Thursday, September 08, 2022

Aula 7-8

Aula 7-8 (26 [1.ª, 3.ª], 27/set [4.ª, 5.ª]) Correção de redações com os três modos literários.

Vai lendo o texto de José Tolentino de Mendonça na p. 12 e resolvendo logo os itens (não vale a pena leres primeiro todo o texto, demorarias demasiado).

Circunda a melhor alínea de cada item.

Usa lápis ou caneta (mas, se usares lápis, não é preciso passar a tinta no final).

 

linha 1 — O primeiro período do texto («Estamos, diz-se, a chegar ao fim da era do livro») exprime uma ideia

a) com que o autor concorda.

b) relativamente à qual, percebemo-lo, o autor se distancia.

c) que o autor rejeita de imediato.

d) indiscutível.

 

«era do livro» (l. 1) quer dizer:

a) época em que o livro é relevante.

b) hera (‘espécie de planta’) do livro.

c) idade livre.

d) tempo de vida útil de um livro.

 

linhas 1-10 — Segundo o cronista (José Tolentino de Mendonça),

a) é uma bênção que os livros vão desaparecendo.

b) George Steiner tem razão ainda hoje.

c) os livros deixaram de existir de um dia para o outro.

d) é verdade que os livros deixaram de ser a meta essencial da nossa civilização.

 

linhas 10-14 — Visa-se sobretudo vincar

a) que o e-book tem vindo a destronar o livro.

b) a irrelevância da tecnologia na comunicação humana.

c) que diversos recursos com ecrãs formatam o nosso dia a dia.

d) que a frequência das leituras em ecrã não é mais significativa que as de livros.

 

linhas 16-19 — Nestas quatro linhas diz-se que

a) os analfabetos são biliões.

b) o texto linguístico não esgota a comunicação em ecrã.

c) na comunicação em ecrã são mais importantes os emoticons com cocó.

d) as mensagens que o ecrã nos transmite são sobretudo discursivas.

 

linhas 20-22 — Neste período, o que se diz é que devemos falar

a) na decadência do livro, já que é o seu suporte, e não o livro propriamente dito, que está em mudança.

b) em mudança da maneira de aceder ao livro mas não no seu declínio.

c) em transformação do livro, na medida em que o ecrã passou a desempenhar as suas funções.

d) crepúsculo do livro, porque o pôr do sol é, afinal, o melhor momento para a leitura.

 

linhas 22-25 — Estas linhas defendem o seguinte:

a) antes de termos livros, havia textos gravados em tábuas de chocolate e em rótulos de garrafas de vinho bem bom.

b) o livro, em sentido lato, tem uma história que inclui textos gravados em pedras, em tábuas de argila, em rótulos e, agora, em ecrãs.

c) com o ecrã vai-se inaugurar uma nova história, terminada a fase do livro — que sucedeu às épocas dos textos gravados em pedras, das tábuas em argila, dos rótulos.

d) a história do livro é imparável, tal como a decadente carreira de Cristiano Ronaldo.

 

linhas 25-28 — Estes três períodos centram-se no reconhecimento da forma

a) das bicicletas.

b) das facas, das colheres e das bicicletas.

c) do livro lido em ecrã.

d) do livro em papel.

 

linhas 29-35 — Defende-se que há

a) condições para ler o livro que são comuns à leitura em qualquer suporte.

b) que mudar as exigências que se punham à leitura, uma vez que esta também mudou.

c) certas exigências da leitura que convém preservar.

d) que guardar a memória desta fase da humanidade, quando o livro dá lugar ao ecrã.

 

linhas 36-37 — O antepenúltimo período do texto («Protejamos o património cultural que os livros representam») é um bom exemplo do tipo textual

a) narrativo.

b) preditivo.

c) conversacional.

d) instrucional.

 

«Eles são mapas para decifrar de onde viemos» (ll. 36-37) significa que os livros

a) são autoestradas para o conhecimento.

b) têm sempre marcas do local onde foram redigidos.

c) permitem-nos ver o caminho entre a Rua Paulo Renato e a Rua Professor Sebastião e Silva.

d) ajudam-nos a perceber a nossa história.

 

«[Os livros] são mapas para decifrar de onde viemos. Mas são também telescópios e sondas apontadas ao futuro» (ll. 36-37). Estas identificações de livros com mapas, telescópios, sondas constituem

a) ironias.

b) metáforas.

c) comparações.

d) hipérboles.

 

Referência — Segundo o que vimos na última aula, a referência bibliográfica no final do texto

a) deveria ter «Louvor do livro» em itálico.

b) deveria ter «Ler», que é o título da revista, entre aspas e sem itálico.

c) está bem feita (mas há vírgula a mais depois de «2020» e umas aspas a mais).

d) deveria ter «Louvor do livro» sublinhado e sem aspas.

