Aulas
Aula 1-2
Os textos que vamos ler são dos três escritores que ponho a seguir. Antes mesmo de abrires o livro e leres os textos, tenta fazer corresponder a cada um desses autores os factos biográficos (1-12). Além das datas, quase só a intuição te pode ajudar. Adivinha também qual é a única afirmação falsa.
Autores
Sebastião da Gama (1924-1952)
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
Almeida Garrett (1799-1854)
# // SG, S, AG, Falso // Factos biográficos
1.//Usava peruca, que ia trocando ao longo das semanas, para simular o crescimento dos cabelos.
2.//Morreu aos vinte e sete anos, de tuberculose.
3.//Gostava de pôr flores na cabeça e dançar assim.
4. //Para parecer ter uma cintura muito estreita, usava uma espécie de espartilho.
5.//Dizia gostar de rapazes bonitos.
6.//Uma filha sua, Maria de Sousa Tavares, foi minha colega.
7. //Os seus apelidos deveriam ser «Silva» e «Leitão», mas adoptou outro nome, estrangeiro, por isso mais sonante.
8.//A sua tese de licenciatura em Letras foi sobre «A poesia social do século XIX».
9. //Com vinte e tal anos, namoriscou alguém de catorze.
10.//Um professor meu na Faculdade de Letras de Lisboa, Luís Filipe Lindley Cintra, fora seu grande amigo e colega.
11.//Uma prima minha casou com um descendente seu (pelo menos, usa os mesmos apelidos).
12.//Em Setúbal, onde deu aulas, conheceu o cançonetista Toy, de quem ficou fã.
Abre o livro (Aula Viva) nas pp. 22 a 24. Vais ler sem muita demora os textos «O Sonho» (A), «Era uma praia muito grande» (B), «O Romeiro» (C), cujos autores já conhecemos. Entretanto, faz corresponder a cada um dos textos (A, B, C) um dos géneros literários (1, 2, 3) e a estes as características (a, b, c, d, e, f). (Se for necessário, a estrutura do manual pode ajudar-te a reconheceres os géneros literários.)
A. «O Sonho»
B. «Era uma praia muito grande»
C. «O Romeiro»
1. Narrativo
2. Dramático
3. Lírico
a. Em geral, usa uma disposição em versos (rimados ou não).
b. Costuma ter descrição e narração; pode ter diálogos (em discurso directo ou indirecto); tem narrador (participante ou não).
c. Embora haja acções e personagens, na representação, a que se destina, as descrições serão substituídas pelo cenário, pelos figurinos, pela presença dos actores (no livro, surgem enquanto indicações para a encenação).
d. O estilo é introspectivo, subjectivo, pessoal; a linguagem é frequentemente figurada, metafórica.
e. É tudo diálogo, e em discurso directo.
f. É quase sempre em prosa (uma excepção são as epopeias — Ilíada, Odisseia, Eneida, Lusíadas, etc. [vê p. 219] —, narrativas mas em verso).
Sobre o poema A:
As qualidades que o poeta aponta para como necessárias para alcançar qualquer sonho são a ___________ e a ___________.
O efeito conseguido com os dois últimos versos é interessante. O penúltimo é de tipo {escolhe} declarativo / interrogativo / imperativo /exclamativo; e usa, primeiro, a forma afirmativa e, depois, a forma __________. O último verso, de tipo __________, responde ao anterior. O tom declarativo é mais vincado por nesse único verso haver _____ períodos, todos eles constituídos por uma só palavra, um verbo no _______ do Indicativo, mas que quase parece um imperativo, como se fosse uma ordem.
Outro efeito importante vem da repetição dos vv. ____ e ____, e ____ e ____.
Sobre o texto B:
Neste texto predomina a {escolhe} descrição / narração.
Os textos que vamos ler são dos três escritores que ponho a seguir. Antes mesmo de abrires o livro e leres os textos, tenta fazer corresponder a cada um desses autores os factos biográficos (1-12). Além das datas, quase só a intuição te pode ajudar. Adivinha também qual é a única afirmação falsa.
Autores
Sebastião da Gama (1924-1952)
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
Almeida Garrett (1799-1854)
# // SG, S, AG, Falso // Factos biográficos
1.//Usava peruca, que ia trocando ao longo das semanas, para simular o crescimento dos cabelos.
2.//Morreu aos vinte e sete anos, de tuberculose.
3.//Gostava de pôr flores na cabeça e dançar assim.
4. //Para parecer ter uma cintura muito estreita, usava uma espécie de espartilho.
5.//Dizia gostar de rapazes bonitos.
6.//Uma filha sua, Maria de Sousa Tavares, foi minha colega.
7. //Os seus apelidos deveriam ser «Silva» e «Leitão», mas adoptou outro nome, estrangeiro, por isso mais sonante.
8.//A sua tese de licenciatura em Letras foi sobre «A poesia social do século XIX».
9. //Com vinte e tal anos, namoriscou alguém de catorze.
10.//Um professor meu na Faculdade de Letras de Lisboa, Luís Filipe Lindley Cintra, fora seu grande amigo e colega.
11.//Uma prima minha casou com um descendente seu (pelo menos, usa os mesmos apelidos).
12.//Em Setúbal, onde deu aulas, conheceu o cançonetista Toy, de quem ficou fã.
Abre o livro (Aula Viva) nas pp. 22 a 24. Vais ler sem muita demora os textos «O Sonho» (A), «Era uma praia muito grande» (B), «O Romeiro» (C), cujos autores já conhecemos. Entretanto, faz corresponder a cada um dos textos (A, B, C) um dos géneros literários (1, 2, 3) e a estes as características (a, b, c, d, e, f). (Se for necessário, a estrutura do manual pode ajudar-te a reconheceres os géneros literários.)
A. «O Sonho»
B. «Era uma praia muito grande»
C. «O Romeiro»
1. Narrativo
2. Dramático
3. Lírico
a. Em geral, usa uma disposição em versos (rimados ou não).
b. Costuma ter descrição e narração; pode ter diálogos (em discurso directo ou indirecto); tem narrador (participante ou não).
c. Embora haja acções e personagens, na representação, a que se destina, as descrições serão substituídas pelo cenário, pelos figurinos, pela presença dos actores (no livro, surgem enquanto indicações para a encenação).
d. O estilo é introspectivo, subjectivo, pessoal; a linguagem é frequentemente figurada, metafórica.
e. É tudo diálogo, e em discurso directo.
f. É quase sempre em prosa (uma excepção são as epopeias — Ilíada, Odisseia, Eneida, Lusíadas, etc. [vê p. 219] —, narrativas mas em verso).
Sobre o poema A:
As qualidades que o poeta aponta para como necessárias para alcançar qualquer sonho são a ___________ e a ___________.
O efeito conseguido com os dois últimos versos é interessante. O penúltimo é de tipo {escolhe} declarativo / interrogativo / imperativo /exclamativo; e usa, primeiro, a forma afirmativa e, depois, a forma __________. O último verso, de tipo __________, responde ao anterior. O tom declarativo é mais vincado por nesse único verso haver _____ períodos, todos eles constituídos por uma só palavra, um verbo no _______ do Indicativo, mas que quase parece um imperativo, como se fosse uma ordem.
Outro efeito importante vem da repetição dos vv. ____ e ____, e ____ e ____.
Sobre o texto B:
Neste texto predomina a {escolhe} descrição / narração.
Sobre o texto C:
Na 5.ª fala, «visitastes» estará bem? {Escolhe} Sim / Não. Trata-se da ____ pessoa do _______ do _________ do Indicativo. (Podemos comparar com «E vindes?», que mostra que, efectivamente, se usava a 2.ª pessoa do __________ como forma de tratamento respeitoso.)
«Romeiro» quer dizer 'peregrino' (inicialmente, 'o que ia a Roma'; depois, o sentido generalizou-se a quaisquer peregrinações). Se te disser que o aparecimento deste romeiro tem semelhanças com a transfiguração de Ulisses em mendigo no seu regresso a casa — como vimos na Odisseia o ano passado —, talvez consigas adivinhar o resto do drama. Relê a última fala e, conforme a imagines, resume a sequência da história até ao fim da peça.
[curta sinopse, legível em voz alta:] Na sequência desta fala, ...
Vamos conhecer agora algumas cenas desta mesma peça de Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, que aliás se estuda no 11.º ano. Usaremos adaptações ao cinema.
Primeiro, veremos o começo de um filme de António Lopes Ribeiro, o homónimo Frei Luís de Sousa. Depois, no filme Quem és tu?, de João Botelho, teremos as cenas finais do segundo acto, que incluem a parte que estivemos a ler no manual.
No final de cada trecho de filme, marca as afirmações com V ou F.
[Acto I, cenas 1-2]
Maria estava a ler Os Lusíadas, de Camões.
Telmo conhecera Luís de Camões.
Madalena, tal como a filha, também diz versos dos Lusíadas.
Telmo fora aio do primeiro marido de Madalena, João de Portugal.
Telmo acha que o actual marido de Madalena, Manuel de Sousa Coutinho, é desprezível.
Telmo acredita que D. João de Portugal morreu mesmo.
Madalena pede a Telmo que não seja tão agoirento.
(Frei) Jorge, cunhado de Madalena, aparece nestas duas cenas.
[Acto II, cenas 10-15]
Naquele dia, fazia anos que Madalena casara com João de Portugal.
Naquele dia, fazia anos que Madalena vira pela primeira vez o segundo marido.
Naquele dia, fazia anos que se dera o desastre de Alcácer Quibir.
O romeiro reconhece entre os quadros o retrato de D. João de Portugal.
O romeiro regressava de peregrinação a Santiago de Compostela.
TPC — O texto reproduzido em baixo [no blogue não o posso copiar] pertence à secção «Pequenos Prazeres», coluna habitual do Jornal de Letras, Artes e Ideias. Nesta coluna, escritores ou figuras públicas são convidados a revelar as situações de que gostam. Aqui tratava-se da jornalista Filipa Melo.
Repara que cada um dos parágrafos começa por um verbo no infinitivo. Os parágrafos têm dimensões diversas, mas são sempre bastante concretos (situando cada um dos momentos lembrados, especificando as exactas circunstâncias).
Escreve tu também alguns parágrafos assim, com os teus «Pequenos Prazeres».
Soluções (as que foram mostradas em powerpoint)
1 Almeida Garrett
2 Sebastião da Gama
3 Sophia
4 Almeida Garrett
5 Sebastião da Gama
6 Sophia
7 Almeida Garrett
8 Sebastião da Gama
9 Almeida Garrett
10 Sebastião da Gama
11 Almeida Garrett
12 Falso
A. «O Sonho» = 3. Género Lírico
B. «Era uma praia muito grande» = 1. Género Narrativo
C. «O Romeiro» = 2. Género Dramático
Género Dramático
c. Embora haja acções e personagens, na representação, a que se destina, as descrições serão substituídas pelo cenário, pelos figurinos, pela presença dos actores (no livro, surgem enquanto indicações para a encenação).
e. É tudo diálogo, e em discurso directo.
Género Narrativo
b. Costuma ter descrição e narração; pode ter diálogos (em discurso directo ou indirecto); tem narrador (participante ou não).
f. É quase sempre em prosa (uma excepção são as epopeias — Ilíada, Odisseia, Eneida, Lusíadas, etc. [vê p. 219] —, que, embora sejam narrativas, estão em verso).
Género Lírico
a. Em geral, usa uma disposição em versos (rimados ou não).
d. O estilo é introspectivo, subjectivo, pessoal; a linguagem é frequentemente figurada, metafórica.
A 3 a, d
Na 5.ª fala, «visitastes» estará bem? {Escolhe} Sim / Não. Trata-se da ____ pessoa do _______ do _________ do Indicativo. (Podemos comparar com «E vindes?», que mostra que, efectivamente, se usava a 2.ª pessoa do __________ como forma de tratamento respeitoso.)
«Romeiro» quer dizer 'peregrino' (inicialmente, 'o que ia a Roma'; depois, o sentido generalizou-se a quaisquer peregrinações). Se te disser que o aparecimento deste romeiro tem semelhanças com a transfiguração de Ulisses em mendigo no seu regresso a casa — como vimos na Odisseia o ano passado —, talvez consigas adivinhar o resto do drama. Relê a última fala e, conforme a imagines, resume a sequência da história até ao fim da peça.
[curta sinopse, legível em voz alta:] Na sequência desta fala, ...
Vamos conhecer agora algumas cenas desta mesma peça de Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, que aliás se estuda no 11.º ano. Usaremos adaptações ao cinema.
Primeiro, veremos o começo de um filme de António Lopes Ribeiro, o homónimo Frei Luís de Sousa. Depois, no filme Quem és tu?, de João Botelho, teremos as cenas finais do segundo acto, que incluem a parte que estivemos a ler no manual.
No final de cada trecho de filme, marca as afirmações com V ou F.
[Acto I, cenas 1-2]
Maria estava a ler Os Lusíadas, de Camões.
Telmo conhecera Luís de Camões.
Madalena, tal como a filha, também diz versos dos Lusíadas.
Telmo fora aio do primeiro marido de Madalena, João de Portugal.
Telmo acha que o actual marido de Madalena, Manuel de Sousa Coutinho, é desprezível.
Telmo acredita que D. João de Portugal morreu mesmo.
Madalena pede a Telmo que não seja tão agoirento.
(Frei) Jorge, cunhado de Madalena, aparece nestas duas cenas.
[Acto II, cenas 10-15]
Naquele dia, fazia anos que Madalena casara com João de Portugal.
Naquele dia, fazia anos que Madalena vira pela primeira vez o segundo marido.
Naquele dia, fazia anos que se dera o desastre de Alcácer Quibir.
O romeiro reconhece entre os quadros o retrato de D. João de Portugal.
O romeiro regressava de peregrinação a Santiago de Compostela.
TPC — O texto reproduzido em baixo [no blogue não o posso copiar] pertence à secção «Pequenos Prazeres», coluna habitual do Jornal de Letras, Artes e Ideias. Nesta coluna, escritores ou figuras públicas são convidados a revelar as situações de que gostam. Aqui tratava-se da jornalista Filipa Melo.
Repara que cada um dos parágrafos começa por um verbo no infinitivo. Os parágrafos têm dimensões diversas, mas são sempre bastante concretos (situando cada um dos momentos lembrados, especificando as exactas circunstâncias).
Escreve tu também alguns parágrafos assim, com os teus «Pequenos Prazeres».
Soluções (as que foram mostradas em powerpoint)
1 Almeida Garrett
2 Sebastião da Gama
3 Sophia
4 Almeida Garrett
5 Sebastião da Gama
6 Sophia
7 Almeida Garrett
8 Sebastião da Gama
9 Almeida Garrett
10 Sebastião da Gama
11 Almeida Garrett
12 Falso
A. «O Sonho» = 3. Género Lírico
B. «Era uma praia muito grande» = 1. Género Narrativo
C. «O Romeiro» = 2. Género Dramático
Género Dramático
c. Embora haja acções e personagens, na representação, a que se destina, as descrições serão substituídas pelo cenário, pelos figurinos, pela presença dos actores (no livro, surgem enquanto indicações para a encenação).
e. É tudo diálogo, e em discurso directo.
Género Narrativo
b. Costuma ter descrição e narração; pode ter diálogos (em discurso directo ou indirecto); tem narrador (participante ou não).
f. É quase sempre em prosa (uma excepção são as epopeias — Ilíada, Odisseia, Eneida, Lusíadas, etc. [vê p. 219] —, que, embora sejam narrativas, estão em verso).
Género Lírico
a. Em geral, usa uma disposição em versos (rimados ou não).
d. O estilo é introspectivo, subjectivo, pessoal; a linguagem é frequentemente figurada, metafórica.
A 3 a, d
B 1 b, f
C 2 c, e
Sobre o poema A:
As qualidades que o poeta aponta para como necessárias para alcançar qualquer sonho são a esperança e a força de vontade.
O efeito conseguido com os dois últimos versos é interessante. O penúltimo é de tipo interrogativo; e usa, primeiro, a forma afirmativa e, depois, a forma negativa. O último verso, de tipo declarativo, responde ao anterior. O tom declarativo é mais vincado por nesse único verso haver três períodos, todos eles constituídos por uma só palavra, um verbo no Presente do Indicativo, mas que quase parece um imperativo, como se fosse uma ordem.
Outro efeito importante vem da repetição dos vv. 1 e 5, e 3 e 13.
Sobre o texto B:
Neste texto predomina a descrição.
Sobre o texto C:
Na 5.ª fala, «visitastes» estará bem? Sim. Trata-se da 2.ª pessoa do plural do Pret. Perfeito do Indicativo. (Podemos comparar com «E vindes?», que mostra que, efectivamente, se usava a 2.ª pessoa do plural como forma de tratamento respeitoso.)
[Acto I, cenas 1-2]
V - Maria estava a ler Os Lusíadas, de Camões.
V - Telmo conhecera Luís de Camões.
V - Madalena, tal como a filha, também dizia versos dos Lusíadas.
V - Telmo fora aio do primeiro marido de Madalena, João de Portugal.
F - Telmo acha que o actual marido de Madalena, Manuel de Sousa Coutinho, é desprezível.
F - Telmo acredita que D. João de Portugal morreu mesmo.
V - Madalena pede a Telmo que não seja tão agoirento.
F - (Frei) Jorge, cunhado de Madalena, aparece nestas duas cenas.
[Acto II, cenas 10-15]
V - Naquele dia, fazia anos que Madalena casara com João de Portugal.
V - Naquele dia, fazia anos que Madalena vira pela primeira vez o segundo marido.
V - Naquele dia, fazia anos que se dera o desastre de Alcácer Quibir.
V - O romeiro reconhece entre os quadros o retrato de D. João de Portugal.
F - O romeiro regressava de peregrinação a Santiago de Compostela.
Aula 3-4
Classifica quanto à sua classe (isto é «classifica morfologicamente»: adjectivo, nome, determinante, verbo, advérbio, pronome, preposição, conjunção, interjeição) todas as palavras da frase:
Anticonstitucionalissimamente, o oftalmotorrinolaringologista receitou tetrabromometacresolsulfonoftaleína a um doente pneumoultramicroscopicos-silicovulcanoconiótico.
anticonstitucionalissimamente: _____________
o: __________
oftalmotorrinolaringologista: _____________
receitou: _____________
tetrabromometacresolsulfonoftaleína: ___________
a: _____________
um: _____________
doente: ____________
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico: ______________
Alguns critérios (mas incompletos!) para confirmar as classes:
Adjectivo
Pode usar-se com graus: «muito _______»; «mais ____ do que»;
Pode modificar («qualificar») um nome: «homem _______».
Nome
Pode ter um determinante antes: «o ______ ».
Advérbio
Pode modificar verbo: «respondeu _______»;
Pode incluir sufixo -mente (antes do -mente estará um adjectivo): «_______[adjectivo]______mente») [embora haja muitos advérbios que não são formados com -mente; ver lista na p. 88 do manual];
Não se pode flexionar (é invariável, portanto), excepto em grau.
Determinante
Pode ficar antes de um nome: «___ tigre».
Preposição
Não se pode flexionar (é invariável, portanto);
Vale a pena conhecê-las todas quase de cor (p. 64 do Caderno de Actividades).
Conjunção
Não se pode flexionar (é invariável).
Vale a pena conhecê-las todas (pp. 86-87 do manual).
Interjeição
Não se pode flexionar (é invariável);
Tem função exclusivamente emotiva (seguindo-se-lhe um ponto de exclamação);
É bastante independente das outras palavras.
Vale a pena conhecer as mais usuais (ver p. 87 do manual).
Verbo
Pode flexionar-se em pessoa e tempo: «Eu _____», «Tu _____»; «Ontem _____».
Pronome
Desempenha as mesmas funções de um nome (aliás, de um grupo nominal).
Escreve a classe de cada uma das palavras neste parágrafo:
— Oh! Adoro este coprólito lindíssimo — disse ela.
Sobre o poema A:
As qualidades que o poeta aponta para como necessárias para alcançar qualquer sonho são a esperança e a força de vontade.
O efeito conseguido com os dois últimos versos é interessante. O penúltimo é de tipo interrogativo; e usa, primeiro, a forma afirmativa e, depois, a forma negativa. O último verso, de tipo declarativo, responde ao anterior. O tom declarativo é mais vincado por nesse único verso haver três períodos, todos eles constituídos por uma só palavra, um verbo no Presente do Indicativo, mas que quase parece um imperativo, como se fosse uma ordem.
Outro efeito importante vem da repetição dos vv. 1 e 5, e 3 e 13.
Sobre o texto B:
Neste texto predomina a descrição.
Sobre o texto C:
Na 5.ª fala, «visitastes» estará bem? Sim. Trata-se da 2.ª pessoa do plural do Pret. Perfeito do Indicativo. (Podemos comparar com «E vindes?», que mostra que, efectivamente, se usava a 2.ª pessoa do plural como forma de tratamento respeitoso.)
[Acto I, cenas 1-2]
V - Maria estava a ler Os Lusíadas, de Camões.
V - Telmo conhecera Luís de Camões.
V - Madalena, tal como a filha, também dizia versos dos Lusíadas.
V - Telmo fora aio do primeiro marido de Madalena, João de Portugal.
F - Telmo acha que o actual marido de Madalena, Manuel de Sousa Coutinho, é desprezível.
F - Telmo acredita que D. João de Portugal morreu mesmo.
V - Madalena pede a Telmo que não seja tão agoirento.
F - (Frei) Jorge, cunhado de Madalena, aparece nestas duas cenas.
[Acto II, cenas 10-15]
V - Naquele dia, fazia anos que Madalena casara com João de Portugal.
V - Naquele dia, fazia anos que Madalena vira pela primeira vez o segundo marido.
V - Naquele dia, fazia anos que se dera o desastre de Alcácer Quibir.
V - O romeiro reconhece entre os quadros o retrato de D. João de Portugal.
F - O romeiro regressava de peregrinação a Santiago de Compostela.
Aula 3-4
Classifica quanto à sua classe (isto é «classifica morfologicamente»: adjectivo, nome, determinante, verbo, advérbio, pronome, preposição, conjunção, interjeição) todas as palavras da frase:
Anticonstitucionalissimamente, o oftalmotorrinolaringologista receitou tetrabromometacresolsulfonoftaleína a um doente pneumoultramicroscopicos-silicovulcanoconiótico.
anticonstitucionalissimamente: _____________
o: __________
oftalmotorrinolaringologista: _____________
receitou: _____________
tetrabromometacresolsulfonoftaleína: ___________
a: _____________
um: _____________
doente: ____________
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico: ______________
Alguns critérios (mas incompletos!) para confirmar as classes:
Adjectivo
Pode usar-se com graus: «muito _______»; «mais ____ do que»;
Pode modificar («qualificar») um nome: «homem _______».
Nome
Pode ter um determinante antes: «o ______ ».
Advérbio
Pode modificar verbo: «respondeu _______»;
Pode incluir sufixo -mente (antes do -mente estará um adjectivo): «_______[adjectivo]______mente») [embora haja muitos advérbios que não são formados com -mente; ver lista na p. 88 do manual];
Não se pode flexionar (é invariável, portanto), excepto em grau.
Determinante
Pode ficar antes de um nome: «___ tigre».
Preposição
Não se pode flexionar (é invariável, portanto);
Vale a pena conhecê-las todas quase de cor (p. 64 do Caderno de Actividades).
Conjunção
Não se pode flexionar (é invariável).
Vale a pena conhecê-las todas (pp. 86-87 do manual).
Interjeição
Não se pode flexionar (é invariável);
Tem função exclusivamente emotiva (seguindo-se-lhe um ponto de exclamação);
É bastante independente das outras palavras.
Vale a pena conhecer as mais usuais (ver p. 87 do manual).
Verbo
Pode flexionar-se em pessoa e tempo: «Eu _____», «Tu _____»; «Ontem _____».
Pronome
Desempenha as mesmas funções de um nome (aliás, de um grupo nominal).
Escreve a classe de cada uma das palavras neste parágrafo:
— Oh! Adoro este coprólito lindíssimo — disse ela.
Vamos retomar o que vimos na última aula sobre géneros literários.
O livro está precisamente dividido por géneros. A parte destinada ao género narrativo vai da p. ____ à p. ____ (e tem uma bonita moldura de cor ________); a parte com textos do género dramático vai até à p. ____ (e tem cabeçalhos rosa e de outra cor que não sei definir); a parte com textos líricos vai até à p. ____ (e tem elegante moldura verde e azul).
Aparece ainda uma quarta secção, destinada ao género épico, onde estão sobretudo textos de ________, a epopeia escrita por __________. Porém, é costume integrar as epopeias — os poemas épicos — no género narrativo (ainda que com a particularidade de serem narrativas em verso). O próprio manual, na p. 32, põe a «epopeia» como texto narrativo (ao lado de lendas, _______, _______ e ________).
Na secção destinada ao género dramático, estão duas peças de teatro de Gil Vicente: ___________ e __________.
Regressemos ao texto que, na última aula, exemplificou o género narrativo, «Era uma praia muito grande» (p. 23), de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Vais alterar o texto a partir do 2.º parágrafo. Depois de «Nessa casa morava um rapazito que passava os dias a brincar na praia», cria uma continuação que seja mais de narração do que, como acontece no texto de Sophia, de descrição. (Portanto, tens de criar acontecimentos, peripécias, acções.)
Essa continuação predominantemente narrativa tem de ser coerente com as seis linhas até «praia», mas, a partir daí, podes — e deves — afastar-se do texto do manual.
Vamos ver um filme de João César Monteiro sobre Sophia de Mello Breyner Andresen. A certa altura, a poetisa lê parte de A Menina do Mar, obra a que também pertence o texto que lemos em aula. Ouve bem e vai apontando as respostas:
A parte que Sophia lê da sua Menina do Mar é mais de narração ou de descrição? ________
Xavier não gostou da leitura da mãe, porque achou que ela «inventou uma voz». Ele quer dizer que Sophia ______________.
Sophia diz que a sua verdadeira biografia são _________________.
Foi um dos filhos ou umas das filhas que pôs o gira-discos a tocar para impedir o discurso da mãe? ____________
Quando Maria vê fotos da mãe, compara-a com __________ Duncan (1877-1927), célebre bailarina (que morreu tragicamente).
Quantos filhos tem Sophia? ________________
TPC — Ler (ou começar a ler) Um fio de fumo nos confins do mar, de Alice Vieira.
Soluções
anticonstitucionalissimamente: advérbio (de modo)
o: determinante (artigo definido)
oftalmotorrinolaringologista: nome
receitou: verbo
tetrabromometacresolsulfonoftaleína: nome
a: preposição
um: determinante (artigo indefinido)
doente: nome
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico: adjectivo
O livro está precisamente dividido por géneros. A parte destinada ao género narrativo vai da p. 30 à p. 117 (e tem uma bonita moldura de cor azul); a parte com textos do género dramático vai até à p. 189 (e tem cabeçalhos rosa e de outra cor que não sei definir); a parte com textos líricos vai até à p. 215 (e tem elegante moldura verde e azul).
Aparece ainda uma quarta secção, destinada ao género épico, onde estão sobretudo textos de Os Lusíadas, a epopeia escrita por Luís de Camões. Porém, é costume integrar as epopeias — os poemas épicos — no género narrativo (ainda que com a particularidade de serem narrativas em verso). O próprio manual, na p. 32, põe a «epopeia» como texto narrativo (ao lado de lendas, contos, novelas e romances).
Na secção destinada ao género dramático, estão duas peças de teatro de Gil Vicente: Auto da Barca do Inferno e Auto da Índia.
A parte que Sophia lê da sua Menina do Mar é mais de narração ou de descrição? narração
Xavier não gostou da leitura da mãe, porque achou que ela «inventou uma voz». Ele quer dizer que Sophia não leu com naturalidade.
Sophia diz que a sua verdadeira biografia são os poemas.
Foi um dos filhos ou umas das filhas que pôs o gira-discos a tocar para impedir o discurso da mãe? Uma das filhas.
Quando Maria vê fotos da mãe, compara-a com Isadora Duncan (1877-1927), célebre bailarina (que morreu tragicamente).
Quantos filhos tem Sophia? Cinco.
Aula 5-6
Vai à p. 61 do Caderno de Actividades e, para melhorares o conhecimento de uma das classes que revimos na última aula, o advérbio, faz o ponto 1.1. Se necessário, podes apoiar-te num quadro com advérbios que está na p. 88 do livro principal. (Ajuda para a segunda coluna: há mobilidade do advérbio se este puder mudar de lugar na frase. Quanto à coluna da direita, escusas de a fazer, se não te lembrares bem das classificações sintácticas.)
Faz agora os pontos 2.1 e 2.2, na p. 62.
Situa-te nas pp. 110-117, onde se trata de Um fio de fumo nos confins do mar, de Alice Vieira. Parto do princípio de que leste em casa pelo menos os primeiros capítulos, mas o que vou pedir é provavelmente acessível mesmo a quem não ainda tenha avançado muito.
Em que género literário integras esta obra? _____________. Dentro desse género, definiríamos este livro como __________{consultar quadro da p. 32}.
Aproveitando o facto de estares na p. 32, vê ao lado, na p. 33, o ponto 1.5. para perceberes os três tipos de articulação narrativa: encadeamento, encaixe, alternância. Depois, decide qual deles mais se salienta no livro de Alice Vieira: ____________.
O ano passado exemplifiquei com três filmes estes tipos de articulação. Quando vimos Os Coristas, chamei a atenção para o encaixe — quase todo o filme era um flash-back, induzido por um álbum de memórias que Pépinot levava a um antigo colega. Em Elephant, exemplo de alternância, vimos que a história era-nos dada «em fatias» bastante desconexas (cada uma delas acompanhando uma das personagens), como se fosse um puzzle que competisse ao espectador ir montando. Por fim, O quarto do filho seguia a exacta cronologia dos acontecimentos (a história era-nos apresentada segundo a ordem em que tudo sucedera), sendo portanto um caso de puro encadeamento das acções.
Vê a tabela e vai completando.
Capítulo / Resumo / Tempo / Espaço / Alusões
1 (pp. 7-12) / Mademoiselle Nadine Fabre (Nani) vai assistir à ópera La Traviata, com Maria Callas, e cruza-se com João Queirós e Narcisa. Nesse mesmo dia nasce ________.
