Thursday, September 10, 2015

Aulas (1.º período, 2.ª parte: 27-50)

Aula 27-28 (5 [12.ª, 5.ª], 6/nov [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correção da análise de anúncios publicitários:
O cartaz dedicado à água das Pedras Salgadas aposta sobretudo na associação da água das Pedras à ideia de pureza («sem qualquer alteração»; «intocada pelo Homem»). Esta qualidade seria conferida pelo caráter absolutamente natural do produto. Não surpreende por isso que imagem, título e slogan façam da Natureza, com maiúscula, o foco do anúncio.
Sublinha-se, mais até do que as propriedades da água, o facto de esta não ser adulterada por processos da responsabilidade da civilização, mesmo na sua recolha e transporte. De tal modo, que só é trazida até nós, como reza o título, «pela Natureza». A imagem é uma alegoria desse momento. Um esquilo, aparentemente sem esforço, carrega uma garrafa das Pedras, decerto mais pesada do que ele. O slogan explica a força hercúlea: «O poder da Natureza é infinito». Como é infinito o verde que cobre o cartaz, da garrafa ao bosque.
[145 palavras]

O cartaz «Maçãs de Alcobaça» pretende sensibilizar-nos através de um discurso que parece apenas preocupado com a promoção da saúde. Dir-se-ia tratar-se até de publicidade institucional. O corpo do anúncio é um texto expositivo, que pouco se distingue do que encontraríamos numa enciclopédia ou num manual sobre nutrição. Impressiona o léxico científico («fitonutrientes», «sódio», «gordura saturada», etc.).
No entanto, nos limites destas linhas de informação e conselho desinteressado, descobrimos um enunciado diretivo, o slogan «Coma maçãs. Nenhuma dentada é de mais». Porém, só o título fará a síntese entre a defesa sanitária e os vis instintos comerciais. As duas metáforas quase bélicas em «Combata a obesidade à dentada» aproximam, finalmente, saúde e maçãs, e são ilustradas por um verdíssimo pomo que alguém trincou vorazmente. Entretanto, no canto inferior direito avista-se, tímido, o logotipo que desvenda a marca, «Maçã de Alcobaça».
[141 palavras]

Relativamente aos anúncios da p. 66:
Na p. 62, salientara-se a importância de cinco elementos do processo publicitário, tradutíveis ______ {no acrónimo / na sigla} AIDMA. Sintetiza como os anúncios da campanha de criopreservação do cordão umbilical, da Cytothera, atingem aquelas cinco estratégias.

Atenção
Capta-se a atenção através ______________
Interesse
A escolha de pessoas _____________
Desejo
Aposta-se, neste caso, no instinto ______________
Memorização
Vinca-se, pela repetição, a necessidade de os pais serem preventivos (apostando numa responsabilização subliminar): «as grandes decisões tomam-se muito cedo»; «os primeiros momentos [...] são importantes»», «pense nele logo no primeiro instante»; «Não perca mais tempo».
Ação
Remetidos para o final, em cor diferente, os contactos da firma que presta o serviço de criopreservação.

Relativamente ao anúncio televisivo que veremos (cfr. ponto 2 da p. 68):
Marca ou Instituição

Título da campanha
Faz o teste do VIH/SIDA
Slogan

Argumentos
«Anónimo», «Confidencial», «Gratuito».
Expressividade da banda sonora
Soturna e grave, mas ritmada e progressivamente enfática.
Valor do texto icónico
Sequência essencialmente a preto e branco, investindo-se no mistério, na obscuridade, para sublinhar a revelação final, o conselho-solução

Relativamente aos anúncios (A e B) na p. 69, preenche:


A
B
ONG
APAV

Público-alvo


Problemáticas sociais em causa



Resolve 1.4:
a. __; b. __; c. __.

Título: [Não há]
Slogan: Have a Guinness when you’re tired / Tome uma Guinness se estiver cansado
Imagem: Tartaruga com copo de cerveja

Idealiza um anúncio (cartaz) para cerveja. Cria o título (assertivo), descreve brevemente a imagem, escreve o slogan (diretivo).

Título assertivo:

Imagem (descrição breve de...):

Slogan diretivo:


Esboça outro anúncio, agora sobre pasta de dentes. Título será expressivo; slogan, compromissivo.

Título expressivo:

Imagem (descrição breve de...):

Slogan compromissivo:

TPC — Terminar (melhorar) a idealização de anúncios agora começados.
Tarefa de leitura Em folha solta, ao longo da próxima semana, trazer-me referência bibliográfica (ou referências) — e, já agora, bem redigida (exemplo de como se faz referência: Rubem Fonseca, O selvagem da ópera, Porto, Sextante Editora, 2015) — do que estão a pensar ler. Se não tiverem ainda ideia, dizer-mo, porventura assinalando as perspetivas e preferências que tenham ou ideias de que precisem. Porém, leiam antes o que deixei escrito em ‘Leituras possíveispara tarefa em novembro de 2015’. Aceito que me deem notícia por mail. E também há dias em que tenho horário para receção dos alunos (ver ‘Horário’) e também posso falar convosco em intervalos.

Aula 29-30 (9 [1.ª], 10/nov [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Situa-te entre as pp. 58-59.

Resume o texto de Luís Carmelo (p. 58). O original terá cerca de trezentas palavras; redu-lo para perto de cem. As regras de um resumo já as conheces (cfr. pp. 323-324).
...
Escreve agora uma síntese do primeiro texto na página, de Nuno Júdice (p. 58). Também deves usar apenas cerca de um terço das palavras do original, portanto, umas cinquenta. Sobre a síntese, p. 324.
...
[resumo do texto de Luís Carmelo na p. 58]
Atualmente, os críticos são especializados numa dada disciplina e, em geral, analisam uma obra específica, com propósitos formativos e avaliativos. Nas últimas décadas, tornaram-se também objeto da crítica áreas que se vulgarizaram com a expansão do lazer, como a gastronomia, a enologia, o turismo, o mercado automobilístico, a informática ou a moda.
O crítico tem de emitir um juízo, que deve procurar enquadrar, evitando que seja ofensivo em termos pessoais, sem deixar de assumir um papel de guia, de conselheiro, do seu leitor.
Daí a importância de o crítico salvaguardar a sua independência relativamente aos autores das obras que aprecia e ao sistema que os envolve. (106)
[síntese do texto de Nuno Júdice na p. 58]
Neste passo do ensaio ABC da Crítica, Nuno Júdice defende a necessidade de a crítica (literária, subentende-se) ajudar os leitores a compreenderem as obras, para o que terá de assentar numa abordagem mais analítica, fundamentada, menos puramente valorativa. (38)
O sketch «Cheese shop» (Monty Python) tem como protagonista um indivíduo que, sobretudo à chegada à loja — talvez porque esteja especialmente eufórico —, usa várias expressões figuradas.
Diz «fiquei com alguma ____», em vez de «tenho fome»; «infiltrei-me no seu estabelecimento para negociar a venda de produtos laticínios», em vez de «quero _____»; «sou daqueles que se deleitam com todas as manifestações da musa Terpsícore», pelo mais simples «gosto de _____». No entanto, acaba por ter de recorrer a termos mais _____ {conotativos / denotativos}, já que o comerciante não percebe aquelas figuras de estilo (metáfora, perífrase, metonímia).
O miolo do episódio é constituído por um longo enunciado de tipos de queijo. Essa série pode integrar o _____ de ‘queijo’. Além disso, esses nomes de queijo são {escolhe: merónimo(s) / holónimo(s) / hiperónimo(s) / hipónimo(s)} _____ do _____ «queijo».

Escreve um pequeno comentário ao cartoon de Luís Afonso (p. 59).
...
TPC — Quem não me deu hoje referência do livro que esteja a pensar ir ler (nem mo disse através de outro meio) deve trazer-ma na próxima aula. (Lembro que tratei do assunto em Gaveta de Nuvens — ‘leituras possíveispara tarefa em novembro de 2015’.)

