Thursday, September 08, 2022

Aula 45-46

Aula 45-46 (6 [5.ª], 9 [3.ª, 4.ª], 13/dez [4.ª]) Correção do trabalho de apreciação crítica de pintura.

Vai lendo os textos [publicados em Mensagens. Português. 10.º ano, Lisboa, Texto, 2015, pp. 76-77], já relativos à unidade em torno de Fernão Lopes, e, em cada item, circunda a alínea melhor. (Não consultes manual, outras folhas, colegas.)




João de Melo, «Da história à literatura»

ll. 1-13

 

Nas ll. 1-6, assume-se que o Mestre de Avis

a) se notabilizou como rei de Portugal e, por isso, Fernão Lopes se não ocupou dele.

b) ficou célebre por ter sido rei de grande mérito, mas que o que dele diz Fernão Lopes já o tornaria notável.

c) se distinguiu como rei mas que Fernão Lopes, por isso mesmo, evitou referi-lo nas suas crónicas.

d) não foi um grande rei, embora tivesse sido celebrizado na Crónica de El-Rei D. João I.

 

A anáfora (ou termo anafórico) «ele» (l. 7) tem como referente (ou termo antecedente)

a) «Fernão Lopes» (l. 4).

b) «o Mestre de Avis» (l. 3).

c) «cronista-historiador» (l. 7).

d) «outro cronista-historiador» (l. 7).

 

O pronome presente em «fá-lo» (l. 12) tem como referente (antecedente)

a) «Fernão Lopes» (l. 4).

b) «quem o lê» (l. 12).

c) «ele» (l. 7).

d) «[o] autor» (l. 12).

 

ll. 14-26

 

Segundo o cronista de «Da história à literatura», aderimos ao que nos é contado por Fernão Lopes

a) por causa da vivacidade da sua escrita e da sua objetividade enquanto historiador.

b) por causa da emoção na sua escrita e por sermos quase convidados a viver os episódios em questão.

c) porque o texto histórico de Fernão Lopes é realista e imparcial.

d) porque a sua prosa trata de temas sentimentais e ele é «opinioso».

 

ll. 27-44

 

No apuramento da verdade histórica, Fernão Lopes usa

a) fontes escritas e testemunhos orais.

b) sobretudo fontes documentais escritas.

c) depoimentos fornecidos de viva voz pelos protagonistas dos feitos relatados.

d) wikipédia, google, Correio da Manhã, «Quem quer casar com um agricultor?».

 

Relativamente aos factos, Fernão Lopes

a) consegue ser neutral, claro, seco.

b) usa de cientificidade investigativa, o que o torna precursor da historiografia moderna.

c) é menos interessante nos dias de hoje do que quanto às capacidades literárias.

d) revela-se inútil atualmente, dado que foi sobretudo criador, opinativo, embora independente do poder.

 

ll. 45-49

 

Fernão Lopes teria dado voz

a) ao povo.

b) às multidões da «arraia miúda» que é o povo.

c) à miúda que, promiscuamente, anda com o povo.

d) às suspeitas do povo.

 

Henrique Monteiro, «Um cronista militante»

ll. 1-9

 

Segundo as ll. 5-9, o «eu» de «Um cronista militante»

a) só a partir do século XIV começou a conhecer as séries de televisão.

b) só depois do século XIV estudou algo tão movimentado como as séries de cowboys.

c) só com o estudo da Crónica de D. João I conheceu narrativas com tanta ação como as séries de televisão.

d) só com o começo da televisão a cores conheceria algo de mais movimentado que a Crónica de D. João I.

 

ll. 10-16

 

O narrador de «Um cronista militante»

a) teria estudado já as epopeias antigas, mas Fernão Lopes marcou-o mais.

b) viria a ser mais marcado por autores da antiguidade e, naquela altura, Fernão Lopes não o estimulou.

c) só foi marcado por Fernão Lopes, independentemente de as epopeias antigas serem ou não estudadas.

d) não gostou do estudo dos poemas de Homero e de Virgílio, ao contrário do dos textos de Lopes.

