Aulas (2.º período, 2.ª parte: 71-92)
Aula 71-72 (11 [12.ª, 5.ª] e 12/fev [8.ª, 7.ª,
1.ª]) Correção do questionário de compreensão da aula anterior (cena II). (Cfr.
Apresentação).
Vai
lendo as cenas III a VI do Ato I de Frei
Luís de Sousa (pp. 162-168), a fim de completares as sínteses que ficam
aqui em baixo. Procura que a tua redação se integre bem na sintaxe do texto que
esbocei.
Cena III (p. 162)
Na primeira fala, percebemos que Maria acredita
que D. Sebastião _________.
Na sua segunda fala, Maria interroga-se sobre o
que leva o pai a mudar de semblante quando se alude ao regresso de D.
Sebastião, e inferimos por que motivo ocorre essa mudança de estado de
espírito: Manuel de Sousa Coutinho _______.
Na terceira fala de Maria, é a própria
adolescente que, perante o choro da mãe, lhe promete _______.
Na última fala, o aparte de Telmo serve para se
nos esclarecer que Maria ________.
Cena IV (165-166)
Na metade superior da p. 165, Maria revela a sua
preocupação por os pais _________.
Depois, Madalena pede-lhe que _________. E, na última
fala da cena (já na p. 166), a mesma Madalena volta a mostrar-se preocupada por
Manuel __________.
Cena V (166-167)
A cena serve para Jorge vir avisar que os
governadores ao serviço de Espanha querem sair de Lisboa, alegadamente por
causa da ________, e, por isso, quatro deles ________. Isto revolta Maria. Entretanto,
ouvindo melhor do que os outros, Maria percebe que o pai está a chegar.
Cena VI (168)
Um criado, ________, confirma a chegada de
Manuel. O resto da cena serve para, através de um comentário de Madalena e,
sobretudo, de um aparte de Jorge, se acentuar que Maria ___________.
Transpõe o início da cena VII (p. 169) para texto
narrativo (de um romance, por exemplo), cujo narrador homodiegético fosse
Maria.
Não te coles demasiado
às frases do original: a mudança de modo literário e de focalização implicam
também sintaxe e léxico por vezes diferentes dos do texto de Garrett.
.....
Depois
de vermos o início de Entre Irmãos (Brothers), completa:
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
No final do primeiro trecho que veremos de Entre Irmãos teremos o equivalente da
situação de Madalena em 1578 —
vinte e um anos, menos uma semana, antes do momento a que se reporta a ação
da peça no ato I, que decorre em 28 de julho de ___.
|
|
Madalena era então casada com ___, cuja
família conhecera ainda menina.
|
Grace é casada com ___ Cahill, com quem
namorou desde adolescente.
|
Casal não tinha filhos. (Maria só nascerá oito
anos depois, em 1586, sendo filha de Madalena e de ____.)
|
Casal tem duas filhas (Isabelle e ___).
|
Ambos os homens (Portugal e Cahill) são
sensíveis à mobilização militar, a que, de certo modo, quase dão prioridade
relativamente à família. Entretanto, ambas as iniciativas militares (portugueses
em ____; americanos no Afeganistão) são vistas nos respetivos países com
muita desconfiança, como desnecessárias e aventureiras.
|
|
____ integra exército em Alcácer Quibir.
|
Sam é enviado para o ____.
|
Na madrugada do dia da batalha (4-8-1578),
escreve uma carta dirigida a Madalena (vivo ou morto ainda há de vê-la) e
entregue a _____.
|
Quatro dias antes de iniciar a comissão
(7-10-2007), escreve carta dirigida a _____ e pede a um major que, se viesse
a ser necessário, a entregasse à mulher
|
Tropas cristãs são ____ pelos infiéis
(«marroquinos»).
|
Helicóptero americano é ____ pelos talibãs
afegãos.
|
TPC —Escreve o texto argumentativo pedido no
ponto 1.1 da p. 173.
Aula 73-74 (15 [1.ª], 16/fev [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª])
Explicação sobre resumos e sínteses que eram
devolvidas. Correção da tabela comparativa entre FLS e Entre e Irmãos
(começada na aula anterior). (Cfr. Apresentação.)
Cena VII (pp. 169-170)
Pela primeira vez, intervém ______. Está
emocionado e com pressa. Já resolveu que têm de ______, antes que cheguem os
governadores. Decide também que a família irá para a casa que pertencera a ______.
Cena VIII (171-172)
Madalena tenta convencer Manuel a ______, já que
a perspetiva de _______ a deixa em pânico.
Cena IX (174)
Ficamos
a saber que os governadores ______.
Cenas X, XI e XII (174-175)
Mostra-se-nos a saída da família. Vemos que
Manuel resolveu ______ a casa. Assim que o percebe, Madalena pede que lhe salvem
_______, o que _______ {já não / ainda} foi possível.
Faz o ponto 1.1 da p. 176.
...
Depois
de vermos mais um trecho de Entre Irmãos,
retomaremos o ponto em que estávamos na comparação com Frei Luís de Sousa (em 4-8-1578, derrota em Alcácer Quibir; em
2007, queda de helicóptero americano, alvejado por afegãos):
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
Desaparece D. João de Portugal, que será
procurado nos _____ anos seguintes, assumindo quase todos a sua morte.
|
Desaparece Sam Cahill, sendo comunicada a sua
morte a Grace, notícia de cuja veracidade ninguém _____.
|
Carta entregue a Frei Jorge Coutinho por João
de Portugal terá sido transmitida a Madalena logo aquando do regresso a
Portugal do frade e futuro _____. Ficou também ciente do seu conteúdo, pelo
menos, Telmo.
|
Carta deixada por Sam para o caso de não
regressar é entregue a Grace pelo major _____ no final da missa em memória do
falecido. À noite, Grace pega na carta mas não chega a abri-la.
|
Madalena, passados ____ anos, casara com
Manuel de Sousa Coutinho. Um ano depois, tiveram uma filha, Maria. Passados
catorze anos sobre o casamento, Maria tem agora treze e falta uma semana para
se perfazerem ____ anos sobre Alcácer Quibir.
|
Nos primeiros tempos, Grace fica ____ com a
ausência do marido. Tommy, o cunhado, está bastante presente, até porque
precisa de pedir ajuda a Grace, dadas as estroinices em que persiste. Depois
parece querer apoiá-la no luto recente.
|
Telmo é quem mais recorda João de Portugal,
com isso angustiando Madalena. Não se inibe de comparar o primeiro amo, que
considera superior, com ____, que respeita mas não incensa do mesmo modo
superlativo.
|
Frank Cahill é quem parece ter ficado mais inconformado
com a presumida morte de Sam, que lembra sobretudo por comparação com ____,
que recrimina e considera não ter as qualidades do outro filho.
|
TPC — Vai lendo os textos de apoio que, no
manual, se intercalam entre o que temos estado a ler de Frei Luís de Sousa (penso nos das pp. 145, 146 e 164).
Aula 75-76 (18 [12.ª, 5.ª], 19/fev [8.ª, 7.ª, 1.ª])
Explicação sobre trabalhos que se devolviam. (Ver Apresentação.)
Vai
lendo as cena I-IV do Segundo Ato (pp. 177-180; 183-185) e circundando a melhor
alínea de cada item.
Cena I
Entre as linhas 13 e 20 (p. 177), Maria
revela-se
a) descaradamente atiradiça.
b) claramente autoritária.
c) afavelmente impositiva.
d) tendencialmente submissa.
«Menina e moça me levaram de casa de meu pai»
(l. 16) era o início
a) de Os
Lusíadas.
b) de livro sobre raptos de crianças no Algarve.
c) de livro que Madalena não entendia e de que
Maria gostava.
d) da Bíblia.
Segundo se depreende das ll. 20-21, o ato II
decorre
a) vinte anos depois da Batalha de Alcácer
Quibir.
b) a 28 de julho de 1599.
c) a 4 e a 6 de agosto de 1599.
d) a 4 de agosto de 1599.
Ainda na terceira fala da cena se lembra que
Madalena ficara aterrada com
a) a perda do retrato de Manuel.
b) o surgimento do retrato de João.
c) a perda do retrato de João.
d) o surgimento do retrato de Manuel.
Podemos dizer que a constatação feita por Maria
nas linhas 30-34 constitui uma espécie de
a) quiasmo.
b) alegoria.
c) metáfora.
d) antítese.
Logo no início da p. 178,
a) Maria está otimista, mais do que Telmo.
b) Maria está pessimista, mais do que Telmo.
c) Telmo está, no fundo, tão pessimista quanto
Maria.
d) Maria está otimista mas não tanto quanto
Telmo.
