Aula 35-36
Aula 35-36 (14 [1.ª, 3.ª], 21 [5.ª],
23/nov [4.ª]) Correção do questionário de compreensão sobre «Paterson»,
de Pedro Mexia. Explicação sobre anáforas. (Ver Apresentação.)
Ao longo da aula vamos ver
excertos de Bean, um autêntico desastre.
Interessa-nos sobretudo o discurso de Bean acerca do quadro conhecido como «A
mãe de Whistler», do pintor James Whistler (1834-1903), nascido no Massachusetts.
O comentário de Bean é pertinente, ainda que não seja como o que faria um
verdadeiro especialista em pintura.
Para se perceber o discurso,
convém saber que foi proferido perante uma plateia de cidadãos americanos, na
presença do milionário benfeitor que tinha adquirido o quadro para o doar a um museu.
Ao falar, Bean tinha a pintura à vista e para ela ia apontando.
Bem... Olá. Eu sou o Dr.
Bean (pelo que parece).
O meu trabalho consiste em
sentar-me a olhar os quadros. Portanto, o que aprendi eu que possa dizer sobre
este quadro?
Bem, primeiro que tudo,
que ele é muito grande. O que
é magnífico, pois, se ele fosse muito pequeno — microscópico, estão a ver —,
ninguém conseguiria vê-lo, o que seria lastimável.
Em segundo lugar — e estou
a aproximar-me do fim desta análise do quadro —, em segundo lugar, porque é que
se justifica que este homem tenha gastado 50 milhões dos vossos dólares na sua
compra?
E a resposta é... Bem,
este quadro vale tanto dinheiro, porque é um retrato da mãe de Whistler e, como
eu aprendi ao ficar em casa do meu melhor amigo, David Langley, e da sua família,
as famílias são muito importantes e, apesar de o Sr. Whistler saber
perfeitamente que a sua mãe era uma avantesma atroz com ar de quem se sentara
num cato, ele não a abandonou
e até se deu ao trabalho de pintar este extraordinário retrato dela. Não é apenas um quadro, é
um retrato de uma velha taralhouca e feiosa que
ele estimava acima de tudo.
E isso é maravilhoso. Pelo menos é o que eu penso.
Numa versão
puramente escrita deste discurso — destinada, por exemplo, a sair junto de
notícia relativa à cerimónia —, depurada de tiques orais, o que eliminaríamos
da transcrição que fiz?
A lápis, circunda essas
partes desnecessárias (marcas de oralidade, no fundo).
Depois, sublinha os antecedentes
dos termos anafóricos que sublinhei.
(Sobre anáfora — termo anafórico — e antecedente,
podes relancear a p. 338.)
Escreve uma análise — até certo
ponto, semelhante à de Bean — do quadro que escolheres (entre os do álbum que
te calhou, que será de um pintor aproximadamente contemporâneo de Whistler).
Diferentemente do discurso de Bean, o teu texto evitará as marcas de oralidade
e o vocabulário ingénuo.
Pretende-se que o teu discurso-apreciação crítica comece por uma
aproximação sobretudo descritiva, objetiva, e termine com explicação já mais
subjetiva, emotiva, quase poética, como acontecia na análise de «A mãe de Whistler»
transcrita no rosto desta folha.
Em algum momento do texto,
refere o pintor e o título do quadro.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC
— Em Gaveta de Nuvens, lê a ficha sobre “Anáfora” do Caderno de Atividades
(já corrigida).
#
<< Home