 

Autor — Na primeira aula de português deste 10.º ano disse-lhes que José Tolentino de Mendonça

a) era, na verdade, um calaça, isto é, um preguiçoso.

b) era Calaça, de nome.

c) tinha por nome familiar «Tolentas».

d) fora padre na Igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Benfica.

 

Na primeira aula de português disse-lhes que José Tolentino de Mendonça era

a) bispo de um jogo de xadrez.

b) papa.

c) cardeal.

d) bispo.

 

Texto em geral — Neste discurso de José Tolentino de Mendonça predominam os tipos

a) narrativo e descritivo.

b) preditivo e conversacional.

c) instrucional e narrativo.

d) expositivo e argumentativo.

 

 

Recursos expressivos

A tabela integra as figuras de estilo referidas no sketch «Jesus ensaia figuras de estilo» (série Barbosa) e em «Que figura de estilo está Manuela Ferreira Leite a usar?» (série Carlos). Quase todas estão também definidas nas pp. 351-352 do nosso manual.

Completa as definições. Deixei ficar três figuras de estilo que não surgem nos sketches. Para cada um desses casos — enumeração, antítese, apóstrofe —, tenta criar tu um exemplo, que registarás na coluna do meio (consulta as definições no manual, lê as abonações aí dadas para esses recursos expressivos, mas não te limites a copiá-las: inventa tu os exemplos — idealmente, verdadeiramente expressivos).

Figura

Exemplo (nos sketches ou a criares agora)

Definição simplificada

Figuras de sintaxe

Anáfora

«Deus é grande; Deus é pai; Deus é amor; Deus castiga; Deus abençoa; Deus é...»

Repetição de palavra ou expressão no ______ de versos ou frases.

Elipse

[Não há propriamente elipse; mas, por brincadeira, no sketch assume-se que o silêncio de Manuela Ferreira Leite é uma elipse.]

Omissão de uma palavra que se subentende facilmente.

Enumeração

 

Apresentação sucessiva de elementos (em princípio, da mesma classe gramatical).

Hipérbato

(cfr. Anástrofe)

«Eu a salvação trago para vós, que pecados cometeis; porém, não para os néscios que os mandamentos de Deus não respeitam. Comigo vinde.»

Alteração da ______ mais habitual das palavras.

Figuras fónicas

Aliteração

«Deus destapa o demónio e dá a doce dádiva do dom divino aos diabéticos da Dalmácia que se depilam junto ao desumidificador, enquanto se divertem com dados. E diz um Dai-li, dai-li, dai-li, dai-li, dai-li, dai-li, dô, papagaio voa.»

________ de sons ___________ semelhantes.

Onomatopeia

«Eu caminho sobre as águas — chlap-chlap-chlap — e, nisto, passa uma manada de búfalos — catapum, catapum, catapum —, os pecadores choram — chuífe, chuífe.»

Sugestão da imagem auditiva de um objeto por meio de um conjunto de _____.

(É um termo mais usado no domínio da etimologia.)

Figuras de semântica ou de pensamento

Alegoria

[Parábolas na Bíblia.]

Expressão de noções ______ através de um episódio concreto.

Antítese

 

 

 

Combinação de dois elementos ou ideias opostos.

Apóstrofe

 

 

 

Interpelação a alguém ou a alguma coisa.

Eufemismo

[«Seis meses», por ‘sessenta anos’.]

Transmissão de uma ideia de forma _______ (menos desagradável).

Hipálage

«Não pode ser a comunicação social a selecionar as notícias que transmite [...]» (no sketch assume-se como hipálage o facto de a «comunicação social» não ser a verdadeira entidade responsável, o que não constituirá exatamente uma hipálage).

Transferência para um dado objeto da qualidade que se quer atribuir a outrem.

Hipérbole

«Os pecadores serão castigados e arderão em montanhas de labaredas e milhões de abutres, dos grandes, virão debicar a carne putrefacta dos pecadores, à bruta.»

Expressão ______.

Ironia

«O Diabo é muit[a] porreiro. Confiai no Diabo, confiai, que ides por bom caminho. Não rezeis que não é preciso.»

Uso de palavras com significado ______ daquele que se quer inculcar.

Metáfora

«Montanhas de labaredas.»

Designação de objeto por palavras de outra _____ lexical (permitindo associação por analogia).

Metonímia

«Só está a contribuir para o combate ao desemprego na Ucrânia e em Cabo Verde.»

Designação de uma realidade apenas por uma sua ____.

Perífrase

[Uso de uma expressão longa que corresponderia afinal a um simples «façam o que eu digo»]

Dizer por muitas _____ o que poderia ser dito em ____.

Completa este acróstico para livro (vê como já fiz para a terceira linha):

L — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

I — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VViagem. Ao ler, conhecemos outros tempos, outros espaços, outras maneiras de pensar.

R — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

O — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TPC — Lê, em Gaveta de Nuvens, o que já fui escrevendo sobre ‘Leitura de livros (aka Projeto de leitura)’.

 

 

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