 

ll. 17-28

 

O modificador «na altura» (l. 20) corresponde

a) a «pelos anos de 1383» (l. 20).

b) a há mais de seiscentos e trinta anos.

c) ao cimo dos «torreões da Sé» (l. 27).

d) à época em que contactou com a literatura de Fernão Lopes.

 

ll. 29-40

 

Segundo o jornalista, Fernão Lopes

a) era bastante faccioso, embora o escondesse bem.

b) era imparcial, independente, justo.

c) não se coibia de ser um pouco parcial no seus juízos, como na adoração por D. João I de Castela.

d) não enganava ninguém, tinha as suas preferências (segundo padrões atuais da historiografia, seria um cocó de cão).

 

ll. 41-52

 

O conhecimento histórico acumulado após a época de Fernão Lopes mostrará que o cronista

a) teve sempre razão.

b) era secante mas certeiro nos seus juízos.

c) foi o Jorge Jesus da historiografia (exaltante, vibrante, mas com visão circunscrita a uma perspetiva, com as limitações da sua geração).

d) nem sempre foi claro e simples, apesar de exaltante, vibrante, patriótico.

 

Os períodos começados por «Que» (ll. 42-52) são

a) parágrafos.

b) complemento direto de «sabemos» (l. 41).

c) de tipo instrucional.

d) de tipo descritivo.

 

ll. 53-56

 

O pronome «algo» (l. 53) tem como referente

a) «seja como for» (l. 53).

b) «que ninguém lhe tira» (l. 53).

c) todo o segmento que ocupa as linhas 54-56.

d) «o modo tão belo e empolgante como relata uma situação» (ll. 54-55).

 

Jeffrey Archer é, até certo ponto, o tipo de escritor que Pedro Mexia, numa sua crónica, classificava como «besta célere» (< best-seller). De qualquer modo, tem méritos evidentes de contador de histórias (como Fernão Lopes). Um dos seus livros intitula-se aliás Contador de histórias, cujo primeiro conto tem a particularidade de ter só cem palavras.

Vejamos como o apresenta e, depois, o conto propriamente dito (Jeffrey Archer, Contador de Histórias, trad. de Fernanda Oliveira, Lisboa, Bertrand, 2019, pp. 13 e 17):

 

Um desafio

Há muitos anos, um editor da Reader’s Digest em Nova Iorque convidou-me para escrever uma história de cem palavras que tivesse princípio, meio e fim. Como se já não fosse desafio suficiente, insistiu em que não podiam ser 99 ou 101 palavras.

E, não contente com isso, pediu-me para apresentar a obra acabada no prazo de vinte e quatro horas.

O meu primeiro esforço consistiu em 118 palavras, o segundo em 106 e o terceiro em 98. Pergunto-me se conseguirão descobrir quais as duas palavras que tive de voltar a incluir.

O resultado foi «Único», que encontrarão na página seguinte.

Os leitores poderão ter interesse em saber que o que acabei de escrever também tem 100 palavras.

Único

Paris, 14 de março de 1921

O colecionador voltou a acender o charuto, pegou na lupa e ana­lisou o selo triangular de 1874 do Cabo da Boa Esperança.

— Eu avisei-o de que havia dois selos — disse o negociante. — Ou seja, o seu não é único.

— Quanto?

— Dez mil francos.

O colecionador passou um cheque antes de dar uma baforada no charuto, mas este já estava apagado. Pegou num fósforo, riscou-o e lançou fogo ao selo.

O negociante olhou incrédulo, ao mesmo tempo que o selo se desfazia em fumo.

O colecionador sorriu.

— Estava enganado, amigo — disse. — O meu é único.

 

Cria conto em cem palavras. Evita o estilo ‘anedota’. Não apostes em muito diálogo. Título conta para o número de palavras.

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TPC — Vai lendo livro(s) combinado(s).

 

 

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