Aulas (2.º período, 1.ª parte: 51-70)
Aula 51-52 (4 [1.ª], 5/jan [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Calendário
do 2.º período e recolha de tepecês (ver
Apresentação).
Audição
da peroração do «Sermão» (por Ary dos Santos).
O capítulo VI do «Sermão» (pp. 130-131)
corresponde à peroração, a última parte de um discurso. Vai lendo o texto e
preenchendo o que falta no quadro.
Resolve o exercício 1 (e 1.1) da p. 131:
a. __; b. __; c. __; d.
__; e. __; f. __; g. __; h. __.
Resolve
este item (de modelo de exame):
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as
suas respostas aos itens que se seguem.
1. No «Sermão de Santo António aos Peixes», à
imitação de Santo António, o Padre António Vieira resolve pregar aos peixes
para dar lições aos homens. Identifica a principal figura de retórica a que o
orador recorre para o fazer, explicitando a sua eficácia argumentativa.
...
TPC — Relanceia programas de televisão sobre o «Sermão de Santo António» e o
Padre António Vieira (aqui e aqui).
Aula 53-54 (7 [12.ª, 5.ª], 8/jan [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Tal
como um trecho de filme que veremos mais à frente, o texto de Ricardo Araújo
Pereira na p. 132 dá um contributo para uma espécie de caricatura do modo de
ser português. Lê o texto completo e, só depois, completa a minha
síntese-comentário.
O título da ____ {género jornalístico} de Ricardo Araújo Pereira, «Este país não é
para corruptos», faz alusão a um filme, Este
país não é para ___. No entanto, o filme trata de um negócio que falha,
enquanto que o suborno pensado por _____ foi oferecido mesmo, ainda que se
tenha depois concluído que não era passível de ____, tendo o arguido sido _____.
Névoa não foi condenado porque, segundo o tribunal, o político que recebera o
dinheiro não era a pessoa _____ para resolver o que o subornador pretendia.
Podemos dizer que Névoa, além de desonesto, foi ____, mas o que é certo é que
foi isso que o ilibou.
Ricardo Araújo Pereira traça depois uma analogia
entre o disposto nesta _____ e casos hipotéticos de crimes graves cujo autor
tivesse errado, sem querer, no exato _____ da malvadez. No último parágrafo, o
cronista, pontuando o texto com figuras de estilo que visam a caricatura —
ironia («____ título»); paradoxo/antítese («ilegalidade ilegal» que é legal);
trocadilhos com lugares comuns («não é corrupto quem quer», «isto não é
corrupção que se apresente») —, acaba por se centrar na crítica que sempre
pretendeu valorizar e que nem se foca tanto na corrupção, mas antes ______.
Quanto ao primeiro parágrafo, aproveita-se aí muito
o conceito ____ do «Sermão de Santo António», «Vós sois o sal da terra». Como
um dos elementos da metáfora, o sal, significa ‘conservação’, o autor
experimenta trocá-lo por outros meios mais modernos de preservar os alimentos,
a _____ ou a _____, porque, conforme alega, atualmente já se sabe que o sal
provoca _____. Antes disso, considerara ser Portugal um país em salmoura (‘água
com muito sal’), por não se manifestar cá nenhum resquício de ______. É esta
assunção (irónica, já se vê) que, mais do que a intertextualidade com o filme,
vem justificar o ______.
Nos
trechos que veremos de O Amor Acontece,
as personagens secundárias (ou mesmo figurantes) portuguesas — não incluo,
portanto, Aurélia — são uma espécie de personagem coletiva, plana, ingenuamente
caricaturada, talvez um estereótipo do português aos olhos dos estrangeiros. A
caracterização desta «personagem» é, como é costume em cinema, indireta, já que
decorre sobretudo das suas atitudes, da sua linguagem.
Inscreve
no quadro os adjetivos qualificativos correspondentes à
característica psicológica que os comportamentos à direita sugerem.
portugueses são...
|
comportamentos no trecho de O amor acontece
|
interesseiros,
oportunistas, materialistas
|
Veem
o casamento da filha, ou irmã, como possibilidade de melhoria das condições
materiais.
|
Barros
vem abrir a porta em camisola interior; não hesita em confiar em desconhecido;
chama a filha de imediato.
|
|
Barros
diz a Sofia que até pagava para se desenvencilhar dela.
|
|
Sofia
trata o pai por «estúpido».
|
|
Pai
e filha tentam resolver o pedido do estrangeiro.
|
|
Pai
e filha vão pelas ruas a contar a todos o que se está passar.
|
|
«O
meu pai vai vender a Aurélia como escrava!».
|
|
«É
a minha melhor empregada. Não se pode casar!».
|
|
Assistem,
sem desviar olhar, à declaração de amor; [na rua, não se coibiram de engrossar
o pelotão em demanda de Aurélia.]
|
|
Diz Sofia: «casa-te mas é com o príncipe
William».
|
|
Não percebem as mais elementares palavras
inglesas (por isso ficam calados durante o assentimento de Aurélia).
|
|
Barros e Sofia beijam genro e cunhado.
|
|
Todo o restaurante fica eufórico com o sucesso
da declaração de amor.
|
Sobre
adjetivo
(no manual do ano passado ou no livro de apoio ao estudo):
Palavra que, tipicamente, permite variação em
género, em número e em grau. O adjetivo é o núcleo do grupo adjetival.
classes de adjetivos
Adjetivo
qualificativo
— Exprime qualidades, atributos do nome. Tipicamente, a posição do adjetivo
qualificativo é pós-nominal. Alguns destes adjetivos ocorrem à direita e à
esquerda do nome, correspondendo esta ordem a interpretações diferentes.
Tens um belo chapéu. | É sem dúvida um rapaz grande. /... um grande rapaz.
Adjetivo
numeral
— Expressa ordem ou sucessão numa sequência. Ocorre geralmente em posição
pré-nominal.
Este foi o
meu primeiro livro de histórias. | Chegámos rapidamente ao terceiro andar.
Adjetivo
relacional —
Deriva de um nome e revela uma relação de agente ou posse relativamente ao
nome. Ocorre em posição pós-nominal e não varia em grau.
