Aulas (3.º período, 2.ª parte: 113-130)
Aula
113-114 (14 [2.ª, 5.ª],
15 [3.ª, 4.ª], 16/mai [9.ª]) Correção de trabalho anterior (ver Apresentação).
Vamos ver trechos do episódio da Ilha dos Amores
(Os Lusíadas, canto IX). No nosso
manual, as estâncias relativas à Ilha dos Amores — uma alegoria do prémio
merecido pelos heróis — estão nas pp.
244-245. De qualquer modo, talvez pudéssemos ler também uma síntese do
mesmo momento nos Lusíadas para gente
nova, do poeta e camonista Vasco
Graça Moura. Nesta adaptação, Graça Moura conserva parte do texto de Camões
(tudo o que está em itálico) e vai
simplificando os trechos mais complicados (é a parte em redondo, isto é, em
não-itálico). Das estrofes no manual só aproveitou a primeira. Sob cada oitava,
escreve um resumo-síntese em menos de doze palavras.
De longe a Ilha viram,
fresca e bela,
Que Vénus pelas ondas
lha levava
(Bem como o vento leva
branca vela)
Para onde a forte armada
se enxergava;
Que, por que não
passassem, sem que nela
Tomassem porto, como
desejava,
Para onde as naus
navegam a movia
Essa deusa, que tudo, enfim, podia.
[Viram a ilha que Vénus lhes ia pondo à frente.]
Nesta frescura tal
desembarcavam
Já das naus os lusitanos nautas,
Onde pela floresta se
deixavam
Andar as belas Deusas,
como incautas.
Algumas, doces cítaras
tocavam;
Algumas, harpas e
sonoras flautas;
E os nautas avistando-as, por isso,
Atrás delas vão logo em rebuliço.
[______________________.]
Vão
as ninfas correndo entre os arbustos,
Fugindo
aos marinheiros ansiosos,
Dando
saltinhos e fingindo sustos,
A
pô-los excitados e nervosos,
E
deixam agarrar pelos robustos
Braços
deles os seus corpos formosos,
Cada
uma a tropeçar na correria
E
a entregar-se a quem a perseguia.
[______________________.]
Iam
deixando então cair as suas
Roupagens
pelo chão, aqui, ali,
E
ao fazerem assim ficavam nuas
Ou
quase, descuidando-se de si,
Maminhas
a saltar duas a duas,
Belos
rabinhos, bocas de rubi,
Cabelos
de oiro, a pele como cetim
E
grinaldas de rosas e jasmim.
[______________________.]
Camões
descreve um quadro sensual
E
as ninfas satisfazem os desejos
Dos
pobres marinheiros que afinal
Só
na imaginação lhes davam beijos,
E
assim foi no regresso a Portugal.
A
fantasia tem desses lampejos
E
as recompensas vão os nautas tê-las
Numa
ilha do amor de cinco estrelas.
[______________________.]
Leonardo
Ribeiro era um soldado
Muito
dado a namoros e paixões.
Já
houve mesmo quem tenha julgado
Que
é um auto-retrato de Camões.
Seja
ou não seja, corre desvairado
Fazendo
ouvir muitas lamentações,
Na
ilha, a perseguir, de lés a lés,
A
ninfa que lhe dava com os pés.
[______________________.]
Já não fugia a bela
Ninfa tanto,
Por se dar cara ao
triste que a seguia,
Como por ir ouvindo o
doce canto,
As namoradas mágoas que
dizia.
Volvendo o rosto, num sereno encanto,
Toda banhada em riso e
alegria,
Cair se deixa aos pés do
vencedor,
Que todo se desfaz em
puro amor.
[______________________.]
Oh, que famintos beijos
na floresta,
E que mimoso choro que
soava!
Que afagos tão suaves!
Que ira honesta,
Que em risinhos alegres
se tornava!
O que mais passam na
manhã e na sesta,
Que Vénus com prazeres
inflamava,
Melhor é exprimentá-lo
que julgá-lo;
Mas julgue-o quem não
pode exprimentá-lo.
[______________________.]
Escreve um
texto de comentário, num estilo cronístico (expositivo mas com bastante
liberdade de quem se pode permitir subjetividades), acerca dos retratos que
fazemos dos lugares ideais, do lugar paradisíaco, da felicidade suprema (no
fundo: da ilha dos amores de Camões à ilha dos amores de cada um). Extensão:
não mais do que a das linhas que te são dadas. A caneta.
.
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Enquanto estiveres a ver o filme Língua — vidas em português, vai preenchendo os espaços que estão
sublinhados:
País, Cidade
Personagem / Ocupação
|
Variedade geográfica,
social, situacional
|
Características (que
exemplificam algum tipo de variação)
|
Índia, Goa (Panjim)
Rosário
/ padeiro
|
Português
ainda sobrevive, mas num contexto em que outras ____ predominam
|
Interferências
do inglês («Eu prefer»).
|
Portugal, Lisboa
Belarmindo
/ guarda-freio
|
Variante
____ do português; dialeto de ___ {Lisboa
/ Beira / Alentejo}
|
«tem
que» (por «tem de»).
|
Brasil, Rio de Janeiro
Márcio
/ vendedor de rua
|
Variante
____ do português, num socioleto ____ {popular
/ culto}, em contexto relativamente ___ {formal / informal}.
|
Sintaxe: próclise («__ chama»);
«nessa manhã» (por ‘__ manhã’); Léxico:
«bala» (‘guloseima’). Fonética:
palatalização de t: «tris[txi]» («triste»); ditongação em «ma[i]s» («mas»). Tratamento: você + __ pessoa.
|
Moçambique, Maputo
Mia
[Couto] / escritor
|
Variante
___ {africana / europeia} do
português
|
Léxico: «normar»
(‘regulamentar’).
|
Índia, Goa (Panjim)
Rosário
|
Rosário,
além de português, fala hindi, inglês, «arabic».
|
Dificuldades
no conjuntivo: «talvez faleceu» (‘talvez __’).
|
Portugal, Lisboa
Zulmira
e Paulo / reformados
|
Dialeto:
__; socioleto: __.
|
Ligeiras
hesitações: «niveles» (‘níveis’); «li[v]erdade» (‘liberdade’).
|
Portugal,
Lisboa, Belarmindo
|
||
Moçambique, Maputo
Izdine
/ radialista
|
Como
se trata de programa de rádio, o meio ___ {oral / escrito} é um tanto falso: o discurso está preparado e o
registo só aparentemente é ____ {formal
/ informal}.
|
Fonética: vocalismo menos
reduzido: «Beir[á]».
|
Moçambique, Beira
Dinho
/ estudante
|
Variante
____ do português, por parte de adolescente que terá outra língua materna
(talvez uma língua do grupo bantu).
|
Sintaxe: «ele» como
complemento direto: «conheço ele» (‘conheço-o’); ênclise nas subordinadas:
«quando desligou-se energia». Léxico:
«já» (por ‘logo’).
|
Brasil, Rio de Janeiro
Rejane
/ vendedora de imobiliário
|
O
registo não pode ser muito ___, já que se fala com clientes.
|
Sintaxe: próclise: «__ perdoe»
(‘perdoe-me’).
|
Brasil, Rio de Janeiro
Rogério
[e Márcio] / pregador
|
Socioleto:
português popular (com infrações várias à norma culta brasileira).
|
Sintaxe: marcas do plural
simplificadas («essas bala»; «elas pesa»); «mim» como sujeito («para mim
organizar»). Léxico: «tem» (‘há’);
«açougue» (‘talho’). Fonética:
epêntese («corrup[i]ta»); cr por cl («cic[r]one»); -r omitido («ri» por «__»); vocalismo átono pouco reduzido
(«porqu[ê]» por «porque»).
|
Moçambique, Beira
Dinho
[e Deolinda]
|
Léxico: «a caminho de mais
velha»; «dar uma mão direita».
