Thursday, September 10, 2015

Aulas (2.º período, 2.ª parte: 71-92)



Aula 71-72 (11 [12.ª, 5.ª] e 12/fev [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correção do questionário de compreensão da aula anterior (cena II). (Cfr. Apresentação).
Vai lendo as cenas III a VI do Ato I de Frei Luís de Sousa (pp. 162-168), a fim de completares as sínteses que ficam aqui em baixo. Procura que a tua redação se integre bem na sintaxe do texto que esbocei.
Cena III (p. 162)
Na primeira fala, percebemos que Maria acredita que D. Sebastião _________.
Na sua segunda fala, Maria interroga-se sobre o que leva o pai a mudar de semblante quando se alude ao regresso de D. Sebastião, e inferimos por que motivo ocorre essa mudança de estado de espírito: Manuel de Sousa Coutinho _______.
Na terceira fala de Maria, é a própria adolescente que, perante o choro da mãe, lhe promete _______.
Na última fala, o aparte de Telmo serve para se nos esclarecer que Maria ________.
Cena IV (165-166)
Na metade superior da p. 165, Maria revela a sua preocupação por os pais _________.
Depois, Madalena pede-lhe que _________. E, na última fala da cena (já na p. 166), a mesma Madalena volta a mostrar-se preocupada por Manuel __________.
Cena V (166-167)
A cena serve para Jorge vir avisar que os governadores ao serviço de Espanha querem sair de Lisboa, alegadamente por causa da ________, e, por isso, quatro deles ________. Isto revolta Maria. Entretanto, ouvindo melhor do que os outros, Maria percebe que o pai está a chegar.
Cena VI (168)
Um criado, ________, confirma a chegada de Manuel. O resto da cena serve para, através de um comentário de Madalena e, sobretudo, de um aparte de Jorge, se acentuar que Maria ___________.


Transpõe o início da cena VII (p. 169) para texto narrativo (de um romance, por exemplo), cujo narrador homodiegético fosse Maria.
Não te coles demasiado às frases do original: a mudança de modo literário e de focalização implicam também sintaxe e léxico por vezes diferentes dos do texto de Garrett.
.....

Depois de vermos o início de Entre Irmãos (Brothers), completa:

Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
No final do primeiro trecho que veremos de Entre Irmãos teremos o equivalente da situação de Madalena em 1578 — vinte e um anos, menos uma semana, antes do momento a que se reporta a ação da peça no ato I, que decorre em 28 de julho de ___.
Madalena era então casada com ___, cuja família conhecera ainda menina.
Grace é casada com ___ Cahill, com quem namorou desde adolescente.
Casal não tinha filhos. (Maria só nascerá oito anos depois, em 1586, sendo filha de Madalena e de ____.)
Casal tem duas filhas (Isabelle e ___).
Ambos os homens (Portugal e Cahill) são sensíveis à mobilização militar, a que, de certo modo, quase dão prioridade relativamente à família. Entretanto, ambas as iniciativas militares (portugueses em ____; americanos no Afeganistão) são vistas nos respetivos países com muita desconfiança, como desnecessárias e aventureiras.
____ integra exército em Alcácer Quibir.
Sam é enviado para o ____.
Na madrugada do dia da batalha (4-8-1578), escreve uma carta dirigida a Madalena (vivo ou morto ainda há de vê-la) e entregue a _____.
Quatro dias antes de iniciar a comissão (7-10-2007), escreve carta dirigida a _____ e pede a um major que, se viesse a ser necessário, a entregasse à mulher
Tropas cristãs são ____ pelos infiéis («marroquinos»).
Helicóptero americano é ____ pelos talibãs afegãos.


TPC —Escreve o texto argumentativo pedido no ponto 1.1 da p. 173.

Aula 73-74 (15 [1.ª], 16/fev [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Explicação sobre resumos e sínteses que eram devolvidas. Correção da tabela comparativa entre FLS e Entre e Irmãos (começada na aula anterior). (Cfr. Apresentação.)

Cena VII (pp. 169-170)
Pela primeira vez, intervém ______. Está emocionado e com pressa. Já resolveu que têm de ______, antes que cheguem os governadores. Decide também que a família irá para a casa que pertencera a ______.
Cena VIII (171-172)
Madalena tenta convencer Manuel a ______, já que a perspetiva de _______ a deixa em pânico.
Cena IX (174)
Ficamos a saber que os governadores ______.
Cenas X, XI e XII (174-175)
Mostra-se-nos a saída da família. Vemos que Manuel resolveu ______ a casa. Assim que o percebe, Madalena pede que lhe salvem _______, o que _______ {já não / ainda} foi possível.
Faz o ponto 1.1 da p. 176.
...
Depois de vermos mais um trecho de Entre Irmãos, retomaremos o ponto em que estávamos na comparação com Frei Luís de Sousa (em 4-8-1578, derrota em Alcácer Quibir; em 2007, queda de helicóptero americano, alvejado por afegãos):
Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
Desaparece D. João de Portugal, que será procurado nos _____ anos seguintes, assumindo quase todos a sua morte.
Desaparece Sam Cahill, sendo comunicada a sua morte a Grace, notícia de cuja veracidade ninguém _____.
Carta entregue a Frei Jorge Coutinho por João de Portugal terá sido transmitida a Madalena logo aquando do regresso a Portugal do frade e futuro _____. Ficou também ciente do seu conteúdo, pelo menos, Telmo.
Carta deixada por Sam para o caso de não regressar é entregue a Grace pelo major _____ no final da missa em memória do falecido. À noite, Grace pega na carta mas não chega a abri-la.
Madalena, passados ____ anos, casara com Manuel de Sousa Coutinho. Um ano depois, tiveram uma filha, Maria. Passados catorze anos sobre o casamento, Maria tem agora treze e falta uma semana para se perfazerem ____ anos sobre Alcácer Quibir.
Nos primeiros tempos, Grace fica ____ com a ausência do marido. Tommy, o cunhado, está bastante presente, até porque precisa de pedir ajuda a Grace, dadas as estroinices em que persiste. Depois parece querer apoiá-la no luto recente.
Telmo é quem mais recorda João de Portugal, com isso angustiando Madalena. Não se inibe de comparar o primeiro amo, que considera superior, com ____, que respeita mas não incensa do mesmo modo superlativo.
Frank Cahill é quem parece ter ficado mais inconformado com a presumida morte de Sam, que lembra sobretudo por comparação com ____, que recrimina e considera não ter as qualidades do outro filho.
TPC — Vai lendo os textos de apoio que, no manual, se intercalam entre o que temos estado a ler de Frei Luís de Sousa (penso nos das pp. 145, 146 e 164).

Aula 75-76 (18 [12.ª, 5.ª], 19/fev [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Explicação sobre trabalhos que se devolviam. (Ver Apresentação.)


Vai lendo as cena I-IV do Segundo Ato (pp. 177-180; 183-185) e circundando a melhor alínea de cada item.

            Cena I
Entre as linhas 13 e 20 (p. 177), Maria revela-se
a) descaradamente atiradiça.
b) claramente autoritária.
c) afavelmente impositiva.
d) tendencialmente submissa.

«Menina e moça me levaram de casa de meu pai» (l. 16) era o início
a) de Os Lusíadas.
b) de livro sobre raptos de crianças no Algarve.
c) de livro que Madalena não entendia e de que Maria gostava.
d) da Bíblia.

Segundo se depreende das ll. 20-21, o ato II decorre
a) vinte anos depois da Batalha de Alcácer Quibir.
b) a 28 de julho de 1599.
c) a 4 e a 6 de agosto de 1599.
d) a 4 de agosto de 1599.

Ainda na terceira fala da cena se lembra que Madalena ficara aterrada com
a) a perda do retrato de Manuel.
b) o surgimento do retrato de João.
c) a perda do retrato de João.
d) o surgimento do retrato de Manuel.

Podemos dizer que a constatação feita por Maria nas linhas 30-34 constitui uma espécie de
a) quiasmo.
b) alegoria.
c) metáfora.
d) antítese.