Aula 31-32 (11 [12.ª, 5.ª], 12/nov [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Na p. 326 lê o que se diz sobre sujeito.

[Aqui fica um resumo:
Os sujeitos podem ser simples, compostos ou nulos. No caso dos sujeitos simples, talvez valha a pena notar que, além das classes de palavras mais esperáveis («O Cristiano é irmão da Ronalda»; «Messi tem pouco jeito para o futebol»; «Ele está triste»), uma oração também pode servir de sujeito («Quem vai ao mar perde o lugar»; «Comer é bom»). Os sujeitos compostos implicam a coordenação das classes referidas acima: «Comer e beber é excelente»; «Cristiano e Messi jogam pouco». Quanto aos sujeitos nulos:
O sujeito nulo subentendido corresponde à situação em que o sujeito não está expresso mas, dado o contexto, é subentendível. As elipses, que referimos a propósito da coesão referencial, correspondem muitas vezes a estes sujeitos nulos subentendidos.
O sujeito nulo indeterminado corresponde ao que se costumava designar «sujeito indeterminado» (sabemos que alguém fez mas somos incapazes de especificar quem).
O sujeito nulo expletivo sucede quando o verbo é impessoal e corresponde ao que antes designávamos «sujeito inexistente».]

À direita, escreve uma destas classificações: subentendido; indeterminado; expletivo.

A
Aprende-se melhor Português, se se tiver penicos de louça fina. 
sujeito nulo _____
B
Na Idade Média havia anjos com bonitas auréolas coloridas.
sujeito nulo _____
C
Deste uma sova no bom do padre?
sujeito nulo _____
D
Comunicaram à escola as datas dos exames de Lavores.
sujeito nulo _____
E
Hoje nevou no concelho de Sintra.
sujeito nulo _____
F
Estou cada vez mais inteligente e burro.
sujeito nulo _____

Escolhe a alínea correta:
Não há sujeito nulo expletivo em
a) Há sujeito nulo expletivo nesta alínea.
b) Não há sujeito nulo expletivo nesta alínea.
c) Todas as sextas chove na sala E13.
d) Todas as sextas faço uma pergunta sobre sujeito expletivo.

Há sujeito nulo subentendido em
a) Nós nada subentendemos.
b) As alheiras com ovo nada me dizem.
c) Ezequiel, percebeste tudo?
d) No dia 16 de maio de 2018, chegarão os mercedes, os audis, os BMW.

Não há sujeito nulo indeterminado em
a) Compra-se ferro-velho.
b) Andaram a difamar o Papa.
c) Há bolas de Berlim tão deliciosas!
d) Diz-se que o ministro vem cá amanhã.

Os sketches dos Monty Python «RAF banter» e «Woody and Tinny Words» servem-nos de revisão de uns tantos termos já conhecidos do ano passado, relacionados com semântica e léxico. É matéria que está sobretudo nas pp. 331-332 do manual («A. Significado lexical»; «B.3. Estrutura lexical»). Completa com
denotativo / neologismo / conotativos / monossémicas / aceção / gíria / figurado / polissemia / conotações / campo lexical / aceções / cunhada
Na primeira cena, dois aviadores usam expressões e palavras que eles supõem terem uma ____ diferente do seu significado comum. Acreditam que se trata de palavras que, na ____ da sua profissão, teriam um significado especial. Seriam palavras com ____ (ou, pelo menos, com um segundo sentido, mais ____, além do seu valor primeiro, o ____). No entanto, os colegas não reconhecem os alegados segundos sentidos, ____, na linguagem profissional: para eles, aquelas expressões são ____.
Na cena passada em família, o homem da casa vai avaliando palavras pela sua aparência, pelo som. Cria um ____ (em termos de processo de formação, uma palavra ____, já que surgiu por pura invenção), «gorn», que lhe agrada particularmente. Entretanto, atribui ____ às expressões que elenca, embora esses segundos sentidos pareçam inesperados. Na verdade, não estaremos bem perante conotações, e ainda menos ____ de uma dada palavra, mas perante associações de ideias, por idiossincrasias do falante. A dada altura, procede a uma série que constitui um ____ (da ‘pornografia’, ou das «palavras marotas», como vem no filme): «sexo», «coxas firmes», «rabo», «zona erógena», «concubina».

O filme que hoje terminaremos — Expiação (Atonement) — é baseado num romance de Ian McEwan. Neste romance há dois níveis narrativos. Até agora só conhecemos um.
No livro, essa primeira narrativa começa assim:
A peça — para a qual Briony desenhara os cartazes, os programas e os bilhetes, construíra a bilheteira com um biombo voltado de lado e debruara uma caixa com papel crepe vermelho para recolher donativos — fora escrita por ela num assomo de criatividade que tinha durado dois dias e a levara a perder um pequeno-almoço e um almoço. Depois de concluídos todos os preparativos, já não tinha mais nada a fazer a não ser rever o manuscrito e esperar pela chegada dos primos que vinham do Norte. Só teriam tempo para um dia de ensaios antes de o seu irmão chegar.

Este nível narrativo, que continuaremos a seguir no filme por mais uns minutos, vai concluir-se com a personagem Briony a tentar expiar a sua culpa (‘compensar a sua culpa’, ‘penitenciar-se’). E, no livro, já fechada essa narrativa encaixada, surge a assinatura «B[riony] T[allis]». Percebemos que toda esta primeira história constituía um livro escrito por Briony, embora o narrador fosse heterodiegético.
O outro nível narrativo só surge, no volume, nas últimas vinte páginas (e, no filme, nos últimos dez minutos). Agora, o narrador é autodiegético e identifica-se com uma Briony septuagenária, já escritora consagrada. Copio só um trecho dessa parte:

Houve um crime. Mas também houve amantes. Os amantes, e o final feliz da sua história, estiveram na minha mente toda a noite. Até partirmos ao pôr do Sol. Uma mudança infeliz. Parece-me que afinal não viajei assim tanto desde que escrevi a minha pequena peça. Ou melhor, fiz uma digressão enorme e voltei ao meu ponto de partida. Só nesta última versão é que os meus amantes têm um final feliz, parados ao lado um do outro num passeio no Sul de Londres, enquanto eu me afasto. Todas as versões anteriores eram impiedosas. Mas agora não sei de que serviria tentar, por exemplo, convencer os meus leitores, direta ou indiretamente, de que Robbie Turner morrera de septicemia em Bray Dunes a 1 de junho de 1940 ou de que Cecilia fora morta em Setembro desse mesmo ano no bombardeamento que destruiu a estação de metro de Balham. De que nunca os vi nesse ano. [...] De que as cartas que os amantes escreveram se encontram nos arquivos do War Museum. Como poderia isso ser um final? Que sentido, esperança ou satisfação poderia um leitor tirar de um relato assim? Quem estaria disposto a acreditar que nunca mais se tinham encontrado, que nunca tinham materializado o seu amor? Quem estaria disposto a acreditar nisso, a não ser por um realismo insuportável? Não podia fazer-lhes isso.

Na última aula, lemos dois textos que referiam como se deveria exercer a crítica: com razoável especialização e de modo mais explicativo, formativo, do que avaliativo. Também já lemos apreciações críticas a dois livros (O Bom Inverno e White Jazz), a um álbum (As Vidas dos Outros); e escrevemos comentários/apreciações de cartazes publicitários. O ano passado lêramos duas recensões do filme Ensaio sobre a Cegueira. (Fizemos ainda uma sinopse de filme, o que já é um género diferente.)
Escreve uma apreciação crítica-comentário ao filme Expiação (Atonement). Usa caneta. (Nota que não se trata de uma sinopse — género que o ano passado também praticámos —, embora possa haver, esporadicamente, menção do enredo.)
Dados úteis (mas que não é obrigatório que cites): Expiação (Atonement), 2007 | realizado por Joe Wright | baseado no romance homónimo de Ian McEwan, de 2001 || Alguns atores: James McAvoy (Robbie Turner); Keira Knightley (Cecilia Tallis); Saoirse Ronan (Briony Tallis, aos 13 anos); Romola Garai (Briony Tallis, aos 18 anos); Vanessa Redgrave (Briony Tallis, septuagenária) || Outras personagens: Paul Marshall; Lola Quincey.
...


