Aula 7-8
Aula 7-8 (26 [1.ª, 3.ª], 27/set [4.ª,
5.ª]) Correção de redações com os três modos literários.
Vai
lendo o texto de José Tolentino de Mendonça na p. 12 e resolvendo logo os itens
(não vale a pena leres primeiro todo o texto, demorarias demasiado).
Circunda
a melhor alínea de cada item.
Usa
lápis ou caneta (mas, se usares lápis, não é preciso passar a tinta no final).
linha 1
— O primeiro período do texto («Estamos, diz-se, a chegar ao fim da era do
livro») exprime uma ideia
a) com que o autor
concorda.
b) relativamente à qual,
percebemo-lo, o autor se distancia.
c) que o autor rejeita de
imediato.
d) indiscutível.
«era do livro» (l. 1)
quer dizer:
a) época em que o livro
é relevante.
b) hera (‘espécie de planta’)
do livro.
c) idade livre.
d) tempo de vida útil de
um livro.
linhas 1-10
— Segundo o cronista (José Tolentino de Mendonça),
a) é uma bênção que os
livros vão desaparecendo.
b) George Steiner tem
razão ainda hoje.
c) os livros deixaram de
existir de um dia para o outro.
d) é verdade que os
livros deixaram de ser a meta essencial da nossa civilização.
linhas 10-14
— Visa-se sobretudo vincar
a) que o e-book
tem vindo a destronar o livro.
b) a irrelevância da
tecnologia na comunicação humana.
c) que diversos recursos
com ecrãs formatam o nosso dia a dia.
d) que a frequência das
leituras em ecrã não é mais significativa que as de livros.
linhas 16-19
— Nestas quatro linhas diz-se que
a) os analfabetos são
biliões.
b) o texto linguístico não
esgota a comunicação em ecrã.
c) na comunicação em
ecrã são mais importantes os emoticons com cocó.
d) as mensagens que o
ecrã nos transmite são sobretudo discursivas.
linhas 20-22
— Neste período, o que se diz é que devemos falar
a) na decadência do
livro, já que é o seu suporte, e não o livro propriamente dito, que está em
mudança.
b) em mudança da maneira
de aceder ao livro mas não no seu declínio.
c) em transformação do
livro, na medida em que o ecrã passou a desempenhar as suas funções.
d) crepúsculo do livro, porque
o pôr do sol é, afinal, o melhor momento para a leitura.
linhas 22-25
— Estas linhas defendem o seguinte:
a) antes de termos
livros, havia textos gravados em tábuas de chocolate e em rótulos de garrafas
de vinho bem bom.
b) o livro, em sentido lato,
tem uma história que inclui textos gravados em pedras, em tábuas de argila, em
rótulos e, agora, em ecrãs.
c) com o ecrã vai-se
inaugurar uma nova história, terminada a fase do livro — que sucedeu às épocas
dos textos gravados em pedras, das tábuas em argila, dos rótulos.
d) a história do livro é
imparável, tal como a decadente carreira de Cristiano Ronaldo.
linhas 25-28
— Estes três períodos centram-se no reconhecimento da forma
a) das bicicletas.
b) das facas, das
colheres e das bicicletas.
c) do livro lido em
ecrã.
d) do livro em papel.
linhas 29-35
— Defende-se que há
a) condições para ler o
livro que são comuns à leitura em qualquer suporte.
b) que mudar as exigências
que se punham à leitura, uma vez que esta também mudou.
c) certas exigências da
leitura que convém preservar.
d) que guardar a memória
desta fase da humanidade, quando o livro dá lugar ao ecrã.
linhas 36-37
— O antepenúltimo período do texto («Protejamos o património cultural que os
livros representam») é um bom exemplo do tipo textual
a) narrativo.
b) preditivo.
c) conversacional.
d) instrucional.
«Eles são mapas para
decifrar de onde viemos» (ll. 36-37) significa que os livros
a) são autoestradas para
o conhecimento.
b) têm sempre marcas do
local onde foram redigidos.
c) permitem-nos ver o
caminho entre a Rua Paulo Renato e a Rua Professor Sebastião e Silva.
d) ajudam-nos a perceber
a nossa história.
«[Os livros] são mapas para
decifrar de onde viemos. Mas são também telescópios e sondas apontadas ao
futuro» (ll. 36-37). Estas identificações de livros com mapas, telescópios,
sondas constituem
a) ironias.
b) metáforas.
c) comparações.
d) hipérboles.
Referência
— Segundo o que vimos na última aula, a referência bibliográfica no final do
texto
a) deveria ter «Louvor
do livro» em itálico.
b) deveria ter «Ler»,
que é o título da revista, entre aspas e sem itálico.
c) está bem feita (mas
há vírgula a mais depois de «2020» e umas aspas a mais).
d) deveria ter «Louvor
do livro» sublinhado e sem aspas.
Autor
— Na primeira aula de português deste 10.º ano disse-lhes que José Tolentino de
Mendonça
a) era, na verdade, um calaça,
isto é, um preguiçoso.
b) era Calaça, de nome.
c) tinha por nome familiar
«Tolentas».
d) fora padre na Igreja
de Nossa Senhora do Amparo, em Benfica.