Logo no início da p. 178,
a) Maria está otimista, mais do que Telmo.
b) Maria está pessimista, mais do que Telmo.
c) Telmo está, no fundo, tão pessimista quanto Maria.
d) Maria está otimista mas não tanto quanto Telmo.

Em «Oh, minha querida filha, aquilo é um homem» (44), Telmo refere-se
a) ao namorado.
b) a D. João.
c) a D. Manuel.
d) a D. Sebastião.

A «quinta tão triste d’além do Alfeite» (58) é
a) o palácio incendiado.
b) o palácio de D. João de Portugal.
c) um barraco entre o Feijó e a Charneca da Caparica.
d) uma quinta em que se escondera o futuro grande escritor.

«mo» (64) é
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) complemento direto e complemento indireto.
d) complemento oblíquo e complemento direto.

As reticências na linha 74 mostram que Telmo
a) hesitou, ao trocar «tenha em glória» por «tenha em bom lugar».
b) quis trocar «tenha salvado» por «tenha em bom lugar».
c) não se sentia bem ao falar de Manuel de Sousa.
d) acabara de pisar um cocó de cão e por isso parara um curto momento.

A fala de Maria nas ll. 77-88 apresenta vários deíticos. Por exemplo:
a) «Agora» (77), «tu» (77), «estes» (78).
b) «viemos» (79), «aqui» (79), «esta» (80).
c) «tocha» (84), «força» (84), «essas» (84).
d) «ali (80), «naquele» (81), «mão» (82).

«o meu Luís» (106) reporta-se
a) a um namorado de Maria.
b) ao autor da presente ficha.
c) ao filho de Telmo.
d) a um zarolho.

Na última fala da cena, Telmo reconhece que D. João
a) amara Madalena.
b) estava vivo.
c) tinha a guerra como principal paixão.
d) tinha barba garbosa.

            Cena II
Segundo se diz na didascália final da cena I (p. 180), que liga essa à cena que nos interessa agora, chegou um homem embuçado. O homem é
a) Manuel de Sousa, que não pôde escanhoar devidamente o buço.
b) Telmo, que ostentava barba farta.
c) Manuel de Sousa, que veio escondido.
d) Telmo, sempre enigmático.

Ao apreciar o retrato de D. João de Portugal — «um honrado fidalgo, e um valente cavaleiro» (primeira fala da cena) —, Manuel de Sousa está a
a) ser irónico.
b) ser sincero.
c) mostrar-se ressentido.
d) mentir, para proteger Maria.

A pergunta de Maria «E então para que fazeis vós como eles?...» (l.25) alude ao facto de
a) Manuel de Sousa ter sido um escritor de muitos méritos.
b) Telmo e Manuel serem demasiado emotivos.
c) Manuel de Sousa, segundo Maria, não regular bem da cabeça.
d) Madalena e Manuel não estarem, como queria Maria, calmos.

            Cena III
A observação de Manuel «Há de ser destas paredes, é unção da casa: que isto é quase um convento aqui, Maria...» (ll. 39-40, p. 184) justifica-se por a casa de D. João
a) confinar com a igreja dos dominicanos.
b) ser muito austera.
c) ter sido o local de conceção de Maria.
d) ter sido o local dos amores de Madalena e João, o que Manuel lembra ironicamente.

            Cena IV
Jorge decidira ir a Lisboa, para
a) acompanhar o arcebispo nessa viagem, assim lhe agradecendo.
b) resolver assuntos no Sacramento.
c) acompanhar o arcebispo no regresso a Almada, assim lhe agradecendo.
d) ver Joana de Castro.

Baseando-te na didascália inicial do Ato II de Frei Luís de Sousa (p. 177), desenha um esboço do cenário desse ato.




Faz um comentário acerca do papel desempenhado pelo retrato de D. João de Portugal no início do ato.
......
Depois de vermos mais um trecho de Entre Irmãos, continuaremos a comparação com o Frei Luís de Sousa:

Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
O nacionalismo e a inflexibilidade de Manuel fizeram que a família tivesse de abandonar a residência dos Coutinhos e instalar-se no palácio que pertencera a D. João de Portugal. Este espaço, onde decorre já o ato II, é mais ______. Madalena, ao chegar à nova (velha) casa fica aterrorizada ao deparar-se com o retrato do primeiro marido. Depois, não dormiria as primeiras _____ noites. Maria ainda está orgulhosa com a atitude do pai. Gostara aliás do espetáculo que fora o incêndio da casa de Manuel.
Em parte para se ressarcir das confusões em que se metera, Tommy decide remodelar a _____ de Grace. Esta, ao chegar a casa, depara-se com as obras e uma série de amigos do cunhado, começando por reagir mal mas conformando-se rapidamente e integrando-se no ambiente jovial. Roupas de Sam (escolhidas por Grace, que parece mesmo querer desfazer-se delas) servem a um dos colaboradores, que se sujara com tinta. O caso é pretexto para chacota e brincadeira. Também as _____ colaboram nos arranjos.
No velho palácio, os retratos de D. João de Portugal, D. Sebastião e Camões ocupam a atenção de Maria, que procura satisfazer junto de Telmo a curiosidade acerca de quem está representado na primeira imagem. Telmo é ______ na sua resposta. Mas Manuel de Sousa esclarece a filha, não se coibindo de elogiar João de Portugal.
A cozinha fica como nova. No dia de aniversário de Grace, todos parecem alegres com as mudanças. Crianças estão mais confiantes e parecem dar-se bem com Tommy. Num passeio, Tommy lembra a uma delas que Sam o salvara naquele local havia muito. Já antes, um dos amigos evocara as ______ de Sam.

TPC — Vai pensando na tarefa sobre Frei Luís de Sousa que explico aqui. Podes dar-ma/enviar-ma até ao fim de fevereiro.

Aula 77-78 (22 [1.ª], 23/fev [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Correção do questionário para compreensão da primeira parte do ato II feito na aula anterior; exemplo de resposta a comentário (à função de retrato de D. João de Portugal) feito na aula anterior. (Ver Apresentação.)

Vai lendo as cenas do Ato II (pp. 187-197) e completando o espaço à direita com um esboço de comentário (das cenas V a VIII).

Cena
Assunto
Comentário-análise (esboço de)
V
Aparentemente recuperada, D. Madalena volta a cair no seu terror perante a possibilidade de se ver sem Manuel de Sousa e sem Maria naquele dia.

VI
Quando se prepara a partida, Madalena pede a Manuel de Sousa que leve também Telmo, aparentemente por não o querer consigo.
VII
Na partida, Madalena despede-se, chorosa, de Manuel de Sousa e de Maria, como se fosse para sempre. Demonstra grande cuidado com a saúde da filha, que sai de cena «sufocada com choro».
VIII
Aquando da despedida, hiperbolicamente comparada por Manuel a uma partida para a Índia, é abordado o caso de Sóror Joana e de seu marido, tragicamente comentado por Madalena.
IX
O ambiente que envolve Frei Jorge fá-lo ver em Madalena, Manuel de Sousa e Maria um estado de espírito cheio de presságios e desgraças próximas, de que se sente quase contagiado.
Esta cena é um aparte, com que Jorge desempenha um papel próximo do do coro da tragédia clássica, de comentador, quase como momentâneo relator de presságios. Com a saída de outras personagens também se consegue transmitir o movimento da partida e simular a passagem do tempo, criando um separador entre dois momentos do ato.
X
D. Madalena desabafa com Frei Jorge as razões do seu desespero em relação ao dia em que decorre a ação e o seu sentimento de pecado em relação ao amor por Manuel de Sousa.

XI
Miranda anuncia a chegada de um peregrino que vem da Terra Santa com um recado para Madalena que apenas a ela dará. Madalena decide recebê-lo.
XII
Frei Jorge reflete sobre o comportamento de muitos falsos peregrinos que se aproveitam da caridade dos fiéis.
XIII
Encontro do Romeiro com Madalena.
XIV
O Romeiro vai dando a conhecer a sua identidade (ainda que os seus sinais não sejam entendidos). A revelação de que D. João está vivo é para D. Madalena a confirmação de todos os presságios de desgraça.
XV
À pergunta de Frei Jorge sobre a sua identidade, o Romeiro responde «Ninguém!» e identifica-se apontando com o bordão para o retrato de D. João de Portugal.