Pouco nos apercebemos do narrador ou narradora. Por enquanto, temos um narrador _________ {objectivo / subjectivo [v. p. 36 do manual]}, já que pouco opina. / Uma noite de 1958, em Lisboa. / Maria Callas em Lisboa. Filme La Dolce Vita [link para clip de homenagem ao filme], onde surge um fotógrafo chamado Paparazzo, será dois anos depois. Spice Girls ainda não sonham vir ao mundo. Incêndio do Chiado será trinta anos depois.
2 (pp. 13-20) / A narradora (participante, já que corresponde à personagem ______) espera pela sua vez de ser _______ e vai observando Rute Isabel, a apresentadora do programa _______. Ao mesmo tempo, vai-nos dando informações sobre a sua família. / Na actualidade, durante as gravações para programa de televisão, num ________. / Uma primeira alusão à ópera Madame Butterfly, de Puccini, e à protagonista Cio Cio San [transcrevo esse passo a seguir a esta tabela].
3 (pp. 21-25) / Narradora fala-nos sobretudo da família. / Idem. / À violoncelista Guilhermina Suggia.
4 (pp. 27-31) / Entrevista de Rute a um dos participantes no programa (irmão de Jesuína). Tudo em discurso directo, sem intervenção do narrador. Em itálico. / Idem. / Expo.
5 (pp. 33-35) / Narradora fala-nos da família (e de avô visconde). / [Idem, mas sem alusões ao espaço.] / Óperas O Barbeiro de Sevilha e O Trovador.
6 (pp. 37-39) / Narradora fala-nos da família. / Idem. / Filmes Férias em Roma e Serenata à chuva. Callas em Lisboa.
7 (pp. 41-46) / Narradora fala-nos de Nani. (E, tal como nos dois capítulos anteriores, é bastante ________ {objectiva / subjectiva} [cfr. p. 36 do manual].) / [Idem, mas não há alusões ao espaço.]/«Un bel di vedremo» (de Madame Butterfly) [texto 2, p. 113]. Medeia, com a Callas.
Lê o texto e, a seguir, completa o que escrevi.
Por isso avisei logo a Rute Isabel: comigo, podem perder as esperanças. Sou pouco dada a lágrimas, a não ser quando a pobre da Cio Cio San é abandonada pelo Pinkerton com uma criança nos braços.
Rute Isabel — A quem?
Eu — A Cio Cio San.
Rute Isabel — Não me lembro de ter entrevistado ninguém com esse nome. Tenho de ir ver as minhas fichas.
Eu — É a Madame Butterfly.
Rute Isabel — No meu programa tratamos toda a gente da mesma maneira. Não há cá madames, nem doutores, nem nada disso.
Eu — Esqueça, esqueça.
Rute Isabel — Se calhar foi qualquer coisa que você viu na concorrência, e está a confundir.
Eu — Deve ter sido.
(Alice Vieira, Um fio de fumo nos confins do mar, pp. 15-16)
Este trecho serve sobretudo para ridicularizar _______, mostrando-a como pessoa _________, já que não percebe que Madame Butterfly ___________. A sequência que está em discurso __________ {directo / indirecto} é-nos apresentada com os nomes das personagens a abrir as falas, como se se tratasse de texto do género ____________. Na última fala («Deve ter sido»), Mina usa uma _____________ {ironia / metáfora / comparação}, a figura de estilo em que, por troça, dizemos uma coisa mas pensamos o seu contrário.
Nas pp. 112-113 do manual, lê o texto 1.
Neste texto acentua-se a depreciação da personagem Rute Isabel (que diz «prontos» em vez de ________). Há uma frase em que a narradora de novo ironiza, aludindo à linguagem de Rute: «______________».
A última fala deste texto, proferida na variedade ____________ do português, é dirigida a _________ {Crispim / Mina}.
Na p. 113 do manual, lê o texto 2.
Percebemos agora o sentido do título Um fio de fumo nos confins do mar.
A ária «Un bel di vedremo» pertence a Madame Butterfly, de Giacomo Puccini (1858-1924), e foi cantada por, entre outras, Maria Callas. Nesta ópera, cuja acção se passa em Nagasáqui, no Japão, a jovem gueixa Cio Cio San (Madame Butterfly) casa com Pinkerton, um oficial da marinha americana. Pinkerton regressa à América e, sem o saber, deixa Cio Cio San grávida. Prometeu regressar «quando os pintarroxos fizerem os seus ninhos», mas já passaram três anos e a rapariga continua a aguardá-lo. Já só ela acredita que, um belo dia, ainda avistaria... um fio de fumo nos confins do mar, ou seja, veria ao longe o navio do marido a chegar ao Japão. No caso deste texto 2, o fio de fumo no horizonte anunciaria a Mina o aparecimento do ______, que ela não _______.
Indica a classe de cada palavra (isto é: classifica «morfologicamente»):
Um belo dia veremos um fio de fumo nos confins do mar
Um = __________; belo = ___________; dia = _________; veremos = _________; um = _________; fio = ___________; de = __________ ; fumo = __________; nos = contracção da preposição «em» com o determinante (artigo definido) «os»; confins = _________; do = _________; mar = ________.
Veremos agora a cena da ária «Un bel di vedremo» numa encenação de Madame Butterfly filmada em 1974.
Como se explica no livro de Alice Vieira, a palavra «paparazzi» tem origem recente, 1960. O nome próprio Paparazzo (nome de um fotógrafo no filme La Dolce Vita, de Federico Fellini) fez surgir o nome comum paparazzi ('fotógrafos que perseguem as celebridades'). Este processo denomina-se ____________ (ou «conversão», como seria mais correcto dizer).
Se houver tempo, talvez possamos ver o início do filme de Fellini, até aparecer a referida personagem.
Em http://gavetadenuvens.blogspot.com/, numa secção para Um fio de fumo, pus links para a ária «Un bel di vedremo» (em interpretações de Maria Callas e de outras sopranos) e também para clip de adaptação moderna, por Malcolm McClaren, do mesmo tema.
TPC — Concluir a leitura de Um fio de fumo nos confins do mar.
Soluções
Hoje, na turma do 9.º C, todos vivem radiantes. Mas, amanhã, quando terminar o 3.º ciclo e entrarem no Ensino Secundário, tal não acontecerá. Uns irão para aqui, outros para acolá e uns tantos para a mesma escola... Renegarão, por isso, a amizade? Jamais! Sempre se deram bem e hão-de continuar muito unidos. No entanto, pergunta-se: — A vida pregar-lhes-á alguma partida? Talvez. Pensar que a vida, com as suas partidas, atinge só os outros é ilusão. Atinge até os que se dizem bastante prevenidos.
Tempo amanhã sim
sempre sim
Lugar aqui não
acolá não
Negação não não
jamais -
Dúvida talvez -
Modo bem não
Exclusão só mais ou menos
Inclusão até mais ou menos
Quantidade muito não
bastante não
ininterruptamente
unanimemente
literalmente
enfaticamente
Instantaneamente, desanquei a repelente ministra.
Briosamente, Ricardo sofreu três túneis.
Alegremente, reencontro os sacaninhas do 9.º ano.
Apressadamente, os dodós fugiram.
Neste caso, não. O verbo precisa dele.
É um complemento do verbo (não exactamente um «complemento circunstancial»).
Situa-te nas pp. 110-117, onde se trata de Um fio de fumo nos confins do mar, de Alice Vieira. Parto do princípio de que leste em casa pelo menos os primeiros capítulos, mas o que vou pedir é provavelmente acessível mesmo a quem não ainda tenha avançado muito.
Em que género literário integras esta obra? No género narrativo. Dentro desse género, definiríamos este livro como novela {consultar quadro da p. 32}.
Mademoiselle Nadine Fabre (Nani) vai assistir à ópera La Traviata, com Maria Callas, e cruza-se com João Queirós e Narcisa. Nesse mesmo dia nasce Cacilda.
Pouco nos apercebemos do narrador ou narradora. Por enquanto, temos um narrador objectivo, já que pouco opina.
A narradora (participante, já que corresponde à personagem Mina) espera pela sua vez de ser entrevistada e vai observando Rute Isabel, a apresentadora do programa Quem sabe deles?. Ao mesmo tempo, vai-nos dando informações sobre a sua família.
Na actualidade, durante as gravações para programa de televisão, num estúdio.
Narradora fala-nos de Nani. (E, tal como nos dois capítulos anteriores, é bastante subjectiva.)
Este trecho serve sobretudo para ridicularizar Rute Isabel, mostrando-a como pessoa inculta, já que não percebe que Madame Butterfly é uma personagem de uma ópera. A sequência que está em discurso directo é-nos apresentada com os nomes das personagens a abrir as falas, como se se tratasse de texto do género dramático. Na última fala («Deve ter sido»), Mina usa uma ironia (a figura de estilo em que, por troça, dizemos uma coisa mas pensamos o seu contrário).
Nas pp. 112-113 do manual, lê o texto 1.
Neste texto acentua-se a depreciação da personagem Rute Isabel (que diz «prontos» em vez de «pronto). Há uma frase em que a narradora de novo ironiza, aludindo à linguagem de Rute: «E prontos, quando cheguei logo se viu».
A última fala deste texto, proferida na variedade brasileira do português, é dirigida a Crispim.
Na p. 113 do manual, lê o texto 2.
Percebemos agora o sentido do título Um fio de fumo nos confins do mar.
A ária «Un bel di vedremo» pertence a Madame Butterfly, de Giacomo Puccini (1858-1924), e foi cantada por, entre outras, Maria Callas. Nesta ópera, cuja acção se passa em Nagasáqui, no Japão, a jovem gueixa Cio Cio San (Madame Butterfly) casa com Pinkerton, um oficial da marinha americana. Pinkerton regressa à América e, sem o saber, deixa Cio Cio San grávida. Prometeu regressar «quando os pintarroxos fizerem os seus ninhos», mas já passaram três anos e a rapariga continua a aguardá-lo. Já só ela acredita que, um belo dia, ainda avistaria... um fio de fumo nos confins do mundo, ou seja, veria ao longe o navio do marido a chegar ao Japão. No caso deste texto 2, o fio de fumo no horizonte anunciaria a Mina o aparecimento do pai, que ela não conhece.
Indica a classe de cada palavra (isto é: classifica «morfologicamente»):
Um belo dia veremos um fio de fumo nos confins do mar
Um = determinante (artigo indefinido); belo =adjectivo; dia = nome; veremos = verbo; um = determinante (artigo indefinido); fio = nome; de = preposição; fumo = nome; nos = contracção da preposição «em» com o determinante (artigo definido) «os»; confins = nome; do = contracção da preposição «de» com o determinante (artigo definido) «o»; mar = nome.
Veremos agora a cena da ária «Un bel di vedremo» numa encenação de Madame Butterfly filmada em 1974.
Como se explica no livro de Alice Vieira, a palavra «paparazzi» tem origem recente, 1960. O nome próprio Paparazzo (nome de um fotógrafo no filme La Dolce Vita, de Federico Fellini) fez surgir o nome comum paparazzi ('fotógrafos que perseguem as celebridades'). Este processo denomina-se derivação imprópria (ou «conversão», como seria mais correcto dizer).
Aula 7-8
À medida que fores lendo os textos 3-6 das pp. 113-116, verifica cada uma das afirmações, marcando com um xis a única alínea certa.
Texto 3
«Depois vinha ainda o sobrinho do Sr. Arménio do talho» (6.º parágrafo) significa que
a) aparecia o sobrinho do Sr. Arménio.
b) o caso do sobrinho do Sr. Arménio servia de exemplo à mãe de Mina.
c) o Sr. Arménio era tio de Crispim.
d) o sobrinho do Sr. Arménio era referido por Crispim.
A posição da mãe de Mina — Cacilda — acerca da utilidade, ou não, dos estudos seria provavelmente influenciada sobretudo por
a) exemplos de pessoas a quem a licenciatura de pouco servira em termos de emprego.
b) consciência das poucas capacidades intelectuais de Mina.
c) alcoolismo.
d) pessimismo (ou até ressentimento) relacionado com a sua própria experiência.
Desta posição de Cacilda (não querer que Mina continuasse os estudos) discordava
a) apenas Crispim.
b) apenas Nani.
c) Crispim, mas também Nani, a avó «adoptiva» de Mina.
d) Mantorras.
Texto 4
Este trecho é
a) sobretudo de narração e inclui algum diálogo.
b) quase uma espécie de monólogo do narrador.
c) um meio-termo entre narração e descrição.
d) um diálogo em discurso directo.
A narradora mostra-se
a) menos seduzida pelas modas introduzidas pela televisão do que as colegas.
b) mais fútil do que as colegas (que têm já planos de vida concebidos).
c) preguiçosa, já que queria abandonar a escola logo que pudesse.
d) segura do seu futuro profissional.
Texto 5
No primeiro parágrafo, a parte entre aspas («cheio [...] sabe como é...») terá sido dita
a) por Mina.
b) pelo Visconde.
c) por Mademoiselle Nadine Fabre.
d) pela Viscondessa.
No décimo parágrafo («— O teu avô era um grande reaccionário — diz sempre a Nani quando chega a esta parte da história, a boca a rebentar-lhe de erres»), a expressão «a boca a rebentar-lhe de erres» significa que
a) Nani detestava de tal modo o avô de Mina, que ficava transtornada.
b) Nani tinha cáries em estado muito avançado.
c) Nani gostava de fingir uma pronúncia «chic», típica da burguesia.
d) Nani habitualmente pronunciava os erres à francesa.
Texto 6
O primeiro parágrafo («De preto [...] escândalo») está em {pode ajudar-te a p. 38 do manual}
a) discurso directo.
b) discurso indirecto.
c) discurso indirecto e discurso directo.
d) discurso indirecto e discurso indirecto livre (em que o discurso indirecto se aproxima do discurso directo).
Percebemos que, segundo a mulher, a morte de João Queirós
a) se devera a uma gripe.
b) fora devida apenas a um comportamento dos caseiros.
c) fora atribuída a uma gripe, mas fora influenciada por comportamento dos caseiros.
d) fora para si uma sorte imensa, já que ficara «podre de rica».
Como achas que se resolve o final de Madame Butterfly?
a) Pinkerton regressa, já casado com uma americana; Cio Cio San (Butterfly) mata-o.
b) Pinkerton regressa e acaba por ficar a viver com Cio Cio San (Butterfly).
c) Pinkerton regressa, casado com uma americana; Cio Cio San suicida-se, por haraquiri.
d) Pinkerton regressa, mas Cio Cio San apercebe-se de que afinal não o ama.
e) Pinkerton não chega a regressar (nunca surge um «fio de fumo nos confins do mar»).
Ao estilo dos «Pequenos Prazeres» que terás feito em recente trabalho de casa, escreve um, dois ou três teus pequenos prazeres mas obrigatoriamente ligados à alimentação. (Destina-se isto a reunir trechos para uma pequena exposição — organizada pelo CRE, no dia mundial da alimentação.) Antes de começares, revê a fotocópia em que estavam os exemplos de Filipa Melo.
Vamos ver o começo de uma comédia (Edtv, de Ron Howard), que — como, de certo modo, acontece com Um fio de fumo nos confins do mar — foca os programas de televisão que implicam a perda de privacidade de quem neles participa. No final da parte que vamos ver, preenche esta comparação.
Um fio de fumo nos confins do mar / Ed TV
Personagem protagonista (e «assediada» pela televisão)
_______. / Ed Pekurny.
Atitude desta relativamente ao aparecimento em programas de televisão
Foi ao programa, mas _________ / Ed _______
Atitude de personagens secundárias relativamente à televisão
Crispim acompanhou Mina, mas _________; Nani até queria ter ________ (cfr. p. 95 de Um fio) / O irmão, Ray, teria até gostado ___________. A mãe e o padrasto __________ de participar.
Personagem que mais representa o lado da televisão
A entrevistadora, ___________. / Cynthia Topping, que desempenha _________.
Posição desta perante as audiências
Rute tem medo de que __________ / Cynthia __________
Nome do programa
__________ /___________
Grau de invasão da privacidade que provoca
___________ / ___________
Sucesso do programa excedeu as expectativas ou ficou aquém do que se esperava?
__________ / Houve mais entusiasmo do que se esperava.
Há reencontros familiares motivados pelo programa?Mina ________ / Ed __________
(Já o ano passado lêramos um conto de Alice Vieira, «Temos de começar a jantar à mesa», que também aproveitava os programas ao género de «Quem sabe deles?». Aí eram os pais e o irmão de Carolina que, para grande vergonha desta, iam a um programa de televisão, onde conheciam Felicidade, filha inesperada do pai de Carolina.)
O livro está precisamente dividido por géneros. A parte destinada ao género narrativo vai da p. ____ à p. ____ (e tem uma bonita moldura de cor ________); a parte com textos do género dramático vai até à p. ____ (e tem cabeçalhos rosa e de outra cor que não sei definir); a parte com textos líricos vai até à p. ____ (e tem elegante moldura verde e azul).
Aparece ainda uma quarta secção, destinada ao género épico, onde estão sobretudo textos de ________, a epopeia escrita por __________. Porém, é costume integrar as epopeias — os poemas épicos — no género narrativo (ainda que com a particularidade de serem narrativas em verso). O próprio manual, na p. 32, põe a «epopeia» como texto narrativo (ao lado de lendas, _______, _______ e ________).
Na secção destinada ao género dramático, estão duas peças de teatro de Gil Vicente: ___________ e __________.
Regressemos ao texto que, na última aula, exemplificou o género narrativo, «Era uma praia muito grande» (p. 23), de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Vais alterar o texto a partir do 2.º parágrafo. Depois de «Nessa casa morava um rapazito que passava os dias a brincar na praia», cria uma continuação que seja mais de narração do que, como acontece no texto de Sophia, de descrição. (Portanto, tens de criar acontecimentos, peripécias, acções.)
Essa continuação predominantemente narrativa tem de ser coerente com as seis linhas até «praia», mas, a partir daí, podes — e deves — afastar-se do texto do manual.
Vamos ver um filme de João César Monteiro sobre Sophia de Mello Breyner Andresen. A certa altura, a poetisa lê parte de A Menina do Mar, obra a que também pertence o texto que lemos em aula. Ouve bem e vai apontando as respostas:
A parte que Sophia lê da sua Menina do Mar é mais de narração ou de descrição? ________
Xavier não gostou da leitura da mãe, porque achou que ela «inventou uma voz». Ele quer dizer que Sophia ______________.
Sophia diz que a sua verdadeira biografia são _________________.
Foi um dos filhos ou umas das filhas que pôs o gira-discos a tocar para impedir o discurso da mãe? ____________
Quando Maria vê fotos da mãe, compara-a com __________ Duncan (1877-1927), célebre bailarina (que morreu tragicamente).
Quantos filhos tem Sophia? ________________
TPC — Ler (ou começar a ler) Um fio de fumo nos confins do mar, de Alice Vieira.
Soluções
anticonstitucionalissimamente: advérbio (de modo)
o: determinante (artigo definido)
oftalmotorrinolaringologista: nome
receitou: verbo
tetrabromometacresolsulfonoftaleína: nome
a: preposição
um: determinante (artigo indefinido)
doente: nome
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico: adjectivo
O livro está precisamente dividido por géneros. A parte destinada ao género narrativo vai da p. 30 à p. 117 (e tem uma bonita moldura de cor azul); a parte com textos do género dramático vai até à p. 189 (e tem cabeçalhos rosa e de outra cor que não sei definir); a parte com textos líricos vai até à p. 215 (e tem elegante moldura verde e azul).
Aparece ainda uma quarta secção, destinada ao género épico, onde estão sobretudo textos de Os Lusíadas, a epopeia escrita por Luís de Camões. Porém, é costume integrar as epopeias — os poemas épicos — no género narrativo (ainda que com a particularidade de serem narrativas em verso). O próprio manual, na p. 32, põe a «epopeia» como texto narrativo (ao lado de lendas, contos, novelas e romances).
Na secção destinada ao género dramático, estão duas peças de teatro de Gil Vicente: Auto da Barca do Inferno e Auto da Índia.
A parte que Sophia lê da sua Menina do Mar é mais de narração ou de descrição? narração
Xavier não gostou da leitura da mãe, porque achou que ela «inventou uma voz». Ele quer dizer que Sophia não leu com naturalidade.
Sophia diz que a sua verdadeira biografia são os poemas.
Foi um dos filhos ou umas das filhas que pôs o gira-discos a tocar para impedir o discurso da mãe? Uma das filhas.
Quando Maria vê fotos da mãe, compara-a com Isadora Duncan (1877-1927), célebre bailarina (que morreu tragicamente).
Quantos filhos tem Sophia? Cinco.
Aula 5-6
Vai à p. 61 do Caderno de Actividades e, para melhorares o conhecimento de uma das classes que revimos na última aula, o advérbio, faz o ponto 1.1. Se necessário, podes apoiar-te num quadro com advérbios que está na p. 88 do livro principal. (Ajuda para a segunda coluna: há mobilidade do advérbio se este puder mudar de lugar na frase. Quanto à coluna da direita, escusas de a fazer, se não te lembrares bem das classificações sintácticas.)
Faz agora os pontos 2.1 e 2.2, na p. 62.
Situa-te nas pp. 110-117, onde se trata de Um fio de fumo nos confins do mar, de Alice Vieira. Parto do princípio de que leste em casa pelo menos os primeiros capítulos, mas o que vou pedir é provavelmente acessível mesmo a quem não ainda tenha avançado muito.
Em que género literário integras esta obra? _____________. Dentro desse género, definiríamos este livro como __________{consultar quadro da p. 32}.
Aproveitando o facto de estares na p. 32, vê ao lado, na p. 33, o ponto 1.5. para perceberes os três tipos de articulação narrativa: encadeamento, encaixe, alternância. Depois, decide qual deles mais se salienta no livro de Alice Vieira: ____________.
O ano passado exemplifiquei com três filmes estes tipos de articulação. Quando vimos Os Coristas, chamei a atenção para o encaixe — quase todo o filme era um flash-back, induzido por um álbum de memórias que Pépinot levava a um antigo colega. Em Elephant, exemplo de alternância, vimos que a história era-nos dada «em fatias» bastante desconexas (cada uma delas acompanhando uma das personagens), como se fosse um puzzle que competisse ao espectador ir montando. Por fim, O quarto do filho seguia a exacta cronologia dos acontecimentos (a história era-nos apresentada segundo a ordem em que tudo sucedera), sendo portanto um caso de puro encadeamento das acções.
Vê a tabela e vai completando.
Capítulo / Resumo / Tempo / Espaço / Alusões
1 (pp. 7-12) / Mademoiselle Nadine Fabre (Nani) vai assistir à ópera La Traviata, com Maria Callas, e cruza-se com João Queirós e Narcisa. Nesse mesmo dia nasce ________.
Pouco nos apercebemos do narrador ou narradora. Por enquanto, temos um narrador _________ {objectivo / subjectivo [v. p. 36 do manual]}, já que pouco opina. / Uma noite de 1958, em Lisboa. / Maria Callas em Lisboa. Filme La Dolce Vita [link para clip de homenagem ao filme], onde surge um fotógrafo chamado Paparazzo, será dois anos depois. Spice Girls ainda não sonham vir ao mundo. Incêndio do Chiado será trinta anos depois.
2 (pp. 13-20) / A narradora (participante, já que corresponde à personagem ______) espera pela sua vez de ser _______ e vai observando Rute Isabel, a apresentadora do programa _______. Ao mesmo tempo, vai-nos dando informações sobre a sua família. / Na actualidade, durante as gravações para programa de televisão, num ________. / Uma primeira alusão à ópera Madame Butterfly, de Puccini, e à protagonista Cio Cio San [transcrevo esse passo a seguir a esta tabela].
3 (pp. 21-25) / Narradora fala-nos sobretudo da família. / Idem. / À violoncelista Guilhermina Suggia.
4 (pp. 27-31) / Entrevista de Rute a um dos participantes no programa (irmão de Jesuína). Tudo em discurso directo, sem intervenção do narrador. Em itálico. / Idem. / Expo.
5 (pp. 33-35) / Narradora fala-nos da família (e de avô visconde). / [Idem, mas sem alusões ao espaço.] / Óperas O Barbeiro de Sevilha e O Trovador.
6 (pp. 37-39) / Narradora fala-nos da família. / Idem. / Filmes Férias em Roma e Serenata à chuva. Callas em Lisboa.
7 (pp. 41-46) / Narradora fala-nos de Nani. (E, tal como nos dois capítulos anteriores, é bastante ________ {objectiva / subjectiva} [cfr. p. 36 do manual].) / [Idem, mas não há alusões ao espaço.]/«Un bel di vedremo» (de Madame Butterfly) [texto 2, p. 113]. Medeia, com a Callas.
Lê o texto e, a seguir, completa o que escrevi.
Por isso avisei logo a Rute Isabel: comigo, podem perder as esperanças. Sou pouco dada a lágrimas, a não ser quando a pobre da Cio Cio San é abandonada pelo Pinkerton com uma criança nos braços.
Rute Isabel — A quem?
Eu — A Cio Cio San.
Rute Isabel — Não me lembro de ter entrevistado ninguém com esse nome. Tenho de ir ver as minhas fichas.
Eu — É a Madame Butterfly.
Rute Isabel — No meu programa tratamos toda a gente da mesma maneira. Não há cá madames, nem doutores, nem nada disso.
Eu — Esqueça, esqueça.
Rute Isabel — Se calhar foi qualquer coisa que você viu na concorrência, e está a confundir.
Eu — Deve ter sido.
(Alice Vieira, Um fio de fumo nos confins do mar, pp. 15-16)
Este trecho serve sobretudo para ridicularizar _______, mostrando-a como pessoa _________, já que não percebe que Madame Butterfly ___________. A sequência que está em discurso __________ {directo / indirecto} é-nos apresentada com os nomes das personagens a abrir as falas, como se se tratasse de texto do género ____________. Na última fala («Deve ter sido»), Mina usa uma _____________ {ironia / metáfora / comparação}, a figura de estilo em que, por troça, dizemos uma coisa mas pensamos o seu contrário.
Nas pp. 112-113 do manual, lê o texto 1.
Neste texto acentua-se a depreciação da personagem Rute Isabel (que diz «prontos» em vez de ________). Há uma frase em que a narradora de novo ironiza, aludindo à linguagem de Rute: «______________».
A última fala deste texto, proferida na variedade ____________ do português, é dirigida a _________ {Crispim / Mina}.
Na p. 113 do manual, lê o texto 2.
Percebemos agora o sentido do título Um fio de fumo nos confins do mar.
A ária «Un bel di vedremo» pertence a Madame Butterfly, de Giacomo Puccini (1858-1924), e foi cantada por, entre outras, Maria Callas. Nesta ópera, cuja acção se passa em Nagasáqui, no Japão, a jovem gueixa Cio Cio San (Madame Butterfly) casa com Pinkerton, um oficial da marinha americana. Pinkerton regressa à América e, sem o saber, deixa Cio Cio San grávida. Prometeu regressar «quando os pintarroxos fizerem os seus ninhos», mas já passaram três anos e a rapariga continua a aguardá-lo. Já só ela acredita que, um belo dia, ainda avistaria... um fio de fumo nos confins do mar, ou seja, veria ao longe o navio do marido a chegar ao Japão. No caso deste texto 2, o fio de fumo no horizonte anunciaria a Mina o aparecimento do ______, que ela não _______.
Indica a classe de cada palavra (isto é: classifica «morfologicamente»):
Um belo dia veremos um fio de fumo nos confins do mar
Um = __________; belo = ___________; dia = _________; veremos = _________; um = _________; fio = ___________; de = __________ ; fumo = __________; nos = contracção da preposição «em» com o determinante (artigo definido) «os»; confins = _________; do = _________; mar = ________.
Veremos agora a cena da ária «Un bel di vedremo» numa encenação de Madame Butterfly filmada em 1974.
Como se explica no livro de Alice Vieira, a palavra «paparazzi» tem origem recente, 1960. O nome próprio Paparazzo (nome de um fotógrafo no filme La Dolce Vita, de Federico Fellini) fez surgir o nome comum paparazzi ('fotógrafos que perseguem as celebridades'). Este processo denomina-se ____________ (ou «conversão», como seria mais correcto dizer).
Se houver tempo, talvez possamos ver o início do filme de Fellini, até aparecer a referida personagem.
Em http://gavetadenuvens.blogspot.com/, numa secção para Um fio de fumo, pus links para a ária «Un bel di vedremo» (em interpretações de Maria Callas e de outras sopranos) e também para clip de adaptação moderna, por Malcolm McClaren, do mesmo tema.
TPC — Concluir a leitura de Um fio de fumo nos confins do mar.
Soluções
Hoje, na turma do 9.º C, todos vivem radiantes. Mas, amanhã, quando terminar o 3.º ciclo e entrarem no Ensino Secundário, tal não acontecerá. Uns irão para aqui, outros para acolá e uns tantos para a mesma escola... Renegarão, por isso, a amizade? Jamais! Sempre se deram bem e hão-de continuar muito unidos. No entanto, pergunta-se: — A vida pregar-lhes-á alguma partida? Talvez. Pensar que a vida, com as suas partidas, atinge só os outros é ilusão. Atinge até os que se dizem bastante prevenidos.
Tempo amanhã sim
sempre sim
Lugar aqui não
acolá não
Negação não não
jamais -
Dúvida talvez -
Modo bem não
Exclusão só mais ou menos
Inclusão até mais ou menos
Quantidade muito não
bastante não
ininterruptamente
unanimemente
literalmente
enfaticamente
Instantaneamente, desanquei a repelente ministra.
Briosamente, Ricardo sofreu três túneis.
Alegremente, reencontro os sacaninhas do 9.º ano.
Apressadamente, os dodós fugiram.
Neste caso, não. O verbo precisa dele.
É um complemento do verbo (não exactamente um «complemento circunstancial»).
Situa-te nas pp. 110-117, onde se trata de Um fio de fumo nos confins do mar, de Alice Vieira. Parto do princípio de que leste em casa pelo menos os primeiros capítulos, mas o que vou pedir é provavelmente acessível mesmo a quem não ainda tenha avançado muito.