|
|
Moçambique, Inhaca
Mia
Couto
|
Tratando-se
de escritor inventivo, é difícil distinguir o que é «neologístico» e o que é
devido à variante ____.
|
Léxico: «normar»
(‘regulamentar’); «os mais velhos»; «outras» (‘diferentes’).
|
Brasil, Rio (Barra da Tijuca)
Rejane
|
Fonética: r final omitido («m[á]» por «__»); palatalização de t e d («gen[txi]», «ver[dxi]»); ditongações («l[uis]» por «__»).
|
|
Moçambique, Beira, Dinho
|
Sintaxe: possessivo sem artigo
(«___ duas irmãs»).
|
|
Moçambique,
Inhaca, Mia Couto
|
||
Portugal, Lisboa
Uliengue
e Sofia / estudantes
|
Nascidos
em Angola e Moçambique.
|
Fonética: vocalismo átono menos
reduzido. Sintaxe: ênclise («Todos
os vizinhos _____») em casos de próclise no português europeu.
|
Portugal, Lisboa
José
Saramago / escritor
|
Variante
____ do português. Dialeto de ___.
|
|
Índia, Goa (Loutolim)
Mário
e Emiliano / proprietários
|
||
Portugal, Lisboa
José
Saramago
|
Registo
formal, mas não demasiado «purista».
|
«tinha
que» (por «tinha de»).
|
TPC — Se for caso disso, tragam-me os livros
que lhes tenha emprestado aquando das primeiras leituras pedidas. Queria aliás
poder ajudá-los de novo a fazerem ainda alguma leitura de livro durante este
mês (não esquecer que era uma das tarefas pedidas).
Aula
115-116 (15 [2.ª], 17
[4.ª, 5.ª, 9.ª], 21/mai [3.ª]) Vamos iniciar a leitura de um dos relatos que
constam na História Trágico-Marítima,
uma coletânea publicada em 1735-1736 por Bernardo Gomes de Brito, que reuniu relatos de naufrágios ocorridos nos
séculos XVI-XVII (que já circulavam avulsos até aí).
Os trechos que se seguem são os passos deste
início do cap. V da História Trágico-Marítima («As terríveis aventuras de Jorge de
Albuquerque Coelho (1565)») que foram cortados no manual (pp. 285-287).
Correspondem às sete marcações com «[...]» (que, como de costume, marcam
elisões da responsabilidade de quem edita o texto).
À medida que fores lendo o texto, tenta
adivinhar que segmento (A a G) estará em falta nos cortes que forem
surgindo:
segmento que falta na linha 6 = ___
segmento
que falta na linha 12 = ___
segmento que falta na linha 27 = ___
segmento que falta na linha 31 = ___
segmento que falta na linha 32 = ___
segmento que falta na linha 68 = ___
segmento que falta na linha 74 = ___
A. No dia 29 de agosto começou a soprar uma brisa larga,
animadora e próspera. O plano, agora, era demandar o arquipélago dos Açores,
para ver se numa das ilhas se consertava a nau, e se tapava, finalmente, a
muita água que ela estava fazendo.
B. Quando chegara, não ousavam os moradores da vila de Olinda
sair mais que duas léguas pela terra dentro, e ao longo da costa, três ou
quatro; ao fim daquele tempo, podiam ir até vinte pelo interior, e sessenta
léguas ao longo da costa — as que tinha a capitania no seu âmbito.
C.
No dia seguinte, 31 de julho, tentaram enfim demandar a ilha. Quando estavam já
perto, o vento começou a soprar da terra, e muito rijo. Tiveram por isso de
desistir, apesar da muita água que então faziam.
D. Entrada uma aldeia dos
inimigos, corria logo sobre a mais próxima e a tomava assim com facilidade, por
não terem tempo de se fazerem prestes.
E. Alcançada a mercê real, transferiu-se logo para o Brasil,
acompanhado de muitos dos seus parentes. Sob a sua hábil administração, a
capitania prosperou.
F. , sendo ele e os seus soldados feridos pelo gentio muitas
vezes, e combatendo a pé e a cavalo.
G. ; e, já no tempo em que a rainha Dona Catarina, avó do rei
D. Sebastião, governava Portugal durante a menoridade do seu neto, chegou nova
do Brasil, e especialmente de Pernambuco, de que a maior parte das tribos
indígenas se levantara ali contra os Portugueses, pondo cerco aos principais
lugares daquela colónia de Pernambuco.
Turma 2.ª
Turma 3.ª
Turma 4.ª
Turma 5.ª
Turma 9.ª
TPC — Prepara a leitura em voz alta das
estrofes que se seguem (a seguir, leitura minha destas estâncias): Liga dos Campeões
— jogos I e J da LC, p. 231, ests. 105-106, e p. 233, ests. 92-94; jogos K e L
da LC, p. 233-234, ests. 95-100; Liga Europa — jogos 1 e 2 da LE, p. 237, ests.
78-83; jogos 3 e 4 da LE, p. 238, ests. 84-87, e p. 240, ests. 96-97; jogos
amigáveis de preparação para o Mundial — vencidos dos jogos A, B, C, D da LC,
pp. 244-245, ests. 52-69; vencidos dos jogos E, F, G, H da LC, pp. 248-249,
ests. 88-93; eliminados dos grupos I e II da LE, p. 249, ests. 94-95, e p. 254,
ests. 75-76; eliminados dos grupos III e IV da LE, p. 254, ests. 76-79.
Aula 117-118 (21 [2.ª, 5.ª], 22 [3.ª, 4.ª], 24/mai [9.ª]) Lê a segunda parte do relato de naufrágio
«As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)» (pp. 290-293).
Depois, relanceia livros de aforismos que estiverem
na tua mesa, para encontrar citações que pudessem sintetizar alguma das
situações ou personagens do trecho lido.
Personagem, situação, etc. (se for caso disso,
indicação, entre parênteses, das linhas correspondentes no texto)
|
Citação alusiva (além da transcrição, aspada, pôr entre
parênteses, a referência muito abreviada do livro de aforismos, máximas, que
foi usado)
|
Relendo o parágrafo das ll. 102-108, refere palavras que não sejam do
campo lexical «Náutica» (não contam as puramente «gramaticais», como conjunções
ou preposições).
________________
Resolve o ponto 8 da p. 293.
a) ______________
b) ______________
c) ______________
Depois de vermos parte do documentário a
que respeitam as pp. 288-289:
1.2
a) tom de voz: monótono / variado e
percetível / impercetível;
b) articulação das ideias: com pertinência /
discurso disperso;
c) ritmo: lento / regular / rápido;
d) entoação: natural / monocórdica / enfática;
e) expressividade: muita / pouca / nula;
f) pausas: excessivas / oportunas;
g) postura: rígida e sem linguagem gestual /
descontraída (natural) com linguagem gestual espontânea;
h) olhar: contacto visual com o interlocutor /contacto
visual com a câmara.
Reflete sobre
os cenários em que foram prestados os depoimentos dos especialistas ouvidos e
outras características ligadas a esses momentos do documentário.
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. . . .
TPC — Vai treinando leitura das estâncias atribuídas na última aula. Quando puderes, relanceia, a partir de Gaveta de
Nuvens, umas partes de uns programas sobre história da língua portuguesa
(sobre crioulos, mudança e variação linguística, dialetologia do português) que
fiz há muitos anos.
Aula
119-120 (22 e 28 [2.ª — nesta turma, a aula ficou
reparida por duas sessões porque se aproveitou para recuperar tarefas de outras
aulas], 24 [5.ª, 4.ª], 25 [9.ª], 28/mai [3.ª]) Nas pp. 301-302 do manual, vai lendo o relato de viagem «Marrocos, uma
comarca exótica», de Tiago Salazar, e circundando a melhor alínea de cada item:
No primeiro
parágrafo diz-se que
a) uma visita a Marrocos dá vontade de se regressar, desde que se jogue
râguebi.
b) quem consiga suportar a confusão habitual no país ficará com vontade
de regressar a Marrocos.
c) as cidades de Marrocos são muito do gosto daqueles que não se
impressionem demasiado com a sua típica confusão.
d) Marrocos é um destino de retorno para todos aqueles que alguma vez
visitem o país.