Foi a
crítica musical que fez disparar as vendas. | Deixei o meu irmão no parque infantil.
Em
cerca de 200 palavras, escreve o comentário pedido no ponto 2 da p. 133
(destacando a dimensão crítica comum cartoon, crónica de RAP e «Sermão de Santo
António»).
TPC — Escreve o
texto pedido na p. 133, «Oficina de escrita», item 1. A.
Aula 55-56 (11 [1.ª], 12/jan [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª])
Distribuição de impressos para visita de estudo. Situação no programa em termos
de gramática; funções sintáticas ao nível da frase (vs. ao nível do grupo verbal). (Ver Apresentação.)
Temos
visto sobretudo as funções sintáticas ao
nível da frase (p. 326). Vamos ver hoje melhor as funções sintáticas internas ao
grupo verbal (pp. 327-328).
Alguns
critérios para distinguir funções sintáticas:
O complemento direto é substituível
pelo pronome «o» («a», «os», «as»):
Dei um doce ao orangotango. = Dei-o
ao orangotango.
O complemento indireto, introduzido
pela preposição «a», é substituível por «lhe»:
Dei um doce ao orangotango. = Dei-lhe
um doce.
O complemento oblíquo, e mesmo quando
usa a preposição «a» (uma das várias que o podem acompanhar), nunca é
substituível por «lhe»:
Assistiu ao Sporting-Braga. → *Assistiu-lhe.
Para identificarmos um modificador do grupo verbal,
podemos fazer a pergunta «O que fez [sujeito] + [modificador]?» e tudo soará
gramatical:
A Florinda estudou gramática na segunda-feira.
Que fez a Florinda na
segunda-feira? Estudou gramática.
Ao contrário, se se tratar de
um complemento
oblíquo, o resultado é agramatical:
O Acácio foi à Cova
da Moura.
* Que fez o Acácio à Cova da Moura? Foi.
Reconhece-se o complemento agente da passiva
com facilidade. Começa com a preposição «por» e podemos adotá-lo como sujeito
da mesma frase na voz ativa:
A passagem de ano foi prejudicada
pelo fogo. → O
fogo prejudicou a passagem de ano.
Completa
com complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal.
Moras em
Cabul?
|
|
Os estores da minha casa foram estragados pela ventania.
|
|
Em
Miranda do Douro
come-se boa carne.
|
|
O Salvador é o último português sem telemóvel.
|
|
Comi anteontem
uma costeleta de gato excelente.
|
|
O Alípio foi ali e já vem.
|
|
Iracema mentiu a Adalberto.
|
|
Na livraria vendem carapaus.
|
|
Ontem passei por ela.
|
|
Regressaste da Líbia.
|
|
O Ulisses põe o livro na estante.
|
|
Os jornalistas consideraram Messi o melhor.
|
predicativo do complemento direto
|
Identifica
as funções
sintáticas (sujeito, predicado, complemento direto, etc.), na canção com que se inicia o filme O amor acontece:
Sinto-o nos meus dedos,
Sinto-o nos meus pés,
O amor anda à minha volta,
O Natal está à minha volta,
E o sentimento cresce,
Está escrito no vento,
Está onde quer que vá.
Por isso, se gostam do Natal,
Deixem nevar.
|
o = ___ (cujo referente são os versos 4-7;
trata-se, portanto de uma __ {anáfora/catáfora}).
[eu] (subentendido) = ____
à minha volta = ____
à minha volta = ____
o sentimento = ____
cresce = ____
escrito no vento = ____
Está onde quer que vá = ____
do Natal = ____
[vocês] (subentendido) = ____
|
Vai
até às pp. 134-135. Responde — com o bom acabamento que supõe um questionário
deste tipo — às perguntas que selecionei do grupo I da ficha formativa sobre
«Com aquele seu capelo». Algumas das respostas estão começadas por mim, mas deves sempre ler a respetiva pergunta no manual.
1. O
texto apresentado integra-se no capítulo __ do «Sermão de ____», quando o
orador trata de ____ os peixes, em particular. O «peixe» criticado é o ___. Se
considerarmos a estrutura típica dos sermões, este passo situa-se já perto do
final da ___ (ou confirmação), seguindo-se-lhe o capítulo VI, que constitui a
peroração. {Para se conhecer a estrutura
do sermão, veja-se o verbete de enciclopédia na p. 101}
2.1 Primeira
parte, ll. 1-3 (primeira frase); segunda parte — ll. 3-14; terceira parte — ll.
15-21.
2.2. [Em vez de sugerires um título e dares as
razões da escolha, escreve só três títulos mas especialmente expressivos.]
Primeira parte: ___
Segunda parte: ___
Terceira parte: ___
3.1 [Há três
expressões que poderiam ser escolhidas: A primeira salienta a aparência de
santidade do molusco: «com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge» (l.
3); a segunda comparação é estabelecida com uma estrela e, decerto, com a sua
luminosidade: «com aqueles raios estendidos, parece uma estrela» (ll. 3-4). A
terceira comparação vinca a aparência inofensiva do polvo: «com aquele não ter
osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão» (ll. 4-5). Estes
atributos tão lisonjeiros ligados à aparência contrastam com a realidade, a
dissimulação de que é capaz o polvo: «é o maior traidor do mar»).]
4.1 .....
4.2 .....
5.1 .....
6. Apóstrofe — «peixe
aleivoso e vil» (l. 20). Esta apóstrofe, com uma dupla adjetivação de conotação
negativa, revela ___.
6.1 .....
7. As
interrogações retóricas (ll. __ e __) visam atrair a atenção dos ouvintes. Como
momentos de pausa na progressão do sermão, chamam o auditório a uma reflexão,
preparando, desta forma, a argumentação que se lhes segue.
10. Podemos talvez considerar deíticos pessoais
«___» (l. 1), «saiamos» (l. 1), «vê» (1.20), «___» (l. 20); e deíticos
espaciais «saiamos» ou «__» (l. 1). (Quanto a mim, estas expressões
dificilmente evocam propriamente a enunciação — o orador reporta-se ao seu
espaço ou está apenas a criar uma situação narrativa? — e não são bons exemplos
de deixis.)