Em que género literário integras esta obra? No género narrativo. Dentro desse género, definiríamos este livro como novela {consultar quadro da p. 32}.
Mademoiselle Nadine Fabre (Nani) vai assistir à ópera La Traviata, com Maria Callas, e cruza-se com João Queirós e Narcisa. Nesse mesmo dia nasce Cacilda.
Pouco nos apercebemos do narrador ou narradora. Por enquanto, temos um narrador objectivo, já que pouco opina.
A narradora (participante, já que corresponde à personagem Mina) espera pela sua vez de ser entrevistada e vai observando Rute Isabel, a apresentadora do programa Quem sabe deles?. Ao mesmo tempo, vai-nos dando informações sobre a sua família.
Na actualidade, durante as gravações para programa de televisão, num estúdio.
Narradora fala-nos de Nani. (E, tal como nos dois capítulos anteriores, é bastante subjectiva.)
Este trecho serve sobretudo para ridicularizar Rute Isabel, mostrando-a como pessoa inculta, já que não percebe que Madame Butterfly é uma personagem de uma ópera. A sequência que está em discurso directo é-nos apresentada com os nomes das personagens a abrir as falas, como se se tratasse de texto do género dramático. Na última fala («Deve ter sido»), Mina usa uma ironia (a figura de estilo em que, por troça, dizemos uma coisa mas pensamos o seu contrário).
Nas pp. 112-113 do manual, lê o texto 1.
Neste texto acentua-se a depreciação da personagem Rute Isabel (que diz «prontos» em vez de «pronto). Há uma frase em que a narradora de novo ironiza, aludindo à linguagem de Rute: «E prontos, quando cheguei logo se viu».
A última fala deste texto, proferida na variedade brasileira do português, é dirigida a Crispim.
Na p. 113 do manual, lê o texto 2.
Percebemos agora o sentido do título Um fio de fumo nos confins do mar.
A ária «Un bel di vedremo» pertence a Madame Butterfly, de Giacomo Puccini (1858-1924), e foi cantada por, entre outras, Maria Callas. Nesta ópera, cuja acção se passa em Nagasáqui, no Japão, a jovem gueixa Cio Cio San (Madame Butterfly) casa com Pinkerton, um oficial da marinha americana. Pinkerton regressa à América e, sem o saber, deixa Cio Cio San grávida. Prometeu regressar «quando os pintarroxos fizerem os seus ninhos», mas já passaram três anos e a rapariga continua a aguardá-lo. Já só ela acredita que, um belo dia, ainda avistaria... um fio de fumo nos confins do mundo, ou seja, veria ao longe o navio do marido a chegar ao Japão. No caso deste texto 2, o fio de fumo no horizonte anunciaria a Mina o aparecimento do pai, que ela não conhece.
Indica a classe de cada palavra (isto é: classifica «morfologicamente»):
Um belo dia veremos um fio de fumo nos confins do mar
Um = determinante (artigo indefinido); belo =adjectivo; dia = nome; veremos = verbo; um = determinante (artigo indefinido); fio = nome; de = preposição; fumo = nome; nos = contracção da preposição «em» com o determinante (artigo definido) «os»; confins = nome; do = contracção da preposição «de» com o determinante (artigo definido) «o»; mar = nome.
Veremos agora a cena da ária «Un bel di vedremo» numa encenação de Madame Butterfly filmada em 1974.
Como se explica no livro de Alice Vieira, a palavra «paparazzi» tem origem recente, 1960. O nome próprio Paparazzo (nome de um fotógrafo no filme La Dolce Vita, de Federico Fellini) fez surgir o nome comum paparazzi ('fotógrafos que perseguem as celebridades'). Este processo denomina-se derivação imprópria (ou «conversão», como seria mais correcto dizer).
Aula 7-8
À medida que fores lendo os textos 3-6 das pp. 113-116, verifica cada uma das afirmações, marcando com um xis a única alínea certa.
Texto 3
«Depois vinha ainda o sobrinho do Sr. Arménio do talho» (6.º parágrafo) significa que
a) aparecia o sobrinho do Sr. Arménio.
b) o caso do sobrinho do Sr. Arménio servia de exemplo à mãe de Mina.
c) o Sr. Arménio era tio de Crispim.
d) o sobrinho do Sr. Arménio era referido por Crispim.
A posição da mãe de Mina — Cacilda — acerca da utilidade, ou não, dos estudos seria provavelmente influenciada sobretudo por
a) exemplos de pessoas a quem a licenciatura de pouco servira em termos de emprego.
b) consciência das poucas capacidades intelectuais de Mina.
c) alcoolismo.
d) pessimismo (ou até ressentimento) relacionado com a sua própria experiência.
Desta posição de Cacilda (não querer que Mina continuasse os estudos) discordava
a) apenas Crispim.
b) apenas Nani.
c) Crispim, mas também Nani, a avó «adoptiva» de Mina.
d) Mantorras.
Texto 4
Este trecho é
a) sobretudo de narração e inclui algum diálogo.
b) quase uma espécie de monólogo do narrador.
c) um meio-termo entre narração e descrição.
d) um diálogo em discurso directo.
A narradora mostra-se
a) menos seduzida pelas modas introduzidas pela televisão do que as colegas.
b) mais fútil do que as colegas (que têm já planos de vida concebidos).
c) preguiçosa, já que queria abandonar a escola logo que pudesse.
d) segura do seu futuro profissional.
Texto 5
No primeiro parágrafo, a parte entre aspas («cheio [...] sabe como é...») terá sido dita
a) por Mina.
b) pelo Visconde.
c) por Mademoiselle Nadine Fabre.
d) pela Viscondessa.
No décimo parágrafo («— O teu avô era um grande reaccionário — diz sempre a Nani quando chega a esta parte da história, a boca a rebentar-lhe de erres»), a expressão «a boca a rebentar-lhe de erres» significa que
a) Nani detestava de tal modo o avô de Mina, que ficava transtornada.
b) Nani tinha cáries em estado muito avançado.
c) Nani gostava de fingir uma pronúncia «chic», típica da burguesia.
d) Nani habitualmente pronunciava os erres à francesa.
Texto 6
O primeiro parágrafo («De preto [...] escândalo») está em {pode ajudar-te a p. 38 do manual}
a) discurso directo.
b) discurso indirecto.
c) discurso indirecto e discurso directo.
d) discurso indirecto e discurso indirecto livre (em que o discurso indirecto se aproxima do discurso directo).
Percebemos que, segundo a mulher, a morte de João Queirós
a) se devera a uma gripe.
b) fora devida apenas a um comportamento dos caseiros.
c) fora atribuída a uma gripe, mas fora influenciada por comportamento dos caseiros.
d) fora para si uma sorte imensa, já que ficara «podre de rica».
Como achas que se resolve o final de Madame Butterfly?
a) Pinkerton regressa, já casado com uma americana; Cio Cio San (Butterfly) mata-o.
b) Pinkerton regressa e acaba por ficar a viver com Cio Cio San (Butterfly).
c) Pinkerton regressa, casado com uma americana; Cio Cio San suicida-se, por haraquiri.
d) Pinkerton regressa, mas Cio Cio San apercebe-se de que afinal não o ama.
e) Pinkerton não chega a regressar (nunca surge um «fio de fumo nos confins do mar»).
Ao estilo dos «Pequenos Prazeres» que terás feito em recente trabalho de casa, escreve um, dois ou três teus pequenos prazeres mas obrigatoriamente ligados à alimentação. (Destina-se isto a reunir trechos para uma pequena exposição — organizada pelo CRE, no dia mundial da alimentação.) Antes de começares, revê a fotocópia em que estavam os exemplos de Filipa Melo.
Vamos ver o começo de uma comédia (Edtv, de Ron Howard), que — como, de certo modo, acontece com Um fio de fumo nos confins do mar — foca os programas de televisão que implicam a perda de privacidade de quem neles participa. No final da parte que vamos ver, preenche esta comparação.
Um fio de fumo nos confins do mar / Ed TV
Personagem protagonista (e «assediada» pela televisão)
_______. / Ed Pekurny.
Atitude desta relativamente ao aparecimento em programas de televisão
Foi ao programa, mas _________ / Ed _______
Atitude de personagens secundárias relativamente à televisão
Crispim acompanhou Mina, mas _________; Nani até queria ter ________ (cfr. p. 95 de Um fio) / O irmão, Ray, teria até gostado ___________. A mãe e o padrasto __________ de participar.
Personagem que mais representa o lado da televisão
A entrevistadora, ___________. / Cynthia Topping, que desempenha _________.
Posição desta perante as audiências
Rute tem medo de que __________ / Cynthia __________
Nome do programa
__________ /___________
Grau de invasão da privacidade que provoca
___________ / ___________
Sucesso do programa excedeu as expectativas ou ficou aquém do que se esperava?
__________ / Houve mais entusiasmo do que se esperava.
Há reencontros familiares motivados pelo programa?Mina ________ / Ed __________
(Já o ano passado lêramos um conto de Alice Vieira, «Temos de começar a jantar à mesa», que também aproveitava os programas ao género de «Quem sabe deles?». Aí eram os pais e o irmão de Carolina que, para grande vergonha desta, iam a um programa de televisão, onde conheciam Felicidade, filha inesperada do pai de Carolina.)
TPC — Ao estilo do que se segue sobre Luís Miguel Cintra [no blogue não posso pôr a fotocópia], faz uma «Vidas em números» sobre ti próprio/a. Não tens de seguir os mesmos assuntos. A dimensão dos textos é que não deve ser muito diferente, bem como o registo linguístico. Embora te vás reportar a factos teus, deves usar uma narração de 3.ª pessoa. Não faço questão de que os algarismos estejam ampliados como acontece no que reproduzi.
Soluções
Um fio de fumo nos confins do mar/Ed TVPersonagem protagonista (e «assediada» pela televisão)
Mina / Ed Pekurny.
Atitude desta relativamente ao aparecimento em programas de televisão
Foi ao programa, mas já está quase rependida de se ter inscrito / Ed está entusiasmado com o tornar-se figura conhecida
Atitude de personagens secundárias relativamente à televisão
Crispim acompanhou Mina, mas nem quis entrar no estúdio; Nani até queria ter ido assistir / O irmão, Ray, teria até gostado de ser a figura principal. A mãe e o padrasto não se incomodam de participar.
Personagem que mais representa o lado da televisão
A entrevistadora, Rute Isabel./Cynthia Topping, que desempenha funções de, salvo erro, produtora ou supervisora de programas.
Posição desta perante as audiências
Rute tem medo de perder audiência por não haver suficiente espectacularidade / Cynthia procura recuperar espectadores para o seu canal através de programa inovador
Nome do programa
Quem sabe deles? / TV Verdade (True TV)
Grau de invasão da privacidade que provoca
Ligeiro e momentâneo / Maior
Sucesso do programa excedeu as expectativas ou ficou aquém do que se esperava?
Foi pior do que o costume / Houve mais entusiasmo do que se esperava.
Há reencontros familiares motivados pelo programa?
Mina não chega a reencontrar familiares (mas infere-se que o seu pai fosse Guilherme) /Ed receberá a visita do pai (que esclarece as circunstâncias em que se separara)
Mina / Ed Pekurny.
Atitude desta relativamente ao aparecimento em programas de televisão
Foi ao programa, mas já está quase rependida de se ter inscrito / Ed está entusiasmado com o tornar-se figura conhecida
Atitude de personagens secundárias relativamente à televisão
Crispim acompanhou Mina, mas nem quis entrar no estúdio; Nani até queria ter ido assistir / O irmão, Ray, teria até gostado de ser a figura principal. A mãe e o padrasto não se incomodam de participar.
Personagem que mais representa o lado da televisão
A entrevistadora, Rute Isabel./Cynthia Topping, que desempenha funções de, salvo erro, produtora ou supervisora de programas.
Posição desta perante as audiências
Rute tem medo de perder audiência por não haver suficiente espectacularidade / Cynthia procura recuperar espectadores para o seu canal através de programa inovador
Nome do programa
Quem sabe deles? / TV Verdade (True TV)
Grau de invasão da privacidade que provoca
Ligeiro e momentâneo / Maior
Sucesso do programa excedeu as expectativas ou ficou aquém do que se esperava?
Foi pior do que o costume / Houve mais entusiasmo do que se esperava.
Há reencontros familiares motivados pelo programa?
Mina não chega a reencontrar familiares (mas infere-se que o seu pai fosse Guilherme) /Ed receberá a visita do pai (que esclarece as circunstâncias em que se separara)
Aula 9-10
A pergunta seguinte é dos exames nacionais do ano passado. Vamos usá-la para revermos a acentuação (veremos também as regras na p. 47 do manual, que podes ir já abrindo; e faremos exercícios da ficha 3 do Caderno de Actividades).
Lê a seguinte lista de palavras:
médico
Lisboa
quieto
luminosidade
farnel
hóspede
refeição
antónimo
animal
Agrupa-as de acordo com posição da sílaba tónica:
agudas: ______; _______; _______.
graves: _______; _______; _______.
esdrúxulas _____; _____; _____.
A seguir, ponho as principais situações que implicam acento gráfico. Vai resolvendo o ponto 1.1 da ficha 3 do Caderno de Actividades e, ao lado das palavras que acentues, escreve o número de uma das condições (1-12) que determinam que haja acento.
# / Condição que determina que haja acento / Exemplos
1. / Palavra esdrúxula./ magnífico, gótico, lâmpada
2. / Palavra com i ou u tónico precedidos de vogal (com que não formam ditongo), se não forem seguidos de ‑z, -l, -m, -n, -r, -z finais de sílaba ou de -nh-. / caí, baús, atraí-lo, contraído, saúdo, raízes [mas: moinho, Raul, raiz, saindo, ruim]
3. / Palavra aguda com ditongo tónico aberto éi, éu ou ói. / céu, papéis, sóis
4. / Palavra aguda terminada -a, -e, -o (seguidos, ou não, de -s). / pás, saboreá-lo, fé, vê-lo, cocó, pô-lo [mas: peru, comi]
5. / Palavra aguda terminada em -em ou -ens, desde que não seja monossilábica./alguém, parabéns, detém [mas: bem, tem]
6. / Palavra da 3.ª pessoa do plural terminada em ‑êm. / detêm, vêm
7. / Palavra aguda com ditongo nasal -ão(s), -õe(s), -ãe(s). / melão, alemães
8. / Palavra grave terminada em -l, -n, -r, -x, -um, -us. / Aníbal, açúcar, móvel, âmbar, cadáver, álbum, vírus, Félix
9. / Palavra grave terminada em -i, em vogal nasal ou em ditongo (seguidos ou não de -s). / júri, lápis, órfãs, órgão, hábeis
10. / Palavra grave com ditongo (aberto) ói./heróico, clarabóia
[excepto: comboio, dezoito]
11. / Palavra da 1.ª pessoa do plural do Pret. Perfeito em -ámos. / [ontem] andámos
12. / Palavra da 3.ª pessoa do plural terminada em ‑êem. / lêem, vêem
Faz depois o resto da ficha (ponto 2, na p. 13; toda a p. 14).
A pergunta seguinte é dos exames nacionais do ano passado. Vamos usá-la para revermos a acentuação (veremos também as regras na p. 47 do manual, que podes ir já abrindo; e faremos exercícios da ficha 3 do Caderno de Actividades).
Lê a seguinte lista de palavras:
médico
Lisboa
quieto
luminosidade
farnel
hóspede
refeição
antónimo
animal
Agrupa-as de acordo com posição da sílaba tónica:
agudas: ______; _______; _______.
graves: _______; _______; _______.
esdrúxulas _____; _____; _____.
A seguir, ponho as principais situações que implicam acento gráfico. Vai resolvendo o ponto 1.1 da ficha 3 do Caderno de Actividades e, ao lado das palavras que acentues, escreve o número de uma das condições (1-12) que determinam que haja acento.
# / Condição que determina que haja acento / Exemplos
1. / Palavra esdrúxula./ magnífico, gótico, lâmpada
2. / Palavra com i ou u tónico precedidos de vogal (com que não formam ditongo), se não forem seguidos de ‑z, -l, -m, -n, -r, -z finais de sílaba ou de -nh-. / caí, baús, atraí-lo, contraído, saúdo, raízes [mas: moinho, Raul, raiz, saindo, ruim]
3. / Palavra aguda com ditongo tónico aberto éi, éu ou ói. / céu, papéis, sóis
4. / Palavra aguda terminada -a, -e, -o (seguidos, ou não, de -s). / pás, saboreá-lo, fé, vê-lo, cocó, pô-lo [mas: peru, comi]
5. / Palavra aguda terminada em -em ou -ens, desde que não seja monossilábica./alguém, parabéns, detém [mas: bem, tem]
6. / Palavra da 3.ª pessoa do plural terminada em ‑êm. / detêm, vêm
7. / Palavra aguda com ditongo nasal -ão(s), -õe(s), -ãe(s). / melão, alemães
8. / Palavra grave terminada em -l, -n, -r, -x, -um, -us. / Aníbal, açúcar, móvel, âmbar, cadáver, álbum, vírus, Félix
9. / Palavra grave terminada em -i, em vogal nasal ou em ditongo (seguidos ou não de -s). / júri, lápis, órfãs, órgão, hábeis
10. / Palavra grave com ditongo (aberto) ói./heróico, clarabóia
[excepto: comboio, dezoito]
11. / Palavra da 1.ª pessoa do plural do Pret. Perfeito em -ámos. / [ontem] andámos
12. / Palavra da 3.ª pessoa do plural terminada em ‑êem. / lêem, vêem
Faz depois o resto da ficha (ponto 2, na p. 13; toda a p. 14).
No sketch «Estava balofa», surge com muita frequência uma dada classe de palavras (sobretudo no fim das frases que a senhora mais velha profere: «balofa», «nojenta», «gorda», «magra», «forte», «inchada», «luzidia», «pesadona», «grande»). Qual é essa classe? _________ {interjeições / adjectivos / nomes / preposições / verbos / conjunções / advérbios / determinantes / pronomes}. Escreve outras palavras da mesma classe (mas que não aparecessem no sketch): ______; _______; _______; ________.
Com uma delas forma um advérbio de modo: ________.
Algumas das palavras do sketch apareciam graduadas (isto é, flexionadas em grau):
a) muito mais magra [do que antes]; b) mais magra [do que antes]; c) muito gorda; d) gorda.
Faz-lhes corresponder um destes graus: (1) superlativo absoluto analítico; (2) superlativo absoluto sintético; (3) normal; (4) comparativo de superioridade; (5) comparativo de inferioridade; (6) comparativo de igualdade; (7) superlativo relativo de superioridade; (8) superlativo relativo de inferioridade. // a). ___; b) ___; c) ___; d) ___.
Parecia porca / Parecia uma porca.
Classifica morfologicamente (isto é, indica a classe) das duas palavras «porca». Na primeira frase é ________. Na segunda, _______. Repara que se trata de palavras diferentes (embora iguais na aparência). Em termos do processo de formação, o que aconteceu foi o seguinte. Tínhamos «porca», pertencente a uma dada classe, a dos _______. Essa palavra levou ao aparecimento de «porca» agora como palavra de outra classe, a dos ________. Como se designa este processo de formação? ___________.
Foi o mesmo processo que ocorreu com as palavras em baixo. (Completa as lacunas com as suas classes.)
Paparazzo (____) > paparazzi (_____)
[o] burro (____) > [é] burro (_____)
falar (____) > [um] falar (____)
[o/um] diabo (____) > Diabo! (_____)
Vejamos ainda outra classe. Indica a classe das palavras em itálico:
Sentiu-se mal, com certeza. // mal — ________
Sinto-me bem. // bem — _______
Nestas frases, «bem» e «mal» modificam palavras que pertencem à classe dos __________.
Em «Sinto-me melhor [do que como estava antes]», melhor é um _______ {adjectivo / advérbio} no grau ______. Se «melhor» estivesse no grau normal, a frase ficava assim: «_________».
a) uma dietazinha; b) as dietas; c) uma dietazona.
Indica a classe («morfológica») das palavras em itálico: _________
Não são apenas os adjectivos ou os advérbios que se podem flexionar em grau. Indica os graus em que estão as três palavras (aumentativo, diminutivo, normal):
a) ________; b) ________; c) ________.
TPC — O rubai é uma forma poética, de tradição persa, que se caracteriza por usar estrofes de quatro versos (uma quadra, portanto), ter rima a-a-b-a e fazer referência ao vinho (também se lhe chama «canções de beber»). Por vezes, o rubai multiplica-se em conjuntos de quadras (conjuntos de rubaiyat).
Fernando Pessoa escreveu várias dessas canções de beber (quer originais, quer em tradução). Dou-te quatro exemplos:
Que bom se a infância fosse de guardar!
Que bom se a vida fosse de parar!
Mas bom sem «fosse» é o vinho que se bebe
Sem nenhuma intenção de ter ou estar.
(Fernando Pessoa, Canções de Beber, edição de Aliete Galhoz, p. 60)
Quem sabe do que sabe? Quem conhece
O que é? Quem lembra sem esquecer que esquece?
Sob altos ramos, mudos fugitivos
Do sol, bebamos. Outro dia desce.
(p. 79)
Se vens, esguia e bela, deitar vinho
Em meu copo vazio, eu, mesquinho
Ante o que sonho, morto te agradeço
Que não sou para mim mais que um vizinho.
(p. 80)
Ao gozo segue a dor, e o gozo a esta.
Ora o vinho bebemos porque é festa,
Ora o vinho bebemos porque há dor.
Mas de um e de outro vinho nada resta.
(p. 51)
Escreve tu um rubai (ou mais do que um, se não achares muito difícil e já tiveres aperfeiçoado a tua primeira tentativa).
Cumpre o esquema rimático típico (rima igual para os versos 1, 2, 4; rima diferente a do verso 3). Como o objectivo é colaborar com as celebrações do Dia Mundial da Alimentação, o teu rubai deve fazer alguma alusão a comida ou a bebida (embora, quebrando a índole original dos rubaiyate, eu proponha que não a bebidas alcoólicas).
Repara ainda que estas canções de beber (ou, no nosso caso, canções de comer) são textos bastante profundos e, por vezes, melancólicos.
Com uma delas forma um advérbio de modo: ________.
Algumas das palavras do sketch apareciam graduadas (isto é, flexionadas em grau):
a) muito mais magra [do que antes]; b) mais magra [do que antes]; c) muito gorda; d) gorda.
Faz-lhes corresponder um destes graus: (1) superlativo absoluto analítico; (2) superlativo absoluto sintético; (3) normal; (4) comparativo de superioridade; (5) comparativo de inferioridade; (6) comparativo de igualdade; (7) superlativo relativo de superioridade; (8) superlativo relativo de inferioridade. // a). ___; b) ___; c) ___; d) ___.
Parecia porca / Parecia uma porca.
Classifica morfologicamente (isto é, indica a classe) das duas palavras «porca». Na primeira frase é ________. Na segunda, _______. Repara que se trata de palavras diferentes (embora iguais na aparência). Em termos do processo de formação, o que aconteceu foi o seguinte. Tínhamos «porca», pertencente a uma dada classe, a dos _______. Essa palavra levou ao aparecimento de «porca» agora como palavra de outra classe, a dos ________. Como se designa este processo de formação? ___________.
Foi o mesmo processo que ocorreu com as palavras em baixo. (Completa as lacunas com as suas classes.)
Paparazzo (____) > paparazzi (_____)
[o] burro (____) > [é] burro (_____)
falar (____) > [um] falar (____)
[o/um] diabo (____) > Diabo! (_____)
Vejamos ainda outra classe. Indica a classe das palavras em itálico:
Sentiu-se mal, com certeza. // mal — ________
Sinto-me bem. // bem — _______
Nestas frases, «bem» e «mal» modificam palavras que pertencem à classe dos __________.
Em «Sinto-me melhor [do que como estava antes]», melhor é um _______ {adjectivo / advérbio} no grau ______. Se «melhor» estivesse no grau normal, a frase ficava assim: «_________».
a) uma dietazinha; b) as dietas; c) uma dietazona.
Indica a classe («morfológica») das palavras em itálico: _________
Não são apenas os adjectivos ou os advérbios que se podem flexionar em grau. Indica os graus em que estão as três palavras (aumentativo, diminutivo, normal):
a) ________; b) ________; c) ________.
TPC — O rubai é uma forma poética, de tradição persa, que se caracteriza por usar estrofes de quatro versos (uma quadra, portanto), ter rima a-a-b-a e fazer referência ao vinho (também se lhe chama «canções de beber»). Por vezes, o rubai multiplica-se em conjuntos de quadras (conjuntos de rubaiyat).
Fernando Pessoa escreveu várias dessas canções de beber (quer originais, quer em tradução). Dou-te quatro exemplos:
Que bom se a infância fosse de guardar!
Que bom se a vida fosse de parar!
Mas bom sem «fosse» é o vinho que se bebe
Sem nenhuma intenção de ter ou estar.
(Fernando Pessoa, Canções de Beber, edição de Aliete Galhoz, p. 60)
Quem sabe do que sabe? Quem conhece
O que é? Quem lembra sem esquecer que esquece?
Sob altos ramos, mudos fugitivos
Do sol, bebamos. Outro dia desce.
(p. 79)
Se vens, esguia e bela, deitar vinho
Em meu copo vazio, eu, mesquinho
Ante o que sonho, morto te agradeço
Que não sou para mim mais que um vizinho.
(p. 80)
Ao gozo segue a dor, e o gozo a esta.
Ora o vinho bebemos porque é festa,
Ora o vinho bebemos porque há dor.
Mas de um e de outro vinho nada resta.
(p. 51)
Escreve tu um rubai (ou mais do que um, se não achares muito difícil e já tiveres aperfeiçoado a tua primeira tentativa).
Cumpre o esquema rimático típico (rima igual para os versos 1, 2, 4; rima diferente a do verso 3). Como o objectivo é colaborar com as celebrações do Dia Mundial da Alimentação, o teu rubai deve fazer alguma alusão a comida ou a bebida (embora, quebrando a índole original dos rubaiyate, eu proponha que não a bebidas alcoólicas).
Repara ainda que estas canções de beber (ou, no nosso caso, canções de comer) são textos bastante profundos e, por vezes, melancólicos.
Soluções
agudas: refeição; farnel; animal.
graves: luminosidade; quieto; Lisboa.
esdrúxulas: médico; antónimo; hóspede.
Saul
logicamente
heroína (2)
saíres (2)
momentâneo (1)
epístola (1)
céu (3)
fémur (8)
raiz
ruína (2)
dilúvio (1)
distraído (2)
hífen (8)
dólar (8)
vintém (5)
têxtil (8)
seu
andávamos (1)
raízes (2)
juiz
oásis (9)
dócil (8)
baú (2)
rainha
camafeu
distribuiu
abdómen (8)
Santarém (5)
moinho
juízes (2)
âmbar (8)
momento
pequenez
bêbado (1)
amuo
peru
diluir
ladainha
ruim
saindo
construções
agudas: refeição; farnel; animal.
graves: luminosidade; quieto; Lisboa.
esdrúxulas: médico; antónimo; hóspede.
Saul
logicamente
heroína (2)
saíres (2)
momentâneo (1)
epístola (1)
céu (3)
fémur (8)
raiz
ruína (2)
dilúvio (1)
distraído (2)
hífen (8)
dólar (8)
vintém (5)
têxtil (8)
seu
andávamos (1)
raízes (2)
juiz
oásis (9)
dócil (8)
baú (2)
rainha
camafeu
distribuiu
abdómen (8)
Santarém (5)
moinho
juízes (2)
âmbar (8)
momento
pequenez
bêbado (1)
amuo
peru
diluir
ladainha
ruim
saindo
construções
Está família irmão Ninguém
quê
não põs-se lá até ninguém
lá
já Construíam
dá acções dá-lhas
àquele
há há-os há é há
Há não há
não vão à História têm
O caçador ia à caça com frequência. Saía de manhã cedo, os cães atrás, em alvoroço. Só regressava à noitinha com uma dúzia de perdizes à cintura.
O homem, além do seu país, percorreu também muitos países desconhecidos onde encontrou sempre alguém que o acolheu. Era tão simpático que, à saída, deixava as pessoas com lágrimas nos olhos.
Os miúdos da rua não são fáceis de educar porque as saídas constantes de casa criam neles um carácter indiciplinado. Por vezes, até a sua saúde mental corre sérios riscos de se tornar frágil.
O povo português é rico em lendas e lendas muito diversificadas. — Um dia, hei-de lê-las, ouvi-las e contá-las. Conhecerei assim as raízes de todo esse maravilhoso imaginário.
O armazém de vinhos contém grande quantidade de garrafas. Mas ninguém duvida que o vício do álcool leva à ruína muita gente.
Algumas gramáticas contém páginas admiráveis de exercícios que levam à aprendizagem da língua materna. Vamos estudá-los com critério e fazê-los progressivamente. Assim, utilizá-la-emos correctamente.
quê
não põs-se lá até ninguém
lá
já Construíam
dá acções dá-lhas
àquele
há há-os há é há
Há não há
não vão à História têm
O caçador ia à caça com frequência. Saía de manhã cedo, os cães atrás, em alvoroço. Só regressava à noitinha com uma dúzia de perdizes à cintura.
O homem, além do seu país, percorreu também muitos países desconhecidos onde encontrou sempre alguém que o acolheu. Era tão simpático que, à saída, deixava as pessoas com lágrimas nos olhos.
Os miúdos da rua não são fáceis de educar porque as saídas constantes de casa criam neles um carácter indiciplinado. Por vezes, até a sua saúde mental corre sérios riscos de se tornar frágil.
O povo português é rico em lendas e lendas muito diversificadas. — Um dia, hei-de lê-las, ouvi-las e contá-las. Conhecerei assim as raízes de todo esse maravilhoso imaginário.
O armazém de vinhos contém grande quantidade de garrafas. Mas ninguém duvida que o vício do álcool leva à ruína muita gente.
Algumas gramáticas contém páginas admiráveis de exercícios que levam à aprendizagem da língua materna. Vamos estudá-los com critério e fazê-los progressivamente. Assim, utilizá-la-emos correctamente.
Aula 11-12
Abre o manual nas pp. 40-41. Lê o texto «Princípio de um grande amor» (que é praticamente o começo de um conto de José Régio, «Davam grandes passeios aos domingos»), para depois responderes às perguntas 1-6 de «Ler, é preciso...». (Escreve nesta folha, onde já comecei algumas das respostas.)