Ainda as funções sintáticas (cfr. pp. 326-328)
Complementos oblíquos versus Modificadores do grupo verbal
[Com um complemento oblíquo é impossível integrar a frase numa interrogação com «Que fez?» para obter o verbo como resposta: «Ele foi a Paris.» (*Que fez ele a Paris? Foi.); com modificador do grupo verbal já resulta: «Ele casou em Paris.» (Que fez ele em Paris? Casou.)]
Classifica a função sintática do que está sublinhado:
Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz. — ...
Özil finta os adversários com elegância. — ...
A Albertina afastou-se de mim. — ...
Insisto sempre na pontualidade. — ... | ...
Modificadores de frase versus Modificadores do grupo verbal
[A construção que ponho entre parênteses é possível com o modificador do grupo verbal mas não com o advérbio que incide sobre toda a frase. Modificador de grupo verbal: «Ele come alarvemente.» (É alarvemente que ele come.); modificador de frase: «Evidentemente, o teste de gramática está próximo.» (*É evidentemente que o teste está próximo.)]
De facto, Porto e Benfica perderam. — ...
Analisou o crime friamente. — ...
Certamente, Umberto Eco ficará na história da literatura. — ...
Depois de, na p. 328, veres as definições e exemplos de complemento do nome, modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome, escolhe a função sintática das expressões sublinhadas.
Saoirse Ronan, a Briony de Expiação, entra em Brooklyn. — ...
As gravatas azuis ficam-lhe bem. — ...
O interesse pela política prejudicava-o. — ...
Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
Tudo parece ir compor-se. Madalena diz já estar ___ (era só receio de perder Manuel). Manuel tem de ir a Lisboa, por estar em dívida com o arcebispo. A perspetiva de ficar sozinha a uma sexta angustia Madalena, que pede a Manuel que não a deixe naquela ___ aziaga (faz anos que casou com João, conheceu Manuel, ocorreu a batalha de Alcácer Quibir). Abraçam-se. Embora Manuel prometa não demorar, Madalena fica preocupada, ansiosa.
Tudo parece ir compor-se. Grace anda mais ___ (também por ação de Tommy). Tommy vai ao banco pedir desculpa à senhora com quem agira mal. Enquanto conta a Grace essa peripécia, fica claro que se estão a apaixonar (e Grace tenta que Tommy acredite que, em adolescente, não era a miúda ___ que ele prefigurara). Beijam-se. Grace fica com má consciência, ansiosa, embora Tommy prometa não insistir.
O que é certo é que fica mesmo sozinha naquele dia (Telmo foi também com Manuel). Madalena recebe a informação de que um romeiro quer falar-lhe. Adivinhamos que é ____.
O que é certo que, passados dias, já estão ambos de novo descomplexadamente alegres (com as crianças a divertirem-se). Grace recebe um telefonema. Percebemos que é para avisar da chegada do ____.
TPC — (1) Vai preparando a tarefa sobre Frei Luís de Sousa (cfr. indicações aqui); (2) Prepara leitura em voz alta (muito expressiva) da parte do ato III (pp. 200-...) que te compita. Cada aluno preparará todas as falas nas linhas que indico. Em aula serão chamados a ler, em diálogo-quase-dramatização, uma (ou duas) das personagens dessa parte.

Aula 79-80 (25 [12.ª, 5.ª], 27/fev [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correção de comentário que se devolvia (retrato de D. João). (Cfr. Apresentação.)

Esta ficha segue bastante o que terá sido revisto em dois tepecês sobre Funções sintáticas marcados há umas aulas.
Sem consultares outros elementos além desta folha, classifica quanto à função sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome) as expressões sublinhadas. Não é obrigatório que estejam representadas todas as funções e pode haver funções que apareçam mais do que uma vez.
[ Para identificação do complemento direto, podes experimentar a substituição pelos pronomes «o» ou «isso». Para identificação do complemento indireto, serve a substituição por «lhe». Com o modificador do grupo verbal resulta a pergunta «Que fez sujeito + modificador?», obtendo-se depois o verbo; ao contrário, este teste não resulta com complementos oblíquos. Com o modificador do grupo verbal também resultará «Foi modificador do grupo verbal que sujeito + grupo verbal», mas já não com um modificador de frase. O complemento agente da passiva passa a sujeito na frase na ativa. ]
[Versão Özil]
O trema de «Özil» foi por mim esquecido numa ficha anterior.
1 — ...
2 — ...
Telmo, traz-me o DVD de Entre Irmãos.
1 — ...
2 — ...
Colin Firth, o James de O Amor Acontece, é o protagonista de O Discurso do Rei.
1 — ...
2 — ...
O velho aio achava Maria muito delgadinha.
1 — ...
2 — ...
Juristas e opinião pública consideram escandalosa a absolvição de Domingos Névoa.
1 — ...
2 — ...
Maria sofria de tuberculose.
...
O disco de Rui Veloso é dedicado a Bernardo Sassetti.
1 — ...
2 — ...
O disco riscado tem a canção de que gostas.
1 — ...
2 — ...
Obviamente, vi com agrado a derrota do Arsenal.
1 — ...
2 — ...

            Classifica o sujeito (nulo subentendido, nulo expletivo, nulo indeterminado, simples, composto) da
primeira frase
...
quinta frase
...
última frase
...

[Versão Pogba]
Não insistas, Madalena, nesse capricho.
1 — ...
2 — ...
A minha vida e a do meu marido, Telmo, foram estragadas pelos teus presságios.
1 — ...
2 — ...
À Maria, explica, por favor, apenas coisas úteis.
1 — ...
2 — ...
Efetivamente, nesta sala há cadeiras empenadas.
1 — ...
2 — ...
Frank Cahill, pai de Sam, detestava Tommy.
1 — ...
2 — ...
A imprensa elegeu Pogba o melhor em campo.
1 — ...
2 — ...
Iremos a Marte no ano 2019.
1 — ...
2 — ...
Aurélia, papel desempenhado por Lúcia Moniz, parece-me uma personagem quase redonda.
1 — ...
2 — ...
A reação contra Jorge Ferreira foi imediata.
...

Classifica o sujeito (nulo subentendido, nulo expletivo, nulo indeterminado, simples, composto) da
quarta frase
...
sétima frase
...
última frase
...

Depois de leres a cena I do ato III (pp. 200-204), resolve o ponto 1 da p. 205:
....
E, agora, o ponto 2.1 da p. 205:
a. = ___; b. = ___; c. = ___; d. = ___; e. = ___.
Finalmente, o ponto 3.1 da p. 207 {sublinha aqui}:
«Meu honrado amo, o filho do meu nobre senhor, está vivo... O filho que eu criei nestes braços... Vou saber novas certas dele, no fim de vinte anos de o julgarem todos perdido; e eu, eu que sempre esperei, que sempre suspirei pela sua vinda...»

Liga dos Campeões — Leitura em voz alta (expressiva) de parte do ato III, segundo o que fora pedido para preparação em casa.
Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
D. João de Portugal é identificado por Jorge, mas não por ___. Telmo reconhecerá o seu amo, embora também não ao primeiro relance. João vem velho, de vinte e um ___ passados e do duro cativeiro.
___ é bem recebido por todos, que o acolhem com amizade, com amor. Porém, vem diferente. Só passaram ___, mas foi duro o cativeiro. (E, embora só nós o adivinhemos, desgasta-o um sentimento de culpa.)
Manuel fica ciente de que regressou o primeiro marido da mulher. Se chega a revoltar-se, logo percebe a ____ dessa atitude relativamente a João de Portugal (não há rivalidade, há assunção da ilegitimidade da sua situação).
Atitude de Tommy relativamente a Sam é de amizade, de respeito, de quem se propõe sinceramente ____ o irmão (não é de rivalidade, mesmo se não há assunção de arrependimento por «flirt» com Grace).