Segundo o que
lê nas ll. 4-10, o caos é
a) natural, para os marroquinos, mas não para todos os árabes.
b) normal para todos os árabes.
c) um presságio da loucura dos árabes.
d) natural, para os suíços, mas, para os árabes, um convite ao desvario.
«um presságio
de loucura, um convite ao desvario» (ll. 8-10) desempenha a função sintática de
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) predicativo do sujeito.
d) predicativo do complemento direto.
No primeiro
período do segundo parágrafo há
a) uma ironia quanto ao facto de se poder julgar ser Agadir uma espécie
de Albufeira.
b) um lamento acerca da antipatia dos berberes.
c) uma alusão ao mau saneamento básico em Agadir.
d) uma crítica ao facto de localidades serem escolhidas como destino
balnear de uma classe social.
A comparação de
Agadir com Albufeira (ll. 14-22) assenta na
a) semelhança do areal, do sol e da frequência dos bares.
b) presença de estrangeiros de uma dada nacionalidade (russos ou
ingleses), que gostam de beber e apanhar sol.
c) invasão de russos que gostam de sol e de bebida.
d) presença de ingleses felizes que adoram o sol e a bebida.
A praia de
Agadir — cfr. ll. 23-34 —
a) é banhada pelo Atlântico, pouco espaçosa e de águas turvas.
b) vai até ao Cabo da Boa Esperança.
c) tem areal extenso, onde muitos jogam à bola.
d) chega a ser frequentada por jogadores do Real Madrid.
Segundo se
retira da leitura do segundo parágrafo, o cronista considera a praia de Agadir
a) um lugar de visita imprescindível.
b) visita menos relevante do que a subida ao promontório do antigo kasbagh.
c) um manancial de apelos.
d) perigosa (para viajantes incautos).
Em «leva-me»
(l. 44), a função sintática do pronome é
a) sujeito.
b) complemento indireto.
c) complemento oblíquo.
d) complemento direto.
Nas ll. 46-56,
o cronista
a) ironiza quanto à frota que encontrou no porto de Agadir.
b) assume, convicto, que a pesca em Agadir está muito desenvolvida.
c) acredita que o porto de Agadir é um dos mais prolíficos de África.
d) critica o estado das pescas em Tavira.
No período
final da p. 301 (ll. 56-62), o cronista
a) mostra-se irónico quanto à qualidade do peixe servido em Agadir.
b) elogia o que se pode comer em Agadir.
c) brinca com a quantidade de moscas nos restaurantes das docas.
d) refere Alcácer-Quibir como crítica aos árabes que aí venceram os
portugueses.
Em «Entrego-me»
(l. 62), «me» é
a) sujeito.
b) complemento indireto.
c) complemento oblíquo.
d) complemento direto.
O constituinte
«uma cidadezinha catita a duas horas de Agadir» (ll. 65-66) é
a) modificador restritivo do nome.
b) sujeito.
c) predicativo do complemento direto.
d) modificador apositivo do nome.
«este Marrocos
plebeu» (ll. 67-68) refere-se
a) a Taroudant.
b) à zona de Marrocos em que se integra Agadir.
c) a Marrocos.
d) ao Marrocos
imperial.
O conselho que é dado no final da coluna esquerda da
p. 302 (ll. 86-91) significa que
a) os preços pedidos
são, em geral, mais baixos do que o seu valor real.
b) os valores pedidos
pelos comerciantes locais são exagerados e quase aleatórios.
c) os preços fixados
estão isentos de IVA.
d) os preços são mais
justos do que se julgaria (muitas vezes, até aquém do valor pedido).
«a convalescer da tripa forrada de estímulos pagãos»
(ll. 98-99) alude
a) à circunstância de,
segundo o episódio imaginado, se ter entretanto comido bem.
b) ao facto de se ter
ficado com medo após o regateio de preços.
c) ao ambiente em
redor do mercado.
d) a cocós não de cão.
«Este» (l. 102) é uma
a) anáfora cujo
antecedente é «muezim».
b) catáfora cujo
referente é «muezim».
c) anáfora cujo
referente é «[o] charmoso árabe».
d) anáfora cujo
antecedente é «um chamamento do muezim».
A vírgula após «Este» (l. 102)
a) justifica-se por
marcar a elisão do verbo.
b) é correta por
asinalar uma pausa que efetivamente fazemos na oralidade.
c) aceita-se, por
delimitar um vocativo.
d) é um erro,
separando sujeito e predicado.
Lê a ficha
informativa sobre Complemento do
adjetivo na p. 199, para, depois, resolveres o item 1 de «Consolida» (circundando os
complementos do adjetivo):
1.
Identifica nas frases seguintes os complementos do adjetivo [como é óbvio,
estarão sempre a seguir a um adjetivo ou particípio passado].
a) Segundo consta, o
poeta estava interessado em muitas damas do seu tempo e também já dos séculos
seguintes.
b) Camões vivia cercado
de amigos da onça que o ajudaram economicamente.
c) No entanto, o
príncipe dos poetas desiludiu-se com o desprezo dado ao Desportivo das Aves.
d) Estou ansiosa por não
ter de ler mais poemas de Camões.
e) A professora está
certa de que os alunos detestam o poeta.
f) O poema era
estupidamente difícil de analisar.
1.1 As alíneas em que
o complemento do adjetivo é constituído por um grupo preposicional oracional
(aquele que inclui uma oração) são as alíneas __, __, __ e __.
Gravidade (Gravity)
|
«As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)»
|
género
|
|
filme de aventura,
drama
|
_____ de naufrágio
|
autores
|
|
realizado por
Alfonso Cuarón, segundo argumento de Alfonso Cuarón e de Jonás Cuarón
|
relato
por Bento Teixeira Pinto (XVI), coligido por _______ num dos dois volumes da História Trágico-Marítima (XVIII),
adaptada por António Sérgio (XX)
|
tempo
|
|
ação decorre em
pouco tempo: ao longo de ____________
|
ação decorre entre
29 de junho e 2-3 de outubro de _____ (mas houvera primeira viagem, a 16 de
maio)
|
espaço
|
|
na órbita da Terra
(a 600 km); Explorer > EEI > Estação Tiangong (todas destruídas) >
cápsula Shenzhou
|
no Atlântico, de
Olinda a Lisboa; Nau _____ (que se vai deteriorando, até chegar como
«carcaça», depois rebocada por uma galé)
|
heróis
|
|
_____ Stone; Matt Kowalsky
|
Jorge de Albuquerque Coelho
|
caracterização
dos heróis
|
|
Matt revela-se ___
(sacrifica-se por Ryan, desapertando a correia que os ligava); tem discurso
sempre humorado (é prazenteiro), procura incentivar Ryan, mesmo quando sabe
estar ele sem esperança de sobreviver. Ryan, no início do filme, mostra-se
adoentada, mas supera sempre as dificuldades físicas, sendo perseverante. Tem
um momento de ___, ponderando desistir, acolhendo-se na perspetiva de se
juntar à filha (que morrera criança)
|
Jorge de Albuquerque
Coelho trabalhava como os outros, procurava mesmo nos piores momentos, animar
todos (é prazenteiro), com perspetivas otimistas. Mostra-se ___ (tomava menos
alimentos do que os outros; aceitou que o seu putativo cadáver pudesse vir a
ser ___), piedoso, corajoso e perseverante. Embarcara doente, mas depois é
dos mais resistentes. Preparou testamento (mas às escondidas, para não
demoralizar os outros)
|
adjuvantes
|
|
Matt (e até em
sonho); centro de controlo de Hoston. Indiretamente, natural da Gronelândia
captado por rádio em canção de embalar bebé
|
tripulação da barca
de Rodrigo _____ de Atouguia, que se dirigia para a Atouguia da Baleia, que os
acudiu e alimentou
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oponentes
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em parte, Rússia,
que abate um satélite, o que vai gerar a nuvem de detritos espaciais, cujo
impacto nas estações é causa do desastre
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corsários franceses;
portugueses cobardes e traidores (____ e mestre); nau, ao largo já de
Portugal, que os avistou, mas não quis parar
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elementos
adversos
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ausência de
gravidade; silêncio absoluto; temperaturas extremas; destruição de estações;
falta de oxigénio; dióxido de carbono (e risco de perda de consciência);
falta de combustível; corte de comunicações; ____ do espaço
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tempestades;
calmarias; artilharia dos corsários; falta de mantimentos (fome e sede);
falta de instrumentos de marear (roubados pelos ____); destruição da nau;
brigas e discórdias ente a tripulação; imensidão do oceano
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consequências
dos desastres
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toda a equipa da
Explorer morre; Matt desaparece, ficando à ____
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muitos morrem à
fome: cadáveres são equacionados para _____ dos sobreviventes
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soluções
de recurso
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foguetes são usados
como combustível; extintor de incêndios serve como auxiliar de deslocação;
cápsula Shenzhou, obsoleta, possibilita regresso à Terra
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mastro feito com
três remos do batel; vela concebida com ____, toalhas e «velinha» latina;
verga a partir de remo; leme segurado por cordas; alijar-se carga (vestes,
algodão, etc.); dar à bomba
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salvação
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chegada a um lago,
havendo rastreio por base de Houston, que irá decerto recolher Ryan
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chegada ao largo de
Lisboa (avistava-se ____), socorridos por barca
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TPC — Estuda ficha 17 do Caderno de atividades (‘Complemento do
adjetivo’), p. 33. Seria útil que visses o resto do documentário «Caravelas enaus — um choque tecnológico no século XVI». Vê ainda os comentários que for escrevendo aos bibliofilmes.