1. O discurso deste texto é da responsabilidade do ______ e das ______.
2. O narrador é __ ______ e, por isso, as formas verbais estão na __ pessoa. [Sobre tipos de narrador, vê a p. 36.]
3. Percebemos que Rosa Maria não esperava encontrar o primo, porque ...
4. Rosa Maria deixou de sorrir quando ...
4.1. A expressão «Saraivada de palavras» é usada para indicar que ...
[Pode ajudar saberes o significado objectivo de «saraivada»; por isso, fica aqui a transcrição dos verbetes de dicionário de «saraiva» e de «saraivada»:saraiva, s. f. granizo; pedrisco.
saraivada, s. f. queda abundante de saraiva; (fig.) aguaceiro; descarga; grande quantidade de coisas que sobrevêm como saraiva. (De saraiva + -ada).
4.2. O recurso expressivo presente na expressão «saraivada de palavras» designa-se ______ (a figura de estilo em que 'o significado de uma palavra se transporta para outra por haver uma relação de semelhança que, embora não fique explícita, podemos subentender'). De certo modo, também há aqui uma _____, na medida em que se exageram as características da fala de Fernando. [Sobre recursos estilísticos, podes ver a p. 248.]
5. O tipo de caracterização que, predominantemente, se faz de Fernando é a caracterização ______ {directa / indirecta}, já que nos vamos apercebendo de como ele é sobretudo através das suas falas e acções. (Para decidires, consulta a parte final da p. 35.)
6. Quando Fernando é retratado por Rosa Maria, há caracterização _______ {directa / indirecta} [v. p. 35] ou, ainda mais especificamente, _________.
Resolve os pontos 3 e 4 da parte «Aplicar a gramática» (p. 41).
O trecho que estiveste a pontuar é o começo de «Davam grandes passeios aos domingos». (Nas pp. 84-85 está outro texto do mesmo conto de José Régio. Se te tiveres já despachado, lê-o e vai completando as lacunas com as conjunções que aí te são dadas. Se não estiveres muito adiantado, prefiro que avances para a parte de gramática a seguir.)
Indica a classe de cada uma das palavras da frase:
Davam grandes passeios aos domingos
Davam = _______
grandes = _______
passeios = _______
aos = contracção da preposição ___ com o determinante (artigo definido) __
domingos = ________
Escreve frases com a mesma estrutura (as mesmas classes):
Davam / grandes / passeios / aos / domingos.
Tinham / ríspidas / discussões / naquelas / aulas.
__ / __ / __ / às / __
__ / __ / __ / nos / __
__ / __ / __ / pelas / __
TPC — Lê «A Palavra Mágica», nas pp. 52-56 do manual. Antes de começares, vê este verbete de dicionário (de «inócuo»), que te será útil para perceberes o conto de Vergílio Ferreira. [No blogue não se copia o verbete.]
Soluções
1. O discurso deste texto é da responsabilidade do narrador e das personagens.
2. O narrador é não participante e, por isso, as formas verbais estão na 3.ª pessoa.
3. Percebemos que Rosa Maria não esperava encontrar o primo, porque recuou quando ele lhe apareceu e porque este teve de se lhe apresentar repetidamente.
4. Rosa Maria deixou de sorrir quando Fernando aludiu à tia Ceição, a mãe de Rosa, que morrera havia pouco.
4.1. A expressão «Saraivada de palavras» é usada para indicar que Fernando falava muito e continuamente.
4.2. O recurso expressivo presente na expressão «saraivada de palavras» designa-se metáfora (a figura de estilo em que 'o significado de uma palavra se transporta para outra por haver uma relação de semelhança que, embora não fique explícita, podemos subentender'). De certo modo, também há aqui uma hipérbole, na medida em que se exageram as características da fala de Fernando.
5. O tipo de caracterização que, predominantemente, se faz de Fernando é a caracterização indirecta.
6. Quando Fernando é retratado por Rosa Maria, há caracterização directa ou, ainda mais especificamente, heterocaracterização.
3 —
rainha
saiu
saíra
júri
amável
constrói
túneis
bênção
construí-la-ei
hífen
amêndoa
manhãzita
área
cãibra
4 —
O comboio parara, finalmente, na estação de Portalegre. De novo, o cavalheiro amável se dirigiu a Rosa Maria:
— Chegou. Faça favor de descer, que eu passo-lhe as suas coisas.
— Muito obrigada! — disse a Rosa Maria, descendo.
O cavalheiro amável estendeu-lhe a caixa do chapéu, o embrulho do presente da velha Leocádia para a menina Lá-Lá e a pequena mala de couro em que Rosa Maria trazia o indispensável para o primeiro dia.
Conjunções para as lacunas:
1.º parágrafo
como
2.º parágrafo
quando
enquanto
e
porque
ainda que
3.º parágrafo
e
Mas
porque
ainda que
4.º parágrafo
Quando
para que
e
6.º parágrafo
Mas
como
Davam = Verbo
grandes = Adjectivo
passeios = Nome comum (ou Substantivo comum)
aos = contracção da preposição a com o determinante (artigo definido) os
domingos = Nome comum
Aula 13-14
Lê o começo do conto «A Palavra Mágica» (da p. 52 até meio da p. 53, cerca de «vadio e bêbado»). Em cada afirmação que se segue, marca com um xis a alínea correcta.
Quanto à sua presença na acção, o narrador é
a) participante; a narração usa a 1.ª pessoa.
b) não participante; a narração usa a 3.ª pessoa.
c) participante e personagem secundária.
d) participante e personagem principal.
«Nunca o Silvestre tinha tido uma pega com ninguém. Se às vezes guerreava, com palavras azedas para cá e para lá, era apenas com os fundos da própria consciência» (ll. 1-3). Estes dois períodos dizem-nos que
a) Silvestre raramente discutia e tinha tendência para a reflexão consigo mesmo.
b) Silvestre tinha fundos financeiros razoáveis e nunca conhecera uma prostituta.
c) Silvestre tinha azedas discussões de vez em quando.
d) Silvestre, ao segurar no fundo dos tachos, raramente usava pegas.
«Viúvo, sem filhos, dono de umas leiras herdadas [...]» (l. 4). A palavra «leiras» podia ser aqui substituída por
a) loiras
b) faixas de terreno
c) moedas
d) casas
O resto do 1.º parágrafo revela-nos que Silvestre
a) era boa pessoa, mas agarrado ao dinheiro.
b) se preocupava em rapidamente distribuir aos outros o que recebia.
c) era generoso, o que era bem correspondido por todos a quem ele dava dinheiro.
d) era «forreta», embora rico (por causa das rendas que recebia).
Este primeiro parágrafo é sobretudo de
a) narração, contando-se um episódio da vida de Silvestre.
b) descrição, apresentando-se traços da personalidade de Silvestre.
c) diálogo, embora em discurso indirecto.
d) diálogo, em discurso directo.
Até ao fim do primeiro parágrafo, o que sabemos de Silvestre vem-nos sobretudo de
a) caracterização directa (por autocaracterização).
b) caracterização directa (por heterocaracterização — a cargo de uma das personagens).
c) caracterização directa, feita pelo narrador.
d) caracterização indirecta.
O segundo parágrafo (ll. 14-21) é, predominantemente, de
a) narração, contando-se o início de uma discussão entre as duas personagens.
b) descrição, retratando-se o Ramos da loja.
c) descrição, contando-se o início de uma discussão.
d) descrição, retratando-se um domingo típico.
O motivo do começo da discussão entre o Ramos e o Silvestre foi
a) Silvestre ter achado injusto o pagamento feito a um dado homem.
b) Silvestre ter achado injusto o pagamento atribuído a uma enxada.
c) Silvestre achar que trabalhadores do campo eram mal pagos.
d) Silvestre ter recusado um coprólito encontrado por Ramos.
Os cinco parágrafos finais da p. 52 estão em
a) discurso directo.
b) discurso indirecto.
c) discurso indirecto livre.
d) monólogo.
Na discussão entre Silvestre e Ramos,
a) Silvestre desempenha um papel mais agressivo.
b) Ramos mostrou-se, de início, mais nervoso.
c) ambos estavam, à partida, igualmente nervosos.
d) Silvestre, mostrou-se, logo à partida, muito enervado e susceptível.
O significado de «Inócuo» era ignorado por
a) ambos os homens.
b) Silvestre apenas.
c) Ramos apenas.
d) Silvestre (quanto a Ramos, sabia o significado certo através de um folhetim).
A mulher do Paulino
a) conhecia o verdadeiro sentido da palavra «inócuo».
b) desconhecia o valor verdadeiro de «inócuo».
c) conhecia o valor de «inócuo», mas estava bêbada e usou a palavra em outro sentido.
d) era especialista em cozinha vietnamita e mãe da triatleta Vanessa Fernandes.
Classifica as palavras quanto à acentuação. Usa E (esdrúxula), G (grave), A (aguda):
__ coprólito
__ Ronaldo
__ Valdemar
__ pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico
__ fedorento
__ bar
__ esdrúxula
__ aguda
__ beber
__ canções
__ grave
__ magérrima
__ Subaru
__ tetrabromometacresolsulfonoftaleína
__ energúmeno.
TPC — Faz frases que tenham as mesmas classes de palavras («morfológicas») que estão no cimo da tabela. Vê o meu exemplo.
Interjeição / Preposição / Adjectivo / Nome / Det. / Nome / Verbo / AdvérbioCredo! / Por / breves / momentos, / o / Papa / procedeu / mal.
Para te lembrares de preposições, tens a p. 64 do Caderno de Actividades.
Encontras um quadro com vários advérbios na p. 88 do manual. E podes ainda recorrer à formação de advérbios, a partir de adjectivos, com o sufixo -mente.
Tens interjeições na p. 87 do manual.
Soluções (de tarefas devolvidas ou respondidas nesta aula)
No sketch «Estava balofa», surge com muita frequência uma dada classe de palavras (sobretudo no fim das frases que a senhora mais velha profere: «balofa», «nojenta», «gorda», «magra», «forte», «inchada», «luzidia», «pesadona», «grande»). Qual é essa classe? Adjectivos. Escreve outras palavras da mesma classe (mas que não aparecessem no sketch): amável, fina, finíssima, rebelde. Com uma delas forma um advérbio de modo: amavelmente, finamente, finissimamente, rebeldemente.
Algumas das palavras do sketch apareciam graduadas (isto é, flexionadas em grau):
a) muito mais magra [do que antes]; b) mais magra [do que antes]; c) muito gorda; d) gorda.
a). 4; b) 4; c) 1; d) 3.
Parecia porca // Parecia uma porca.
Classifica morfologicamente (isto é, indica a classe) das duas palavras «porca». Na primeira frase é adjectivo. Na segunda, substantivo (nome). Repara que se trata de palavras diferentes (embora iguais na aparência). Em termos do processo de formação, o que aconteceu foi o seguinte. Tínhamos «porca», pertencente a uma dada classe, a dos substantivos (nomes). Essa palavra levou ao aparecimento de «porca» agora como palavra de outra classe, a dos adjectivos. Como se designa este processo de formação? Derivação imprópria (conversão).
Foi o mesmo processo que ocorreu com as palavras em baixo. (Completa as lacunas com as suas classes.)
Paparazzo (nome próprio) > paparazzo (nome comum)
[o] burro (nome) > [é] burro (adjectivo)
falar (verbo) > [um] falar (nome)
[o/um] diabo (nome) > Diabo! (interjeição)
Vejamos ainda outra classe. Indica a classe das palavras em itálico:
Sentiu-se mal, com certeza. // mal — advérbio
Sinto-me bem. // bem — advérbio
Nestas frases, «bem» e «mal» modificam palavras que pertencem à classe dos verbos.
Em «Sinto-me melhor [do que como estava antes]», melhor é um advérbio no grau comparativo de superioridade. Se «melhor» estivesse no grau normal, a frase ficava assim: «Sinto-me bem».
a) uma dietazinha; b) as dietas; c) uma dietazona.
Indica a classe («morfológica») das palavras em itálico: nomes (ou substantivos).
Não são apenas os adjectivos ou os advérbios que se podem flexionar em grau. Indica os graus em que estão as três palavras (aumentativo, diminutivo, normal):
a) diminutivo; b) normal; c) aumentativo.
[No teu manual, responde ao questionário de escolha múltipla (C, I) nas pp. 116-117, sobre Um fio de fumo nos confins do mar. ]
1. No título da obra ... há três sons vocálicos nasais.
2. O binómio cidade/campo expresso na obra é traduzido... por uma cidade do continente e pela Quinta do Recolhimento.
2.1 Outros binómios: nobreza/povo patrões/empregados
4. Ao longo da obra há personagens que...
concordam com o 25 de Abril
discordam do 25 de Abril
5. A narradora vai ao programa .... e
(não) atinge o seu objectivo
[Depois, responde aqui mesmo às perguntas 1., 3., 3.1 e 4.1 da p. 117.]
1. Na obra há várias referências à ópera Madama Butterfly, cuja personagem principal diz acreditar que um dia avistará «um fio de fumo nos confins do mar» (o regresso do amado). Também Mina tinha a esperança de recuperar o passado da sua família.
3. Correspondem à cidade os patrões (os viscondes, mais ou menos nobres) e ao campo os caseiros da Quinta.
3.1 Inicialmente, as personagens do campo agem com subserviência; depois do 25 de Abril, esbate-se a diferença de classes.
4.1 A frase pretende caracterizar a opinião (negativa) que tinha uma personagem acerca da mudança de regime político. É um elemento de caracterização indirecta dessa personagem.
Aula 15-16
Completa este quadro (sobre a «A Palavra Mágica»), relendo o que seja necessário, sobretudo da p. 53 até à p. 56.
Forma / Sentido atribuído por quem diz / Contexto («Quem diz a quem?»)Inócuo / 'inofensivo' (isto é, o significado verdadeiro) / Recolhida, por _____, num diálogo de folhetim.
Inócuo / significado indeterminado (talvez 'parvo') / Ramos, dirigindo-se a _______.
Inoque / '_______, lombeiro [= indolente]' / Dois homens que assistiam à discussão Ramos-Silvestre e que foram tudo contar à __________.
Seu inoque reles / 'vadio, ____________' / Mulher do Paulino, dirigindo-se a ________.
Inoque / 'trampolineiro [= caloteiro], ladrão fino' / População enganada, para acusar um _________.
Inoque / 'devasso, assassino' («assassino de faca e a cróia [prostituta] de porta aberta») / População, acerca do ________, que assassinara o marido da amante.
Inoque / significado indeterminado, mas muito ofensivo («só se usava quando se tinha despejado já toda a cartucheira de insultos») / Taberneiro para o _________ (por discussão depois de uma troca de um borrego por vinho).
Inoque será você / indeterminado («também ele não sabia que veneno tinham despejado na palavra») / Resposta do __________, dirigida ao taberneiro.
Seu noque reles / '_________' («um nome feio para um homem») / _________, dirigindo-se a freguês que lhe tocava com a mão nas costas.
Seu noque ordinário / '_________' ['aquele que mata o próprio pai'] / Caldeireiro, dirigindo-se ao _______, que o tentava acalmar.
Nesta altura, o Ramos apura que a palavra já valia por «bêbado», «ladrão», «incendiário», «pederasta» [= homossexual]; pelas interjeições «poça» ou «bolas»; e por «escroque» [indivíduo desonesto] e «souteneur» [proxeneta, «chulo»].
Inoque / indeterminado, mas ofensivo / Um _______ dirigindo-‑se ao filho do Gomes.Surgiram queixas em tribunal por uso da injúria «noque», «inoque», «inócuo».Noque / indeterminado, mas ofensivo / _________, dirigindo-se ao Bernardino da Fábrica
Juiz percebe que «noque» era «inócuo» e mostra o dicionário a Bernardino.
Relê os quatro últimos parágrafos do conto (p. 56) e responde.
Qual é a moralidade da história? Que pretende o conto demonstrar?
...
Como se viu, o significado de uma palavra pode evoluir muito. Temos imensos exemplos históricos de como as palavras mudaram nas suas acepções. Na tabela seguinte estão palavras cujo significado é hoje bastante diferente do original.
Descobre a alínea que representa o significado que a palavra tinha inicialmente.
caderno / a) livro pequeno; b) folha dobrada em quatro; c) lápis grande
fogo / a) casa (onde se acende lume); b) [interjeição de lamento]; c) floresta
mundo / a) aldeia; b) Edmundo; c) limpo
parvo / a) inteligente; b) pequeno; c) brutamontes
senhor / a) mais velho; b) patrão; c) escravo
solteiro / a) devasso; b) divorciado; c) só
ministro / a) o que goza; b) o que serve; c) o que vence
aresta / a) esquina; b) barba de milho; c) linha
calamidade / a) flagelo no caule de plantas; b) tsunami; c) alegria
estilo / a) beleza; b) moda; c) caneta
paço / a) andamento; b) palácio; c) [interjeição usada em jogos de cartas]
salário / a) importância para comprar sal; b) ordenado de um dia; c) solário
peculiar / a) relativo a galináceos; b) relativo a uma fortuna pessoal; c) relativo à mãe
[Compara as tuas escolhas com o quadro na p. 122 do manual]
TPC — O próximo número do Voz Activa, jornal da escola, é sobre «Direitos Humanos». Escreve um texto integrável neste tema. (Farei eu depois uma primeira escolha, cabendo à direcção do jornal decidir sobre o que pode ser publicado.)
Sugiro que evites abordar o tema num texto expositivo (do género 'Os direitos humanos'). Pensa antes tratar o assunto indirectamente: em pequena narrativa, em notícia inventada, em lista de «pequenos prazeres», em alfabeto, em poema, em entrada de diário, em registo de «incidente» ou impressão, em «vida em números», em curto texto descritivo, em carta interceptada, em sinopse de filme, em página encontrada de agenda, em falso início de livro, etc. (Enfim, pensa nos diversos tipos de texto que temos feito nestes dois anos ou até em outro «formato» que aches ser adequado.)
[Quem ainda não o fez não deixe de ler Um fio de fumo nos confins do mar. O mesmo se diga deste conto «A Palavra Mágica».]
Soluções
Forma / Sentido atribuído por quem diz / Contexto («Quem diz a quem?»)Inócuo / 'inofensivo' (provavelmente; é o significado verdadeiro) / Recolhida, por Ramos, num diálogo de folhetim.
Inócuo / significado indeterminado (talvez 'parvo') / Ramos, dirigindo-se a Silvestre.
Inoque / 'vadio, lombeiro [= indolente]' / Dois homens que assistiam à discussão Ramos-Silvestre e que foram tudo contar à freguesia.
Seu inoque reles / 'vadio, bêbado' / Mulher do Paulino, dirigindo-se a Paulino.
Inoque / 'trampolineiro [= caloteiro], ladrão fino' / População enganada, para invectivar um comerciante de remédios.
Inoque / 'devasso, assassino' («assassino de faca e a cróia [prostituta] de porta aberta») / População, acerca do Rainha, que assasinara o marido da amante.
Inoque / significado indeterminado, mas muito ofensivo («só se usava quando se tinha despejado já toda a cartucheira de insultos») / Taberneiro para o Perdigão dos Cabritos (por discussão depois de uma troca de um borrego por vinho).
Inoque será você / indeterminado («também ele não sabia que veneno tinham despejado na palavra») / Resposta do Perdigão dos Cabritos, dirigida ao taberneiro.
Seu noque reles / 'homossexual' («um nome feio para um homem») / Caldeireiro, dirigindo-se a freguês que lhe tocava com a mão nas costas.
Seu noque ordinário / 'parricida' ['aquele que assassina o próprio pai'] / Caldeireiro, dirigindo-se ao ajudante, que o tentava acalmar.
Nesta altura, o Ramos apura que a palavra já valia por «bêbado», «ladrão», «incendiário», «pederasta» [homossexual]; pelas interjeições «poça» ou «bolas»; e por «escroque» [indivíduo desonesto] e «souteneur» [proxeneta, «chulo»].
Inoque / indeterminado, mas ofensivo / Um colega do colégio dirigindo-se ao filho do Gomes.
Surgiram queixas em tribunal por uso da injúria «noque», «inoque», «inóquo»
Noque / indeterminado, mas ofensivo / Guarda-livros, dirigindo-se ao Bernardino da Fábrica
Juiz percebe que «noque» era «inóquo» e mostra o dicionário a Bernardino.
Correcção de ficha de compreensão do início de «A Palavra Mágica», feita em aula anterior.
Sugiro que evites abordar o tema num texto expositivo (do género 'Os direitos humanos'). Pensa antes tratar o assunto indirectamente: em pequena narrativa, em notícia inventada, em lista de «pequenos prazeres», em alfabeto, em poema, em entrada de diário, em registo de «incidente» ou impressão, em «vida em números», em curto texto descritivo, em carta interceptada, em sinopse de filme, em página encontrada de agenda, em falso início de livro, etc. (Enfim, pensa nos diversos tipos de texto que temos feito nestes dois anos ou até em outro «formato» que aches ser adequado.)
[Quem ainda não o fez não deixe de ler Um fio de fumo nos confins do mar. O mesmo se diga deste conto «A Palavra Mágica».]
Soluções
Forma / Sentido atribuído por quem diz / Contexto («Quem diz a quem?»)Inócuo / 'inofensivo' (provavelmente; é o significado verdadeiro) / Recolhida, por Ramos, num diálogo de folhetim.
Inócuo / significado indeterminado (talvez 'parvo') / Ramos, dirigindo-se a Silvestre.
Inoque / 'vadio, lombeiro [= indolente]' / Dois homens que assistiam à discussão Ramos-Silvestre e que foram tudo contar à freguesia.
Seu inoque reles / 'vadio, bêbado' / Mulher do Paulino, dirigindo-se a Paulino.
Inoque / 'trampolineiro [= caloteiro], ladrão fino' / População enganada, para invectivar um comerciante de remédios.
Inoque / 'devasso, assassino' («assassino de faca e a cróia [prostituta] de porta aberta») / População, acerca do Rainha, que assasinara o marido da amante.
Inoque / significado indeterminado, mas muito ofensivo («só se usava quando se tinha despejado já toda a cartucheira de insultos») / Taberneiro para o Perdigão dos Cabritos (por discussão depois de uma troca de um borrego por vinho).
Inoque será você / indeterminado («também ele não sabia que veneno tinham despejado na palavra») / Resposta do Perdigão dos Cabritos, dirigida ao taberneiro.
Seu noque reles / 'homossexual' («um nome feio para um homem») / Caldeireiro, dirigindo-se a freguês que lhe tocava com a mão nas costas.
Seu noque ordinário / 'parricida' ['aquele que assassina o próprio pai'] / Caldeireiro, dirigindo-se ao ajudante, que o tentava acalmar.
Nesta altura, o Ramos apura que a palavra já valia por «bêbado», «ladrão», «incendiário», «pederasta» [homossexual]; pelas interjeições «poça» ou «bolas»; e por «escroque» [indivíduo desonesto] e «souteneur» [proxeneta, «chulo»].
Inoque / indeterminado, mas ofensivo / Um colega do colégio dirigindo-se ao filho do Gomes.
Surgiram queixas em tribunal por uso da injúria «noque», «inoque», «inóquo»
Noque / indeterminado, mas ofensivo / Guarda-livros, dirigindo-se ao Bernardino da Fábrica
Juiz percebe que «noque» era «inóquo» e mostra o dicionário a Bernardino.
Correcção de ficha de compreensão do início de «A Palavra Mágica», feita em aula anterior.
Quanto à sua presença na acção, o narrador é
b) não participante; a narração usa a 3.ª pessoa.
b) não participante; a narração usa a 3.ª pessoa.
«Nunca o Silvestre tinha tido uma pega com ninguém. Se às vezes guerreava, com palavras azedas para cá e para lá, era apenas com os fundos da própria consciência» (ll. 1-3). Estes dois períodos dizem-nos que
a) Silvestre raramente discutia e tinha tendência para a reflexão consigo mesmo.
a) Silvestre raramente discutia e tinha tendência para a reflexão consigo mesmo.
«Viúvo, sem filhos, dono de umas leiras herdadas [...]» (l. 4). A palavra «leiras» podia ser aqui substituída por
b) faixas de terreno
b) faixas de terreno
O resto do 1.º parágrafo revela-nos que Silvestre
b) se preocupava em rapidamente distribuir aos outros o que recebia.
b) se preocupava em rapidamente distribuir aos outros o que recebia.
Este primeiro parágrafo é sobretudo de
b) descrição, apresentando-se traços da personalidade de Silvestre.
b) descrição, apresentando-se traços da personalidade de Silvestre.
Até ao fim do primeiro parágrafo, o que sabemos de Silvestre vem-nos sobretudo de
c) caracterização directa, feita pelo narrador.
[aceitável também, em parte, a resposta «d) caracterização indirecta»].
c) caracterização directa, feita pelo narrador.
[aceitável também, em parte, a resposta «d) caracterização indirecta»].
O segundo parágrafo (ll. 14-21) é, predominantemente, de
a) narração, contando-se o início de uma discussão entre as duas personagens.
a) narração, contando-se o início de uma discussão entre as duas personagens.
O motivo do começo da discussão entre o Ramos e o Silvestre foi
c) Silvestre achar que trabalhadores do campo eram mal pagos.
c) Silvestre achar que trabalhadores do campo eram mal pagos.
Os cinco parágrafos finais da p. 52 estão em
a) discurso directo.
a) discurso directo.
Na discussão entre Silvestre e Ramos,
b) Ramos mostrou-se, de início, mais nervoso.
b) Ramos mostrou-se, de início, mais nervoso.
O significado de «Inócuo» era ignorado por
a) ambos os homens.
a) ambos os homens.
A mulher do Paulino
b) desconhecia o valor verdadeiro de «inócuo».
Correcção da parte sobre «agudas (A), graves (G), esdrúxulas (E)»:E coprólito
G Ronaldo
A Valdemar
E pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico
G fedorento
A bar
E esdrúxula
G aguda
A beber
A canções
G grave
E magérrima
A Subaru
G tetrabromometacresolsulfonoftaleína
E energúmeno.
Aula 17-18
b) desconhecia o valor verdadeiro de «inócuo».
Correcção da parte sobre «agudas (A), graves (G), esdrúxulas (E)»:E coprólito
G Ronaldo
A Valdemar
E pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico
G fedorento
A bar
E esdrúxula
G aguda
A beber
A canções
G grave
E magérrima
A Subaru
G tetrabromometacresolsulfonoftaleína
E energúmeno.
Aula 17-18
No conto de Vergílio Ferreira que temos estado a ler, «A Palavra Mágica», há muitas palavras, expressões, frases usadas em sentido figurado (metaforicamente, podemos dizer). À frente desses casos — e à medida que os vás relendo no texto —, escreve uma «tradução» em palavras mais objectivas. (Escreve de maneira a que o teu trecho pudesse ser inserido em «A Palavra Mágica», sem outras adaptações, em substituição directa do que está na coluna central).
Localização no texto / Expressão figurada, metafórica / Tradução em linguagem mais objectivap. 52, ll. 5-6 / Semeava tão facilmente as economias / Dava o seu dinheiro com tanta facilidade
p. 52, l. 21 / ferido de espora /
p. 53, ll. 7-8 / [palavra com] sabor redondo a moca de ferro, cravada de puas / palavra que parecia ofensiva
p. 53, ll. 21-22 / vinha já tinta de carrascão /
p. 53, ll. 27-28 / marcar a ferro aquela roubalheira de gabardina e unhas polidas /
p. 53, ll. 39-40 / secara todo o fel das discórdias, escoara todo o ódio da população /
p. 54, ll. 10-11 / não sabia que veneno tinham despejado na palavra /
p. 54, ll. 30-31 / Um cheiro pútrido a fezes, a pus, a vinagre, alastrou pelo espanto de todos em redor / Aperceberam-se de que a palavra se aplicara a muitas situações desagradáveis.
p. 54, ll. 38-39 / apanhar com o palavrão na cara e ficar coberto de peste /
p. 55, ll. 26-27 / Metida a questão nos trilhos legais /
p. 55, l. 37 / exigiu do livro insultos que lá não estavam /
p. 56, ll. 10-11 / era um pendão desfraldado no pau alto do ódio /
p. 56, ll. 18-19 / Não havia que emendar-se a vida pelo dicionário. Havia que forçar-se o dicionário a meter a vida na pele. /
p. 56, ll. 28-29 / «inócuo» era um anátema verde de pus / «inócuo» era uma injúria muito ofensiva
Lê o texto da p. 62 («Uma história: 'Eu trato-lhe da saúde'»).
Escreve umas linhas de descrição que pudessem ficar entre os primeiro e segundo parágrafos do texto. Além de descritivo, o teu trecho deve ter bastantes adjectivos — pelo menos, dez —, evitar os verbos «ser», «estar» ou «ter», e não ser sentido como estranho ao resto do texto (procura que não se perceba que se trata de parte incorporada). Procura usar registo de língua próximo do da história no manual.
mar a polícia para que o doente se retirasse.
...
...
...
Já no corredor, o paciente barafustou, berrou, deu murros na parede e deixou
Explica a situação que o texto nos relata e relaciona-a com o que acontecia em «A Palavra Mágica».
...
...
...
Nas pp. 39-40 do Caderno de Actividades (Actividade 12), resolve os pontos 1.1 [nota que, em e), «região» não devia estar sublinhado] e 2.
