua amiga ou amigo, também da turma. A acção decorrerá em Lisboa.
Começa assim:
«Acompanhei a .../o ... a casa».

Consulta o quadro de alunos que distribuí há pouco. (Pode interessar também reler as sinopses, mas não tens de te ater a elas.)


TPC: Lê as pp. 10-11 do Caderno de actividades e responde a todos os pontos de Aplica os teus conhecimentos (p. 12).
Aula 35-36

Situa-te na p. 64 do livro. Lê o poema «Timidez», da poetisa brasileira Cecília Meireles, e vai logo resolvendo o que te pergunto a seguir. (Há só uma palavra que me parece talvez possas não conhecer: «taciturno» = 'calado', 'tristonho'.)

A estrutura do poema é esta. Há _______ quadras e todas elas são seguidas por um verso solto. Esses versos soltos têm todos a mesma rima, que é ________. As quadras têm o mesmo esquema rimático: A - B - ___ - ___. Portanto, em cada quadra há dois versos que rimam entre si e _______ versos que não rimam.

Vais traduzir em palavras mais directas o que se diz em cada conjunto de quadra + verso solto. Faz como eu fiz para o terceiro conjunto (que é talvez o mais subjectivo):

«Timidez» // Resumo em linguagem mais directa
1.ª estrofe + verso: ____________
2.ª estrofe + verso: ____________
3.ª estrofe + verso: Para que percebas o que sinto, apago-me, fico distante.
4.ª estrofe + verso: ____________

O comportamento que nos é contado ao longo destes quatro conjuntos é realmente de ________.
Relê o poema para verificares se há algum caso de sintaxe brasileira (o caso de «noturno» em vez de «nocturno» é apenas de ortografia, logo não conta). Há? ________.

Deixo-te agora um livro com modelos de cartas para namorados.
Se te calhar Cartas de Amor para Namorados, lê a carta que marquei já a seguir. (Se não, passa à frente, cerca da segunda metade da próxima página.)
A uma costureira (p. 22)
A uma pequena da aldeia (p. 23)
A uma órfã (p. 23)
A uma colega de trabalho (pp. 23-24)
De um homem idoso a uma jovem (p. 24)
De um empregado à filha do patrão (p. 25)
A uma divorciada (pp. 25-26)
Carta a uma viúva (p. 26)
De um homem rico a uma jovem pobre (p. 27)
Carta de um rapaz a uma senhora idosa (p. 27)
De um viúvo a uma jovem (p. 28)

Vê também as respectivas respostas, favorável e desfavorável. (Tens de procurar pelo número da carta entre as pp. 28-46 e 46-62.)
Prepara a leitura em voz alta quer da carta que marquei quer de uma das respostas (a favorável ou a desfavorável). Nota que pretendo uma leitura expressiva mas séria.

Se te tiver calhado Como se escreve uma carta, lê as duas cartas que marquei e prepara a sua leitura em voz alta. Nota que pretendo uma leitura expressiva mas séria.
A uma jovem a quem se escreve pela primeira vez (pp. 34-35)
A outra jovem a quem se escreve pala primeira vez (p. 35)
A outra jovem que se encontra pela primeira vez (p. 36)
A uma jovem que se encontrou várias vezes (pp. 36-37)
A uma jovem que se tem visto à janela (p. 37)
A uma jovem que se encontra num eléctrico (p. 38)
A uma órfã (pp. 38-39)
A uma companheira de trabalho (pp. 39-40)
De um jovem rico a uma menina pobre (p. 40)
De um viúvo idoso a uma jovem (pp. 40-41)
A uma divorciada (p. 41)
De homem idoso a uma jovem (p. 42)
A uma viúva (pp. 42-43)
De empregado à filha do patrão (p. 43)
De um jovem pobre a uma jovem rica (p. 44)
Pedido de consentimento para casamento (p. 44)
Resposta (p. 45)
Resposta negativa (pp. 45-46)
Carta declarando a escolha de um noivo (pp. 46-47)
Carta aprovando a escolha (pp. 47-48)
Participando o casamento a um velho amigo (pp. 48-49)
Pedido de casamento anunciado a uma amiga (pp. 49-50)
Pedido cerimonioso de casamento (p. 50)
Resposta (p. 51)
Resposta à notícia do anunciado pedido de casamento (p. 51)
Resposta favorável na p. 52
Resposta favorável na p. 53, em cima


TPC — Escreve uma carta relativa à mesma situação da carta que estiveste a ler, mas agora em linguagem corrente (mas não familiar nem popular) e adaptada aos tempos actuais.
Aula 37-38

Lê as linhas que se seguem, que são o começo do livro A Ilha do Chifre de Ouro.

O Senhor Mateus, que dirige uma pequena pizzaria no centro comercial ViaCatarina, no centro da cidade, anda há uma semana para escrever um postal à irmã, que vive na Régua, e não arranja tempo.
— Agora vai! — disse ele a limpar a gordura das mãos a um pano. Depois debruçou-se sobre um postal ilustrado com uma fotografia da Torre dos Clérigos e escreveu no verso:
«Porto, 19 de Junho de 2003. Querida irmã Guilhermina, espero que estejas de boa saúde e todos os teus...»
O telefone tocou e ele deixou-o tocar mas logo a seguir apitou o alarme do forno e ele correu para lá, a resmungar.
— Ei! Rui! Rui! Estás mouco?
— Já vai — respondeu o rapaz que estava a jogar flippers na zona das mesas.
— Larga isso. Já te disse que não quero que jogues à frente dos clientes. E não me abanes a máquina.

Reescreve o trecho acrescentando um atributo a pelo menos cinco nomes que não o tenham. (Ou seja: vais arranjar cinco adjectivos que qualifiquem cinco nomes que estejam sozinhos). Já o fiz para três nomes.
O Senhor Mateus, que dirige uma pequena pizzaria no sofisticado centro comercial ViaCatarina, no populoso centro da cidade invicta, ...


O texto continua com a parte que vais ouvir (que está no livro nas pp. 66-68, mas não abras). À frente das afirmações, põe V(erdadeiro) ou F(also).
O Rui tinha dezasseis anos e trabalhava ao mesmo tempo que estudava.
Rui gostava da vida que tinha.
Naquele dia, ele conheceu uma rapariga diferente, especial.
Ela revelou-lhe que era uma actriz de cinema.
Juntos, divertiram-se calmamente até a noite chegar.

Lê agora este outro trecho que não vem no manual (e está no mesmo capítulo do livro A Ilha do Chifre de Ouro):
— Bem, está na hora do piercing. Vamos a isto!
— Onde vais pô-lo? Na língua?
— És maluco? Tem de ser num sítio onde o meu pai não veja. No umbigo.
— Posso esperar por ti? Vou ser despedido mas, enfim, também já estava farto daquele emprego.
A rapariga sorriu, embaraçada:
— Estava a ver que não perguntavas...
O Rui sentiu que, nesse momento, se iluminou aquela zona do cérebro dele onde estava escrito em letras luminosas muito grandes: «Namorada! Namorada!». Só que agora essas letras acendiam e apagavam, num frenesim de cor, para ele não deixar de as ver.
Agora sim, abre o livro nas pp. 66-68, onde está o texto que ouvimos («Fulminado»), e lê o que seja preciso para responderes:
Depois de leres o ponto 1, resolve 1.1, no cimo da p. 69 («como classificas o narrador deste texto?»): quanto à participação na história é um narrador _____________; quanto à sua posição acerca do que está a contar é um narrador _______________.

Completa a coluna da esquerda na tabela em baixo. A coluna da direita completá‑la-ás quando estivermos a ver o filme Amor ou Consequência (de Yann Samuell).

«Fulminado» (A Ilha do Chifre de Ouro)
Em «Fulminado», vemos a história pela perspectiva da personagem _____, embora o narrador seja de 3.ª pessoa.
A história {escolhe a opção certa} segue a cronologia normal/há um flash-back e tudo nos é contado em narrativa encaixada.
Ana é {escolhe} mais/menos decidida e afirmativa do que Rui.
Ana procura libertar-se da vigilância que sobre ela é exercida por __________.
O anseio de Rui é passar a ter uma vida com mais _______, o que na companhia de Ana acaba por conseguir.
Ana tinha uma espécie de «lista de desafios» a cumprir naquele dia {dá exemplos}: ________; ________; ________; ________.
A _________ que segue Ana (e depois Rui) é, provavelmente, uma marca, um símbolo, da personagem.

Amor ou Consequência
No filme, a narração é feita pela personagem __________.
O filme decorre em flash back. As imagens iniciais mostram-nos um _________ e só depois é contado o que já aconteceu (que nos levará, no final, até ao betão de novo).
Sophie é {escolhe} mais/menos decidida e afirmativa do que Julien.
Sophie vive num bairro de emigrantes e é ___________ por colegas.
Julien teria uma vida mais comum se não fossem os ____________ que lhe impõe a combinação com Sophie.
Também Sophie impõe a si própria uma série de obstáculos a ultrapassar, que são parte do jogo com Julien. Uma dessas acções de risco foi {dá um exemplo}___________.
O objecto que acompanha todas as acções (e as liga) é ___________.

TPC — Para o livro da turma, escreve o relato de um episódio que envolva alguma atitude indisciplinada em aula (ou algum comportamento excêntrico) por parte de um (ou vários) dos alunos.
O narrador deve ser ou (i) ausente e subjectivo ou (ii) presente e objectivo. Se for (i), será portanto de 3.ª pessoa mas assumirá a perspectiva de um dos professores da nossa lista; se escolheres o tipo de narrador (ii), a personagem que narrará será um professor que, porém, contará os factos de modo bastante frio, como se se limitasse a anotar o que observara (sem emitir juízos nem exprimir emoções).

Aula 39-40

Tendo já visto o vídeo com excerto do telejornal, lê agora o texto «O pecado da inocência» (pp. 71-72), para preencheres o quadro que se segue.


«O pecado da inocência» // Discriminação na António Sérgio
Género dos «textos»
Onde apareceram os «textos»?
Ano da ocorrência
Cidade
Local
Quem são os jovens perseguidos?
Que idades têm?
Quem persegue os jovens?
Que comportamento motivou a perseguição?
Em que consistiu a perseguição feita aos dois pares?
O que é que nesse comportamento é mal visto pelos outros? [nota que até pode não ser o que se alega]
Qual é a tua opinião sobre as situações? [sê sintético e usa argumentos]

Lê ainda (no verso desta folha) a crónica que sobre o caso da António Sérgio escreveu o director do Expresso, a 19-11-2005, intitulada «Beijos na escola». Por fim, lê a carta que para o mesmo jornal escreveu o leitor A. J. Lima Fonseca, a 26-11-2005.

Com quem concordas mais? _________
Qual é o argumento (do director ou do leitor do Expresso) que julgas determinante?
__________

TPC — Lê as pp. 27-30 do Caderno de Actividades e responde a 'Aplica os teus conhecimentos' (pp. 29-30).
Aula 41-42

No filme, as apostas de Sophie e Julien são combinadas com um «topas?», que em francês é «cap pas cap?» («capable ou pas capable?» = 'és capaz ou não és capaz?').

Quanto à sua formação, como classificamos «cap» (< capable)? ________ É o mesmo processo que ocorre com metro (redução de metropolitano) e moto (de motorizada).
Também quanto à formação, como classificamos «incapaz»? _________
Que valor tem o prefixo in? __________ E qual é a palavra primitiva? ___________ Com a mesma palavra primitiva, temos palavras derivadas por sufixação: lembro o advérbio de modo «___________» (com o sufixo mente) e o ___________ abstracto «capacidade». Por sua vez, «incapacidade» é derivada de «capaz» por ___________ e ____________. «Capacitar» também é da mesma _____________ de palavras.
A que classe morfológica pertence «capaz»? ___________
Põe «capaz» no grau superlativo absoluto sintético: ____________
«Capaz», quanto ao género, é {escolhe} uniforme/biforme. (Se tiver a mesma forma para feminino e masculino, é uniforme.) Quanto ao número, é {escolhe} uniforme/biforme, já que há o singular «capaz» e o plural «__________».

Atenta agora no período (na frase) «És capaz ou não és capaz?».
Esta frase é do tipo {escolhe} declarativo / imperativo / interrogativo / exclamativo.
Tem duas orações («És capaz» + «___________»). Como classificamos por isso o período (ou frase)? É um período {escolhe} simples/composto. É uma frase {escolhe} simples/complexa.
A ligação entre as duas orações é feita pela conjunção «_____». «Ou» é uma conjunção ______________ disjuntiva. As orações por ela ligadas são orações coordenadas ____________. São orações que têm igual importância (por isso, 'coordenadas') e que apresentam acções alternativas (por isso, '____________').

Vejamos a oração «És capaz».
Qual é o sujeito? _________ De que tipo é este sujeito? __________
A que verbo pertence a forma «és»? É a 2.ª pessoa do ___________ do ___________ do Indicativo do verbo «______». Como chamamos a verbos como «ser», «estar», «ficar», «parecer», etc., que sobretudo ligam sujeitos a expressões que os qualifiquem (verbos que, sozinhos, nada exprimem)? São verbos ______________.
Sabendo o tipo de verbo que antecede «capaz», é fácil perceber que a função sintáctica do adjectivo «capaz» é a de ____________.
E qual é o predicado da oração (lembra-te que incluirá verbo e nome predicativo do sujeito)? «_____________».
Como chamamos a este tipo de predicados que incluem o nome predicativo do sujeito (e contrastam com os chamados «predicados verbais»)? Predicados ____________.

Dou-te uma série de provérbios sobre o amor. Marca os que te pareçam mais indicados para sintetizar a situação narrada em Amor ou consequência.

A afeição apaixonada cega a razão mais fortificada.
A coração apaixonado, nada se deve crer.
Antes um pobre alegre que um rico apaixonado.
Homem apaixonado e pássaro com visgo, quanto mais se debatem mais se prendem.
Homem apaixonado não admite conselho.
Amor, amor, princípio mau, fim pior.
Amor ausente, amor para sempre.
Amor do coração, que só de boca não.
Amor e morte, nada é mais forte.
Amor que nasce de súbito mais tempo leva a curar.
Amor verdadeiro não envelhece.
Amores arrufados, amores dobrados.
Amores da mocidade prometem mel e dão fel.
Amores velhos nunca se esquecem.
De amor se vive, de amor se morre.
Moça que entristece, de amor adoece.
Morrer de amor é viver dele.
Não há amor sem dor.
O amor e o menino começam brincando e acabam chorando.

Deixo-te a letra de «La vie en rose», canção que serve de fundo a Amor ou consequência (e, há muitos anos, celebrizada na voz de Edith Piaf). Sob os versos em francês pus uma tradução palavra a palavra. Melhora tu essa tradução, tornando o texto mais «português», mais elegante, e pontuando-o.

Quand il me prend dans ses bras
Quando ele me toma nos seus braços
Il me parle tout bas
Ele fala-me baixinho
Je vois la vie en rose
Eu vejo a vida em rosa
Il me dit des mots d'amour
Ele diz-me palavras de amor
Des mots de tous les jours
Palavras de todos os dias
Et ça me fait quelque chose
E isso faz-me qualquer coisa
Il est entré dans mon cœur
Entrou no meu coração
Une part de bonheur
Uma parte de felicidade
Dont je connais la cause
De que eu conheço a causa
C'est lui pour moi
É ele para mim
Moi pour lui dans la vie
Eu para ele na vida
Il me l'a dit, (il) l'a juré
Ele disse-me, ele o jurou
Pour la vie
Para (toda) a vida
Et dès que je l'aperçois
E logo que eu o apercebo
Alors je sens en moi
Então sinto em mim
Mon cœur qui bat
O meu coração que bate
Des nuits d'amour à plus finir
Noites de amor até nunca acabar
Un grand bonheur qui prend sa place
Uma grande felicidade que toma o seu lugar
Des ennuis, des chagrins s'effacent
Aborrecimentos, desgostos apagam-se
Heureuse à en mourir
Feliz até morrer (disso)

TPC — 1. Lê as pp. 23-24 do Caderno de Actividades e resolve 'Aplica os teus conhecimentos' (p. 24); 2. Vai tendo o caderno organizado, até porque queria vê-lo na última semana do período.

Aula 45-46

Resolve o ponto 2 e 2.1 da parte de Funcionamento da língua na p. 77.
_______________

Lê a entrevista na p. 175-176, feita ao escritor Mário de Carvalho por Ricardo de Araújo Pereira — um dos «Gato Fedorento» —, quando ainda era jornalista. Ao leres a entrevista, vai anotando pontos de contraste entre Mário de Carvalho e Adília Lopes (cujas respostas terás visto em casa), de modo a preencheres a tabela:

Mário de Carvalho // Adília Lopes
É casado; tem duas filhas // Solteira; tem dois gatos (que considera seus filhos)
_________ // _________
_________ // _________
_________ // _________
_________ // _________
_________ // _________
_________ // _________
_________ // _________

Vê ainda a biografia de Mário de Carvalho, na p. 12, e procede do mesmo modo (preenchendo mais alguma fila da tabela, se for caso disso).

Vamos agora ver um sketch cujo protagonista — um seminarista que, segundo o padre seu orientador, não consegue ter a pronúncia devida — é representado precisamente por Ricardo Araújo Pereira. Está atento às pronúncias que o candidato a padre vai tentando e completa o quadro:

Pronúncia ideal para um padre (que é conseguida pelo padre orientador) // da Beira, da Guarda.Pronúncias tentadas pelo seminarista // __________; _________; __________; __________; __________; __________Estas pronúncias — «sotaques», como se diz no sketch — representam ora as zonas geográficas a que pertencem falantes de língua portuguesa ora, em um caso, a influência que uma diferente língua materna tem sobre a pronúncia do português. A propósito da primeira situação, vê o que se diz no Caderno de Actividades, p. 4, sobre variedades regionais.

Situa-te agora na p. 75 do manual (em baixo, na parte Ouvir-Falar). Ouve a gravação que passarei e responde a 1.2.

Na p. 78, pensa nas respostas às perguntas sobre o cartaz publicitário. Resolve depois «Queres jogar?».

Na p. 79, ordena os nove parágrafos do conto «As irmãs gagás».

TPC — Lê o conto, de Mário de Carvalho, «A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho» (pp. 165-171). «Inaudito» quer dizer 'nunca ouvido', 'espantoso'. Nota que o conto amalgama, ou cruza, duas épocas (1148 e 1984). Lê bem primeiro as linhas 1-13 (p. 165), para perceberes o que motiva essa mistura de duas épocas diferentes. No final, responde aos pontos 1, 2, 3, 6, 7, 8 da p. 172. Lê também o texto que está em «Ler mais», nas pp. 172-173.

Como nesta última aula não devo poder entregar uma apreciação ao trabalho feito neste período por cada aluno (e, sobretudo, uma sugestão para melhorar no próximo período), porei essas informações em Gaveta de Nuvens durante a próxima semana. (De qualquer modo essas informações ser-lhes-ão dadas em papel no início do período.)


Aula 47-48

Situa-te na p. 165, no começo de «A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho». Lê os parágrafos que for indicando e escolhe a alínea certa:

[linhas 1-5]

Homero e Horácio foram

a) autores antigos — o grego Homero teria sido o autor da Odisseia e da Ilíada; Horácio foi um poeta latino.
b) dois grandes dorminhocos — Homero era também sonâmbulo.
c) dois futebolistas de razoável mérito — Homero jogou no Pinhalnovense, de que era sub-capitão; Horácio foi ponta de lança do Varzim.
d) duas divindades mitológicas — Homero era deus do sono; Horácio, deus das horas.

«O grande Homero às vezes dormitava, garante Horácio» serve ao autor do conto para

a) mostrar que os poetas podem ser preguiçosos.
b) dar exemplo de como até os grandes homens têm momentos de desfalecimento.
c) mostrar que há inveja entre os grandes heróis, a exemplo do que acontece entre todos os homens.
d) dar exemplo de como um poeta pode, por distracção, introduzir confusões no que está a contar.

«Outros poetas dão-se a uma sesta, de vez em quando, com prejuízo da toada e da eloquência do discurso» significa que

a) os poetas, realmente, dormem, o que prejudica a qualidade do que escrevem.
b) há poetas que se enganam na história que contam ainda mais do que Homero.
c) há poetas que se enganam na história que contam mas menos do que acontecia com Homero.
d) os poetas dormem realmente, o que, porém, não tem consequências graves na sua escrita.

[ll. 6-13]

Clio é

a) uma das séries da marca de carros Renault.
b) abreviatura de Cleonice, actriz brasileira filha de Glória Pires.
c) uma professora de História na Escola Secundária Padre António Vieira, sita nas imediações da Avenida Gago Coutinho.
d) uma das nove musas (a que presidia à história; entre outras havia: Calíope, musa da poesia; Euterpe, dos instrumentos musicais; Talia, da comédia; Urânia, da astronomia).

Clio, ao adormecer,

a) parou de tecer, ficando assim a história sem quem a dirigisse.
b) continuou a sua tapeçaria — a história — mas de modo inconsciente, por isso trapalhão.
c) deixou a história sem direcção durante oito séculos.
d) ficou enfadada.




[Se leste o conto em casa, passa já para a p. 171. Se não, tenta ainda uma leitura rápida das páginas 165-170, para perceberes o que se passou nesse dia 29 de Setembro de 1984]


[ll. 223-235]

«[Clio] pôde obnubilar a memória dos homens com borrifos de água do rio Letes» significa que Clio

a) fez que os homens esquecessem o que acontecera naquele período em que os tempos se misturaram.
b) se esqueceu dos homens e por isso a história correu sem nexo.
c) conseguiu reverter os acontecimentos, fazendo que tudo regressasse a um ponto zero.
d) gostava de se banhar nua no rio Letes, enquanto se lembrava dos amantes que tivera.

O rio Letes é mais uma referência mitológica e serve de alegoria

a) ao leite. Era uma nascente onde os mortos bebiam leite, comiam queijo e iogurtes com pedaços de cereja.
b) à água e ao esquecimento. Era uma nascente onde os mortos se borrifavam para os vivos, e os vivos se borrifavam para os mortos.
c) à memória. Era uma nascente onde os mortos deviam beber para lembrar a vida terrena. (Havia também Mnemósine, a fonte do Esquecimento.)
d) ao esquecimento. Era uma nascente onde os mortos deviam beber para esquecer a vida terrena. (Havia também Mnemósine, a fonte da Memória.)

[ll. 248-250]

A ambrósia — de que Clio, como castigo, ficou privada durante quatrocentos anos — era

a) o manjar dos deuses.
b) algo.
c) uma caixa de bombons Mon Chéri.
d) um metal precioso.