TPC — Faz o trabalho de comentário a Frei Luís de Sousa entretecido com comentário a letra de canção (cfr. «Instruções para tarefa sobre Frei Luísde Sousa»), cuja primeira versão me deve ser enviada (ou, se preferires, trazida, impressa) até cerca da próxima aula. (E não esqueças também a preparação da leitura expressiva que te foi atribuída na aula passada.)

Aula 81-82 (29/fev [1.ª], 1/mar [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Correção do trabalho de gramática feito na aula anterior. (Ver Apresentação.)

[versão Pogba]
Não insistas, Madalena, nesse capricho.
1 — Vocativo
2 — Complemento oblíquo
A minha vida e a do meu marido, Telmo, foram estragadas pelos teus presságios.
1 — Sujeito
2 — Complemento agente da passiva
À Maria, explica, por favor, apenas coisas úteis.
1 — Complemento indireto
2 — Complemento direto
Efetivamente, nesta sala há cadeiras empenadas.
1 — Modificador de frase
2 — Modificador restritivo do nome
Frank Cahill, pai de Sam, detestava Tommy.
1 — Sujeito
2 — Predicado
A imprensa elegeu Pogba o melhor em campo.
1 — Sujeito
2 — Predicativo do complemento direto
Iremos a Marte no ano 2019.
1 — Complemento oblíquo
2 — Modificador do grupo verbal
Aurélia, papel desempenhado por Lúcia Moniz, parece-me uma personagem quase redonda.
1 — Modificador apositivo do nome
2 — Predicativo do sujeito
A reação contra Jorge Ferreira foi imediata.
Predicativo do sujeito

Efetivamente, nesta sala há cadeiras empenadas.
Sujeito nulo expletivo
Iremos a Marte no ano 2019.
Sujeito nulo subentendido
A reação contra Jorge Ferreira foi imediata.
Sujeito simples

[versão Özil]
O trema de «Özil» foi por mim esquecido numa ficha anterior.
1 — Complemento agente da passiva
2 — Modificador do grupo verbal
Telmo, traz-me o DVD de Entre Irmãos.
1 — Vocativo
2 — Complemento direto
Colin Firth, o James de O Amor Acontece, é o protagonista de O Discurso do Rei.
1 — Modificador apositivo do nome
2 — Predicativo do sujeito
O velho aio achava Maria muito delgadinha.
1 — Sujeito
2 — Predicativo do complemento direto
Juristas e opinião pública consideram escandalosa a absolvição de Domingos Névoa.
1 — Predicativo do complemento direto
2 — Complemento direto
Maria sofria de tuberculose.
Complemento oblíquo
O disco de Rui Veloso é dedicado a Bernardo Sassetti.
1 — Sujeito
2 — Complemento indireto
O disco riscado tem a canção de que gostas.
1 — Modificador restritivo do nome
2 — Predicado
Obviamente, vi com agrado a derrota do Arsenal.
1 — Modificador de frase
2 — Modificador do grupo verbal

O trema de «Özil» foi por mim esquecido numa ficha anterior.
Sujeito simples
Juristas e opinião pública consideram escandalosa a absolvição de Domingos Névoa.
Sujeito composto
Obviamente, vi com agrado a derrota do Arsenal.
Sujeito nulo subentendido

Leitura em voz alta (cenas II a V e retoma de partes da cena I) do ato III de Frei Luís de Sousa.
No monólogo na cena IV (pp. 206-207), Telmo expressa várias emoções. Explica-as.
Telmo mostra-se confuso, repartido entre ____ díspares. Pressente que vai saber ____ sobre D. João de Portugal, por quem esperava havia vinte e um anos. Ao mesmo tempo, preocupa-o agora ___, por quem foi ganhando tanta devoção que já ultrapassa a que tinha pelo antigo amo. Este debate leva-o a pedir a Deus a própria ___, adiando assim «algum tempo» a da frágil Maria.
[Resolve o ponto 1.1 da p. 211:]
.....
Na cena V (pp. 208-210), como reage o Romeiro ao tomar conhecimento das diligências de D. Madalena aquando do seu desaparecimento?
.....
[Resolve o ponto 4 da p. 211:]
Ao ouvir Madalena, de fora, chamar pelo «____», João de Portugal tem a ilusão de que ela se lhe dirija. Há por isso um breve embevecimento, um regresso efémero da esperança de uma paixão. O vocativo «____» desfaz o engano e João, após uma primeira reação que implicava revelar-se a Madalena, retoma, já mais racionalmente, a disposição com que se comprometera com ____.

Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
Telmo hesita entre a devoção ao antigo amo e a consciência de que o seu regresso vem lançar a ____ sobre Maria, que considera já como uma segunda filha.
Frank parece não querer tomar consciência de que Sam não está bem, defendendo que os fuzileiros estão ____ para as situações que o filho terá vivido no Afeganistão.
João/Romeiro ainda confunde palavras de Madalena dirigidas ao marido com a possibilidade de ela se lhe dirigir com paixão, mas, desfeita essa _____, sente-se como um intruso que veio destruir uma família.
Sam adivinhou o que se passara e começou por dizer ao irmão aceitá-lo sem ressentimento, mas, passada essa fase inicial, sente-se agora como um intruso que veio constranger a _____ que se instalara na família.
D. João pede a Telmo que diga a todos que o romeiro não passava de um ____.
Uma das miúdas diz ao pai que preferia que ele não tivesse ____.

TPC — Recordo que os comentários sobre Frei Luís de Sousa e canção (ver «Instruções») me devem ser enviados rapidissimamente, num anexo para luisprista@netcabo.pt (se não agradecer, é que nada me chegou).
Depois, quando lhes entregar os textos já corrigidos por mim, lançarão as emendas no vosso ficheiro e enviar-mo-ão de novo. (Dar-me-ão também a folha onde eu fizera as emendas para que possa verificar se reformularam tudo bem.) A classificação, relativa sobretudo à primeira versão, ficará junto do texto, em Gaveta de Nuvens.

Aula 83-84 (3 [12.ª, 5.ª], 4/mar [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correção de perguntas respondidas na última aula. (Ver Apresentação.)
Leitura em voz alta – Liga dos Campeões
Nas cenas VII e VIII (pp. 212-213), a atitude de Madalena contrasta com a de outras personagens, a cujos argumentos acabará por se render já na cena IX (p. 213. Explica esta evolução.
.....
Comprova a adequação do estado de espírito de Maria através dos recursos estilísticos na fala das linhas 24-43 (pp. 215-216).
.....



Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
Madalena debate-se entre dúvidas, entrevê possibilidades de solução benigna, apela aos outros, estranha reações frias. (Nem ___ nem Jorge a esclarecem ou ajudam muito.)
Sam vive em conflito interior, mostra-se esquivo, agride-se e agride os outros, porque pretende desabafar. (Só ___ percebe que ele tem alguma pena a remir.)
Final é trágico (quando Madalena hesita, e ___ e João combinam estratégia salvadora, os irmãos Manuel e ___ impedem uma solução contemporizadora).
Final só por pouco não é trágico (na cena do desespero-quase-suicídio de ___, ação do irmão ___ é crucial para se poder evitar desfecho mortal).
Expiação da culpa é obtida por ingresso na vida ___ e por ___ de Maria.
Expiação da culpa é obtida pelo ___ e pela ___ a Grace.
Final é relativamente fechado, embora haja pontos por esclarecer (destino de João). Abre-se para os protagonistas um novo ciclo, puramente religioso (mas essa já não é a história contada no drama — mesmo se, historicamente, quase só agora comece o escritor ____).
Final é ___. (Não fica claro o desfecho. Supõe-se para breve a recuperação da felicidade anterior da família?)