Aula 33-34 (16 [1.ª], 17/nov [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Correção a tepecê com anúncios a cerveja e a pasta de dentes.

Revisão de apreciação feita na última aula.
Na apreciação crítica que, provisoriamente, devolvi, verifica (corrigindo) se:
o título do filme está bem grafado (sublinhado, como dezenas de vezes já fui dizendo que se tem de fazer com filmes ou livros: Expiação, num impresso; Expiação, num manuscrito);
fizeste margem no início de cada parágrafo;
escreveste bem o acento em todos os «à» e «às» que haja (é acento grave: <`>);
puseste acento em todas as palavras esdrúxulas (já fui vendo que, por vezes, falta acento nestas: «início», «vários», «sequência», «família», «espécie», «explícito» — ao contrário, «Cecilia» pode, e deve, ficar sem acento, já que se trata de nome, inglês, de personagem);
puseste acento nas palavras agudas terminadas em –em e que não sejam monossílabos («alguém», «também», «ninguém», «contém», «advém»);
puseste acento nas palavras graves terminadas em –l («fácil», «impossível», «difícil», «terrível») e nos respetivos plurais;
usaste as grafias corretas nas palavras que mudaram pós-acordo ortográfico (não há consoante muda em «perceção», «conceção», «perspetiva», «objetivo», «ativamente»);
usaste «romance» com o sentido de ‘paixão’, «história de amor’, ‘caso de amor’ («romance», em linguagem escrita, é um género: é a narrativa mais extensa do que o conto ou a novela, podendo versar casos de paixão mas também quaisquer outros assuntos);
terminaste as linhas depois do limite à direita (em vez de translineares as palavras) ou deixaste espaços antes desse limite onde caberiam sílabas ou mesmo palavras inteiras.
Depois, podes melhorar ainda o que já escreveste (nem tanto pelo acrescento de mais texto, mas pelo aperfeiçoamento do que já tivesses escrito).

Situa-te na p. 100 do manual. O anúncio que encima a página é uma boa maneira de passarmos do estudo do texto publicitário ao da oratória do Padre António Vieira.
Responde ao ponto 1.1:
...
E ao ponto 2:
...
Vai avançando para a página 106.

Embora o nosso manual não a reproduza (p. 106), as melhores edições do «Sermão de Santo António [aos Peixes]» incluem a seguinte didascália inicial. (Uso a edição crítica de Arnaldo do Espírito Santo: Padre António Vieira, Sermões, II, Lisboa, INCM, 2010, p. 419.)

SERMÃO DE S. ANTÓNIO
PREGADO
Na Cidade de S. Luís do Maranhão, ano de 1654.

Este Sermão (que todo é alegórico) pregou o Autor três dias antes
de se embarcar ocultamente para o Reino, a procurar o remédio
da salvação dos índios, pelas causas que se apontam no I.
Sermão do I. Tomo. E nele tocou todos os pontos de doutrina (posto que
perseguida) que mais necessários eram ao bem espiritual,
e temporal daquela terra, como facilmente se pode entender
das mesmas alegorias.

Vos estis sal terrae.
Matth. 5.

Reescreve em português actual toda a didascália, colocando as frases na sua ordem mais natural, trocando as palavras que pareçam antiquadas, traduzindo a epígrafe latina.
...
As palavras «pregado» e «pregou» são formas do verbo «____» {indica também o número que identifica a cabeça do verbete}. O étimo deste verbo é a palavra latina (aliás, do latim falado por religiosos, o latim dito eclesiástico) «____». Não se confunde este verbo com o seu ____ {homógrafo / homónimo / homófono} «___», já que, tal como o nome que dele deriva, «pregador», se pronuncia com E aberto (é), cuja representação fonética é ___, enquanto o verbo cuja primeira aceção é ‘_____’ e cujo étimo, também latino, é «___» se diz com um E que quase não se ouve (e), representado no alfabeto fonético por um ___.

Sorteio da Liga dos Campeões
Pote 1 — semi-finalistas de 2014-2015 || *Substituto (melhor dos quartos de final)
Turma 1 // Catarina C., Madalena, Sofia, *Beatriz
Turma 5 // Susana, Joana, Manel, *Beatriz/Catarina
Turma 7 // Sebastião, Tomás, Inês, *Leonor F.
Turma 8 // Afonso Puga, Madalena S., Miguel, Xana
Turma 12 // Ana N., Luísa, André F., *Elly

Pote 2 — os dos quartos-de-final de 2014-2015 || *Substitutos (vencedores de Liga Europa)
Turma 1 // Mª Madalena, Inês, Gonçalo S., *João S.
Turma 5 // Pedro, Catarina/Beatriz, Bea S., *Cláudia
Turma 7 // Matilde, Débora, *Catarina, **Beatriz B.
Turma 8 // Madalena F., Catarina S., Zé, *Cláudia
Turma 12 // Duarte, Laura, Catarina, *Joana Si

Pote 3 — os dos oitavos-de-final de 2014-2015 || *Substitutos (melhores da Liga Europa)
Turma 1 // Maria, Leal, Carolina D., Joãozão, Carlota, Marta, Catarina F., *Bea
Turma 5 // Leonor, Gonçalo S., J. Tavares, Patrícia, Bea Ranito, *Maria, *João, *Diogo
Turma 7 // Beatriz R., Anastasiia, Sara, Paulo, B. Bettencourt, Ariana, Miguel B., *Carolina
Turma 8 // Matilde, Vitória, Sara G., Kristina, Marco, Ana, Vasco Af., *Bárbara
Turma 12 // Patrícia, Bia, Ana S., Henrique, Magda, Joana Sa, Joana G., *Madalena

Pote 4 — os que não estiverem nos anteriores
Turma 1 // Tiago, Carolina S., Bruno, Mariana, Isabela, Catarina M., Filipe, Guilherme, Gonçalo M., João R., Pedro
Turma 5 // Tety, J. Cabo, Gonçalo P., Tomás, Sam, Afonso, Carolina, Cat, Gil, Maia, Mónica
Turma 7 // Mário, Beatriz C., Leonor G., Polly, Henrique, Bernardo A., Miguel S., Pedro, Filipe
Turma 8 // Vasco G., Catarina A., Catarina F., Carolina, Sara T., Filipa, João M., João A., Filipe, Stefanie, Pipa
Turma 12 // Helena, André S., Miguel, Gonçalo, Joana M., Márcia, Francisco, Mariana, Hugo

Liga dos Campeões — constituição dos grupos

Grupo A
Grupo B
Grupo C
Grupo D





























Posteriormente, a classificação resultará das pontuações de vários «jogos» (leituras). Serão apurados para a fase final da Liga dos Campeões os quatro primeiros de cada grupo, seguindo-se eliminatórias (A1 × B4; B1 × A4; ...). Restantes clubes (alunos) ficam apurados para a Liga Europa, nesta se incorporando também os eliminados nos oitavos da Champions.
No sketch «Parvoíce com sinónimos» (série Meireles), as personagens hesitam entre dois ou três sinónimos, tentando decidir qual das palavras tem o exacto sentido que pretendem. Descobrem conotações que haveria num dos sinónimos mas não no outro, embora a nós, na maior parte dos casos, não pareça pertinente aquela distinção tão fina.
As expressões que formam esses pares pertencem às mesmas classes de palavras. Em baixo, apontei-as já, em parte. Indica tu as que ainda faltem e, no caso das formas verbais, a pessoa, número e tempo:
fez / efetuei — verbos (na ___ e na ___ pessoa do ____ do ____ do Indicativo).
parece-me / dá-lhe [a sensação] — verbos (na ___ pessoa do ____ do ____ do Indicativo), na conjugação ___.
permite / possibilita / torna [possível] — verbos (na __ pessoa do ___ do ___ do Indicativo).
preciso / exato — adjetivos qualificativos.
entrevista / conversa [amena] — nomes (o segundo está seguido de um ___).
partiu / fraturou — verbos (na ___ pessoa do ____ do ____ do Indicativo).
continuávamos / prosseguíamos — verbos (na ____ pessoa do ____ do ____ do Indicativo).
pergunta / questão — ___.
TPCRelanceia a secção do Caderno de Atividades sobre «denotação, conotação, monossemia, polissemia» (pp. 34-37; porei acesso em ‘Sumários e tepecês’, Gaveta de Nuvens). Vai fazendo a leitura combinada. Se não o fizeste, traz-me sem falta a referência do livro completa (eg.: Rubem Fonseca, O selvagem da ópera, Porto, Sextante Editora, 2015).