Em «Oh, minha querida filha, aquilo é um homem»
(44), Telmo refere-se
a) ao namorado.
b) a D. João.
c) a D. Manuel.
d) a D. Sebastião.
A «quinta tão triste d’além do Alfeite» (58) é
a) o palácio incendiado.
b) o palácio de D. João de Portugal.
c) um barraco entre o Feijó e a Charneca da
Caparica.
d) uma quinta em que se escondera o futuro
grande escritor.
«mo» (64) é
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) complemento direto e complemento indireto.
d) complemento oblíquo e complemento direto.
As reticências na linha 74 mostram que Telmo
a) hesitou, ao trocar «tenha em glória» por
«tenha em bom lugar».
b) quis trocar «tenha salvado» por «tenha em bom
lugar».
c) não se sentia bem ao falar de Manuel de
Sousa.
d) acabara de pisar um cocó de cão e por isso
parara um curto momento.
A fala de Maria nas ll. 77-88 apresenta vários
deíticos. Por exemplo:
a) «Agora» (77), «tu» (77), «estes» (78).
b) «viemos» (79), «aqui» (79), «esta» (80).
c) «tocha» (84), «força» (84), «essas» (84).
d) «ali (80), «naquele» (81), «mão» (82).
«o meu Luís» (106) reporta-se
a) a um namorado de Maria.
b) ao autor da presente ficha.
c) ao filho de Telmo.
d) a um zarolho.
Na última fala da cena, Telmo reconhece que D.
João
a) amara Madalena.
b) estava vivo.
c) tinha a guerra como principal paixão.
d) tinha barba garbosa.
Cena II
Segundo se diz na didascália final da cena I (p.
180), que liga essa à cena que nos interessa agora, chegou um homem embuçado. O
homem é
a) Manuel de Sousa, que não pôde escanhoar
devidamente o buço.
b) Telmo, que ostentava barba farta.
c) Manuel de Sousa, que veio escondido.
d) Telmo, sempre enigmático.
Ao apreciar o retrato de D. João de Portugal —
«um honrado fidalgo, e um valente cavaleiro» (primeira fala da cena) —, Manuel
de Sousa está a
a) ser irónico.
b) ser sincero.
c) mostrar-se ressentido.
d) mentir, para proteger Maria.
A pergunta de Maria «E então para que fazeis vós
como eles?...» (l.25) alude ao facto de
a) Manuel de Sousa ter sido um escritor de
muitos méritos.
b) Telmo e Manuel serem demasiado emotivos.
c) Manuel de Sousa, segundo Maria, não regular
bem da cabeça.
d) Madalena e Manuel não estarem, como queria
Maria, calmos.
Cena
III
A observação de Manuel «Há de ser destas
paredes, é unção da casa: que isto é quase um convento aqui, Maria...» (ll.
39-40, p. 184) justifica-se por a casa de D. João
a) confinar com a igreja dos dominicanos.
b) ser muito austera.
c) ter sido o local de conceção de Maria.
d) ter sido o local dos amores de Madalena e
João, o que Manuel lembra ironicamente.
Cena
IV
Jorge decidira ir a Lisboa, para
a) acompanhar o arcebispo nessa viagem, assim
lhe agradecendo.
b) resolver assuntos no Sacramento.
c) acompanhar o arcebispo no regresso a Almada,
assim lhe agradecendo.
d) ver Joana de Castro.
Baseando-te
na didascália inicial do Ato II de Frei
Luís de Sousa (p. 177), desenha
um esboço do cenário desse ato.
Faz um comentário acerca do papel desempenhado pelo
retrato de D. João de Portugal no início do ato.
......
Depois
de vermos mais um trecho de Entre Irmãos,
continuaremos a comparação com o Frei
Luís de Sousa:
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
O nacionalismo e a inflexibilidade de Manuel
fizeram que a família tivesse de abandonar a residência dos Coutinhos e
instalar-se no palácio que pertencera a D. João de Portugal. Este espaço,
onde decorre já o ato II, é mais ______. Madalena, ao chegar à nova (velha)
casa fica aterrorizada ao deparar-se com o retrato do primeiro marido. Depois,
não dormiria as primeiras _____ noites. Maria ainda está orgulhosa com a
atitude do pai. Gostara aliás do espetáculo que fora o incêndio da casa de Manuel.
|
Em parte para se ressarcir das confusões em
que se metera, Tommy decide remodelar a _____ de Grace. Esta, ao chegar a
casa, depara-se com as obras e uma série de amigos do cunhado, começando por
reagir mal mas conformando-se rapidamente e integrando-se no ambiente jovial.
Roupas de Sam (escolhidas por Grace, que parece mesmo querer desfazer-se
delas) servem a um dos colaboradores, que se sujara com tinta. O caso é
pretexto para chacota e brincadeira. Também as _____ colaboram nos arranjos.
|
No velho palácio, os retratos de D. João de
Portugal, D. Sebastião e Camões ocupam a atenção de Maria, que procura
satisfazer junto de Telmo a curiosidade acerca de quem está representado na
primeira imagem. Telmo é ______ na sua resposta. Mas Manuel de Sousa
esclarece a filha, não se coibindo de elogiar João de Portugal.
|
A cozinha fica como nova. No dia de
aniversário de Grace, todos parecem alegres com as mudanças. Crianças estão
mais confiantes e parecem dar-se bem com Tommy. Num passeio, Tommy lembra a
uma delas que Sam o salvara naquele local havia muito. Já antes, um dos
amigos evocara as ______ de Sam.
|
TPC — Vai pensando na tarefa sobre Frei Luís de Sousa que explico aqui. Podes dar-ma/enviar-ma
até ao fim de fevereiro.
Aula 77-78 (22 [1.ª], 23/fev [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª])
Correção do questionário para compreensão da primeira parte do ato II feito na
aula anterior; exemplo de resposta a comentário (à função de retrato de D. João
de Portugal) feito na aula anterior. (Ver
Apresentação.)
Vai
lendo as cenas do Ato II (pp. 187-197) e completando o espaço à direita com um
esboço de comentário (das cenas V a VIII).
Cena
|
Assunto
|
Comentário-análise
(esboço de)
|
V
|
Aparentemente
recuperada, D. Madalena volta a cair no seu terror perante a possibilidade de
se ver sem Manuel de Sousa e sem Maria naquele dia.
|
|
VI
|
Quando
se prepara a partida, Madalena pede a Manuel de Sousa que leve também Telmo,
aparentemente por não o querer consigo.
|
|
VII
|
Na
partida, Madalena despede-se, chorosa, de Manuel de
Sousa e de Maria, como se fosse para sempre. Demonstra grande cuidado com a
saúde da filha, que sai de cena «sufocada
com choro».
|
|
VIII
|
Aquando
da despedida, hiperbolicamente comparada por Manuel a uma partida para a
Índia, é abordado o caso de Sóror Joana e de seu marido, tragicamente
comentado por Madalena.
|
|
IX
|
O
ambiente que envolve Frei Jorge fá-lo ver em Madalena, Manuel de Sousa e
Maria um estado de espírito cheio de presságios e desgraças próximas, de que
se sente quase contagiado.
|
Esta
cena é um aparte, com que Jorge desempenha um papel próximo do do coro da
tragédia clássica, de comentador, quase como momentâneo relator de
presságios. Com a saída de outras personagens também se consegue transmitir o
movimento da partida e simular a passagem do tempo, criando um separador entre
dois momentos do ato.
|
X
|
D.
Madalena desabafa com Frei Jorge as razões do seu desespero em relação ao dia
em que decorre a ação e o seu sentimento de
pecado em relação ao amor por Manuel de Sousa.
|
|
XI
|
Miranda anuncia a chegada de um peregrino
que vem da Terra Santa com um recado para Madalena que apenas a ela dará. Madalena
decide recebê-lo.
|
|
XII
|
Frei Jorge reflete sobre o comportamento de muitos falsos peregrinos que se
aproveitam da caridade dos fiéis.
|
|
XIII
|
Encontro do Romeiro com Madalena.
|
|
XIV
|
O
Romeiro vai dando a conhecer a sua identidade (ainda que os seus sinais não
sejam entendidos). A revelação de que D. João está vivo é para D. Madalena a
confirmação de todos os presságios de desgraça.
|
|
XV
|
À
pergunta de Frei Jorge sobre a sua identidade, o Romeiro responde
«Ninguém!»
e
identifica-se apontando com o bordão para o retrato de D. João de Portugal.
|
Ainda
as funções sintáticas (cfr. pp. 326-328)
Complementos
oblíquos versus Modificadores do grupo verbal
[Com um complemento oblíquo é impossível
integrar a frase numa interrogação com «Que fez?» para obter o verbo como
resposta: «Ele foi a Paris.» (*Que fez ele a Paris? Foi.); com
modificador do grupo verbal já resulta: «Ele casou em Paris.» (Que fez
ele em Paris? Casou.)]