Pode ser útil teres em conta os étimos das palavras. («Étimos» são os vocábulos que estão na origem de outros vocábulos.) É que os adjectivos que terás de pôr assemelham-se mais às palavras latinas (ou gregas) do que os respectivos substantivos. As palavras depois da barra são étimos do próprio substantivo que os precede. Entre parênteses e com a indicação cfr. pus étimos da mesma família dos adjectivos que deves adivinhar mas que não são da família dos nomes à esquerda. Os étimos são quase todos latinos, por isso assinalei apenas os gregos.
boca (cfr. ore)
irmão (cfr. frater)
mão / manu-
saúde / salute-
lado / latu-
fígado (cfr. grego hepatos)
monge / monachu-
cão / canu-
tarde (cfr. vespera)
olho / oculu- (cfr. grego oftalmos)
lei / lege-
barba (cfr. pube-, 'pêlo')
povo / populu-
honra (cfr. honore-)
guerra (cfr. bellu-)
moeda / moneta-
Paraíso / paradisu-
Igreja / ecclesia- (cfr. grego ekklesia)
rio (cfr. fluviu-)
garganta (cfr. guttur-)
cavalo (cfr. equu-)
chuva / pluvia-
bispo / episcopu- (do grego episkopos)
estômago (cfr. grego gastros)
nuvem / nube-
nariz (cfr. nasu-)
ouvido / auditu-
morte (cfr. letu-)
mestre / magister, ra-
vento (cfr. aeoliu-)
idade / aetate-
criança (cfr. infante-)
cabelo / capillu-
cheiro (cfr. odore-)
deitado (cfr. jacente-)
chumbo / plumbu-
asa (cfr. ala-)
Verão (cfr. aestivu-)
barriga (cfr. abdomen)
vida / vita-
ouro / auru-
frente / fronte-
banho / balneu-
lágrima / lacrima-
TPC — Em folha solta, faz os pontos 3 e 4 da p. 40 do Caderno de Actividades. (Alguns adjectivos talvez mais difíceis: «digital», «episcopal», «monacal», «circense», «capital», «salino» e «salgado», «régio» e «real».)
A seguir, transcrevo uma pergunta saída no exame de 9.º ano, em 2005-2006. Resolve-a.
Lê, atentamente, o seguinte verbete de dicionário relativo à palavra combatente.
combatente adj 2 gén. subst. 2 gén. (de combater + nte) 1 que ou o que combate ou que está preparado para o fazer 2 que ou o que procura a vitória em exercício, jogo ou disputa acalorada subst. 2 gén. 3 soldado, militar, guerreiro 4 militar que porta uniforme ou insígnia característica. y como adj. 2 gén.: ver sinonímia de agressivo; como subst. 2 gén.: ver sinonímia de guerreiro.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2002 (adaptado)
Tendo em conta a informação do verbete de dicionário, assinala com um X, na coluna respectiva, as afirmações verdadeiras (V) e as afirmações falsas (F).
Afirmações / V / F
A palavra combatente pode ocorrer como nome. / /
Combatente é um adjectivo uniforme. / /
Combatente é uma palavra derivada por sufixação. / /
Agressivo pode ser um sinónimo do nome combatente. / /
As expressões «o que combate ou que está preparado para o fazer» correspondem a um significado do nome combatente. / /
«Soldado, militar, guerreiro» são sinónimos do adjectivo combatente. / /
Soluções
1. texto manuscrito
2. serviço salutar
3. casa palaciana
4. jornal matutino
5. jornal semanal
6. risco lateral
7. doença hepática
8. vida monástica
9. fidelidade canina
10. oração vespertina
11. nervo óptico
12. artigos legais
13. rapaz impúbere
14. medida impopular
15. cargo honorário
16. material bélico
17. unidade monetária
18. ilha paradisíaca
19. palavra polissilábica
20. leis eclesiásticas
21. porto fluvial
22. som gutural
23. soberania popular
24. estátua equestre
25. dia pluvioso
26. paço episcopal
27. dores gástricas
28. céu nublado
oração matinal
trabalho nocturno
som nasal
nervo auditivo
injecção letal
lição magistral
águas pluviais
energia eólica
nível etário
reacção infantil
tónico capilar
veia cordial
líquido inodoro
estátua jacente
céu plúmbeo
problemas oculares
cavalo alado
dia estival
dores abdominais
montanha glaciar / nevada
ciclo vital / biológico
jornal vespertino
época áurea
risco frontal
estância balnear
concurso hípico
gás lacrimogéneo
lei impopular
A palavra combatente pode ocorrer como nome. V
Combatente é um adjectivo uniforme. F
Combatente é uma palavra derivada por sufixação. V
Agressivo pode ser um sinónimo do nome combatente. F
As expressões «o que combate ou que está preparado para o fazer» correspondem a um significado do nome combatente. V
«Soldado, militar, guerreiro» são sinónimos do adjectivo combatente. F
Aula 19-20
Antes de iniciares a ficha, vê nas pp. 70, 71, 72 e 73, do lado esquerdo, as definições de notícia, reportagem, entrevista, crónica.
O Inimigo Público é o suplemento humorístico do jornal Público. Até há pouco, saía às sextas-feiras; actualmente, sai aos sábados.
Transcreve a epígrafe que está sobre o título (uma espécie de divisa do jornal): _________________
Qual o número do teu exemplar? _____ E a data? __________ Quem é o director? __________ Em que página está a ficha técnica? ___
A maioria das notícias do Inimigo Público ridiculariza acontecimentos verdadeiros ocorridos durante a semana. Um dos processos humorísticos usados é transpor o acontecimento para um contexto diferente (tornando-o, pelo absurdo, ainda mais risível). Outro processo a que se recorre é exagerar muito algum pormenor da situação real, caricaturando o que nela já houvesse de ridículo.
Escolhe uma notícia do teu exemplar. Indica o caso verídico de que ela partiu e o processo de criação de cómico que depois se usou. (Dei um primeiro exemplo.)
Notícia no Inimigo Público / Acontecimento verdadeiro que inspirou a notícia / Brincadeira a que se recorreu no Inimigo Público
«Terrorismo pode acabar com gel e futebol» / Nos aeroportos passou a proibir-‑se o transporte de líquidos, mesmo em pequenas embalagens (como as de cosméticos). / A medida acabaria com o futebol (porque Rui Santos deixaria de poder usar gel; Abel Xavier, água oxigenada; Gilberto Madail não poderia pintar o cabelo).
A secção «Inquérito» (p. 4) procura satirizar os inquéritos de rua (que surgem em quase todos os jornais) e até certas entrevistas rápidas que os telejornais também fazem.
No caso do Inimigo Público, um dos truques é pôr entre os entrevistados alguma figura conhecida (que seria impossível, a não ser por grande coincidência, ter sido entrevistada numa escolha aleatória, como é a destas entrevistas normalmente). Alguns dos quatro entrevistados é conhecido? __________{transcreve o nome}.
Algumas das profissões dos entrevistados são brincalhonas: __________ {escolhe só um exemplo}. Entre os entrevistados deve haver algum nome próprio estapafúrdio: __________ {transcreve}.
Qual é a pergunta usada no inquérito: «__________________».
Na p. 4 (ou 5 ou 6), deve haver uma secção de «A subir/A descer» — designada «A Bolsa das Almas» —, também habitual nos jornais sérios. Que acontecimentos ou personagens são considerados como positivos ou «em alta» (e por que motivo)?
1. ...
2. [pode não haver] ...
E considerados negativos?
1. ...
2. [pode não haver] ...
Portanto, no Inimigo Público, a principal originalidade desta coluna é ...
Verifica se no número que te calhou há algum texto dos seguintes géneros: reportagem — «__________» (p. _); crónica — «_________» (p. _).
Há algum artigo de crítica de televisão? _____. Como se chama essa coluna? _______________. No número que te calhou qual é o programa (ou programas) de televisão criticado(s)? ____________.
Há alguma secção de consultório (sentimental ou de outro tipo)? Como se chama? _______________ Relativamente às colunas de consultório de outras revistas, o que mais distingue o consultório do Inimigo Público? _____________
No número que te calhou pode haver a coluna «Globo ocular». Pretende imitar as secções que, em muitos jornais, reúnem notícias insólitas. (No Público propriamente dito, a coluna equivalente chama-se «O Insólito» e costuma ter três ou quatro notícias, sempre incríveis mas verdadeiras.) E as notícias do Inimigo Público, são elas verdadeiras? _____. Escolhe a notícia mais extraordinária: « ______________».
Há «Crónica do Futuro» (Luís Filipe Borges)? Indica uma das suas notícias (que, como reparaste, se reportam ao futuro): ___________
Vamos completar a ficha 12 do Caderno de Actividades, sobre 'Adjectivo'. Para já pegamos na pergunta 6 (pp. 41-42). Lê e resolve-a.
Como os superlativos absolutos sintéticos que vais ter de pôr são quase sempre eruditos (formados com a raiz latina), relembro-tos de imediato, misturados com outros que não vão ser necessários. (Por vezes, pus duas formas, a erudita e a mais popular. Opta pela primeira.)
Depois de escreveres as frases no teu CA, podes pôr à frente dos restantes superlativos a forma do grau normal ([acérrimo] acre; [aspérrimo] áspero; etc.).
humílimo / humildíssimo
acérrimo
sacratíssimo
aspérrimo
frigidíssimo / friíssimo
salubérrimo
boníssimo / óptimo
libérrimo
ferocíssimo
misérrimo
saníssimo
paupérrimo / pobríssimo
crudelíssimo /cruelíssimo
nigérrimo / negríssimo
cristianíssimo
macérrimo / magríssimo
dulcíssimo / docíssimo
agílimo / agilíssimo
amicíssimo
amaríssimo
nobilíssimo
feiíssimo
amabilíssimo
necessariíssimo
audacíssimo
celebérrimo
No ponto 7.2, basta preencheres as colunas «Plural» e «Feminino». (As regras da flexão dos adjectivos compostos estão no caderno de actividades do 8.º ano, p. 25, mas repeti-las-ei em aula.)
TPC — [Corresponde à tarefa 5.2 (p. 41), mas um pouco reformulada:] Descreve-te — usando, é claro, adjectivos —, mas fugindo às caracterizações pouco singulares, pouco identificadoras («alto», «baixo», «magro», «gordo», «alegre», «triste», etc.). Foca-te sobretudo nas idiossincrasias (físicas ou psicológicas) e nos pormenores. Evita os verbos «ser», «estar», «ter». Usa uma folha solta.
Soluções
Purificar Puro
Imobilizar Imóvel
Teimar Teimoso
Pretender Pretensioso
Cheirar Cheiroso
Modernizar Moderno
Ofender Ofensivo
Escrever Escrito
Dedo Digital
Luxo Luxuoso
Poesia Poético, Lírico
Herói Heróico
Som Sonoro
Sal Salgado, Salino
Montanha Montanhoso
Arte Artístico
Cabeça Capital
Livro Livresco
Circo Circense
Príncipe Principesco, Principal
Anarquia Anárquico, Anarquista
Rei Régio, Real
Agricultura Agrícola
Insulto Insultuoso
Munícipio Municipal
Monge Monástico
Bispo Episcopal
humílimo
sacratíssimo
frigidíssimo
boníssimo / óptimo
ferocíssimo
saníssimo
crudelíssimo
cristianíssimo
dulcíssimo
amicíssimo
nobilíssimo
amabilíssimo
audacíssimo
acérrimo (acre)
aspérrimo (áspero)
crudelíssimo (cruel)
libérrimo (livre)
misérrimo (mísero)
paupérrimo (pobre)
nigérrimo (negro)
macérrimo (magro)
agílimo (ágil)
misérrimo (mísero)
feiíssimo (feio)
necessariíssimo (necessário)
celebérrimo (célebre)
luso-brasileiros // luso-brasileira
psicofísicos // psicofísica
amarelo-canário // amarelo-canário
surdos-mudos // surda-muda
Aula 21-22
No Caderno de Actividades, p. 71, compara os textos A (discurso directo) e o texto B (discurso indirecto), preenchendo a tabela.
Lê depois o último parágrafo do texto no cimo da p. 72, para perceberes a noção de discurso indirecto livre.
Faz agora a pergunta que, sobre discurso directo/indirecto, saiu no exame de 9.º ano em 2005-2006:
A Joana, em conversa, disse o seguinte à Cristina:
«Logo que possa, vou a casa da Beatriz buscar os livros de Português, porque, para a semana, tenho teste e ainda não estudei o suficiente.»
Completa, agora, a frase que a Cristina teria de escrever, para reproduzir o que a Joana lhe disse. Deves, para isso, fazer todas as alterações necessárias.
A Joana disse-me ...
...
...
Lê a reportagem «Continuam 'desaparecidos' os pais do Francisquinho» (p. 71). Depois dá uma vista de olhos à notícia sobre as Olimpíadas de Matemática (p. 70).
Em folha solta, escreve uma notícia que pudesse ter saído num jornal no início do caso que a reportagem da p. 71 tentou aprofundar, o abandono do bebé.
Tem em atenção que, enquanto a reportagem já pôde desenvolver alguma investigação — porque, entretanto, já passara bastante tempo depois de a situação ser conhecida —, a notícia teria de dar informação concisa, relativa apenas ao que se saberia pouco depois da descoberta do Francisco, nos primeiros dias em que esteve no hospital de Guimarães.
Além disso, o formato «notícia» implica fazeres um texto mais curto: um parágrafo inicial, o lead, que dá conta do essencial com brevidade (v. na p. 70, à esquerda), e mais um ou dois parágrafos um pouco maiores.
TPC — Faz um «A Subir / A descer», sobre algum assunto específico (escola, algum desporto, tecnologia, moda, hábitos sociais, direitos humanos, etc.) ou, se preferires, mais genérico, mas, ao contrário do que acontecia no Inimigo Público, a sério. Procura contemplar quatro «objectos» (situações, pessoas).
Soluções
A Joana disse-me que, logo que pudesse, ia (iria) a casa da Beatriz buscar o livro de Português, porque, na semana seguinte, tinha teste e ainda não tinha estudado (estudara) o suficiente.
possa (Presente do Conj.) > pudesse (Imperf. do Conj.)
vou (Presente do Ind.) > ia (Imperf. do Ind.)
tenho (Presente do Ind.) > tinha (Imperf. do Conj.)
estudei (Perfeito do Ind.) > estudara/tinha estudado (Mais-que-perfeito)
Pontuação
A
Travessões, pontos de interrogação, pontos de exclamação
B
_
Tipos de Frase
A
Interrogativas, Imperativas, Declarativas, [Exclamativas]
B
Declarativas (Interrogativas e Imperativas indirectas)
Formas verbais
A
1.ª pessoa (conheço, pergunto)
3.ª pessoa (conhece, anda, pergunte, comprometa, é)
tempos e modos (Presente do Ind., Imperativo/Presente do Conj.)
B
1.ª pessoa (--)
3.ª pessoa (todas as formas verbais)
tempos e modos (Imperfeito do Ind., Imperfeito do Conj.) [Perfeito nos verbos declarativos]
Pronomes Pessoais
A
1.ª pessoa (me)
3.ª pessoa (o, ele, ela, ninguém)
B
3.ª pessoa (ele, ele, ela, ninguém, a, aquilo,
Orações subordinadas introduzidas por que ou se (B)
Orações subordinantes com verbos declarativos (B)
No discurso indirecto livre ...
Não há aspas ou travessões (como aconteceria no discurso directo), mas as falas são quase as das personagens.
Tempos surgem adaptados (como no discurso indirecto).
Há interjeições (como no discurso directo).
Aula 23-24
Na p. 42 do manual, lê o texto «A aprendiza» (um excerto de um dos contos de O Dia Cinzento e Outros Contos, de Mário Dionísio). Depois, escolhe as alíneas certas:
1. Naquele dia, o areal
a) esteve sempre deserto.
b) esteve, em geral, sem ninguém.
c) esteve muito concorrido (dado o bom tempo).
d) esteve muito concorrido (apesar do mau tempo).
2. A protagonista deste conto
a) trabalhava em Lisboa, numa casa ligada à chapelaria ou ao vestuário em geral.
b) fazia sobretudo entregas a clientes, e fora de Lisboa.
c) trabalhava num talho, numa estância balnear.
d) trabalhava fora de Lisboa, numa casa ligada à chapelaria.
3. No momento que nos é narrado, a aprendiza
a) já resolvera guardar para si o chapéu que devia entregar.
b) já entregara a encomenda à cliente.
c) fazia horas, para chegar à casa da cliente no horário combinado.
d) aguardava a cliente que ficara de vir ter com ela à esplanada.
4. O episódio que nos é narrado decorre
a) na época alta e estival.
b) nos princípios do Outono.
c) em Janeiro.
d) num tempo indefinido mas perto do Verão.
5. O espaço em que decorre esta parte da acção é
a) uma estância balnear algarvia.
b) uma loja na Baixa de Lisboa.
c) uma estância balnear perto de Lisboa, provavelmente na linha de Cascais.
d) a praia da Cruz Quebrada.
6. O narrador deste texto é, quanto à presença na acção,
a) participante, enquanto personagem principal (autodiegético).
b) participante, enquanto personagem secundária (homodiegético).
c) não participante.
d) participante, enquanto mero figurante.
7. Na casa em que trabalhava, a protagonista deste texto
a) não tinha colegas.
b) tinha outras colegas.
c) tinha uma outra colega.
d) tinha uma escrava.
8. Depois deste trecho, o conto prossegue deste modo:
a) «Calor. E tão intenso que se sentia desmaiar. E vinham-lhe à cabeça outras quentes tardes de praia no seu Algarve natal. Quase a perder os sentidos, a imagem de Madame Ivone chamou-a à realidade.»
b) «Calor. Se não fosse o vestido estar tão velho, despiria o casaco. Assim, desabotoou-se apenas e tirou o cachecol que a Madame Ivone lhe tinha dado.»
c) «Calor. Desabotoou o casaco. Ficara agora a ver-se o piercing que tanto enfurecera Madame Ivone. Ainda esboçou o gesto de puxar a t-shirt para cobrir o umbigo, como se a patroa a vigiasse.»
d) «Calor. Avançou para o areal. Da esplanada, de onde a podiam ver, ninguém olhava. Hesitou. E se entrasse na água? Ainda tinha uns minutos. Que interessava que estragasse o vestido? Não lho dera a Madame porque, de tão fora de moda, a filha já não o queria usar?»
Passa para o discurso indirecto toda a parte do texto da p. 42 entre «Perguntara de olhos espantados» até «Quero-te cá antes da noite».
Perguntara de olhos espantados ...
Faz agora, na p. 43, em baixo, a parte «Ler é preciso».
Ainda na p. 43, resolve o ponto 1 de «Alargar o vocabulário». Escolhe a palavra a pôr em cada uma dos dez espaços (a-j) entre estas vinte que dou:
anabecedário / analfabeto / apicultor / abelhudo / autodidacta / autoclismo / dramaturgo / encenador / inquilino / rendeiro / montador / jóquei / octogenário / oitocentista / linguareiro / poliglota / deuteragonista / protagonista / modista / confeiteiro.
Faz o ponto 2, mas, além de indicares o intruso, escreve também qual é o «denominador comum» das quatro restantes palavras.
intruso denominador comum dos restantes
a) cedo / advérbios de lugar
b) ________ ________
c) ________ ________
d) ________ ________
e) ________ ________
f) ________ ________
g) ________ ________
Antes da tarefa propriamente dita, queria que reparasses como se faz a indicação de um passo de livro que se transcreva. Saber fazer uma referência bibliografica ser-te-á útil para trabalhos de várias disciplinas. Repara como fiz:
Mário Dionísio, «Nevoeiro na cidade», O Dia Cinzento e outros contos, 3.ª edição, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1997, pp. 15-27, p. 15:
Pus o nome do autor, o conto a que o trecho pertence (entre aspas), o livro em que está o conto (em itálico), a cidade em que o livro foi editado, a editora, o ano da edição, as páginas do tal conto, a página em que se encontra o excerto transcrito.
Se a citação não fosse de um conto, mas de um poema ou artigo científico, o título do poema ou do artigo ficaria entre aspas e, a seguir, viria o nome do livro (em itálico, se escrevermos no computador; sublinhado, se escrevermos à mão).
Se o livro que citamos não for conjunto de poemas, artigos, contos, não haverá a parte entre aspas. Por exemplo, esta citação — «Os seres humanos modernos [...] só existem há um período correspondente a 0,0001 por cento da história da Terra» — é de:
Bill Bryson, Breve história de quase tudo, tradução de Daniela Garcia, Lisboa, Quetzal Editores, 2004, p. 471.
Vamos à tarefa propriamente dita. Dou-te o começo de todos os contos que compõem O Dia Cinzento e outros contos, de Mário Dionísio. (Excluí apenas o conto «Morena-Vulcão», porque o seu começo é o texto que estivemos a ler em aula, «A aprendiza».) Numa folha solta, vais continuar cada um destes trechos, procurando usar um registo linguístico semelhante ao do trecho que continuas.
A tua sequência será de extensão pouco maior que a do passo que ela continua.
1. Mário Dionísio, «Nevoeiro na cidade», O Dia Cinzento e outros contos, 3.ª edição, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1997, pp. 15-27, p. 15:
Os dedos grossos passaram no trinco, no buraco da chave, na lingueta. Só depois empurraram a porta devagar. O fecho estalou.
2. «Véspera», O Dia Cinzento e outros contos, pp. 28-34, p. 28:
As crianças tinham ido brincar para a rua. No quarto, os quatro ouviam-nas e pensavam: boas idades.
— Boas idades — disse a Albertina, meio sentada, meio deitada na cama.
3. «Assobiando à vontade», pp. 35-43, p. 43:
Àquela hora o trânsito complicava-se. As lojas, os escritórios, algumas oficinas, atiravam para a rua centenas de pessoas. E as ruas, as praças, as paragens dos eléctricos, que tinham sido planeadas quando não havia nas lojas, nos escritórios e nas oficinas tanta gente, ficavam repletas dum momento para o outro.
1. Naquele dia, o areal
a) esteve sempre deserto.
b) esteve, em geral, sem ninguém.
c) esteve muito concorrido (dado o bom tempo).
d) esteve muito concorrido (apesar do mau tempo).
2. A protagonista deste conto
a) trabalhava em Lisboa, numa casa ligada à chapelaria ou ao vestuário em geral.
b) fazia sobretudo entregas a clientes, e fora de Lisboa.
c) trabalhava num talho, numa estância balnear.
d) trabalhava fora de Lisboa, numa casa ligada à chapelaria.
3. No momento que nos é narrado, a aprendiza
a) já resolvera guardar para si o chapéu que devia entregar.
b) já entregara a encomenda à cliente.
c) fazia horas, para chegar à casa da cliente no horário combinado.
d) aguardava a cliente que ficara de vir ter com ela à esplanada.
4. O episódio que nos é narrado decorre
a) na época alta e estival.
b) nos princípios do Outono.
c) em Janeiro.
d) num tempo indefinido mas perto do Verão.
5. O espaço em que decorre esta parte da acção é
a) uma estância balnear algarvia.
b) uma loja na Baixa de Lisboa.
c) uma estância balnear perto de Lisboa, provavelmente na linha de Cascais.
d) a praia da Cruz Quebrada.
6. O narrador deste texto é, quanto à presença na acção,
a) participante, enquanto personagem principal (autodiegético).
b) participante, enquanto personagem secundária (homodiegético).
c) não participante.
d) participante, enquanto mero figurante.
7. Na casa em que trabalhava, a protagonista deste texto
a) não tinha colegas.
b) tinha outras colegas.
c) tinha uma outra colega.
d) tinha uma escrava.
8. Depois deste trecho, o conto prossegue deste modo:
a) «Calor. E tão intenso que se sentia desmaiar. E vinham-lhe à cabeça outras quentes tardes de praia no seu Algarve natal. Quase a perder os sentidos, a imagem de Madame Ivone chamou-a à realidade.»
b) «Calor. Se não fosse o vestido estar tão velho, despiria o casaco. Assim, desabotoou-se apenas e tirou o cachecol que a Madame Ivone lhe tinha dado.»
c) «Calor. Desabotoou o casaco. Ficara agora a ver-se o piercing que tanto enfurecera Madame Ivone. Ainda esboçou o gesto de puxar a t-shirt para cobrir o umbigo, como se a patroa a vigiasse.»
d) «Calor. Avançou para o areal. Da esplanada, de onde a podiam ver, ninguém olhava. Hesitou. E se entrasse na água? Ainda tinha uns minutos. Que interessava que estragasse o vestido? Não lho dera a Madame porque, de tão fora de moda, a filha já não o queria usar?»
Passa para o discurso indirecto toda a parte do texto da p. 42 entre «Perguntara de olhos espantados» até «Quero-te cá antes da noite».
Perguntara de olhos espantados ...
Faz agora, na p. 43, em baixo, a parte «Ler é preciso».
Ainda na p. 43, resolve o ponto 1 de «Alargar o vocabulário». Escolhe a palavra a pôr em cada uma dos dez espaços (a-j) entre estas vinte que dou:
anabecedário / analfabeto / apicultor / abelhudo / autodidacta / autoclismo / dramaturgo / encenador / inquilino / rendeiro / montador / jóquei / octogenário / oitocentista / linguareiro / poliglota / deuteragonista / protagonista / modista / confeiteiro.
Faz o ponto 2, mas, além de indicares o intruso, escreve também qual é o «denominador comum» das quatro restantes palavras.
intruso denominador comum dos restantes
a) cedo / advérbios de lugar
b) ________ ________
c) ________ ________
d) ________ ________
e) ________ ________
f) ________ ________
g) ________ ________
Antes da tarefa propriamente dita, queria que reparasses como se faz a indicação de um passo de livro que se transcreva. Saber fazer uma referência bibliografica ser-te-á útil para trabalhos de várias disciplinas. Repara como fiz:
Mário Dionísio, «Nevoeiro na cidade», O Dia Cinzento e outros contos, 3.ª edição, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1997, pp. 15-27, p. 15:
Pus o nome do autor, o conto a que o trecho pertence (entre aspas), o livro em que está o conto (em itálico), a cidade em que o livro foi editado, a editora, o ano da edição, as páginas do tal conto, a página em que se encontra o excerto transcrito.
Se a citação não fosse de um conto, mas de um poema ou artigo científico, o título do poema ou do artigo ficaria entre aspas e, a seguir, viria o nome do livro (em itálico, se escrevermos no computador; sublinhado, se escrevermos à mão).
Se o livro que citamos não for conjunto de poemas, artigos, contos, não haverá a parte entre aspas. Por exemplo, esta citação — «Os seres humanos modernos [...] só existem há um período correspondente a 0,0001 por cento da história da Terra» — é de:
Bill Bryson, Breve história de quase tudo, tradução de Daniela Garcia, Lisboa, Quetzal Editores, 2004, p. 471.
Vamos à tarefa propriamente dita. Dou-te o começo de todos os contos que compõem O Dia Cinzento e outros contos, de Mário Dionísio. (Excluí apenas o conto «Morena-Vulcão», porque o seu começo é o texto que estivemos a ler em aula, «A aprendiza».) Numa folha solta, vais continuar cada um destes trechos, procurando usar um registo linguístico semelhante ao do trecho que continuas.
A tua sequência será de extensão pouco maior que a do passo que ela continua.
1. Mário Dionísio, «Nevoeiro na cidade», O Dia Cinzento e outros contos, 3.ª edição, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1997, pp. 15-27, p. 15:
Os dedos grossos passaram no trinco, no buraco da chave, na lingueta. Só depois empurraram a porta devagar. O fecho estalou.
2. «Véspera», O Dia Cinzento e outros contos, pp. 28-34, p. 28:
As crianças tinham ido brincar para a rua. No quarto, os quatro ouviam-nas e pensavam: boas idades.
— Boas idades — disse a Albertina, meio sentada, meio deitada na cama.
3. «Assobiando à vontade», pp. 35-43, p. 43:
Àquela hora o trânsito complicava-se. As lojas, os escritórios, algumas oficinas, atiravam para a rua centenas de pessoas. E as ruas, as praças, as paragens dos eléctricos, que tinham sido planeadas quando não havia nas lojas, nos escritórios e nas oficinas tanta gente, ficavam repletas dum momento para o outro.
4. «Os sapatos da irmã», pp. 44-66, p. 44:
O portão da cerca fecha cedo. Enquanto corre os pesados ferrolhos, o guarda do hospital diz à velha que passa o dia no passeio, acocorada atrás do cesto:
— Eh! Parece que pode fechar a porta por hoje...
5. «O corte das raízes», pp. 78-98, p. 78:
Nada melhor do que essa lufada de ar fresco quando transpunha a porta da escada e se encontrava enfim na rua. Apetecia-lhe pôr-se aos saltos, rir, meter-se com as pessoas. Até que se lembrava da mãe.
6. «A lata de conserva», pp. 99-104, p. 99:
A rapariga loura deixou-se ficar em frente do espelho. Enterrou os dedos ao acaso pelos cabelos, viu-os cair, preguiçosos, para a testa, e puxou-os para trás de modo que voltassem a cair, preguiçosos, para a frente. Cingiu ao corpo o robe branco de lã dos Pirenéus e deixou-o desprender-se. Tanto fazia.
7. «A corrida», pp. 105-118, p. 105:
Um rapaz de sobretudo cinzento, com a gola levantada, entrou na leitaria da esquina e foi direito ao balcão. Numa mesa do fundo, uma rapariga de cara mal pintada e saias muito acima dos joelhos percorria um jornal, sem grande interesse.
8. «Os bonecreiros vão de terra em terra», pp. 119-145, p. 119:
Passou uma camioneta a toda a velocidade e deixou atrás dela uma espessa nuvem de poeira. Por momentos, a fita branca da estrada desapareceu. As árvores desapareceram. Um cheiro activo a gasolina e óleo queimado ficou no ar.
9. «Uma principiante», pp. 146-152, p. 146:
Laura traz hoje uma saia que lhe fica muito bem. São elegantes estas saias. Quando a pessoa se senta, sobem um bom bocado. Para isso as cortam de viés. E, agarradinhas, as pernas ficam tal qual as das estrelas que vêm nas revistas americanas a anunciar cigarros e coca-cola.
10. «Sardinhas e vento», pp. 153-170, p. 153:
Atirou-se com as botas carregadas de lama por cima da relva seca do canteiro, atravessou todo o parque abandonado, entrou por ali dentro. Quando se viu no meio das pessoas, não sentiu a inquietação que esperava.
11. «Uma tarde de Agosto», pp. 171-190, p. 171:
O feitor levou dois dedos à aba do chapéu e ficou a ver o Dr. Guilherme atravessar a eira e meter para os lados da adega grande, com uma rapariguita atrás dele, agarrada a um tabuleiro coberto por um guardanapo.
12. «Horas suplementares», pp. 191-201, p. 191:
Estará doente? Muito doente? Não é a primeira vez que isso lhe vem à cabeça quando sente assim as costas pegadas à cama e nada mais lhe apetece do que deixar-se ficar para ali estendida sem se importar com o que possa acontecer.