TPC — Lança no ficheiro respetivo as emendas que fiz ao comentário sobre canção e Frei Luís de Sousa e envia-mo. Traz-me depois a versão com as minhas correções para poder verificar se as tiveste em conta. (A classificação — relativa à primeira versão, sobretudo, mas dependente de verificação da segunda — ficará junto dos textos em Gaveta de Nuvens.)
Indicações para correções das análises canção/Frei Luís de Sousa
# significa que falta espaço entre palavras (ou entre palavra e sinal de pontuação);
um vê cortado ao meio (mais ou menos assim: Ұ) significa que devem tirar o espaço (há quem, a seguir a um primeiro parêntese, ponha um espaço a mais);
nada do vosso texto deve estar a bold (negro);
itálico dentro de aspas também é um erro comum (títulos de canções são aspados e não levam itálico; títulos de álbuns vão em itálico e sem aspas; nomes das bandas não têm de levar aspas nem itálico);
travessões devem ficar assim: «—» (eventualmente, assim «–»; mas não assim: «-»);
as citações que incluam tradução de letras estrangeiras podem fazer-se de vários modos, mas sugiro este modelo: «All you need is love [Só é preciso amor]».
(A propósito: quem escolha canções com muitas traduções devia fazer mais palavras, porque só nas traduções das letras se perde imenso espaço —diria que, nesses casos, seria justo apontar para 500 a 600 palavras). Sugiro aliás que não descartem preferir canções em português (europeu ou brasileiro);
não devem transcrever letras de canções «por atacado». Por exemplo, pôr toda uma estrofe (e, por vezes, mesmo na vertical). Os versos a citar devem ficar na linha, separados por barras inclinadas: «Nunca voltes ao lugar / Onde já foste feliz / Por muito que o coração diga / Não faças o que ele diz».
Na segunda aula da próxima semana, já deve ser preciso trazer exemplar de Os Maias, ainda que sem esquecer também o manual.

Aula 85-86 (7 [1.ª], 8/mar [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª])

Lê «Esta é uma verdadeira tragédia...» (p. 219). Escolhe a melhor alínea.
A distensão do tempo em Frei Luís de Sousa
a) torna a ação inverosímil.
b) cumpre os cânones da tragédia clássica.
c) não compromete o cumprimento da lei das três unidades na peça.
d) concorre para a concentração do espaço.

A utilização do determinante possessivo na expressão «nosso texto» (l.12)
a) constitui uma estratégia de aproximação ao leitor.
b) destaca a autoria da peça.
c) representa uma utilização do plural majestático.
d) evidencia o distanciamento crítico do autor.

A mutação de espaço entre os dois primeiros atos da tragédia garrettiana
a) sucede por força dos cânones clássicos e assume-se como indispensável para o progresso da ação.
b) decorre da atuação de uma personagem e configura-se indispensável para o progresso da ação.
c) decorre da atuação de uma personagem, embora seja pouco significativa para o desenvolvimento do conflito.
d) sucede por força dos cânones clássicos, decorre da atuação de diversas personagens e é fundamental para o evoluir da ação.

A caracterização de Telmo como «dupla consciência de toda a família» (l. 33) salienta
a) a função da personagem na peça, enquanto crítico da dicotomia temporal passado/presente.
b) a função da personagem na peça, como conselheiro da família no presente.
c) a importância da personagem na peça, enquanto confidente de D. João de Portugal no passado.
d) as duas funções da personagem na peça, como coro e escudeiro.

No contexto, a expressão «trave-mestra» (l. 36) significa

A repetição da expressão «através de» (ll. 40-43)

No segundo parágrafo (ll. 34-43), destaca-se a importância para a peça
a) de agouros, sinas, sinais e cocós de cão.
b) da anankê e da presença, quase sempre indireta, de D. João.
c) da fatalidade e da sua ligação a D. João IV.
d) da fatalidade.

Segundo Palmira Nabais, Frei Luís de Sousa é,
a) sem dúvida, uma tragédia.
b) no fundo, um drama romântico, mais do que uma tragédia clássica.
c) com efeito, uma tragédia segundo o exato modelo clássico.
d) em termos gerais, uma tragédia.

O tipo textual de «Esta é uma verdadeira tragédia...», excerto de texto maior de Palmira Nabais, é
a) o dramático.
b) o instrucional.
c) o expositivo-argumentativo
d) o trágico-dramático.

No segundo período do texto (ll. 3-4), «tudo isto» tem a função sintática de
a) sujeito simples.
b) complemento direto.
c) sujeito nulo indeterminado.
d) sujeito composto.

Na linha 14, «D. João de Portugal» tem a função sintática de
a) vocativo.
b) modificador restritivo do nome.
c) modificador apositivo do nome.
d) sujeito.

Na linha 10, «esta» tem a função sintática de
a) predicativo do sujeito.
b) predicativo do complemento direto.
c) sujeito.
d) complemento direto.

Com o uso do conector «pois» (l. 9), o enunciador
a) introduz um nexo de causalidade.
b) exprime a consequência de um ato apresentado antes.
c) introduz um nexo de consequência.
d) introduz um nexo de oposição.

Os vocábulos «fatalismo» (l. 20) e «fatalidade» (l. 36) contribuem para a coesão
a) interfrásica.

Com o uso do conector «antes» (l. 35), o enunciador
a) introduz um nexo de causalidade.
b) marca a anterioridade.
c) remete para o facto apresentado antes.
d) introduz um nexo de oposição.


Passa agora à leitura de «Tragédia romântica» (p. 220).
O complexo verbal «podemos dizer» (l. 1) transmite um valor modal de
a) probabilidade.
b) obrigatoriedade.
c) possibilidade.
d) duração.

Os termos «Família» (l. 12) e «criados» (l. 12) são, no contexto
a) sinónimos.
b) hiperónimo e hipónimo, respetivamente.
c) antónimos.
d) holónimo e merónimo, respetivamente.

A passagem «Igualmente romântico é o estatuto das personagens» (l. 15) concretiza um ato ilocutório
a) compromissivo.
b) assertivo.
c) diretivo.
d) expressivo.

Com o uso do travessão (ll. 7, 8, 14 e 16), o enunciador
a) separa partes de diálogo e momentos de simples narração.
b) introduz exemplos confirmativos das afirmações anteriores.
c) faz enumerações que, de certo modo, contradizem o que dissera antes.
d) introduz remissões para outros trabalhos.

[Da última aula:] Nas cenas VII e VIII (pp. 212-213), a atitude de Madalena contrasta com a de outras personagens, a cujos argumentos acabará por se render já na cena IX (p. 213). Explica esta evolução.
Madalena, que não identificara o Romeiro com o antigo marido, ainda se procura convencer com a possibilidade de a notícia assim trazida não ser verdadeira. Ao contrário, Manuel, ciente dos factos, acolhe a mulher com frieza, o que a admira. Jorge, que já dissuadira Telmo de avançar com a estratégia combinada com o Romeiro, também chama à razão a cunhada. Manuel sintetiza (não sem ter de se conter no desejo de dar um último abraço a Madalena): as mortalhas de religiosos são o que lhes resta. Este percurso de Madalena, da ilusão que lhe permitiam as dúvidas até à resignação, por se confrontar com a decisão já tomada pelos outros, torna-se mais dramático.
Responde à pergunta 1.1, de Escrita/Compreensão, da p. 217, acerca da estratégia cénica enunciada na didascália «Corre o pano do fundo» :
Com um correr de pano, vemos agora as personagens na _____, estando _____ e ______ ajoelhados e de hábito vestido para professarem. O ambiente de cerimónia religiosa é, no contexto da obra, absolutamente trágico.
[Da última aula:] Comprova a adequação do estado de espírito de Maria através dos recursos estilísticos na fala, da cena XI, nas linhas 24-43 (pp. 215-216).
Ao estado de prostração e agonia de Maria é bem vincado pela abundância de exclamações, repetições, interrogações retóricas, pausas, frases suspensas, vocativos.
Já vimos as características estilísticas da fala de Maria na cena XI (pp. 215-216). Comenta agora os seus aspetos mais ideológicos:
.....
Na cena XII do terceiro ato (p. 216), tudo acontece concentrada e rapidamente. Logo a primeira fala, do Romeiro, funciona duplamente, correspondendo a um propósito de uma das personagens mas tendo consequência diferente. Explica.
.....
[Tarefa de compreensão oral tirada do manual Desafios, Português, 11.º ano, Carnaxide, Santillana, 2011:]            Ouve o texto de Gianluca Miraglia sobre a peça Frei Luís de Sousa e completa as frases que se seguem.
O público oitocentista não recebeu a peça com _____.
Almeida Garrett pretendia escrever uma peça de natureza clássica, mas, formalmente, trata-se de um ____; o primeiro ato desenrola-se no palácio de ____ e o segundo e o terceiro atos desenrolam-se no palácio de _____.
A duração da ação corresponde a _____ dias.
O autor inspirou-se num episódio _____.
No fim do segundo ato ocorre o reconhecimento, o ______ da peça.
Há, na peça, vários presságios que o anunciam, como, por exemplo, as ______ de Telmo sobre a morte de D. João ou a ______ de D. Madalena.
A catástrofe é desencadeada pela _______.
O título corresponde ao nome que Manuel de Sousa toma ______.
O facto de a peça ter múltiplas interpretações deve-se ______.
TPC — Na próxima aula, traz o teu exemplar de Os Maias, embora sem esquecer também o manual. (Farei uma primeira verificação da compreensão que já tenhas da obra. Como pedira, convém que tenhas avançado o mais possível.)