Classifica a
função sintática do que está sublinhado:
Nunca
voltes ao lugar onde já foste feliz. — ...
Özil
finta os adversários com elegância. — ...
A
Albertina afastou-se de mim. — ...
Insisto
sempre na pontualidade. — ... | ...
Modificadores de
frase versus Modificadores do grupo verbal
[A construção que ponho entre parênteses é
possível com o modificador do grupo verbal mas não com o advérbio que incide
sobre toda a frase. Modificador de grupo verbal: «Ele come alarvemente.»
(É alarvemente que ele come.); modificador de frase: «Evidentemente, o
teste de gramática está próximo.» (*É evidentemente que o teste está próximo.)]
De
facto,
Porto e Benfica perderam. — ...
Analisou
o crime friamente. — ...
Certamente, Umberto Eco ficará na
história da literatura. — ...
Depois
de, na p. 328, veres as definições e exemplos de complemento do nome, modificador
restritivo do nome, modificador apositivo do nome,
escolhe a função sintática das expressões sublinhadas.
Saoirse Ronan, a Briony de Expiação,
entra em Brooklyn. — ...
As
gravatas azuis ficam-lhe bem. — ...
O
interesse pela política prejudicava-o. — ...
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
Tudo parece ir compor-se. Madalena diz já
estar ___ (era só receio de perder Manuel). Manuel tem de ir a Lisboa, por
estar em dívida com o arcebispo. A perspetiva de ficar sozinha a uma sexta
angustia Madalena, que pede a Manuel que não a deixe naquela ___ aziaga (faz
anos que casou com João, conheceu Manuel, ocorreu a batalha de Alcácer
Quibir). Abraçam-se. Embora Manuel prometa não demorar, Madalena fica
preocupada, ansiosa.
|
Tudo parece ir compor-se. Grace anda mais ___
(também por ação de Tommy). Tommy vai ao banco pedir desculpa à senhora com
quem agira mal. Enquanto conta a Grace essa peripécia, fica claro que se
estão a apaixonar (e Grace tenta que Tommy acredite que, em adolescente, não
era a miúda ___ que ele prefigurara). Beijam-se. Grace fica com má
consciência, ansiosa, embora Tommy prometa não insistir.
|
O que é certo é que fica
mesmo sozinha naquele dia (Telmo foi também com Manuel). Madalena recebe a
informação de que um romeiro quer falar-lhe. Adivinhamos que é ____.
|
O que é certo que, passados
dias, já estão ambos de novo descomplexadamente alegres (com as crianças a
divertirem-se). Grace recebe um telefonema. Percebemos que é para avisar da
chegada do ____.
|
TPC — (1) Vai preparando
a tarefa sobre Frei Luís de Sousa (cfr. indicações aqui); (2) Prepara leitura em voz alta (muito
expressiva) da parte do ato III (pp.
200-...) que te compita. Cada aluno preparará todas as falas nas linhas que
indico. Em aula serão chamados a ler, em diálogo-quase-dramatização, uma (ou
duas) das personagens dessa parte.
Aula 79-80 (25 [12.ª, 5.ª], 27/fev [8.ª, 7.ª, 1.ª])
Correção de comentário que se devolvia (retrato de D. João). (Cfr. Apresentação.)
Esta
ficha segue bastante o que terá sido revisto em dois tepecês sobre Funções
sintáticas marcados há umas aulas.
Sem
consultares outros elementos além desta folha, classifica quanto à função
sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de
frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome) as
expressões sublinhadas. Não é obrigatório que estejam representadas todas as
funções e pode haver funções que apareçam mais do que uma vez.
[ Para identificação do complemento direto,
podes experimentar a substituição pelos pronomes «o» ou «isso». Para
identificação do complemento indireto, serve a substituição por «lhe». Com o
modificador do grupo verbal resulta a pergunta «Que fez sujeito + modificador?»,
obtendo-se depois o verbo; ao contrário, este teste não resulta com
complementos oblíquos. Com o modificador do grupo verbal também resultará «Foi modificador do grupo verbal que sujeito + grupo verbal», mas já não com
um modificador de frase. O complemento agente da passiva passa a sujeito na
frase na ativa. ]
[Versão Özil]
O
trema de «Özil» foi por mim esquecido numa ficha anterior.
|
1 — ...
2 — ...
|
Telmo, traz-me o DVD de Entre Irmãos.
|
1 — ...
2 — ...
|
Colin
Firth, o James de O Amor Acontece,
é o protagonista de O Discurso do
Rei.
|
1 — ...
2 — ...
|
O
velho aio
achava Maria muito delgadinha.
|
1 — ...
2 — ...
|
Juristas
e opinião pública consideram escandalosa a absolvição de Domingos
Névoa.
|
1 — ...
2 — ...
|
Maria
sofria de tuberculose.
|
...
|
O
disco de Rui Veloso
é dedicado a Bernardo Sassetti.
|
1 — ...
2 — ...
|
O
disco riscado tem a canção de que gostas.
|
1 — ...
2 — ...
|
Obviamente, vi com agrado
a derrota do Arsenal.
|
1 — ...
2 — ...
|
Classifica
o sujeito (nulo subentendido, nulo expletivo, nulo indeterminado, simples,
composto) da
primeira frase
|
...
|
quinta frase
|
...
|
última frase
|
...
|
[Versão Pogba]
Não
insistas, Madalena, nesse capricho.
|
1 — ...
2 — ...
|
A
minha vida e a do meu marido, Telmo, foram estragadas pelos teus
presságios.
|
1 — ...
2 — ...
|
À
Maria,
explica, por favor, apenas coisas úteis.
|
1 — ...
2 — ...
|
Efetivamente, nesta sala há
cadeiras empenadas.
|
1 — ...
2 — ...
|
Frank
Cahill,
pai de Sam, detestava Tommy.
|
1 — ...
2 — ...
|
A
imprensa
elegeu Pogba o melhor em campo.
|
1 — ...
2 — ...
|
Iremos
a Marte no ano 2019.
|
1 — ...
2 — ...
|
Aurélia,
papel desempenhado por Lúcia Moniz, parece-me uma personagem quase
redonda.
|
1 — ...
2 — ...
|
A
reação contra Jorge Ferreira foi imediata.
|
...
|
Classifica o sujeito (nulo
subentendido, nulo expletivo, nulo indeterminado, simples, composto) da
quarta frase
|
...
|
sétima frase
|
...
|
última frase
|
...
|
Depois
de leres a cena I do ato III (pp. 200-204), resolve o ponto 1 da p. 205:
....
E,
agora, o ponto 2.1 da p. 205:
a. = ___; b. = ___; c. = ___; d. = ___; e. =
___.
Finalmente,
o ponto 3.1 da p. 207 {sublinha aqui}:
«Meu honrado amo, o filho do meu nobre senhor,
está vivo... O filho que eu criei nestes braços... Vou saber novas certas dele,
no fim de vinte anos de o julgarem todos perdido; e eu, eu que sempre esperei,
que sempre suspirei pela sua vinda...»
Liga
dos Campeões — Leitura em voz alta (expressiva) de parte do ato III, segundo o
que fora pedido para preparação em casa.
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
D. João de Portugal é identificado por Jorge,
mas não por ___. Telmo reconhecerá o seu amo, embora também não ao primeiro
relance. João vem velho, de vinte e um ___ passados e do duro cativeiro.
|
___ é bem recebido por todos, que o acolhem
com amizade, com amor. Porém, vem diferente. Só passaram ___, mas foi duro o
cativeiro. (E, embora só nós o adivinhemos, desgasta-o um sentimento de
culpa.)
|
Manuel fica ciente de que regressou o primeiro
marido da mulher. Se chega a revoltar-se, logo percebe a ____ dessa atitude
relativamente a João de Portugal (não há rivalidade, há assunção da
ilegitimidade da sua situação).
|
Atitude de Tommy relativamente a Sam é de
amizade, de respeito, de quem se propõe sinceramente ____ o irmão (não é de
rivalidade, mesmo se não há assunção de arrependimento por «flirt» com
Grace).
|
TPC — Faz o trabalho de comentário a Frei Luís de Sousa entretecido com
comentário a letra de canção (cfr.