Aula 35-36 (19 [12.ª, 5.ª], 20/nov [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Devolução dos textos com preenchimento de lacunas de final de O Bom Inverno.

Explicação de pontos necessários à compreensão do «Sermão de Santo António», cap. I (ver Apresentação).
Audição da parte I do Sermão dita por Luís Lima Barreto.
Lendo a parte I do «Sermão de Santo António» (pp. 106-108), que já ouviste também, vai completando. (Por favor, tenta fazer individualmente e, para já, evita ir conversando com os colegas. Depois, não fará mal que haja algum à-vontade.)
[linhas 1-12] Cristo diz serem os pregadores o ___. Tal como o sal preserva (os alimentos), os pregadores deviam impedir a ___. Mas, se há tantos ___, como se justifica que haja tanta corrupção? Várias hipóteses (e bifurcadas): ou os pregadores não pregam a ___ ou os ___ não a querem; ou os pregadores não fazem o que ___ e os seus ouvintes preferem imitá-los nas ___ e não nas palavras; ou os pregadores pensam mais neles do que em ___ ou os ouvintes, em vez de seguirem os preceitos da religião, preferem reger-se pela sua ___ imediata.
[ll. 13-22] Então, o que se há de fazer aos ___, que não evitam a corrupção, e aos ouvintes, que não se deixam ___? Como disse Cristo, se os pregadores não cumprem bem, pelas palavras ou pelos ___, o melhor será ___.
[ll. 23-40] E que se há de fazer aos ___? Santo António, perante um público que não lhe ligava, abandonou-o e foi pregar aos ___.
[ll. 41-52] Retomando o ‘conceito predicável’: Santo António foi até mais do que «sal da terra», foi também «sal do ___», já que pregou a ___. Mas o autor não quer relatar o que se passou com Santo António, antes acha que, nos dias dos santos — lembremos: era dia 13 de junho, dia de Santo António —, se deve é ___-los.
[ll. 53-57] Por isso, o orador, o Padre António Vieira, vai também ___ aos peixes; para tanto, invoca ___, cuja etimologia, supostamente, se ligaria ao mar (na verdade, esta etimologia é falsa).
Esquema tirado de um manual que não me apetece citar (porque é da Porto editora, que gosta de impedir reproduções de textos dos seus livros, mesmo quando são apresentados com as devidas referências e não beliscariam, de modo nenhum, os interesses económicos deste grupo editorial — que, aliás, tantas vezes se limita a plagiar disfarçadamente materiais há muito fixados por outros autores [ainda assim: Auxília Ramos, Zaida Braga, Noémia Jorge, Preparação para o Exame Nacional. Português. 11, Porto, Porto Editora, 2014]):
Este ano, o concurso Correntes d’escritas versa a prosa (um conto). Este concurso, com um prémio de 1000 euros, é um dos mais prestigiados para autores até aos dezoito anos. Na última edição com prosa, a de há dois anos, a vencedora foi uma aluna da nossa escola, a Luísa Morgado. Porei esse conto em Gaveta de Nuvens (aqui), tal como o regulamento da edição deste ano, embora tencione eu mesmo zelar pela parte burocrática.
Para já, gostava que {... direi em aula, em slide ...}. Não te atenhas demasiado ao modelo mais comum dos contos e, ainda menos, do conto tradicional. Pensa talvez em prosa com alguma subtil linha narrativa, mas sem adotar uma sequência de historieta convencional, com diálogos e apresentações de personagens.
Quanto à extensão do conto, é difícil dar um conselho. Num concurso destes, o texto premiado não terá menos de umas duas ou três páginas à máquina (e, por outro lado, também é preciso ter em conta que textos demasiado longos tendem a aborrecer os júris). O texto da Luísa tinha pouco mais de duas páginas — e foram exatas 1024 palavras.
Elabora — mentalmente ou rascunhado — um plano de conto que possa vir a dar umas três páginas a computador. Tem em conta o objetivo que defino nas folhas, o Concurso Correntes d’Escritas.
Escreve o início desse texto em prosa e vai avançando o mais possível, mas sem prejudicar, por precipitação, a qualidade do desenvolvimento do conto.
A tinta.
TPC — (1) Prepara a leitura em voz alta do cap. I do «Sermão de Santo António» (pp. 106-108); (2) Quando puderes, relanceia o glossário de termos sobre o sermão que pus em Gaveta de Nuvens («alegoria», «conceito predicável», «exórdio»).

Aula 37-38 (23 [1.ª], 24/nov [12.ª, 8.ª, 7.ª, 1.ª]) Na última aula, vimos o início do «Sermão de Santo António aos Peixes», do Padre António Vieira. Esse primeiro capítulo corresponde ao exórdio, cujos objetivos são captar a benevolência do público (a captatio benevolentiae) e motivar para o assunto a tratar.

Partindo da citação «Vós sois o sal da terra» (Vos estis sal terræ) — o conceito predicável —, o Padre António Vieira começava por constatar que os pregadores não exerciam bem o seu papel (ou os ouvintes não se deixavam catequizar por eles). Assim — e porque se estava a 13 de junho, dia de Santo António —, o Padre Vieira decide imitar o que fizera o grande santo português (que pregara a peixes, quando os homens não o queriam ouvir). Também Vieira, no seu sermão de 13-6-1654, proferido em São Luís do Maranhão, se dirige aos peixes.
Vamos ver o segundo capítulo (pp. 110-112). Vai lendo as linhas e respondendo.

Não queiras decifrar todas as palavras, tenta inferir o sentido de algumas das que desconheças. De qualquer modo, ficam aqui os significados mais difíceis:
17: «senão também» = ‘mas também’ | 29: «provisões» = ‘documentos’ | 35-36: «fornalha» = ‘forno grande’ [Nabucodonosor colocara numa fornalha três jovens hebreus por estes se recusarem a adorar a sua estátua em ouro] | 39: «adulação» = ‘ato de louvar’ | 39: «púlpito» = ‘tribuna, na igreja, onde se prega’ | 45: «quietação» = ‘sossego, tranquilidade’ | 64: «omnipotência» = ‘poder absoluto e supremo, Deus’ | 69: «afora aquelas aves» = ‘além daquelas aves’ | 72: «pegos» = ‘sítios mais fundos’ | 78: «muito embora» = ‘em muito boa hora’| 82: «cerviz» = ‘parte posterior do pescoço’ | 86: «cortesanias» = ‘maneiras de homem da corte’.

linhas 1-7
Pregar a peixes tem uma desvantagem: é os peixes não se ____; porém, isso sucede com tanta gente, que já não se pode considerar caso especial.
Passa para português contemporâneo: «pelos encaminhar sempre à lembrança destes dois fins» (ll. 6-7) — no fundo, vais desfazer a contração:
________ sempre à lembrança destes dois fins (Céu e Inferno).

linhas 8-24
Sintetiza todo este segundo parágrafo, completando a resposta a seguir.
Em função de duas qualidades que tem o sal — conservar e ______ —, também o autor divide o seu sermão em ______. Na primeira, elogiará ______; _____, _____.
Refere a função das várias citações:
As citações (ll. 8, 15-16, 18-20) — da Bíblia e de teólogos — servem para dar ao texto _______.

linhas 25-97
Esta parte do texto é um rol de qualidades dos peixes. Preenche os itens em falta, sintetizando os louvores — os elogios — aos peixes.
l. 2: ouvem e não falam
25-27: foram criados ______
31-32: estão em ______
32: são _____ {embora, note-se, a baleia não seja um peixe}
43-44: acudiram ______
45-47: ouviram Santo António com ________
66-67: _______
72-73: nenhum _______
73: todos _______
89-92: todos _____ do ______
92: ficaram ______

Identifica a «virtude» dos peixes salientada no parágrafo das ll. 64-88 e diz qual é a mensagem que, através desse louvor, o pregador pretende transmitir aos seus ouvintes verdadeiros.
....
Resolve as seguintes perguntas das pp. 112-113:
2.         2.1: ___; 2.2: ___; 2.3: ___; 2.4: ___.
3:         a = ___; b = ___; c = ___.