Entretanto, reunirei as crónicas de viagem dos que já enviaram a reformulação
(ficarão aí as classificações). Se não chegaste a fazer algum destes trabalhos
que referi, devias agora tratar disso. Lembro ainda que, na indicação das
tarefas para todo o 3.º período — é importante revê-las agora —, desafiara quem
não fizera a recitação de soneto de Camões a decorá-lo ainda e recitar-mo
quando quisesse (mesmo num final de aula). Quanto à tarefa de leitura de mais
um livro, não a descarto mas torno-a mais voluntária do que já era. A minha
sugestão seria que tentassem livro de viagens ou que tivesse que ver com viagem
(entraria aqui também a ficção científica, todo o Júlio Verne e similares,
etc.). Os livros de contos teriam a vantagem de permitirem leituras não
demoradas. Os livros de viagens também são bons para leituras parcelares. Mas não
restringiria a nenhum género em particular. Recordo, finalmente, o concurso
José Gomes Ferreira (poesia, conto, teatro).
Aula 121-122 (28 [5.ª], 29 [3.ª, 4.ª, 2.ª], 30/mai [9.ª]) Explicação sobre
‘Complemento do nome’ (cfr. Apresentação e ficha informativa sobre ‘Complemento
do nome’, pp. 129-130) e resolução dos exercícios na p. 131 (com ajuda de
solução esboçada já):
Depois de relanceares a ficha informativa
sobre Complemento
do nome (pp. 129-130), resolve os itens da p. 131, cujas respostas já
esbocei a seguir:
1. [Identifica nas frases
seguintes os constituintes que desempenham a função sintática de complemento do
nome.] {Já resolvi as alíneas a e c}
a) A paixão por Pero Marques não durou
muito.
b) Pero Marques tinha uma série de coisas no
capuz.
c) A farsa vicentina [de Gil Vicente] é secante.
d) A diferença entre Inês e Pero Marques
tornou-se insustentável.
e) A discussão sobre as vantagens de casar foi
acesa.
2. [Reconhece todos os
complementos do nome presentes nas frases seguintes.] {Por vezes, dentro do
complemento do nome poderíamos encontrar, encaixado, outro complemento do nome
— isso sucede nas alíneas b e c, que já resolvi. Nas alíneas a e d
parece haver dois complementos ambos exigidos pelo mesmo nome.}
a) A tolerância de Inês para com Pero Marques
não foi muita.
b) A resposta ao novo pedido de casamento não demorou.
c) Não era previsível o regresso de Pero
Marques a casa de Inês.
d) A encomenda de novo pretendente aos judeus
obteve resultado positivo.
3. [Identifica a função
sintática dos grupos sintáticos destacados.] {Vais ter de usar sujeito, complemento
direto, complemento oblíquo, predicativo do sujeito.}
a) Concordo com a resposta da
Mãe. — ________
b) Pero Marques
será marido
de Inês. — ________
c) É notória a semelhança entre Luisão
e ArturoVidal. — ______
d) Inês tinha uma
imagem de homem ideal
na sua mente. — _______
3.1. [Destaca, dentro dos grupos sintáticos, os complementos do
nome.] {Circunda-os.}
4. [Seleciona a única
opção correta que classifica a função sintática dos elementos destacados.] {Usa
(A) = Modificador apositivo do nome;
(B) Modificador restritivo
do nome; (C)
Complemento do nome; (D)
Modificador.}
4.1. A vida de Inês seria só bailar e estudar complementos do nome.
4.2. A companhia Vicente, que encenou a farsa, fez um trabalho fraco que dói.
4.3. Sara Sampaio ficou
ofuscada pela beleza de Inês.
4.4. Pero Marques, o campónio, não conhecia um computador.
4.5. O contrato
que Inês celebrou com os judeus foi cumprido.
Leituras em voz alta.
Começa um conto, de ficção (mas verosímil e evitando a
caricatura, a brincadeira fácil), de registo formal-literário, destinado a um
possível desenvolvimento até uma, duas ou três páginas (esse desenvolvimento
será para fase posterior).
Não te aconselho um texto com muitas peripécias, nem com muito diálogo.
Num conto costuma haver mais densidade psicológica do que intriga com muitas
ações, embora o desfecho possa ser importante.
O início tem de ser um período — que criarás tu — com um predicativo do
complemento direto (sublinha-o; e pontilha o complemento direto). Por exemplo: «Valdemar
deixara aberta a porta» ou
«Sempre considerei a Clarinda uma
pessoa verdadeira e respeitabilíssima.»
(Para recordares alguns verbos que pedem Predicativo do complemento
direto, p. 88.)
.
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TPC — Relê o capítulo de
gramática ‘Funções sintáticas’ (em Gaveta de Nuvens), atentando
sobretudo nas funções que estão nas últimas quatro páginas (predicativo do
complemento direto, complemento do nome — e, por contraste, os modificadores do
nome, apositivo e restritivo —, complemento do adjetivo). Também seria útil
estudares a ficha 16 do Caderno de atividades (‘Complemento do nome’),
pp. 31-32.
Aula 123-124 (4 [2.ª, 3.ª, 5.ª], 5 [4.ª], 6/jun [9.ª]) Correção do questionário de
compreensão (sobre crónica de Tiago Salazar).
Lê o depoimento de Tim sobre «Rimas de Camões» (p. 163). O conselho que
nos dá é que façamos poesia
a partir de prosa. Bastará dispor em versos frases correntes para elas ganharem
conotações poéticas. Diz-nos ainda que, se lermos qualquer texto como se
cantássemos, chegaremos a conclusão idêntica (o rap é a comprovação disto, não
é?).
Podíamos fazer o contrário: linerarizar um texto lírico, para ver se,
uma vez sem versos, ficava menos poético. Por exemplo, o texto seguinte passava
por prosa?