«Instruções para tarefa sobre Frei Luísde Sousa»),
cuja primeira versão me deve ser enviada (ou, se preferires, trazida, impressa)
até cerca da próxima aula. (E não esqueças também a preparação da leitura
expressiva que te foi atribuída na aula passada.)
Aula 81-82 (29/fev [1.ª], 1/mar [12.ª, 8.ª, 7.ª,
5.ª]) Correção do trabalho de gramática feito na aula anterior. (Ver Apresentação.)
[versão
Pogba]
Não
insistas, Madalena, nesse capricho.
|
1 — Vocativo
2 — Complemento oblíquo
|
A
minha vida e a do meu marido, Telmo, foram estragadas pelos teus
presságios.
|
1 — Sujeito
2 — Complemento agente da passiva
|
À
Maria,
explica, por favor, apenas coisas úteis.
|
1 — Complemento indireto
2 — Complemento direto
|
Efetivamente, nesta sala há cadeiras
empenadas.
|
1 — Modificador de frase
2 — Modificador restritivo do nome
|
Frank
Cahill,
pai de Sam, detestava Tommy.
|
1 — Sujeito
2 — Predicado
|
A
imprensa
elegeu Pogba o melhor em campo.
|
1 — Sujeito
2 — Predicativo do complemento direto
|
Iremos
a Marte no ano 2019.
|
1 — Complemento oblíquo
2 — Modificador do grupo verbal
|
Aurélia,
papel desempenhado por Lúcia Moniz, parece-me uma personagem quase
redonda.
|
1 — Modificador apositivo do nome
2 — Predicativo do sujeito
|
A
reação contra Jorge Ferreira foi imediata.
|
Predicativo do sujeito
|
Efetivamente, nesta sala há cadeiras
empenadas.
|
Sujeito nulo expletivo
|
Iremos a Marte no ano 2019.
|
Sujeito nulo subentendido
|
A reação contra Jorge Ferreira foi imediata.
|
Sujeito simples
|
[versão
Özil]
O
trema de «Özil» foi por mim esquecido numa ficha anterior.
|
1 — Complemento agente da passiva
2 — Modificador do grupo verbal
|
Telmo, traz-me o DVD de Entre Irmãos.
|
1 — Vocativo
2 — Complemento direto
|
Colin
Firth, o James de O Amor Acontece,
é o protagonista de O Discurso do
Rei.
|
1 — Modificador apositivo do nome
2 — Predicativo do sujeito
|
O
velho aio
achava Maria muito delgadinha.
|
1 — Sujeito
2 — Predicativo do complemento direto
|
Juristas
e opinião pública consideram escandalosa a absolvição de Domingos
Névoa.
|
1 — Predicativo do complemento direto
2 — Complemento direto
|
Maria
sofria de tuberculose.
|
Complemento oblíquo
|
O
disco de Rui Veloso
é dedicado a Bernardo Sassetti.
|
1 — Sujeito
2 — Complemento indireto
|
O
disco riscado tem a canção de que gostas.
|
1 — Modificador restritivo do nome
2 — Predicado
|
Obviamente, vi com agrado
a derrota do Arsenal.
|
1 — Modificador de frase
2 — Modificador do grupo verbal
|
O trema de «Özil» foi por
mim esquecido numa ficha anterior.
|
Sujeito simples
|
Juristas e opinião pública consideram escandalosa a
absolvição de Domingos Névoa.
|
Sujeito composto
|
Obviamente, vi com agrado a
derrota do Arsenal.
|
Sujeito nulo subentendido
|
Leitura
em voz alta (cenas II a V e retoma de partes da cena I) do ato III de Frei Luís de Sousa.
No monólogo na cena IV (pp. 206-207), Telmo expressa
várias emoções. Explica-as.
Telmo mostra-se confuso,
repartido entre ____ díspares. Pressente que vai saber ____ sobre D. João de
Portugal, por quem esperava havia vinte e um anos. Ao mesmo tempo, preocupa-o
agora ___, por quem foi ganhando tanta devoção que já ultrapassa a que tinha
pelo antigo amo. Este debate leva-o a pedir a Deus a própria ___, adiando assim
«algum tempo» a da frágil Maria.
[Resolve
o ponto 1.1 da p. 211:]
.....
Na cena V (pp. 208-210), como reage o Romeiro ao
tomar conhecimento das diligências de D. Madalena aquando do seu
desaparecimento?
.....
[Resolve
o ponto 4 da p. 211:]
Ao ouvir Madalena, de fora, chamar pelo «____»,
João de Portugal tem a ilusão de que ela se lhe dirija. Há por isso um breve embevecimento,
um regresso efémero da esperança de uma paixão. O vocativo «____» desfaz o
engano e João, após uma primeira reação que implicava revelar-se a Madalena,
retoma, já mais racionalmente, a disposição com que se comprometera com ____.
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
Telmo hesita entre a devoção ao antigo amo e a
consciência de que o seu regresso vem lançar a ____ sobre Maria, que
considera já como uma segunda filha.
|
Frank parece não querer tomar consciência de
que Sam não está bem, defendendo que os fuzileiros estão ____ para as
situações que o filho terá vivido no Afeganistão.
|
João/Romeiro ainda confunde palavras de
Madalena dirigidas ao marido com a possibilidade de ela se lhe dirigir com
paixão, mas, desfeita essa _____, sente-se como um intruso que veio destruir
uma família.
|
Sam adivinhou o que se passara e começou por dizer
ao irmão aceitá-lo sem ressentimento, mas, passada essa fase inicial, sente-se
agora como um intruso que veio constranger a _____ que se instalara na
família.
|
D. João pede a Telmo que diga a todos que o romeiro
não passava de um ____.
|
Uma das miúdas diz ao pai que preferia que ele
não tivesse ____.
|
TPC — Recordo que os comentários sobre Frei Luís de Sousa e canção (ver
«Instruções») me
devem ser enviados rapidissimamente, num anexo para luisprista@netcabo.pt
(se não agradecer, é que nada me chegou).
Depois,
quando lhes entregar os textos já corrigidos por mim, lançarão as emendas no
vosso ficheiro e enviar-mo-ão de novo. (Dar-me-ão também a folha onde eu fizera
as emendas para que possa verificar se reformularam tudo bem.) A classificação,
relativa sobretudo à primeira versão, ficará junto do texto, em Gaveta de Nuvens.
Aula 83-84 (3 [12.ª, 5.ª], 4/mar [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correção
de perguntas respondidas na última aula. (Ver
Apresentação.)
Leitura
em voz alta – Liga dos Campeões
Nas
cenas VII e VIII (pp. 212-213), a atitude de Madalena contrasta com a de outras
personagens, a cujos argumentos acabará por se render já na cena IX (p. 213.
Explica esta evolução.
.....
Comprova
a adequação do estado de espírito de Maria através dos recursos estilísticos na
fala das linhas 24-43 (pp. 215-216).
.....
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
Madalena debate-se entre dúvidas, entrevê
possibilidades de solução benigna, apela aos outros, estranha reações frias.
(Nem ___ nem Jorge a esclarecem ou ajudam muito.)
|
Sam vive em conflito interior, mostra-se
esquivo, agride-se e agride os outros, porque pretende desabafar. (Só ___
percebe que ele tem alguma pena a remir.)
|
Final é trágico (quando Madalena hesita, e ___
e João combinam estratégia salvadora, os irmãos Manuel e ___ impedem uma
solução contemporizadora).
|
Final só por pouco não é trágico (na cena do
desespero-quase-suicídio de ___, ação do irmão ___ é crucial para se poder
evitar desfecho mortal).
|
Expiação da culpa é obtida por ingresso na
vida ___ e por ___ de Maria.
|
Expiação da culpa é obtida pelo ___ e pela ___
a Grace.
|
Final é relativamente fechado, embora haja
pontos por esclarecer (destino de João). Abre-se para os protagonistas um
novo ciclo, puramente religioso (mas essa já não é a história contada no
drama — mesmo se, historicamente, quase só agora comece o escritor ____).
|
Final é ___. (Não fica claro o desfecho.
Supõe-se para breve a recuperação da felicidade anterior da família?)
|
TPC — Lança no ficheiro
respetivo as emendas que fiz ao comentário sobre canção e Frei Luís de Sousa e envia-mo. Traz-me depois a versão com as
minhas correções para poder verificar se as tiveste em conta. (A classificação
— relativa à primeira versão, sobretudo, mas dependente de verificação da
segunda — ficará junto dos textos em Gaveta
de Nuvens.)