Liga dos Campeões (cap. I do «Sermão»)

TPC — (1) Prepara a leitura em voz alta de uma das metades deste capítulo II do «Sermão de Santo António» (pp. 110-112). Até à linha 49, a leitura caberá a alunos dos grupos A e B. Entre as linhas 49 e 97, a leitura será feita por alunos dos grupos C e D.
(2) [Este texto pode ser-me dado até até 1 de dezembro — em papel ou por mail.]
Aproveitando, ou não, as minhas indicações no início de conto agora devolvido, desenvolve o teu texto em prosa, agora a computador. Aconselho umas mil palavras, pelo menos, e também não muito mais do isso. (E é preferível deixar o texto ainda um pouco incompleto a fechá-lo só para dizer que se cumpriram as palavras todas.)
Ainda não será esta a versão a enviar ao Correntes d’Escritas, mas talvez valha a pena ir usando já corpo 12, espaço entre linhas de 1,5 e uma fonte legível (Times New Roman, Arial, Calibri, por exemplo; a elegante Garamond fica reservada para as nossas folhas).
Peço também o cuidado, como aliás para todos os nossos trabalhos, de se não recorrer a coisas da net ou de outros autores.
(Repito o que já dissera na última aula. Este ano, o concurso Correntes d’escritas versa a prosa, um conto. Este concurso, com um prémio de 1000 euros, é um dos mais prestigiados para autores até aos dezoito anos. Na última edição com prosa, a de há dois anos, a vencedora foi uma aluna da nossa escola, a Luísa Morgado. Pus esse conto em Gaveta de Nuvens, tal como o regulamento da edição deste ano, embora tencione eu mesmo zelar pela parte burocrática. Não te atenhas demasiado ao modelo mais comum dos contos e, ainda menos, do conto tradicional. Pensa talvez em prosa com alguma subtil linha narrativa, mas sem adotar uma sequência de historieta convencional, com diálogos e apresentações de personagens.)

Aula 39-40 (26 [12.ª, 5.ª], 27/nov [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Correção da apreciação crítica de Expiação (ver aqui exemplo de recensão).

Segue-se um resumo do capítulo 3 do «Sermão de Santo António aos Peixes», tal como vem num livro para crianças (Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes, adaptado para os mais novos por Rui Lage; ilustrações de André Letria; Quasi, 2008).
À esquerda, pus as linhas do manual (Expressões, pp. 114-117) correspondentes aos passos da adaptação para crianças. Lê o resumo — e as ll. 4-39 do manual — e completa o quadro que pus no verso da página.
[ll. 1-4] // Apenas de alguns de vós, irmãos peixes, falarei agora.
[4-39] // {Este trecho é omitido no resumo-adaptação. Trata-se de um peixe bíblico, o «Peixe Santo de Tobias». Lê o passo no manual.}
[40-63] // Quem haverá que não louve e admire muito a rémora, peixinho tão pequeno no corpo e tão grande na força, que, não sendo maior que um palmo, quando se pega ao leme de uma nau da Índia a prende e amarra mais que as próprias âncoras? Oh, se houvesse uma rémora na terra que tivesse tanta força como a do mar, menos perigos haveria na vida e menos naufrágios no Mundo!
[64-88] // Não menos admirável é a tremelga, ou raia elétrica, a que os latinos chamaram torpedo. Cá a conhecemos mais de fama que de vista. Mas com as grandes virtudes é assim: quanto maiores são, mais se escondem. O pescador segura a cana na mão e deixa o anzol ir ao fundo; mal a raia morde o isco, começa a tremer-lhe o braço. De maneira que passa a força da boca do peixe ao anzol, do anzol a linha, da linha à cana e da cana ao braço do pescador. Oxalá aos padres, pescadores da terra, lhes tremesse assim o braço do esforço de tanto pescarem almas! Tanto pescar e tão pouco tremer!
[89-123] // Navegando daqui para o Pará, vi correr pela tona da água, aos saltos, um cardume de peixinhos que não conhecia. Disseram-me que lhes chamavam quatro-olhos, e na verdade me pareceu que eram quatro os seus olhos, em tudo perfeitos. «Dá graças a Deus», disse a um destes peixes, pois às águias, que são os linces do ar, deu-lhes a natureza somente dois olhos, e aos linces, que são as águias da terra, também dois; e a ti, peixinho, quatro. A razão dos quatro-olhos é a de que estes peixinhos, que andam sempre na superfície da água, não só são perseguidos por outros peixes mas também por aves marítimas que vivem na costa. Como têm inimigos no mar e inimigos no ar, dobrou-lhes a natureza as sentinelas e deu-lhes quatro olhos. Ensinou-me esse peixinho que tanto devo olhar para cima, onde há o azul do céu e nuvens que passam, cheias de sonhos, como para baixo, onde há terra, respeitando a natureza e vivendo em harmonia com bichos e homens.
[124-126] // {Este trecho não é aproveitado na adaptação (e no manual também é muito cortado). No original do sermão louvam-se os peixes por serem alimento mesmo nos dias de penitência, ao contrário da carne.}
[127-137] // Por fim, irmãos peixes, dou-vos graças porque ajudais os mais pobres. Elogiem-se na mesa dos ricos as aves e os animais terrestres com que se fazem esplêndidos banquetes, mas vós, peixes, continuai a alimentar os pobres, e sereis recompensados. Tomai o exemplo das irmãs sardinhas. Porque cuidais que as multiplica o Criador em tão grande número? Porque são sustento de pobres. As solhas e os salmões são raros, porque se servem à mesa dos reis e dos poderosos, mas o peixe que sustenta a fome dos pobres, a esse, Cristo o multiplica e aumenta.

Peixe
Característica boa (que deve servir de exemplo aos homens)
Peixe de Tobias
As suas entranhas deitavam um fel que ___________.
Rémora
Apesar de pequeno, fixando-se ao leme de um barco, ___________.
Torpedo (raia elétrica)
Quando toca no isco, ____________.
Quatro-olhos
Os seus quatro olhos permitem que ____________.
Sardinha
Serve de ____________.

Liga dos Campeões (cap. II do «Sermão [...]»)

Escolhe um animal. Faz-lhe louvores, que permitam, possivelmente por metáforas, concluir da sua vantagem relativamente aos homens (ou de como poderiam constituir um bom exemplo).
Tu, camelo, tens uma virtude que não encontro em outro animal. Nas tuas bossas, armazenas água, providencialmente, sabendo que o caminho será longo e penoso. Oxalá fôssemos todos assim, amigo camelo, e pensássemos a tempo na velhice, e rebeubéu pardais ao ninho.
Não tens uma, tens duas bossas. Rejeitas a unicidade, preferes a …

TPC — Prepara a leitura em voz alta do cap. III do «Sermão» (pp. 114-117). Os do grupo A, leem ll. 1-32; os do grupo B, ll. 33-71; os do C, ll. 72-102; os do D, ll. 102-137. (Lembro que me deve ser entregue na próxima aula — ou enviado por mail entretanto — o conto a computador, que terá cerca de 1000 palavras.)