O quadro em baixo mostra semelhanças (e algumas diferenças) entre o conto «A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho», de Mário de Carvalho, e o filme Os visitantes, de Jean-Marie Poiré. Vai já completando a coluna da esquerda e depois, enquanto virmos o filme, completa a coluna da direita.

«A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho» // Os visitantes
Que aconteceu de extraordinário?
Num mesmo local, na cidade de _________, amalgamaram-se acontecimentos de duas épocas diferentes (século XII e século XX). // Algumas personagens do século ____ deslocam-se ao século ____, no mesmo local, numa região de França.
Aparência do espaço muda entre as duas épocas?
Um pouco. Em 1148, no mesmo local havia ainda um ___________ (l. 25), que na altura, portanto, se espraiava até à zona onde é agora o Areeiro; e ouvia-se o suave pipilar dos pássaros (30). // No mesmo local, em 1122 ou nos nossos dias, existe uma floresta, mas, nas suas imediações, agora passa uma ___________. O castelo dos Godefroy foi transformado em ____________.
Que causou a «mistura» de épocas?
Clio adormeceu. (Causa é, portanto, do âmbito da ____________.) // _____________. (Causa é, portanto, do âmbito da feitiçaria.)
Dá exemplo de alguma situação rocambolesca criada pelo cruzamento dos tempos.
_______________
Como se resolve a desordem das épocas?
Clio _____________ // Um descendente do bruxo causador da confusão inicial _______________
Que resulta dessa intervenção remediadora?
O capitão Soares e todos os outros ___________, enquanto os árabes ___________ // Protagonista é transportado de novo para ________ e pôde _____________
Há más consequências após esta «reposição» dos tempos certos?
O comissário Nunes, o capitão Soares e o coronel Rolão tiveram de _________ // __________ viu-se perseguido, por ___________


Sessão de IRC com o escritor Mário de Carvalho, realizada em 9 de Maio de 2002, 15h-16h30 [transcrição completa:
www.app.pt/nte/mcarvalho/irc20030509.html]
Session Start: Wed Apr 02 14:37:02 2003
Bem-vindos à conversa com Mário de Carvalho!
Vivam! Cá estamos então a começar a nossa conversa. Olá ESAG, li os vossos textos a partir de "A Inaudita..." e gostei muito. Olá Ludmilla, olá Sandra, vamos a isto?
Vamos, é um prazer estar consigo!
O prazer é meu, Ludmilla. Então, de que escola és?
...
Salem aleikum! Depois de ler o seu conto e de assistir a esta guerra, nada inaudita, talvez seja esta a melhor saudação de paz. Posso começar por lhe perguntar se leu e o que achou dos textos dos alunos sobre as aventuras e desventuras de Mamud Beshewer em Lisboa?
Aleikum Salam. Como já disse, achei que o Mamud tinha feito muito boa figura no meio da confusão criada na Avª Gago Coutinho. Penso que foi uma excelente ideia, criar uma “arborescência" a partir do meu conto, como se fosse uma ramagem nova com outros desenvolvimentos possíveis. A ideia do "e se..." (os anglo-saxões dizem "What if") é uma das formas mais práticas por que se manifesta a inventiva. Aliás, corresponde bem ao espírito.
Boa tarde!!! Tudo bem Mário?? Gostamos muito do seu livro....
Em que se inspirou para escrever a Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho?
Esag6 - onde me inspirei? Foi nos engarrafamentos de Lisboa. Imaginem que eu todos os dias, às nove da manhã passava por aquela Praça do Areeiro e me impacientava com todos aqueles carros que não andavam nem deixavam andar. Apliquei o tal "e se..." e resolvi complicar ainda mais o engarrafamento com mouros, etc.
Como é que o senhor adquiriu tanto vocabulário que é desconhecido no nosso dia a dia?
Não é verdade. Esse vocabulário (salvo o respeitante às coisas mouras) é o léxico da Língua Portuguesa que não se reconduz ao vocabulário mínimo essencial composto por poucas centenas de palavras e que os futebolistas e apresentadores de tv usam.
Mário de Carvalho, gostava k esta guerra tivesse sido mesmo possível?!
Não gosto de guerras. Esta é uma guerra de fantasia e são essas as únicas que admito. Abomino as outras, de verdade.
Porque é que escolheu essas duas datas?
As duas datas têm que ver com o ano que se seguia àquele em que escrevi a história (1983, se não erro). E a um ano próximo da tomada de Lx aos Mouros que ocorreu, se não estou enganado, em 1147.
Mário de Carvalho, como escritor q tipo de leitura aprecia mais?
Admiro muito o Padre António Vieira. Quando tinha a vossa idade gostava de ler livros como Tom Sawyer, A Ilha do Tesouro, ou as Aventuras de Sandokan.
Mário de Carvalho, como escolheu os nomes das personagens?!
Como escolhi os nomes das personagens? Achei que eram parecidos com as figuras delas. Claro que os mouros tinham nomes que soasse a Árabe, Ibn e Mohamed e nomes do mesmo género. Há um, o tal Ibn Harrik, que significa o filho de Henrique e que é, nem mais nem que o nosso D. Afonso Henriques.
<--neo--> Com que idade começou a escrever?
Comecei a escrever aos vinte e tal anos. Mas só publiquei perto dos quarenta.
Era bom aluno a Português? Que notas tirava?
Era um razoável aluno a Português. Acho que tirava dozes e trezes.
Nd mau...
O que acha de Fernando Pessoa??
Fernando Pessoa é um dos grandes génios da literatura mundial, de sempre. Eu uso pouco a palavra 'génio'. Mas neste caso não hesito.
...
Personagem de BD preferida. O capitão Haddok
K livro seu recomenda pra nossa idd, 15 anos?
Recomendo todos os de Júlio Verne. Também "O Senhor das Moscas" de William Golding.
Amigos caríssimos, obrigado pela vossa atenção e pela paciência com que me acompanharam. Desejo a todos o melhor que todos desejarem.
Mt obrigado
Session Close: Wed Apr 02 16:25:06 2003


Na última aula do primeiro período, vimos que há variedades regionais do Português. Notámos certos regionalismos ao nível da pronúncia: na pronúncia da Beira (dita «à padre»), na do Alentejo, na do Porto. Também Lisboa, é claro, tem os seus traços dialectais, só que nós não os reconhecemos, porque os tomamos como a norma (por exemplo, alguns não-lisboetas costumam achar estranha a forma como pronunciamos «espelhos» ou «joelhos»: «esp[a]lhos», «jo[a]lhos»).
Também ao nível do vocabulário é possível considerar regionalismos (no Porto, diz-se «cimbalino»; em Lisboa, «bica»; no Porto, diz-se «a canalha» para significar «a miudagem»).
Uma diferença — hoje em dia, já menos clara — entre o vocabulário do Norte e o do Sul é que neste encontram-se mais palavras arábicas. Essa maior presença de arabismos a Sul resulta (está-se mesmo a ver) de ______________

Na tabela a seguir, pus pares de sinónimos: à esquerda, os que seriam mais nortenhos, mais românicos (mais latinos); à direita, os mais arábicos, mais sulistas (supostamente, já que, na verdade, mesmo no Sul, os vocábulos à esquerda quase sempre acabaram por vencer os que tinham influência arábica, excepto talvez nas aldeias). Nota que a maioria das palavras arábicas tem o «al», que é um vestígio do determinante árabe.

Palavra românica // Palavra arábica
Castelo // Alcáçova
Romaria // Arraial
Vigia, esculca // Atalaia
Povo, lugar // Aldeia
Arredores // Arrabalde, alfoz
Juiz-da-água, levadeiro, zelador // Almotacé
Ferrador // Alveitar
Moinho-de-água // Azenha
Tijolo // Adobe
Porco-montês // Javali
Escorpião // Lacrau
Lagoa // Alverca
Gruta // Algar
Leixão // Recife
Pandeiro // Adufe
Travesseira // Almofada
Violino // Rabeca
Tapete // Alcatifa, alfombra
Ajuda, entrega // Zagal
Vazio // Alfeire
Cabeça-de-gado // Rês
Bofetada // Tabefe
Soro // Almece
Prisão, cadeia // Aljube
Fonte // Chafariz
Orlando Ribeiro, «A propósito de áreas lexicais no território português (algumas reflexões acerca do seu condicionamento)», Boletim de Filologia, XXI, 1965, pp. 177-205


Para verificarmos em que áreas a influência árabe foi mais significativa, agrupa os arabismos (que vimos na coluna direita da tabela) em vários campos lexicais:

campo lexical // arabismos
vida pastoril // almece, alfeire, zagal, tabefe, _______, ________, _________
artigos de luxo // _______, ________
arquitectura // __________, _________
vida militar e divisões administrativas // _________, _________, _________, __________, _________, _________
música // __________, __________
topografia ('representação dos terrenos e dos acidentes geográficos') // ________, ________, _______

Outros campos lexicais em que há bastantes arabismos (mas que não pus na tabela):

campo lexical // exemplos de arabismos
matemática // algarismo, álgebra, cifra
plantas // arroz, algodão, laranja, açúcar
pesos e medidas // almude, arrátel, alqueire, arroba


No conto «A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho» há bastantes arabismos, que ora acompanham as descrições dos personagens «invasoras» da avenida, os árabes, ora surgem integrados no discurso geral. Completa a lista seguinte, procurando os arabismos nas linhas que indico entre parênteses. Antes ponho o significado da palavra.

almóada - 'muçulmano do Norte de África' (linha 22)
berberes - 'habitantes da Berbéria' (l. 23)
____________ 'elementos de uma dada tribo mourisca' (l. 23)
____________ 'Deus dos muçulmanos' (38)
____________ 'relativo ao Corão' (49)
____________ 'zeros, números, signos' (62)
____________ 'sabre' (91)
____________ 'árabe nómada do deserto' (108)
____________ 'gritaria (dos mouros no começo dos combates)' (133)
____________ 'oficial militar (posto inferior ao de tenente)' (185)
Aula 49-50


Leitura expressiva de poemas de amor portugueses

Fase de gruposGrupo AAntónio Nobre (1867-1900) lido por ________ (classificação: _____)
Manuel Laranjeira (1877-1912) lido por __________ (_______)
Fernando Pessoa (1888-1935) lido por ___________ (_______)
Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) lido por ___________ (_______)
Florbela Espanca (1894-1930) lida por _____________ (_______)
António Botto (1900-1959) lido por _____________ (_______)
José Gomes Ferreira (1900-1985) lido por __________ (_______)
1.º classificado: ___________ ; 2.º classificado: ___________

Grupo B
José Régio (1901-1969) lido por _________ (classificação: _______)
António Gedeão (1906-1997) lido por __________ (_______)
Carlos Queiroz (1907-1949) lido por ____________ (_______)
Jorge de Sena (1919-1978) lido por ____________ (_______)
Natália Correia (1923-1993) lida por ____________ (_______)
Pedro Tamen (1934) lido por ____________ (_______)
Adília Lopes (1960) lido por ____________ (_______)
1.º classificado: ___________ ; 2.º classificado: ___________

Grupo C
Manuel Alegre (1936) lido por _________ (classificação: _______)
Luís Filipe Castro Mendes (1950) lido por __________ (_______)
Vitorino Nemésio (1901-1978) lido por __________ (_______)
Mário Dionísio (1916-1993) lido por __________ (_______)
Eugénio de Andrade (1923-2005) lido por ________ (_______)
Cesário Verde (1855-1886) lido por __________ (_______)
António Feijó (1859-1917) lido por ___________ (_______)
1.º classificado: _________ ; 2.º classificado: __________

Grupo D
David Mourão-Ferreira (1927-1996) lido por ____ (classificação: _)
Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa) lido por _________ (_____)
Maria Teresa Horta (n. 1937) lida por ________ (_______)
Luís Miguel Nava (1957-1996) lido por ________ (_______)
António Patrício (1878-1930) lido por _________ (_______)
Ângelo de Lima (1872-1921) lido por _________ (_______)
Fernando Echevarria (1929) lido por ___________ (_______)
1.º classificado: ___________ ; 2.º classificado: ___________

Quartos de final
1.º classificado de A (_________) x 2.º classificado de C (_________) = _________ [1]
1.º classificado de B (_________) x 2.º classificado de D (_________) = _________ [2]
1.º classificado de C (_________) x 2.º classificado de A (_________) = _________ [3]
1.º classificado de D (_________) x 2.º classificado de B (_________) = _________ [4]

Meias-finais
1 (_________) x 2 (_________) = _________ [k]
3 (_________) x 4 (_________) = _________ [y]

Final
k (_________) x y (_________) = _________

Os arabismos que vimos na última aula resultaram do convívio quase íntimo de duas línguas (explicável pela presença dos árabes na península).
Outro tipo de empréstimo entre línguas é o que ocorre sem que haja encontro das línguas num mesmo espaço. Esses outros empréstimos decorrem da cultura, do comércio, etc. Tais empréstimos (estrangeirismos lhes chamamos na fase em que ainda são percebidos como um tanto estranhos à língua em que se integraram) permitem reconhecer as fases históricas em que predominaram influências de certos países.
No quadro em baixo, preenche a coluna que ainda está vazia. Depois, completa as lacunas do texto que escrevi (descobrirás as relações entre a época de entrada no português de determinado estrangeirismo, a língua de que veio essa palavra e a sua área temática).

Empréstimo // Língua de origem // Data da primeira atestação em português // Área temática
Desporto // Inglês// XIX (sport) //
Futebol // Inglês // XX //
Jóquei // Inglês // 1858 //
Serenata // Italiano // 1813 //
Maestro // Italiano // 1858 //
Ária ('peça musical melodiosa') // Italiano // XVIII //
Bijuteria // Francês // 1881 //
Vitrine // Francês // 1873 //
Toilete // Francês // 1899 //
Biombo // Japonês // XVI (beòbus) //
Quimono ('um tipo de roupão') // Japonês // XVI (quimão) //
Catana ('espada curta') // Japonês // XVI // Armas
Trovar ('cantar versos') // Provençal // XIII //
Refrão // Provençal // XIV //
Rouxinol // Provençal // XIV (rousinol) //
Vilancete ('poema de tema campestre') // Castelhano // XVI //
Endecha ('poema triste') // Castelhano // XVI //
Picaresco ('género literário satírico') // Castelhano // XVII //
Maracujá // Tupi // 1587 //
Mandioca // Tupi // 1549 //
Piripiri // Tupi // 1587 //
Etimologias e datas segundo Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, 1982

Os provençalismos (empréstimos do ________, uma língua antiga do sul de França) testemunham a importância da literatura provençal na poesia galego-portuguesa medieval. Como consequência da expansão portuguesa, a língua _________ deu-nos termos relativos a objectos que o ocidente até então desconhecia. Do mesmo modo, os tupinismos que escolhi reportam-se a nomes de _________ que os europeus foram encontrar no Brasil pela primeira vez. O castelhano deixou-nos muitas palavras do âmbito da literatura, que entraram no português sobretudo nos séculos _____ e _____, a época do apogeu da cultura espanhola, que aliás coincidiu com a dinastia filipina. Sobre os galicismos (estrangeirismos franceses), lembre-se que durante o século _____ foi forte a influência francesa em vários campos, entre os quais o da _______, como provam os exemplos. No campo musical, pela mesma altura e já antes, era a ________ que inspirava os outros países. Na transição para o século XX, uma série de desportos criados em ________ foram adoptados em outros países e, claro, com esses desportos vieram os termos respectivos. Hoje em dia, aliás, o inglês é o maior fornecedor de estrangeirismos (nas tecnologias, por exemplo, predominam nitidamente os anglicismos).

Os estrangeirismos arrepiam quem relativamente ao português tem uma atitude conservadora. A luta contra os estrangeirismos levou a que alguns gramáticos mais fanáticos procurassem substituí-los por palavras que eles próprios inventaram (que seriam mais próximas dos padrões portugueses).
Verifica se alguma das propostas venceu nos hábitos de hoje ou se foram os estrangeirismos que triunfaram na língua corrente. Marca os neologismos que, apesar de tudo, ainda se usem (creio que há só um ou dois). Marca também a proposta que consideres mais ridícula. Por fim, adivinha a origem dos estrangeirismos (francês ou inglês).

Neologismos propostos por gramáticos // Estrangeirismos // Origem
Nasóculos // Pince-nez ('óculo de mola') //
Lucivelo, abajúrdio // Abat-jour //
Preconício // Reclame //
Ancenúbio // Nuance //
Ludâmbulo // Turista //
Ludopédio, balípodo, pedibola, furta-bola, bolapé // Futebol //
Rabo de galo // Cocktail //
Cardápio // Menu //
Vesperal // Matinée //
Bosquejo // Sketch //
Ampara-seios, estrófio, mamilar // Soutien //
Tabuínha // Tablette de chocolate //
Alviçareiro // Repórter //
Runimol // Avalanche //
Legicídio social // Golpe de estado //
Venaplauso // Claque //
Haurinxugo, hauricanulação // Drenagem ('escoamento') //


Aula 51-52

Responde a cada um destes pontos relativos ao texto — que terás lido em casa —«Lenda da que mal pica» (pp. 82-87).

1. Quem são as personagens da história?
2. Onde e em que altura do ano tem início a acção?
3. Que facto veio provocar um conflito?
4. Qual foi o resultado desse conflito?
5. Que novo problema surgiu?
6. Como foi solucionado?
7. Como terminou a história?

Escreve um adjectivo que seja bastante caracterizador da personalidade de cada uma das personagens.
Aninhas: ________; avô: _________; fidalgo: __________.

Ainda relativamente ao mesmo texto «Lenda da que mal pica», resolve a parte de Funcionamento da língua (no cimo da p. 88):
1.1 chegara: _________; havia: ____________; vivia: ___________; punha: __________; parou: ____________; dirigiu: _________; acendei-me: __________; ouvis: _________.
1.2 ______________
1.2.1 ______________

No tpc e no texto «Lenda da que mal pica», lidaram com as etimologias dos topónimos — ou seja, com as origens (falsas, neste caso) de nomes de terras.
Com os topónimos pode acontecer uma situação que é rara na história da língua: decidir-se, por lei, a troca de uma palavra por outra, esquecendo-se em pouco tempo a designação anterior e passando a usar-se a sua substituta. Com efeito, certas terras que tinham nomes que não agradavam aos habitantes viram a sua designação alterada assim.
A tabela dá exemplos dessas trocas havidas (à esquerda está o nome original, que o povo local, ou alguém por ele, julgou deselegante; ao centro, o nome que substituiu a designação verdadeira, entretanto esquecida). Na coluna da direita, indica a razão de o nome antigo ter sido considerado desagradável. Usa estas siglas:
OBSC — palavra original era associada a termo obsceno (ou de nível popular);
RID — expressão original era sentida como ridícula;
INJ — expressão original permitia trocadilhos injuriosos.

Topónimo original // Topónimo actual // Motivo da rejeição do originalAtouguia das Cabras // Abrigada //
Mar(r)ecos // Amares //
Porcalhota // Amadora //
Punhete // Constância // OBSC
Bouças // Matosinhos //
Aldeia Galega do Ribatejo // Montijo // INJ
Pederneira // Nazaré //
Cai Água // S. Pedro do Estoril //
Escumalha // Vilamar //
Picagalo // S. Pedro da Trafaria //
Figueiras Podres // Figueiras de S. João //
Panasqueira // Ribeira de Santo André //
São Paio da Farinha Podre // São Paio do Mondego //
Cebola // S. Jorge da Beira //
Vale da Porca // Vale Mimoso //
Cabra // Ribamondego //
Panascoso // Penhascoso //

Dou exemplos mais perto de nós: há uma dezena de anos, um autarca quis alterar o nome da Buraca. Até talvez 1980, a zona das Olaias era apenas conhecida por Picheleira (decerto, um local onde haveria uma oficina de pichelaria). Também me lembro que havia a estação de metro Socorro (cujo nome foi entretanto mudado para «Martim Moniz»).
Este processo de «formação» de palavras — por tabu relativamente às que antes eram usadas — pode ocorrer também com antropónimos (com nomes de pessoas, portanto). No filme que temos estado a ver, o descendente do criado medieval Jacquouille (inconveniente por lembrar «Couilles», o termo popular francês para 'testículos') trocara o seu nome por outro mais chic: «Jacquard».

TPC — Lê as pp. 37-38 do Caderno de Actividades. Fala-se aí de estrangeirismos, de palavras entrecruzadas e de derivação imprópria. Só esta é que ainda não estudámos em aula (por isso, podes saltar esse parágrafo dedicado a «Derivação imprópria»). Depois, em «Aplica os teus conhecimentos» (pp. 39-40), responde apenas aos pontos 1, 5 e 8.



Aula 53-54

Terminámos já a secção que no manual se ocupa de «Amores e desamores» e entramos agora numa nova parte, com textos sobre a vida em família. Situa-te portanto nas pp. 90-91.
Lê «Medo», de Ilse Losa, de quem estudámos alguns textos já o ano passado. (Ilse Losa morreu há poucos dias.) Depois de leres, responde:

1. O texto foca-se numa situação que constrangeu ('incomodou', 'angustiou') a rapariga. Qual foi essa situação? __________
2. O narrador participa na acção? O narrador está {escolhe} ausente/presente.
3. Que posição tem o narrador? O narrador {escolhe} mostra-nos/não nos mostra o que a personagem vai sentindo. Assim, é um narrador __________.
4. Quantos verbos há no primeiro período do primeiro parágrafo? _________.
5. Nos dois primeiros parágrafos, há uma série de verbos no Imperfeito do Indicativo. Transcreve essas formas verbais: ________, _________, ________, __________, ___________, ____________, ___________.
6. Podemos considerar que há três momentos na história e que a cada um corresponde um sentimento da rapariga. Escreve um nome abstracto que designe esses sentimentos:
(i) a caminho da festa: ______________
(ii) quando fica sozinha: medo.
(iii) no regresso, depois do desbafo do avô: _____________
7. Prepara uma possível leitura em voz alta das partes em discurso directo (oito parágrafos, salvo erro).


TPC — Escreve um texto que se ocupe de uma situação constrangedora, desagradável, infeliz, etc., passada contigo. Como acontecia em «Medo», usarás um narrador de 3.ª pessoa (ausente, portanto), o que não impedirá que os sentimentos da personagem — tu — fiquem bastante evidentes. Também ao estilo de Ilse Losa, começa por escrever um período sem verbo e usa depois o imperfeito do indicativo. O título também terá de ser um substantivo abstracto, que indique o sentimento predominante na situação que contes.
Aula 55-56


Lê a notícia «A revolução grisalha» (p. 94). Responde:

[1.º parágrafo]
1. A expressão «revolução grisalha» serve para referir o seguinte facto: _____________.
2. Quais foram os dois factores que influenciaram o aumento da esperança de vida? Foram ______________ e _____________.