Indicações para
correções das análises canção/Frei Luís
de Sousa
# significa que falta
espaço entre palavras (ou entre palavra e sinal de pontuação);
um vê cortado ao meio (mais ou menos assim: Ұ) significa que devem
tirar o espaço (há quem, a seguir a um primeiro parêntese, ponha um espaço a
mais);
nada do vosso texto deve estar a bold (negro);
itálico dentro de aspas também
é um erro comum (títulos de canções são aspados e não levam itálico; títulos de
álbuns vão em itálico e sem aspas; nomes das bandas não têm de levar aspas nem
itálico);
travessões devem ficar assim: «—»
(eventualmente, assim «–»; mas não assim: «-»);
as citações que incluam tradução de letras estrangeiras
podem fazer-se de vários modos, mas sugiro este modelo: «All you need is love
[Só é preciso amor]».
(A propósito: quem escolha canções com muitas
traduções devia fazer mais palavras, porque só nas traduções das letras se
perde imenso espaço —diria que, nesses casos, seria justo apontar para 500 a
600 palavras). Sugiro aliás que não descartem preferir canções em português
(europeu ou
brasileiro);
não devem transcrever letras de canções «por
atacado». Por exemplo, pôr toda uma estrofe (e, por vezes, mesmo na vertical).
Os versos a citar devem ficar na linha, separados por barras inclinadas: «Nunca voltes ao lugar / Onde já foste feliz / Por muito que o coração
diga / Não faças o que ele diz».
Na
segunda aula da próxima semana, já deve ser preciso trazer exemplar de Os Maias, ainda que sem esquecer também
o manual.
Aula 85-86 (7 [1.ª], 8/mar [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª])
Lê «Esta é uma verdadeira tragédia...» (p. 219). Escolhe a melhor alínea.
A
distensão do tempo em Frei Luís de Sousa
a)
torna a ação inverosímil.
b)
cumpre os cânones da tragédia clássica.
c)
não compromete o cumprimento da lei das três unidades na peça.
d)
concorre para a concentração do espaço.
A
utilização do determinante possessivo na expressão «nosso texto» (l.12)
a)
constitui uma estratégia de aproximação ao leitor.
b)
destaca a autoria da peça.
c)
representa uma utilização do plural majestático.
d)
evidencia o distanciamento crítico do autor.
A
mutação de espaço entre os dois primeiros atos da tragédia garrettiana
a)
sucede por força dos cânones clássicos e assume-se como indispensável para o
progresso da ação.
b)
decorre da atuação de uma personagem e configura-se indispensável para o
progresso da ação.
c)
decorre da atuação de uma personagem, embora seja pouco significativa para o
desenvolvimento do conflito.
d)
sucede por força dos cânones clássicos, decorre da atuação de diversas
personagens e é fundamental para o evoluir da ação.
A
caracterização de Telmo como «dupla consciência de toda a família» (l. 33)
salienta
a)
a função da personagem na peça, enquanto crítico da dicotomia temporal
passado/presente.
b)
a função da personagem na peça, como conselheiro da família no presente.
c)
a importância da personagem na peça, enquanto confidente de D. João de Portugal
no passado.
d)
as duas funções da personagem na peça, como coro e escudeiro.
No contexto, a expressão «trave-mestra»
(l. 36) significa
A repetição da expressão
«através de» (ll. 40-43)
No segundo parágrafo
(ll. 34-43), destaca-se a importância para a peça
a) de agouros, sinas,
sinais e cocós de cão.
b) da anankê e da presença, quase sempre
indireta, de D. João.
c) da fatalidade e da
sua ligação a D. João IV.
d) da fatalidade.
Segundo Palmira Nabais, Frei Luís de Sousa é,
a) sem dúvida, uma
tragédia.
b) no fundo, um drama
romântico, mais do que uma tragédia clássica.
c) com efeito, uma
tragédia segundo o exato modelo clássico.
d) em termos gerais, uma
tragédia.
O tipo textual de «Esta
é uma verdadeira tragédia...», excerto de texto maior de Palmira Nabais, é
a) o dramático.
b) o instrucional.
c) o
expositivo-argumentativo
d) o trágico-dramático.
No segundo período do
texto (ll. 3-4), «tudo isto» tem a função sintática de
a) sujeito simples.
b) complemento direto.
c) sujeito nulo indeterminado.
d) sujeito composto.
Na linha 14, «D. João de
Portugal» tem a função sintática de
a) vocativo.
b) modificador
restritivo do nome.
c) modificador apositivo
do nome.
d) sujeito.
Na linha 10, «esta» tem
a função sintática de
a) predicativo do
sujeito.
b) predicativo do
complemento direto.
c) sujeito.
d) complemento direto.
Com o uso do conector
«pois» (l. 9), o enunciador
a) introduz um nexo de
causalidade.
b) exprime a
consequência de um ato apresentado antes.
c) introduz um nexo de
consequência.
d) introduz um nexo de
oposição.
Os vocábulos «fatalismo»
(l. 20) e «fatalidade» (l. 36) contribuem para a coesão
a) interfrásica.
Com o uso do conector
«antes» (l. 35), o enunciador
a) introduz um nexo de
causalidade.
b) marca a
anterioridade.
c) remete para o facto
apresentado antes.
d) introduz um nexo de
oposição.
Passa agora à leitura de «Tragédia romântica» (p. 220).
O
complexo verbal «podemos dizer» (l. 1) transmite um valor modal de
a)
probabilidade.
b)
obrigatoriedade.
c)
possibilidade.
d)
duração.
Os
termos «Família» (l. 12) e «criados» (l. 12) são, no contexto
a)
sinónimos.
b)
hiperónimo e hipónimo, respetivamente.
c)
antónimos.
d)
holónimo e merónimo, respetivamente.
A passagem «Igualmente romântico é o estatuto
das personagens» (l. 15) concretiza um ato ilocutório
a)
compromissivo.
b)
assertivo.
c)
diretivo.
d)
expressivo.
Com
o uso do travessão (ll. 7, 8, 14 e 16), o enunciador
a)
separa partes de diálogo e momentos de simples narração.
b)
introduz exemplos confirmativos das afirmações anteriores.
c)
faz enumerações que, de certo modo, contradizem o que dissera antes.
d)
introduz remissões para outros trabalhos.
[Da
última aula:] Nas cenas VII e VIII (pp. 212-213), a atitude de Madalena
contrasta com a de outras personagens, a cujos argumentos acabará por se render
já na cena IX (p. 213). Explica esta evolução.
Madalena, que não identificara o Romeiro com o
antigo marido, ainda se procura convencer com a possibilidade de a notícia
assim trazida não ser verdadeira. Ao contrário, Manuel, ciente dos factos,
acolhe a mulher com frieza, o que a admira. Jorge, que já dissuadira Telmo de
avançar com a estratégia combinada com o Romeiro, também chama à razão a
cunhada. Manuel sintetiza (não sem ter de se conter no desejo de dar um último
abraço a Madalena): as mortalhas de religiosos são o que lhes resta. Este
percurso de Madalena, da ilusão que lhe permitiam as dúvidas até à resignação,
por se confrontar com a decisão já tomada pelos outros, torna-se mais
dramático.
Responde
à pergunta 1.1, de Escrita/Compreensão, da p. 217, acerca da estratégia cénica
enunciada na didascália «Corre o pano do fundo» :
Com um correr de pano, vemos agora as
personagens na _____, estando _____ e ______ ajoelhados e de hábito vestido para
professarem. O ambiente de cerimónia religiosa é, no contexto da obra,
absolutamente trágico.
[Da
última aula:] Comprova a adequação do estado de espírito de Maria
através dos recursos estilísticos na fala, da cena XI, nas linhas 24-43 (pp.
215-216).
Ao estado de prostração e agonia de Maria é bem
vincado pela abundância de exclamações, repetições, interrogações retóricas,
pausas, frases suspensas, vocativos.
Já
vimos as características estilísticas da fala de Maria na cena XI (pp.
215-216). Comenta agora os seus aspetos mais ideológicos:
.....
Na
cena XII do terceiro ato (p. 216), tudo acontece concentrada e rapidamente.
Logo a primeira fala, do Romeiro, funciona duplamente, correspondendo a um
propósito de uma das personagens mas tendo consequência diferente. Explica.
.....
[Tarefa de compreensão oral tirada do manual Desafios,
Português, 11.º ano, Carnaxide,
Santillana, 2011:] Ouve o
texto de Gianluca Miraglia sobre a peça Frei
Luís de Sousa e completa as frases que se seguem.