Aula 41-42 (30/nov [1.ª], 1/dez [12.ª, 8.ª, 7.ª, 5.ª]) Como o Padre António Vieira já anunciara (cap. II, p. 110, l. 22), o capítulo IV vai ser de _______ dos peixes. São dois os motivos dessa crítica (como verás já nas pp. 119-122):

1. {ll. 4-5} os peixes ___________.
2. {ll. 81-87} os peixes ____________.
Depois de apresentar estas características dos peixes, o orador mostra que os homens incorrem nos mesmos erros:
1. os homens são comidos por outros homens, quando ______ {ll. 17-30} e quando ______ {ll. 34-39}.
2. os homens seguem cegamente os seus engodos, quando ______ {ll. 88-97} e quando _______ {ll. 101-114}.

Responde às seguintes perguntas, completando os meus esboços:
1. Explica como funciona a identificação entre peixes e homens neste cap. IV do «Sermão [...]».
Traça-se uma analogia entre os peixes que se comem (os maiores comem os mais pequenos, o que aliás torna o caso mais grave) e os homens que também estão sempre a procurar «comer» o seu semelhante (entenda-se: ______). Também se infere que são os mais ______ a prejudicar os mais ______.
2. Identifica os usos polissémicos do verbo «comer» neste ponto so «Sermão».
Quando se diz «peixes [...] vos comeis uns aos outros» (ll. 3-4), a aceção de «comer» que se pode considerar mais próxima é ‘_______’ {‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}; quando se pergunta «Cuidais que só os Tapuias se comem uns aos outros?» (l. 19), «comer» equivale a ‘______’ {‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}; em «andarem buscando os homens [...] como se hão-de comer» (ll. 22-23), «comer» tem o sentido de ‘______’{‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}.
3. Comenta a referência, no contexto da pregação, ao «sertão» (l. 18) e aos «Tapuias» (l. 19).
No contexto do sermão — pregado no Maranhão, em 1654, a uma audiência de _______ —, a referência ao sertão e aos índios (dizendo aos ouvintes que não julgassem serem os índios aqueles que o orador estava a ______) visava culpabilizar os _______ e aludir à _______ que exerciam sobre os nativos.
É claro que o Padre António Vieira, grande viajante aliás, não conhecia a grande barreira de coral australiana. A propósito do «Sermão de Santo António» e de À Procura de Nemo, completa:
Marlim é um pai super-protetor. Como prefere que Nemo fique confinado a um espaço doméstico (melhor: «anemonar»), tudo faz para que nem às aulas o filho vá. Não parece ser da estirpe dos seus irmãos peixes que, como se lembra no «Sermão» (cap. II, pp. 111-112, 64-88), são ___ e ___ (ao contrário de cão, cavalo, boi, ____, e até, leões e tigres; papagaio, rouxinol, ____, aves de rapina). E, no entanto, comunga de uma característica que o Padre louva nos peixes (p. 11l. 73), a ____ relativamente aos homens.
Menos medroso ou por reação ao feitio do pai, Nemo arrisca ir investigar um barco, o que lhe trará depois graves dissabores. Ao invés, a pequena rémora (p. 115, ll. 40-54), se procura barcos, é para se lhes ____ e, se necessário, conduzi-los ou bloqueá-los. O Padre Vieira comparará a força da rémora com a força da língua de ____ (ll. 55-64).
Nemo é caçado por um mergulhador. Fosse ele um ____, aka raia elétrica (pp. 115-116, ll. 64-71), e nada disso acontecia: decerto aproveitaria o facto de ser capaz de gerar ____ (como quando as raias fazem tremer o braço dos pescadores que seguram as canas a cujo isco se agarram).
Dóri e Marlim conseguem defender-se de um ataque de gaivotas. Porém, se tivessem as qualidades do _____ (p. 116, ll. 89-107), que pode vigiar o que se passa em ____ e em ____, nem aves nem peixes os surpreenderiam.
Tanto o ataque inicial de uma barracuda a Coral (que torna Nemo órfão de mãe) como os tubarões que Dóri e Marlim conhecem, apesar de estarem num programa de ajuda para vencerem os seus instintos predadores, corroboram o que nos diz o Padre Vieira como primeira repreensão aos peixes (cap. IV, p. 119): ____ (e, por azar, são sempre os _____ que comem os _____ — se fosse ao contrário, «era menos mal»).
Liga dos Campeões (leitura em voz alta do cap. III)
TPC — Prepara leitura em voz alta do cap. IV do «Sermão» (pp. 119-122). Os do grupo A, leem ll. 1-30; os do grupo B, ll. 31-56; os do C, ll. 57-80; os do D, ll. 81-116. Em Gaveta de Nuvens, lê as instruções para a tarefa sobre livro lido.

Aula 43-44 (3 [12.ª, 5.ª], 4/dez [8.ª, 7.ª, 1.ª]) Audição de trechos do cap. IV do «Sermão de Santo António».

O capítulo V do «Sermão [...]» (Expressões, 124-128) aborda o que o orador tem contra quatro tipos de «peixes».
Relanceando o texto, marca as linhas em que começam e em que acabam os trechos sobre cada um dos animais (incluindo as comparações com os homens):
os roncadores (ll. 2-____);
os pegadores (ll. ____-____);
os voadores (ll. ____-____);
«o polvo (ll. ____-____).

Transcreve o passo em que está a queixa principal sobre cada um dos «peixes»:

Peixe
Repreensão
Linhas
roncadores
«É possível que[,] sendo vós _____»
4-5
pegadores
«sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas[,] de tal sorte ______»
42-43
voadores
«_____ Pois porque vos meteis a ser aves?»
80-81
polvo
«Se está nos limos, ___; se está na areia, ___; se está no lodo, ___; e[,] se está em alguma pedra, como mais ordinariamente costuma estar, ___»
139-141

Os quatro animais servem para se aludir a pecados humanos. Outros casos históricos confirmam esses defeitos dos homens. Ao contrário, Santo António seria um bom exemplo a seguir. Preenche:

Peixe
Característica dos homens que está a ser criticada
Outros maus exemplos
Linhas a consultar
O bom exemplo de Santo António


roncadores


_____
São Pedro «roncou», porque asseverara ser o único constante na sua fé, mas logo negou Cristo quando interpelado por uma __. Também adormeceu, apesar de se ter comprometido a vigiar o horto.
Caifás alardeava o __. Pilatos exibia __.
12-30
33-36
Apesar do seu saber e poder, nunca deles fazia alarde, preferia __.
31-38


pegadores


_____
Não parte um vice-rei ou um governador sem que vá acolitado por uma série de ___.
Morto Herodes, também morreram os que dele dependiam (como acontecerá aos peixes que se não despeguem do ___ que parasitam).
49-54
60-67
[Pegou-se apenas a Deus, como costuma ver-se na imagem tradicional, em que Santo António surge com ___ ao colo.]
omitido
no nosso
manual


voadores


_____
O mago Simão disse ser filho de Deus e anunciou quando subiria aos céus, mas não só se viu privado de asas, para voar, como de ___, para andar.
Por querer voar, Ícaro se ___.
106-119
120-121
Tendo «asas» — a sabedoria — para «subir», preferiu ____: apagar-se, passar por leigo e sem ciência.
104-130


polvo


_____
Judas abraçou Cristo mas foram outros que o ____ (o polvo abraça e, com os próprios braços, faz as ____).
144-150
António foi o mais puro exemplar de _____; nele nunca houve ___.
151-169

Não reparei se em À procura de Nemo há algum polvo (logo no início, entre os colegas de escola de Nemo?). Porém, há medusas (alforrecas), que têm algumas das características que o Padre Vieira critica no polvo (pp. 127-128, ll. 133-144).

retrato do polvo
que o faz assemelhar-se a.../ ou fingir
capelo (na cabeça)
____
___ (braços)
estrela
falta de ossos ou de espinha
____, mansidão
Desta aparência modesta, desta «hipocrisia tão santa», resulta ser o polvo o maior traidor do mar:
por malícia, muda de cor conforme o ambiente (como, mas apenas por ___, faz o camaleão)
lança os braços e prende os ___ e os desacautelados

Quanto às medusas (À procura de Nemo), também traem, porque ______.
TPC — Prepara leitura em voz alta do cap. V do «Sermão» (pp. 124-128). Os do grupo A, leem ll. 1-54; os do B, ll. 55-92; os do C, ll. 93-130; os do D, ll. 131-172.
(Recordo que já decorre o prazo para trabalho de gravação sobre experiência de leitura de livro.)

