Aula 25-26
Aula 25-26 (28 [1.ª, 3.ª], 31/out [5.ª], 2/nov [4.ª]) Correções
de escritos que se entregavam (poema com «Quedas de água» ou «Cai água»).
Vai lendo o texto na p. 53
— sem usares outras páginas nem as nossas folhas das outras aulas —, que é uma apreciação
crítica de um filme. Circunda a melhor alínea de cada item.
O título — «O amor, via Twitter»
— poderia ser substituído por
a) «As paixões olham o Twitter».
b) «O amor, através do Twitter».
c) «O amor olha o Twitter».
d) «Via o amor no Twitter».
«o amor com que trata as personagens» (l. 2)
equivale a
a) ‘as paixões em que envolve as personagens do
filme’.
b) ‘o modo como faz as personagens namorarem’.
c) ‘a forma elegante, correta, como constrói as
personagens’.
d) ‘o caráter romântico de ambas as personagens’.
«geram uma simpatia irrecusável» (l. 3) significa
que
a) ‘fazem que tenhamos simpatia’.
b) ‘levam a que se recuse simpatia’.
c) ‘recusam a simpatia que geram’.
d) ‘geram uma antipatia recusável’.
«aura ‘miniatural’» (l. 5) remete para
a) o facto de o filme ser uma miniatura de outros
filmes.
b) a circunstância de, sob vários aspetos, o filme
ser simples.
c) uma aura (‘atmosfera’) identificável com a dos
Minions.
d) a cantora Áurea, que tem no filme uma intervenção
curta.
Segundo o que lemos no segundo parágrafo (ll. 11-21),
o enredo foca-se numa paixão entre
a) um homem mais velho mas excelente e uma atriz
desencantada.
b) as personagens Américo Silva e Joana Ribeiro,
que se conhecem no Twitter.
c) dois cães, um tigre e um computador.
d) uma atriz jovem e um homem de meia idade.
Segundo o mesmo segundo parágrafo (ll. 11-21), a
primeira parte do filme centra-se
a) na aproximação dos elementos do par central,
que vão ao encontro um do outro.
b) na relação, em presença, dos dois
protagonistas.
c) na troca de mensagens entre as duas personagens
principais.
d) na cidade, ao estilo dos filmes de Manuel
Mozos.
Ainda segundo o segundo parágrafo (ll. 11-21), na
primeira parte
a) o Sporting esteve a ganhar (com Lloris, mais
uma vez, a ajudar os portugueses).
b) foge-se ao abismo que constituem os meios eletrónicos
e descobre-se a cidade
c) há como que um confinamento ao ambiente das
mensagens eletrónicas.
d) situa-se num abismo, a cidade entendida ao
estilo dos filmes de Mozos.
Segundo as ll. 19-21, o realizador
a) usou um ritmo justo, filmando conversas sem
problemas.
b) legendou as conversas orais tidas pelas
personagens.
c) não teve problemas em socorrer-se do uso de
texto sobreposto às imagens.
d) apresentou nas imagens a realidade real,
fugindo à legendagem.
Pelas linhas 13-15, percebemos que o cronista
considera que
a) o desempenho de Joana Ribeiro se mostrou desorientado.
b) Américo Silva já merecia ser o ator principal (como
foi só agora).
c) Joana Ribeiro ainda é apenas uma jovem atriz e
que Américo Silva tem atuação excelente.
d) Américo Silva e Joana Ribeiro revelam-se desencantados.
No terceiro parágrafo (ll. 22-30), considera-se
que a segunda parte do filme
a) enfraquece, como se «mirrasse», por se centrar nas
mensagens escritas.
b) se arrasta demasiado, recorrendo à circularidade.
c) torna-se mais contemplativa, mais lenta, sempre
«por linhas tortas».
d) se socorre de uma coincidência forçada.
«Mas não há um único ator que não esteja na nota
certa» (ll. 26-27) quer dizer que
a) todos os atores cantaram bem.
b) nenhum dos atores cantou mal.
c) todos os atores representaram no estilo
adequado.
d) nenhum dos atores teve má avaliação.
No último período do texto (ll. 28-30), assume-se
que o filme
a) tem características do que se acha corresponder
a um telefilme (mas, infelizmente, o que a televisão costuma exibir é muito
pior).
b) não é um telefilme, porque não consegue seguir
as normas desse formato.
c) é como uma telenovela fofinha.
d) segue a norma do que tem sido a ficção
narrativa em televisão.