O público oitocentista não recebeu a peça com
_____.
Almeida Garrett pretendia escrever uma peça de
natureza clássica, mas, formalmente, trata-se de um ____; o primeiro ato
desenrola-se no palácio de ____ e o segundo e o terceiro atos desenrolam-se no
palácio de _____.
A duração da ação corresponde a _____ dias.
O autor inspirou-se num episódio _____.
No fim do segundo ato ocorre o reconhecimento, o
______ da peça.
Há, na peça, vários presságios que o anunciam,
como, por exemplo, as ______ de Telmo sobre a morte de D. João ou a ______ de
D. Madalena.
A catástrofe é desencadeada pela _______.
O título corresponde ao nome que Manuel de Sousa
toma ______.
O facto de a peça ter múltiplas interpretações
deve-se ______.
TPC — Na próxima aula, traz o teu exemplar
de Os Maias, embora sem esquecer
também o manual. (Farei uma primeira verificação da compreensão que já tenhas
da obra. Como pedira, convém que tenhas avançado o mais possível.)
Aula 87-88 (10 [12.ª, 5.ª], 11/mar [8.ª, 7.ª, 1.ª])
Circunda a alínea que descreve mais aproximadamente a tua situação:
a) Trouxe hoje para a aula o meu exemplar de Os Maias.
b) Pedi há pouco a um colega de outra turma um
exemplar de Os Maias, que é este que
tenho sobre a mesa.
c) Pedi há pouco a um colega de outra turma um
exemplar de Os Maias, mas ele não mo
emprestou.
d) Não trouxe hoje o meu exemplar de Os Maias, mas tenho-o em casa (e é até
um bonito exemplar).
e) Não trouxe hoje o meu exemplar de Os Maias, mas tenho-o em casa (e não o
acho bonito).
f) Não tenho exemplar de Os Maias, nem aqui nem em casa.
g) Tenho um exemplar de Os Maias que, porém, pude não trazer para a aula, porque um
ornitorrinco comeu a chave do cacifo onde o guardara.
h) Até tinha um exemplar de Os Maias comigo, mas, só para contrariar o professor, deitei-o fora
antes de entrar na sala.
Circunda a(s)
alínea(s) que descreve(m) a tua situação:
a) Já li Os
Maias na totalidade.
b) Já li quase todos Os Maias, faltando-me uns míseros três capítulos (ou por aí).
c) Li cerca de metade da obra.
d) Li até ao sexto capítulo inclusivé.
e) Li até ao quarto capítulo inclusivé.
f) Li os três primeiros capítulos.
g) Li os dois capítulos iniciais.
h) Na verdade, ainda não li mais do que o
primeiro capítulo (mas esse li-o todo).
i) Ainda não completei o primeiro capítulo mas
já li as páginas iniciais do livro.
j) Li o livro o ano passado, já que estava no
11.º ano.
k) Li o livro o ano passado (na verdade, não o
cheguei a ler todo, mas, pelo menos, estudei-o e ouvi falar sobre ele, já que
estava no 11.º ano).
l) Li resumos mas quase nada do livro
propriamente dito.
m) Vi uns bocados de um filme-novela brasileira
(que funde Os Maias e A Relíquia).
n) Vi o filme, recente, realizado por João
Botelho.
o) Já li todo o livro, mas fi-lo há dez anos
pelo que já não me lembro do enredo.
p) Não li, mas tenciono ler nas férias da
Páscoa.
q) Não li e não tenciono ler, por ser difícil
compatibilizar os meus afazeres próximos — treino intensivo para uma competição
de curling — com a leitura do grande
romance do magistral Eça.
r) Não li, não tenciono ler e tenho ódio a quem
leu.
Centremo-nos
agora nas pp. 240-243 do manual, que têm trechos do primeiro e do último
capítulos do romance. (Se tiveres o teu exemplar contigo, repara que as últimas
linhas que nos são apresentadas do capítulo XVIII — no pé da página 242 do
manual — não correspondem ao final da obra: ficamos a meio da _____ página do
romance.)
Se
ainda não leste o livro até ao quarto capítulo pelo menos, lê o texto A (pp. 240-241) e, na metade superior do verso desta nossa folha,
responde às perguntas 3, 5 e 5.1 da p. 243.
Se
leste até ao cap. 4 pelo menos, vai já para a metade inferior do verso desta folha e resolve as duas perguntas
que aí refiro.
3.
.....
5.
.....
5.1
.....
Responde
à pergunta 7 (p. 243), mesmo sem estares agora a reler atentamente esse texto A.
7.
.....
Como
se vê no esquema apresentado na pergunta 2.1, a data da ação no início do
capítulo 1 é 1875, correspondente à instalação de Afonso e seu neto no
Ramalhete, depois da licenciatura de Carlos (e depois também de este viajar
pela Europa). Por palavras tuas, recorda o estudante que fora Carlos em
Coimbra.
.....
Três sketches oitocentistas:
Apresentam-se os inícios (1-9) e os
finais (A-I) de nove romances de Eça. (Dos publicados em vida do autor, só não
estão Os Maias e, por ter sido
escrito em
colaboração com Ramalho Ortigão, O Mistério da Estrada de Sintra.) Põe ao lado dos títulos os que te
pareçam ser os respectivos inícios (1
a 9) e finais (A a I):
Romances de Eça de Queirós (segundo a ordem de
publicação)
|
Inícios (1-9)
|
Finais (A-I)
|
O Crime do Padre Amaro
|
||
O Primo Basílio
|
||
O Mandarim
|
||
A Relíquia
|
||
A Ilustre Casa de Ramires
|
||
A Cidade e as Serras
|
||
A Capital! (começos duma carreira)
|
||
O Conde de Abranhos
|
||
Alves & C.ª
|
Inícios
1
// A estação de Ovar, no caminho de ferro do Norte, estava muito silenciosa,
pelas seis horas, antes da chegada do comboio do Porto.
2
// À EX.MA SR.A
CONDESSA DE ABRANHOS
MINHA SENHORA: — Tive, durante quinze anos, a honra tão
invejada de ser o secretário particular de seu Ex.mo Marido, Alípio
Severo Abranhos, Conde de Abranhos, e consumo-me, desde o dia da sua morte, no
desejo de glorificar a memória deste varão eminente, orador, publicista,
estadista, legislador e filósofo.
3
// Nessa manhã, Godofredo da Conceição Alves, encalmado, soprando por ter vindo
do Terreiro do Paço quase a correr, abria o batente de baetão verde do seu
escritório num entressolo na Rua dos Douradores, quando o relógio de parede por
cima da carteira do guarda-livros batia as duas horas, naquele tom, cavo, a que
os tetos baixos do entressolo davam uma sonoridade dolente, e cava. Godofredo
parou, verificou o seu próprio relógio preso por uma corrente de cabelo sobre o
colete branco, e não conteve um gesto de irritação vendo a sua manhã assim
perdida, pelas repartições do Ministério da Marinha: e era sempre assim quando
o seu negócio de comissões para o Ultramar o levava lá: apesar de ter um primo
de sua mulher Diretor-Geral, de escorregar de vez em quando uma placa de cinco
tostões na mão dos contínuos, de ter descontado a dois segundos oficiais letras
de favor, eram sempre as mesmas dormentes esperas pelo ministro, um folhear
eterno de papelada, hesitações, demoras, todo um trabalho irregular, rangente e
desconjuntado de velha máquina meio desaparafusada.
4
// Foi no domingo de Páscoa que se soube em Leiria que o pároco da Sé, José
Miguéis, tinha morrido de madrugada com uma apoplexia. O pároco era um homem
sanguíneo e nutrido, que passava entre o
clero diocesano pelo comilão dos comilões. Contavam-se histórias
singulares da sua voracidade. O Carlos da Botica — que o detestava — costumava dizer, sempre que o via sair depois da sesta, com a
face afogueada de sangue, muito enfartado:
— Lá vai a jiboia
esmoer. Um dia estoura!
5
// O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em
terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival.
No Alentejo, pela
Estremadura, através das duas Beiras, densas sebes ondulando por colina e vale,
muros altos de boa pedra, ribeiras, estradas, delimitavam os campos desta velha
família agrícola que já entulhava o grão e plantava cepa em tempos de el-rei D.
Dinis. A sua quinta e casa senhorial de Tormes, no Baixo Douro, cobriam uma
serra. Entre o Tua e o Tinhela, por cinco fartas léguas, todo o torrão lhe
pagava foro. E cerrados pinheirais seus negrejavam desde Arga até ao mar de
Âncora. Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre habitara, era em
Paris, nos Campos Elisios, n.° 202.