Mar, tinhas um nome que ninguém temia, era um
campo macio de lavrar. Fomos então a ti, cheios de amor, e o fingido lameiro, a
soluçar, afogava o arado e o lavrador. Enganosa sereia rouca e triste, foste tu
quem nos veio namorar, e foste tu, depois, que nos traíste. E quando terá fim o
sofrimento, quando deixará de nos tentar o teu encantamento?
Talvez não. Porque o poema de Miguel Torga — vê o original na p. 309 —
tem, além da disposição em versos, outras marcas típicas da lírica {tenta
adiantar mais umas três}:
apóstrofe a um elemento natural;
____________;
____________;
____________;
____________.
Já agora, numa resposta elegante, bem escrita, relaciona o poema de
Torga com descobrimentos, com Os Lusíadas, com a História
Trágico-Marítima.
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Porém, o processo simétrico do de Tim resulta se usarmos uma canção, de
grupo do próprio Tim. Depois
de ouvirmos «Postal dos Correios» (Rio Grande), completa as linhas a seguir com
a transcrição da letra da cantiga mas adotando formato de carta.Tirando a data
e a assinatura, que criarás tu, todos os elementos estão na própria letra da
canção. Pô-los-ás em prosa e acrescentarás apenas a pontuação (que terá de ser
gramatical).
Querida mãe, querido pai. Então que tal?
Nós andamos do jeito que Deus quer
Entre os dias que passam menos mal
Lá vem um que nos dá mais que fazer
Mas falemos de coisas bem melhores
A Laurinda faz vestidos por medida
O rapaz estuda nos computadores
Dizem que é um emprego com saída
Cá chegou direitinha a encomenda
Pelo «expresso» que parou na Piedade
Pão de trigo e linguiça para merenda
Sempre dá para enganar a saudade
Espero que não demorem a mandar
Novidades na volta do correio
A ribeira corre bem ou vai secar?
Como estão as oliveiras de «candeio»?
Já não tenho mais assunto pra escrever
Cumprimentos ao nosso pessoal
Um abraço deste que tanto vos quer
Sou capaz de ir aí pelo Natal.
[Data]
[Saudação
inicial (vocativo)]
[Introdução]
[Desenvolvimento
(notícias sobre a vida familiar; informação a acusar receção de encomenda)]
[Conclusão
(desejo de notícias da família e da terra)]
[Despedida]
[Assinatura]
[PS]
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Agora, inventa o endereço
de remetente e de destinatário.
TPC — Algumas tarefas que sugiro (mas convém que vejas as instruções específicas dadas para estes
trabalhos — e até o rol de tarefas para todo o 3.º período):
Desenvolve este
início de conto que te estou a devolver.
Podes enviar-mo já passado à máquina e eu relanceá-lo-ei e darei sugestões,
embora a ideia seja aproveitares o texto para efeitos do Concurso José Gomes Ferreira.
Reformula e envia-me
a crónica de viagem (ter-me-ás enviado a
primeira versão, eu entreguei-ta corrigida, mas nada me enviaste entretanto).
Escreve crónica de
viagem (por favor, evita as
visitas de turma a Paris; e não adotes estilo de mero relato — bom exemplo de
crónica é a de Tiago Salazar que acabámos de rever).
Faz bibliofilme (podes fazê-lo a propósito de obra lida só
agora — aproveita, porventura, livros que trouxe e te possa emprestar). Os
bibliofilmes não devem ser resumos, comentários ou apreciações, mas textos de
criação própria, ainda que fazendo alusão àquele ponto de partida.
Resolve o trabalho, há muito em atraso, apropósito de poesia trovadoresca.
Decora soneto de
Camões (que ficaras de recitar
no final do 2.º período) e apresenta-mo num final de aula ou num começo de
intervalo.
Quem estiver livre destas tarefas, pode (i) ler livro;
(i) ir revendo matérias de gramática e outros conteúdos envolvidos nas
unidades que demos este período; (iii) dedicar-se ao Concursoliterário José Gomes Ferreira (teatro, por exemplo).
Aula 125-126 (5 [2.ª, 3.ª], 7/jun [5.ª, 9.ª, 4.ª]) Os quatro poemas que se seguem foram escritos por Jorge
de Sena, em 1961 («Quatro Sonetos a Afrodite Anadiómena», Metamorfoses, Lisboa, Moraes, 1963).
I — PANDEMOS
Dentífona apriuna a veste iguana
de que se escalca auroma e tentavela.
Como superta e buritânea amela
se palquitonará transcêndia inana!
Que vúlcios defuratos, que inumana
sussúrica donstália penicela
às trícotas relesta demiquela,
fissivirão boíneos, ó primana!
Dentívolos palpículos, baissai!
Lingâmicos dolins, refucarai!
Por mamivornas contumai a veste!
E, quando prolifarem as sangrárias,
lambidonai tutílicos anárias,
tão placitantes como o pedipeste.
II — ANÓSIA
Que marinais sob tão pora luva
de esbranforida pela retinada
não dão volpúcia de imajar anteada
a que moltínea se adamenta ocuva?
Bocam dedetos calcurando a fuva
que arfala e dúpia de antegor tutada,
e que tessalta de nigrors nevada.
Vitrai, vitrai, que
estamineta cuva!
Labiliperta-se infanal a esvebe,
agluta, acedirasma, sucamina,
e maniter suavira o termidodo.
Que marinais dulcífima contebe,
ejacicasto, ejacifasto, arina!...
Que marinais, tão pora luva, todo...
III — URÂNIA
Purília amancivalva emergidanto,
imarculado e rósea, alviridente,
na azúrea juventil conquinomente
transcurva de aste o fido corpo tanto...
Tenras nadáguas que oculvivam quanto
palidiscuro, retradito e olente
é mínimo desfincta, repente,
rasga e sedente ao duro latipranto.
Adónica se esvolve na ambolia
de terso antena avante palpinado.
Fímbril, filível, viridorna, gia
em túlida mancia, vaivinado.
Transcorre uníflo e suspentreme o dia
noturno ao lia e luçardente ao cado.
IV — AMÁTIA
Timbórica, morfia, ó persefessa,
meláina, andrófona, repitimbídia,
ó basilissa, ó scótia, masturlídia,
amata cíprea, calipígea, tressa
de jardinatas nigras, pasifessa,
luni-rosácea lambidando erídia,
erínea, erítia, erótia, erânia, egídia,
eurínoma, ambológera, donlessa.
Ares, Hefáistos, Adonísio, tutos
alipigmaios, atilícios, futos
da lívia damitada, organissanta,
agonimais se esforem morituros,
necrotentavos de escancárias duros,
tantisqua abradimembra a teia canta.
Se excetuarmos as palavras «gramaticais»
(preposições, ______, determinantes, pronomes), há sobretudo vocábulos criados
pelo poeta, ainda que seguindo os padrões morfológicos do português (são,
quanto à formação,
palavras ___).
Também as características de versificação
esperáveis são efetivamente cumpridas, já que, em termos de métrica, temos
versos _____, e a rima das quadras é ____ e emparelhada, enquanto que, nas duas
estrofes finais dos sonetos, surgem os esquemas rimáticos C-C-___ (para o
primeiro e último poemas) e C-D-___, C-D-___ (no segundo e terceiro sonetos).
Reconhecemos também as classes
da maioria das palavras inventadas por Sena («sussúrica» será ____; «escalca»,
verbo; «transcêndia», ____), bem como percebemos certas categorias
(«palquitonará» há de ser uma 3.ª pessoa do singular do ____ do Indicativo; «fissivirão»,
uma 3.ª pessoa do ____ do mesmo tempo; «refucarai», a 2.ª pessoa do plural do
____).
Quanto a mim, há dois casos em que Sena
decidiu mal as grafias. No terceiro soneto há uma acentuação impossível
no sistema ortográfico português: «____» nunca poderia ter o acento gráfico que
lhe foi posto, já que, mesmo sem ele, era já uma palavra grave. Também não
concordo com a grafia «____», no segundo soneto, pois que a formação do plural
implicava um «res» (compare-se: «júnior», «juniores»). No último soneto, torço
o nariz à acentuação gráfica de «meláina» e «Hefáistos».