11.1 Proponho duas hipóteses (com «dever» e
«poder»):
Até Judas ___ não ter sido tão traidor como tu,
polvo.
Até Judas não ___ ter sido tão traidor quanto
tu, polvo.
12. {Pode
ser útil a consulta da p. 325}
a. A queda do -m de spinam
consiste numa ___. O acrescento da vogal no início da palavra é uma ____. Houve
ainda a ___ do n em nh.
b. Como é costume deu-se
a ___ do -m latino. A passagem do t a d
configura uma ___.
c. Como sempre, tudo
começa com a ____ do -m. Deu-se
depois o desaparecimento de um som medial (a ___ do -n-). Na passagem de -ea
a -eia há uma ____.
d. Apócope do __.
Síncope do __. E, ainda, ___ do t em d.
TPC — Traz papel da visita de estudo assinado.
Aula 57-58
(14 [12.ª, 5.ª], 15/jan [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correções e entregas de trabalhos.
Preparação de visita de estudo. (Ver Apresentação.)
Depois de relanceares o enquadrado «Texto
argumentativo» (p. 94), e de ouvirmos dois trechos de episódios da
segunda temporada do Programa do Aleixo,
completa.
No episódio 1 é
discutida a tese «___________». Nesse «Debate Tipo Prós & Contras», a
referida tese é ___ por uns (Busto, Nélson) e refutada por outros (Renato,
Bussaco, Bruno).
Os «argumentos» — na
verdade, não se trata de argumentos bem formulados mas podemos reconstituir as
premissas em que se fundariam — em apoio ou em prejuízo da ____ (ou mesmo um
pouco à margem daquela precisa discussão) podem exemplificar a tipologia
apresentada em «Alguns tipos de argumentos» (a meio da p. 94):
Completa com dedutivo / indutivo / por analogia / de autoridade
|
|
Faço na mata porque o chichi também é natureza
(Bussaco)
{Mata integra natureza /
Chichi integra natureza / Chichi deve fazer-se na mata}
|
Argumento ___
|
Faço no duche porque uma vez saí do banho para
fazer chichi e, quando voltei para o banho, já não havia água. (Nélson)
|
Argumento ___
|
Não havia água, porque puxaste o autoclismo.
(Renato)
|
Argumento indutivo
|
Se não puxasse, ficava a casa de banho a
cheirar a chichi. (Nélson)
{Se o chichi ficar na
retrete, a casa de banho cheirará mal / Se não puxar o autoclismo, o chichi
fica na retrete / Se não puxar o autoclismo, a casa de banho cheirará mal}
|
Argumento ___
|
Se se fizer chichi no
banho, poupam-se descargas de autoclismo. (Busto)
|
Argumento ___
|
Ao contrário da água dos
autoclismos, que vai para o mar, a do duche volta a ser distribuída; por
isso, se se fizer chichi no duche, beberemos a nossa urina. (Bruno)
|
Argumento ___, assente em premissa falsa
|
A água com detergente das casas de banho vai
para a piscina, porque a piscina tem um cheiro característico e é azul, e a
água com detergente tem um cheiro característico e é azul. (Nélson)
|
Argumento ___
|
No episódio 3, Renato
alega que «uma vez, um homem morreu depois de ter bebido por latas com urina de
rato», o que constitui um argumento ____ (se isso aconteceu uma vez, é de
prever que aconteça assim mais vezes).
Falta-nos um exemplo de argumento de autoridade,
mas podíamos inventá-lo: {sobre a tese ‘Beber
diretamente da lata é perigoso’}: «______».
Finalmente, vejamos se as características do
registo linguístico eram as do texto argumentativo. Surgiam _____ de
causa-consequência («porque», «por isso», «e assim», «se»), contrastivos
(«mas»), confirmativos («pois é», «claro que é»). O verbo predominante no
enunciado da tese era, com efeito, «____». Ouvimos também verbos declarativos
ou que poderiam introduzir atos ilocutórios ______ («eu assumo que», «quero
acreditar que», «acho que»). E é verdade que o tempo mais usado era o _____ do
indicativo.
Na p. 95, vai lendo «O poder é da
palavra». A reprodução desse texto expositivo/reportagem está abreviada,
havendo dez cortes («[...]») relativamente ao original.
Acrescenta texto nessas lacunas, de
maneira a que tudo fique gramatical, coerente com texto anterior e posterior,
verosímil, em registo semelhante ao do resto do artigo. Nos casos em que não
haja pontuação imediatamente antes de «[...]», podes criá-la ou prosseguir como
se não houvesse nenhum sinal. A pontuação à direita de «[...]» tem de ser
mantida. No texto correspondente ao próprio «[...]» és soberano, inclusivé, é
claro, quanto à pontuação interna. A extensão, em média, será de duas ou três
linhas por «[...]».
linha
|
palavra
anterior
|
[...] (a trocar por
texto)
|
16
|
enormes”
|
|
25
|
Morgado
|
|
31
|
rigoroso”
|
|
34
|
portugueses
|
|
37
|
‘vinculativas’.
|
|
40
|
E tem.”
|
|
45
|
Sampaio
|
|
51
|
racionalidade).
|
|
52
|
clássicos
|
|
56
|
emocionalmente).
|
TPC
— Estuda as funções sintáticas que já demos (ao
nível da frase e internas ao grupo verbal), lendo estas páginas de gramática (e relanceando também o Caderno de Atividades, pp.26-28).
Aula 59-60
(18 [1.ª], 19/jan [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Lê a crónica «Seja responsável,
reclame!» (p. 29), que servirá de introdução a um tipo de texto que nos faltava
estudar, a reclamação.