Aula 87-88 (10 [12.ª, 5.ª], 11/mar [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Circunda a alínea que descreve mais aproximadamente a tua situação:

a) Trouxe hoje para a aula o meu exemplar de Os Maias.
b) Pedi há pouco a um colega de outra turma um exemplar de Os Maias, que é este que tenho sobre a mesa.
c) Pedi há pouco a um colega de outra turma um exemplar de Os Maias, mas ele não mo emprestou.
d) Não trouxe hoje o meu exemplar de Os Maias, mas tenho-o em casa (e é até um bonito exemplar).
e) Não trouxe hoje o meu exemplar de Os Maias, mas tenho-o em casa (e não o acho bonito).
f) Não tenho exemplar de Os Maias, nem aqui nem em casa.
g) Tenho um exemplar de Os Maias que, porém, pude não trazer para a aula, porque um ornitorrinco comeu a chave do cacifo onde o guardara.
h) Até tinha um exemplar de Os Maias comigo, mas, só para contrariar o professor, deitei-o fora antes de entrar na sala.

Circunda a(s) alínea(s) que descreve(m) a tua situação:
a) Já li Os Maias na totalidade.
b) Já li quase todos Os Maias, faltando-me uns míseros três capítulos (ou por aí).
c) Li cerca de metade da obra.
d) Li até ao sexto capítulo inclusivé.
e) Li até ao quarto capítulo inclusivé.
f) Li os três primeiros capítulos.
g) Li os dois capítulos iniciais.
h) Na verdade, ainda não li mais do que o primeiro capítulo (mas esse li-o todo).
i) Ainda não completei o primeiro capítulo mas já li as páginas iniciais do livro.
j) Li o livro o ano passado, já que estava no 11.º ano.
k) Li o livro o ano passado (na verdade, não o cheguei a ler todo, mas, pelo menos, estudei-o e ouvi falar sobre ele, já que estava no 11.º ano).
l) Li resumos mas quase nada do livro propriamente dito.
m) Vi uns bocados de um filme-novela brasileira (que funde Os Maias e A Relíquia).
n) Vi o filme, recente, realizado por João Botelho.
o) Já li todo o livro, mas fi-lo há dez anos pelo que já não me lembro do enredo.
p) Não li, mas tenciono ler nas férias da Páscoa.
q) Não li e não tenciono ler, por ser difícil compatibilizar os meus afazeres próximos — treino intensivo para uma competição de curling — com a leitura do grande romance do magistral Eça.
r) Não li, não tenciono ler e tenho ódio a quem leu.

Centremo-nos agora nas pp. 240-243 do manual, que têm trechos do primeiro e do último capítulos do romance. (Se tiveres o teu exemplar contigo, repara que as últimas linhas que nos são apresentadas do capítulo XVIII — no pé da página 242 do manual — não correspondem ao final da obra: ficamos a meio da _____ página do romance.)

Se ainda não leste o livro até ao quarto capítulo pelo menos, lê o texto A (pp. 240-241) e, na metade superior do verso desta nossa folha, responde às perguntas 3, 5 e 5.1 da p. 243.
Se leste até ao cap. 4 pelo menos, vai já para a metade inferior do verso desta folha e resolve as duas perguntas que aí refiro.
3. .....
5. .....
5.1 .....
Responde à pergunta 7 (p. 243), mesmo sem estares agora a reler atentamente esse texto A.
7. .....
Como se vê no esquema apresentado na pergunta 2.1, a data da ação no início do capítulo 1 é 1875, correspondente à instalação de Afonso e seu neto no Ramalhete, depois da licenciatura de Carlos (e depois também de este viajar pela Europa). Por palavras tuas, recorda o estudante que fora Carlos em Coimbra.
.....
Três sketches oitocentistas:
Apresentam-se os inícios (1-9) e os finais (A-I) de nove romances de Eça. (Dos publicados em vida do autor, só não estão Os Maias e, por ter sido escrito em colaboração com Ramalho Ortigão, O Mistério da Estrada de Sintra.) Põe ao lado dos títulos os que te pareçam ser os respectivos inícios (1 a 9) e finais (A a I):

Romances de Eça de Queirós (segundo a ordem de publicação)
Inícios (1-9)
Finais (A-I)
O Crime do Padre Amaro


O Primo Basílio


O Mandarim


A Relíquia


A Ilustre Casa de Ramires


A Cidade e as Serras


A Capital! (começos duma carreira)


O Conde de Abranhos


Alves & C.ª



Inícios
1 // A estação de Ovar, no caminho de ferro do Norte, estava muito silenciosa, pelas seis horas, antes da chegada do comboio do Porto.

2 // À EX.MA SR.A CONDESSA DE ABRANHOS
MINHA SENHORA: Tive, durante quinze anos, a honra tão invejada de ser o secretário particular de seu Ex.mo Marido, Alípio Severo Abranhos, Conde de Abranhos, e consumo-me, desde o dia da sua morte, no desejo de glorificar a memória deste varão eminente, orador, publicista, estadista, legislador e filósofo.

3 // Nessa manhã, Godofredo da Conceição Alves, encalmado, soprando por ter vindo do Terreiro do Paço quase a correr, abria o batente de baetão verde do seu escritório num entressolo na Rua dos Douradores, quando o relógio de parede por cima da carteira do guarda-livros batia as duas horas, naquele tom, cavo, a que os tetos baixos do entressolo davam uma sonoridade dolente, e cava. Godofredo parou, verificou o seu próprio relógio preso por uma corrente de cabelo sobre o colete branco, e não conteve um gesto de irritação vendo a sua manhã assim perdida, pelas repartições do Ministério da Marinha: e era sempre assim quando o seu negócio de comissões para o Ultramar o levava lá: apesar de ter um primo de sua mulher Diretor-Geral, de escorregar de vez em quando uma placa de cinco tostões na mão dos contínuos, de ter descontado a dois segundos oficiais letras de favor, eram sempre as mesmas dormentes esperas pelo ministro, um folhear eterno de papelada, hesitações, demoras, todo um trabalho irregular, rangente e desconjuntado de velha máquina meio desaparafusada.

4 // Foi no domingo de Páscoa que se soube em Leiria que o pároco da Sé, José Miguéis, tinha morrido de madrugada com uma apoplexia. O pároco era um homem sanguíneo e nutrido, que passava entre o clero diocesano pelo comilão dos comilões. Contavam-se histórias singulares da sua voracidade. O Carlos da Botica — que o detestava — costumava dizer, sempre que o via sair depois da sesta, com a face afogueada de sangue, muito enfartado:
— Lá vai a jiboia esmoer. Um dia estoura!

5 // O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival.
No Alentejo, pela Estremadura, através das duas Beiras, densas sebes ondulando por colina e vale, muros altos de boa pedra, ribeiras, estradas, delimitavam os campos desta velha família agrícola que já entulhava o grão e plantava cepa em tempos de el-rei D. Dinis. A sua quinta e casa senhorial de Tormes, no Baixo Douro, cobriam uma serra. Entre o Tua e o Tinhela, por cinco fartas léguas, todo o torrão lhe pagava foro. E cerrados pinheirais seus negrejavam desde Arga até ao mar de Âncora. Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre habitara, era em Paris, nos Campos Elisios, n.° 202.