[2.º parágrafo]
3. No texto, «nascituros» quer dizer {escolhe}
a) 'os que não chegaram a nascer'.
b) 'os que hão-de nascer ainda'.
c) 'os recém-nascidos'.
d) 'os sacanas dos benfiquistas'.
{O significado correcto de «nascituros» é 'os que hão-de nascer'; no entanto, na notícia pode ter-se usado a palavra em outro sentido.}4. A expressão «abate demográfico» descreve uma circunstância que acontecia nos anos 20: muitos bebés _____________.

[3.º parágrafo]
5. Segundo os dados de 1994, as mulheres tinham maior esperança de vida, por esta ordem, nos seguintes países {ordena: Portugal, França, Suécia}: ____________, _____________; e os homens: ______________, _____________.

[4.º parágrafo]
6. Segundo a investigadora Maria João Valente Rosa, daqui a quinze anos ainda haverá ______________.

[gráfico]
7. Têm mais esperança de vida os homens ou as mulheres? _____________. Foi sempre assim? _____________.

Resolve os pontos 1 e 2 de Queres jogar? (p. 95).

1. b) ____________; c) ___________; d) ____________; e) ___________; f) ___________.
2. ______________



Costuma chamar-se «derivação imprópria» a um fenómeno que nem devia ter essa designação nem devia estar integrado no grupo de processos de formação de palavras (com a derivação prefixal e sufixal, a composição, o entrecruzamento, a redução, a sigla). Com efeito, à «derivação imprópria» as melhores gramáticas preferem chamar «conversão».
A conversão (ou derivação imprópria) consiste na passagem de uma palavra de uma classe para outra classe. Por exemplo, nas duas frases seguintes encontramos, primeiro, «contra» como preposição e, depois, como nome. Dizemos que a segunda palavra resultou de uma derivação imprópria (ou de uma conversão).

O Benfica tem contratado os melhores jogadores das equipas contra quem vai jogar, o que é uma bela táctica (embora talvez um pouco anti-desportiva).
Ao programa da RTP «Prós e contras» foi há uns tempos a ministra da Educação, mas eu nem vi o programa, porque já sabia que a incompetente senhora costuma mentir.

Nos pares de frases a seguir, circunda a palavra que te pareça ter resultado de derivação imprópria (conversão). Além disso, escreve sob ambas as palavras — a palavra primitiva e a derivada impropriamente (convertida) — a respectiva classe morfológica: adjectivo, nome comum, nome próprio, preposição, advérbio, verbo, interjeição, conjunção, numeral, pronome, determinante.

Mataste-me; porquê?
O porquê da tua estupidez só um psiquiatra poderia descobrir.

— Sim, comprei as miudezas que pediste; não trouxe foi o toucinho de porco.
Esperava um sim e recebeu um rotundo não.

O ex-ministro Jorge Coelho gosta de xadrez e tem argumentos burros.
O coelho gosta de cenoura e o burro gosta de coelho à caçador.

Godofredo era um bravo guerreiro.
— Bravo! — disseram os apoiantes de Garcia Pereira.

O bem e o mal, o verde e o rosa, são vistos diferentemente por cada um de nós.
— A saia rosa fica-te bem, Rosa; esse soutien verde fica-te mal, Cesário Verde.

Agora, escreve tu três frases com pobre (adjectivo) e pobre (nome comum); olhar (verbo no infinitivo) e olhar (nome); bolas (nome) e bolas (interjeição).


Relativamente ao sketch «Policiês/Português», procura resumir a situação, completando o texto seguinte com estes termos: nível popular - nível familiar - nível corrente - nível cuidado - gíria - variedade regional
Um polícia parece querer multar um automobilista. Ao descrever a manobra incorrecta efectuada e a sanção que vai aplicar, o polícia recorre exclusivamente ao nível de língua _____________ (usando linguagem que é mais típica de um texto escrito do que de um diálogo). Ainda por cima, vai usando alguns termos que talvez se possam considerar de uma ______________ própria, específica da profissão de polícia. Por isso, o automobilista nada percebe.
Um indivíduo que está por ali vem então traduzir o discurso do polícia para um nível de língua _____________ e, às vezes, até _____________ ou mesmo _______________.
Acaba por se perceber que o polícia aceita ser subornado, e fica tudo resolvido.
Diga-se ainda que, pela pronúncia de três palavras («gra[b]e», «indi[b]íduo», «de[rr]espeito»), percebemos que o polícia fala conforme uma determinada ___________________, provavelmente a beirã (ou, então, a transmontana).


Relativamente ao sketch «Polícia que se quer vestir de mulher», repara nos estrangeirismos que o protagonista vai usando. São, em geral, palavras relacionadas com a moda.
Põe nas duas primeiras colunas a tradução ou, ao contrário, o estrangeirismo que ouviste. Na terceira coluna escreve «anglicismo», se a palavra for um empréstimo do inglês, ou «galicismo», se te parecer que a palavra vem do francês.

Estrangeirismo // Significado ou Tradução // Origem // Étimo
tailleur // _______ // galicismo // tailleur
_____ // chapéu com abas largas e leves // ______ // capeline
_____ // cosméticos aplicados para embelezar // ______ // maquillage
_____ //________ // anglicismo // gloss
_____ // _______ // mulher relaxada // ______ // slut
_____ // espécie de «cachecol» largo // ______ // écharpe


TPC — (i) tendo em conta que, para muitos, há Olimpíadas hoje (às 14h30), não marco tpc; (ii) quem tiver livros meus do ano passado, traga-os na próxima aula, por favor, já que queria combinar as leituras recreativas a fazermos agora.



Aula 57-58

Lê a crónica «A minha avô Laurinda» (p. 93).
Que tinha de especial o Senhor dos Passos que ficou para sempre na casa da avó de Laurinda Alves? ___________.
Vê na p. 73 o rectângulo que resume as características das crónicas. Verifica quais das seis características aí apontadas se encontram nesta crónica de Laurinda Alves:

Características da crónica // Sim +/- Não
aborda temas do quotidiano //
tem por objectivo divertir ou reflectir sobre comportamentos //
pode contar uma história //
normalmente, as personagens são poucas; o tempo e o espaço limitados //
visão pessoal do narrador está presente //
linguagem é simples; muitas vezes até coloquial //

Para contrastarmos as famílias do tempo da avó Laurinda e dos dias de hoje, completa as colunas (ora com factos que retires do texto; ora com factos do teu conhecimento corrente). Nota que não pretendo que te cinjas ao texto. Esgotadas as informações que este dê, deves tentar indicar outras características da vida em família que possas presumir — quer antigas, quer hodiernas. Sê criativo (crítico, irónico).

No tempo da avó Laurinda // Hoje
Os netos ficavam com os nomes das avós (às vezes, nomes inusuais e de que os jovens não gostavam). // ___________
__________ // Vive-se em apartamentos onde pouca gente cabe.
Reaproveitavam-se as roupas (de uns para outros, de estação para estação). // __________
Os casais tinham onze filhos. // __________
O homem lia o jornal no cadeirão. A mulher cismava, com o braço pousado no seu ombro e olhando para o fogo (que ia avivando). // _____________
As donas de casa tinham «os seus pobres». // ___________



Com a ajuda do modelo na página anterior, flexiona as formas verbais que indico. Faz este trabalho individualmente.

A. 3.ª pessoa do plural do Futuro do Indicativo de «Caber»: _________
B. 3.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «Pilar» ('descascar'): __________
C. 2.ª pessoa do singular do Imperativo de «Medrar» ('crescer'): ________
D. 1.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo de «Esquartejar»: _________
E. 1.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo de «Zurrar»: _________
F. 1.ª pessoa do plural do Condicional de «Zé-pereirar» ('tocar zé-pereira'): __________
G. 1.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo de «Feder» ('cheirar mal'): __________
H. 2.ª pessoa do plural do Imperativo de «Abadalhocar-se»: ___________
I. 1.ª pessoa do plural do Mais-que-Perfeito de «Ziguezaguear»: ___________
J. 1.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo de «Escarrar»: ____________
L. 3.ª pessoa do plural do Imperfeito do Conj. de «Desincompatibilizar»: ___________
M. 3.ª pessoa do singular do Futuro do Conjuntivo de «Contrapor»: ___________
N. 2.ª pessoa do singular do Condicional de «Dorminhocar»: ____________
O. Gerúndio de «Surripiar» ('roubar'): ___________
P. Particípio Passado de «Defecar»: ____________
Q. 2.ª pessoa do singular do Infinitivo Pessoal de «Urinar»: __________
R. Infinitivo Impessoal de «Anticonstitucionalizar»: ___________
S. 1.ª pessoa do singular do Perfeito Composto do Indicativo de «Uivar»: ___________
T. 2.ª pessoa do plural do Mais-que-perfeito Composto do Ind. de «Gatinhar»: ___________
U. 3.ª pessoa do singular do Condicional Composto de «Abarbatar»: ___________
V. 1.ª pessoa do singular do Futuro do Ind. Composto de «Embalsamar»: ___________
X. Gerúndio Composto de «Curtir»: _________
Z. 1.ª pessoa do plural do Perfeito do Conjuntivo Composto de «Espingardear»: __________


Escreve uns parágrafos subordinados ao título «O meu [tio / avô / pai / bisavô / padrinho / afilhado] ...» (ou, como é óbvio, «A minha ...»). Tem de se tratar de relação de parentesco, já que estamos a ler textos sobre famílias. O texto pode ser verídico ou ficcional; indica-o na folha. Tenta encontrar o que haja, ou houvesse, de singular nos hábitos do parente. Centra-te nas acções e evita as caracterizações directas — sê poupado no verbo «ser» e nos adjectivos banais («bom», «simpático», etc.).

TPC — (1) Rever a flexão dos verbos (reconhecendo tempos e pessoas de uma forma verbal; indicando as formas de um dado verbo, tempo e pessoa). Proximamente, faremos um trabalho sobre o assunto. (2) No Caderno de Actividades, pp. 39-40, fazer os pontos 2 e 6.



Aula 59-60

Lê o texto «A minha mãe apaixonou-se» (pp. 96-97). Trata-se de um trecho de Caderno de Agosto, de Alice Vieira. O ano passado lemos alguns textos deste e de outros livros da mesma autora.
Na tabela que se segue estão resumos de cada uma das quatro partes em que o texto se pode dividir. Indica os seus limites (pondo as linhas de começo e de fim); depois, dá a cada parte um título expressivo.

Resumos // Linhas // Título expressivo
A narradora e o irmão comentam algumas atitudes da mãe e o rapaz conclui que ela está apaixonada. // 1-__ // ___________
A narradora constata que só conhece pessoas apaixonadas nos livros, nas telenovelas e no cinema, não havendo paralelo com a realidade em qualquer dessas situações. // __-__ // ________
A narradora, para provar o que afirma, explica o que acontece em cada uma das referidas situações. // __-__ // ________
A narradora reafirma a constatação inicial, que é válida apesar de uma excepção que refere. // __-58 // _________

Transcrevendo o trecho em que te baseies (ou indicando as linhas, se o trecho for grande), diz como sabemos que...
a mãe se preocupa com a sua aparência física. ___________
a mãe é, muito provavelmente, professora. _________
a mãe é romântica, mas não o assume. ___________
a narradora sabe que há namorados de pais e mães. _________

Decide e justifica as tuas intuições nestes casos:
António é mais novo ou mais velho que a irmã? __________
A narradora é uma aluna muito boa, média ou fraca? ________

«a minha mãe odeia palavras foleiras tipo "tchauzinho", "ôi", "tudo bem, fofa?"» (ll. 10-11).
Traduz o sentido que tem aqui «foleiras». ________
Lembra mais alguma(s) palavra(s) dessas. ________


Responde aos pontos 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4 de Funcionamento da língua (p. 98).

Resolve Queres jogar? (p. 99).


Completa o resumo do sketch «O anão Roberto», usando estas expressões (que podem ter de ficar no plural): derivação imprópria / adjectivo / substantivo próprio/ antropónimo / conversão / pronome pessoal / palavra primitiva

Um dos indivíduos relata um acidente, designando as personagens por alcunhas («Anão», «Coxo», «Vesgo», «Fanhoso», «Atrasado mental», «Mariconço»). Estas alcunhas eram todas _________ que agora estão a ser usados como ________, em vez de «Roberto», «Nélson», «Zé», «Marco», «Fernando» (que são verdadeiros _________) e do ________ «ele».
Este processo de «formação» de palavras — em que palavras de uma classe são convertidas a outra classe — designa-se ________, embora talvez fosse mais correcto chamar-lhe _______. Uma palavra obtida por derivação imprópria não será, na aparência, muito diferente da respectiva _________, tem é um novo papel sintáctico.


Completa estas observações sobre o sketch «O homem que começa todas as respostas com a palavra 'não'», usando: advérbio de afirmação / negação // tipo interrogativo / declarativo / exclamativo / imperativo // forma negativa / afirmativa / passiva / activa

No sketch há uma personagem que reage a todas as frases de ___________ ditas pelo entrevistador com frases de ___________, que, no entanto, são precedidas por um «não». Esta palavra pertence à classe dos __________, o que cria uma uma incompatibilidade com a forma da frase que se segue.
Se quisermos classificar o «não» das falas que ouvimos, podemos dizer que é uma espécie de bordão (uma daquelas expressões sem significado frequentes na oralidade — «hum», «pá», etc. —, quase como tiques linguísticos).
Na entrevista há também expressões que, essas sim, são adequadas à forma da frase em que se inserem, já que podem incluir-se na classe dos ___________: «sim», «realmente», «com certeza».


No sketch «Parvoíce com sinónimos», as personagens hesitam entre dois ou três sinónimos, tentando decidir qual das palavras tem o exacto sentido que pretendem. As expressões que formam esses pares têm a mesma classificação morfológica. Aponta-a:

fez / efectuei — verbos (no _________ do Indicativo).
parece-me / dá-lhe [a sensação] — verbos (no ________ do Indicativo), na conjugação ___________.
permite / possibilita / torna [possível] — verbos (no _______ do Indicativo).
preciso / exacto — ____________.
entrevista / conversa [amena] — _________ (o segundo está seguido de um __________, que funciona como atributo).
partiu / fracturou — verbos (no _________ do Indicativo).
continuávamos / prosseguíamos — verbos (no ________ do Indicativo).
pergunta / questão — _________.


No sketch «Gajos que tentam adivinhar» há uma personagem que completa frases que o interlocutor começara. As expressões que o indivíduo impaciente vai tentando adivinhar têm a mesma função sintáctica que as expressões certas. Classifica cada uma das alíneas, usando uma destas classificações sintácticas: predicativo do sujeito / complemento circunstancial / predicado

Falar-te-ei // sobre o André / sobre o primeiro-ministro / sobre o último disco da Shakira / sobre o almanaque Borda d'Água / sobre o Meireles // complemento circunstancial

É // simpático / amarelo / muito aberto a novas experiências / muito amigo do Rodolfo / acintoso // __________

Entra // em salas de cinema / em contradições / em auto-estradas / em discussões // ________

Faz-me sentir // sportinguista / roxo / apertado naquelas calças justas / mal // _______

O que é que tu - eu // estou a fazer [aqui] / comi [ao pequeno-almoço] / quero [de presente de anos] / achas // ________

Que achas // a propósito da Magda / a propósito do alargamento da União Europeia / a propósito da falta de consistência da defesa da selecção / a propósito da maneira de ser do Meireles // __________


TPC — Com as iniciais dos teus nomes, escreve formas verbais nas pessoas e tempos que indico a seguir (respeitando a ordem em que estão). Se, por teres um nome grande, a lista de tempos se esgotar, continua com infinitivos impessoais. Escolhe sempre verbos diferentes. (No exemplo, usei o nome completo de Fernando Pessoa e só lancei os verbos para as três primeiras letras.) Faz numa folha solta.

F 3.ª pessoa do singular do Futuro do Indicativo //ele Fará
E 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo // eu Escrevo
R 2.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo // tu Reajas
N 3.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo // ...
A 2.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo
N 1.ª pessoa do plural do Condicional
D 2.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo
O 2.ª pessoa do plural do Imperativo

A 3.ª pessoa do plural do Mais-que-Perfeito do Indicativo
N 1.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo
T 2.ª pessoa do plural do Imperfeito do Conjuntivo
O 3.ª pessoa do singular do Imperfeito do Conjuntivo
N 3.ª pessoa do singular do Futuro do Conjuntivo
I 3.ª pessoa do singular do Condicional
O Gerúndio

N Particípio Passado
O 2.ª pessoa do plural do Infinitivo Pessoal (ou Flexionado)
G Infinitivo Impessoal
U 1.ª pessoa do plural do Futuro do Indicativo
E 3.ª pessoa do plural do Presente do Indicativo
I 2.ª pessoa do singular do Imperativo
R 1.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo
A 1.ª pessoa do plural do Perfeito do Indicativo

P 3.ª pessoa do plural do Condicional
E 1.ª pessoa do plural do Futuro do Indicativo
S 2.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo
S 3.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo
O 1.ª pessoa do plural do Imperfeito do Conjuntivo
A 1.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo

Independentemente deste trabalho, em http://www.iltec.pt/mordebe/ pode-se consultar a flexão de qualquer verbo. Basta escrever o nome do verbo, clicar em «pesquisa» e obtém-se a conjugação dos tempos simples. Nesta base morfológica pode também, por exemplo, ver-se que palavras têm determinado prefixo ou sufixo ou que palavras incluem determinada sequência.
Aula 61-62
«Um canto só meu» (pp. 105-106) é, de novo, de Alice Vieira, mas agora de Um fio de fumo nos confins do mar. Lê o texto.

Responde ao ponto 1 da p. 106:
Narrador é do sexo masculino / do sexo feminino // criança / jovem / adulto // presente / ausente

Só duas palavras permitem perceber de que sexo é o narrador: ________; _______.
Passa para o discurso directo:

Ele disse que ver cinema clássico, ainda por cima sem pipocas por perto, era um acto de cultura e merecia bem uma noitada.

Acrescentou que, se eu andasse aos pulos nas docas, de certeza ia chegar a casa muito mais tarde e não me queixava.

Lembro-me de ter perguntado à minha mãe se uma cama custaria assim tanto dinheiro.


Faz o ponto 5 (p. 107).

Faz a parte de Funcionamento da língua (p. 107):

1.1 _________ ; _________; 1.2 _________.
2.1 _________ ; 2.2 _________; 2.3 _________.


O sketch «Encorning» brinca com um hábito que encontramos nas profissões em que convém parecer muito actualizado: o uso despropositado de palavras inglesas. É certo que, por vezes, o anglicismo é necessário para referir conceitos para que não há equivalente em português; mas, em muitos outros casos, usa-se o estrangeirismo apenas para conferir ao que se diz uma aparência de modernidade.
O humor da situação vem destas características:
(i) exagero do número de anglicismos proferidos em todas as falas;
(ii) a partir de certa altura, as personagens, passarem a dizer supostos estrangeirismos (constituídos por palavra portuguesa + ing);
(iii) num momento quase final, essas falsas palavras inglesas serem derivadas a partir de palavras portuguesas de nível popular (palavra primitiva portuguesa de nível popular + sufixo inglês -ing).

Depois de veres o sketch, entre as palavras que transcrevi em baixo, distingue:
(1) anglicismos propriamente ditos;
(2) falsos anglicismos, criados a partir de palavras portuguesas de nível corrente;
(3) falsos anglicismos, inventados a partir de palavras portuguesas de nível popular.

anglicismo // tradução (se houver) ou palavra verdadeira
downsizing // 'abaixamento' (1)
merchandizing // 'promoção'
factoring // 'cobrança de créditos por intermediário'
outsourcing // subcontratação externa
holding // 'sociedade gestora de participações sociais'
benchmarking // 'processo de avaliação relativamente à concorrência'
marketing // ______
leasing // 'aluguer de bens'
renting // aluguer
upgrading // actualização
networking // 'ligação em rede'
[outsourcing] // subcontratação externa
encorning // ______ (3)
despeding // ______ (2)
viding // _______
raspaneting // _______
preguicing // _______
desautorizing // ______
respeiting // _______
retracting // retractar ('desdizer')
sarilhing // _______
encorning // _______
aldrabing // _______
lixating // ________
enxerting // _______
larguing // _______
desculping // _______
melhoring // _______
geraling // ________
filhodaputing // filho da puta


Escreve um texto cujo título seja «Um canto só meu». (Nota que a abordagem não tem de ser semelhante à do texto que leste. O título pode ser interpretado de forma muito figurada — poética; irónica; etc.. Além disso, «canto», por homonímia, também pode surgir numa acepção diferente da do texto.) O teu texto tanto pode ser verídico como ficcionado.

TPC — Por termos lido dois textos de Alice Vieira e por estarmos dentro de uma unidade que trata da vida em família, é boa altura para se ler o conto «Temos de começar a jantar à mesa» (de Alice Vieira; do livro Trisavó de Pistola à Cinta), que está nas pp. 177-189. Lê o conto sem a preocupação de responderes por escrito às perguntas que aparecem no fim de cada parte, mas, oralmente (para ti mesmo), procura ir verificando se serias capaz de as resolver.



Aula 63-64


Lê «De pernas para o ar» (pp. 100-101). Depois, completa as afirmações que se seguem (ou, em alguns casos, escolhe as opções correctas).

1. A narradora chama-se _________.
2. O pai da narradora chama-se _________.
3. A narradora {escolhe} não tem irmãos / tem dois irmãos / tem um irmão.
4. A mãe da narradora morreu {escolhe} há uns meses / há dois anos e meio.
5. O título «De pernas para o ar» reporta-se, sobretudo, ao facto de {escolhe} a narradora estar numa cama de hospital / a namorada do pai, segundo a narradora, se ter intrometido na sua vida / o Benfica ter perdido por 3 a 1.
6. «Cada vez que se senta, rebenta com as cadeiras» (ll. 9-10) quer dizer que a namorada do pai {escolhe} estraga frequentemente as cadeiras / está muito gorda / não será magra, mas para a narradora está muitíssimo gorda.
7. O que se diz acerca da namorada do pai entre as linhas 9 e 17 (de «Além do mais, com aquele cabelo» até «a não conhecem?») faz-nos concluir que {escolhe} a narradora está magoada e por isso descreve tudo de modo irracional / a narradora fala ironicamente e até gosta da namorada do pai / a namorada do pai é realmente feia, antipática e falsa.
8. Telucha é {escolhe} a actual namorada do pai / uma colega da narradora / uma namorada que o pai chegou a ter mas não a actual.
9. Para a narradora, o aspecto positivo de ter estado no hospital foi ___________
10. Dos seguintes nomes abstractos os três que mais representam o sentimento da narradora são: {escolhe} desconfiança / rivalidade / despeito /egoísmo / inveja / inquietação / insegurança / suspeita / ciúme / coragem / vaidade
11. No texto predominam as frase de tipo __________ e __________.
12. No final do livro deve acontecer o seguinte: {escolhe} a narradora acaba por se tornar amiga da namorada do pai / o pai abandona a filha e casa com a namorada / o pai termina o namoro.