Sem
me inquirires sobre o seu significado, em cada item que se segue circunda uma
das hipóteses à direita, a que tenha o valor mais aproximado da expressão usada
no texto (a a negro e à esquerda). Para averiguares da bondade de cada opção,
podes experimentá-la, em substituição da original, no mesmo exato contexto.
volta em
vez (linha
1) — de novo em volta / em revolta / aqui e ali / sempre
ínvias (l. 4) — óbvias /
inúmeras / inacessíveis / invejosas
de
cidadania
(6) — civil /citadino / patriótico / jurídico
fora de
regra
(8) — irregular / estrangeiro / normal / regulamentar
chegue ao
conhecimento de
(8-9) — saiba / conheça /seja comunicado a / diga a
tutelares (9-10) — de tutor /
titulares / de tutela / de tutoria.
vertente (14) — cume / em apreço
/ que verte / ultrapassado
incidentes (20-21) — episódios /
tipos /acessórios / tumultos
assentada (22) — assente / vez /
sentada / peripécia
alinhavado (26) — esboçado /
passado a limpo / escondido / planeado
patéticos (32) — patetas /
dramáticos / parvos / malucos
represálias (37) — retaliações /
algálias / repreensões / críticas
pairam em
fundo
(39) — pastam / ficam subentendidas / ficam ao fundo / são referidas
O não
hábito de reclamar
(43) — Não nos habituarmos a reclamar / Não se reclamar / O mau hábito de
reclamar / O hábito de não reclamar
propicia (44) — dificulta /
prejudica / facilita / melhora
representação (45) — imagem / petição
/ delegação / sabedoria
nos
círculos em que nos movemos (49) — em família / entre nós / nas altas esferas / em casa
um dos
objetivos estratégicos (53) — uma das táticas / uma das metas / uma das
estratégias / uma das vitórias
suficientemente
generalistas
(60-61) — pouco abstratas / vagas / cruas / concretas
reclamantes
habituais
(67) — poucos que reclamam / mais interesseiros / revoltados / cocós
Lê
o texto expositivo «Um livro de reclamações em cada canto» (p. 33).
Na
p. 34, resolve os pontos 1.1, 3, 4 (de «Leitura e Compreensão»):
1.1 ______
3. (e 3.1) ______
4. _______
Na
mesma p. 34 (e na p. 35), resolve o ponto 1.1, de «Escrita». (Nota que, em
qualquer um dos formulários de livros de reclamações — e só escolherás um —, a
parte Motivo de reclamação está
representada numa única linha, ainda que, na prática, em texto, corresponda
decerto a bastante mais.)
.....
Nas
pp. 30-31 trata-se da carta de reclamação (à esquerda, as
regras desse tipo textual; à direita, um exemplo de reclamação, a propósito de
telemóvel estragado).
A
caneta, por favor, escreve uma carta de reclamação dirigida ao
astrólogo/professor/médium/vidente cujo cartão publicitário te tenha calhado. O
formato da reclamação deve inspirar-se no da p. 31. Quanto à situação que teria
desencadeado a reclamação, cabe-te imaginá-la. O remetente não tem de se
identificar contigo.
.....
TPC — Não te esqueças de ir tendo à mão — e começar a ler — Os Maias.
Aula 61-62
(21 [12.ª, 5.ª], 22/jan [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correção de respostas a itens de prova
sobre «O polvo» (pp. 134-135). (Ver Apresentação.)
Caderno
de Apoio ao Estudo, Expressões 11, também copiado em Gaveta de Nuvens [= páginas verdes de
revisão gramatical]:
Na
tabela que se segue estão pronomes pessoais encontráveis em
«Encosta-te a mim» (p. 199). Tendo o cuidado de ir verificar o contexto em
que aparecem os pronomes na letra da canção, escreve a função sintática de
cada um. (Não te limites a procurar no quadro em cima; tenta mesmocompreender a
função do pronome nas frases em causa.)
verso
|
pronome
|
função sintática
|
comentário que pode
ajudar na decisão quanto à função desempenhada
|
1
|
te
|
Na
3.ª pessoa seria «ele encosta-se».
|
|
1
|
mim
|
Era
possível trocar por «encosta-te-me».
|
|
2
|
Nós
|
||
4
|
eu
|
||
7
|
eu
|
||
8
|
me
|
O pronome da 3.ª pessoa não seria «*deixa-lhe» mas
«deixa-o».
|
|
11
|
te
|
Na
3.ª pessoa seria «para o merecer».
|
|
12
|
me
|
Na
3.ª pessoa não seria «*recebe-lhe».
|
|
14
|
mim
|
||
16
|
eu
|
||
17
|
contigo
|
||
20
|
te
|
Há duas interpretações possíveis: 'quero a ti bem' (=
'desejo a ti o melhor') e 'quero-te muito' (= 'desejo-te muito').
|
|
23
|
mim
|
||
26
|
Eu
|
sujeito
|
Grupo III
«Há de tomar o pregador uma só matéria, há de defini-la para que se
conheça, há de dividi-la para que se distinga, há de prová-la com a Escritura,
há de declará-la com a razão...»
Padre
António Vieira, «Sermão da Sexagésima», 1655.
Elabora um texto de caráter expositivo, com um
mínimo de duzentas um máximo de trezentas palavras, em que apresentes elementos
relevantes para a compreensão da citação acima indicada, fundamentando a tua
resposta no conhecimento do «Sermão de Santo António» (a estrutura do sermão, a
questão da alegoria, o tipo de argumentos utilizado, por exemplo). A caneta,
por favor.
A matéria de que vai
tratar o «Sermão de Santo António» está exposta no ________ — «Vos estis sal terræ»
(______) —, logo no ____ (no capítulo I, portanto). Depois de explicar o
significado de cada um dos constituintes desta frase, o orador afirma que «[e]ste
é o assunto _______». Temos, assim, a matéria definida, como o Padre Vieira, no
seu «Sermão da Sexagésima», recomendava fizessem os pregadores.
No princípio do capítulo
II do «Sermão de Santo António», Vieira divide a matéria, dizendo: «para que
procedamos com clareza, dividirei, peixes, o vosso Sermão em dous pontos: no
primeiro louvar-vos-ei as vossas virtudes, no segundo repreender-vos-ei os
vossos vícios». Voltará a repetir esta estratégia no início dos capítulos III,
IV e V, já que neles anuncia, respetivamente, ir tratar ______; as repreensões
em geral; e ______. No capítulo VI, que corresponde à ______, anuncia ir concluir.
Parece cumprir-se, com isto tudo, o preceito de «dividi-la para que se
distinga».
.....