Na penúltima linha do texto (l. 29) há
a) duas preposições simples.
b) duas locuções prepositivas.
c) duas contrações de preposição com determinante.
d) uma preposição e uma contração de preposição e
artigo
Na linha 12 há
a) duas preposições simples e três contrações (de
preposição e determinante).
b) uma preposição e duas contrações (de preposição
e determinante).
c) duas preposições e uma contração (de preposição
e determinante).
d) três preposições simples.
O texto que lemos é
a) de prosa, de tipo predominantemente narrativo.
b) de prosa, de tipo predominantemente expositivo.
c) de poesia, de tipo predominantemente
argumentativo.
d) em versos não rimados e apreciativo.
O filme de que se tratou é
a) «O amor, via Twitter».
b) «Linhas tortas».
c) Linhas Tortas.
d) O amor, via Twitter.
Se escrevêssemos a lápis ou a caneta, a melhor
referência seria:
a) Luís Miguel Oliveira, O amor, via Twitter,
«Público».
b) Oliveira, Luís Miguel, O amor, via Twitter,
Público.
c) Luís Miguel Oliveira, «O amor, via Twitter»,
Público.
d) OLIVEIRA, Luís Miguel, O amor, via Twitter,
«Público».
Na p. 52, vê a cantiga
de amor «Se eu podesse
desamar», de Pero da Ponte. Passa-a para prosa, adotando a ordem
mais natural das palavras e substituindo os termos antiquados por outros atuais
(com significado idêntico). Cada estrofe constituirá um parágrafo.
Glossário (além do do manual, que está sob a cantiga) — buscar
= ‘procurar’ | coita = ‘sofrimento’ | rogar = ‘pedir’.
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[Solução possível:]
Se eu pudesse desamar (não amar) quem sempre me desamou
e pudesse procurar algum mal para quem sempre me procurou o mal! Vingar-me-ia
assim, se pudesse fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.
Mas nem mesmo posso enganar o meu coração que me enganou,
por quanto me fez desejar quem nunca me desejou. E por isto (isso) não durmo, porque
não posso fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.
Mas peço a Deus que desampare quem assim me
desamparou ou que pudesse eu perturbar quem sempre me perturbou. E logo
dormiria se pudesse fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.
Ou que ousasse perguntar a quem nunca me perguntou
por que me fez preocupar consigo pois nunca se preocupou comigo. E por isto
sofro, porque não posso fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.
Em
Cantigas Medievais Galego-Portuguesas,
acerca de «Se eu podesse desamar»:
Nesta
bela cantiga de amor, ao mesmo tempo simples e retoricamente muito elaborada,
Pero da Ponte exprime o seu (impossível) desejo de vingar-se daquela que
sempre o tratou mal, pagando-lhe na mesma moeda: deixando de a amar, procurando
o seu mal e fazendo-a sofrer. Mas é este um desejo impossível, até porque a culpa
é do seu próprio coração, que o fez desejar quem nunca o desejou. Sem poder
dormir, só lhe resta pedir a Deus que desampare quem sempre o desamparou e lhe
dê a ele a capacidade para a perturbar um pouco — e assim já dormiria. Ou, pelo
menos, que lhe desse coragem para falar com ela.
A
cantiga é também tematicamente original, na medida em que a tradicional resignação
do trovador face ao sofrimento que lhe inflige a sua senhora, elemento tópico
da cantiga de amor, é aqui declaradamente substituída pelo desejo de vingança.
Note-se ainda a rara variação que ocorre, em estrofes alternadas, no v. 1 do refrão.
Compara «O que eu gosto do meu Anselmo!» (Lopes da Silva) com os dois géneros já
estudados da lírica trovadoresca:
|
cantigas
de amigo |
cantigas
de amor |
Anselmo |
«eu»
|
_____
(que percecionamos como do povo) |
homem
(nobre, identificável com o trovador) |
Henriqueta
Lopes da Silva (com intervenções de Anselmo) |
«tu» |
confidente |
pode
ser a «____» |
entrevistador |
assunto |
namoro
(e circunstâncias que o envolvem) |
____
(e razões desse amor; superlativação da «senhor») |
amor
(e razões desse ___; desvalorização de Anselmo) |
vivência |
quotidiana
(popular) |
idealizada
(___) |
de
idealizada (amor) a objetivada (o gosto de Henriqueta) |
confidencialidade |
não
se escondem elementos acerca do namorado |
há
reserva, a «mesura»; a «senhor» ___ é identificada |
não
há ___ (contra a vontade de Anselmo, que fica constrangido) |
TPC — Relanceia a ficha corrigida acerca de uma cantiga de amor (ficha 2 do Caderno de atividades, pp. 5-6) que pus em Gaveta
de Nuvens. Vai tratando das leituras.
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