Passa para o discurso indirecto:
— És tu, Hélia? Então como estás? O Carlos está aí? — perguntou Berta — Diz-lhe que me ligue, sim.
Se houver tempo, faz os pontos 1 e 2 de Queres jogar? (p. 104).


Comparemos «Temos de começar a jantar à mesa» (pp. 177-189), conto de Alice Vieira, e O quarto do filho, um filme do realizador italiano Nanni Moretti.

«Temos de começar a jantar à mesa» // O quarto do filhoQual é o tema?A família é o tema principal. Este tema é sobretudo tratado através do que sente a personagem __________, perante a possível intrusão de uma ________ no seu espaço familiar. // A família é o tema principal. Neste caso, não se tratará da intromissão de alguém que invadisse a família já constituída mas, ao contrário, do ___________ de um dos seus elementos.Como é constituída a família?Carolina (filha), ______ (filho), Helena (_____), o pai, a avó Eduarda; e a filha recém-descoberta _________. // Andrea (______), Irene (______), _________ (mãe), ________ (pai).
Como é o jantar habitualmente?
Não se juntam à mesa. Ao chegar, cada um aquece a comida, usa o seu ______, enquanto vai vendo __________. // Estão todos ________. __________ televisão.
Narrativa principal liga-se a outras histórias?
A história principal — relativa ao aparecimento de Felicidade — vai-se cruzando com referências ________________ (cujas personagens são ______________, Luís Fernando Montoya e Manfredo Loriente). // Além da história da família, vamos seguindo as histórias dos ________________ do psicanalista. Há uma intersecção dos dois planos narrativos, quando uma das consultas do psicanalista impede __________.
De que tipo é o narrador?
O narrador, quando à participação na história, é ___________; no entanto, quanto à sua posição, seguimos os factos tal como eles são apreciados por uma das personagens,____________. // Não há narrador. Ainda assim, vemos a história sobretudo segundo a perspectiva da personagem __________ (que aliás é representada pelo próprio realizador, Nanni Moretti).
Como se resolve a mudança ocorrida na família?
A ameaça da intromissão de uma nova irmã acaba por não se concretizar completamente, já que Felicidade ___________. // O desaparecimento do filho é, em certa medida, ultrapassado pelos pais quando conhecem ______, que fora __________ de Andrea.
Que acontece nas «histórias» paralelas?
No final da telenovela, Manfredo Loriente ________ Luís Fernando Montoya. // Os doentes de Giovanni vão __________.

TPC — No Caderno de Actividades, lê e faz a ficha sobre «O advérbio» (pp. 34-36).



Aula 65-66
O fim último da tarefa que te peço é a redacção de um texto para o Concurso Epistolar 2006 (cfr. o prospecto que entretanto te dei).
O texto terá de ser uma carta; terá de ter de 500 a 1000 palavras; terá de corresponder ao tema «Escrevo-te para dizer como o correio ajuda a ligar-me ao Mundo».

Para já, quero apenas que prepares essa redacção.

Quem será o destinatário da tua carta?
 uma pessoa: _____________
 um outro ser animal: __________
 um objecto: ____________
 uma entidade: __________
 um nome abstracto: __________
 [outra hipótese que não esteja nas opções anteriores]: ___________

E como subscreves a carta? Quem assina?
 tu mesmo
 uma personagem que inventes: __________
 alguma designação poética: ____________
 [outra hipótese que não esteja nas opções anteriores]: _____________

Que local e data vais pôr?
 os verdadeiros
 ficcionados: _____________
 [outra hipótese que não esteja nas opções anteriores]: _____________

A frase «Escrevo-te para dizer como o correio ajuda a ligar-me ao Mundo»
 vai aparecer no começo da carta.
 vai aparecer na carta mas em outro momento.
 não aparecerá (embora a abordagem corresponda a esse título).

Ensaia o começo da carta:



Aula 67-68

Abre o livro na p. 110. Vais ler o texto «Ao contrário de todas as previsões». A narradora, uma adolescente, começa os parágrafos sempre por «ao contrário de todas as previsões». Depois, relata factos positivos, que aparecem como situações excepcionais, diferentes da sua habitual infelicidade (nesse desabafo, é claro, talvez haja exagero da adolescente).
À medida que fores lendo cada parágrafo, resume a situação positiva que aí se relata. Nesses resumos, deves usar a 3.ª pessoa, dares conta apenas do essencial e não te apoiares demasiado nas próprias palavras do texto.


As boas novidades
O avô Zé // está a reagir bem à doença.
A mãe // ___________
O padrasto // ___________
A professora de Português // ___________
O pai // __________
Os pais e o padrasto // __________

Ao estilo do texto que leste, escreve três parágrafos introduzidos por «Ao contrário de todas as previsões» referentes a situações da tua vida. Têm de ser boas situações mas que vão contra o normal. Ao contares cada boa «novidade», estarás, implicitamente, a dizer que não costumas ter tanta sorte. (Há um efeito de ironia, portanto.) Para que o estlo seja o mesmo do texto, é também importante que narres com bastantes pormenores.

Ao contrário de todas as previsões, ...
Ao contrário de todas as previsões, ...
Ao contrário de todas as previsões, ...

TPC - Responde ao teste do Campeonato Nacional da Língua Portuguesa (do Expresso / SIC-Notícias / JL). O tpc propriamente dito é responderes a quantos erros tem o texto e às perguntas 1 a 5. (De qualquer modo, sugiro que preenchas também a parte da identificação — nesse caso, incluindo ainda a assinatura do Encarregado de Educação —, já que assim poderei enviar o teu teste para o concurso.)
Para responderes à pergunta 4, lê no Caderno de Actividades (p. 18 e princípio da p. 19) o que se diz sobre «Orações subordinadas completivas». Ao responderes à pergunta 3, lembra-te que já falámos dos plurais dos nomes compostos (Caderno de Actividades, pp. 23-24). Na resposta à pergunta 5, não te precipites. A palavra «pirâmide» não é de origem egípcia (o melhor será procurares num dicionário que tenha a etimologia).



Aula 69-70


Por incompetência das fúteis raparigas da casa de fotocópias — e espero que as mesmas não estejam agora distraídas a lerem isto, em vez de, como lhes compete, zelarem pela qualidade da impressão —, o texto seguinte foi-me dado com o lado direito cortado.
Paciência. Faz tu o favor de o ler e acrescenta o que está em falta. Não acertarás em tudo, mas procura que as frases fiquem com sentido e gramaticalmente correctas. Tenta que o que fores escrevendo não tenha extensão demasiado diferente da que teria o original.

[seguia-se fotocópia de parte do texto das pp. 191-192, sem que estivesse visível o lado direito da mancha]

Agora lê o texto «Preciso de uma janela, talvez por ter estado tantos anos fechada em redacções» (pp. 191-192) e completa o quadro seguinte.

Local onde a escritora costuma escrever os seus livros. // Numa secretária, junto à janela.
Outras actividades que realiza no seu «canto». // __________
Elemento que a escritora não dispensa para trabalhar. // ________
Outros locais que também utiliza para trabalhar. // __________
Por que razão não utiliza um computador. // ___________
Profissão que exerceu. // ____________
Fontes de inspiração para os seus livros. // ___________

Alice Vieira é a autora do conto «Temos de começar a jantar à mesa» (incluído em Trisavó de Pistola à Cinta). Parto do princípio de que todos já o leram.
Em Gaveta de Nuvens pus já o ano passado uma secção (Alice Vieira) com os inícios dos livros mais conhecidos desta escritora.

Faz a parte de «Funcionamento da língua» (1 e 2) da p. 112.
Faz também as partes de «Queres jogar?» da p. 109 e da p. 113.



Com a ajuda de modelo que terás no caderno, flexiona as formas verbais que indico. Faz esta tarefa individualmente.
Nota importante: quero deixar claro que não sou responsável por algumas ordinarices que estão nos verbos a seguir. Foram as raparigas da casa de fotocópias que — decerto em retaliação dos meus desabafos na fotocópia anterior — resolveram trocar os verbos (tão santos!) que eu pusera por outros apenas próprios de mentes depravadas.

A. 3.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo de «Compelir» ('forçar'): ________
B. 3.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «Compilar» ('reunir'): _______
C. 2.ª pessoa do singular do Futuro do Indicativo de «Cuinchar» ('grunhir'): ________
D. 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «Sorrabar» ('bajular'): _______
E. Particípio Passado, feminino, de «Contundir» ('magoar'): contundida [forma regular]; _______ [forma irregular].
F. 1.ª pessoa do plural do Pretérito Imperfeito do Indicativo de «Avacalhar» ('desmoralizar'): ______
G. 2.ª pessoa do singular do Imperativo de «Imputar» ('atribuir a culpa de um acto a alguém'): ______
H. 3.ª pessoa do plural do Condicional de «Pisca-piscar»: ________
I. 1.ª pessoa do singular do Pres. do Indicativo de «Labregar» ('proceder como labrego'): _____
J. 3.ª pessoa do singular do Condicional de «Iriar» ('matizar'): ______
L. 2.ª pessoa do singular do Pret. Perf. do Indicativo de «Pirocar» ('tirar a casca de'): ________
M. 2.ª pessoa do plural do Condicional de «Erisipelar» ('adoecer de erisipela'): ________
N. 2.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «espichar» ('furar; esticar couro'): _________
O. 1.ª pessoa do plural do Imperfeito do Conjuntivo de «Cacografar» ('escrever com erros de ortografia'): _________
P. 3.ª pessoa do plural do Infinitivo Pessoal de «Salamalequear» ('fazer muitas cortesias, muitos cumprimentos'): __________
Q. 2.ª pessoa do singular do Imperativo de «Ulular» ('soltar gritos lamentosos'): _________
R. 1.ª pessoa plural do Futuro do Conjuntivo de «Buir» ('desgastar'): _________
S. 1.ª pessoa do plural do Mais-que-perfeito de «Abexigar» ('fazer troça de'): __________
T. 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «Ugar» ('igualar'): _________
U. 3.ª pessoa do plural do Futuro do Indicativo de «Ranhar» ('esgaravatar'): _________
V. 1.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo de «estenodactilografar» ('passar à máquina depois de registar por abreviaturas'): ________
X. 3.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo de «Brochar» ('coser as folhas de um livro'): _________
Z. 2.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «Ventar»: __________


TPC - Pensa em adjectivos que caracterizem de modo bastante pertinente um dado substantivo (objecto, pessoa, assunto, etc.). Os quatro adjectivos que vais arranjar têm de estar num grau diferente — nos graus que ponho no exemplo. (O meu exemplo ficou fraco. Espero que faças bem melhor. Faz isto para três nomes.) Evita dar a ler o trabalho a colegas teus.

Nome // férias
Adjectivo no grau normal // escassas
Adjectivo no comparativo (de superioridade, igualdade ou inferioridade), ficando explícito o outro termo da comparação // tão necessárias como as aulas
Adjectivo no superlativo absoluto analítico // muito desejadas
Adjectivo no superlativo absoluto sintético // utilíssimas

Nome // _________
Adjectivo no grau normal // __________
Adjectivo no comparativo (de superioridade, igualdade ou inferioridade), ficando explícito o outro termo da comparação // __________
Adjectivo no superlativo absoluto analítico // __________
Adjectivo no superlativo absoluto sintético // _________

[mais duas séries destas]



Aula 71-72

Passamos à unidade intitulada «Olhar os outros» (pp. 114-139). Folheando essas páginas num instante, completa. Esta parte do livro inclui textos que ... .

Agora, lê o texto «Mundos diferentes» (pp. 114-116). Primeiro, lê as partes a azul. Depois, passa ao texto propriamente dito e vai respondendo ao que pergunto.

A história é contada na 3.ª pessoa (portanto, com um narrador que, quanto à participação, é ausente) ou na 1.ª pessoa (com um narrador presente na acção)? Na ___ pessoa. Neste último caso, quem é a personagem que narra? ________.
A acção decorre no século _____.

Que seria a RV (Realidade virtual)? ... .

A personagem que gosta de livros é ______; a que não gosta é ______.
O «território unificado» era {escolhe a opção certa} uma zona em guerra / uma zona mais atrasada do que as outras / uma zona mais rica do que as outras.

O Principezinho é um livro do século {escolhe} XIX / XX / XXI.
O trecho copiado de O Principezinho (linhas 51-64) procura defender que ... .

Brenda mostra-se {escolhe} arrogante e teimosa, e tem preocupações sociais / afável, confiante, e tem preocupações sociais e ecológicas / convicta, franca e observadora do mundo / diplomática, hesitante, preocupada com o mundo que a rodeia.

As duas personagens têm diferentes perspectivas acerca do que é o progresso: _________ tem o ponto de vista do consumidor das novidades tecnológicas (que se contenta com a comodidade que estas lhe trazem); quanto a ________, é mais exigente, não renegando o que, não sendo recente, lhe possa ser útil, e lamenta que o «progresso» ______________.
Põe o teu nome, entrega-me a folha e vai fazendo «Queres jogar?» (pp. 109 e 113).



No sketch «Reunião de condóminos com o Drácula», muitos dos comentários descrevem o estado dos apartamentos ou do prédio:

A minha casa de banho está cheia de humidade.
O elevador continua avariado.
A construção é muito fraquinha.
Estas paredes são muito fininhas.
Isto é areia.


Todas estas frases são constituídas por:

Sujeito + Verbo copulativo + Nome predicativo do sujeito

Transcreve as cinco frases, arrumando os seus vários elementos segundo as funções sintácticas que desempenham:

Sujeito // Predicado Nominal (Verbo Copulativo / Nome predicativo do sujeito)A minha casa de banho // ____________
_________ // __________
__________ // é _________
_________ // __________
_________ // ________ areia

Faz o mesmo para a frase, dita pelo conde, «Estou arrepiado».

_________ [subentendido] // ____________

Agora, vejamos que classes de palavras aparecem nas funções sintácticas que destacámos. No caso dos sujeitos, temos:

Pronome demonstrativo: Isto
Pronome pessoal: _________
Determinante + Nome: _______ A construção _______
Determinante + Nome + Preposição + Nome: ______________

Dentro deste último sujeito («A minha casa de banho»), podemos discriminar um complemento ________ (preposição «de» + nome): __________.
No caso dos predicados nominais, além dos verbos copulativos («estar», «continuar», _______), temos o nome predicativo do sujeito. Nas frases em cima, o nome predicativo do sujeito é constituído por:

adjectivo no grau normal: ________ arrepiado
adjectivo no superlativo absoluto analítico: ________ ________
adjectivo + complemento determinativo: ________
nome: ________

Acerca dos adjectivos note-se que dois deles, além de estarem no superlativo, são diminutivos (palavras derivadas por sufixação, sendo o seu sufixo «inho» e as palavras primitivas ______ e ______); e que há dois adjectivos que são particípios passados (dos verbos «________» e «________»).


No sketch «Instrutor que canta o yodle» predominam as frases de tipo imperativo. Surgem formas verbais na 2.ª pessoa do singular do ________ («Entra», «Mete uma abaixo, homem», «Faz inversão de marcha», «Fica sabendo que em mais de trinta anos», «Está calado, pá»), mas também da 3.ª pessoa do singular do ________ do Conjuntivo («Fique sabendo que o yodle até ajuda»); da ___ pessoa do ________ do Presente do Conjuntivo («vamos lá a fazer essa inversão de marcha»); e da 2.ª pessoa do singular do ________ do Indicativo («vais começar»; «tiras o travão de mão»).
Ou seja: são vários os tempos que acabam por poder funcionar como Imperativo. Nas gramáticas mais tradicionais, o Imperativo surge só com duas pessoas (as segundas, do singular e do plural, para «tu» e «vós»). Mas, como já quase não usamos «vós» mas antes a terceira pessoa («você»), o imperativo acaba por se servir da 3.ª pessoa do Presente do _________, no singular e no plural: «fique», «fiquem». Para a 1.ª pessoa do plural, serve também o __________ do Conjuntivo: «fiquemos».
Na negativa, o Imperativo socorre-se sempre das formas do Presente do Conjuntivo. Passa para negativa:
Entra _________; Mete ________; Faz ________; Está __________.

No sketch «Castigadores da parvoíce», uma das atitudes parvas castigadas é a má flexão de certas formas verbais. As formas que surgem mal conjugadas são da __ pessoa do _______ do ________ dos verbos «chegar», «vir», «dizer», «fazer», «baldar-se». As personagens dizem, por exemplo, «ouvistes» (em vez de «ouviste»).
As formas em -stes («ouvistes», etc.) até podem ser correctas, se corresponderem à ___ pessoa do ____, que usaríamos se tratássemos alguém por «vós». Flexiona:
Eu cheguei; tu _____; ele ____; nós _____ [com acento, para distinguir do Presente]; vós ____; eles _____.

TPC — Lê «O adjectivo», no Caderno de Actividades (p. 25); faz os pontos 1 a 4 (pp. 25-26).



Aula 73-74
Na p. 119, lê o poema de Eugénio de Andrade. Sublinha todos os adjectivos que aí haja.

Lê o texto «Raffaele» (pp. 121-122). Depois, numa folha solta (mas de linhas), acrescenta-lhe quatro trechos:
um trecho que estivesse depois da linha 7 e acabasse antes da parte que se inicia na linha 8;
um trecho que ficasse entre as linhas 20 e 21 (no fundo, correspondendo à supressão marcada com «(...)»);
um trecho que estivesse entre as linhas 52 e 53 (correspondendo à supressão marcada com «(...)»);
um trecho que estivesse após a actual conclusão do texto (linha 71).

Assegura-te de que o teu texto tem um registo de língua e um tipo de narração semelhantes ao do livro de Gianni Rodari (de que, no ano passado, lêramos outro excerto). Quanto ao enredo, podes recriá-lo, desde que o conjunto («Raffaele» e os teus acrescentos) não fique estapafúrdio.

TPC — Começar a leitura de algum livro (ou prosseguir alguma leitura que esteja em curso). Se não tiveres em casa leitura que te agrade, vê no CRE se há algum livro que te possa interessar (eu tenho comigo uma lista de livros susceptíveis de te interessar que há no CRE) ou, em folha que darei, indica o tipo de livro que te poderia agradar (verei depois se entre os meus há algum que corresponda a esse perfil). Pretende-se leitura despreocupada, mas, mais tarde, poderei pedir-te tarefa — levíssima — relacionada com o livro em causa.
Aproveitar também para estudo da flexão dos verbos.


Aula 75-76

A propósito do sketch «A sua tia faleceu derivado a complicações», vamos rever as noções de Oração subordinada causal e Complemento circunstancial de causa.
1. A sua tia faleceu devido a uma condição rara.
2. A sua tia faleceu por um motivo bastante prosaico.
3. A sua tia faleceu por causa de um duende no peito.
4. A sua tia faleceu, porque repetia muitas vezes a palavra «pinhal».
5. A sua tia faleceu, visto que tinha um duende no peito.

Quais destes cinco períodos têm duas orações? Têm duas orações as frases n.º __ e n.º __, que são também as que têm dois predicados (cujas formas verbais são: _____ e _____; _____ e _____). Estas duas frases são frases _____ (ou períodos compostos). Ao contrário, são frases simples as n.º __, n.º __ e n.º __, cada uma com uma única oração (a que chamamos oração ______).
Em cada uma das duas frases complexas há uma oração subordinante e outra subordinada. Sublinha as orações subordinantes (as que poderiam aparecer sozinhas) e circunda as subordinadas.
Em ambas as frases, a oração subordinada é {escolhe} temporal / causal / final / condicional / integrante, começando pela conjunção «_____» ou pela locução «_____», que são conjunções subordinativas {escolhe} temporais / causais / finais / condicionais / integrantes.
Regressemos à frases n.º __, n.º __ e n.º __, que têm só um verbo (e, por isso, são frases _______, logo orações ________). Nelas, há um sujeito («_________»), um predicado («__________») e um complemento circunstancial de causa (respectivamente: «devido a uma condição rara», «_____________» e «_____________»). Estes complementos circunstanciais de causa têm o mesmo papel que tinham as orações subordinadas causais. Podemos até reescrever as frases, substituindo os complementos circunstanciais por orações causais (e vice versa):
1. A sua tia faleceu, porque se deu uma condição rara.
2. A sua tia faleceu, __________________.
3. A sua tia faleceu, visto que __________________.
4. A sua tia faleceu por causa da repetição da palavra «pinhal.
5. A sua tia faleceu __________________.

Uma última nota: «A sua tia faleceu derivado a complicações» é uma frase simples, em que «derivado a complicações» é o ___________. No entanto, a expressão «derivado a» não é correcta (o que se deve dizer é: «devido a»).


A propósito de «Concurso para ver quem é o homem mais odioso do mundo», diz o grau em que estão os adjectivos nas frases seguintes, começando por sublinhá-los:
A sua maldade é muito boa. — Superlativo ____________.
Relatem a vossa maior maldade de sempre. — ___________.
E o Nuno já nervosíssimo, não? — _____________.
Foi a concorrência mais apertada que já tive. — ____________.
Sente-se odiado pelas pessoas? — _____________.


«Odiado» ou «apertada», que usamos como adjectivos, são os particípios passados dos verbos ______ e ______. Os particípios passados da 1.ª conjugação (-ar) terminam em -ado. Os particípios passados da 2.ª conjugação (-er) e os da 3.ª (-ir), em ____.
Mas há alguns verbos que têm dois particípios passados: um, regular, porque segue o radical do verbo, e o outro, irregular. Completa a tabela.