TPC — Em folha solta, a caneta, resolve o
ponto 1 de Oficina de escrita, p. 118
(«Tendo como tese a frase ‘Vaidade das vaidades e tudo é vaidade’, escreve um
texto argumentativo, com uma extensão de duzentas a duzentas e cinquenta
palavras, acerca dos hábitos de consumo na sociedade atual»).
Aula 63-64 (18 [1.ª], 19/jan [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª])
Correção do questionário de compreensão escrita da penúltima aula. (Ver Apresentação.)
Lê
«O romântico» (p. 140) e escreve (a caneta) respostas completas e bem revistas:
No 1.º parágrafo — o que aliás será depois
confirmado ao longo do texto (e não deixa de ser corroborado também pelo título
da obra em que este retrato se insere) —, percebemos que a atitude da escritora
relativamente ao tipo, ao perfil, de que se vai ocupar é de .....
O sujeito de «Refere pessoas fora do seu tempo e
consideradas utópicas» (ll. 4-5) é nulo subentendido, correspondendo a «______».
No 2.º parágrafo, há uma breve referência
memorialística, ou mais confessional, quando a autora recorda a sua
adolescência por .....
«julietas e isoldas» (l. 11) alude a duas
personagens de clássicos da literatura universal: Julieta, da peça ______, de
Shakespeare; e Isolda, de Tristão e
Isolda, lenda que teve várias versões (as primeiras, em romances em verso
medievais).
Aproveitando
também os verbetes ao lado (Dicionário da
Língua Portuguesa, Porto Editora, 2011), explica a intenção da autora nas
linhas 9-15.
A cronista pretende
distinguir a aceção em que toma «romântico» (que reunirá sentidos de ‘____’, ‘____’,
‘____’) de outras aceções da palavra: .....
O antecedente do pronome anafórico «a» (l. 16) é
____
No contexto em que está, «oração» (l. 16)
pertence ao campo lexical de {circunda a
melhor alínea}: a) ‘gramática’. | b) ‘discurso’. | c) ‘religião’. | d)
‘trabalho’.
O estereótipo desenhado ao longo do texto terá,
aqui e ali, alguma correspondência nos pares amorosos de O amor acontece (Love
actually), mas não será completamente concordante. Aponta possíveis
identidade e contraste entre o «cromo» idealizado por Rita Ferro e, por
exemplo, James/Aurélia. {Completa esta
minha solução:}
O perfil traçado por Rita Ferro vinca as ____
doentias do «romântico». Rendido ao amor, ou à sua ilusão de amor, perde a
noção da ____ e passa a viver apenas para a sua paixão. Ao contrário, as
personagens de O Amor Acontece, mesmo
se verdadeiramente apaixonadas, evidenciam maior espírito ____ (veja-se como
Aurélia percebe os defeitos de James) e conseguem manter interesses até ____
(nenhuma das personagens desleixa a carreira).
Resolve o ponto
5 da p. 141 (as palavras a usar estão no manual, sobre o exercício):
A palavra romantismo,
tal como o ____ romântico, é habitualmente utilizada para ____ um tipo de sensibilidade — diz-se de ____ que é uma
pessoa «romântica», querendo significar que é ____, idealista, propensa ao
devaneio, revelando por vezes um sentido pouco ____ da realidade. O mesmo se
diz de um ____ ou de uma ___ motivadora do despertar do sonho, da ____, do
sentimento. Diz-se que o mar, a lua, um bosque, um sítio ermo, um rochedo, um
pôr do sol, o outono, uma história de ____, um determinado tipo de música são
«românticos» — o que não se diz habitualmente de uma ___, fábrica, descoberta
científica, ou competição desportiva... Associada à palavra surgem outras, como
solidão, ___, melancolia, sonho,
devaneios amorosos. [...]
No entanto, quando falamos de Romantismo, a
palavra designa apenas um ____ ou movimento literário e ____, que marca, a
partir de finais do século XVIII, uma ____ total na conceção da ___ e da
própria vida, cortando com a longa tradição do ____ europeu.
Teve a sua origem nos povos do Norte,
principalmente na Inglaterra, Escócia e Alemanha, e difundiu-se, em seguida,
nos países do Sul, de tradição latina, França, Itália, Espanha, Portugal [...].
TPC — Lê «Romantismo» (pp. 142-143).
Aula 65-66 (28 [12.ª, 5.ª], 29/fev [8.ª, 7.ª, 1.ª])
Trata os livros que vier a distribuir com os cuidados que a todos os livros são
devidos: sem os espalmar; sem os usar como base do papel em que escrevamos; sem
rasgar ou dobrar folhas.
Se
a obra que te tiver calhado reunir várias peças de teatro, escolhe apenas uma
delas para o preenchimento da coluna à esquerda na tabela. Tem também em conta
que os livros podem ter prefácios, introduções, etc., mas que o que nos
interessa é a peça de teatro. Evita pedir-me ajuda para reconhecer estes
aspetos (o que pretendo é que te habitues a lidar com o paratexto de um livro de teatro).
Quanto
à coluna da direita, tens de percorrer as pp. 152-216 do manual. No manual
falta a página inicial da peça, mas copiei-a no verso desta folha.
Título da peça
|
|
_______
|
Frei Luís de Sousa
|
Autor
|
|
_______
|
Almeida
Garrett
|
Há indicação de género (como subtítulo ou em alguma página
preambular)?
|
|
_______
|
Drama
|
Há indicação sobre a primeira representação (ou sobre alguma
outra)?
|
|
_______
|
Representado,
a primeira vez, em __, por uma sociedade particular, no teatro da Quinta do
Pinheiro em 4 de julho de __
|
Há lista de personagens? [Indicar as três que encabecem a
lista:]
|
|
_______
|
Manuel
de Sousa, Dona Madalena de Vilhena, _____
|
Quantos atos há?
|
|
_______
|
três
|
Há descrição do cenário de cada ato? [Transcreve o primeiro
nome — comum ou próprio — que surja na didascália descritiva do cenário.