6 // Decidi
compor, nos vagares deste verão, na minha Quinta do Mosteiro (antigo solar dos
condes de Lindoso), as memórias da minha Vida — que neste século, tão consumido
pelas incertezas da Inteligência e tão angustiado pelos tormentos do Dinheiro,
encerra, penso eu e pensa meu cunhado Crispim, uma lição lúcida e forte.
7
// Eu chamo-me Teodoro — e fui amanuense
do Ministério do Reino.
Nesse tempo vivia eu à
Travessa Conceição n.° 106, na casa de hóspedes da D. Augusta, a esplêndida D.
Augusta, viúva do major Marques. Tinha dois companheiros: o Cabrita, empregado
na Administração do bairro central, esguio e amarelo como uma tocha de enterro;
e o possante, o exuberante tenente Couceiro, grande tocador de viola francesa.
8 // Tinham dado onze
horas no cuco da sala de jantar. Jorge fechou o volume de Luís Figuier
que estivera folheando devagar, estirado na velha voltaire de marroquim
escuro, espreguiçou-se, bocejou e disse:
— Tu não te vais vestir,
Luísa?
9
// Desde as quatro horas da tarde, no calor e silêncio do domingo de junho, o
Fidalgo da Torre, em chinelos, com uma quinzena de linho envergada sobre a
camisa de chita cor-de-rosa, trabalhava. Gonçalo Mendes Ramires
(que naquela sua velha aldeia de Santa Ireneia, e na vila vizinha, a asseada e
vistosa Vila Clara, e mesmo na cidade, em Oliveira, todos conheciam pelo
«Fidalgo da Torre»), trabalhava numa novela histórica, A Torre de D.
Ramires, destinada ao primeiro número dos ANAIS DE LITERATURA E DE
HISTÓRIA, revista nova, fundada por José Lúcio Castanheiro, seu antigo camarada
de Coimbra, nos tempos do Cenáculo Patriótico, em casa das Severinas.
Finais
A
// Os três amigos retomaram o caminho
de Vila Clara. No céu branco a estrelinha tremeluzia sobre Santa Maria de
Craquede. E padre Soeiro, com o seu guarda-sol sob o braço, recolheu à Torre
vagarosamente, no silêncio e doçura da tarde, rezando as suas ave-‑marias, e
pedindo a paz de Deus para Gonçalo, para todos os homens, para campos e casais
adormecidos, e para a terra formosa de Portugal, tão cheia de graça amorável,
que sempre bendita fosse entre as terras.
B
// E não é sem uma emoção profunda que ali vou cada ano em piedosa romagem,
contemplar a alta figura, marmórea, com o seu porte majestoso, o peito coberto
das condecorações que lhe valeu o seu merecimento, uma das mãos sustentando o
rolo dos seus manuscritos, para indicar o homem de letras, a outra assente
sobre o punho do seu espadim de moço fidalgo, para designar o homem de Estado —
e os olhos, por trás dos óculos de aros de ouro, erguidos para o firmamento,
simbolizando a sua fé em Deus e nos destinos imortais da Pátria!
C
// E todavia, ao expirar, consola-me prodigiosamente esta ideia: que do Norte
ao Sul e do Oeste a Leste, desde a Grande Muralha da Tartária até às ondas do
Mar Amarelo, em todo o vasto Império da China, nenhum Mandarim ficaria vivo, se
tu, tão facilmente como eu, o pudesses suprimir e herdar-lhe os milhões, ó
leitor, criatura improvisada por Deus, obra má de má argila, meu semelhante e
meu irmão!
D
// E tudo isto perdera! Porquê? Porque houve um momento em que me faltou esse descarado
heroísmo de afirmar, que, batendo na Terra com pé forte, ou palidamente
elevando os olhos ao Céu — cria, através da universal ilusão, ciências e
religiões.
E //
E na verdade me parecia que, por aqueles caminhos, através da natureza
campestre e mansa — o meu Príncipe, atrigueirado nas soalheiras e nos ventos da
serra, a minha prima Joaninha, tão doce e risonha mãe, os dois primeiros
representantes da sua abençoada tribo, e eu — tão longe de amarguradas ilusões
e de falsas delicias, trilhando um solo eterno, e de eterna solidez, com a alma
contente, e Deus contente de nós, serenamente e seguramente subíamos — para o
Castelo da Grã-Ventura!
F
// E o homem de Estado, os dois homens de religião, todos três em linha, junto
às grades do monumento, gozavam de cabeça alta esta certeza gloriosa da
grandeza do seu país, — ali ao pé daquele pedestal, sob o frio olhar de bronze
do velho poeta, ereto e nobre, com os seus largos ombros de cavaleiro forte, a
epopeia sobre o coração, a espada firme, cercado dos cronistas e dos poetas
heroicos da antiga pátria — para sempre passada, memória quase perdida!
G
// — E nós que estivemos para nos bater, Machado! A gente em novo sempre é
muito imprudente... E por causa duma tolice, amigo Machado!
E o outro bate-lhe no
ombro também, responde sorrindo:
— Por causa duma grande
tolice, Alves amigo!
H //
Ao fundo do Aterro voltaram; e o visconde Reinaldo passando os dedos pelas
suíças:
— De modo que estás sem
mulher...
Basílio teve um sorriso
resignado. E, depois dum silêncio, dando um forte raspão no chão com a bengala:
— Que ferro! Podia ter trazido a
Alphonsine!
E foram tomar xerez à Taverna Inglesa.
I
// Artur, instintivamente, olhou o molho de erva, que a pequena com muito
cuidado apertava na dobra da saia, contra o ventrezinho. Já havia naquela erva,
pensou, — porque sempre, de Coimbra, conservara ideias panteístas — havia já
alguma coisa da doce velha.
— Para que é a erva, tio
Jacinto?
— A erva? Ah, que é
muito tenra. Escolhi-a de propósito. Saiba V. S.ª que é para os coelhos —
respondeu o tio Jacinto, fechando a grade de ferro do cemitério.
Cria estes
textos-fragmentos:
Continuação
de um dos começos de Eça. (Identifica-o pelo algarismo.)
Antecedente
de uma das conclusões de romances de Eça. (Identifica-a pela letra.)
Pastiche
(= redacção ao estilo de...) de romance de Eça. Inventarás título e criarás o início
e o fim desse romance apócrifo.
Continuação de ___ || .....
Trecho antecedente de ___ || .....
Título || _________
Início || .....
Final || .....
TPC — No caso de já te ter devolvido a
primeira versão da análise de canção/Frei
Luís de Sousa com as devidas correções, não te esqueças de me enviar o
ficheiro já com as emendas lançadas (esse tepecê grande só então se considera
realizado). Em Gaveta de Nuvens tenho
posto as análises revistas, acompanhadas de uma nota. (Se não estiver lá a tua,
é que não me enviaste o texto revisto.) Quanto àqueles que ainda não me
enviaram a primeira versão — cujo prazo era fins de fevereiro —, não me
comprometo a ver o seu texto neste período, mas será sempre útil fazerem-no.
Aula 89-90 (14 [1.ª], 15/mar [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª])
Correção de ficha sobre Os Maias feita na aula anterior.
Exemplos de respostas para perguntas sobre Os Maias (da p. 243):
3 — Afonso regressa a
Lisboa porque «não queria […] viver muito afastado do neto», que, tendo
terminado o curso, [viajado durante um ano e] pretendendo agora iniciar a sua
carreira de médico, devia instalar-se na capital.
5 — Fisicamente,
Afonso era «baixo, maciço». Psicologicamente, era, segundo ele próprio,
«egoísta», mas o narrador apresenta-o como «bonacheirão», altruísta («as
generosidades do seu coração»; «parte do seu rendimento ia-se-lhe por entre os
dedos, esparsamente, numa caridade enternecida»), «sereno» e «risonho». (Outro
aspeto da sua caracterização, a idade, é focada a seguir, em 5.1.)
5.1 — A hipérbole
«mais idoso que o século» salienta a idade de Afonso, o seu retrato de
patriarca daquela família, [o que vai ser determinante na componente de
tragédia que tem o romance,] mas remete mais ainda para o facto de ter testemunhado
uma série de acontecimentos históricos (em termos funcionais serve de bitola
para o enquadramento histórico sobretudo nos capítulos de analepse).
7. — A última frase do
excerto destina-se a introduzir a longa analepse que contém os acontecimentos
entre 1820 e 1875.