Infinito // Particípio Passado Regular // Particípio Passado Irregular
acender // acendido // _____
assentar // _____ // assente
descalçar // descalçado // _____
eleger // _____ // eleito
entregar // entregado // _____
envolver // envolvido // _____
erigir // _____ //erecto
expressar // expressado // _____
expulsar // expulsado // _____
extinguir // extinguido // _____
fixar // fixado // _____
imprimir // imprimido // _____
juntar // juntado // _____
libertar // libertado // _____
matar // matado // _____
morrer // morrido // _____
omitir // omitido // _____
prender // _____ //preso
salvar // salvado // _____
soltar // soltado // _____
sujeitar // _____ // sujeito
tingir // tingido // _____

Em geral, emprega-se a forma regular com os auxiliares ter ou haver, na voz activa; e a forma irregular com ser, estar ou ficar, na voz passiva:
Nós temos aceitado bem a tua mania de cuspir na sopa.
Esse teu hábito de tirar macacos do nariz foi aceite por todos.

Vê as frases a, b, c, d, em «Funcionamento da língua», p. 123. São frases complexas porque ___________. Sabendo que «portanto», «e», «mas» e «ou» são ________ coordenativas (respectivamente: conclusiva, copulativa, adversativa, disjuntiva), classificamos as duas orações das frases a, b, c, d como __________ e, no caso das orações que começam com as conjunções, dizemos que são coordenadas conclusiva, __________, adversativa e disjuntivas.


Lê «Uma em cada seis crianças trabalha em vez de ir à escola» (pp. 124-125) e preenche as palavras em falta no último parágrafo desse texto (p. 125).

Lê «Infâncias roubadas» (pp. 125-126) e completa a coluna esquerda da tabela. (A coluna da direita só a completarás depois, quando vires o começo do filme Neste Mundo.)

«Infâncias roubadas» // Neste Mundo
Local
No ________, nos arredores de _________. // No Paquistão, perto de Peshawar (fronteira com Afeganistão), num campo de refugiados.
Data
Junho de _________. // Fevereiro de 2002.
Personagens (1)
Hussein tem ___ anos. O seu país de origem é o ________. A família é constituída por ___ irmãos e pais. O pai trabalha numa fábrica de tijolos, e Hussein colabora, virando _______. // Jamal é um adolescente. É afegão. É órfão. Trabalha numa fábrica de tijolos, onde ganha menos de um dólar por dia (ou menos de um euro, que vale pouco mais do que o dólar).
Personagens (2)
Jaloha, sem parentesco com Hussein, trabalha numa ____________, onde ganha ______ por semana. Tem ____ anos. A sua nacionalidade é ________, já que a mãe veio de _____. // Enayatullah, primo de Jamal, trabalha num ______. É mais velho do que Jamal. Também nasceu no Afeganistão, embora esteja refugiado no Paquistão.
Objectivo das personagens
Jaloha gostava de poder frequentar ____________. // Jamal e Enayatullah querem emigrar para ________, onde têm conterrâneos bem sucedidos.
Género
______ para um jornal. // Filme (quase mais documental do que _______).
Título
O título «Infâncias roubadas» sublinha que aquelas crianças __________. // O título Neste Mundo transmite, em tom crítico, que __________


TPC — Numa folha solta, escreve frases com dez particípios passados (cfr. o verso desta página), ora com a forma regular ora com a forma irregular. Farás, portanto, vinte frases. As frases devem ser criativas e reveladoras de que percebes o sentido dos verbos em causa. Para decidires quando deves usar a forma regular e a forma irregular, tem em conta a nota final da página anterior (ou vai tu mesmo avaliando qual é a forma que fica melhor).
Dou mais um exemplo:
A GNR tem prendido as pessoas com camisolas Benetton contrabandeadas.
No final da aula, reparei que estava uma osga presa entre os fios das colunas.


Aula 77-78

Nestas frases, tiradas do sketch «Isto é um crime de salada» e em que não pus pontuação, há cinco vocativos. Sublinha-os. Em seguida, introduz nas frases a devida pontuação.
Senhor Guarda cheire o meu hálito
Está bem está meu badocha
O que é que eu fiz Senhor Guarda
Para que é que tu serves meu palhaço
Senhor Guarda acabo de ser vítima de um roubo

Classifica cada frase quanto seu tipo (exclamativo, imperativo, declarativo, interrogativo).

Quantas orações há em cada uma das frases que pus a seguir? (Podes guiar-te pelo número de predicados — lembrando-te ainda de que cada predicado terá de ter um verbo.)
(1) Se correr, ainda os apanha.
(2) Quero uma salada, se faz favor.

Em cada período há ___ orações. Os predicados da primeira frase são ________ e ________. Os predicados da segunda frase são ________ e _______.
Vejamos agora os sujeitos. Os sujeitos de cada uma das orações da frase 1 são _________; ________. Os sujeitos das orações da frase 2 são: _________; _________.
Na frase 1, na segunda oração («ainda os apanha»), a função sintáctica de «os» é de {escolhe} sujeito / predicado / complemento directo / complemento indirecto / vocativo / complemento circunstancial.
Na frase 2, na 1.ª oração («Quero uma salada»), a função sintáctica de «uma salada» é de {escolhe} sujeito / predicado / complemento directo / complemento indirecto / vocativo / complemento circunstancial.
Tentemos agora classificar as orações de cada uma destas duas frases complexas (ou períodos compostos). Em cada uma das frases há uma oração subordinada e uma oração subordinante (esta, ao contrário da subordinada, poderia aparecer como frase simples). A subordinante da frase 1 é ______________; a subordinante da frase 2 é ________________. As duas restantes orações (____________ e _______________), introduzidas pela conjunção subordinativa condicional «____», são orações subordinadas {escolhe} temporais / causais / condicionais / finais / integrantes.


Reabre o teu livro no texto «Infâncias roubadas» (na p. 126, sobretudo).
Vais ver partes de um filme — Cães Vadios — passado em Cabul, capital do Afeganistão. No mesmo estilo da reportagem que leste, vais depois escrever, como tpc, uma reportagem dedicada a Zahed e Gol-Ghotai, os irmãos de que trata o filme.
O título pode até ser o mesmo, «Infâncias roubadas». O tamanho e o tipo de abordagem serão semelhantes aos do texto da p. 126.
Enquanto durar a passagem do filme, vai tirando notas (e mesmo esboçando algumas frases).

TPC
(1) No mesmo estilo da reportagem «Infâncias roubadas» (na p. 126) — a meio caminho entre o texto cronístico e o jornalístico —, escreve uma reportagem dedicada a Zahed e Gol-Ghotai, os irmãos de que trata o filme Cães Vadios. Aproveita as notas que tirás tirado durante a passagem do filme.
(2) No Caderno de actividades, lê a ficha sobre «A frase complexa» (pp. 17-19). (A parte sobre 'orações subordinadas completivas [ou integrantes]' já a terás lido há tempos, por causa do concurso do Expresso.) Faz os pontos 1 a 7 de «Aplica os teus conhecimentos» (pp. 19-20).


Aula 79-80

Estas palavras cruzadas servem para rever aspectos de gramática estudados recentemente. Mesmo que resolvas as palavras logo na horizontal, não deixes de confirmar depois as soluções no outro eixo.



1. Palavra derivada de «Pata», por sufixação, no plural, e que significa 'pancada com o pé'. // Deve ser a pessoa que na escola conhece melhor os alunos do oitavo ano: Dona ______.
2. É passado e em muitos verbos apresenta uma única forma, mas em alguns outros tem duas formas, a regular (usada com os auxiliares «ter» ou com «haver») e a irregular.
3. Iniciais de poeta de que proximamente leremos o «Poema dos homens distantes» (pp. 130-131 do manual) — este nome era o pseudónimo de Rómulo de Carvalho, professor de Física. // Clube da zona das Laranjeiras e que tem jogadores que são excelentes a gramática. // Batráquio de cujas pernitas há quem goste.
4. Prefixo que significa 'metade, meio' (exemplos: «semilouco», «semifinal»). // 3.ª pessoa do plural do Presente do Indicativo de «Arder».
5. Fundadora da editora Dom Quixote, morreu com Francisco Sá-Carneiro no acidente de Camarate: ___ Abecassis. // Embora também seja uma «derivação», não se caracteriza por haver acrescento de algum afixo a uma palavra primitiva mas por implicar a mudança de classe da palavra primitiva. // Imperativo de «Ir», em inglês.
6. Sigla de uma multinacional. // Um dos plurais possíveis de «A» (nome de letra, não a preposição; o outro plural do nome desta letra é «ás»). // Sigla de célebre centro de investigação americano (cujas botas os pirosos dos nossos governantes andaram a lamber — na sua pronúncia estrangeirista era o «Emaiti»).
7. Usam-no as noivas e as afegãs. // Em «Anoitecer» — em que prefixo e sufixo se juntam obrigatoriamente em simultâneo à palavra primitiva «noite» — temos um processo de formação a que chamamos «derivação por __________».
8. 1.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo de «Corar». // 3.ª pessoa do singular do Presente do Ind. de «Usar». // Sigla de faculdade (conhecida como «Técnico»).
9. «Meeting» (anglicismo), «atelier» (galicismo) e «imbroglio» (italianismo) são empréstimos ao português que ainda se podem considerar _________ (porém, à medida que o tempo for passando, deixarão de ser sentidos como tal).
10. Abreviatura dos carros da Tunísia. // Vítor Baía deu há dias um que, no entanto, não tinha nenhuma ____ (ao contrário do que acontece com as verdadeiras aves).
11. Palavras que — a exemplo de «bit» [binary + digit] ou «portunhol» [português + espanhol] — se formam pela ligação do início e do fim de duas palavras primitivas diferentes são __________.
12. Imperativo negativo na 3.ª pessoa do singular de «roer» (que, como vimos, se socorre das formas do Presente do Conjuntivo): «Ó Maria de Lourdes, não _____ as unhas, que o teste de gramática ainda não é hoje».// Sigla de «Indo-europeu» (a língua de que derivaram latim, germânico, grego, etc., e por isso o mais recuado antepassado de quase todas as línguas ocidentais). // Significa 'tijolo de barro' e é um arabismo.
13. Sigla de partido que apoiou Louçã nas recentes presidenciais. // O complemento _______ é formado por preposição «de» + nome e, tal como um atributo, reporta-se ao nome que o precede (exemplo: em «cocó de cão», «de cão» tem o mesmo papel que, em «cocó canino», tem o atributo «canino»).
14. Onde estavam as divindades gregas. // 2.ª pessoa do singular do Imperativo negativo (o mesmo é dizer: do Presente do Conjuntivo) de «Calar»: «Não te ____». // 2.ª pessoa do singular do Imperativo de «Sair».

A. A frase «O Benfica será goleado pelo Liverpool» está na forma ________. // Classe de palavras que desempenha a função de predicado.
B. Na frase «A escola foi desenhada pelo arquitecto Raul Hestnes Ferreira», a parte sublinhada corresponde ao ______ da passiva (do qual, se a frase estivesse na forma activa, sairia o sujeito). // «Natal», em francês.
C. Símbolo químico do Praseodímio. // Futebolista romeno que, chegado Mourinho ao Chelsea, pouco jogou. // Particípio passado de «Situar» (forma irregular, no feminino).
D. 2.ª pessoa do plural do Imperativo de «Atar». // Houve-os, recentemente, para todo o 3.º ciclo (sigla). // Decímetro (abreviatura).
E. Pronome pessoal, 2.ª pessoa do singular, sempre precedido de preposição. // Os animais de grande ______ têm, como é natural, excrementos maiores do que os cães (meros autores de pequenos cocós). // «Pé» ao contrário.
F. Sigla da que é, salvo erro, a associação portuguesa com mais sócios. // 3.ª pessoa do singular do Mais-que-perfeito de «Miar». // 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «Citar».
G. Estão a tornar-se maiores, à medida que nos aproximamos da Primavera (singular). // Galicismo que significa 'regresso' (quase só se aplica hoje à retoma das actividades políticas após as férias).
H. Sigla de Associação Portuguesa de Linguística. // 3.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo de «Rir» (e do Imperativo, quando na negativa). // Mamífero da família dos bovídeos (há bastantes no Sul da África). // Rádio Comercial (sigla).
I. Aluno do 8.º 3.ª, senhor de elevado espírito de contradição mas muito eficiente, por exemplo, nestas fichas — no Benfica também há um, e mais irritante (o que a muitos parecerá difícil). // 3.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo de «Suar». // Espécie de feijão.
J. Orçamento do Estado (sigla). // Na frase «Os bombons foram substituídos por cocós de ovelha», a parte sublinhada desempenha a função de agente da __________. // Pronome pessoal francês da 3.ª pessoa do singular (usam-no verbos que em português são impessoais: «il pleut», «il y a», «il neige», etc.).
L. Infinitivo Impessoal do verbo que está na oração subordinada condicional da frase seguinte: «Se o sol raiasse sempre, eu nunca te ralhava». // 3.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo de «Danar»: «que se _____ este exercício».
M. 2.ª pessoa do singular do Imperativo de «Sair». // Particípio passado de «Irar», no feminino e no plural.
N. 1.ª pessoa do singular do Imperfeito do Indicativo de «Ser». // Acento que indica nasalação (plural). // _______ (verbo derivado de «pôr» com o prefixo «soto» ['pôr pela parte de baixo']), retirando-se depois as quatro últimas letras.
O. 1.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo de «Ler». // Determinante (e pronome) demonstrativo, feminino, singular. // Interjeição (usada no final dos espectáculos que correm bem).
P. Níveis cuidado, corrente, familiar, popular ou gíria e calão são ______ de língua. // Esposa de Adão.
Q. 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «Adamar» ('enfeitar como uma senhora, efeminar'), conjugado pronominalmente com o pronome «te»: eu _______ [preencher todas as quadrículas, sem reservar espaço para o hífen]. // 3.ª pessoa do plural do Presente do Indicativo do verbo copulativo mais comum. // Interjeição usada para saudar, que ainda soa um tanto como brasileira.


Estes dois textos [no blogue não se transcrevem] sobre o mesmo filme — Cães Vadios — perseguem objectivos diferentes. O texto que está à esquerda é a contracapa do DVD; o texto que está à direita é uma crítica saída no Expresso. Estabelece comparações entre ambos.
_______________;
_______________;
_______________.

Veremos agora o final do filme. Terminado este, completa:

O desfecho do filme tem um sabor irónico, que resulta de ______________

A última fala da irmã — com que o filme se conclui — sugere que a narrativa pode continuar, iniciando-se um novo ciclo, que nos mostraria _____________

TPC — Continuar leitura de livros, como combinado há dias. Se não tens leitura de que gostes, pede-me ajuda.


Aula 81-82
Lê «Barcos, gaivotas e homens» (pp. 127-128). Vai escolhendo o significado que têm no texto as palavras que ponho a seguir. (Circunda a boa acepção.)

linha 1 costeira: 'da costa', 'das costas'
l. 2 vagalhões: 'ondas', 'vagões, comboios'
l. 3 estrondear: 'fazer estrondo', 'chocar'
ll. 3-4 investida líquida: 'onda', 'investimento líquido'
l. 5 nas suas entranhas: 'lá dentro', 'nos seus sentimentos'
l. 6 galhardos: 'alegres', 'tristes'
l. 9 do companheiro imprudente: 'do amigo', 'do barco naufragado'
l. 11 ao pobre despojo: 'à carcaça do barco', 'ao mendigo sem nada'
l. 12 pelas iracúndias do mar: 'pelas irritações do mar', 'pelas profundezas do mar'
l. 16 agrestes: 'alegres', 'crus'
l. 17 Lucila: 'Brilha', 'Lucília'
l. 20 fugidio lampejo: 'último assomo de vida', 'luz fugitiva'
l. 23 ao inquietante mistério das trevas: 'à morte', 'à noite'
l. 27 rugidora: 'que faz estrondo', 'vermelha'
l. 30 da moribunda: 'da gaivota que está a morrer', 'da bunda do barco'
l. 32 gélida: 'pequena, tímida', 'fria, insensível'
l. 34 me arrebate: 'me leve', 'me bata'
l. 35 gemebundamente: 'com sons iguais a gemidos', 'em forma de rabo'
l. 38 carrancuda: 'alegre', 'mal-encarada'
l. 39 galanteio: 'piropo', 'ironia'
l. 40 ensimesmado: 'jovial', 'fechado em si mesmo'
l. 40 inabordável: 'que não pode ser abordado', 'sem bordas'
l. 41 hostilmente: 'como se fosse inimigo', 'de modo afável'
l. 42 epitáfios no coração: 'duendes no coração', 'textos fúnebres no coração'


Resolve os pontos 1b e 1c da p. 129.

Na mesma p. 129, preenche o esquema 2.


Lê o «Poema dos homens distantes» (pp. 130-131), de António Gedeão.

O poema de António Gedeão trata um tema semelhante ao do texto de Altino do Tojal, já que se ocupa também ____________. Entre a situação de «Barcos, gaivotas e homens» e a de «Poema dos homens distantes» há, no entanto, uma diferença: ______________.

Faz a parte de «Funcionamento da língua» (p. 130).

Faz «Queres jogar» (p. 131).



No sketch «Um quilinho de kunami» há bastantes adjectivos (uns graduados em comparativo, superlativo, etc.; outros graduados através de sufixos diminutivos). Surgem ainda nomes que, pelo seu significado, pela entoação ou pelo diminutivo, também exprimem uma valorização. Marca os adjectivos (com A) e os nomes (com N). Circunda todos os sufixos diminutivos.

Um quilinho de kunami.
É kunami do bom.
É fruta tropical raríssima.
Paizinho!
Isto é bom, muito raro.
Por isso o preço é upa-upa, puxadote.
Olh'ò kunami fresquinho!
Isto é só fruta podre.
É preciso ter um gosto sofisticado.
Docinho... Maravilha!
Isto faz um suminho...
Alface velha, ameixas podres, ...
Com todo respeito, a sua mulher é uma pega.
É um bocadinho, é.
Ainda há gente simpática.


Divide o seguinte período em orações (sabendo que temos aqui uma oração subordinante e uma oração subordinada completiva — e que esta serve de complemento directo à sua subordinante):
A minha mulher disse-me que o senhor me tinha enganado.

Troca a oração subordinada completiva por um complemento directo que não constitua oração:
A minha mulher disse-me _________________.

«Tinha enganado» está no Pretérito mais-que-perfeito composto (o verbo conjugado é «Enganar» e o auxiliar é «Ter»). Podemos substituir o auxiliar «Ter» pelo auxiliar «Haver»: _________. Também podíamos substituir toda esta forma verbal pelo Pretérito mais-que-perfeito simples: ___________.



No sketch «General e soldados», interessam-nos os determinantes (palavras introdutoras dos nomes) e os pronomes (que têm papel de nomes). Entre as palavras sublinhadas, distingue os determinantes (incluindo os numerais que desempenhem função de determinante) e os pronomes (incluindo os numerais que não sejam determinantes).

Euvos disse que eles são anões?
Isso é verdade.
Este pau sozinho matou trinta alemães.
Eles são trinta mil.
Este pau fez a segunda guerra mundial.
Somos só nós os três.
Meu general, temos outra dúvida.
Ainda bem que faz essa pergunta.
Nós também somos muitos, soldado Meireles.
São uma vergonha para o exército!
Os inimigos dispõem unicamente de canhões, algumas metralhadoras e três mísseis.
São os soldados mais cobardolas que alguma vez vi na minha vida.

TPC (a fazer em folha solta)
I — Escolhe dez verbos de que gostes (ou seja, que representem acções que te agradem; se o verbo for transitivo e achares que assim fica mais explícito o teu gosto, junta-lhe um complemento directo). Depois, seguindo essa ordem de preferência, flexiona os verbos nas pessoas e tempos que indico:

Exemplo:
0. 1.ª pessoa do singular do Futuro do Indicativo.
Comerei o iogurte de mel e nozes.

1. 2.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo
2. 3.ª pessoa do singular do Perfeito do Indicativo
3. 1.ª pessoa do plural do Mais-que-perfeito
4. 2.ª pessoa do plural do Imperfeito do Indicativo
5. 3.ª pessoa do plural do Condicional
6. 1.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo
7. 2.ª pessoa do singular do Futuro do Conjuntivo
8. 3.ª pessoa do singular do Imperfeito do Conjuntivo
9. 1.ª pessoa do plural do Infinitivo Pessoal
10. Gerúndio

II — Fazer as seguintes frases que gostava fossem realistas (isto é: sobre situações verdadeiras, vividas por ti ou por alguém que conheças). Por favor, faz frases inteligentes, não sejas preguiçosão.

1. Uma frase complexa em que haja uma oração subordinada causal. [As orações subordinadas causais podem ser introduzidas por «porque», «dado que», «já que», «visto que», «pois que», «como», «porquanto»]
Exemplo:
Como a ministra tem prejudicado o ensino com as suas medidas pacóvias, // estou farto dos merdosos dos nossos governantes.

2. Uma frase complexa em que uma das orações seja oração subordinada condicional. [As orações condicionais costumam começar por «se», «no caso de», «a não ser que», «salvo se», «a menos que», «excepto se», «contanto que»]

3. Uma frase complexa em que haja uma oração subordinada temporal. [As orações subordinada temporais costumam começar por «quando», «enquanto», «mal», «antes que», «depois que», «sempre que», «logo que, «no momento em que», «todas as vezes que».]

4. Uma frase complexa em que haja uma oração subordinada final. [As orações subordinadas finais podem começar por «para que», «a fim de que», «a fim de».]

5. Uma frase complexa em que uma das orações seja subordinada completiva (ou integrante). [As orações subordinadas completivas costumam servir de complemento directo às suas subordinantes.]
Exemplo:
Uns dias atrás disse aos meus caríssimos alunos / que trouxessem sempre todas as fichas no caderno.



Aula 83-84
Lê o texto «Uma suave aguarela» (pp. 132-133) e escolhe as melhores respostas. Trabalha individualmente.

1. A acção decorre {escolhe} numa casa particular / numa pensão / numa quinta.
2. A acção decorre {escolhe} de manhã, num dia de inverno / de tarde, num dia de Verão / de manhã, ao chegar a Primavera / de tarde, ao chegar a Primavera.
3. Amaro deve ser {escolhe} pintor / compositor musical / hoteleiro.
4. «As glicínias roxas espiam por cima do muro» (ll. 2-3), significa que {escolhe} as flores ultrapassavam o muro / as irmãs Glicínias eram coscuvilheiras / um dispositivo escondido em glicínias vigiava o local.
5. «atirando-lhe sobre os cabelos um polvilho de ouro» (ll. 5-6) significa que {escolhe} um pó dourado foi efectivamente atirado / o sol fazia brilhar os cabelos do menino / alguém quis doar ao menino doente um presente em ouro que o pudesse ajudar.
6. Pela linha 13, percebemos que Amaro {escolhe} estava triste / pronunciou uma frase exclamativa / estava embevecido com aquela beleza toda.
7. Entre Amaro e Clarissa deve haver este tipo de situação: {escolhe} Amaro está apaixonado por Clarissa sem que esta o saiba / Clarissa está enamorada por Amaro, sem que este o saiba. / Clarissa e Amaro namoram.
8. A fisionomia de Amaro é {escolhe} jovial / triste / alegre.
9. Em todo o texto predominam as formas verbais no {escolhe} Presente do Conjuntivo / Futuro do Indicativo / Presente do Indicativo / Imperfeito do Conjuntivo.