Na primeira aula de
português disse-lhes que José Tolentino de Mendonça era
a) bispo de um jogo de
xadrez.
b) papa.
c) cardeal.
d) bispo.
Texto em
geral — Neste discurso de José Tolentino de Mendonça predominam
os tipos
a) narrativo e
descritivo.
b) preditivo e conversacional.
c) instrucional e narrativo.
d) expositivo e
argumentativo.
Recursos expressivos
A tabela integra as figuras
de estilo referidas no sketch
«Jesus ensaia figuras de estilo» (série Barbosa) e em «Que figura de estilo
está Manuela Ferreira Leite a usar?» (série
Completa as definições. Deixei ficar três figuras de estilo que não surgem nos sketches. Para cada um desses casos — enumeração,
antítese, apóstrofe —, tenta criar tu um exemplo, que registarás na coluna do
meio (consulta as definições no manual, lê as abonações aí dadas para esses recursos
expressivos, mas não te limites a copiá-las: inventa tu os exemplos —
idealmente, verdadeiramente expressivos).
Figura |
Exemplo (nos sketches ou a criares agora) |
Definição simplificada |
Figuras
de sintaxe |
||
Anáfora |
«Deus é grande; Deus é pai; Deus é amor; Deus
castiga; Deus abençoa; Deus é...» |
Repetição
de palavra ou expressão no ______ de versos ou frases. |
Elipse |
[Não há propriamente elipse; mas, por
brincadeira, no sketch assume-se que
o silêncio de Manuela Ferreira Leite é uma elipse.] |
Omissão
de uma palavra que se subentende facilmente. |
Enumeração |
|
Apresentação
sucessiva de elementos (em princípio, da mesma classe gramatical). |
Hipérbato (cfr.
Anástrofe) |
«Eu a salvação trago para vós, que pecados
cometeis; porém, não para os néscios que os mandamentos de Deus não
respeitam. Comigo vinde.» |
Alteração
da ______ mais habitual das palavras. |
Figuras
fónicas |
||
Aliteração |
«Deus destapa o demónio e dá a doce dádiva do
dom divino aos diabéticos da Dalmácia que se depilam junto ao
desumidificador, enquanto se divertem com dados. E diz um Dai-li, dai-li,
dai-li, dai-li, dai-li, dai-li, dô, papagaio voa.» |
________
de sons ___________ semelhantes. |
Onomatopeia |
«Eu caminho sobre as águas — chlap-chlap-chlap —
e, nisto, passa uma manada de búfalos — catapum, catapum, catapum —, os
pecadores choram — chuífe, chuífe.» |
Sugestão da imagem auditiva de um objeto por
meio de um conjunto de _____. (É
um termo mais usado no domínio da etimologia.) |
Figuras
de semântica ou de pensamento |
||
Alegoria |
[Parábolas na Bíblia.] |
Expressão
de noções ______ através de um episódio concreto. |
Antítese |
|
Combinação
de dois elementos ou ideias opostos. |
Apóstrofe |
|
Interpelação
a alguém ou a alguma coisa. |
Eufemismo |
[«Seis meses», por ‘sessenta anos’.] |
Transmissão
de uma ideia de forma _______ (menos desagradável). |
Hipálage |
«Não pode ser a comunicação social a selecionar
as notícias que transmite [...]» (no sketch
assume-se como hipálage o facto de a «comunicação social» não ser a verdadeira
entidade responsável, o que não constituirá exatamente uma hipálage). |
Transferência
para um dado objeto da qualidade que se quer atribuir a outrem. |
Hipérbole |
«Os pecadores serão castigados e arderão em
montanhas de labaredas e milhões de abutres, dos grandes, virão debicar a
carne putrefacta dos pecadores, à bruta.» |
Expressão ______. |
Ironia |
«O Diabo é muit[a] porreiro. Confiai no Diabo,
confiai, que ides por bom caminho. Não rezeis que não é preciso.» |
Uso
de palavras com significado ______ daquele que se quer inculcar. |
Metáfora |
«Montanhas de labaredas.» |
Designação
de objeto por palavras de outra _____ lexical (permitindo associação por
analogia). |
Metonímia |
«Só está a contribuir para o combate ao
desemprego na Ucrânia e em Cabo Verde.» |
Designação
de uma realidade apenas por uma sua ____. |
Perífrase |
[Uso de uma expressão longa que corresponderia
afinal a um simples «façam o que eu digo»] |
Dizer
por muitas _____ o que poderia ser dito em ____. |
Completa este acróstico
para livro (vê como já fiz para a
terceira linha):
L — . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . .
I — . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . .
V — Viagem. Ao ler, conhecemos
outros tempos, outros espaços, outras maneiras de pensar.
R — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. .
O — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. .
TPC — Lê, em Gaveta de Nuvens, o que já fui
escrevendo sobre ‘Leitura de livros (aka Projeto de leitura)’.
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