6 // Decidi compor, nos vagares deste verão, na minha Quinta do Mosteiro (antigo solar dos condes de Lindoso), as memórias da minha Vida — que neste século, tão consumido pelas incertezas da Inteligência e tão angustiado pelos tormentos do Dinheiro, encerra, penso eu e pensa meu cunhado Crispim, uma lição lúcida e forte.

7 // Eu chamo-me Teodoro —  e fui amanuense do Ministério do Reino.
Nesse tempo vivia eu à Travessa Conceição n.° 106, na casa de hóspedes da D. Augusta, a esplêndida D. Augusta, viúva do major Marques. Tinha dois companheiros: o Cabrita, empregado na Administração do bairro central, esguio e amarelo como uma tocha de enterro; e o possante, o exuberante tenente Couceiro, grande tocador de viola francesa.

8 // Tinham dado onze horas no cuco da sala de jantar. Jorge fechou o volume de Luís Figuier que estivera folheando devagar, estirado na velha voltaire de marroquim escuro, espreguiçou-se, bocejou e disse:
— Tu não te vais vestir, Luísa?

9 // Desde as quatro horas da tarde, no calor e silêncio do domingo de junho, o Fidalgo da Torre, em chinelos, com uma quinzena de linho envergada sobre a camisa de chita cor-de-rosa, trabalhava. Gonçalo Mendes Ramires (que naquela sua velha aldeia de Santa Ireneia, e na vila vizinha, a asseada e vistosa Vila Clara, e mesmo na cidade, em Oliveira, todos conheciam pelo «Fidalgo da Torre»), trabalhava numa novela histórica, A Torre de D. Ramires, destinada ao primeiro número dos ANAIS DE LITERATURA E DE HISTÓRIA, revista nova, fundada por José Lúcio Castanheiro, seu antigo camarada de Coimbra, nos tempos do Cenáculo Patriótico, em casa das Severinas.

Finais
A // Os três amigos retomaram o caminho de Vila Clara. No céu branco a estrelinha tremeluzia sobre Santa Maria de Craquede. E padre Soeiro, com o seu guarda-sol sob o braço, recolheu à Torre vagarosamente, no silêncio e doçura da tarde, rezando as suas ave-‑marias, e pedindo a paz de Deus para Gonçalo, para todos os homens, para campos e casais adormecidos, e para a terra formosa de Portugal, tão cheia de graça amorável, que sempre bendita fosse entre as terras.

B // E não é sem uma emoção profunda que ali vou cada ano em piedosa romagem, contemplar a alta figura, marmórea, com o seu porte majestoso, o peito coberto das condecorações que lhe valeu o seu merecimento, uma das mãos sustentando o rolo dos seus manuscritos, para indicar o homem de letras, a outra assente sobre o punho do seu espadim de moço fidalgo, para designar o homem de Estado — e os olhos, por trás dos óculos de aros de ouro, erguidos para o firmamento, simbolizando a sua fé em Deus e nos destinos imortais da Pátria!

C // E todavia, ao expirar, consola-me prodigiosamente esta ideia: que do Norte ao Sul e do Oeste a Leste, desde a Grande Muralha da Tartária até às ondas do Mar Amarelo, em todo o vasto Império da China, nenhum Mandarim ficaria vivo, se tu, tão facilmente como eu, o pudesses suprimir e herdar-lhe os milhões, ó leitor, criatura improvisada por Deus, obra má de má argila, meu semelhante e meu irmão!

D // E tudo isto perdera! Porquê? Porque houve um momento em que me faltou esse descarado heroísmo de afirmar, que, batendo na Terra com pé forte, ou palidamente elevando os olhos ao Céu — cria, através da universal ilusão, ciências e religiões.

E // E na verdade me parecia que, por aqueles caminhos, através da natureza campestre e mansa — o meu Príncipe, atrigueirado nas soalheiras e nos ventos da serra, a minha prima Joaninha, tão doce e risonha mãe, os dois primeiros representantes da sua abençoada tribo, e eu — tão longe de amarguradas ilusões e de falsas delicias, trilhando um solo eterno, e de eterna solidez, com a alma contente, e Deus contente de nós, serenamente e seguramente subíamos — para o Castelo da Grã-Ventura!

F // E o homem de Estado, os dois homens de religião, todos três em linha, junto às grades do monumento, gozavam de cabeça alta esta certeza gloriosa da grandeza do seu país, — ali ao pé daquele pedestal, sob o frio olhar de bronze do velho poeta, ereto e nobre, com os seus largos ombros de cavaleiro forte, a epopeia sobre o coração, a espada firme, cercado dos cronistas e dos poetas heroicos da antiga pátria — para sempre passada, memória quase perdida!

G // — E nós que estivemos para nos bater, Machado! A gente em novo sempre é muito imprudente... E por causa duma tolice, amigo Machado!
E o outro bate-lhe no ombro também, responde sorrindo:
— Por causa duma grande tolice, Alves amigo!

H // Ao fundo do Aterro voltaram; e o visconde Reinaldo passando os dedos pelas suíças:
— De modo que estás sem mulher...
Basílio teve um sorriso resignado. E, depois dum silêncio, dando um forte raspão no chão com a bengala:
Que ferro! Podia ter trazido a Alphonsine!
E foram tomar xerez à Taverna Inglesa.

I // Artur, instintivamente, olhou o molho de erva, que a pequena com muito cuidado apertava na dobra da saia, contra o ventrezinho. Já havia naquela erva, pensou, — porque sempre, de Coimbra, conservara ideias panteístas — havia já alguma coisa da doce velha.
— Para que é a erva, tio Jacinto?
— A erva? Ah, que é muito tenra. Escolhi-a de propósito. Saiba V. S.ª que é para os coelhos — respondeu o tio Jacinto, fechando a grade de ferro do cemitério.

Cria estes textos-fragmentos:
Continuação de um dos começos de Eça. (Identifica-o pelo algarismo.)
Antecedente de uma das conclusões de romances de Eça. (Identifica-a pela letra.)
Pastiche (= redacção ao estilo de...) de romance de Eça. Inventarás título e criarás o início e o fim desse romance apócrifo.
Continuação de ___ || .....
Trecho antecedente de ___ || .....
Título || _________
Início || .....
Final || .....
TPC — No caso de já te ter devolvido a primeira versão da análise de canção/Frei Luís de Sousa com as devidas correções, não te esqueças de me enviar o ficheiro já com as emendas lançadas (esse tepecê grande só então se considera realizado). Em Gaveta de Nuvens tenho posto as análises revistas, acompanhadas de uma nota. (Se não estiver lá a tua, é que não me enviaste o texto revisto.) Quanto àqueles que ainda não me enviaram a primeira versão — cujo prazo era fins de fevereiro —, não me comprometo a ver o seu texto neste período, mas será sempre útil fazerem-no.

Aula 89-90 (14 [1.ª], 15/mar [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Correção de ficha sobre Os Maias feita na aula anterior.

Exemplos de respostas para perguntas sobre Os Maias (da p. 243):
3 — Afonso regressa a Lisboa porque «não queria […] viver muito afastado do neto», que, tendo terminado o curso, [viajado durante um ano e] pretendendo agora iniciar a sua carreira de médico, devia instalar-se na capital.
5 — Fisicamente, Afonso era «baixo, maciço». Psicologicamente, era, segundo ele próprio, «egoísta», mas o narrador apresenta-o como «bonacheirão», altruísta («as generosidades do seu coração»; «parte do seu rendimento ia-se-lhe por entre os dedos, esparsamente, numa caridade enternecida»), «sereno» e «risonho». (Outro aspeto da sua caracterização, a idade, é focada a seguir, em 5.1.)
5.1 — A hipérbole «mais idoso que o século» salienta a idade de Afonso, o seu retrato de patriarca daquela família, [o que vai ser determinante na componente de tragédia que tem o romance,] mas remete mais ainda para o facto de ter testemunhado uma série de acontecimentos históricos (em termos funcionais serve de bitola para o enquadramento histórico sobretudo nos capítulos de analepse).
7. — A última frase do excerto destina-se a introduzir a longa analepse que contém os acontecimentos entre 1820 e 1875.
[s. n.º] — Carlos surpreendeu os amigos da família ao preferir Medicina a Direito. Em Coimbra, esteve instalado no que se chamaria depois «Paço de Celas» (onde, por vezes, se hospedava o avô). Amigo de João da Ega, tem vida boémia, interessa-se pelas vanguardas literárias e artísticas, mais do que estuda. Tem namoros de ocasião (primeiro, uma mulher casada; depois, uma concubina).

