Thursday, September 08, 2022

Aula 35-36

Aula 35-36 (14 [1.ª, 3.ª], 21 [5.ª], 23/nov [4.ª]) Correção do questionário de compreensão sobre «Paterson», de Pedro Mexia. Explicação sobre anáforas. (Ver Apresentação.)

Ao longo da aula vamos ver excertos de Bean, um autêntico desastre. Interessa-nos sobretudo o discurso de Bean acerca do quadro conhecido como «A mãe de Whistler», do pintor James Whistler (1834-1903), nascido no Massachusetts. O comentário de Bean é pertinente, ainda que não seja como o que faria um verdadeiro especialista em pintura.

Para se perceber o discurso, convém saber que foi proferido perante uma plateia de cidadãos americanos, na presença do milionário benfeitor que tinha adquirido o quadro para o doar a um museu. Ao falar, Bean tinha a pintura à vista e para ela ia apontando.

Bem... Olá. Eu sou o Dr. Bean (pelo que parece).

O meu trabalho consiste em sentar-me a olhar os quadros. Portanto, o que aprendi eu que possa dizer sobre este quadro?

Bem, primeiro que tudo, que ele é muito grande. O que é magnífico, pois, se ele fosse muito pequeno — microscópico, estão a ver —, ninguém conseguiria vê-lo, o que seria lastimável.

Em segundo lugar — e estou a aproximar-me do fim desta análise do quadro —, em segundo lugar, porque é que se justifica que este homem tenha gastado 50 milhões dos vossos dólares na sua compra?

E a resposta é... Bem, este quadro vale tanto dinheiro, porque é um retrato da mãe de Whistler e, como eu aprendi ao ficar em casa do meu melhor amigo, David Langley, e da sua família, as famílias são muito importantes e, apesar de o Sr. Whistler saber perfeitamente que a sua mãe era uma avantesma atroz com ar de quem se sentara num cato, ele não a abandonou e até se deu ao trabalho de pintar este extraordinário retrato dela. Não é apenas um quadro, é um retrato de uma velha taralhouca e feiosa que ele estimava acima de tudo.

E isso é maravilhoso. Pelo menos é o que eu penso.

Numa versão puramente escrita deste discurso — destinada, por exemplo, a sair junto de notícia relativa à cerimónia —, depurada de tiques orais, o que eliminaríamos da transcrição que fiz?

A lápis, circunda essas partes desnecessárias (marcas de oralidade, no fundo).

Depois, sublinha os antecedentes dos termos anafóricos que sublinhei.

(Sobre anáfora — termo anafórico — e antecedente, podes relancear a p. 338.)

Escreve uma análise — até certo ponto, semelhante à de Bean — do quadro que escolheres (entre os do álbum que te calhou, que será de um pintor aproximadamente contemporâneo de Whistler). Diferentemente do discurso de Bean, o teu texto evitará as marcas de oralidade e o vocabulário ingénuo.

Pretende-se que o teu discurso-apreciação crítica comece por uma aproximação sobretudo descritiva, objetiva, e termine com explicação já mais subjetiva, emotiva, quase poética, como acontecia na análise de «A mãe de Whistler» transcrita no rosto desta folha.

Em algum momento do texto, refere o pintor e o título do quadro.

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TPC — Em Gaveta de Nuvens, lê a ficha sobre “Anáfora” do Caderno de Atividades (já corrigida).

 

 

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