Thursday, September 08, 2022

Aula 1-2

Aula 1-2 (14 [4.ª], 16 [3.ª, 1.ª], 19/set [5.ª]) Começamos com informações sobre aspetos com utilidade para todo o ano (material; manual; sala; blogue; ver a Apresentação que ponho no final da aula).

Depois, preenchemos «folhas da caderneta» (com desenho de retrato-emblema). E seguem-se já as folhas que usámos com tarefas.

Ponho a seguir parágrafos acerca de alguns autores de que há textos, ou que são referidos, no manual. Lê as afirmações e assinala à esquerda de cada uma se são V(erdadeiras) ou F(alsas).

Terás de decidir por simples conjetura, em função do que aches verosímil. Não vale a pena ires à procura dos textos destes autores no livro. Centra-te apenas nos parágrafos que te dou.

A ordem é a inversa da cronologia: começa-se pelos mais recentes, até se chegar aos trovadores medievais, de que, em geral, se desconhece até a exata data de nascimento.

16. Bruno Nogueira (nascido em 1982) «subiu ao palco» pela primeira vez, no oitavo ano, no âmbito da disciplina de Português, numa apresentação sobre colegas e professores. Concluído o secundário, frequentou o Chapitô. Na última década, criou, entre outros, uma série com o nome de epopeia célebre, Odisseia; uma paródia aos «reality shows», Último a sair; e um programa improvisado com MEC, Fugiram de casa de seus pais.

15. Ricardo Araújo Pereira (1974) foi jornalista no Jornal de Letras, Artes & Ideias, é cronista no Expresso, dirige uma coleção de clássicos da literatura universal. Integra um governo sombra e tem dado aulas sobre escrita na Universidade Nova de Lisboa e em cursos por Zoom.

14. Gonçalo Cadilhe (1968), aos catorze anos, trabalhou numa farmácia a fim de juntar dinheiro para comprar uma prancha de surf; nunca mais quis saber dos estudos, mas acabou por se licenciar em Gestão. O primeiro emprego que teve foi gerir o tempo livre. Entretanto, já escreveu cerca de duas dezenas de livros de viagens.

13. José Tolentino de Mendonça (1965), poeta, teólogo, cronista no Expresso, dirige a Biblioteca do Vaticano, onde aliás se encontra um dos três cancioneiros que são testemunhos importantes da lírica trovadoresca. Apesar de calaça, Tolentino é cardeal e já há quem profetize que pode vir a ser o sucessor do Papa Francisco.

12. MEC é o acrónimo por que é conhecido o sociólogo, cronista, diretor de jornal, romancista, crítico musical, gastrónomo Miguel Esteves Cardoso (1955). Escreveu, entre outras, as seguintes obras: Explicações de Português, O Amor é fodido, Com os copos, Em Portugal não se come mal, Como é linda a puta da vida.

11. Há cerca de cem anos, Fernando Pessoa (1888-1935) viveu na Avenida Gomes Pereira, a cerca de quinhentos metros da nossa escola. Por vezes, o poeta parava na rua e equilibrava-se numa perna com uma mão para a frente e outra para trás, para significar o bico e a cauda de um íbis, o que surpreendia quem passasse.

10. Não se sabe se Luís de Camões nasceu em 1524 ou em 1525; e também não é seguro se morreu em 1579 ou em 1580. É certo que perdeu o olho direito, mas também se discutiu muito se os seus ossos eram verdadeiros.

9. Gil Vicente (1465?-1536?), dramaturgo e ator, «artista de corte» (no fundo, uma espécie de encarregado das celebrações no paço), teria sido também, como figura num documento, «mestre da balança», o funcionário a quem incumbia controlar o peso do rei.

8. Em 1459, Fernão Lopes (c. 1380-c. 1460) venceu um litígio que o opunha a um neto, a quem negava a legitimidade e o direito de herdar os seus bens. Entretanto, não há certezas sobre se o cronista está representado nos célebres «Painéis de São Vicente».

7. D. Dinis (1261-1325), o Rei Poeta, casado com uma santa, a rainha D. Isabel, teve, pelo menos, sete filhos ilegítimos, todos de senhora diferente. A rainha D. Isabel também teve os seus filhos naturais (isto é, bastardos).

6. «Codax», apelido do jogral Martim Codax (séc. XIII), também aparece escrito «Codaz», não se sabendo ainda hoje a origem deste antropónimo (três hipóteses já defendidas quanto ao sentido de «Codax»: ‘com grandes cotovelos’; ‘cauda’; ‘obra de’).

5. João Garcia de Guilhade (XIII), trovador, criou cantigas a troçar do jogral Lourenço, que trabalhara antes na sua dependência e se achara mal remunerado. Quanto a Lourenço, apontava àquele de quem se emancipara insuficiências várias na arte poética.

4. O jogral João Zorro (XIII), de que se conhecem onze cantigas — «En Lixboa sobre lo mar» será a mais citada —, deve o seu apelido ao facto de costumar usar uma máscara idêntica à de Zorro, personagem criada em 1919 por Johnston McCulley.

3. Numa das suas cantigas de escárnio e maldizer, Pero Garcia Burgalês (XIII), dirigindo-se a Fernand’Escalho, lamentou que este jogral, por causa da sua desenfreada atividade sexual (hetero e homo), tivesse perdido a boa voz que chegara a ter.

2. Rui Queimado (XIII) foi ridicularizado por Pero Garcia Burgalês porque, para poder parecer bom trovador, estava disposto a morrer de amor nas suas cantigas (alegadamente, desde que pudesse ressuscitar pouco depois).

1. O trovador Pero da Ponte (XIII) — ou, talvez melhor, o segrel Pedro da Ponte (porque, na verdade, as suas atividades poéticas seriam remuneradas) — foi acusado por Afonso X de ser ladrão e assassino.

 

Correção comentada (cfr. Apresentação; os parágrafos errados são os três que estão copiados nos slides e com a parte falsa a azul) e escrutínio de quem errou menos (para efeitos de Prémio Tia Albertina).

 

 

Cria três parágrafos como os que fiz acerca dos escritores, mas sobre ti. Entre eles haverá pelo menos uma afirmação verdadeira. Independentemente da veracidade de cada parágrafo, espera-se que sejam referidos factos curiosos.

Assume que o objetivo seria dificultar a vida a quem tentasse distinguir relatos verdadeiros e falsos. Procura incluir pormenores, que servirão para dificultar o reconhecimento da factualidade dos trechos. O estilo deverá ser até um pouco mais elaborado do que o meu (enfim, menos seco do que o dos parágrafos mais curtos). Usa a 3.ª pessoa e o nome por que serás tratado nas aulas.

Ao lado de cada uma das três afirmações, põe V(erdadeira) ou F(alsa). Dentro de parênteses retos podes acrescentar algum esclarecimento que aches necessário. [Quem não esteve em aula pode, e deve, entregar-me esta tarefa logo que possa.]

1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Dá uma vista de olhos a https://gavetadenuvens.blogspot.com/, para perceberes onde ficam sumários, tepecês, aulas (estas só as transcrevo passados uns dias), etc. Com cores berrantes destacarei o mais urgente ou útil no imediato.

 

 

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