[s. n.º] — Carlos surpreendeu
os amigos da família ao preferir Medicina a Direito. Em Coimbra, esteve
instalado no que se chamaria depois «Paço de Celas» (onde, por vezes, se
hospedava o avô). Amigo de João da Ega, tem vida boémia, interessa-se pelas
vanguardas literárias e artísticas, mais do que estuda. Tem namoros de ocasião
(primeiro, uma mulher casada; depois, uma concubina).
Uma das classes de palavras que, na nova
terminologia gramatical, têm mais diferenças relativamente ao que alguns ainda
terão dado no terceiro ciclo é a do advérbio.
Costuma dizer-se que os advérbios qualificam verbos
(como os adjetivos qualificariam, modificariam, os nomes). Não é uma verdade exata,
como se verá a seguir. As frases que usarei como exemplos são de «Advérbios de
modo não combinam com amor» (série Zé
Carlos). Completa as lacunas com advérbio,
frase, verbo, adjetivo.
Em «Você é jovem e
moderadamente bela», o advérbio «moderadamente» modifica o ____ «bela».
Identicamente, em «você me deixou completamente ***», o ____ «completamente»
está a modificar o adjetivo eufemisticamente traduzido por ***.
Em «Efetivamente,
gosto de aparências», o ____ «efetivamente» modifica toda uma frase («gosto de
aparências»). Tal como em «Contrariamente ao que dizem, nunca pus os pés no
Finalmente» o grupo adverbial «contrariamente ao que dizem» modifica a _____
«nunca pus os pés no Finalmente».
Mas é verdade que o
caso mais comum será o de o advérbio modificar o grupo verbal. Em «Gosto
extremamente de você», «extremamente» modifica «gosto (de você)». Em «Qual é o
mal de falar precisamente?» e em «Eu falo assim», os advérbios «precisamente» e
«assim» reportam-se ao _____ que os precede.
Os advérbios podem
até modificar outros advérbios. No sketch
não há nenhum caso desses, mas, por exemplo, em «Ricardo Araújo Pereira canta
pouco afinadamente», o _____ «pouco» reporta-se ao advérbio «afinadamente».
Vejamos as subclasses
do advérbio. Como se percebe pela p. 302 do manual do 10.º ano, a arrumação
é diferente da tradicional. Teremos de ir experimentando as novas
classificações a pouco e pouco (por sinal, este «a pouco e pouco» é uma locução
adverbial). Tendo em conta as nove (sub)classes de advérbio na p. 302, completa
com predicado, frase, conectivo, negação, quantidade/grau, inclusão/exclusão:
Em «Principalmente, a tendência que eu tenho
para adverbiar», «principalmente» é um advérbio _____ (tem função de conexão,
serve para ligar frases ou constituintes).
Já vimos advérbios de
____: «falar com modificadores verbais persistentemente»;
«falar precisamente»; «eu falo assim»; «nunca pus os pés no Finalmente».
E advérbios de ____:
«Efectivamente, gosto de aparências».
Em «Escolheu um cara
que, estupidamente, somente adjetiva», «somente» é advérbio
de ____ (enquanto «estupidamente», que se reporta a «somente adjetiva», é um
advérbio de predicado).
Em «Eu gosto extremamente de você», teríamos um
advérbio de ____.
Por fim, em
«Advérbios de modo não combinam com
amor», «não» é advérbio de ____.
Refira-se ainda uma característica dos advérbios em
«mente» com que, a certa altura, se brinca na canção: a possibilidade de, em
séries, se omitir o «mente» dos primeiros advérbios: «estudarei gramática abnegada e esforçadamente».
Só que os Gato Fedorento usam uma série demasiado
grande, por isso implausível: «E me deixou, designadamente,
nomeada, exata e mormente,
completamente ...» (além de que o primeiro elemento da série não teria o
«mente», só o último).
Expressões, 10.º ano, p. 302:
Na sua tradução portuguesa (Divertida-mente), o título do filme que começaremos a ver hoje (Inside out) recorda-nos as
características da formação de boa parte dos advérbios de modo. Com efeito, os
advérbios de modo terminados em –mente
correspondem a adjetivo (no feminino) + sufixo –mente. Ora este «-mente» é o latino mente-, que significava ‘mente’ (‘faculdade intelectual’,
‘espírito’, ‘pensamento’). Um advérbio de modo em «mente» significa,
etimologicamente, ‘de mente divertida/triste/alegre/etc.’).
O filme trata do funcionamento do cérebro de modo
divertido, por isso o título português foi muito feliz, foi criado
engenhosamente (isto é, ‘com mente engenhosa’).
TPC — Completa o abecedário sobre Frei Luís de Sousa (fá-lo mais criativo
do que a maioria dos que me chegaram sobre o «Sermão de Santo António aos
Peixes»).
Aula 91-92 (17 [12.ª, 5.ª], 18/mar [8.ª,
7.ª, 1.ª]) Correção do trabalho de compreensão/gramática sobre «Esta é uma verdadeira
tragédia...» (p. 219) e de «Tragédia
romântica» (220). Explicação sobre como se procederá em termos de
avaliação. (Ver Apresentação.)
Algumas tarefas,
corrigidas formalmente, ao longo do 2.º período
Este quadro não deve ser visto como lista de
fatores (exatas parcelas de uma média) de que resultasse aritmeticamente uma
classificação em cada área. Há tarefas — as de compreensão do escrito, sobretudo
— que são observadas ao longo das aulas mas não são discrimináveis num quadro
como este. Se as tarefas fossem ponderadas diretamente para efeitos de
avaliação, teriam naturalmente valoração variada (há aqui tarefas curtas e
demoradas; fáceis e exigentes; ...).
Em geral, neste 2.º período, quero valorizar
sobretudo as tarefas pedidas para casa:
na escrita, foram em igual número as tarefas pedidas para casa e as feitas em
aula que eu levasse para correção mas as pedidas para casa foram mais extensas
(textos argumentativos foram feitos sobretudo em casa); na oralidade, quero
marcar em termos de classificação os casos de incumprimento, continuado, da
tarefa de gravação (a única tarefa «grande» pedida até agora — que envolveu
expressão oral, leitura de livro e escrita).
No 3.º período saberei ter em conta os
casos em que tarefas dos períodos anteriores sejam finalmente cumpridas:
gravação sobre livro lido, leitura de Os
Maias, análise comparada canção/Frei
Luís de Sousa, até, eventualmente, textos argumentivos sobre o Sermão de Santo António. Fica o desafio
para irem tratando já disso em férias e enviarem-mo logo que queiram.
Assistência a Divertida-mente e conversas individuais
de avaliação.
Riley, personagem de Divertida-mente
|
Maria, personagem de Frei Luís de Sousa
|
Idade
|
|
Riley
tem ___ anos (chegará aos doze).
|
Maria
tem ___ anos.
|
Mudança de casa
|
|
Chegada
à nova casa, em ____,
desilude Riley (que tinha boas memórias do ___).
|
Chegada
ao palácio de ____ suscita curiosidade de Maria (que até gostara do fogo
posto à casa do ___).
|
Emoções e sentimentos
|
|
Alegria,
tristeza, ____, repulsa, medo condicionam vida de Riley.
|
Destino,
honra, ____, fé, patriotismo condicionam vida de Maria.
|
«Ilhas»
|
|
Hóquei
no gelo é visto como estímulo ____ para o equilíbrio de Riley.
|
Literatura
e sebastianismo são vistos como ____ ao equilíbrio de Maria.
|
Sonhos
|
|
____
é o amigo imaginário, esquecido, de Riley.
|
O
regresso de ____ é quimera em que ainda crê Maria.
|
«Coro da tragédia grega»
|
|
As
emoções comentam ação e ____ de Riley.
|
Telmo e Jorge comentam ____ e reações de Maria.
|
Desfecho
|
|
Depois
de esboçar fuga para o ___, Riley integra-se bem na nova cidade. Há uma
redenção, uma salvação inesperada, para que contribui o diálogo com os ___.
|
Depois
de apelar à manutenção do lar mas não conseguir demover os ___ da intenção de
abandonarem a vida secular, Maria sucumbe. Neste final triunfa a fatalidade,
o ___.
|
TPC (para férias) — (i) Termina,
ou, pelo menos, avança decisivamente, em Os
Maias (haverá questionários de compreensão, para verificar se a leitura tem
sido mesmo feita, logo no recomeço ou poucos dias depois). (ii) Se for caso
disso, recupera tarefas atrasadas.
#
<< Home