13. «Entre cafés e pensamentos», pp. 202-223, p. 203:
Numa tarde de Outono, há alguns anos, um rapaz descia lentamente uma das nossas avenidas, em cabelo e sem abafos. Não estava frio.
Soluções
1. Naquele dia, o areal
b) esteve, em geral, sem ninguém.
2. A protagonista deste conto
a) trabalhava em Lisboa, numa casa ligada à chapelaria ou ao vestuário em geral.
3. No momento que nos é narrado, a aprendiza
b) já entregara a encomenda à cliente.
4. O episódio que nos é narrado decorre
c) em Janeiro.
5. O espaço em que decorre esta parte da acção é
c) uma estância balnear perto de Lisboa, provavelmente na linha de Cascais.
6. O narrador deste texto é, quanto à presença na acção,
c) não participante.
7. Na casa em que trabalhava, a protagonista deste texto
b) tem outras colegas.
8. Depois deste trecho, o conto prossegue deste modo:
b) «Calor. Se não fosse o vestido estar tão velho, despiria o casaco. Assim, desabotoou-se apenas e tirou o cachecol que a Madame Ivone lhe tinha dado.»
[Pontuei também, mas parcialmente, a alínea d): «Calor. Avançou para o areal. Da esplanada, de onde a podiam ver, ninguém olhava. Hesitou. E se entrasse na água? Ainda tinha uns minutos. Que interessava que estragasse o vestido? Não lho dera a Madame porque, de tão fora de moda, a filha já não o queria usar?»]
Perguntara de olhos espantados se era ela. E a Madame Ivone, sem dar por nada, respondera (respondeu) que sim, que era ela, que se despachasse. [Dava as suas ordens,] explicava-lhe (dizia-lhe) que tirasse um bilhete de terceira só para lá. E ela só pensava se era ela (consigo), se era possível que fosse ela. A Madame Ivone dizia-lhe que, no regresso (à volta), tirasse [bilhete] de segunda, porque o comboio com terceira era muito tarde. Disse-lhe que se despachasse, que a queria lá antes da noite.
analfabeto
apicultor
autodidacta
dramaturgo
inquilino
jóquei
octogenário
poliglota
protagonista
modista
a) cedo / advérbios de lugar
b) pouco / preposições
c) assaz / advérbios de tempo
d) prédio / localizações citadinas
e) alto / cores
f) mesa / zonas da casa
g) até / advérbios de exclusão
[texto lacunar de resumo:]
Embora estivesse bom tempo, as pessoas não ficavam na praia porque era Janeiro e sempre faria algum frio. Aproveitavam o tempo para descansar na esplanada cheia de guarda-sóis de muitas cores.
A aprendiza estava admirada por poder contemplar o mar e ver as pessoas tão à-vontade. Podia notar a diferença entre o seu bairro e a cidade. Sentia-se feliz por ter sido escolhida por Madame Ivone para entregar os chapéus a uma freguesa.
Enquanto esperava o comboio de regresso, admirava o espectáculo oferecido pelo mar e pela esplanada.
Aula 25-26
Copiei algumas páginas do conto «Singularidades de uma rapariga loira», de Eça de Queirós. Pus a primeira página do conto, a terceira e a quinta (pp. 17, 19, 21).
Não fazendo caso da exacta extensão de texto que falta, escreve ligações entre os trechos que te dou. Esses trechos de ligação deverão ser curtos, mas aceitáveis (não devem parecer artificiais).
Eça de Queirós, «Singularidades uma rapariga loira», Contos, edição de Luiz Fagundes Duarte, 2.ª edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2002, pp. 17-46, p. 17, p. 19 e p. 21:
[no blogue não se reproduzem as três páginas]
1. {Escreve texto que pudesse ficar entre «ou a» (p. 17) e «comendo» (p. 19).}
2. {Escreve texto que pudesse ficar entre «e eu reparei então» (p. 19) e «Real.» (p. 21)}
Na p. 44 do manual, sob o título «É lindo!», está mais um passo do mesmo conto de Eça. Trata-se de uma parte quase no final do conto. Lê o texto e responde aos seguintes pontos de «Ler é preciso» (p. 45):
2. 1. _________
2. 2. _________
5.1. __________
De que tipo te parece dever ser o narrador deste passo?
a) Participante e personagem principal.
b) Personagem da acção inicial do conto, mas narrador não participante numa nova história encaixada.
c) Não participante.
b) Participante, enquanto personagem secundária.
Que pode indiciar o último parágrafo?
a) Que Luísa era uma ladra de jóias.
b) Que Luísa era «repositomaníaca».
c) Que o caixeiro descobrira ser irmão de Luísa.
d) Que o caixeiro descobrira que Luísa não era loura.
Ainda na p. 45, responde a «Alargar o vocabulário» e a «Aplicar a gramática».
Depois, abre o livro na p. 63, para relembrarmos as subclasses do Nome.
b) esteve, em geral, sem ninguém.
2. A protagonista deste conto
a) trabalhava em Lisboa, numa casa ligada à chapelaria ou ao vestuário em geral.
3. No momento que nos é narrado, a aprendiza
b) já entregara a encomenda à cliente.
4. O episódio que nos é narrado decorre
c) em Janeiro.
5. O espaço em que decorre esta parte da acção é
c) uma estância balnear perto de Lisboa, provavelmente na linha de Cascais.
6. O narrador deste texto é, quanto à presença na acção,
c) não participante.
7. Na casa em que trabalhava, a protagonista deste texto
b) tem outras colegas.
8. Depois deste trecho, o conto prossegue deste modo:
b) «Calor. Se não fosse o vestido estar tão velho, despiria o casaco. Assim, desabotoou-se apenas e tirou o cachecol que a Madame Ivone lhe tinha dado.»
[Pontuei também, mas parcialmente, a alínea d): «Calor. Avançou para o areal. Da esplanada, de onde a podiam ver, ninguém olhava. Hesitou. E se entrasse na água? Ainda tinha uns minutos. Que interessava que estragasse o vestido? Não lho dera a Madame porque, de tão fora de moda, a filha já não o queria usar?»]
Perguntara de olhos espantados se era ela. E a Madame Ivone, sem dar por nada, respondera (respondeu) que sim, que era ela, que se despachasse. [Dava as suas ordens,] explicava-lhe (dizia-lhe) que tirasse um bilhete de terceira só para lá. E ela só pensava se era ela (consigo), se era possível que fosse ela. A Madame Ivone dizia-lhe que, no regresso (à volta), tirasse [bilhete] de segunda, porque o comboio com terceira era muito tarde. Disse-lhe que se despachasse, que a queria lá antes da noite.
analfabeto
apicultor
autodidacta
dramaturgo
inquilino
jóquei
octogenário
poliglota
protagonista
modista
a) cedo / advérbios de lugar
b) pouco / preposições
c) assaz / advérbios de tempo
d) prédio / localizações citadinas
e) alto / cores
f) mesa / zonas da casa
g) até / advérbios de exclusão
[texto lacunar de resumo:]
Embora estivesse bom tempo, as pessoas não ficavam na praia porque era Janeiro e sempre faria algum frio. Aproveitavam o tempo para descansar na esplanada cheia de guarda-sóis de muitas cores.
A aprendiza estava admirada por poder contemplar o mar e ver as pessoas tão à-vontade. Podia notar a diferença entre o seu bairro e a cidade. Sentia-se feliz por ter sido escolhida por Madame Ivone para entregar os chapéus a uma freguesa.
Enquanto esperava o comboio de regresso, admirava o espectáculo oferecido pelo mar e pela esplanada.
Aula 25-26
Copiei algumas páginas do conto «Singularidades de uma rapariga loira», de Eça de Queirós. Pus a primeira página do conto, a terceira e a quinta (pp. 17, 19, 21).
Não fazendo caso da exacta extensão de texto que falta, escreve ligações entre os trechos que te dou. Esses trechos de ligação deverão ser curtos, mas aceitáveis (não devem parecer artificiais).
Eça de Queirós, «Singularidades uma rapariga loira», Contos, edição de Luiz Fagundes Duarte, 2.ª edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2002, pp. 17-46, p. 17, p. 19 e p. 21:
[no blogue não se reproduzem as três páginas]
1. {Escreve texto que pudesse ficar entre «ou a» (p. 17) e «comendo» (p. 19).}
2. {Escreve texto que pudesse ficar entre «e eu reparei então» (p. 19) e «Real.» (p. 21)}
Na p. 44 do manual, sob o título «É lindo!», está mais um passo do mesmo conto de Eça. Trata-se de uma parte quase no final do conto. Lê o texto e responde aos seguintes pontos de «Ler é preciso» (p. 45):
2. 1. _________
2. 2. _________
5.1. __________
De que tipo te parece dever ser o narrador deste passo?
a) Participante e personagem principal.
b) Personagem da acção inicial do conto, mas narrador não participante numa nova história encaixada.
c) Não participante.
b) Participante, enquanto personagem secundária.
Que pode indiciar o último parágrafo?
a) Que Luísa era uma ladra de jóias.
b) Que Luísa era «repositomaníaca».
c) Que o caixeiro descobrira ser irmão de Luísa.
d) Que o caixeiro descobrira que Luísa não era loura.
Ainda na p. 45, responde a «Alargar o vocabulário» e a «Aplicar a gramática».
Depois, abre o livro na p. 63, para relembrarmos as subclasses do Nome.
Abre o livro na p. 63, para relembrarmos as subclasses do Nome (ou Substantivo): Concretos/Abstractos; Comuns/Próprios; Colectivos.
(Poderíamos ainda acrescentar as subclasses Contáveis/Não contáveis; Animados/Não animados; Humanos/Não humanos.)
No exercício que estiveste a fazer no livro, na p. 45, ao derivares nomes a partir de adjectivos, obtiveste nomes abstractos («claridade», «delicadeza», etc.), aqueles que relevam de qualidades construídas pelo pensamento, pela imaginação. Já os nomes concretos representam seres perceptíveis pelos sentidos («prédio», «coprólito»).
No sketch que vimos agora — com freiras a discutir —, o ridículo da situação tem várias origens, mas é acentuado por as freiras discutirem acerca de dois nomes abstractos («________» e «__________») como se se tratasse de nomes de coisas objectiváveis e fisicamente comparáveis. Não estranharíamos tanto frases como «A minha predilecta é a ________» ou «Considero a __________ superior», se se aplicassem a nomes concretos.
Repara que os nomes abstractos, em geral, não são contáveis. Embora possamos dizer «as pazes» ou «as harmonias», estes dois plurais não contrastam com o singular em termos de mera quantificação, como aconteceria com nomes contáveis (como «laranja», «freira»). Note-se que há muitos nomes concretos que também são não contáveis («farinha», «açúcar», por exemplo).
O sketch a seguir — um trailer para um suposto E tudo o convento levou — serve para lembrar o outro par de subclasses do nomes, comuns e próprios.
Destaquei já os nomes próprios. Faz-lhes corresponder uma destas situações, usando a letra sublinhada: topónimo (nome de lugar); antropónimo (nome de pessoa); nome de instituição.
Carmelitas descalças (____); irmã Natividade (A); irmã Joaquina (____); [ir a] Fátima (____); Santiago de Compostela (____); Adventistas do sétimo dia (I); Figueiró dos Vinhos (____); Massamá (____); Testemunhas de Jeová (____).
No sketch cujos protagonistas são o talhante Lopes da Silva e a freguesa Dona Raquel, podemos começar por notar que, nas frases «hoje queria chicha» «queria carne» e «afinal o que eu queria era peixe», os nomes «chicha», «carne» e «peixe» são ________ {contáveis/não-contáveis}. (Repara que não se refere um peixe — ou dois ou três —, mas «peixe».)
Contudo, a característica mais saliente é o uso de diminutivos. Em geral, são nomes que aparecem assim flexionados, mas há palavras de outras classes, como vais verificar:
Palavra derivada (com sufixo diminutivo) / Palavra primitiva / Classe
[Está] boazinha? / boa /
[umas] espetadinhas / /
franguinho / / nomes (N)
lombinhos / /
campinho / /
guisadinhas / / adjectivos (Adj)
linguinha / /
coelhinho / /
saborzinho / /
tão gostosinho / /
molhozinho / /
porquinho / /
[papilas] gustativinhas / /
peruzinho / /
suculentozinho / /
peixinho / /
talhinho / /
poucochinho / /
tempinho / /
parvalhãozinho / /
cretinazinha / /
talhantezinho / /
[sua] pegazinha / pega /
ruinha! / /
Os sufixos diminutivos dão à palavra primitiva valores variados (pequenez, estima, desprezo, etc.). Neste caso, a maioria dos diminutivos visava dar mostras de _________, sendo os últimos, depois de se perceber que a cliente não ia comprar carne, de __________.
Vê também como a ligação do sufixo inho à palavra primitiva pode requerer alguma ligação suplementar (com -z- ou com outra consoante) — _________, _________, ________ {retira da tabela exemplos com consoante anteposta a -inho} — ou não — _________ {só um exemplo}.
TPC — Na penúltima aula, pedi-te que de uma reportagem «derivasses» uma notícia. Desta vez, queria que escrevesses uma reportagem correspondente à notícia da p. 70 («[Seis jovens atacam em Tóquio.] Olimpíadas de Matemática»). Terás de inventar muitos dos dados.
Soluções
2.1 Macário prefere caminhar ao ar livre com Luísa pelo braço.
2.2.Luísa prefere que se dirijam a uma loja (uma ourivesaria).
5.1. Em «as finas alianças frágeis como o amor» há uma comparação.
De que tipo te parece dever ser o narrador deste passo?
b) Personagem da acção inicial do conto, mas narrador não participante numa nova história encaixada.
Que pode indiciar o último parágrafo?
a) Que Luísa era uma ladra de jóias.
a) fino > fineza
b) frio > frieza / frialdade
c) grande > grandeza
d) profunda > profundidade
e) luminoso > luminosidade
f) grossa > grossura
g) feio > fealdade
h) pesado > peso
i) largo > largura
j) pequena > pequenez
l) lindo > lindeza
m) branco > brancura
n) fino > finura
o) delicado > delicadeza
p) consolador > consolação / consolo
a) invernoso > invernia > invernar
b) pálido > palidez > empalidecer
c) digital > dígito > digitalizar
d) manual > manuseio > manusear
e) lindo > lindeza > alindar
f) igual > igualdade > igualar
g) branco > brancura > branquear
h) verde > verdura > esverdear
mão / mãos
balcão / balcões
país / países
capital / capitais
papel / papéis
nível / níveis
acção / acções
sacristão / sacristães
júnior / juniores
sénior / seniores
fóssil / fósseis
réptil / répteis
aldeão / aldeões, aldeãos, aldeães
corrimão / corrimãos, corrimões
refrão / refrãos, refrães
verão / verões, verãos
cão / cães
escrivão / escrivães
carácter / caracteres
No sketch que vimos agora — com freiras a discutir —, o ridículo da situação tem várias origens, mas é acentuado por as freiras discutirem acerca de dois nomes abstractos («paz» e «harmonia») como se se tratasse de nomes de coisas objectiváveis e fisicamente comparáveis. Não estranharíamos tanto frases como «A minha predilecta é a paz» ou «Considero a harmonia superior», se se aplicassem a nomes concretos.
Carmelitas descalças (I); irmã Natividade (A); irmã Joaquina (A); [ir a] Fátima (T); Santiago de Compostela (T); Adventistas do sétimo dia (I); Figueiró dos Vinhos (T); Massamá (T); Testemunhas de Jeová (I).
No sketch cujos protagonistas são o talhante Lopes da Silva e a freguesa Dona Raquel, podemos começar por notar que, nas frases «hoje queria chicha» «queria carne» e «afinal o que eu queria era peixe», os nomes «chicha», «carne» e «peixe» são não contáveis. (Repara que não se refere um peixe — ou dois ou três —, mas «peixe».)
[Está] boazinha? / boa / adjectivo
[umas] espetadinhas / espetadas / nome
franguinho / frango / nome
lombinhos / lombos / nome
campinho / campo / nome
guisadinhas / guisadas / adjectivo
linguinha / língua / nome
coelhinho / coelho / nome
saborzinho / sabor / nome
tão gostosinho / gostoso / adjectivo
molhozinho / molho / nome
porquinho / porco / nome
[papilas] gustativinhas / gustativas / adjectivo
peruzinho / peru / nome
suculentozinho / suculento / adjectivo
peixinho / peixe / nome
talhinho / talho / nome
poucochinho / pouco / advérbio
tempinho / tempo / nome
parvalhãozinho / parvalhão / adjectivo ou nome
cretinazinha / cretina / adjectivo
talhantezinho / talhante / nome
[sua] pegazinha / pega / nome ou adjectivo
ruinha! / rua! / interjeição
Os sufixos diminutivos dão à palavra primitiva valores variados (pequenez, estima, desprezo, etc.). Neste caso, a maioria dos diminutivos visava dar mostras de estima, sendo os últimos, depois de se perceber que a cliente não ia comprar carne, de ironia.
Vê também como a ligação do sufixo inho à palavra primitiva pode requerer alguma ligação suplementar (com -z- ou com outra consoante) — molhozinho, poucochinho, cretinazinha {retira da tabela exemplos com consoante anteposta a -inho} — ou não — ruinha {só um exemplo}.
Aula 27-28
Preenche este quadro — semelhante a um que usámos o ano passado — para verificares características de crónica presentes em «Histórias que o vento espalha» (p. 73).
Características da crónica / Sim / + ou - / Não
pode ser escrita por personalidade convidada (não jornalista) / / /
aborda temas do quotidiano / / /
reflecte sobre comportamentos / / /
pode contar uma história / / /
pretende que dela retiremos algum ensinamento (defende um ponto de vista) / / /
visão pessoal do narrador está presente / / /
linguagem é simples (por vezes, até coloquial) / / /
está entre o texto jornalístico e a literatura / / /
De cada uma das quatro histórias que compõem esta crónica podemos retirar uma moralidade. No quadro, completa as quadrículas relativas ao segundo e ao quarto textos, como fiz para os outros. (Faz de modo a que o que escreveres possa ser lido em voz alta.)
Historieta / Ensinamento«Os três blocos de pedra» / A felicidade de uns não implica o prejuízo de outros, e por isso não nos devemos envergonhar de aproveitar oportunidades que se nos deparem. O que também confirma que a inveja é sentimento injustificável (já que o bem dos outros nem sequer implica que saia alguém prejudicado).
«O homem mais rico da Babilônia» / _______
«Três golpes precisos» / Devemos evitar ser rotineiros, devemos evitar acomodar-nos.
«O significado das bananas» / _______
Este texto tem várias características da variedade brasileira do português (de grafia, sintaxe, vocabulário). Completa o quadro:
Em português do Brasil / Em português europeu
com suas três irmãs / com as suas três irmãs
as outras vão se achar feias / ____
____ / estou a procurar
Babilônia / ____
____ / de toda a gente
que enterrou-o fundo de mais / ____
____ / acção
jamais deixe que a rotina / ____
____ / ____
Vai de novo até à p. 63 do livro, para acabarmos de tratar as subclasses do nome (ou substantivo).
Veremos também aspectos da flexão do nome (pp. 63-65). Na última aula, aludimos ao grau — vimos diminutivos e como o seu valor pode variar — e ao número — vimos casos especiais de plurais (relembraremos hoje os plurais dos compostos, mas também os tens no Caderno de Actividades do ano passado, p. 23). Falta o género.
Usemos o resumo na p. 64. Aos nomes que estão caracterizados em 2.1.8 podemos chamar comuns de dois; aos que estão em 2.1.9, epicenos; podíamos ainda considerar mais uma situação (2.1.10), a dos chamados nomes sobrecomuns, que só têm uma forma para masculino e feminino (e em que, ao contrário de 2.1.8, o determinante também é sempre o mesmo: «o indivíduo», «a testemunha», «a criança»).
A seguir, dou-te alguns nomes. Flexionando-os mentalmente (experimentando pô‑los no feminino ou no masculino), verifica qual é o seu perfil quanto a género (de 2.0 a 2.10). Escreve as suas formas masculina e feminina à frente do número que os caracteriza.
lobo juíza pessoa cadáver panda estudante cabra cavalo abade patroa jornalista ateu embaixatriz trabalhador Iva
2.0 [regra geral] Ivo, Iva; ___, ___
2.1.1
2.1.2
2.1.3
2.1.4
2.1.5
2.1.6
2.1.7 [palavras diferentes]
2.1.8 [comuns de dois]
2.1.9 [epicenos]
2.1.10 [sobrecomuns]
Resolve o ponto 2 da ficha 11 do Caderno de Actividades (p. 37), que implica identificares doze nomes abstractos.
Na mesma ficha, na p. 38, resolve o ponto 4, sobre substantivos colectivos.
Já víramos como se pode fazer uma referência bibliográfica. Tivemos os exemplos de citação de um conto (veja-se, em baixo, Dionísio, 1997) e de um livro (Bryson, 2004).
Vejamos outras situações. Podemos ter de citar artigo (ou conto ou poema) de um autor que não é o organizador do livro em que está inserido esse texto:
Adma Muhana, «Quando não se escreve o que se fala», Margarida Vieira Mendes, Maria Lucília Gonçalves Pires & José da Costa Miranda (orgs.), Vieira escritor, Lisboa, Edições Cosmos, 1997, pp. 107-116, p. 110.
Ou seja: estamos a citar um passo (na p. 110), de um artigo da investigadora Adma Muhana (intitulado «Quando não se escreve o que se fala» e que ocupa as pp. 107-116), que está num livro organizado por três professores. Além de «orgs.» (organizadores), podemos usar «coord.» ou «coords.» (coordenador[es]) ou, mais à inglesa, «ed.» ou «eds.» (editor[es]).
Até aqui, temos partido do princípio de que a referência é para ficar perto do trecho que citamos. Porém, no final de um trabalho, podemos apresentar a lista das obras citadas (ou apenas consultadas). Nessas bibliografias, é costume pôr os apelidos em primeiro lugar, para destacar a ordem alfabética. (No entanto, se os apelidos ficarem salientados por maiúsculas ou, como fiz, por versaletes, isso torna-se desnecessário.)
Obras sem autor explicitado — enciclopédias, dicionários, revistas — ou sites poderão ficar listados também na ordem alfabética segundo a primeira letra do seu título. Repara que nesta lista final não pus a exacta página de cada citação, já que a teriámos dado junto do trecho citado.
Referências bibliográficas
AAVV, Portugal na segunda guerra mundial, Lisboa, Dom Quixote, 1989.
Bill Bryson, Breve história de quase tudo, tradução de Daniela Garcia, Lisboa, Quetzal, 2004.
<http://cabelinhoapaulobento.blogspot.com>, consultado a 30-10-2006.
Mário Dionísio, «Nevoeiro na cidade», O Dia Cinzento e outros contos, 3.ª edição, Mem Martins, Europa-América, 1997, pp. 15-27.
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. X, Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, s.d.
Adma Muhana, «Quando não se escreve o que se fala», Margarida Vieira Mendes, Maria Lucília Pires & José da Costa Miranda (orgs.), Vieira escritor, Lisboa, Cosmos, 1997, pp. 107-116.
Escreve as referências correspondentes a estas duas citações:
a) de um verso do poema «Ai que bom que é o pudim de manga!», escrito por António Lobo Saramago e recolhido na p. 7 da antologia Líricas gastronómicas, organizada por Agustina Modesto, publicada em 2002, na Editora Mazinha, em Sarilhos Pequenos.
b) de frase de Desidério Murcho, que escreveu para as Actas do XVII Congresso de Cientistas Vaidosões (que organizou em parceria com Nuno Crato) o artigo «Coprólitos há pouco descobertos em Ourique», que se encontra nas pp. 21 a 1067. O importante passo está na última página do artigo, editado, em 2008, nas Publicações Reles, em Silves.
TPC — Este trabalho de casa é para começar a fazer já, mas terá de ser entregue apenas daqui a uma semana. Trata-se de escrever um texto sobre um livro que te tenha marcado muito. Escreverás em computador; com 2500-3000 caracteres, incluindo espaços (cerca de uma página A4, se a entrelinha for de espaço e meio e, em Times, o corpo 12). Para averiguares quantos caracteres tens, no menu «Ficheiro» escolhe «Propriedades» e, clicadas estas, vê «Estatística».
É um tepecê como outro qualquer (enfim, um pouco mais importante, porque estou a reservá-lo para uma semana inteira), mas tem um objectivo final, o concurso cuja publicidade fica ao lado. [no blogue nada fica]
Na passagem a computador, vê se os sinais de pontuação estão bem colocados, sem espaços a mais ou a menos. Nota ainda se fizeste devidamente as margens de parágrafo. Evita fontes pirosas (por exemplo, aquelas a imitar manuscritos, que me estragam os míopes olhos). Faz a referência bibliográfica — do livro acerca de que venhas a escrever — como hoje te ensinei.
Se não houver livro de que possas falar, é boa altura para requisitar algum na biblioteca da escola (tenho lista que pode ser útil).
Conselhos: não abuses de «gostei», nem tenhas a preocupação de ser avaliativo (e, claro, evita «bom», «giro», «fantástico», «chato», «baril», «bué da não sei quê», etc.). Também não te aconselho a gastares o texto todo a resumir o livro. É certo que é importante dar ao leitor uma ideia acerca do que trata o livro, mas pode tornar o texto agradável, por exemplo, lembrares as circunstâncias em que leste a obra, aludires a essa época, dizeres como o livro te influenciou, como souberas da sua existência, etc. Ou seja, pode ser boa estratégia adoptares um estilo próximo do da crónica.
Soluções
Características da crónica
pode ser escrita por personalidade convidada (não jornalista) Sim
aborda temas do quotidiano +/-
reflecte sobre comportamentos Sim
pode contar uma história Sim
pretende que dela retiremos algum ensinamento (defende um ponto de vista) Sim
visão pessoal do narrador está presente Sim
linguagem é simples (por vezes, até coloquial) Sim
está entre o texto jornalístico e a literatura Sim
Se soubermos valorizar bem uma quantia pequena, faremos uma gestão mais correcta de tudo o que temos.
Quando se paga algum bem, apercebemo-nos melhor do valor desse bem. (Se a nós mesmos concedermos um pequeno salário, valorizamos a nossa função e trabalharemos depois melhor.)
Não devemos lembrar muito o passado nem ter expectativas sobre o futuro. Temos é de nos concentrar no presente.
Em português do Brasil / Em português europeu
com suas três irmãs / com as suas três irmãs
as outras vão se achar feias / as outras vão achar-se feias
estou procurando / estou a procurar
Babilônia / Babilônia
de todo mundo / de toda a gente
que enterrou-o fundo de mais / que o enterrou fundo de mais
ação / acção
jamais deixe que a rotina / nunca deixe que a rotina
com meu amigo / com o meu amigo
2.0 lobo, loba
2.1.1 juiz, juíza
2.1.2 embaixador, embaixatriz
2.1.3 trabalhador, trabalhadora
2.1.4 patrão, patroa
2.1.5 ateu, ateia
2.1.6 abade, abadessa
2.1.7 [palavras diferentes] cavalo, égua; bode, cabra
2.1.8 [comuns de dois] o estudante, a estudante; o jornalista, a jornalista
2.1.9 [epicenos] panda macho, panda fêmea;
2.1.10 [sobrecomuns] a pessoa, o cadáver
subtileza
amabilidade
fertilidade
rigidez
escassez
razão
vingança
flacidez
tristeza
esperteza
visibilidade
fineza
1 - J (alcateia / lobos)
2 - M (arquipélago / ilhas)
3 - N (banda / músicos)
4 - O (bando / aves)
5 - A (cacho / uvas ou bananas ou coprólitos)
6 - B (cáfila / camelos)
7 - Q (cardume / peixes)
8 - S (chusma / benfiquistas)
9 - G (corja / Simões Sabrosas)
10 - T (feixe / lenha)
11 - D (girândola / foguetes)
12 - I (junta / bois que estudaram medicina)
13 - R (magote / pessoas)
14 - F (molho / chaves)
15 - E (matilha / cães)
16 - H (pléiade / artistas ou poetas)
17 - L ou C (récua / bestas de carga ou muares)
18 - P (romanceiro / poemas narrativos)
19 - G (súcia / malfeitores)
20 - R (tropa / pessoas [ou militares])
Desidério Murcho, «Coprólitos há pouco descobertos em Ourique», Nuno Crato & Desidério Murcho (coord.), Actas do XVII Congresso de Cientistas Vaidosões, Silves, Publicações Reles, 2008, pp. 21 a 1067.
António Lobo Saramago, «Ai que bom que é o pudim de manga!», Agustina Modesto (org.), Líricas gastronómicas, Sarilhos Pequenos, Editora Mazinha, 2002, p. 7.
Preenche este quadro — semelhante a um que usámos o ano passado — para verificares características de crónica presentes em «Histórias que o vento espalha» (p. 73).
Características da crónica / Sim / + ou - / Não
pode ser escrita por personalidade convidada (não jornalista) / / /
aborda temas do quotidiano / / /
reflecte sobre comportamentos / / /
pode contar uma história / / /
pretende que dela retiremos algum ensinamento (defende um ponto de vista) / / /
visão pessoal do narrador está presente / / /
linguagem é simples (por vezes, até coloquial) / / /
está entre o texto jornalístico e a literatura / / /
De cada uma das quatro histórias que compõem esta crónica podemos retirar uma moralidade. No quadro, completa as quadrículas relativas ao segundo e ao quarto textos, como fiz para os outros. (Faz de modo a que o que escreveres possa ser lido em voz alta.)
Historieta / Ensinamento«Os três blocos de pedra» / A felicidade de uns não implica o prejuízo de outros, e por isso não nos devemos envergonhar de aproveitar oportunidades que se nos deparem. O que também confirma que a inveja é sentimento injustificável (já que o bem dos outros nem sequer implica que saia alguém prejudicado).
«O homem mais rico da Babilônia» / _______
«Três golpes precisos» / Devemos evitar ser rotineiros, devemos evitar acomodar-nos.