Escreve «novas versões» dos seguintes trechos. A extensão deve ser, aproximadamente, a do texto no livro. O registo de língua será também semelhante, bem como o estilo. Os aspectos a relatar serão paralelos aos do modelo — o texto do livro — mas correspondentes à nova situação. Cada um dos três trechos é independente.

1. linhas 1-9: «Só agora Amaro acredita que o Inverno chegou: [...]»
2. linhas 24-29: «vê as imagens familiares: [o quarto será agora o de pessoa ou personagem que queiras]»
3. linhas 30-38: «[Clarissa] mergulha na sombra do arvoredo, [em vez de Clarissa, porás como personagem {escolhe} uma senhora de meia idade / um homem jovem / uma idosa / um idoso / uma criança

O ideal é que faças os três novos trechos. Porém, prefiro que escrevas só dois, se achares que não consegues ter tempo para tudo rever devidamente.


No sketch «Acho que faleceu», interessa-me apenas a frase que serve de título: Acho que faleceu.
Repara que tem dois verbos (________ e ________). Portanto, é provável que a frase seja {escolhe} simples / complexa e tenha precisamente ___ orações (cujos predicados são aquelas duas formas verbais).
Os sujeitos de cada uma das orações são ambos subentendidos: _________ (correspondente ao predicado «acho») e __________ (correspondente a «faleceu»).
Para dividirmos e classificarmos as orações, convém perceber que, nesta frase, uma das orações serve de complemento directo à outra. Assim, a oração «_________» tem como complemento directo a oração «que __________». Estas orações que servem de complemento directo às suas subordinantes designam-se orações _________ completivas (ou integrantes). A palavra que as introduz (um «que» ou um «se») é uma _________ subordinativa integrante.
Em conclusão:
Acho / que faleceu.
Subordinante / Subordinada completiva

Experimentemos substituir a oração subordinada por um complemento directo que não seja uma oração — portanto, por um simples nome, pronome, nome e adjectivo, etc.:
Acho ____________
Predicado / Complemento directo

Vejamos uma oração completiva introduzida pela conjunção (integrante) «se»:
Perguntei / se falecera.
Subordinante / Subordinada completiva

O complemento directo de «Perguntei» é «_____________».


TPC (em folha solta)
1.1 Escreve uma frase na forma passiva, sublinhando o agente da passiva. (Prefiro que a frase seja realista, quer a situação se tenha passado contigo ou com outros.)
1.2. Passa essa frase para a forma activa — o agente da passiva vai ser agora o sujeito —, sublinhando o seu complemento directo (que há-de ser o sujeito da frase anterior).
2.1. Escreve um parágrafo com uma fala no discurso directo (correspondente a alguma coisa que realmente tenhas dito ou ouvido alguém dizer no exacto dia em que resolvas este exercício).
Não te esqueças da margem do parágrafo, dos travessões, da parte com o verbo dizer / afirmar / perguntar / declarar / etc.
2.2. Passa o parágrafo anterior para o discurso indirecto.
3. Escolhe uma letra. Depois faz uma frase só com palavras começadas por essa letra e que siga esta estrutura:
Preposição / Nome /, Determinante / Nome / Adjectivo / Verbo / Advérbio / Determinante / Nome / Adjectivo.Exemplo: Atrás do / armário, / a / aranha / amarela / alimenta / anormalmente / aqueles / animalecos / astutos.Faz isto para três frases (portanto, para três letras diferentes).

Parte II
Na mesma folha que me entregas com a Parte I deste TPC, resolve os seguintes pontos do Caderno de Actividades (pp. 20-22): 8.1, 8.2, 8.3; 9; 10.1, 10.2, 10.3; 11.1.2; 12; 13; 14.



Aula 85-86

Lê «Carta para Clarissa» (p. 136) e responde:

Esta crónica, de Alice Vieira, relaciona-se com o texto que lemos na última aula, porque nela a autora recorda como foi para si importante __________, de Érico Veríssimo.

A infância de Alice Vieira foi vivida num mundo {escolhe} mais/menos alegre do que o de Clarissa.

Quem dizia «Quando tiveres catorze anos, dou-te licença para usares sapatos de salto alto» era {escolhe} a mãe de Alice Vieira / a tia de Alice Vieira / a encarregada de educação de Clarissa.

Alice Vieira {escolhe} aprecia/não aprecia telenovelas.

Alice Vieira acha que os adolescentes actuais são: {escolhe} diferentes na aparência mas, sentimentalmente, iguais a quaisquer outros adolescentes / diferentes dos adolescentes de antigamente, tanto na maneira de ser como nos aspectos exteriores / semelhantes a todos os adolescentes, em todas as épocas.

Alice Vieira lembra-se de Clarissa, quando _____________, ou quando ________________, porque deve relacionar essas duas situações com _____________ que lemos na última aula.

«[P]odem usar gangas rasgadas, tatuagens nos braços, mangas até aos joelhos, calças a cair pelas pernas abaixo, pérolas no umbigo, cabelos às madeixas roxas e verdes, piercings na língua, vocabulário cabalístico, telemóvel colado à orelha, {mais três exemplos} __________, __________, ________».

«[T]êm os mesmos medos, as mesmas inseguranças, as mesmas angústias, os mesmos (inconfessavelmente românticos) sonhos, {completa com mais dois exemplos} _________________, _________________».

Lê a reportagem «Alpinista cego chega ao cume do Evereste» (pp. 137-138). Primeiro, completa a coluna esquerda do quadro que ponho a seguir. Depois, resolve o ponto 4 da p. 138 e «Queres jogar?», na p. 139. (Completarás o lado direito do quadro quando vires a entrevista com João Garcia.)

«Alpinista cego chega ao cume do Evereste» // Entrevista com João Garcia (por Teresa Conceição; Sic-Notícias)Dados biográficos do alpinista
Nome: ______________; Nacionalidade: ________; Idade (actualmente): ______. // Nome: João Garcia; Nacionalidade: __________; Idade (actualmente): 37 ou 38 anos.
Deficiências
__________ desde adolescente, por causa de __________. // ___________ dos dedos e mudanças no rosto, provocadas por ________
Outros desportos praticados
___________; __________; ___________; __________. // escutismo (que não é bem um desporto) e ________ (para adquirir resistência, a pensar no montanhismo).
Outras montanhas subidas
___________; __________; ___________; __________. // _________ (Europa); Cho-Oyu (Tibete); Dhaulagiri (Nepal); Atlas (Marrocos); Vinson (Antárctida); Aconcágua (Argentina); McKinley (Alasca); ...
Que pensa da chegada ao cume?
___________________. // É o dia mais ________, mais ________.
Que parte da montanha (ou momento) prefere?
________________. // ________________.
Que mais o atrai no montanhismo?
O espaço e _____________. // Não se poder controlar tudo.
Por que razão sente necessidade de alcançar o cume das montanhas?
Porque _______________. // Quer sempre __________.
Perda de pessoa próxima que o afectou
_____________ (ainda antes de subir o Evereste). // _________ (numa das expedições ao Evereste).

TPC — Ir fazendo leituras de livros. Ter o caderno organizado, com todas as folhas e trabalhos. Resolver os seguintes pontos do Caderno de Actividades (pp. 20-22): 8.1, 8.2, 8.3; 9; 10.1, 10.2, 10.3; 11.1.2; 12; 13; 14.
Aula 87-88
A propósito do sketch «Seminaristas falam de raparigas», vamos analisar duas frases complexas em que uma das orações serve de complemento directo à sua subordinante. Primeira frase:
O gajo diz-me / que há raparigas...
1.ª oração / 2.ª oração

A primeira oração é a oração __________. A segunda, que serve à anterior de complemento directo (porque responde à pergunta '«O gajo diz-me» o quê?'), classificamo-la como oração subordinada __________. A palavra «que» é uma conjunção __________ integrante.

Segundo exemplo:
Não sei se isso é verdade.

Divide esta frase em orações (sabendo já que uma será complemento directo da outra). A primeira oração é «__________». O seu complemento directo é «__________», que constitui a segunda oração. A primeira oração é a __________; a segunda oração é uma oração subordinada __________. «Se» é uma __________ subordinativa __________.

Dou-te ainda outra frase, agora com três orações. Classifica as orações. A segunda tem duas classificações (pela relações que tem com as outras), por isso pus dois espaços.
1.ª /2.ª / 3.ª
Se tu tiveres lábia, / dás-lhes a volta /e estão ali contigo de mãos dadas.
Subordinada ____ /__________ /Coordenada __________
__________


No sketch «Doença de Meireles», interessam-nos duas funções sintácticas, o atributo e o determinativo. Servem ambas para qualificar, para «modificar», os nomes.
Tenho dor de cabelo.
Tenho enxaqueca capilar.
Na frase da esquerda, «de cabelo», que qualifica (ou modifica) o nome «_____», é um _________, que, como sempre, é constituído pela preposição ___ mais um nome, «_________». Na frase à direita, «capilar» modifica o nome «__________» e, em termos sintácticos, é um ___________ (função sintáctica desempenhada pela classe morfológica dos ___________).


Em folha solta, vais escrever:

1. Poema que siga a mesma estrutura do texto de Eugénio de Andrade na p. 119. Substituirás «Os livros» por outro sintagma nominal, que será depois o assunto do texto. Seguirás a mesma pontuação, conservarás o mesmo número de versos e algumas das palavras «gramaticais».

Exemplo meu:
Os cocós de cão. A sua viscosa,
mole, pastosa textura. Malcheiroso
convívio. Prontos sempre
a colar-se
nos meus sapatos. Tão inesperados,
tão repelentes, tão nojentos,
tão castanhos no seu
surpreendente e repentino e inconveniente
aparecimento. Odiados
como [etc.]

2. Poema que siga a estrutura de «Sensações» (p. 108). Trocarás o primeiro verso por outro que comece também por «Quando» e tenha depois verbo na primeira pessoa. Depois, não será necessário seguires tão de perto a sintaxe do modelo (basta que relates com minúcia as sensações, sigas a pontuação e mantenhas o número de versos).

Exemplo meu:
SENSAÇÕES
Quando como o meu iogurte,
tiro o invólucro, lambo os restos nele depositados,
leio a frase que se entrevê, mergulho a colher.

Mastigo as nozes
sofregamente.
[etc.]

TPC - Consultando também as pp. 31-32, faz «Aplica os teus conhecimentos» (pp. 32-33 do Caderno de Actividades).



Aula 89-90

Lê o texto «As magicações do meu compadre António Prezado» (pp. 140-142). Depois, completa as perguntas ou escolhe a alínea certa.

O narrador do texto é:
a) presente e bastante objectivo.
b) ausente e bastante subjectivo.
c) presente e bastante subjectivo.
d) ausente e bastante objectivo.

«Apanhado com a boca no cálice» (l. 6) tem a intenção de
a) mostrar a surpresa do narrador, referir uma circunstância real e fazer um trocadilho com a expressão "ser apanhado com a boca na botija".
b) referir a circunstância de o narrador estar a saborear um belíssimo bagaço.
c) fazer uma brincadeira de linguagem com a expressão "ser apanhado com a boca na botija", não havendo, na verdade, nenhum cálice na situação relatada.
d) mostrar a surpresa do narrador e criticar o seu evidente alcoolismo.

Os dois interlocutores (e principais personagens) desta história são:
a) Retorta e o narrador.
b) Retorta e António Prezado.
c) António Prezado e o narrador.
d) António Prezado e o torneiro.

As três hipóteses a que se alude na linha 16 («as três hipóteses servem para definir o homem») tinham sido apresentadas entre as linhas ____ e ____.

Neste texto, surge a dada altura uma segunda história, «encaixada» no primeiro nível da narração. Essa história encaixada começa na linha ____ e termina na linha ___.

«— Retorta, traz-me outro bagaço!» (l. 28) significa que
a) o narrador tinha sede.
b) o narrador ficara sem saber que dizer.
c) Prezado tinha sede.
d) o bagaço era realmente muito bom, só para os clientes mais antigos.

«À formiga, uns atrás dos outros, os operários escapuliram-se para a praça» (ll. 66-67). A expressão que sublinhei é o:
a) sujeito.
b) complemento circunstancial de modo.
c) complemento indirecto.
d) complemento circunstancial de lugar.

O último parágrafo do texto — «Já estás condicionado! Vais também andar na Lua, hem!» (l. 80) — mostra que
a) Prezado acreditava que o amigo fosse andar na Lua.
b) Retorta acreditava que o narrador fosse andar na Lua.
c) Retorta queria mostrar como o narrador ficara sugestionado com a história contada.
d) Prezado queria «meter-se» com o narrador e salientar a importância da publicidade.

O estilo do texto é próximo do de
a) uma notícia.
b) uma crónica.
c) uma entrevista.
d) uma reportagem.

O tema do texto é
a) a amizade.
b) a publicidade.
c) uma lua (que foi rebocada para uma praça).
d) o homem.


Aula 91-92
Estando nós a terminar a unidade que no manual se ocupa do «Olhar os outros», é útil vermos algumas das curtas-metragens que constituem o filme 11'09"01. 11 Perspectivas. Trata-se de um filme colectivo sobre o 11 de Setembro de 2001 que reúne onze realizadores de diversas origens e culturas. São, portanto, onze pontos de vista diferentes acerca do mesmo acontecimento., onze «olhares dos outros».
Cada mini-filme demora onze minutos. Escreverás — durante o tempo que eu der antes de seguirmos para nova curta-metragem — o que aches ser a «mensagem» (a lição, a moralidade) que cada realizador procura inculcar.
O texto deve ser curto e impressivo, quase à maneira de um título ou de uma frase proverbial. Escreve de tal modo, que o possas ler depois em voz alta, sem hesitações.

# // Realizador (naturalidade) // País onde a história decorre // Mensagem que se procura transmitir1 // Samira Makhmalbaf (Irão) // ___ // ___
2 // Claude Lelouch (França) // ___ // ___
3 // Youssef Chahine (Egipto) // ___ // Há culpa dos dois lados: de americanos (israelitas). de palestinianos (árabes). Não vale a pena argumentar, tentar culpar. É preciso recomeçar tudo de novo.
4 // Danis Tanović (Bósnia) // ___ // ___
5 // Idrissa Ouedraogo (Burkina Faso) // ___ // ___
6 // Ken Loach (Reino Unido) // Chile //Houve um outro 11 de Setembro [há mais de trinta anos, um golpe apoiado por americanos derrubou Allende]. Por isso, os chilenos ainda são mais capazes de ser solidários com o luto dos americanos.
7 // Alejandro González Iñárritu (México) // ___ // ___
8 // Amos Gitaï (Israel) // ___ // ___
9 // Mira Nair (Índia) // ___ // ___
10 // Sean Penn (Estados Unidos) // ___ // ___
11 // Shohei Imamura (Japão) // ___ // ___


Aula 95-96
Lê o poema «Eu, etiqueta», de Carlos Drummond de Andrade, nas pp. 143-145.
(Vai lendo também as explicações que estão ao lado do texto. E tem ainda em conta estes meus esclarecimentos relativos a vocabulário: lembrete = 'anúncio'; proclama = 'anúncio'; xícara = 'xávena'; cartório = 'notário'; premência = 'urgência'; mimoso = 'delicado, mimado'; estamparia = 'fábrica onde se estampam os tecidos'; pérgula = 'caramanchão; construção ligeira revestida de plantas trepadeiras formando uma cobertura'; idiossincrasias = 'aspectos peculiares do temperamento de cada um'.)
Transcreve o poema em português europeu até ao verso «Estou, estou na moda». Para se poupar espaço, copia o poema como se se tratasse de prosa (sem fazer caso de versos, portanto).
...

Concentrando-te num dos trechos a que se refere a nota 5 («Com que inocência demito-me de ser eu que antes era e me sabia tão diverso de outros, tão mim-mesmo, ser pensante, sentinte e solidário com outros seres diversos»), completa.
Se fizéssemos a adaptação a português europeu, trocaríamos a posição do pronome ___ (que passaria a estar antes da forma verbal «demito»).
Nessas linhas, surge duas vezes «ser» («demito-me de ser eu»; «ser pensante, sentinte e solidário com outros seres»). No primeiro caso, «ser» é o ________ do verbo «Ser»; no segundo caso, «ser» é um ________. Esta segunda palavra «ser» resulta de um processo de formação que se designa _________.
Em «Ser pensante, sentinte e solidário», «sentinte» significa '____________' e é uma palavra formada segundo o modelo de «pensar» > «pensante». (É uma derivação possível, mas a palavra resultante não deixa de parecer um neologismo, uma palavra nova.)

Repara no último verso do poema: «Eu sou a coisa, coisamente».
«Coisamente» é um neologismo — uma palavra inventada —, formado como se costumam formar os verdadeiros advérbios de modo (com o sufixo -mente). Porém, a palavra soa-nos estranha, porque «coisa», a palavra primitiva, não é um _________, como são as palavras primitivas de que costumamos derivar os advérbios de modo terminados em -mente, mas sim um nome.
«Coisamente», embora mal formado, tem forte valor poético e deverá querer dizer '____________________'.


Responde, por escrito, à pergunta 2 da p. 145.


À medida que passem os anúncios, vê se concordas com o que lancei na tabela.
No final — já depois de parado o filme —, completa a coluna da direita, especificando o alvo da publicidade (mães, casais jovens, homens de classe média, etc.). O foco da mensagem pode ser útil para perceberes a quem a publicidade se dirige.

Nome do produto / Tipo do produto / Slogan / Foco da mensagem / Público-alvo principalCrédito Habitação Totta / Banco / Crédito habitação super-tranquilo do Totta. Quem quer um banco vai ao Totta. / Tranquilidade (vs. medo). Humor. / ___
Cê-Gripe / Medicamento / Se é gripe, Cê-Gripe. / Alívio. Humor. / ___
Diário de Notícias e Jornal de Notícias / Jornal / Todas as sextas, [Mozart] com o seu Diário de Notícias. / Informação de um brinde. Autoridade de músico conhecido. / ___
Johnson's Baby / Loção / Bons sonhos. / Tranquilidade. / ___
D. João, de Molière / Peça de teatro / No Teatro Nacional de S. João. / Gravidade. Seriedade. / [todos]
Excellence (de L'Oréal) / Creme para o cabelo / Você merece. / Vaidade. / ___
Mimosa M / Leite / O magro cinco estrelas. / Vaidade. Saúde. / ___
Worten / Loja / É de perder a cabeça. Worten sempre. / Informação de brinde. Humor. /
Escada / Perfume / A girl's best friend. / Sofisticação. / ___
Pantene Pro-V / Champô / Paixão por um cabelo saudável. / Cientificidade. Contentamento. / ___
Swatch dia dos namorados / Relógio / Partilha o teu amor. / Romantismo. Humor. / ___
Super-Bock Abadia / Cerveja / Sabor autêntico [?] / Exotismo. Aventura. Sociabilidade. / ___
Mont Blanc / Perfume / A nova fragrância masculina. / Modernidade. Cosmopolitismo. / ___
Kinder Délice / Chocolate / Muito mais sabor para um lanche saudável. / Prazer do lazer em família. / ___
Caixa Geral de Depósitos / Banco / Há mais na Caixa do que você imagina. / Humor. / ___
Aposta de risco / Filme / Nos cinemas, a 9 de Fevereiro. / Curiosidade pelo enredo. / [todos]

Reportando-te aos anúncios nas pp. 146-147, completa o quadro:

Nome do produto / Tipo do produto / Slogan / Foco da mensagem / Público alvo
A / Suvinil / ___ / A seda que virou tinta. / ___ / ___
B / ___ / Chocolate / ___ / Hábito. / ___
C / Publicidade não-comercial / Se até neste jogo as brancas levam vantagem, imagine no mercado de trabalho. / ___ / [todos]
D / ___ / ___ / ___ / Comodidade. / ___
E / ___ / ___ / ___ / ___ / Raparigas.
F / Silomat / ___ / Corte a tosse com duas colheres três vezes ao dia. / ___ / Médicos.
G / Publicidade não-comercial / ___ / Informação. Discrição. / ___


TPC — Os números deste ano do Voz Activa, jornal da escola, procuram tratar o tema 'consumismo' (que se relaciona com a unidade em que entrámos agora). Gostava de escolher textos sobre este tema, para depois os propor à redacção do jornal.
Escolhe uma destas hipóteses:
1. Nova versão do começo do texto «Eu, etiqueta» (pp. 143-144; até ao verso «Estou, estou na moda»), em que, agora, viriam explicitados os nomes das marcas. Podem alterar-se alguns das expressões («nas minhas calças», «no meu blusão», etc., podem ser trocadas por outras semelhantes; e outros complementos idênticos podem também ser acrescentados).
2. Charada (cfr. p. 95) que contenha frase — provérbio, citação de autor, etc. — alusiva ao tema 'consumismo'.
3. Outro texto — de qualquer género — que trate o mesmo assunto de forma inteligente.

Aula 97-98

Na página 151, lê a notícia «A publicidade também é notícia». Depois, numa folha solta, resolve o ponto 1.1. (Escreve rigorosamente, revendo bem.)

Lê o que se diz sobre como devem ser escolhidos os títulos de jornais, no ponto 2 da p. 151 e ao cimo da p. 152.

Vê agora a parte de «Funcionamento da língua», na p. 152. Divide em orações as frases a, b, c, d. Para te ajudar, digo-te que há 4 orações subordinantes, 1 oração subordinada condicional, 1 oração subordinada completiva, 1 oração subordinada final, 1 oração subordinada causal, 1 oração subordinada temporal. Há portanto nove orações, o que significa que uma das frases tem três orações (e que as outras três frases têm duas orações cada). Divide no próprio livro, usando talvez siglas ou abreviaturas.

