Aula 23-24
Aula 23-24 (24 [1.ª, 3.ª], 25 [5.ª], 26/out [4.ª]) Correção
dos textos inspirados em bandas sonoras (incluindo trailers).
Na p. 46 começaremos por ler (ou ouvir) «A cantiga de amor e
a cantiga de amigo: espaços, protagonistas e circunstâncias», para poderes
preencher o quadro 1 (que copio):
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Tema comum: _______________ (a) |
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Cantiga de amigo |
Cantiga de amor |
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Emissor (sujeito poético) |
____________ (b) |
____________ (c) |
Figura feminina |
____________ (d) |
____________ (e) |
Relação «eu»/objeto do amor |
____________ (f) |
____________ (g) |
Outros intervenientes |
____________ (h) |
não há nenhuns para além do «eu» e da «senhor» (i) |
Ambiente, cenário |
____________ (j) |
[não há referências] (k) |
Dá um relance à p. 47 — e a «Mia senhor fremosa», de
Nuno Anes Cerzeo —, reparando nos destaques na margem, que confirmam
que se trata de cantiga de amor.
A cantiga de amor que ponho a seguir baixo é «Proençaes soem mui bem
trobar», de D. Dinis, cuja
poesia já conhecemos mas num outro género, o das cantiga de amigo. Copiei uma versão
modernizada (por Natália Correia, Cantares
dos trovadores galego-portugueses, Lisboa, Estampa, 1970). Excecionalmente,
é uma cantiga de amor que também reflete sobre as próprias características
deste género trovadoresco, contrastanto o estilo dos principais inspiradores
das cantigas de amor — os poetas provençais («proençaes») — com o do trovador —
o eu do poema (simplificando, D. Dinis):
Os provençais que bem sabem trovar!
e
dizem eles que trovam com amor,
mas
os que cantam na estação da flor
e
nunca antes, jamais no coração
semelhante
tristeza sentirão
qual
por minha senhora ando a levar.
Muito
bem trovam! Que bem sabem louvar
as
suas bem-amadas! Com que ardor
os
provençais lhes tecem um louvor!
Mas
os que trovam durante a estação
da
flor e nunca antes, sei que não
conhecem
dor que à minha se compare.
Os
que trovam e alegres vejo estar
quando
na flor está derramada a cor
e
que depois quando a estação se for,
de
trovar não mais se lembrarão,
esses,
sei eu que nunca morrerão
da desventura que vejo a
mim matar.
Completa primeiro as duas colunas mais à direita; depois, a
sobre a letra da canção:
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D.A.M.A. |
poetas provençais |
D. Dinis |
«Balada do desajeitado» |
segundo D. Dinis, em «Proençaes
soem mui bem trobar» |
||
Jeito poético? |
O
sujeito _____ criar frases bonitas. |
Têm
__________. |
[Será
____ do que o dos provençais.] |
Amor
verdadeiro? |
Envergonhado,
o sujeito lírico perde o à-‑vontade quando está junto de quem, na verdade, ____.
|
Só
na _______ («na estação da flor [no tempo da frol]») costumam trovar, o que
quer dizer que o seu amor será apenas ______. |
Sincero,
o «eu» pode até morrer de amor: a tristeza, a dor, a _____ estão a ____. |
Balada
do desajeitado
(D.A.M.A.)
Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti
Sei de alguém, por demais envergonhado
Que por ser desajeitado, nunca foi capaz de falar
Só que hoje vê o tempo que perdeu
Sabes que esse alguém sou eu e agora vou te
contar
Sabes lá o que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais, tu não me tens
ligado
E aqui estou eu a ver o tempo passar
A ver se chega o tempo, o tempo de te falar
Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti
Podes crer que à noite o sono é ligeiro
Fico à espera o dia inteiro para poder desabafar
Mas como sempre chega a hora da verdade
E falta-me à vontade, acabo por me calar
Falta-me o jeito, ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais e às vezes até me engasgo
Nada a fazer, e é por isso que eu te conto
Que é tarde para não dizer
Digo como sei e pronto
Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti
Eu não sei o que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem, só que já me esqueci
Então, olha, só te quero a ti
Escreve, com
caneta, um poema em versos não rimados, alguns a ocuparem boa parte da linha.
Não faças estrofes. Poema deve ter pontuação (mesmo, se for caso disso, no
final dos versos). O título será «Quedas de água» ou «A água cai».
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TPC — Responde ao que te
perguntei via Classroom (mas, por favor, lê mesmo o que aí explico nas
instruções bem como o que há muito escrevera sobre as leituras).
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