Num
dos episódios finais de Último a sair,
Rui Unas e Bruno Nogueira ensaiam clichés para usarem assim que um
deles seja expulso. Quando, às vezes, lhes critico o uso de lugares comuns em redações, estou a
pensar, no fundo, no que se vai designando agora mais como «cliché» (< fr. cliché, ‘chapa ‘).
Classifica
a função sintática que desempenham os constituintes sublinhados.
Clichés de despedida (e supostos clichés)
|
Funções sintáticas
|
Se tu saíres, eu também saio.
|
modificador (de frase)
|
A casa não será a mesma coisa
sem ti, Rui.
|
|
Eu fico lá fora, à
tua espera, meu.
|
|
Até a barraca
abana.
|
|
A casa, sem ti, vai
ficar muita vazia, meu.
|
|
Foi o país e o mundo.
|
|
Que dizem os teus
olhos?
|
|
Eles só passam as
imagens que lhes convêm.
|
|
Quando lavas os pés, vais mesmo lá abaixo
ou esfregas os pés um no outro?
|
modificador (do grupo
verbal)
|
Outros trechos
|
Funções sintáticas
|
Faltam aqui coisas,
tipo...
|
|
Estás a ver, correu-me
mal.
|
|
Só havia uma hipótese de
ele não sair.
|
|
Unas e Bruno consideram
Roberto incapaz de tal coisa.
|
|
Unas e Bruno consideram
Roberto incapaz de tal coisa.
|
Escreve um poema, sem
rima, sem métrica, cujo primeiro verso seja um destes primeiros versos recolhidos
nas canções (só o de uma das canções). Resto do poema nada terá de ver com a
letra da canção, é claro. Evita pirosices, lugares comuns poéticos, registos da
oralidade (a não ser see o objetivo for mesmo esse). No final, não esqueças
título expressivo. A caneta.
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TPC — Tem em conta a metade de folha em que
fiz um ponto da situação do que te falte. Entretanto, revê também «conteúdos»: funções sintáticas (vimos ultimamente
a de complemento do nome [pp. 129-130] e a de complemento do adjetivo [p. 199],
mas todas as outras também); processosregulares de formação de palavras [p. 319]; infelizmente, não vimos com o
devido cuidado parte das matérias de história da língua (o português: génese,
variação e mudança [pp. 64-66]; principais etapas do português [cfr. p. 64 e
pp. 203-205]; genealogia linguística [p. 269]; arcaísmo e neologismo [p. 239]),
mas ainda relanceámos a geografia doportuguês [pp. 270-272]; estudámos aspetos
de estrutura e de enredo de Os Lusíadas [pp. 216-221, 275] e da História Trágico-marítima.
Liga
dos Campeões e Liga Europa
— [só para oito alunos:] Prepara a leitura em voz alta de um dos sonetos de
Sena: os futuros intervenientes no jogo M
da Liga dos Campeões lerão
«I-Pandemos»; os de N, «II-Anósia»,
aos clubes do jogo 5 da Liga Europa
caberá preparar «III-Urânia» e aos
do jogo 6, «IV-Amátia».
Aula 127-128 (8 [9.ª], 11 [2.ª, 3.ª, 5.ª], 12/jun [4.ª])
Versão
com Bruno
Sem
consultares outros elementos além desta folha, classifica quanto à função
sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de
frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome, complemento do nome; complemento do adjetivo) os segmentos
sublinhados. Não é obrigatório que estejam representadas todas as funções e
pode haver funções que apareçam mais do que uma vez.
Estimados
alunos,
por favor, não resolvam este grupo.
|
vocativo
|
Bruno
olhou-nos com o ódio de um louco.
|
|
Os
franceses acharam Albuquerque um herói.
|
|
O
mítico Jorge Jesus já chegou à Arábia Saudita.
|
|
Jacinto,
não frequentarás o casino esta noite.
|
|
Se
morresse, Jorge de Albuquerque seria comido pela tripulação.
|
|
O
chinês, obcecado por apostas, consultou as odds da UELVA.
|
|
Scolari
nomeará capitão de equipa o Paulinho.
|
|
Fala-me,
musa, do homem astuto que tanto vagueou.
|
|
Desta
sopa
eu gosto.
|
|
Este
ano ocorrerão muitos incêndios.
|
|
Lá
terminou o secante discurso que demorou três cantos.
|
|
O
busto de Ronaldo e Dona Dolores são ícones da Madeira.
|
|
Os
jogadores marroquinos estarão em jejum.
|
|
Meus
caros, a convicção de que faltavam cocós de cão estava errada.
|
Indica
o processo
de formação (derivação por
prefixação, derivação por sufixação,
derivação por prefixação e sufixação,
parassíntese; conversão, derivação não
afixal; composição morfológica, composição morfossintática || extensão semântica, empréstimo, amálgama, sigla, acrónimo, truncação, onomatopeia, cunhagem).
amável
|
derivação
por sufixação
|
repor
|
|
cronologia
|
|
embainhar
|
|
fina
flor
|
|
[o]
apelo (< apelar)
|
|
desagradavelmente
|
|
[o]
comer («o comer está na mesa»)
|
Escolhe a melhor alínea:
Em
Portugal são características mais nortenhas que sulistas
a) a «troca dos bês por vês»; ditongações (/uâ/
ou /uô/, por /ô/).
b) certa maneira de dizer sibilantes (s- dito quase /ch/); pronúncia como /a/
do e antes de -lh, -ch, ...
(«jo[a]lho», «f[a]cho»).
c) sobrevivência da 2.ª pessoa do plural; «troca
dos vês por bês»; o /ü/ (à francesa).
d) o /ü/ (à francesa); a «troca dos bês por
vês».
São
características do português do Brasil
a) omissão de –r final; abertura maior das vogais átonas; pronome depois de
verbo.
b) palatalização de «t» e «d» antes de i; ênclise; «você» + 3.ª pessoa como
forma de tratamento.
c) ênclise; «você» + 3.ª pessoa como tratamento;
semivocalização de –l final.
d) complexos verbais com gerúndio; omissão de
artigo antes de possessivo; anteposição do pronome ao verbo.
Se
alguém — cultíssimo e de boas famílias — se irritar e disser palavrões, terá
sucedido que
a) esse nível popular da linguagem adveio da
variação da língua em termos socioletais.
b) ficou ilustrada a variação resultante da
diacronia.
c) esse calão ilustrou a variação dialetal.
d) esse registo demasiado informal foi exemplo
da variação situacional.
Um
dialeto é
a) uma língua que não tem o mesmo estatuto das
línguas nacionais.
b) a língua tal como se fala num dado espaço.
c) a língua falada num local, com características
que a tornam menos aceitável do que a da capital.
d) uma maneira de falar menos correta do que a
norma.
O
português do Brasil é
a) a variante sul-americana do português.
b) um dialeto do português.
c) uma língua diferente do português europeu.
d) uma variedade socioletal do português.