(Geralmente, o ato decorre num só cenário; certas peças, porém, dividem os
atos em quadros — nesse caso, liga só ao primeiro quadro de cada ato.)]
|
|
______
|
«câmara»;
«___»; «___».
|
As cenas estão numeradas? [Se estiverem, indica o
número de cenas em cada ato:]
|
|
______
|
___;
quinze;____.
|
Há didascálias junto das falas das personagens (provavelmente, entre
parênteses e em itálico, a seguir ao nome que antecede a fala)? [Transcreve a primeira que
encontres:]
|
|
______
|
«___
maquinalmente e devagar o que acaba de ler»
|
FREI LUÍS DE SOUSA
DRAMA
Representado, a primeira vez, em Lisboa,
por uma sociedade particular, no teatro da Quinta do Pinheiro, em 4 de julho de
1843.
PESSOAS
Manuel (Frei Luís) de Sousa
Dona Madalena de Vilhena
Dona Maria de Noronha
Frei Jorge Coutinho
O Romeiro
Telmo Pais
O Prior de Benfica
O Irmão Converso
Miranda
O Arcebispo de Lisboa
Doroteia
Coro
de frades de S. Domingos
Clérigos
do arcebispo, frades, criados, etc.
Lugar da cena — Almada.
Ensaia
leitura em voz alta, expressiva, de uma fala — ou parte de fala — do livro que
te tenha calhado. Essa fala deve ter cerca de três a cinco linhas. (No ensaio,
procura ler em silêncio, ou quase em silêncio.)
Escreve (a caneta, sem problemas em riscar):
Resumo do texto «Um
homem e uma obra de paixões» (p. 139).
Síntese de «Ler Frei
Luís de Sousa» (p. 139).
[Comentário-análise do
cartaz do Teatro-Nacional D. Maria II (p. 138).]
TPC — Terminado
o «Sermão de Santo António», do Padre Vieira, os peixes — vamos supor que eram
eles a assistência (ou que também tinham ouvido o sermão), mesmo sabendo bem
que os peixes eram um destinatário, um alocutário, fictício —, fazem sair um
comunicado. (Entre pp. 36-41, estuda-se este tipo de texto, que já demos;
relanceia os seus requisitos.) A caneta, escreve esse comunicado. O registo e a
estrutura serão os apropriados a comunicados. O que se abordará fará alguma
alusão ao sermão proferido pelo Padre António Vieira. De resto, há imensa
margem de manobra.
Aula 67-68 (1 [1.ª], 2/fev [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Na
p. 150, lê as definições de «Tragédia», no cimo do enquadrado, e
de «Drama»,
em baixo.
Lê
o excerto ensaístico «Estrutura externa e estrutura interna» (p. 151). (Hoje
focar-nos-emos precisamente nas duas primeiras cenas da peça, destinadas à
apresentação do conflito e dos seus antecedentes.)
Visto
o sketch, completa com drama (2), tragédia (2), gravidade, fatalidade, elevado, temor, Destino.
A peça Macbeth,
de William Shakespeare, é uma tragédia, escrita nos inícios do século XVII.
O sketch
«William Shakespeare’s MacDonald»
aproveita alguns dos seus motivos (as personagens de alta estirpe, Macbeth e
Lady Macbeth, tornadas MacDonald e Lady MacDonald; as bruxas; as profecias),
mas altera elementos importantes da intriga. Essas reformulações fazem perigar
o tom ______ que é de regra nas tragédias. O tópico dos «hambúrgueres», a
convocação do campo lexical da alimentação (quer da comida rápida quer dos
pratos tradicionais), uma interrupção das bruxas para perguntarem «como é que
vai o nosso Benfica?», o registo popular-familiar aqui e ali («bom
dinheirinho», «chicha», «o um-dois-três», «saudinha») contradizem a ____
habitual na tragédia. A tragédia deve ser susceptível de suscitar,
simultaneamente, compaixão e _____, o que é contrariado pelos temas desta falsa
obra de Shakespeare, MacDonald.
Para o seu Frei
Luís de Sousa, Almeida Garrett preferiu a etiqueta «_____», porque
pretendia, aproveitando embora um clima idêntico ao de uma _____, poder
incumprir algumas das regras típicas daquele género teatral (sobretudo em
aspetos formais — a unidade do espaço e do tempo, a escrita em verso). Dirá o
autor que o Frei Luís de Sousa,
quanto à índole, seria uma _____; quanto à forma, um ____.
No sketch
é quase ao contrário: os aspetos formais (de toilette, digamos) da tragédia
parecem mais preservados; é o conteúdo que é sobretudo pervertido). O desfecho
— que, numa tragédia, é sempre carregado de _____, imposto pelo ______, pelo Fatum — é que também não se concretiza,
como conclui a putativa rainha do MacDonald: «Que raio de mariquinhas me saíste!».
Lê o verbete que se segue:
Frei Luís
de Sousa
— Drama
de Garrett, em três atos, em prosa,
justamente considerado a obra-prima do teatro português. Foi representado pela
primeira vez em 4 de julho de 1843, num teatro particular (o da Quinta do
Pinheiro, a Sete Rios, pertença de Duarte de Sá), e por amadores da melhor
sociedade (o próprio A. desempenhou o papel de Telmo). A 1.ª edição data de 1844. A ação é de trágica
simplicidade. D. João de Portugal foi dado como perdido na batalha de
Alcácer-Quibir. Sua mulher, D. Madalena de Vilhena, após sete anos de espera e
de buscas infrutíferas, desposou D. Manuel de Sousa Coutinho, que já amava em vida de D. João;
deste segundo casamento nasceu uma filha, D. Maria de Noronha, que, aos treze
anos, revela estranha sensibilidade, aguçada pela tuberculose. Só o velho
criado, Telmo, sempre fiel à memória de D. João, espera que ele esteja vivo e
regresse; essa íntima fé enche a casa de negros presságios. E, numa
sexta-feira, dia fatídico para D. Madalena («faz hoje anos que... que casei a
primeira vez, faz anos que se perdeu el-rei D. Sebastião, e faz anos também
que... vi pela primeira vez a Manuel de Sousa»), aparece um romeiro vindo da
Terra Santa: é D. João de Portugal. Essa família está, pois, condenada à
destruição. D. Manuel e D. Madalena decidem entrar num convento; e, durante a
cerimónia em que recebem do Prior de Benfica os escapulários dominicanos, surge
Maria que, desvairada, vem morrer na própria igreja («morro, morro... de
vergonha...»). Só no final a peça descai no melodrama.