Aula 45-46 (7, 10/dez [nas turmas 7.ª e 8.ª, que terão menos uma aula neste período, esta sessão será suprimida, sendo as tarefas mais importantes diluídas na aulas 47-48 ou 49-50])

O sketch «Teste de bazófia» (série Barbosa) serve-nos para revisão dos valores aspetuais (perfetivo, imperfetivo; habitual; genérico; iterativo; [pontual; durativo]), temporais (anterioridade, simultaneidade, posterioridade) e modais (modalidades deôntica, epistémica, apreciativa). Preenche as lacunas:
Quanto ao temperamento criticável que está em foco no sketch, podemos dizer que lembra o de um dos peixes repreendidos no «Sermão de Santo António» {escolhe}:
a) roncador; b) pegador; c) voador; d) polvo à lagareiro; e) esparguete à bolonhesa.

Com alguma habilidade, conseguiremos ver em «Os potentinhos portugueses» (p. 129) todos os defeitos atribuídos aos quatro peixes repreendidos no capítulo V do «Sermão de Santo António», que representam, no fundo, outras tantas más características dos homens. Desenvolve esta ideia, articulando as críticas de MEC a certos defeitos dos portugueses e os quatro tipos definidos por Vieira no penúltimo capítulo do seu sermão.
...
TPC Traz o teu caderno, ou dossiê, completo, para eu o poder relancear. (Combináramos que isso aconteceria na penúltima aula do período, que é a próxima.)
Traz (ou, e até talvez preferível, envia-me) a versão do texto que te entreguei hoje já reformulada. Traz (e essa tem de ser trazida, não me pode ser enviada) a versão que tem as minhas correções (para eu verificar se as percebeste e lançaste bem na versão final).
Para efeitos de concurso, escreve, sob o conto, um pseudónimo, e traz-me uma cópia do cartão de cidadão. Esta parte é opcional, mas acharia pena que não enviássemos a maior parte dos textos.
Para proceder à reformulação
No exemplar passado a limpo, não pode aparecer o teu nome (como já disse, deves é subscrever o texto já com um pseudónimo).
Se não deste título ao conto, põe-no agora.
Por vezes, usei dois signos que nem todos compreenderão: um sinal de cardinal (#), para introduzir espaço; um vê traçado (aproximadamente: ¥), para tirar espaço que estivesse a mais.
Também posso ter sugerido travessões verdadeiros em vez de hífens (alt + 0151 costuma dar travessões largos: < — >; e alt + 0150, uns travessões médios: < – >; também se pode inserir Símbolo e, depois, Carateres especiais, selecionando então o travessão que se queira).
Quanto ao tipo de fonte (da letra), tamanho, espaço interlinear, pode ficar ao vosso critério, até para não parecer que os textos foram trabalhados coletivamente. Em outros concursos, costuma pedir-se Arial, Calibri ou Times New Roman, corpo 12, dois espaços. Creio, porém, que esse espacejamento é exagerado (bastará 1,5).
Preferia que os parágrafos fossem europeus. Ou seja, com uma margem inicial (em Parágrafo, em Especial, escolher Primeira linha) e sem grande espaço entre parágrafos. Os americanos é que preferem não fazer margem inicial e separar os parágrafos com uma linha de espaço).
E poria o texto justificado (à direita e à esquerda).

Aula 47-48 (11/dez [1.ª, 7.ª, 8.ª], 15/dez [12.ª, 5.ª]) [Neste questionário trata-se de verificar os conteúdos mais propriamente gramaticais.]


Circunda a melhor alínea.

Os valores aspetuais imperfetivo e durativo costumam estar mais presentes em formas do
a) Futuro do Conjuntivo do que do Presente do Indicativo.
b) Presente do Conjuntivo do que do Presente do Indicativo.
c) Imperfeito do Indicativo do que do Perfeito do Indicativo.
d) Perfeito do Indicativo do que do Presente do Indicativo.

O valor aspetual de que a ação está acabada encontra-se sobretudo em formas do
a) Futuro do Indicativo.
b) Pretérito Perfeito do Indicativo.
c) Pretérito Imperfeito do Indicativo.
d) Presente do Indicativo.

Utilidade típica do Pretérito Mais-que-perfeito é
a) transmitir o valor aspetual habitual.
b) localizar uma ação num momento posterior ao tempo do verbo-base.
c) conotar um valor aspetual iterativo.
d) localizar uma ação antes de outra também passada.

O valor temporal ‘posterioridade’ pode conseguir-se através de
a) Futuro do Indicativo.
b) Futuro do Indicativo; Presente do Indicativo; complexo verbal com auxiliar «Ir».
c) Futuro do Indicativo; complexo verbal com auxiliar «estar».
d) Futuro do Indicativo; Condicional.

Não se integra na modalidade epistémica o verbo em itálico em
a) «Deves estar a responder bem se não escolheres esta alínea».
b) «Não deves escolher esta alínea por nada deste mundo — é o meu conselho».
c) «Pode ser que seja um mau conselho o que eu dou em outra alínea destas».
d) «Pode ser que acertes».

Há valor epistémico em «Nas férias de Natal
a) têm de começar a ler um romance de Eça, Os Maias».
b) podem descansar da Matemática ou da História».
c) não devem exagerar das filhoses, rabanadas, bacalhau, gomas e outros doces».
d) poderá nevar em Lisboa».

Em «Ponha aqui o seu pezinho», o verbo está na
a) 2.ª pessoa do singular do Imperativo, interpretando-se como uma ordem.
b) 3.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo e funciona como Imperativo.
c) 2.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo e funciona como Imperativo.
d) 3.ª pessoa do singular do Imperativo, interpretando-se como uma ordem.

Não há erros de ortografia em
a) «construído, «reconstruindo», «afáveis».
b) «edifício», «deem», «teem».
c) «vêm», «áquela», «mirá-lo».
d) «deixámos», «deixamos», «util».

Não há erros ortográficos em
a) «bébé», «veem», «leem».
b) «Rúben», «Rubem», «vemos».
c) «parti-mos», «júniores», «estivemos».
d) «começavamos», «exdrúxula», «grave».

O acento grave assinala
a) situações de gravidade inquestionável (é uma espécie de cartão vermelho ortográfico).
b) vogal aberta resultante de uma contração.
c) tónica nas palavras graves.
d) a sílaba tónica.

«Neurónio» é uma
a) esdrúxula falsa (ou aparente).
b) palavra bué fofinha.
c) esdrúxula verdadeira.
d) palavra grave.

Em «Jogam hoje o Belenenses e o Sporting.», o sujeito é
a) nulo subentendido.
b) nulo indeterminado.
c) composto.
d) nulo expletivo.

Em «Na quinta-feira choveu a potes», o sujeito é
a) nulo expletivo.
b) nulo indeterminado.
c) nulo subentendido.
d) «quinta-feira».

Em «Felizmente, as aulas da ESJGF terminam na quinta!», o sujeito é
a) nulo indeterminado.
b) composto.
c) «as aulas».
d) simples.

A forma correta é:
a) «há-des».
b) «hás de».
c) «há des».
d) «hás-de».

A dificuldade na formação do plural de «qualquer» (que leva a ouvir-se, por vezes, «quaisqueres», em vez da boa forma, «quaisquer») é devida ao facto de
a) uma das palavras de base ser um verbo («quer»), não fazendo sentido a sua flexão no plural.
b) os pronomes não se flexionarem no plural.
c) o plural de «quer» ser «querem».
d) uma das palavras de base ser um pronome (o plural «quais» é incorreto).