«O significado das bananas» / _______
Este texto tem várias características da variedade brasileira do português (de grafia, sintaxe, vocabulário). Completa o quadro:
Em português do Brasil / Em português europeu
com suas três irmãs / com as suas três irmãs
as outras vão se achar feias / ____
____ / estou a procurar
Babilônia / ____
____ / de toda a gente
que enterrou-o fundo de mais / ____
____ / acção
jamais deixe que a rotina / ____
____ / ____
Vai de novo até à p. 63 do livro, para acabarmos de tratar as subclasses do nome (ou substantivo).
Veremos também aspectos da flexão do nome (pp. 63-65). Na última aula, aludimos ao grau — vimos diminutivos e como o seu valor pode variar — e ao número — vimos casos especiais de plurais (relembraremos hoje os plurais dos compostos, mas também os tens no Caderno de Actividades do ano passado, p. 23). Falta o género.
Usemos o resumo na p. 64. Aos nomes que estão caracterizados em 2.1.8 podemos chamar comuns de dois; aos que estão em 2.1.9, epicenos; podíamos ainda considerar mais uma situação (2.1.10), a dos chamados nomes sobrecomuns, que só têm uma forma para masculino e feminino (e em que, ao contrário de 2.1.8, o determinante também é sempre o mesmo: «o indivíduo», «a testemunha», «a criança»).
A seguir, dou-te alguns nomes. Flexionando-os mentalmente (experimentando pô‑los no feminino ou no masculino), verifica qual é o seu perfil quanto a género (de 2.0 a 2.10). Escreve as suas formas masculina e feminina à frente do número que os caracteriza.
lobo juíza pessoa cadáver panda estudante cabra cavalo abade patroa jornalista ateu embaixatriz trabalhador Iva
2.0 [regra geral] Ivo, Iva; ___, ___
2.1.1
2.1.2
2.1.3
2.1.4
2.1.5
2.1.6
2.1.7 [palavras diferentes]
2.1.8 [comuns de dois]
2.1.9 [epicenos]
2.1.10 [sobrecomuns]
Resolve o ponto 2 da ficha 11 do Caderno de Actividades (p. 37), que implica identificares doze nomes abstractos.
Na mesma ficha, na p. 38, resolve o ponto 4, sobre substantivos colectivos.
Já víramos como se pode fazer uma referência bibliográfica. Tivemos os exemplos de citação de um conto (veja-se, em baixo, Dionísio, 1997) e de um livro (Bryson, 2004).
Vejamos outras situações. Podemos ter de citar artigo (ou conto ou poema) de um autor que não é o organizador do livro em que está inserido esse texto:
Adma Muhana, «Quando não se escreve o que se fala», Margarida Vieira Mendes, Maria Lucília Gonçalves Pires & José da Costa Miranda (orgs.), Vieira escritor, Lisboa, Edições Cosmos, 1997, pp. 107-116, p. 110.
Ou seja: estamos a citar um passo (na p. 110), de um artigo da investigadora Adma Muhana (intitulado «Quando não se escreve o que se fala» e que ocupa as pp. 107-116), que está num livro organizado por três professores. Além de «orgs.» (organizadores), podemos usar «coord.» ou «coords.» (coordenador[es]) ou, mais à inglesa, «ed.» ou «eds.» (editor[es]).
Até aqui, temos partido do princípio de que a referência é para ficar perto do trecho que citamos. Porém, no final de um trabalho, podemos apresentar a lista das obras citadas (ou apenas consultadas). Nessas bibliografias, é costume pôr os apelidos em primeiro lugar, para destacar a ordem alfabética. (No entanto, se os apelidos ficarem salientados por maiúsculas ou, como fiz, por versaletes, isso torna-se desnecessário.)
Obras sem autor explicitado — enciclopédias, dicionários, revistas — ou sites poderão ficar listados também na ordem alfabética segundo a primeira letra do seu título. Repara que nesta lista final não pus a exacta página de cada citação, já que a teriámos dado junto do trecho citado.
Referências bibliográficas
AAVV, Portugal na segunda guerra mundial, Lisboa, Dom Quixote, 1989.
Bill Bryson, Breve história de quase tudo, tradução de Daniela Garcia, Lisboa, Quetzal, 2004.
<http://cabelinhoapaulobento.blogspot.com>, consultado a 30-10-2006.
Mário Dionísio, «Nevoeiro na cidade», O Dia Cinzento e outros contos, 3.ª edição, Mem Martins, Europa-América, 1997, pp. 15-27.
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. X, Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, s.d.
Adma Muhana, «Quando não se escreve o que se fala», Margarida Vieira Mendes, Maria Lucília Pires & José da Costa Miranda (orgs.), Vieira escritor, Lisboa, Cosmos, 1997, pp. 107-116.
Escreve as referências correspondentes a estas duas citações:
a) de um verso do poema «Ai que bom que é o pudim de manga!», escrito por António Lobo Saramago e recolhido na p. 7 da antologia Líricas gastronómicas, organizada por Agustina Modesto, publicada em 2002, na Editora Mazinha, em Sarilhos Pequenos.
b) de frase de Desidério Murcho, que escreveu para as Actas do XVII Congresso de Cientistas Vaidosões (que organizou em parceria com Nuno Crato) o artigo «Coprólitos há pouco descobertos em Ourique», que se encontra nas pp. 21 a 1067. O importante passo está na última página do artigo, editado, em 2008, nas Publicações Reles, em Silves.
TPC — Este trabalho de casa é para começar a fazer já, mas terá de ser entregue apenas daqui a uma semana. Trata-se de escrever um texto sobre um livro que te tenha marcado muito. Escreverás em computador; com 2500-3000 caracteres, incluindo espaços (cerca de uma página A4, se a entrelinha for de espaço e meio e, em Times, o corpo 12). Para averiguares quantos caracteres tens, no menu «Ficheiro» escolhe «Propriedades» e, clicadas estas, vê «Estatística».
É um tepecê como outro qualquer (enfim, um pouco mais importante, porque estou a reservá-lo para uma semana inteira), mas tem um objectivo final, o concurso cuja publicidade fica ao lado. [no blogue nada fica]
Na passagem a computador, vê se os sinais de pontuação estão bem colocados, sem espaços a mais ou a menos. Nota ainda se fizeste devidamente as margens de parágrafo. Evita fontes pirosas (por exemplo, aquelas a imitar manuscritos, que me estragam os míopes olhos). Faz a referência bibliográfica — do livro acerca de que venhas a escrever — como hoje te ensinei.
Se não houver livro de que possas falar, é boa altura para requisitar algum na biblioteca da escola (tenho lista que pode ser útil).
Conselhos: não abuses de «gostei», nem tenhas a preocupação de ser avaliativo (e, claro, evita «bom», «giro», «fantástico», «chato», «baril», «bué da não sei quê», etc.). Também não te aconselho a gastares o texto todo a resumir o livro. É certo que é importante dar ao leitor uma ideia acerca do que trata o livro, mas pode tornar o texto agradável, por exemplo, lembrares as circunstâncias em que leste a obra, aludires a essa época, dizeres como o livro te influenciou, como souberas da sua existência, etc. Ou seja, pode ser boa estratégia adoptares um estilo próximo do da crónica.
Soluções
Características da crónica
pode ser escrita por personalidade convidada (não jornalista) Sim
aborda temas do quotidiano +/-
reflecte sobre comportamentos Sim
pode contar uma história Sim
pretende que dela retiremos algum ensinamento (defende um ponto de vista) Sim
visão pessoal do narrador está presente Sim
linguagem é simples (por vezes, até coloquial) Sim
está entre o texto jornalístico e a literatura Sim
Se soubermos valorizar bem uma quantia pequena, faremos uma gestão mais correcta de tudo o que temos.
Quando se paga algum bem, apercebemo-nos melhor do valor desse bem. (Se a nós mesmos concedermos um pequeno salário, valorizamos a nossa função e trabalharemos depois melhor.)
Não devemos lembrar muito o passado nem ter expectativas sobre o futuro. Temos é de nos concentrar no presente.
Em português do Brasil / Em português europeu
com suas três irmãs / com as suas três irmãs
as outras vão se achar feias / as outras vão achar-se feias
estou procurando / estou a procurar
Babilônia / Babilônia
de todo mundo / de toda a gente
que enterrou-o fundo de mais / que o enterrou fundo de mais
ação / acção
jamais deixe que a rotina / nunca deixe que a rotina
com meu amigo / com o meu amigo
2.0 lobo, loba
2.1.1 juiz, juíza
2.1.2 embaixador, embaixatriz
2.1.3 trabalhador, trabalhadora
2.1.4 patrão, patroa
2.1.5 ateu, ateia
2.1.6 abade, abadessa
2.1.7 [palavras diferentes] cavalo, égua; bode, cabra
2.1.8 [comuns de dois] o estudante, a estudante; o jornalista, a jornalista
2.1.9 [epicenos] panda macho, panda fêmea;
2.1.10 [sobrecomuns] a pessoa, o cadáver
subtileza
amabilidade
fertilidade
rigidez
escassez
razão
vingança
flacidez
tristeza
esperteza
visibilidade
fineza
1 - J (alcateia / lobos)
2 - M (arquipélago / ilhas)
3 - N (banda / músicos)
4 - O (bando / aves)
5 - A (cacho / uvas ou bananas ou coprólitos)
6 - B (cáfila / camelos)
7 - Q (cardume / peixes)
8 - S (chusma / benfiquistas)
9 - G (corja / Simões Sabrosas)
10 - T (feixe / lenha)
11 - D (girândola / foguetes)
12 - I (junta / bois que estudaram medicina)
13 - R (magote / pessoas)
14 - F (molho / chaves)
15 - E (matilha / cães)
16 - H (pléiade / artistas ou poetas)
17 - L ou C (récua / bestas de carga ou muares)
18 - P (romanceiro / poemas narrativos)
19 - G (súcia / malfeitores)
20 - R (tropa / pessoas [ou militares])
Desidério Murcho, «Coprólitos há pouco descobertos em Ourique», Nuno Crato & Desidério Murcho (coord.), Actas do XVII Congresso de Cientistas Vaidosões, Silves, Publicações Reles, 2008, pp. 21 a 1067.
António Lobo Saramago, «Ai que bom que é o pudim de manga!», Agustina Modesto (org.), Líricas gastronómicas, Sarilhos Pequenos, Editora Mazinha, 2002, p. 7.
Aula 29-30
Da parte que no manual é dedicada ao discurso de imprensa (pp. 70-73), só nos falta ver um género jornalístico, a entrevista. Lê a entrevista na p. 72.
Escolhe para cada palavra ou expressão a alínea que contém um substituto viável, relendo o passo da entrevista com cuidado.
[Introdução]
respondeu ao seu interlocutor =
a) respondeu ao seu entrevistado
b) respondeu ao seu entrevistador
c) respondeu a Aquilino Ribeiro
[1.º par de pergunta/resposta]
racionalizando-os =
a) tornando-os lógicos
b) adaptando-os às atitudes humanas
c) tornando-os razoáveis
[2.º par]
que expendo =
a) que elogio
b) que irrito
c) que desenvolvo
[3.º par]
a honra desvanecedora, embora imerecida =
a) a honra causadora de orgulho, apesar de justa
b) a honra que desilude, apesar de justa
c) a honra de que me orgulho, apesar de a considerar excessiva
[4.º par]
educando-a moral e socialmente =
a) educando-a social e moralmente
b) educando-a moralmente e em sociedade
c) ensinando-lhe Educação Moral e Religiosa
[5.º par]
temos messe grada =
a) temos missa grande
b) temos refeitório onde se come bem
c) é um mercado desenvolvido
[6.º par]
a psique da gente pequenina =
a) o medo das crianças
b) a cabeça das crianças
c) o espírito dos baixotes
vagos =
a) indefinições
b) ondas
c) pouco definidos
[7.º par]
Agora só manipulo drogas complexas para as pessoas grandes. =
a) Agora só escrevo livros para os adultos.
b) Agora só me preocupo com gente com um metro e noventa, pelo menos.
c) Agora só manipulo as emoções dos mais inteligentes.
Vou dar-te um recorte da secção «O insólito», coluna que todos os dias costuma aparecer numa das últimas páginas do Público. São notícias de factos verdadeiros mas inesperados.
Depois de leres as notícias que te tenham calhado, escolhe uma delas e, numa folha solta, transcreve o seu título e cria uma entrevista a um dos protagonistas (ou a alguma personagem relacionada com a história em causa).
Embora tenha como ponto de partida o acontecimento narrado na notícia, a entrevista não se ocupará apenas desse episódio. Quando entrevistamos alguém queremos saber também aspectos que não se prendem só com o facto que a tornou célebre.
Procura escrever um texto de extensão idêntica à da entrevista a Aquilino. Antes da entrevista propriamente dita, podes escrever uma curtíssima introdução, como a que está na entrevista a Aquilino Ribeiro.
À medida que formos vendo a parte inicial do filme Belarmino, realizado por Fernando Lopes em 1964, completa:
Alguma palavra de nível popular proferida por Belarmino: «________»
Feminino (popular ou regional) de «trabalhador»: ________
Um ou dois anglicismos: _______; _____
Forma incorrecta de «Fi-lo [suar]» (dita por Albano Martins): «________»
«Não era o Belarmino Fragoso que estava combater, quem combatia era a necessidade de ganhar 15 contos» significa que _____
[Para completar só no final da aula:] Belarmino tem características comuns a alguns dos géneros jornalísticos que temos estado a estudar (notícia, reportagem, crónica, entrevista).
O filme é quase uma ________ acerca da vida de um boxeur (recolhendo-se depoimentos de conhecidos, mostrando-se locais, intercalando-se informações de várias proveniências). Há também partes de _______ (e até se ouvem as perguntas de Baptista-Bastos, o escritor que conversou com Belarmino). De vez em quando, o tom parece de ________ (como se a vida de Belarmino fosse uma narrativa exemplar, evocada para ilustrar a decadência de alguém que chegou a ser célebre). Em certos momentos iniciais, há um ou dois episódios que nos são contados incisivamente, à maneira do lead de uma ________.
Soluções
[Introdução]
respondeu ao seu interlocutor =
b) respondeu ao seu entrevistador
[1.º par de pergunta/resposta]
racionalizando-os =
b) adaptando-os às atitudes humanas
[2.º par]
que expendo =
c) que desenvolvo
[3.º par]
a honra desvanecedora, embora imerecida =
c) a honra de que me orgulho, apesar de a considerar excessiva
[4.º par]
educando-a moral e socialmente =
a) educando-a social e moralmente
[5.º par]
temos messe grada =
c) é um mercado desenvolvido
[6.º par]
a psique da gente pequenina =
b) a cabeça das crianças
vagos =
a) indefinições
[7.º par]
Agora só manipulo drogas complexas para as pessoas grandes. =
a) Agora só escrevo livros para os adultos.
Alguma palavra de nível popular proferida por Belarmino: «porrada»
Feminino (popular ou regional) de «Trabalhador»: trabalhadeira
Um anglicismo: manager (manager), boxe (box), rinque/ringue (rink)
Forma incorrecta de «Fi-lo [suar]» (tal como é dita por Belarmino): «fiz(e)-o»
fazer / fazê-lo
fiz / fi-lo
dás / dá-lo
«Não era o Belarmino Fragoso que estava combater, quem combatia era a necessidade de ganhar 15 contos» significa que Belarmino apenas entrara no cambate para poder ganhar o dinheiro de que precisava.
O filme é quase uma reportagem acerca da vida de um boxeur (recolhendo-se depoimentos de conhecidos, mostrando-se locais, intercalando-se informações de várias proveniências). Há também partes de entrevista (e até se ouvem as perguntas de Baptista-Bastos, o escritor que conversou com Belarmino). De vez em quando, o tom parece de crónica (como se a vida de Belarmino fosse uma narrativa exemplar, evocada para ilustrar a decadência de alguém que chegou a ser célebre). Em certos momentos iniciais, há um ou dois episódios que nos são contados incisivamente, à maneira do lead de uma notícia.
Aula 31-32
Entre as narrativas para «leitura orientada» está um conto de Manuel da Fonseca, «Mestre Finezas», incluído no livro Aldeia Nova.
Além deste conto, comprometemo-nos também a ler estes outros contos ou novelas: Vergílio Ferreira, «A palavra mágica»; Ernest Hemingway, O velho e o mar; Alice Vieira, Um fio de fumo nos confins do mar. Leremos ainda um ou dois contos de O Dia Cinzento e outros contos, de Mário Dionísio. Com isto ficaremos tranquilos quanto a ter cumprido as indicações do programa — três contos, pelo menos —, o que não significa que não nos venhamos a interessar por outras obras, sugeridas pelo programa ou não.
No manual (p. 48), figura um trecho de «Mestre Finezas» (cerca de um terço do conto). Para já, lê esse trecho. Depois, responde às seguintes perguntas da p. 49:
1.1 a 1.3 [responde no livro]
3. [responde no livro]
5.2
6.1
6.2
7.1
Nos envelopes que vou dar estão recortes (de A a L) com o resto do conto. Cinco são anteriores à parte que vem no manual, outros seis vão desde a parte que está no manual até ao fim.
Como é óbvio, os fragmentos estão desordenados. Encontra a ordem correcta. Depois, põe as suas letras nas quadrículas. No final, não deixes de tudo reler para verificares a coerência dessa disposição do texto.
Ordem / 1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 8 / 9 / 10 / 11 / 12
Letras / / / / / / texto no manual / / / / / /
O filme de que vamos seguir um excerto para o confrontar com «Mestre Finezas» é muito conhecido, é provável que já o tenhas visto.
«Mestre Finezas» (Manuel da Fonseca) / Cinema Paraíso (Giuseppe Tornatore)Como se inicia a narrativa?
No momento da narração, o adulto em que se tornou o miúdo a quem chamavam ____ está de novo perante Ilídio Finezas, na _____, na sua terra natal. / No primeiro nível narrativo, o adulto a quem, em criança, chamavam ______ sabe que Alfredo morreu e, enquanto decide ir ao funeral, começa a recordar a infância e o amigo.
Como se relaciona o narrador com o espaço?Carlos saíra da terra para ______, mas, tempos depois, por não ter tido ______, regressara. Tem pela sua terra um sentimento de ______. Está ____ por continuar na mesma localidade. / O agora realizador saíra da vila siciliana para estudar e estivera ____ anos sem lá voltar. (Perceberemos depois que tem pela terra natal um sentimento de ____.)
Como é introduzida a recordação do passado?A recordação da infância é feita pelo narrador, a propósito de se encontrar no mesmo local, a _____, onde aliás passara momentos de _______. / A recordação da infância é-nos dada numa narrativa encaixada, que vai durar grande parte do filme. São lembrados momentos de dificuldade: a pobreza, a ausência do ______.
Mas o narrador também tivera pelo barbeiro admiração, por este ser dado às artes: por um lado, Finezas era _______; por outro, ______. / Mas as recordações incidem também sobre o fascínio que, desde cedo, Totó tivera por uma arte, o _____. Ao observar Alfredo, o futuro cineasta aprendera _______.
Também o protagonista força a recordação do passado, pedindo ao interlocutor, o narrador participante, que o compare com o que fora antes. E, depois de se queixar que os outros ______ e de se lamentar de ter tido de se desfazer de quase tudo, mostra o _______, a sua última recordação, aquela de que não abdicaria («Isto nem que eu morra!...»). / À medida que se recorda a infância de Totó, há também uma evocação da história do cinema, conseguida através da ______. Há ainda um pormenor da acção que vai ser recuperado no final. Trata-se das cenas de filmes que o padre censurava e cuja fita Alfredo ia cortando. Mais tarde, ficarão como a recordação desse tempo.
Que sabemos do final da acção?O final do conto não está totalmente explicitado, mas podemos inferir que _____. / Nesta fase do filme, ainda não se esclarecem as peripécias que conduzirão ao final da acção. Mas, como a história é dada em analepse (em flash-back), já sabemos que Alfredo vai _______ e que Totó se tornará _______.
TPC — Aproveita para rever assuntos de gramática e para, se for caso disso, organizares o teu dossiê.
Soluções1.1. Há, no primeiro parágrafo, duas formas verbais que se relacionam com uma viagem. São elas parti e voltei. Ambas se encontram no mesmo tempo verbal, ou seja, no pretérito perfeito do indicativo. Nesta viagem, não se fala do meio de transporte porque o narrador pretende sobretudo marcar a passagem de adolescente a adulto.
1.2.Faz-se ainda, no primeiro parágrafo, o retrato de uma personagem que é Mestre Finezas, uma figura alta e seca, com os cabelos brancos.
1.3. Neste retrato, predominam, morfologicamente, os adjectivos, no grau normal.
3. ele tem as mãos muito trémulas / Não
abriram novas lojas muito mais modernas / Sim
a sua loja está velha e não se modernizou / Sim
ele é muito antipatico / Não
5.2 É uma metáfora.
6.1 está = aguda; também = aguda; próximo = esdrúxula; Daí = aguda.
6.2 «a» final, se não for acentuado, não é aberto (nem tónico).
Uma palavra que termine em «em» (e não seja um monssílabo) precisa de ter acento se tiver a tónica nessa sílaba.
«próximo» = qualquer palavra esdrúxula precisa de de ter acento.
«daí» = o acento é necessário para desfazer o ditongo.
7.1 Fixos, olhar-me-ão mas não me verão
1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6 /
H / G / E / D / C / texto no manual
7 / 8 / 9 / 10 / 11 / 12
L / J / I / B / A / F
respondeu ao seu interlocutor =
b) respondeu ao seu entrevistador
[1.º par de pergunta/resposta]
racionalizando-os =
b) adaptando-os às atitudes humanas
[2.º par]
que expendo =
c) que desenvolvo
[3.º par]
a honra desvanecedora, embora imerecida =
c) a honra de que me orgulho, apesar de a considerar excessiva
[4.º par]
educando-a moral e socialmente =
a) educando-a social e moralmente
[5.º par]
temos messe grada =
c) é um mercado desenvolvido
[6.º par]
a psique da gente pequenina =
b) a cabeça das crianças
vagos =
a) indefinições
[7.º par]
Agora só manipulo drogas complexas para as pessoas grandes. =
a) Agora só escrevo livros para os adultos.
Alguma palavra de nível popular proferida por Belarmino: «porrada»
Feminino (popular ou regional) de «Trabalhador»: trabalhadeira
Um anglicismo: manager (manager), boxe (box), rinque/ringue (rink)
Forma incorrecta de «Fi-lo [suar]» (tal como é dita por Belarmino): «fiz(e)-o»
fazer / fazê-lo
fiz / fi-lo
dás / dá-lo
«Não era o Belarmino Fragoso que estava combater, quem combatia era a necessidade de ganhar 15 contos» significa que Belarmino apenas entrara no cambate para poder ganhar o dinheiro de que precisava.
O filme é quase uma reportagem acerca da vida de um boxeur (recolhendo-se depoimentos de conhecidos, mostrando-se locais, intercalando-se informações de várias proveniências). Há também partes de entrevista (e até se ouvem as perguntas de Baptista-Bastos, o escritor que conversou com Belarmino). De vez em quando, o tom parece de crónica (como se a vida de Belarmino fosse uma narrativa exemplar, evocada para ilustrar a decadência de alguém que chegou a ser célebre). Em certos momentos iniciais, há um ou dois episódios que nos são contados incisivamente, à maneira do lead de uma notícia.
Aula 31-32
Entre as narrativas para «leitura orientada» está um conto de Manuel da Fonseca, «Mestre Finezas», incluído no livro Aldeia Nova.
Além deste conto, comprometemo-nos também a ler estes outros contos ou novelas: Vergílio Ferreira, «A palavra mágica»; Ernest Hemingway, O velho e o mar; Alice Vieira, Um fio de fumo nos confins do mar. Leremos ainda um ou dois contos de O Dia Cinzento e outros contos, de Mário Dionísio. Com isto ficaremos tranquilos quanto a ter cumprido as indicações do programa — três contos, pelo menos —, o que não significa que não nos venhamos a interessar por outras obras, sugeridas pelo programa ou não.
No manual (p. 48), figura um trecho de «Mestre Finezas» (cerca de um terço do conto). Para já, lê esse trecho. Depois, responde às seguintes perguntas da p. 49:
1.1 a 1.3 [responde no livro]
3. [responde no livro]
5.2
6.1
6.2
7.1
Nos envelopes que vou dar estão recortes (de A a L) com o resto do conto. Cinco são anteriores à parte que vem no manual, outros seis vão desde a parte que está no manual até ao fim.
Como é óbvio, os fragmentos estão desordenados. Encontra a ordem correcta. Depois, põe as suas letras nas quadrículas. No final, não deixes de tudo reler para verificares a coerência dessa disposição do texto.
Ordem / 1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 8 / 9 / 10 / 11 / 12
Letras / / / / / / texto no manual / / / / / /
O filme de que vamos seguir um excerto para o confrontar com «Mestre Finezas» é muito conhecido, é provável que já o tenhas visto.
«Mestre Finezas» (Manuel da Fonseca) / Cinema Paraíso (Giuseppe Tornatore)Como se inicia a narrativa?
No momento da narração, o adulto em que se tornou o miúdo a quem chamavam ____ está de novo perante Ilídio Finezas, na _____, na sua terra natal. / No primeiro nível narrativo, o adulto a quem, em criança, chamavam ______ sabe que Alfredo morreu e, enquanto decide ir ao funeral, começa a recordar a infância e o amigo.
Como se relaciona o narrador com o espaço?Carlos saíra da terra para ______, mas, tempos depois, por não ter tido ______, regressara. Tem pela sua terra um sentimento de ______. Está ____ por continuar na mesma localidade. / O agora realizador saíra da vila siciliana para estudar e estivera ____ anos sem lá voltar. (Perceberemos depois que tem pela terra natal um sentimento de ____.)
Como é introduzida a recordação do passado?A recordação da infância é feita pelo narrador, a propósito de se encontrar no mesmo local, a _____, onde aliás passara momentos de _______. / A recordação da infância é-nos dada numa narrativa encaixada, que vai durar grande parte do filme. São lembrados momentos de dificuldade: a pobreza, a ausência do ______.
Mas o narrador também tivera pelo barbeiro admiração, por este ser dado às artes: por um lado, Finezas era _______; por outro, ______. / Mas as recordações incidem também sobre o fascínio que, desde cedo, Totó tivera por uma arte, o _____. Ao observar Alfredo, o futuro cineasta aprendera _______.
Também o protagonista força a recordação do passado, pedindo ao interlocutor, o narrador participante, que o compare com o que fora antes. E, depois de se queixar que os outros ______ e de se lamentar de ter tido de se desfazer de quase tudo, mostra o _______, a sua última recordação, aquela de que não abdicaria («Isto nem que eu morra!...»). / À medida que se recorda a infância de Totó, há também uma evocação da história do cinema, conseguida através da ______. Há ainda um pormenor da acção que vai ser recuperado no final. Trata-se das cenas de filmes que o padre censurava e cuja fita Alfredo ia cortando. Mais tarde, ficarão como a recordação desse tempo.
Que sabemos do final da acção?O final do conto não está totalmente explicitado, mas podemos inferir que _____. / Nesta fase do filme, ainda não se esclarecem as peripécias que conduzirão ao final da acção. Mas, como a história é dada em analepse (em flash-back), já sabemos que Alfredo vai _______ e que Totó se tornará _______.
TPC — Aproveita para rever assuntos de gramática e para, se for caso disso, organizares o teu dossiê.
Soluções1.1. Há, no primeiro parágrafo, duas formas verbais que se relacionam com uma viagem. São elas parti e voltei. Ambas se encontram no mesmo tempo verbal, ou seja, no pretérito perfeito do indicativo. Nesta viagem, não se fala do meio de transporte porque o narrador pretende sobretudo marcar a passagem de adolescente a adulto.
1.2.Faz-se ainda, no primeiro parágrafo, o retrato de uma personagem que é Mestre Finezas, uma figura alta e seca, com os cabelos brancos.
1.3. Neste retrato, predominam, morfologicamente, os adjectivos, no grau normal.
3. ele tem as mãos muito trémulas / Não
abriram novas lojas muito mais modernas / Sim
a sua loja está velha e não se modernizou / Sim
ele é muito antipatico / Não
5.2 É uma metáfora.
6.1 está = aguda; também = aguda; próximo = esdrúxula; Daí = aguda.
6.2 «a» final, se não for acentuado, não é aberto (nem tónico).
Uma palavra que termine em «em» (e não seja um monssílabo) precisa de ter acento se tiver a tónica nessa sílaba.
«próximo» = qualquer palavra esdrúxula precisa de de ter acento.
«daí» = o acento é necessário para desfazer o ditongo.
7.1 Fixos, olhar-me-ão mas não me verão
1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6 /
H / G / E / D / C / texto no manual
7 / 8 / 9 / 10 / 11 / 12
L / J / I / B / A / F
«Mestre Finezas (Manuel da Fonseca) // Cinema Paraíso (Giuseppe Tornatore)Como se inicia a narrativa?
No momento da narração, o adulto em que se tornou o miúdo a quem chamavam Carlinhos está de novo perante Ilídio Finezas, na barbearia, na sua terra natal. // No primeiro nível narrativo, o adulto a quem, em criança, chamavam Totó sabe que Alfredo morreu e, enquanto decide ir ao funeral, começa a recordar a infância e o amigo.
Como se relaciona o narrador com o espaço?
Carlos saíra da terra para estudar, mas, tempos depois, por não ter tido sucesso, regressara. Tem pela sua terra um sentimento de indiferença (ou mesmo ressentimento). Está frustrado por continuar na mesma localidade. // O agora realizador saíra da vila siciliana para estudar e estivera trinta anos sem lá voltar. (Perceberemos depois que tem pela terra natal um sentimento de ternura — quase remorso por não ter estado sempre lá.)
Como é introduzida a recordação do passado?
A recordação da infância é feita pelo narrador, a propósito de se encontrar no mesmo local, a barbearia, onde aliás passara momentos de angústia. // A recordação da infância é-nos dada numa narrativa encaixada, que vai durar grande parte do filme. São lembrados momentos de dificuldade: a pobreza, a ausência do pai.
Mas o narrador também tivera pelo barbeiro admiração, por este ser dado às artes: por um lado, Finezas era actor amador; por outro, violinista. // Mas as recordações incidem também sobre o fascínio que, desde cedo, Totó tivera por uma arte, o cinema. Ao observar Alfredo, o futuro cineasta aprendera como funcionavam as máquinas de projecção.