Jacinto do Prado
Coelho (dir.), Dicionário de literatura
portuguesa [...], 3.ª ed., Porto, Figueirinhas, 1984, s. v.
Outros dados
históricos:
D. Pedro I nasceu em 1320, iniciou o reinado em
1357 e morreu em 1367. (Inês de Castro
foi assassinada em 1355.)
Luís de Camões nasceu em 1524 (ou 1525) e morreu
a 10-6-1580.
A Batalha de Alcácer Quibir ocorreu em 4-8-1578.
O rei português era então D. Sebastião, nascido em 1554 e desaparecido
(provavelmente, morto) nessa batalha.
Entre 1580 e 1640 foram reis de Portugal Filipe
I (de 1580 a 1598), Filipe II (1598-1621) e Filipe III (1621-1640),
respetivamente Filipe II, III e IV de Espanha.
Manuel de Sousa Coutinho (aka Frei Luís de Sousa) nasceu c. 1555 e morreu em 1632 (em S.
Domingos de Benfica); foi um dos melhores prosadores da língua portuguesa.
João de Portugal, fidalgo da casa de Vimioso, terá
morrido em Alcácer Quibir (1578).
Almeida
Garrett nasceu em 1799 e morreu em 1854.
Dia
em que começa a ação da peça (em que, portanto, decorre o Ato I): 28 de julho de 1599
Lê
a p. 152, que contém a cena I do ato I de Frei
Luís de Sousa. Vai respondendo:
linhas 3-4 // Vê-se toda Lisboa
porque a casa-palácio fica {circunda a
solução certa} num ponto alto da capital / em Almada / num restaurante
português de Marselha
linha 4 // O retrato será de {circunda o nome certo} D. João de
Portugal / Manuel de Sousa / D. Sebastião / Telmo / um cocó vestido de
cavaleiro de Malta
ll. 15-16 // O facto de Madalena
recitar o passo dos Lusíadas que
precede a chegada dos algozes de Inês de Castro («Estavas, linda Inês»)
pretenderá {risca o que consideres errado}
acentuar os hábitos literários da personagem / prenunciar que algo funesto
sucederá / possibilitar analogias entre os amores de Inês e de Madalena
ll. 19-21 // Madalena considera-se
{circunda a solução certa} mais
infeliz do que Inês / mais feliz do que Inês / tão infeliz quanto Inês
l. 21 // O pronome pessoal
«ele» tem função de {circunda a solução
certa} complemento direto / complemento indireto / complemento oblíquo /
sujeito
l. 21 // Este pronome «ele»
refere-se a {circunda a solução certa}
Manuel de Sousa Coutinho / D. João de Portugal / Telmo / D. Pedro
ll. 15-27 // No monólogo de
Madalena, as reticências, a interrogação e as exclamações concorrem para
exprimir {risca o que consideres errado}
a angústia / a intranquilidade / a fome de golo / o apetite sexual / a euforia
/ o entusiasmo.
Cria
o começo de um livro de teatro (incluindo as mesmas partes que vês na pp. 152 e
154):
Título da peça
Ato Primeiro [A didascália do cenário
do:]
Duas
curtas cenas do Ato I: Cena I / Cena II
Deves
seguir também a disposição típica dos textos teatrais (as didascálias ficarão
sublinhadas). Quanto a assunto, nada estipulo, mas prefiro que o texto seja
verosímil. Como é óbvio, a peça ficará suspensa a partir da segunda cena, pouco
avançando em termos de acção.
Como
sabes, o que define a mudança de cena
é a entrada (ou a saída) de personagens. O teu texto tem de ter duas cenas, mas
não é obrigatório que, como acontece na peça de Garrett, na primeira cena haja
uma só personagem e, na segunda, duas.
.....
TPC — Melhora texto agora começado,
juntando-lhe lista de personagens.
Aula 69-70 (4 [12.ª, 5.ª], 5/fev [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Vai
lendo a cena II (pp. 154-160) do Frei
Luís de Sousa, para circundares a melhor alínea.
Na sua primeira fala (ll. 2-3), Telmo trata
Madalena na
a) 2.ª pessoa do singular, passando depois, em geral,
à segunda pessoa do plural.
b) 3.ª pessoa do singular, passando depois, em
geral, à segunda pessoa do plural.
c) 3.ª pessoa do singular, passando depois, em
geral, à segunda pessoa do singular.
d) 2.ª pessoa do singular, tratamento que
manterá nas restantes falas desta cena.
Nas linhas 4-5, o livro que é referido é
a) a vida, o passado.
b) a Bíblia.
c) Os
Lusíadas.
d) Frei
Luís de Sousa.
Relê «como meu senhor... quero dizer como o Sr.
Manuel de Sousa Coutinho» (l. 10). A reformulação a meio da frase significa que
Telmo
a) considerava ainda D. João de Portugal o seu
verdadeiro amo.
b) invocara Deus, por lapso, mas, pouco depois,
retomava a frase devidamente.
c) tinha má opinião acerca de Manuel de Sousa
Coutinho.
d) pretendia mostrar independência e que não se
considerava escudeiro de ninguém.
«lá isso!...» (l. 11) implica
a) juízo claramente favorável acerca de Manuel
de Sousa.
b) menorização de D. João de Portugal
relativamente a Manuel de Sousa Coutinho.
c) certa desvalorização de Manuel de Sousa,
apesar do reconhecimento de capacidades suas.
d) correção do que dissera Madalena.
Entre as linhas 9 e 18, alude-se
a) ao facto de a Bíblia dever estar escrita em inglês, a língua de todos.
b) às relações de Telmo com as correntes
revolucionárias.
c) à Bíblia
e à língua em que poderia ser lida.
d) aos hereges.
Centrando-te nas linhas 19-42: Madalena trata
Telmo
a) na 2.ª pessoa do plural.
b) ora na 2.ª pessoa do plural ora na 2.ª pessoa
do singular.
c) na 3.ª pessoa do singular.
d) na 2.ª pessoa do singular.