Versão
com iguana
Estimados
alunos,
por favor, não resolvam este grupo.
|
vocativo
|
Beijo-te, minha querida iguana
venenosa.
|
|
Camões,
eu dou-te inspiração.
|
|
A Mesa da Assembleia Geral declarou Bruno destituído.
|
|
A Nau Santo António regressou a Olinda.
|
|
Na
Ilha dos Amores,
as ninfas corriam pela floresta.
|
|
Os alunos, preocupados com a falta de cocós
de cão, gritavam.
|
|
Marta Soares nomeou presidente de uma
comissão Henrique Monteiro.
|
|
Albuquerque quis agradecer a Atouguia
tê-lo salvo.
|
|
Lembro-me do camelo sorridente de Agadir.
|
|
Ontem, no Estádio da Luz, estavam Dona
Dolores Aveiro e Georgina.
|
|
A escassez de cocós era gritante.
|
|
Fiquem quietos, que eu já venho, e não
copiem.
|
|
A convicção de que a Uelva tem corruptos no
seu seio está disseminada.
|
|
Rodrigo de Atouguia, que era da Atouguia,
socorreu-os.
|
amável
|
derivação
por sufixação
|
xenófobo
|
|
adoçar
|
|
pai
de família
|
|
[o] abraço (< abraçar)
|
|
Coelho (< coelho)
|
|
prever
|
|
cativeiro
|
Escolhe a melhor alínea:
Um
dialeto é
a) a língua tal como se fala num dado espaço.
b) a língua falada num local, com
características que a tornam menos aceitável do que a da capital.
c) uma maneira de falar menos correta do que a
norma.
d) uma língua que não tem o mesmo estatuto das
línguas nacionais.
O
português do Brasil é
a) um dialeto do português.
b) uma língua diferente do português europeu.
c) uma variedade socioletal do português.
d) a variante sul-americana do português.
Se
alguém — cultíssimo e de boas famílias — se irritar e disser palavrões, terá
sucedido que
a) ficou ilustrada a variação resultante da
diacronia.
b) esse calão ilustrou a variação dialetal.
c) esse registo demasiado informal foi exemplo
da variação situacional.
d) esse nível popular da linguagem adveio da
variação da língua em termos socioletais.
Em
Portugal são características mais nortenhas que sulistas
a) certa maneira de dizer sibilantes (s- dito quase /ch/); pronúncia como /a/
do e antes de -lh, -ch, ...
(«jo[a]lho», «f[a]cho»).
b) sobrevivência da 2.ª pessoa do plural; «troca
dos vês por bês»; o /ü/ (à francesa).
c) o /ü/ (à francesa); a «troca dos bês por
vês».
d) a «troca dos bês por vês»; ditongações (/uâ/
ou /uô/, por /ô/).
São
características do português do Brasil
a) palatalização de «t» e «d» antes de i; ênclise; «você» + 3.ª pessoa como
forma de tratamento.
b) ênclise; «você» + 3.ª pessoa como tratamento;
semivocalização de –l final.
c) complexos verbais com gerúndio; omissão de
artigo antes de possessivo; anteposição do pronome ao verbo.
d) omissão de –r final; abertura maior das vogais átonas; pronome depois de
verbo.
Versão
com cobardolas
Sacaninhas, para a próxima,
estudem mais gramática.
|
vocativo
|
Os
corsários julgaram os portugueses uns cobardolas.
|
|
Se
morrer, comam-me à vontade — disse Albuquerque.
|
|
Já
chegámos ao Brasil?
|
|
A
nostalgia dos anos oitenta domina 1986.
|
|
Capitão,
comemos os cadáveres?
|
|
—
As ninfas escaparam-se-nos — lamentou Leonardo.
|
|
A
UELVA declarou improcedente o recurso de Afonso.
|
|
Dos
livros de viagens de Bill Bryson gosto bastante.
|
|
Esta
sexta começará o Mundial da FILVA.
|
|
Bruno
esclareceu os sócios durante seis horas secantes.
|
|
O
pai de Cristianito é o filho de Dona Dolores.
|
|
Parecem
muitos asseados os camelos de Agadir.
|
|
Permaneceram
na carcaça da nau os esfomeados portugueses.
|
|
Choravam,
angustiados com a falta de itens com cocó de cão.
|
amável
|
derivação
por sufixação
|
embelezar
|
|
reter
|
|
[o]
desfalque (< desfalcar)
|
|
fim
de semana
|
|
[o]
falar (< falar)
|
|
UELVA
|
|
megafone
|
Versão com animal nojento e
doce
Sacaninhas, para a próxima,
estudem mais gramática.
|
vocativo
|
Abraça-me, estúpido animal nojento e
doce.
|
|
Efetivamente,
é assim.
|
|
Considero Ryan burra que dói.
|
|
A seleção de Portugal já foi para Moscovo.
|
|
Contente
com o seu cocó, o camelo ria-se.
|
|
O professor tratou como sacaninhas os
seus alunos.
|
|
Continua a sorrir o camelo de Agadir.
|
|
Não me esqueço dos prémios Tia Albertina.
|
|
Esta semana fecha a Feira do Livro e
ainda não fui lá.
|
|
A ambição de fazendas cegava o Samorim.
|
|
Na recolha de cocós, a colaboração dos
alunos é essencial.
|
|
Digo-vos, têm aqui um complemento
direto.
|
|
Jorge de Albuquerque permaneceu na luta
contra os franceses.
|
|
Na capitania, Albuquerque mostrara ser bom chefe
militar.
|
amável
|
derivação
por sufixação
|
bípede
|
|
compor
|
|
quebra-nozes
|
|
[o] resgate (< resgatar)
|
|
ajoelhar
|
|
[a Dona] Rosa (< rosa)
|
|
nim (< não
+ sim)
|
Na p.
307, lê «A viagem» (e pensa na resposta ao item 7). (Deixo linhas a mais, não
espero talvez resposta tão grande.) Escreve a caneta.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
TPC — Os finalistas das duas Ligas prepararão (tentando alguma
expressividade): as estâncias 145-146 da p. 260 (Liga Europa); e as estâncias
155-156 da p. 261 (Liga dos Campeões). Não haverá gravação minha de exemplo. Não esqueçam as tarefas em atraso que lhes assinalei há duas aulas. Entretanto,
pensem no Concurso José Gomes Ferreira (os textos são entregues no CRE até
sexta, dia quinze (é importante ver o regulamento, que está em Gaveta de Nuvens), mas terei todo o
gosto em relanceá-los e aconselhá-los se mos enviarem entretanto.
Aula 129-130 (12 [3.ª, 2.ª], 14/jun [4.ª, 5.ª, 9.ª]) Correção do questionário de
gramática (ver Apresentação).
Versão com cobardolas
Sacaninhas, para a próxima,
estudem mais gramática.
|
vocativo
|
Os
corsários julgaram os portugueses uns cobardolas.
|
predicativo
do complemento direto
|
Se
morrer, comam-me à vontade — disse Albuquerque.
|
complemento
direto
|
Já
chegámos ao Brasil?
|
complemento
oblíquo
|
A
nostalgia dos anos oitenta domina 1986.
|
complemento
do nome
|
Capitão,
comemos os cadáveres?
|
predicado
|
—
As ninfas escaparam-se-nos — lamentou Leonardo.
|
complemento
indireto
|
A
UELVA declarou improcedente o recurso de Afonso.
|
predicativo
do complemento direto
|
Dos
livros de viagens de Bill Bryson gosto bastante.
|
complemento
oblíquo
|
Esta
sexta começará o Mundial da FILVA.
|
sujeito
|
Bruno
esclareceu os sócios durante seis horas secantes.
|
modificador
do grupo verbal
|
O
pai de Cristianito é o filho de Dona Dolores.
|
complemento
do nome
|
Parecem
muitos asseados os camelos de Agadir.
|
sujeito
|
Permaneceram
na carcaça da nau os esfomeados portugueses.
|
predicativo
do sujeito
|
Choravam,
angustiados com a falta de itens com cocó de cão.
|
complemento
do adjetivo
|
amável
|
derivação
por sufixação
|
embelezar
|
parassíntese
|
reter
|
derivação
por prefixação
|
[o]
desfalque (< desfalcar)
|
derivação
não afixal
|
fim
de semana
|
composição
morfossintática
|
[o]
falar (< falar)
|
conversão
|
UELVA
|
acrónimo
|
megafone
|
composição
morfológica
|
Versão com animal nojento e
doce
Sacaninhas, para a próxima,
estudem mais gramática.
|
vocativo
|
Abraça-me, estúpido animal nojento e
doce.