A frase «Antigamente, antes de construída a ESJGF, haviam muitas cobras nestes terrenos»
a) está incorreta, porque «muitas cobras» não é sujeito mas complemento direto.
b) está correta.
c) é agramatical, porque a forma «haviam» não existe.
d) está correta, sendo «muitas cobras» o sujeito.

Os atos ilocutórios nos enunciados «Vou declarar a venda do andar amanhã», «Promete que casas comigo» e «Que bons que são estes rebuçados!» são, respetivamente,
a) compromissivo, diretivo, expressivo.
b) assertivo, expressivo, declarativo.
c) assertivo, compromissivo, expressivo.
d) declarativo, compromissivo, expressivo.

No Dicionário da Língua Portuguesa (Porto Editora, 2011), o verbete de «polissemia» reza: «polissemias.f. linguística qualidade das palavras que possuem mais de um sentido (Do gr. polýs, ‘muito’ + séma, ‘sinal’ + ia)». Tendo isto em conta, mas não só, sabemos que «polissemia» é uma palavra
a) que, ainda que com uma única aceção registada, terá com certeza vários sentidos denotativos.
b) monossémica.
c) monossémica, ainda que decerto possa surgir com diversas conotações.
d) polissémica.

Num dicionário geral temos a seguinte definição de «merónimo»: «termo que, numa relação de hierarquia semântica, denota uma parte relativamente a um todo (holónimo) (ex.: manga ou punho são merónimos de camisa) (Do gr. merós, ‘parte’ + ónimo)». Portanto,
a) «camisa» é merónimo de «colarinho».
b) «camisa» é hipónimo de «peça(s) de vestuário».
c) «termo» é hiperónimo de «merónimo».
d) «merónimo» é um composto morfossintático.

[Este segundo questionário procura verificar se foste seguindo o que tratámos em aula em termos de tipos textuais, bem como o conhecimento genérico do que já vimos no domínio da oratória e do «Sermão de Santo António».]

Um editorial
a) não deve incluir tomada de posição pessoal.
b) não deve ser polémico.
c) estará ancorado em situação de atualidade.
d) é redigido por alguém exterior ao jornal.

Num anúncio publicitário, título e slogan
a) são a mesma coisa.
b) devem ser assertivos.
c) não têm de ter o mesmo objetivo ilocutório.
d) devem ser expressivos.

A síntese e o resumo distinguem-se por
a) a síntese implicar distância do enunciador relativamente ao texto-fonte, e o resumo, não.
b) o resumo acolher citações, transcritas com aspas, e a síntese, não.
c) a síntese, ao contrário do resumo, dever manter a ordem de abordagem do texto original.
d) apresentarem órgãos sexuais, respetivamente, femininos e masculinos.

O exórdio ocorre
a) no final de um discurso, correspondendo a peroração ao início.
b) a meio de um discurso, sendo a peroração o final.
c) no início de um discurso, seguindo-se logo a peroração.
d) no início de um discurso, sendo a peroração a parte final.

Considerada a estrutura de um discurso, a captatio benevolentiæ ocorre
a) no exórdio.
b) na peroração.
c) na refutação.
d) no desenvolvimento.

«Pregar» e «Pregar» são palavras
a) convergentes.
b) homógrafas.
c) homónimas.
d) divergentes.

Segundo Vieira, nos dias dos santos, os pregadores devem
a) imitá-los.
b) criticá-los.
c) pregar a peixes.
d) tê-los como assunto dos seus sermões.

O «Sermão de Santo António aos Peixes» tem
a) três capítulos.
b) dez capítulos.
c) seis capítulos.
d) cinco capítulos.

As citações (da Bíblia; de teólogos) que enxameiam o «Sermão» funcionam como
a) argumentos de autoridade.
b) falácias.
c) ironias.
d) perorações.

O conceito predicável do «Sermão de Santo aos Peixes» é
a) «Vós sois o sol da terra».
b) «Vós sois o sal do mar».
c) «Vós, sol, sois a terra».
d) «Vós sois o sal da terra».

A série que apresenta «peixes» que são «protagonistas» do «Sermão» é
a) peixe de Tobias, torpedo, roncador.
b) pescadinha de rabo na boca, massada de garoupa, baleia.
c) rémora, três olhos, raia electrónica.
d) cão, atum, peixe de Tobias.

O «Sermão de Santo António aos Peixes» foi pregado
a) pelo Padre António Vieira, em São Luís do Maranhão, em meados do século XVII.
b) pelo Padre António Vieira, em Lisboa, na Igreja de São Roque, no século XVII.
c) por Santo António, em São Luís do Maranhão.
d) por Santo António, no Brasil.

Nos capítulos II-V do «Sermão», temos (segundo esta ordem)
a) elogio dos peixes, em geral; elogio a algumas espécies de peixes; repreensão dos peixes, em geral; repreensão a algumas espécies de peixes.
b) repreensão dos peixes, em geral; repreensão a algumas espécies de peixes; elogio dos peixes, em geral; elogio a algumas espécies de peixes.
c) elogio a algumas espécies de peixes; elogio dos peixes, em geral; repreensão a algumas espécies de peixes; repreensão dos peixes, em geral.
d) elogio dos peixes, em geral; repreensão dos peixes, em geral; elogio a algumas espécies de peixes; repreensão a algumas espécies de peixes.

O verdadeiro auditório do «Sermão» era constituído por
a) colonos.
b) D. João IV e restante corte.
c) peixes.
d) índios.

No final do cap. I do «Sermão» diz-se que
a) «Maria» vem de «Senhora do mar», o que é uma falsa etimologia.
b) «peixe» vem de «pé», o que não é verdade.
c) «sal» vem de «sol», o que é uma etimologia correcta.
d) o étimo de «Maria» é «Senhora do mar», o que é verdade.

«Sermão» é palavra
a) polissémica.
b) monossémica.
c) homónima de «sermão».
d) convergente.

Em aula, considerei que Marlim (À procura de Nemo) confirmava uma característica dos peixes evocada por Santo António:
a) enfrentarem tudo para cumprirem os seus objetivos.
b) serem indomáveis.
c) fugirem dos homens.
d) serem comestíveis.

Entre polvo e monges a semelhança é
a) o burel de Santo António.
b) a dissimulação.
c) a atitude camaleónica.
d) o capuz dos frades.

A correspondência entre peixes repreendidos e defeitos dos homens é (por esta ordem): roncadores, pegadores, voadores, polvo;
a) bravata, oportunismo, ambição, fingimento.
b) benfiquismo, aderência, aerofagia, capacidade de dar palpites sobre jogos de futebol.
c) arrogância, parasitismo, mentira, soberba.
d) vaidade, intromissão, dissimulação, falsidade.

O peixe de Tobias é gabado
a) pelos excrementos fecais (vulgo «cocós»), que, mastigados com certa demora, curam as aftas.
b) pelo seu fel, com efeitos benéficos em termos oftalmológicos.
c) pelas suas escamas, semelhantes a lentejoulas.
d) pelas espinhas, com mais cálcio concentrado do que o leite.

Completa, no estilo das frases que já lancei, usando o que saibas acerca do «Sermão de Santo António aos Peixes», do Padre António Vieira, de oratória, aspectos históricos. Podes ir «flanando» pelo manual, mas evita transposições sem criação tua.
TPC — Envia gravação (tarefa de leitura de livro). Se não o fizeste ainda, envia reformulação de conto e traz para a aula versão com emendas.

Aula 49-50 (14 [1:ª], 15 [7.ª], 16 [8.ª], 17/dez [12.ª, 5.ª]) Correção dos questionários sobre gramática e sobre o «Sermão de Santo António» feitos na aula anterior (Cfr. Apresentação).
Assistência a conclusão de À procura de Nemo, ao mesmo tempo de conversas, aluno a aluno, acerca de avaliação.
TPC — Põe à mão um exemplar de Os Maias. (não sebenta ou resumo, mas, é claro, a obra toda). Começa a ler o livro. Completa e traz definição telegráfica sobre «Sermão de Santo António aos Peixes».

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