Nas pp. 153-155, surgem quatro notícias a que foram retirados os títulos. Vais lê-las e, para cada uma delas, criar um título.
Os títulos originais eram os que ponho em baixo (e seguiam as regras que há pouco leste, embora o título do segundo texto seja mais brincalhão do que é costume). Os títulos que vais propor devem ser menos informativos e mais apelativos (mais ao estilo do título do segundo texto, portanto). Escreve na folha que pedi usasses para a primeira pergunta.
1. Cofre-forte roubado numa cadeira de rodas.
2. Um parto que valeu por três... gémeas
3. Garrafa de «ketchup» salva montanhistas bloqueados
4. Pai, mãe e criança dez dias à deriva

Veremos agora parte do filme Verdade ou Mentira, uma história verídica e que trata também de regras de elaboração de notícias. Algum vocabulário que pode ser útil:
O «Pulitzer» é um famoso prémio para jornalistas.
O que nas legendas do filme vem traduzido por «editor» corresponde ao que em português se deveria talvez dizer «chefe de redacção».
Um «freelancer» é o profissional que, não pertencendo aos quadros de uma empresa, vai oferecendo os seus serviços às firmas que por eles se interessem.
«Checar» é um estrangeirismo que começa a ser bastante usado e que significa 'verificar' (checar uma notícia é verificar se os seus dados são comprováveis).

TPC - Dá uma vista de olhos ao texto da p. 149, o folheto do medicamento Silomat. Vê também a parte esverdeada da p. 153, um esboço de carta de reclamação.
Aproveitando esse esboço, escreve a carta em que Cláudia Reis (ou outra personagem que queiras inventar) se queixasse à empresa responsável pelo Silomat (por algum motivo, ou motivos, que escolherás).
Admito que possas criar uma situação quase rocambolesca, mas tem em conta que, para que o texto fique engraçado, convém que a personagem cumpra o exacto estilo de uma carta de reclamação e use um registo de língua cuidado.



Aula 99-100
Lê a crónica de Eduardo Prado Coelho, «A pré-queda» (p. 158).

No primeiro parágrafo critica-se _______________.
No segundo parágrafo critica-se _______________.
No quarto, e último, parágrafo critica-se ________________.

Ao longo da crónica há várias ironias (recurso expressivo em que o autor usa palavras pelas quais percebemos que ele pensa exactamente o contrário). Por exemplo, em «grande 'acontecimento'» (ll. 8-9) percebemos que o cronista acha que a demissão de Toni é um acontecimento muitíssimo secundário. Copia para esta folha outras ironias no texto:
1. grande acontecimento
2. _________________
3. _________________
4. _________________


Os verbos podem ser conjugados com um pronome pessoal (que lhes sirva de complemento directo ou indirecto), conjugados pronominalmente, portanto.
Em português europeu a posição mais habitual desses pronomes pessoais é a seguir ao verbo (ao qual se unem por um hífen), mas há situações em que o pronome fica antes do verbo. Por exemplo, se a frase for negativa ou for introduzida por determinados advérbios, conjunções, pronomes interrogativos: «ele não lhes falou» (ele não falou-lhes); «talvez o chamasse» (talvez chamasse-o); «espero que a mates» (espero que mate-la); «quem te mandou espirrar?» (quem mandou-te espirrar?).
(Também já vimos que no português brasileiro é mais comum o pronome preceder o verbo e que, curiosamente, em situações em que nós anteporíamos o pronome, por vezes os brasileiros põem-no depois do verbo.)

Reescreve as frases, substituindo as partes sublinhadas por pronomes. É preciso teres atenção a estas situações:

(i) se houver dois pronomes, faz-se contracção (complemento indirecto seguido do directo): dei a goma à Zeferina > dei-lha [= lhe+a].

(ii) se a forma verbal terminar em -r, -s, -z, na conjugação pronominal omite-se essa última letra e o pronome leva um l-: ouvir a música > ouvi-la comes o fígado > come-lo.

(iii) se a forma verbal terminar em nasal (-m ou sílaba com til), o pronome leva um n-: bebem o sangue > bebem-no dão estaladas > dão-nas.

(iv) com o futuro do indicativo e com o condicional o pronome fica intercalado: comê-lo-ei (comerei-o) ensiná-la-ia (ensinaria-a).

[Exemplo:] Vês a Sic Radical ao domingo? Vê-la [ao domingo].

Os adeptos, enlouquecidos, rasgaram as roupas de Adriano. _________
Explica-me o problema como se fosse uma criança de quatro anos. ________
Chama o António. ______ Traz o escarrador, Luís Miguel. _________
Os cavalos comem os brigadeiros de chocolate. ________
Os antropófagos comem [a mim e a ti]. ________
Encomendaste à Bé as belíssimas purpurinas. ________
Majestadade, encomendastes as purpurinas? ________
Almejarias ser o melhor aluno de Lisboa e arredores. ________
Dá-me a balalaica, Vladimiro. _______ Varrer a sala é engraçado. _______
Naqueles tempos tremendos, puxavas o reposteiro com elegância. ________
Desembainharíamos o sabre e a cimitarra. ___________
Perdoar-te-ei a bazófia e a devassidão. ____________


TPC - Aqui estão alguns títulos das notícias de Stephen Glass (Verdade ou mentira). Repara que são bastante mais livres — mais «literários» e menos informativos — do que nos era recomendado nas pp. 151 e 152 (onde se defendia que os títulos fossem uma condensação do «lead», o período inicial da notícia, o qual, por sua vez, deveria conter o essencial do acontecimento):
Paraíso dos hackers
Férias de Páscoa
Uma boa alhada
Perigoso para a vossa saúde mental
Não se atrevam
Sagrada trindade
A selva
Papoilas para todos
No olho da rua
Nada é de graça
Mónica vende
Após a queda
O estado da natureza
Provável Claus
Abanem os imbecis
Fatos baratos
Encharcado

Escreve uma notícia com um destes títulos. Como são mais apelativos do que informativos, para imaginares uma situação que lhes corresponda talvez não te devas concentrar demasiado na sua interpretação.
A situação que cries deve ser verosímil (isto é, deve ser sentida como verdadeira — não pode parecer estapafúrdia, ainda que relate ocorrência estranha). Por outro lado, também não se deve tratar de acontecimento demasiado banal (um não-‑acontecimento, como a pré-queda da Dona Alzira).
(Para lembrares o estilo de redacção das notícias, podes ver as pp. 43-45 do Caderno de Actividades do ano passado. Relê também as notícias que vimos na última aula.)



Aula 101-102

Lê «'Desgraças' abrem um quinto dos noticiários da noite na TV» (pp. 161-162).

Verás agora os primeiros dez minutos dos telejornais das 20 horas da SIC e da TVI (ambos relativos ao domingo passado). Vai anotando os temas de cada uma das notícias.

SIC // TVI
________ // ________
________ // ________
________ // ________
________ // ________
________ // ________
________ // ________
________ // ________

Completa a segunda tabela, verificando se o que se diz no texto «'Desgraças' [...]» se confirma nos dois noticiários. Usa «Sim», «Não», «Mais ou menos».

«'Desgraças' [...]» // SIC / TVI
1.º parágrafo — 'Estado' é o segundo tema mais tratado na RTP. SIC e TVI optam por temas sociais. // __ / __
2.º parágrafo — Acidentes e catástrofes são as notícias que predominam na abertura dos três canais. // __ / __
2.º parágrafo — Informação nacional é privilegiada no começo dos noticiários. // __ / __
4.º parágrafo — Aberturas são dominadas por notícias-choque e assuntos ligados ao futebol. // __ / __
5.º parágrafo — Acidentes ou catástrofes (20%); estado e política internacional (15%); problemas sociais (13%); desporto (11%). // __ / __
6.º parágrafo — Forma mais usada nos começos do telejornal é o relato misto (peça já feita + ligação em directo). // __ / __

Lê o cartoon na p. 163. À última imagem foi retirado o texto: «Não tem um aparelho mais positivo?».
O cartoon reafirma ou contraria algum dos factos referidos no texto que lemos nesta aula? Explica.
_______________
Põe no Futuro do Indicativo:
Os esquimós lavam-se com cuspo. > Os esquimós ________ com cuspo.
O João porta-se bem na aula de Filosofia. > O João ________ bem [...].
Torço-lhe o pescoço com meiguice. > _________ o pescoço com meiguice.
Comprámo-lo nós! > _________ nós.

Põe no Condicional:
Quando tenho dinheiro, guardo-o no colchão. > Se tivesse dinheiro, _________ no colchão. As freiras amavam-se. > As freiras _________.
Vendeste-a a uma cigana perneta. > _________ a uma cigana perneta.

Substitui por pronomes as expressões sublinhadas:
Naquele dia, Ricardo dera o costumado peru. > Naquele dia, Ricardo ________.
No Nicola, escolheremos um bife bem alto. > No Nicola, ________ bem alto.
Seleccionaria o Pepe e o João Moutinho. > __________.
Põe a terrina de lavagantes na mesa. > ________ na mesa.
Poria a iguana no careca. > _________ no careca.
Anteontem, no Algarve, vimos ao longe dois tubarões. > Anteontem, no Algarve, _________ ao longe.
Preenche com as formas verbais convenientes:
Podes trazer-me o saleiro e o ketchup? > Podes _______? (Infinitivo Impessoal + pronomes contraídos).
_______ todas as folhas para a aula de Português é uma estupidez ordenada por um energúmeno (1.ª pessoa do plural do Infinitivo Pessoal de «Trazer»).
Disse-me esses segredos. > ________ (Perfeito do Indicativo + pronomes).
Nós ________ que «nim». (1.ª pessoa do plural do Perfeito de «Dizer»).

Vais ver sketches do Gato Fedorento em que se caricaturam características comuns de telejornais e entrevistas. À medida que fores vendo cada sketch, assinala na quadrícula os aspectos (A, B, C, D, E, F, G) que nele se procurou ridicularizar:
A. necessidade de dar notícia primeiro do que os outros
B. sensacionalismo e preferência por assuntos escabrosos
C. importância dada aos directos
D. importância dada aos depoimentos de «populares»
E. manipulação das emoções do «povo»
F. indelicadeza e agressividade para com entrevistados
G. má gestão da tomada de palavra em entrevistas (por jornalista ou entrevistado)

Sketch / / Características caricaturadas
«Testemunhas de acidente» // ____
«Cão gigante» // ____
«O que quer dizer com isso?» // ____
«Padre Carla» // ____
«Tempo de satélite» // ____
«Vai candidatar-se, sotor?» // ____
TPC — Continuar leitura de livros.



Aula 103-104
Lê «Temos que ir para intervalo» (pp. 156-157). Completa depois o que ponho a seguir.

Este texto é {escolhe} uma notícia / uma crónica / uma reportagem / uma entrevista. Adérito Bonzinho é {escolhe} um jornalista / um homem violento / um especialista / o pivô (pivot) do telejornal. Os jornalistas que intervêm chamam-se _________ e __________.
A propósito de uma notícia, relativa a um _________, faz-se uma ligação em directo ao Porto (que decorre entre as linhas ___ e ___). A meio deste directo, o jornalista em estúdio pede à colega que está no local que ___________.
Apesar de a jornalista ter entrevistado vários «populares», pouco ficamos a saber que seja relevante. (Aliás, esta parte do texto procura ridicularizar os directos em que _____________________.) Outra característica do trecho é que nele se apresentam palavras escritas de modo a imitar pronúncias (do jornalista: «__________»; de indivíduos no local: «___________»; «_________»; «_________»; «________»).
A parte entre as ll. 61 e 100 corresponde a uma entrevista a _________ acerca da _________________. Esta entrevista ridiculariza um hábito dos jornalistas, o de ___________________.
A parte final (a partir da l. 100) troça ainda de um outro costume dos telejornais, que é o de ___________________.
(O lema do suposto Congresso de Poesia Sado-masoquista — «Batem leve, levemente, como quem chama por mim» — aproveita o começo de um poema muito conhecido, «Balada da Neve», de Augusto Gil: « Batem leve, levemente, / Como quem chama por mim... / Será chuva? Será gente? Gente não é certamente / E a chuva não bate assim...». Trata-se, é claro, de uma brincadeira: o «batem» do poema aparece aqui conotado com práticas ____________________!)


Quando terminares, dá-me a folha — não te esquecendo de escrever o nome — e passa a fazer o exercício de «Funcionamento da Língua» (p. 161).

Dou-te frases simples retiradas do texto que lemos. Indica o sujeito de cada uma das frases e classifica-o (composto/simples; subentendido; indeterminado; inexistente)

Frase simples (ou oração absoluta) / Sujeito / Tipo do sujeito
Não perca a conversa com Adérito Bonzinho. / ____ / ____
A família não esconde a mágoa pelo sucedido. / ____ / ____
Sónia Sofia, estasma ovir? / ____ / ____
Temos que ir para intervalo. / ____ / ____
Os dois homens envolveram-se em discussão. / ____ / ____
Eu e mais a minha avó e o meu Valter óvimos um berro. / ____ / ____
Batem leve, levemente. / ____ / ____
Houve uma violenta discussão entre os irmãos. / ____ / ____


Vais ver sketches de Gato Fedorento (série Lopes da Silva) em que se caricaturam características de telejornais ou entrevistas na televisão. À medida que fores vendo cada sketch, assinala na quadrícula o(s) aspecto(s) que nele se procurou pôr a ridículo:
A. má gestão da tomada de palavra nas entrevistas (por jornalista ou entrevistado)
B. falta de substância de entrevistas, debates, notícias
C. dramatização de todas as notícias (mesmo de factos relativamente comuns)
D. linguagem específica (dos jornalistas ou dos outros intervenientes)
E. importância dada aos depoimentos de «populares» e vítimas
F. manipulação das emoções do «povo»
G. abertura do telejornal com tragédias
H. gosto por incluir um directo (mesmo que pouco venha adiantar)
I. espaço concedido a casos «humanos» ou a talentos especiais
J. indelicadeza e agressividade para com entrevistados (ou em debates)
Sketch / Características caricaturadasDebate com muitos apartes e esclarecimentos / ____
Repositomania / ____
Tsunami de informáticos / ____Entrevistado que muda de atitude ao dizer estrangeirismos / ____
Agricultor e série de vegetais cultivados / ____
Entrevista com caçador (e primo) / ____Militantes entusiasmados com discurso de político / ____«É um escândalo!» / ____
Debate entre filatelistas / ____
Padre abusado / ____
O «diseur» / ____
TPC — [Não há. Mas pensa em escrever texto para o Concurso Literário José Gomes Ferreira (cfr. prospecto).]

Aula 105-106
Lê o poema «Lírica», na p. 202. Responde, por escrito, à pergunta a. (cimo da p. 202) e às três perguntas de «Ler-Compreender» (no cimo da p. 203):

Responde, no teu livro, à parte de «Funcionamento da língua» (p. 203).

Prepara a leitura em voz alta — e com relativa expressividade — dos poemas «Lírica» (p. 202), «A B C» (p. 203) e «Um segundo é uma hora» (p. 204). Prepara também a leitura deste trava-língua: «O tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.»

No verso desta folha, pus duas das cartas que estão em Cartas de um louco. Neste livro, o autor, Ted L. Nancy — que deve ser um pseudónimo do comediante Jerry Seinfeld, que assina o prefácio —, reproduz cartas que enviou a empresas. Essas cartas são sempre educadas mas estranhas. Por exemplo, numa carta Ted escreve a uma loja para dizer que um dos manequins expostos na montra se parece com o seu falecido vizinho e pergunta se poderá comprá-lo para o oferecer à viúva inconsolável; noutra carta, informa um hotel de que vai dar entrada com a sua própria máquina de refrigerantes; etc.
Lê as duas cartas. Escreve depois uma carta a uma empresa (que escolherás tu), fazendo alguma proposta, sugestão, reclamação, algum pedido de esclarecimento, etc., igualmente curiosos, originais ou mesmo insólitos.

TPC — 1. Em folha solta, faz o que é pedido em «Queres jogar?» (p. 204). No entanto, em vez de adoptares obrigatoriamente o tema «Amizade», podes fazer um «ABC de [qualquer outro assunto específico de que queiras falar]». Exemplos: ABC da escola; da turma; de Benfica; do Benfica; de algum desporto; da amizade; do namoro; de algum sentimento; da praia; da moda; da ciência; etc.
2. Na próxima aula, traz o Caderno de actividades.



Aula 107-108

Na p. 206, lê o cartoon «Eclipse do sol». Depois de leres, completa esta síntese:

O homem usa duas metáforas: uma identifica a mulher com _______; a outra identifica-o a ele com ________ (que se eclipsa à passagem da lua). A mulher começa por ______ destas figuras de estilo — destes recursos estilísticos —, mas depois, pensando melhor, muda de opinião, porque dá uma nova interpretação àquelas duas metáforas.
Assim, começa a achar que se o homem diz ser o sol é porque se julga o ________ de tudo (e que ela seria a lua por ser apenas o seu _______). E, cada vez mais irritada, adivinha até que o homem faria também uma metáfora relativa à sogra, que ele identificaria com _______ (por causa dos anéis e da grande massa gasosa).
O cartoon termina com o homem a lamentar-se de, ao contrário dos verdadeiros poetas, não conseguir fazer boas metáforas.

Passa à leitura do poema «Se eu e tu» (p. 205). Depois completa o quadro. (Repara que na coluna da direita não é para pôr as exactas palavras do texto mas já uma interpretação dos dois últimos versos de cada terceto.)

estrofe / Se eu fosse... / e tu fosses..., / acontecia...
1 / peixe / ____ / ____
2 / ____ / ____ / ____
3 / ____ / neve / ____
4 / ____ / ____ / tornar-te-ias um jardim
5 / ____ / ____ / ____

Escreve mais três estrofes com a mesma estrutura, estilo e espírito do resto poema.

Se eu fosse _____ e tu fosses ______,
____________________
____________________

Se eu fosse _____ e tu fosses ______,
____________________
____________________

Se eu fosse _____ e tu fosses ______,
____________________
____________________

Escreve o teu nome, dá-me a folha, lê «Janela» e resolve «Queres Jogar» (p. 207).

Prepara a leitura em voz alta de «Janela» (p. 207).


Neste sketch — que designarei «Estou ocupado com coisas a nível da transcendência» —, o protagonista, Jesus, engana-se frequentemente nas formas verbais. Completa o quadro. (Em baixo, estão modelos de tempos que te podem servir de apoio.)

Frase proferida (com erro). / Forma verbal corrigida / Tempo da forma corrigidaAinda bem que chegásteis. / ____ / Perfeito do Indicativo
Lembreis-vos ou não? / Lembrais-vos / ____
Estades com fome? / ___ / Presente do Indicativo
Se vós pudesses aguentar a larica... / ____ / Imperfeito do Conjuntivo
Sedes pessoas para vir comigo? / Éreis / ____
Idem caçar. / ____ / Imperativo
Comai a seguir. / ____ / ____
Senteis-vos bem? / ____ / ____
Não me agradeceis a mim. / ____ / Imperativo
Sabedes onde se come por aqui? / ____ / ____

Presente do IndicativoAndo
Andas
Anda
Andamos
Andais
Andam
Perfeito do Indicativo
Andei
Andaste
Andou
Andámos
Andastes
Andaram
Imperfeito do Conjuntivo
Andasse
Andasses
Andasse
Andássemos
Andásseis
Andassem

Imperativo
Afirmativo
Ø
Anda tu
Ande [você] (= Presente do Conjuntivo)
Andemos nós (= Presente do Conjuntivo)
Andai vós
Andem [vocês] (= Presente do Conjuntivo)
Negativo (= Presente do Conjuntivo)
Ø
Não andes
Não ande
Não andemos
Não andeis
Não andem

Depois, assinala ao lado das dez frases o tipo de cada uma: imperativo (IMP), interrogativo (INT), exclamativo (E), declarativo (D).
Finalmente, quanto à forma, verifica se são activas (A) ou passivas (P); afirmativas (Af) ou negativas (N).

TPC
1. Centrando-te em alguém com quem simpatizes especialmente (ou mesmo num ídolo teu, ainda que não o conheças pessoalmente), cria frases com os seguintes recursos estilísticos. (Podes explicitar ou não de quem se trata — se sim, substitui «fulano» pelo nome em causa. Podes também não fazer sempre sobre a mesma pessoa.)

uma comparação:
Fulana/o é como ________________

uma metáfora:
Fulana/o é __________________

uma hipérbole (relativa a uma característica ou acção dessa pessoa):
_________________

uma enumeração:
_______________

2. Não te esqueças também da possibilidade de escreveres para o Concurso literário José Gomes Ferreira.
Aula 109-110

Leremos três poemas de Carlos Drummond de Andrade.
Começa por ler o poema «Sentimental» (p. 208). Ao contrário do que muitas vezes acontece com as poesias, este poema quase se pode resumir (porque se baseia numa situação que o poeta nos conta). Faz então esse resumo:

1.ª estrofe // O poeta está à mesa e _____________________.
2.ª estrofe // Repara então que _______________________.
3.ª estrofe // Intervém uma personagem, que lhe ordena que _____ e se deixe de _______. Surge então, já num tom diferente, a reflexão do poeta: queixa-se de que ______________.

Há umas quatro marcas da variante brasileira do português. Completa:
________ (por «massa»); «teu nome» (por _______); «Está sonhando?» (por _________; «Estava sonhando» (por _____).
Lê agora «Além da Terra, além do Céu» (p. 210). Este poema pode condensar-se numa única frase de tipo imperativo (se descontarmos o longo complemento circunstancial que constituem os primeiros seis versos, isso fica claro):
Vamos __________ os verbos _______ e _______.

Traduz a frase em linguagem mais informativa (sem os dois neologismos, portanto):
__________________

Lê «Balada do amor através das idades» (p. 211). Não deixes de ler também os comentários na margem deste poema. Prepara a leitura em voz alta de todo o poema.

Neste poema, alude-se a Helena e ao cavalo de Tróia (vv. 4-5). Há tempos, ao lermos o conto «A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho» (p. 165, l. 1), já tínhamos falado de Homero, o poeta a que se atribuem a Odisseia e a Ilíada.
Completa o texto que ponho a seguir, que resume uma série de informações relativas a Helena, à guerra entre gregos e troianos e aos dois poemas de Homero. (No final, reparte as palavras com que completaste os espaços pelas classes morfológicas que ponho no fim da página.)