As falas das linhas 32-42 permitem saber que
Telmo fora aio
a) da família de Dona Madalena.
b) do primeiro marido de Dona Madalena.
c) da família de Manuel de Sousa Coutinho.
d) de Manuel de Sousa Coutinho.
Na fala das linhas 32-36
a) Telmo é caracterizado indiretamente.
b) Telmo é caracterizado diretamente
(heterocaracterização).
c) Madalena faz uma autocaracterização.
d) Telmo e Madalena saem caracterizados
indiretamente.
O aparte na l. 43 («Terá...») visa mostrar que
Telmo
a) está revoltado por não ter agora o papel
relevante que já fora seu.
b) desconfia da «santidade» do seu primeiro amo.
c) acredita que D. Sebastião não morrera em
Alcácer Quibir.
d) não acredita na morte de D. João de Portugal.
«seu pai» (ll. 49-50) refere-se
a) ao pai de Telmo. / b) a Manuel de Sousa. / c)
a D. João de Portugal. / d) a D. João.
«nessas coisas» (l. 52) — o que Madalena pede a
Telmo que não aborde nas conversas com a filha — engloba assuntos
a) de índole sexual e religiosa.
b) de índole sexual, religiosa e política.
c) ligados a Alcácer Quibir, sobretudo, e
porventura outros considerados demasiado intelectuais ou «de política».
d) ligados à pedofilia, à droga, à violência
doméstica.
Maria era
a) alta, saudável.
b) fisicamente desenvolvida e uma jóia de moça.
c) frágil.
d) linda de morrer.
Telmo
não podia ver Maria (l. 63) por
a)
esta ser fruto do amor de Madalena por outro que não o seu primeiro amo, D.
João.
b) esta
lhe lembrar o pai, D. João de Portugal.
c)
preferir moças mais cheiinhas.
d) estar
cada vez mais míope.
As falas
nas linhas 71-72 e 75 mostram um Telmo
a)
supersticioso.
b)
agoirento, potenciando a angústia de Madalena.
c) que
gosta de contradizer os outros.
d) dócil
ante o pedido de Madalena.
Telmo
considerava que Maria era digna de ter nascido em melhor estado (l. 88), por
a) não
ter conhecido o pai.
b) o
segundo casamento de Madalena poder não ser legítimo.
c) ter
nascido já sob o domínio filipino.
d) ter
nascido doente.
«Para essa houve poder maior que as minhas
forças...» (l. 121). O poder a que se reporta Madalena é o
a) da
morte.
b) de
Deus.
c) do
amor.
d) da
guerra.
A
dúvida de Telmo (134) quanto à morte do amo
a)
assentava também no que se dizia numa carta entregue a Frei Jorge.
b)
devia-se sobretudo ao seu sebastianismo.
c)
era resultado apenas da sua fidelidade a D. João.
d) era
mero palpite de aio fiel e teimoso.
O
segundo casamento de Madalena
a)
não fora consentido pela família do primeiro marido.
b)
tivera o consentimento, um pouco contrariado, da família de D. João.
c)
fora bem acolhido pela família de D. João mas não pela de Manuel de Sousa.
d) fora
bem aceite pelas três famílias.
Frei
Jorge, cunhado de Madalena e
a)
franciscano, era irmão de D. João de Portugal.
b)
dominicano, era irmão de Manuel de Sousa.
c) sabadiano, era sogro de Telmo.
d) dominicano, era irmão de D. João de Portugal.
Ao terminar a cena (ll. 206-219), Madalena está
preocupada com a demora do marido por este
a) não ser bom mareante.
b) ser bom mareante e poder ter-se entusiasmado
num Tejo que é perigoso quando há nortada.
c) não se eximir a tomar posições nas querelas
políticas, por haver peste em Lisboa e por o Tejo ser traiçoeiro.
d) ser atreito a pisar cocós de cão, podendo
depois as suas botifarras empestar o palácio.
Circunda os verbos que selecionam predicativo do sujeito. Depois sublinha os próprios predicativos do sujeito.
Telmo Filhos continuou parado, mas reparou que a mosca estava ansiosa. Permaneceu
mudo e, quando Aurora — assim se chamava a mosca — ficou mais calma,
perguntou-lhe se queria ir ao cinema.
— Não, obrigada. Estou cansada! Seria uma péssima companhia. E o filme Tristão e Isolda é demasiado monótono. E
já agora: estas frases parecem estúpidas (ou feitas à pressa numa tarde de
quarta antes das aulas de quinta) — respondeu Aurora.
Nota que o predicativo é uma caracterização ligada ao sujeito, intermediada apenas pelo verbo copulativo.
Tal como o
sujeito, também o complemento
direto pode ter um predicativo. O predicativo do complemento direto é introduzido por verbos de apreciação, de julgamento, acerca do
complemento direto: «considerar», «julgar», «achar», «declarar», «eleger»,
«nomear», «tornar», «ter por», etc. São verbos transitivos-predicativos — ou que, embora possam ser apenas transitivos, surgem também como
transitivos-predicativos.
Circunda os complementos diretos. Sublinha os predicativos
do complemento direto. Atravessa com uma linha
diagonal os verbos que têm esses complementos diretos com predicativos. (Como é óbvio, o
predicado incluiria verbo, complemento direto e predicativo do complemento
direto.)
O professor considerava errada aquela ideia. Por mais que pensasse no
assunto, não vencia o impasse. Então, comia o salmão cru. Todos achavam as
frases uma tontice, mas ele julgava-as sobretudo deselegantes. E tinha de
eleger o texto gramatical mais estúpido de todos. Era mesmo aquele.
Completa com predicativos do complemento direto:
Elejo Almeida Garrett ______. Porém, também considero António Vieira ______.
Já José
Luís Peixoto julgo-o _____.
Enfim, acho todos os escritores portugueses ____.
Reescreve a última fala de Madalena na cena II (p.
160), transpondo a mesma situação (espera por alguém que vem de Lisboa para a
Outra Banda) para a atualidade. Registo linguístico também deve ser o que
conviria a personagens do nosso século.
.....
TPC — Aproveita para avançar na leitura dos Maias e reveres funções sintáticas.
#
<< Home