|
complemento
direto
|
Efetivamente,
é assim.
|
predicado
|
Considero Ryan burra que dói.
|
predicativo
do complemento direto
|
A seleção de Portugal já foi para Moscovo.
|
complemento
oblíquo
|
Contente
com o seu cocó, o camelo ria-se.
|
complemento
do adjetivo
|
O professor tratou como sacaninhas os
seus alunos.
|
predicativo
do complemento direto
|
Continua a sorrir o camelo de Agadir.
|
sujeito
|
Não me esqueço dos prémios Tia Albertina.
|
complemento
oblíquo
|
Esta semana fecha a Feira do Livro e
ainda não fui lá.
|
sujeito
|
A ambição de fazendas cegava o Samorim.
|
complemento
do nome
|
Na recolha de cocós, a colaboração dos
alunos é essencial.
|
complemento
do nome
|
Digo-vos, têm aqui um complemento
direto.
|
complemento
indireto
|
Jorge de Albuquerque permaneceu na luta
contra os franceses.
|
predicativo
do sujeito
|
Na capitania, Albuquerque mostrara ser bom chefe
militar.
|
modificador
do grupo verbal
|
amável
|
derivação
por sufixação
|
bípede
|
composição
morfológica
|
compor
|
derivação
por prefixação
|
quebra-nozes
|
composição
morfossintática
|
[o] resgate (< resgatar)
|
derivação
não afixal
|
ajoelhar
|
parassíntese
|
[a Dona] Rosa (< rosa)
|
conversão
|
nim (< não
+ sim)
|
amálgama
|
Versão com Bruno
Estimados
alunos,
por favor, não resolvam este grupo.
|
vocativo
|
Bruno
olhou-nos com o ódio de um louco.
|
complemento
direto
|
Os
franceses acharam Albuquerque um herói.
|
predicativo
do complemento direto
|
O
mítico Jorge Jesus já chegou à Arábia Saudita.
|
complemento
oblíquo
|
Jacinto,
não frequentarás o casino esta noite.
|
modificador
do grupo verbal
|
Se
morresse, Jorge de Albuquerque seria comido pela tripulação.
|
agente
da passiva
|
O
chinês, obcecado por apostas, consultou as odds da UELVA.
|
complemento
do adjetivo
|
Scolari
nomeará capitão de equipa o Paulinho.
|
predicativo
do complemento direto
|
Fala-me,
musa, do homem astuto que tanto vagueou.
|
complemento
indireto
|
Desta
sopa
eu gosto.
|
complemento
oblíquo
|
Este
ano ocorrerão muitos incêndios.
|
sujeito
|
Lá
terminou o secante discurso que demorou três cantos.
|
modificador
restritivo do nome
|
O
busto de Ronaldo e Dona Dolores são ícones da Madeira.
|
complemento
do nome
|
Os
jogadores marroquinos estarão em jejum.
|
predicativo
do sujeito
|
Meus
caros, a convicção de que faltavam cocós de cão estava errada.
|
complemento
do nome
|
amável
|
derivação
por sufixação
|
repor
|
derivação
por prefixação
|
cronologia
|
composição
morfológica
|
embainhar
|
parassíntese
|
fina
flor
|
composição
morfossintática
|
[o]
apelo (< apelar)
|
derivação
não afixal
|
desagradavelmente
|
derivação
por prefixação e sufixação
|
[o]
comer («o comer está na mesa»)
|
conversão
|
Versão com iguana
Estimados
alunos,
por favor, não resolvam este grupo.
|
vocativo
|
Beijo-te, minha querida iguana
venenosa.
|
complemento
direto
|
Camões,
eu dou-te inspiração.
|
predicado
|
A Mesa da Assembleia Geral declarou Bruno destituído.
|
predicativo
do complemento direto
|
A Nau Santo António regressou a Olinda.
|
complemento
oblíquo
|
Na
Ilha dos amores,
as ninfas corriam pela floresta.
|
modificador
do grupo verbal
|
Os alunos, preocupados com a falta de cocós
de cão, gritavam.
|
complemento
do adjetivo
|
Marta Soares nomeou presidente de uma
comissão Henrique Monteiro.
|
predicativo
do complemento direto
|
Albuquerque quis agradecer a Atouguia
tê-lo salvo.
|
complemento
indireto
|
Lembro-me do camelo sorridente de Agadir.
|
complemento
oblíquo
|
Ontem, no Estádio da Luz, estavam Dona
Dolores Aveiro e Georgina.
|
sujeito
|
A escassez de cocós era gritante.
|
complemento
do nome
|
Fiquem quietos que eu já venho, e não
copiem.
|
predicativo
do sujeito
|
A convicção de que a Uelva tem corruptos no
seu seio está disseminada.
|
complemento
do nome
|
Rodrigo de Atouguia, que era da Atouguia,
socorreu-os.
|
modificador
apositivo do nome
|
amável
|
derivação
por sufixação
|
xenófobo
|
composição
morfológica
|
adoçar
|
parassíntese
|
pai
de família
|
composição
morfossintática
|
[o] abraço (< abraçar)
|
derivação
não afixal
|
Coelho (< coelho)
|
conversão
|
prever
|
derivação
por prefixação
|
cativeiro
|
derivação
por sufixação
|
3.º período — alguns focos do ensino e da avaliação
(que, porém, não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)
(que, porém, não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)
Leitura
|
||
Aula
|
Questionário sobre dois depoimentos sobre
Camões (aula 99-100)
|
|
Questionário sobre «Marrocos, uma comarca exótica
» (aula 119-120)
|
||
Observação
direta da eficiência a resolver as tarefas com textos em todas as aulas
|
||
Observação
direta da atitude de se esforçar por trabalhar com concentração
|
||
Educação literária
|
||
Casa
|
Bibliofilme, a pretexto de livro lido (anunciado
antes, mas referido no tepecê 98-99)
|
|
Alguma leitura de livro(s) entretanto.
|
||
[Esta área é aferida também em atividades de todos os outros domínios.]
|
||
Escrita
|
||
Aula
|
Criação de «Proposição» de
uma epopeia à escolha de cada um (aulas 101-102 e 103-104)
|
|
Criação de continuação de começos de clássicos
da literatura universal (aula 99-100)
|
||
Texto expositivo sobre ambição (aula 105-106)
|
||
Resposta a modelo de exame,
sobre invocação a Tágides e Ninfas do Mondego (aula 111-112)
|
||
Crónica sobre Ilha dos Amores ou lugar ideal
(aula 113-114)
|
||
Redação de acidente com
transporte segundo molde de trecho de «As terríveis [...]» (aula 115-116)
|
||
Criação de início de conto (aula 121-122)
|
||
Criação de poema a partir de verso de uma
canção (aula 125-126)
|
||
Casa
|
Criação de frases sobre poesia, para dia da
poesia (tepecê de férias)
|
|
Crónica de viagem ao estilo das de Fugas (tepecê da aula 105-106)
|
||
Reformulação da crónica de viagem (a partir da
aula 109-110)
|
||
Reformulação/Acrescento do conto iniciado em
aula (tepecê da aula 123-124)
|
||
Oralidade
|
||
Aula
|
Leituras em voz alta de
estâncias de Lusíadas (fase final
da LC e LE) (aula 103-104 e ss.)
|
|
[Só para alguns:] Recuperação de recitação de soneto de Camões, tarefa do 2.º
período
|
||
Observação
direta da atitude de procurar ouvir os outros com atenção (sem falar para o
lado)
|
||
Casa
|
[Só para alguns:] Recuperação de gravação com poesia trovadoresca,
tarefa do 1.º período
|
|
Gramática
|
||
Aula
|
Questionário sobre conteúdos do período (aula
127-128)
|
|
Observação
direta da atenção nos momentos em que se trata de ouvir explicações de
conteúdos
|
||
Atitudes
|
||
Assiduidade,
pontualidade, material, entre outros aspetos.
|
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