Páris (ou Alexandre) era o filho ______ novo de Príamo, rei de Tróia. Um prodígio precedera o seu nascimento: no termo da gravidez, previu-se que o nascituro causaria a ruína de Tróia. Por isso, foi aconselhada a sua eliminação ___ nascença. Com efeito, o recém-nascido foi enviado ____ o monte Ida, onde, porém, pastores ____ recolheram. Mais tarde, já adulto, Páris regressou a Tróia e foi reconhecido (ao que parece, pela irmã mais nova, Cassandra), e o rei Príamo, feliz por reencontrar o filho, deu-____ o lugar que por direito lhe pertencia na casa real. Heitor era o irmão mais velho de Páris.
Helena era a mais bonita das mulheres gregas. Seria filha de Zeus, mas o seu pai «humano» era Tíndaro. Quando este ____ quis casar, apresentou-a a uma série de pretendentes, quase todos os príncipes da Grécia. Para evitar guerras, Tíndaro fez que os pretendentes jurassem que aceitavam a escolha que se fizesse e que ajudariam o eleito em caso ___ futura necessidade. Foi a Menelau que coube em sorte Helena ____ todos acataram a opção.
Menelau era filho ____ rei de Micenas e irmão de Agamémnon. (Agamémnon era casado com Clitemnestra; a filha de ambos chamava-se Ifigénia.) Menelau ___ Helena viveriam em Esparta, um dos reinos por que se repartia a Grécia.
Páris raptou Helena e levou-a para Tróia, o que causou o ataque dos gregos que, lembremos, se tinham comprometido a socorrer Menelau numa situação como aquela.
A Ilíada e a Odisseia, de Homero, são longos poemas épicos (isto é, poemas narrativos, como Os Lusíadas, de Camões, ou a Eneida, ___ Virgílio). Relacionam-se ambas com a Guerra de Tróia (que teve lugar _______ 1192 e 1183 a.C.).
A Ilíada relata alguns episódios dessa longuíssima guerra entre gregos e troianos e, sobretudo, a fúria de Aquiles, outro herói grego. Os gregos acabam ______ derrotar os troianos graças ao famoso estratagema do «cavalo de Tróia».
A Odisseia centra-se ___ pós-guerra. Trata do atribulado regresso ____ Ulisses, um dos reis vencedores, a Ítaca, onde está a sua mulher, Penélope (que combinou _____ os seus muitos pretendentes que só esperaria pelo marido até à conclusão de uma tapeçaria, que, entretanto, vai desfazendo à noite...) e o filho, Telémaco. Ulisses demorará longos anos a _________. No regresso, disfarçado de mendigo, é o cão, Argos, que o reconhece.
Veremos excertos de ____ filmes: Helena de Tróia, Odisseia, Tróia. Terás de te ____ adaptando a figuras diferentes das mesmas personagens.

Determinantes: _______ // Pronomes: ______ // Contracções: ______ // Preposições: _______ // Conjunções: ______ // Advérbios: _______ // Verbos: _________
Resolve «Queres Jogar?» (p. 212); vê os erros que haja na p. 209.

TPC — 1. Prepara a recitação de «Cantiga partindo-se» (p. 213) ou de «Quando ela passa» (p. 243): se o teu número de turma for ímpar decora o primeiro poema; se for par, decora o segundo. 2. Nas próximas aulas vai trazendo o Caderno de Actividades.


Aula 111-112

Para resolveres as perguntas, apoia-te nas pp. 45-48 do Caderno de Actividades.

Centra-te no poema «Cantiga partindo-se» (p. 213).

Este poema tem _____ estrofes. Tendo em conta o número de versos de cada estrofe, podemos dizer que o poema é composto por uma _________ e uma ____________.

Todos os versos deste poema têm ______ sílabas métricas (podes rever, no cimo da p. 46, como se faz a contagem de sílabas métricas). Trata-se, portanto, de versos ________.

O esquema rimático deste poema é __________.

A rima da primeira quadra é {escolhe} emparelhada / interpolada / cruzada. Nos últimos quatro versos do poema também há rima __________. A rima dos vv. 3 e 4 da segunda estrofe é ___________. A rima entre os vv. 2 e 5 da segunda estrofe é _________.

Passa agora ao poema de Fernando Pessoa («Quando ela passa»), na p. 243.

O poema tem _____ estrofes. Essas estrofes são duas quadras e um _______. A rima das duas quadras é de tipo __________. Na estrofe do meio há um verso que, não rimando, se considera _______. Quanto à métrica, os versos deste poema são __________. (Tem em conta que há bastantes sinalefas — d'eu - t'à - qu'a - v'em - ...)

Resolve «Queres Jogar?» (p. 215).

Depois de fazeres a derivação de todas essas palavras, classifica o processo de formação que levou à maioria desses resultados. ____________.

Na p. 214, faz o ponto 3.

E o ponto 3.1.

TPC — «Quando ela passa». Escreve um texto em prosa subordinado a este título, ou que inclua essa mesma frase (no início ou em algum outro momento).



Aula 113-114

Reportando-te ao exemplar do Voz Activa que distribuí, preenche:

Série: _____; Número: _____; Director: ___________ Autor da capa: ___________
Secções: «A Nossa Escola»; __________; ___________; ____________; __________; ___________; ___________.
Periodicidade: [não está explicitada] Preço: ______ Público-alvo: ________


Relanceando os vários textos que compõem o jornal, completa:

Segundo se depreende da leitura do editorial (p. 2), o tema a que este número do jornal pretende dar maior atenção é _____________.

Nem todos os textos do Voz Activa começam com um lead clássico. [Para a definição de lead — ou cabeça da notícia — lembra-te da recente redacção de notícia que te pedi, e da consulta que terá feito a uma ficha do caderno de actividades, onde se mostrava como o lead procura apresentar o essencial da notícia («Quem?», «O quê?», «Quando?», «Onde?»).] De qualquer modo, certas notícias do Voz Activa têm um primeiro período que segue as regras da redacção de um lead, como acontece no artigo _____________ (p. _____).

Situa-te na p. 5, que tem os segundos classificados da edição do ano passado do Concurso José Gomes Ferreira na modalidade 'poesia'.

No poema «Folheia-me», o sujeito poético procura __________________
Transcreve uma comparação que surja neste poema: _________________
E uma metáfora: _______________

Passa agora ao poema do escalão B, à direita. O poema tem _____ estrofes. Entre estas há _____ quadras, quatro ___________, uma __________ e uma ___________.
O esquema rimático das três primeiras estrofes é _______________.
O tipo de rima da primeira quadra é _______________.

Transcreve o primeiro verso e divide-o em sílabas métricas, tendo em conta possíveis elisões e o facto de a última palavra do verso ser grave.
_____________________
Assim, quanto ao metro, o verso é _________.

Lê «Vasco» (p. 6), vencedor da prémio de narrativa (escalão B).
Há aí um recurso de estilo de que depende bastante a força do texto. Qual é? ________________

Completa o texto que ponho a seguir (em cada lacuna, ficará uma única palavra). No final, reparte as palavras com que completaste os espaços pelas classes morfológicas que estão no quadro em baixo.

Pátroclo era o _________ amigo de Aquiles (e, presumivelmente, seu amante). Na Guerra de Tróia, quando Aquiles se negou a lutar devido à sua disputa com Agamémnon, Pátroclo, envergando ____ armadura de Aquiles, foi morto _____ Heitor. Depois de resgatar o corpo do amigo, Aquiles recusou-se durante algum tempo ____ sepultar o amigo, ______ foi convencido por uma aparição de Pátroclo, que lhe suplicou a cremação, de forma a que a sua alma pudesse ser admitida por Hades, deus _____ mortos. Percebemos melhor, assim, o diálogo que veremos entre Heitor ____ Aquiles (no filme Tróia), bem como a atitude _____ Aquiles (quando, cruel, arrastar o corpo de Heitor, e, depois, já compungido, devolver o cadáver ______ rei Príamo).
A Ilíada é um poema épico grego que narra os acontecimentos ocorridos no período de cinquenta e um ____ durante o último ano da Guerra de Tróia. O título da obra _________ do nome grego de Tróia, «Ílion». A Ilíada e a Odisseia são geralmente atribuídas ____ Homero, que se julga ter vivido por volta do século VIII a.C., e constituem os mais antigos documentos literários gregos que chegaram _____ nossos dias. Ainda hoje, contudo, ____ discute a sua autoria e a existência real de Homero.



Adjectivos / Nomes / Verbos / Determinantes
/____ / ____ / ____ / ____
Pronomes / Preposições / Conjunções / Contracções
/ ____ / ____ / ____ / ____

TPC - Mais uma vez não marco trabalho de casa, para, deste modo,
(1) teres mais disponibilidade para concorreres ao Concurso José Gomes Ferreira;
(2) leres livros.



Aula 115-116

Vê o exemplar da Kulto que te tenha calhado. (A Kulto é uma revista que sai com o jornal Público, todos os domingos.) Preenche as linhas seguintes e a tabela.

Série: [ainda só houve esta] Número: ___. Mês e ano: ______________.
Chefe de redacção (= editor): ________________.
Periodicidade: {escolhe} diário / semanal / anual. Público-alvo: _________.

Secções/Assunto(s) tratado no exemplar que te calhouGadgets/[objectos dados a conhecer:] ____________; ____________; ___________; __________.
Moda/[peça recomendada:] ____________________________
Receitas nojentas/[título da receita:] _____________ [ingredientes principais (um ou dois):] __________ __________
Krash!/faz-se um contraste entre ____________ e ___________, que têm em comum serem ambos/ambas _________.
Komo ser.../[profissão:] _________________
Blhek! /[elemento descrito:] ________________
Páginas centrais (e capa)/[assunto tratado:] ________________
Radikal/[desporto focado:] ______________
Cenas kool Livro/[nome do livro:] __________________
Cenas kool Música/[nome de música:] ___________________
Cenas kool Jogo/[nome do jogo:] ________________
Cenas kool Público - Saídas de emergência /[indicar o assunto de uma das notícias:] ______________


Lê «Receita para fazer um herói» (p. 226). Neste poema, usa-se a sintaxe de uma receita de culinária, mas substituem-se os ingredientes por palavras mais abstractas, de modo a caracterizar, criticamente, um «herói».
Relê a receita nojenta da Kulto (p. 3). Aproveitando algumas frases dessa receita e trocando os ingredientes por outros nomes, escreve um poema de cerca de dez versos (sem rima) intitulado:
«Receita para fazer um(a) ... [adolescente (rapaz) / adolescente (rapariga) / bêbado / empresário rico / político / top model / futebolista / surfista / médico / mendigo / burocrata / metrossexual / rasta / vizinha / culturista / aldeão / {podes escolher alguma outra personagem-tipo de que te lembres}]»
Receita para fazer um __________
[seguiam-se, para preencher, vinte linhas]

Completa o texto que ponho a seguir (em cada lacuna, ficará uma única palavra). No final, reparte as palavras com que completaste os espaços pelas classes morfológicas que estão no quadro em baixo.

Ulisses (nome latino, correspondente ao grego «Odisseu», como vai ser chamado num trecho que veremos) está presente nos dois poemas épicos gregos, Ilíada e Odisseia. É aliás a personagem principal _______ última obra e um dos mais astutos guerreiros gregos na Guerra de Tróia. O estratagema do cavalo, que ________ a entrada dos exércitos gregos na cidade, foi ideia sua.
A Odisseia trata do demorado retorno de Ulisses à ______ pátria, Ítaca, uma das numerosas ilhas gregas, onde a mulher, Penélope, o espera (desfazendo à noite a tapeçaria que tece durante o dia e evitando cumprir a _________ feita aos pretendentes que a assediavam). Uma das aventuras de Ulisses (vê-____-emos nesta aula) envolve o ciclope Polifemo; em outro momento, chega à ilha de Éolo, senhor dos ventos, de quem recebe uma pele ____ boi onde estão fechados os ventos contrários; etc. As dificuldades por que vai passando Ulisses são provocadas por Posídon, o deus _____ reina nos mares.
Eneias, que já não sei se aparece num dos trechos de filmes que vimos ou vamos ver, foi um dos poucos heróis troianos que escaparam da destruição de Tróia _____ gregos. Depois de contemplar a ruína da sua cidade natal, também ele partiu para uma _______ expedição marítima, ___ encontrar a costa da Itália, onde, após muitas lutas e aventuras, fundou uma colónia troiana no Lácio, sendo assim o remoto criador do estado Romano. O nome do _________ épico latino Eneida, de Virgílio, alude a Eneias e, como é óbvio, conta as ____ aventuras, ao mesmo tempo que visa glorificar o povo de Roma. Mais ainda do que as outras epopeias, a Eneida inspirou _________ Camões, em Os Lusíadas.

Adjectivos / Nomes / Verbos / Determinantes
____ / ____ / ____ / ____
Pronomes / Preposições / Advérbios / Contracções
____/ ____ / ____ / ____


TPC — Faz poemas, ou curtos textos em prosa poética, cujo título (ou primeiro verso) seja um dos versos que ponho a seguir. (Podes fazer um, dois ou três textos.)

No mais fundo de ti
Não, não encontro o retrato
Só o cavalo, só aqueles olhos grandes
O mar. O mar novamente à minha porta
Os dedos brincam com a luz de Maio



Aula 117-118

Lê a entrevista a Eugénio de Andrade (pp. 233-234). Após leres cada par de pergunta do jornalista/resposta do poeta, completa as minhas sínteses. (Como sempre, não deves pretender encontrar a boa resposta plasmada directamente nas palavras do texto.)

[De «Desde» até «breve...»] A poesia de Eugénio de Andrade tem evoluído, tornando-se cada vez mais _____________________.

[De «A linguagem» até «cores»] A classe de palavras de que Eugénio de Andrade desconfia é a dos ________. Certos recursos típicos da poesia têm vindo a ser abandonados por Eugénio de Andrade. São os casos da _______ e da ________. A frase «Se fosse pintor, diria que trabalho com cada vez menos cores» serve ao poeta para nos dizer que ______________.

[De «a sua poesia» até «Beethoven...»] Indicam-se aqui três fontes de inspiração: a infância rural passada em Castelo Branco; a ______________; ______________.

[De «Apesar» até «minha poesia»] {«telúrica» = 'relativo à Terra'} A metáfora «Eugénio de Andrade é o poeta da luz» significa que ___________________.

[De «Como é que» até ao fim] A comparação «O poema vai-se fazendo [...] como o oleiro vai fazendo um vaso» significa que, ao escrever, Eugénio de Andrade _________________.


No início da p. 233, diz-se que as palavras preferidas de Eugénio de Andrade são ___________, ____________, ___________, ____________, _____________.
Escolhe agora tu as tuas cinco palavras preferidas: ____________; ____________; ____________; _____________; ____________.

Os poemas de Eugénio de Andrade que estão nas pp. 234-237 têm como início os versos que te dei como ponto de partida para o trabalho de casa. Responde às seguintes perguntas sobre funções sintácticas, regressando a cada um desses poemas.

«Só o cavalo, só aqueles olhos grandes» (p. 234).
No período simples (ou oração absoluta) que constitui os três primeiros versos, o sujeito é ___________ [para te ajudar: o sujeito há-de concordar com o predicado «fazem falta»]. E o complemento indirecto é _________ [outra ajuda: é um pronome e responderá à pergunta «fazem falta a quem?»].
«O mar. O mar novamente à minha porta» (p. 235).
Repara neste trecho: «Vi-o pela primeira vez nos olhos de minha mãe». Indica as seguintes funções sintácticas. Sujeito: ____________; Predicado: ___________; Complemento directo: ____________; Complemento circunstancial de tempo: ___________; Complemento circunstancial de lugar: __________.
«Não, não encontro o retrato» (p. 235).
Atenta nestas duas orações: «Estavas de perfil, a luz de cinza caía-te dos braços».
Na primeira oração, o sujeito é ___________. A expressão «de perfil», que se segue ao verbo copulativo «estar», desempenha a função de _____________. O predicado é, por isso, um predicado nominal: «________________». Na segunda oração, «a luz de cinza» é o _____________; «caía» é o _________; «te» é o ______________; «dos braços» é o ____________.

«Poema à mãe [No mais fundo de ti]» (p. 236).
No poema há um vocativo, que aparece quatro vezes: «__________».
Vê os antepenúltimo e último versos: «Guardo a tua voz dentro de mim». O sujeito é __________; o predicado é __________; o complemento directo é ___________; o complemento circunstancial de lugar é ___________.
«E deixo-te as rosas». O sujeito é _____________; o predicado é ______________; o complemento directo é ______________; o complemento indirecto é ____________.

«Criança no regaço [Os dedos brincam com a luz de março]» (p. 237).
Neste terceto há um complemento determinativo, que é _________. Substitui esse determinativo por um adjectivo (que funcionaria, portanto, como atributo): ___________.

Prepara a leitura em voz alta dos poemas que estivemos a ver.



Aula 119-120

Na coluna do meio, classifica a recitação de cada colega (Muito Bom / Bom+ / Bom / Bom- / Suf+ / Suf / etc.). Na coluna da direita, escolhe a melhor das duas formulações para o tema.

Poema de Fernando Pessoa / Recitação / Tema
Viajar! Perder países! / ___ / Liberdade - Viagem
Quando as crianças brincam / ___ / Capacidade de sentir o que não se viveu - Memórias de uma infância feliz
Quem bate à minha porta / ___ / Ausência de sentimentos - A morte
Tudo que faço ou medito / ___ / Contradição entre o que se sente e o que se faz - Incapacidade de sonhar
Gato que brincas na rua / ___ / Vantagens dos seres racionais sobre os seres irracionais - É preferível sentir a pensar sobre o que se sente
O poeta é um fingidor («Autopsicografia») / ___ / A poesia é fundamentalmente expressão dos sentimentos - A poesia é sobretudo criação intelectual (sem espontaneidade)
O mito é o nada que é tudo («Ulisses») / ___ / ___
Ó mar salgado, quanto do teu sal («Mar Português») / ___ / ___

Em folha solta, resolve «Queres jogar?» (p. 244).

Lê o texto a seguir e, período a período, completa a classificação de orações que pus em baixo. Usei barras (//) para dividir as orações dentro de cada período.

[1] Como acontece nos outros poemas épicos (inclusivé nos Lusíadas), // na Odisseia a acção começa já a meio da história. [2] Só mais tarde, em flash back, sabemos as primeiras aventuras. [3] No filme, seguimos a narrativa desde o final da guerra de Tróia, // mas, no poema, as páginas iniciais põem Ulisses já na ilha da deusa Calipso, sete anos depois da batalha. [4] Calipso detinha aí o inteligente guerreiro, // quando Zeus lhe pede // que o liberte. [5] Se a saudade do lar não fosse tanta, // Ulisses decerto ficaria na aprazível ilha com Calipso.
[1] Para que saibamos o começo da história, // temos, mais à frente, o relato de Ulisses ao rei dos feácios. [2] Conta ele então os episódios anteriores: os encontros com o ciclope Polifemo, com o deus Éolo, com a feiticeira Circe. [3] Circe transformara os companheiros de Ulisses em rosadinhos suínos. [4] Porque tomara uma erva mágica, // Ulisses escapou aos bruxedos. [5] Desde que estava na ilha, // passara já um ano. [6] Circe diz-lhe // que consulte Tirésias no Hades. [7] Ulisses vai ao Hades // e encontra lá a mãe.
[1] Este mesmo processo narrativo vimo-lo no filme Os Coristas. [2] O álbum guardado por Pépinot permitia depois uma longa narrativa encaixada, // a fim de que soubéssemos então a história do professor.

1.º parágrafo
1.º período: 1.ª oração: _____________ // 2.ª: Subordinante
2.º período: Oração absoluta.
3.º período: 1.ª: Coordenada // 2.ª: ___________________
4.º período: 1.ª: Subordinante // 2.ª: Subordinada _______ // 3.ª: Subordinada Completiva
5.º período: 1.ª: ______________ // 2.ª: Subordinante

2.º parágrafo
1.º período: 1.ª: Subordinada __________ // 2.ª: ______________
2.º período: _________________
3.º período: Oração ______________
4.º período: 1.ª: _________________ // 2.ª: Subordinante
5.º período: 1.ª: Subordinada ______________ // 2.ª: ___________
6.º período: 1.ª: Subordinante // 2.ª _______________
7.º período: 1.ª: _____________ // 2.ª: Coordenada ______________

3.º parágrafo
1.º período: Oração absoluta.
2.º período: 1.ª: __________ // 2.ª: Subordinada _____________

TPC — Prepara a leitura em voz alta dos poemas que estão nas pp. 216, 231, 232, 238, 239, 241, 245, 246, 248, 249.



Aula 121-122

Pp. / Título ou primeiro verso / Autor / Leituras em voz alta
216 / O beijo / Alexandre O'Neill / _____
231 / Quatorze versos / Alexandre O'Neill / _____
232 / Branco / Teresa Guedes / _____
232 / Lua / Teresa Guedes / _____
238 / Biografia / Miguel Torga / _____
239 / Exame / Miguel Torga / _____
241 / Terra maninha / Miguel Torga / _____
245 / Como a noite é longa! / Fernando Pessoa / _____
246 / Que noite serena! / Álvaro de Campos / _____
248 / Cruz na porta da tabacaria! / Álvaro de Campos / _____
249 / Adolescência / Alexandre O'Neill / _____

Faz «Queres jogar» (p. 224).
Faz «Queres jogar» (p. 242).
Faz «Queres jogar» (p. 240).

TPC - Preparar leitura das peças «Magriço» (pp. 262-265) e «O Bojador» (pp. 269-272). (Esta preparação implica ler as peças — incluindo as referências para a encenação — e experimentar dizer as falas.)

Gostava ainda que, aproveitando o facto de contactarem assim com duas peças de teatro (e verem como se costuma apresentar um texto dramático), pensassem também escrever uma peça para o Concurso Literário José Gomes Ferreira.
Têm convosco o regulamento, mas relembro:

Máximo de três páginas, com dois espaços entre as linhas, em corpo 12, fonte ARIAL. Assim como eu estou a escrever estes dois parágrafos.
(O prazo do concurso foi ampliado para 16 de Junho. O que significa que também nas outras modalidades — poesia e narrativa — podem ainda entregar textos. A entrega faz-se no CRE.)




Aula 123-124

Resolve o ponto 3.1, da p. 266.
Veremos agora curto vídeo sobre características do texto dramático (isto é, as peças de teatro).
De seguida, ouviremos um resumo da história dos Doze de Inglaterra e de Magriço (tal como vem narrada nos Lusíadas). Foi este episódio que inspirou o autor de «Magriço» (pp. 262-265), que procuraremos dramatizar.

«Magriço» (Doze de Inglaterra), de António Torrado

Personagens / Actores (Representação 1 / Representação 2 / Representação 3)
Rei / ___ / ___ / ___
Magriço / ___ / ___ / ___
Cavaleiro 1 / ___ / ___ / ___
[Cavaleiros] / ___ / ___ / ___
[Cavaleiros] / ___ / ___ / ___

«O Bojador» (pp. 269-273), de O Bojador, de Sophia de Mello Breyner Andresen

Personagens / Actores (Representação 4 / Representação 5)
Criança / ___ / ___
Mulher / ___ / ___
Velho / ___ / ___
Rapaz / ___ / ___