Uma das classes de palavras que, na nova terminologia gramatical, têm mais diferenças relativamente ao que alguns ainda terão dado no terceiro ciclo é a do advérbio.
Costuma dizer-se que os advérbios qualificam verbos (como os adjetivos qualificariam, modificariam, os nomes). Não é uma verdade exata, como se verá a seguir. As frases que usarei como exemplos são de «Advérbios de modo não combinam com amor» (série Zé Carlos). Completa as lacunas com advérbio, frase, verbo, adjetivo.
Em «Você é jovem e moderadamente bela», o advérbio «moderadamente» modifica o ____ «bela». Identicamente, em «você me deixou completamente ***», o ____ «completamente» está a modificar o adjetivo eufemisticamente traduzido por ***.
Em «Efetivamente, gosto de aparências», o ____ «efetivamente» modifica toda uma frase («gosto de aparências»). Tal como em «Contrariamente ao que dizem, nunca pus os pés no Finalmente» o grupo adverbial «contrariamente ao que dizem» modifica a _____ «nunca pus os pés no Finalmente».
Mas é verdade que o caso mais comum será o de o advérbio modificar o grupo verbal. Em «Gosto extremamente de você», «extremamente» modifica «gosto (de você)». Em «Qual é o mal de falar precisamente?» e em «Eu falo assim», os advérbios «precisamente» e «assim» reportam-se ao _____ que os precede.
Os advérbios podem até modificar outros advérbios. No sketch não há nenhum caso desses, mas, por exemplo, em «Ricardo Araújo Pereira canta pouco afinadamente», o _____ «pouco» reporta-se ao advérbio «afinadamente».
Vejamos as subclasses do advérbio. Como se percebe pela p. 302 do manual do 10.º ano, a arrumação é diferente da tradicional. Teremos de ir experimentando as novas classificações a pouco e pouco (por sinal, este «a pouco e pouco» é uma locução adverbial). Tendo em conta as nove (sub)classes de advérbio na p. 302, completa com predicado, frase, conectivo, negação, quantidade/grau, inclusão/exclusão:
Em «Principalmente, a tendência que eu tenho para adverbiar», «principalmente» é um advérbio _____ (tem função de conexão, serve para ligar frases ou constituintes).
Já vimos advérbios de ____: «falar com modificadores verbais persistentemente»; «falar precisamente»; «eu falo assim»; «nunca pus os pés no Finalmente».
E advérbios de ____: «Efectivamente, gosto de aparências».
Em «Escolheu um cara que, estupidamente, somente adjetiva», «somente» é advérbio de ____ (enquanto «estupidamente», que se reporta a «somente adjetiva», é um advérbio de predicado).
Em «Eu gosto extremamente de você», teríamos um advérbio de ____.
Por fim, em «Advérbios de modo não combinam com amor», «não» é advérbio de ____.
Refira-se ainda uma característica dos advérbios em «mente» com que, a certa altura, se brinca na canção: a possibilidade de, em séries, se omitir o «mente» dos primeiros advérbios: «estudarei gramática abnegada e esforçadamente».
Só que os Gato Fedorento usam uma série demasiado grande, por isso implausível: «E me deixou, designadamente, nomeada, exata e mormente, completamente ...» (além de que o primeiro elemento da série não teria o «mente», só o último).
Expressões, 10.º ano, p. 302:
Na sua tradução portuguesa (Divertida-mente), o título do filme que começaremos a ver hoje (Inside out) recorda-nos as características da formação de boa parte dos advérbios de modo. Com efeito, os advérbios de modo terminados em –mente correspondem a adjetivo (no feminino) + sufixo –mente. Ora este «-mente» é o latino mente-, que significava ‘mente’ (‘faculdade intelectual’, ‘espírito’, ‘pensamento’). Um advérbio de modo em «mente» significa, etimologicamente, ‘de mente divertida/triste/alegre/etc.’).
O filme trata do funcionamento do cérebro de modo divertido, por isso o título português foi muito feliz, foi criado engenhosamente (isto é, ‘com mente engenhosa’).
TPC — Completa o abecedário sobre Frei Luís de Sousa (fá-lo mais criativo do que a maioria dos que me chegaram sobre o «Sermão de Santo António aos Peixes»).

Aula 91-92 (17 [12.ª, 5.ª], 18/mar [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correção do trabalho de compreensão/gramática sobre «Esta é uma verdadeira tragédia...» (p. 219) e  de «Tragédia romântica» (220). Explicação sobre como se procederá em termos de avaliação. (Ver Apresentação.)
Algumas tarefas, corrigidas formalmente, ao longo do 2.º período
Este quadro não deve ser visto como lista de fatores (exatas parcelas de uma média) de que resultasse aritmeticamente uma classificação em cada área. Há tarefas — as de compreensão do escrito, sobretudo — que são observadas ao longo das aulas mas não são discrimináveis num quadro como este. Se as tarefas fossem ponderadas diretamente para efeitos de avaliação, teriam naturalmente valoração variada (há aqui tarefas curtas e demoradas; fáceis e exigentes; ...).
Em geral, neste 2.º período, quero valorizar sobretudo as tarefas pedidas para casa: na escrita, foram em igual número as tarefas pedidas para casa e as feitas em aula que eu levasse para correção mas as pedidas para casa foram mais extensas (textos argumentativos foram feitos sobretudo em casa); na oralidade, quero marcar em termos de classificação os casos de incumprimento, continuado, da tarefa de gravação (a única tarefa «grande» pedida até agora — que envolveu expressão oral, leitura de livro e escrita).
No 3.º período saberei ter em conta os casos em que tarefas dos períodos anteriores sejam finalmente cumpridas: gravação sobre livro lido, leitura de Os Maias, análise comparada canção/Frei Luís de Sousa, até, eventualmente, textos argumentivos sobre o Sermão de Santo António. Fica o desafio para irem tratando já disso em férias e enviarem-mo logo que queiram.
Assistência a Divertida-mente e conversas individuais de avaliação.

Riley, personagem de Divertida-mente
Maria, personagem de Frei Luís de Sousa
Idade
Riley tem ___ anos (chegará aos doze).
Maria tem ___ anos.
Mudança de casa
Chegada à nova casa, em ____, desilude Riley (que tinha boas memórias do ___).
Chegada ao palácio de ____ suscita curiosidade de Maria (que até gostara do fogo posto à casa do ___).
Emoções e sentimentos
Alegria, tristeza, ____, repulsa, medo condicionam vida de Riley.
Destino, honra, ____, fé, patriotismo condicionam vida de Maria.
«Ilhas»
Hóquei no gelo é visto como estímulo ____ para o equilíbrio de Riley.
Literatura e sebastianismo são vistos como ____ ao equilíbrio de Maria.
Sonhos
____ é o amigo imaginário, esquecido, de Riley.
O regresso de ____ é quimera em que ainda crê Maria.
«Coro da tragédia grega»
As emoções comentam ação e ____ de Riley.
Telmo e Jorge comentam ____ e reações de Maria.
Desfecho
Depois de esboçar fuga para o ___, Riley integra-se bem na nova cidade. Há uma redenção, uma salvação inesperada, para que contribui o diálogo com os ___.
Depois de apelar à manutenção do lar mas não conseguir demover os ___ da intenção de abandonarem a vida secular, Maria sucumbe. Neste final triunfa a fatalidade, o ___.

TPC (para férias) — (i) Termina, ou, pelo menos, avança decisivamente, em Os Maias (haverá questionários de compreensão, para verificar se a leitura tem sido mesmo feita, logo no recomeço ou poucos dias depois). (ii) Se for caso disso, recupera tarefas atrasadas.

#