Também o protagonista força a recordação do passado, pedindo ao interlocutor, o narrador participante, que o compare com o que fora antes. E, depois de se queixar que os outros não o poderiam entender e de se lamentar de ter tido de se desfazer de quase tudo, mostra o violino, a sua última recordação, aquela de que não abdicaria («Isto nem que eu morra!...»). // À medida que se recorda a infância de Totó, há também uma evocação da história do cinema, conseguida através da apresentação de curtas passagens de filmes. Há ainda um pormenor da acção que vai ser recuperado no final. Trata-se das cenas de filmes que o padre censurava e cuja fita Alfredo ia cortando. Mais tarde, ficarão como a recordação desse tempo.
Que sabemos do final da acção?O final do conto não está totalmente explicitado, mas podemos inferir que Finezas morre (a tocar violino e como se estivesse a receber aplausos). // Nesta fase do filme, ainda não se esclarecem as peripécias que conduzirão ao final da acção. Mas, como a história é dada em analepse (em flash-back), já sabemos que Alfredo vai morrer e que Totó se tornará cineasta.
No momento da narração, o adulto em que se tornou o miúdo a quem chamavam Carlinhos está de novo perante Ilídio Finezas, na barbearia, na sua terra natal. // No primeiro nível narrativo, o adulto a quem, em criança, chamavam Totó sabe que Alfredo morreu e, enquanto decide ir ao funeral, começa a recordar a infância e o amigo.
Como se relaciona o narrador com o espaço?
Carlos saíra da terra para estudar, mas, tempos depois, por não ter tido sucesso, regressara. Tem pela sua terra um sentimento de indiferença (ou mesmo ressentimento). Está frustrado por continuar na mesma localidade. // O agora realizador saíra da vila siciliana para estudar e estivera trinta anos sem lá voltar. (Perceberemos depois que tem pela terra natal um sentimento de ternura — quase remorso por não ter estado sempre lá.)
Como é introduzida a recordação do passado?
A recordação da infância é feita pelo narrador, a propósito de se encontrar no mesmo local, a barbearia, onde aliás passara momentos de angústia. // A recordação da infância é-nos dada numa narrativa encaixada, que vai durar grande parte do filme. São lembrados momentos de dificuldade: a pobreza, a ausência do pai.
Mas o narrador também tivera pelo barbeiro admiração, por este ser dado às artes: por um lado, Finezas era actor amador; por outro, violinista. // Mas as recordações incidem também sobre o fascínio que, desde cedo, Totó tivera por uma arte, o cinema. Ao observar Alfredo, o futuro cineasta aprendera como funcionavam as máquinas de projecção.
Também o protagonista força a recordação do passado, pedindo ao interlocutor, o narrador participante, que o compare com o que fora antes. E, depois de se queixar que os outros não o poderiam entender e de se lamentar de ter tido de se desfazer de quase tudo, mostra o violino, a sua última recordação, aquela de que não abdicaria («Isto nem que eu morra!...»). // À medida que se recorda a infância de Totó, há também uma evocação da história do cinema, conseguida através da apresentação de curtas passagens de filmes. Há ainda um pormenor da acção que vai ser recuperado no final. Trata-se das cenas de filmes que o padre censurava e cuja fita Alfredo ia cortando. Mais tarde, ficarão como a recordação desse tempo.
Que sabemos do final da acção?O final do conto não está totalmente explicitado, mas podemos inferir que Finezas morre (a tocar violino e como se estivesse a receber aplausos). // Nesta fase do filme, ainda não se esclarecem as peripécias que conduzirão ao final da acção. Mas, como a história é dada em analepse (em flash-back), já sabemos que Alfredo vai morrer e que Totó se tornará cineasta.
Aula 33-34
Abre o livro na p. 48. Vamos retomar os recortes {no blogue não podem figurar} que — com o texto no manual — compõem o conto «Mestre Finezas» (de Manuel da Fonseca). Desta vez, indico já a ordem dos recortes. Nas quadrículas vagas, vais escrever — em menos de 100 letras — um «condensado» de cada trecho.
Repara como fiz para o primeiro recorte e para o próprio texto do manual. Cada resumo terá de ser legível integrado na série, resultando assim um resumo do conto que possa ser lido em sequência.
H / Estou de novo na barbearia de Mestre Finezas, agora já sem medo. Porém, lembro-me bem de como, em criança, me angustiava ir ao barbeiro.
G / _____
E / _____
D / _____
C / _____
texto no manual / Para estudar, saí da vila. Quando voltei, já homem, reencontrei Finezas, envelhecido e sem fregueses. Estamos ambos descontentes. Olhando-me, ele recorda os grandes dias.
L / _____
J / _____
I / _____
B / _____
A / _____
F / _____
Se te despachares cedo, faz o ponto 1 da Actividade 20 do Caderno de Actividades (p. 67) — basta a coluna dos 'tipos de frase'.
Depois de relanceares a p. 89 do manual (sobre conjugação perifrástica), resolve o ponto B da p. 68 do Caderno de Actividades.
TPC — Ao estilo de crónica, escreve um texto sobre — ou com referência a — experiências tuas com barbeiros, cabeleireiros ou com outras profissões de perfil semelhante (por serem «socializadoras»).
Para interiorizares o estilo usado na crónica, podes ver as características enunciadas na p. 73, à esquerda. Podes também reler, no manual do 8.º ano, algumas das crónicas que vimos o ano passado: «A minha avó Laurinda» (p. 93); «Carta para Clarissa» (p. 136); «A pré-queda» (p. 158).
SoluçõesG — Ficava nas mãos de Mestre Finezas e entre os cabelos que caíam. Naquela situação, temia-o.
E — Por outro lado, admirava-o, porque me habituara a ir ver as peças de teatro amador em que ele actuava.
D — Essas peças impressionavam-me pela sua solenidade. Mestre Finezas, entretanto, distinguia-se como o melhor dos actores.
C — O outro motivo da minha admiração por Finezas era tocar ele violino. Gostava de ouvir as melodias que saíam da barbearia.
L — Enquanto me barbeia, lembra-me que podia ter sido um grande artista profissional.
J — Com ternura por aquele velho, reparo como tudo está decrépito na loja. E ele vai-se queixando da insensibilidade dos outros.
I — Diz-me que os outros nada sabem da arte. Foi vendendo tudo, para poder sobreviver.
B — Recusa-se porém a vender um objecto, o seu violino. Prefere morrer a desfazer-se dele. E oferece-se para me tocar uma música.
A — Começou a tocar. A música, desafinada e triste, constrange-me.
F — Alheio a tudo, Mestre Finezas faz gemer o violino. Subitamente, umas notas mais desencontradas terminam a música e ele inclina-se, como se agradecesse ao público inexistente. Morrera.
F2 Imperativa
F3 Declarativa / Negativa
F4 Interrogativa
F5 Exclamativa, Declarativa
F6 Imperativa, Declarativa
F7 Interrogativa
F8 Declarativa
F9 Declarativa
F10 Declarativa / Negativa
F11 Declarativa / Negativa
F12 Declarativa / Passiva
F13 Declarativa
F14 Interrogativa
1. A
2. D
3. E
4. C
5. F
6. B
Aula 35-36
Vamos iniciar a leitura de O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway. Lê o texto na p. 94 e, no 1.º e no 2.º parágrafos, vai escolhendo o significado das expressões que transcrevo.
1.º parágrafo
linha 1: esquife — tipo de carro / tipo de barco / tipo de requeijão
ll. 1-2: Corrente do Golfo — corrente de águas quentes com origem no Golfo do México / cadeado que usado à entrada de campos de golfe / mails sucessivos em procura de um bebé desaparecido num Centro Comercial
l. 5: «salao» — azarado / salgado / jovem
l. 10: croque — bolo / vara com gancho para atracar barcos / carrapito
l. 10: arpão — instrumento para pesca de grandes peixes / harpa grande
ll. 11-12: ferrada — dobrada / aberta / feita de ferro
l. 12: estandarte — espécie de barco / espécie de bandeira / espécie de bolo
l. 12: perpétua — temporária / alegre / ininterrupta
2.º parágrafo
l. 14: benigno — que não é grave / que é maligno / realizador italiano
l. 17: sulcadas — sumarentas belas marcadas
l. 17: manejo — acto de executar com as mãos emaranhado compra
l. 19: erosões — efeitos de desgaste no relevo terrestre provocado por vento, água, etc. / cactos / ondas
Vai vendo a p. 95 e completa:
Se olharmos o quadro «Acção», percebemos que este trecho do livro está incluído na ____ {1.ª / 2.ª / 3.ª} parte.
No quadro «Personagens», vemos a caracterização do velho feita no segundo e terceiro parágrafos do texto, que é sobretudo _______ {física/psicológica}. No entanto, há nesse quadro uma parte de retrato psicológico, quando se descrevem os ______ do velho.
Estes parágrafos de descrição de Santiago pelo narrador são um momento de caracterização _____ {directa/indirecta}.
Ouviremos agora o trecho seguinte do mesmo livro. Está atento para escolheres as respostas certas:
O bar onde o velho foi com o rapaz chamava-se _____.
À chegada do velho, houve dois comportamentos da parte dos outros pescadores: alguns pescadores _____; outros ______.
A certa altura, alude-se a uma cidade (que hoje é a capital de Cuba): «ir ao mercado de ______».
A fim de ser útil ao velho, o rapaz oferece-se para lhe ir buscar ______.
O desporto que o velho aconselhou o rapaz a ir jogar foi o _____.
Passa para o discurso indirecto:
— Ó Edite, compra-me duzentas gramas de electricidade desta marca — pediu Rolando.
— Não é «duzentas gramas» que se deve dizer, mas sim «duzentos gramas» — respondeu a competente Edite.
Classifica morfologicamente as palavras desta frase. Ah! Basta escreveres apenas a classe: não precisas de acrescentar a subclasse ou as categorias (número, género, pessoa, tempo, modo, por exemplo) das palavras variáveis.
classifica ____;
morfologicamente _____; as _____;
palavras _____; desta _____;
frase _____; ah _____;
basta _____; escreveres ______;
apenas ______; a ______;
classe _______; não ________;
precisas ______; de ______;
acrescentar _______; a _______;
subclasse _______; ou ______;
as ______; categorias _____;
número _______; género _______;
pessoa ________; tempo ______;
modo ________; por ________;
exemplo ________; das ________;
palavras [já está em cima]; variáveis _________.
Indica o tipo de cada uma das seguintes frases (alíneas A-E).
a) Indica o tipo de cada uma das seguintes frases (alíneas A-E).
_______
b) Não copies o tipo de frase pelo teu colega do lado!
_______
c) Sacana do professor (a frase da alínea anterior tinha uma rasteira)!
_______
d) Esta frase não é do tipo declarativo.
_______
e) Qual será o interesse de dizer coisas erradas nas alíneas?
________
Indica se se trata de um adjectivo [ADJ], de um substantivo (ou nome) abstracto [SA] ou de um substantivo (nome) concreto [SC].
aborrecimento _____ / ar _____ / felicidade _____ / triste _____ / interessante _____ / convencido _____ / motivação _____ / rugosa _____ / livro _____ / DVD _____
Indica se se trata de adjectivo [ADJ] ou de advérbio [ADV].
capaz ____ / depressa _____ / bem_____ / bom_____ / pobremente ____ / contente _____ / celebérrima _____ / mal _____ / devagar _____ / azul_____
Nas frases seguintes, temos verbos na conjugação perifrástica. Põe ao lado de cada frase o significado que cada verbo auxiliar confere ao verbo principal.
Ele vai fazer o exercício.
Hei-de investigar o caso.
Andas a trabalhar muito.
Tens de te lavar mais.
Venho de comer um lavagante.
Classifica as palavras quanto à acentuação: A (aguda), G (grave) e E (esdrúxula):
classifica ____ / palavras ____ / à ____ / sua ____ quanto ____ / acentuação ____ / parabéns ____ / nuvens _____ / inteligentíssima _____ / afável ____.
Substitui as expressões sublinhadas (sintagmas nominais que servem de complemento directo) por um pronome. Assim: «Comi o melão > Comi-o».
O bebé fez o cocó. > O bebé _____.
Os mil bebés fizeram os mil cocós. > Os mil bebés ______.
Vamos ultrapassar o autocarro. > Vamos ______.
Não comerei o coprólito. > Não _____.
Corrigirei estes horrorosos trabalhos de gramática. > ______.
Façam essas paredes direitinhas. > _____ direitinhas.
Bebe o vinho, Olinda. > ____, Olinda.
Informámos os bacalhaus verdes. > _____.
Educaremos todos os mosquitos roxos. > _____.
Acabarei o raio do exercício. > ____.
TPC — No documento em que tenhas o teu texto sobre o livro que «mais te marcou», lança as emendas que fiz na folha que hoje te devolvi. Depois, acrescenta ao teu texto pelo menos os seguintes dados:
Nome completo; Idade; Data de nascimento; Mail; Telefone ou telemóvel; Morada.
Corrigido e com esses dados, envia o texto para correiodoleitor@oml.com.pt. Sabes enviar textos em anexo, não sabes?
Tira uma cópia para mim e trá-la depois (e guarda o documento, já que mais tarde gostava que o recuperássemos).
TPC especial feriado (para as turmas 1.ª, 3.ª e 6.ª) — Vai à p. 93 do manual. Vê, na margem e sob a foto, a biografia de Ernest Hemingway. Ao estilo dessa curta notícia biográfica, escreve agora a biografia de um autor por ti inventado.
Nada de ir à net adaptar biografias de autores verdadeiros. Prefiro que cries um escritor com uma vida recheada de originalidades, ainda que o texto deva ser sério (e não percebido logo como brincadeira).
Podes ver mais um exemplo de notícia biográfica na p. 75 (a de Antoine de Saint-Exupéry). A extensão do teu texto deverá ser semelhante à destas biografias.
Soluções
esquife — tipo de barco
Corrente do Golfo — corrente de águas quentes com origem no Golfo do México
«salao» — azarado
croque — vara com gancho para atracar barcos
arpão — instrumento para pesca de grandes peixes
ferrada — dobrada
estandarte — espécie de bandeira
perpétua — ininterrupta
benigno — que não é grave
sulcadas — marcadas
manejo — acto de executar com as mãos
erosões — efeitos de desgaste no relevo terrestre provocado por vento, água, etc.
Se olharmos o quadro «Acção», percebemos que este trecho do livro está incluído na primeira parte.
No quadro «Personagens», vemos a caracterização do velho feita no segundo e terceiro parágrafos do texto, que é sobretudo física. No entanto, há nesse quadro uma parte de retrato psicológico, quando se descrevem os olhos («alegres e não-vencidos») do velho.
Estes parágrafos de descrição de Santiago pelo narrador são um momento de caracterização directa.
O bar onde o velho foi com o rapaz chamava-se Terraço.
À chegada do velho, houve dois comportamentos da parte dos outros pescadores: alguns pescadores troçaram dele; outros ficavam tristes.
A certa altura, alude-se a uma cidade (que hoje é a capital de Cuba): «ir ao mercado de Havana».
A fim de ser útil ao velho, o rapaz oferece-se para lhe ir buscar sardinhas.
O desporto que o velho aconselhou o rapaz a ir jogar foi o basebol.
[Trabalho de gramática]
Passa para o discurso indirecto:
— Ó Edite, compra-me duzentas gramas de electricidade desta marca — pediu Rolando.
— Não é «duzentas gramas» que se deve dizer, mas sim «duzentos gramas» — respondeu a competente Edite.
Rolando pediu à Edite que lhe comprasse duzentas gramas de electricidade daquela marca.
A competente Edite respondeu que não era «duzentas gramas» que se devia dizer, mas sim «duzentos gramas».
Classifica morfologicamente as palavras desta frase. Ah! Basta escreveres apenas a classe: não precisas de acrescentar a subclasse ou as categorias (número, género, pessoa, tempo, modo, por exemplo) das palavras variáveis.
verbosclassifica
basta
escreveres
precisas
acrescentar
nomes (substantivos)palavras
frase
classe
subclasse
categorias
número
género
pessoa
tempo
modo
exemplo
adjectivosvariáveis
advérbiosmorfologicamente
apenas
não
determinantesa
as
a
as
preposiçõesde
por
conjunçãoou
interjeiçãoah
contracções de preposição + determinantedesta
das
Indica o tipo de cada uma das seguintes frases (alíneas A-E).
a) Indica o tipo de cada uma das seguintes frases (alíneas A-E).
imperativo
b) Não copies o tipo de frase pelo teu colega do lado!
Imperativo
c) Sacana do professor (a frase da alínea anterior tinha uma rasteira)!
Exclamativo [e, um pouco, declarativo]
d) Esta frase não é do tipo declarativo.
Declarativo
e) Qual será o interesse de dizer coisas erradas nas alíneas?
Interrogativo
Substantivos abstractosaborrecimento
felicidade
motivação
Substantivos concretosar
livro
DVD
Adjectivostriste
interessante
convencido
rugosa
Adjectivoscapaz
bom
contente
celebérrima
azul
Advérbios
depressa
bem
pobremente
mal
devagar
Ele vai fazer o exercício.
futuro próximo
Hei-de investigar o caso.
intenção
Andas a trabalhar muito.
hábito, repetição
Tens de te lavar mais.
necessidade, obrigação
Venho de comer um lavagante.
passado recente
Classifica as palavras quanto à acentuação: A (aguda), G (grave) e E (esdrúxula):
— Ó Edite, compra-me duzentas gramas de electricidade desta marca — pediu Rolando.
— Não é «duzentas gramas» que se deve dizer, mas sim «duzentos gramas» — respondeu a competente Edite.
Rolando pediu à Edite que lhe comprasse duzentas gramas de electricidade daquela marca.
A competente Edite respondeu que não era «duzentas gramas» que se devia dizer, mas sim «duzentos gramas».
Classifica morfologicamente as palavras desta frase. Ah! Basta escreveres apenas a classe: não precisas de acrescentar a subclasse ou as categorias (número, género, pessoa, tempo, modo, por exemplo) das palavras variáveis.
verbosclassifica
basta
escreveres
precisas
acrescentar
nomes (substantivos)palavras
frase
classe
subclasse
categorias
número
género
pessoa
tempo
modo
exemplo
adjectivosvariáveis
advérbiosmorfologicamente
apenas
não
determinantesa
as
a
as
preposiçõesde
por
conjunçãoou
interjeiçãoah
contracções de preposição + determinantedesta
das
Indica o tipo de cada uma das seguintes frases (alíneas A-E).
a) Indica o tipo de cada uma das seguintes frases (alíneas A-E).
imperativo
b) Não copies o tipo de frase pelo teu colega do lado!
Imperativo
c) Sacana do professor (a frase da alínea anterior tinha uma rasteira)!
Exclamativo [e, um pouco, declarativo]
d) Esta frase não é do tipo declarativo.
Declarativo
e) Qual será o interesse de dizer coisas erradas nas alíneas?
Interrogativo
Substantivos abstractosaborrecimento
felicidade
motivação
Substantivos concretosar
livro
DVD
Adjectivostriste
interessante
convencido
rugosa
Adjectivoscapaz
bom
contente
celebérrima
azul
Advérbios
depressa
bem
pobremente
mal
devagar
Ele vai fazer o exercício.
futuro próximo
Hei-de investigar o caso.
intenção
Andas a trabalhar muito.
hábito, repetição
Tens de te lavar mais.
necessidade, obrigação
Venho de comer um lavagante.
passado recente
Classifica as palavras quanto à acentuação: A (aguda), G (grave) e E (esdrúxula):
Agudasà
acentuação
parabéns
Graves
classifica
palavras
sua
quanto
nuvens
afável
Esdrúxulainteligentíssima
Substitui as expressões sublinhadas (sintagmas nominais que servem de complemento directo) por um pronome. Assim: «Comi o melão > Comi-o».
O bebé fez o cocó. > O bebé fê-lo.
Os mil bebés fizeram os mil cocós. > Os mil bebés fizeram-nos.
Vamos ultrapassar o autocarro. > Vamos ultrapassá-lo.
Não comerei o coprólito. > Não o comerei.
Corrigirei estes horrorosos trabalhos de gramática. > Corrigi-los-ei.
Façam essas paredes direitinhas. > Façam-nas direitinhas.
Bebe o vinho, Olinda. > Bebe-o, Olinda.
Informámos os bacalhaus verdes. > Informámo-los.
Educaremos todos os mosquitos roxos. > Educá-los-emos.
Acabarei o raio do exercício. > acabá-lo-ei.
Aula 37-38
acentuação
parabéns
Graves
classifica
palavras
sua
quanto
nuvens
afável
Esdrúxulainteligentíssima
Substitui as expressões sublinhadas (sintagmas nominais que servem de complemento directo) por um pronome. Assim: «Comi o melão > Comi-o».
O bebé fez o cocó. > O bebé fê-lo.
Os mil bebés fizeram os mil cocós. > Os mil bebés fizeram-nos.
Vamos ultrapassar o autocarro. > Vamos ultrapassá-lo.
Não comerei o coprólito. > Não o comerei.
Corrigirei estes horrorosos trabalhos de gramática. > Corrigi-los-ei.
Façam essas paredes direitinhas. > Façam-nas direitinhas.
Bebe o vinho, Olinda. > Bebe-o, Olinda.
Informámos os bacalhaus verdes. > Informámo-los.
Educaremos todos os mosquitos roxos. > Educá-los-emos.
Acabarei o raio do exercício. > acabá-lo-ei.
Aula 37-38
Trechos / Frases a explicar / Leitura
p. 13 / «cheiro doce do sangue por cima de mim». Este sangue era do ________ / /
p. 14 / «andas num barco dos bons» / /
p. 14 / «A esperança e a confiança [...] reverdeciam agora» significa que 'esperança e confiança' ______ //
p. 15/Quem não gostava de «trabalhar ao largo» e está quase cego era _________ //
p. 15/A consequência de se «andar às tartarugas» costuma ser ficar-se _________.//
pp. 15-16/«um croque e o arpão são tentações inúteis a deixar num barco» significa que o velho queria ter a certeza de que não o ______//
p. 16/«tirara [a fotografia da parede] por se sentir só ao vê-la» é um indício de o velho era ________ //
p. 16/O velho vai comer arroz? _______
«oitenta e cinco é um bom número», significa que, depois de _______ dias, o velho esperava agora _____//
p. 17 / DiMaggio era um _______ / /
p. 17 / Tigres de Detroit e Indianos de Cleaveland são _____ / /
pp. 17-18 / «Em Maio, qualquer um é pescador» significa que em Maio ________. / /
p. 18 / «A camisa dele havia sido remendada tantas vezes que era como a vela» é uma comparação interessante, porque aproxima _______. / /
p. 18 / «abriu os olhos e, por momentos, vinha regressando de muito longe». De «longe» porquê? ____ / /
p. 19 / / /
p. 19 / / /
pp. 19-20 / «Tenho de ter aqui água para ele» mostra ______ que o rapaz tinha com o velho. / /
p. 20 / / /
p. 20-21 / «Dizem que o pai dele era pescador» / /
p. 21 / / /
p. 21 / «Espero que não apareça por aí um peixe tão grande que nos desminta a ambos» / /
p. 22 / «a idade é o meu [despertador]» significa que os velhos _________. / /
p. 22/«não tardou que estivesse a sonhar com a África»//
pp. 22-23/«quando cheirava a brisa de terra, acordava»//
p. 23///
p. 23///
p. 24 / «É o que cabe a um homem» / /
p. 24 / «Aqui fiam à gente» / /
pp. 24-25 / «— Boa sorte — respondeu o velho» / /
Este ponto do texto corresponde ao fim do que podemos considerar como primeira parte de O Velho e o Mar (cfr., no manual, p. 96, quadro 'Estrutura').
Veremos agora esta mesma primeira parte da história numa adaptação a filme, realizada por Anthony Quinn em 1990. Vai verificando as diferenças (acrescentos, omissões, etc.) na versão cinematográfica.
Em menos de cem palavras, resume a primeira parte de O Velho e o Mar (texto lido na aula anterior, sequência então ouvida e páginas lidas agora).
«Nesta primeira parte de O Velho e o Mar, ______
TPC — Vai à p. 93 do manual. Vê, na margem e sob a foto, a biografia de Ernest Hemingway. Ao estilo dessa curta notícia biográfica, escreve agora a biografia de um autor por ti inventado.
Nada de ir à net adaptar biografias de autores verdadeiros. Prefiro que cries um escritor com uma vida recheada de originalidades, ainda que o texto deva ser sério (e não percebido logo como brincadeira).
Podes ver mais um exemplo de notícia biográfica na p. 75 (a de Antoine de Saint-Exupéry). A extensão do teu texto deverá ser semelhante à destas biografias.
Soluções
Esta primeira parte apresenta-nos um velho pescador, Santiago, que, havia oitenta e quatro dias, não conseguia pescar um único peixe. Sozinho e na miséria, quem o vai ajudando e tenta proteger é um rapaz, Manolin. Embora preferisse continuar a ir para a pesca com Santiago, com quem se iniciara, há mais de um mês que Manolin vai para o mar noutro barco, porque assim decidira o seu pai (considerando que o azar não mais abandonaria o velho Santiago). Ainda assim, Manolin traz comida a Santiago, com ele fala de basebol, recordam ambos feitos do velho. No dia seguinte, Santiago acordará o rapaz, com ele irá até à praia e sairá sozinho para o mar. Tem a convicção de que a sua sorte vai mudar, precisamente naquele octogésimo quinto dia.
Aula 39-40
Trechos / Frases a explicar / Leitura
p. 25 / em «cada qual aproou à parte do oceano em que esperava encontrar peixe», o verbo «aproar» é derivado de _______ e significa 'dirigir a _______ em certa direcção'. / /
p. 26 / Neste parágrafo fica evidente o _______ e a _______ que o velho tinha pela fauna que o rodeava. / /
p. 26 / Para o velho, o mar não era um _______, por isso via-o como do género ________. / /
pp. 26-27 / O mar não estava ______, a superfície do oceano estava chã (isto é, plana). / /
p. 27 / Se estivesse no texto «As sardinhas eram grinaldas no ferro saliente», teríamos uma ____. / /
pp. 27-28 / Este parágrafo mostra-nos como a armadilha estava _______. / /
p. 28 / / /
p. 28 / / /
p. 29 / Que é um «petrel»? _______ / /
p. 29 / / /
pp. 29-30 / «O meu peixe graúdo há-de estar nalguma parte» reporta-se a um dado peixe que o velho já tivesse avistado? ______ / /
p. 30 / / /
p. 31 / «agua mala» / /
p. 31 / / /
pp. 31-32 / / /
p. 32 / / /
pp. 32-33 / «— O pássaro é uma bela ajuda — disse o velho» no discurso indirecto ficava: «________». / /
Dezasseis avos de final do concurso de leitura em voz alta
{no blogue não se mostram os quadros com a eliminatória, por serem diferentes de turma para turma}
O texto que tens nesta folha {no blogue não pode aparecer} é a parte que, no Velho e o Mar, se segue ao que acabámos de ler em voz alta.
Vai lendo e preenchendo as lacunas com preposições ou contracções de preposição e determinante.
Aqui ponho uma lista de preposições, mas algumas não aparecem no texto. Por outro lado, tens de contar com as contracções — e essas não as exemplifico (embora tenha deixado a negro as preposições que costumam entrar em contracções).
a
ante
após
até
com
conforme
consoante
contra
de
desde
durante
em
entre
excepto
mediante
para
por
salvo
segundo
sem
sob
sobre
trás
Transcreve aqui as contracções que puseste no texto, desdobrando-as segundo este esquema: Preposição + Determinante = Contracção.
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
TPC — Faz alguns trabalhos de casa que não tenhas feito no devido tempo (dá prioridade aos mais recentes). Em Gaveta de Nuvens (secção: Revisões), pus lista de tepecês em falta. A seguir ao nome do aluno estão números das aulas em que esses tepecês foram passados. Depois, basta veres a lista de tepecês que está logo a seguir.
Soluções
a / na / a / em / pelo / no / com
de / nos / do
numa / para
sobre / aos / com / de
por / pelas
de
Nesse
Segunda página
sem / para / entre / a
com / entre
a
com / às
em
a
de / entre
em + a = na
por + o = pelo
em + o = no
em + os = nos
de + o = do
em + uma = numa
a + os = aos
por + as = pelas
em + esse = nesse
a + as = às
Aula 41-42Prosseguiremos a leitura de O Velho e o Mar, retomando ainda a parte final do trecho em que estivemos a lançar preposições (na edição que mais temos usado, pp. 35-40)
À medida que os teus colegas forem lendo, escreve na tabela uma proposta de classificação (de Muito Bom a Insuficiente).
O texto que tens nesta folha {no blogue não pode aparecer} é a parte que, no Velho e o Mar, se segue ao que acabámos de ler em voz alta.
Vai lendo e preenchendo as lacunas com preposições ou contracções de preposição e determinante.
Aqui ponho uma lista de preposições, mas algumas não aparecem no texto. Por outro lado, tens de contar com as contracções — e essas não as exemplifico (embora tenha deixado a negro as preposições que costumam entrar em contracções).
a
ante
após
até
com
conforme
consoante
contra
de
desde
durante
em
entre
excepto
mediante
para
por
salvo
segundo
sem
sob
sobre
trás
Transcreve aqui as contracções que puseste no texto, desdobrando-as segundo este esquema: Preposição + Determinante = Contracção.
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
______ + ______ = ______
TPC — Faz alguns trabalhos de casa que não tenhas feito no devido tempo (dá prioridade aos mais recentes). Em Gaveta de Nuvens (secção: Revisões), pus lista de tepecês em falta. A seguir ao nome do aluno estão números das aulas em que esses tepecês foram passados. Depois, basta veres a lista de tepecês que está logo a seguir.
Soluções
a / na / a / em / pelo / no / com
de / nos / do
numa / para
sobre / aos / com / de
por / pelas
de
Nesse
Segunda página
sem / para / entre / a
com / entre
a
com / às
em
a
de / entre
em + a = na
por + o = pelo
em + o = no
em + os = nos
de + o = do
em + uma = numa
a + os = aos
por + as = pelas
em + esse = nesse
a + as = às
Aula 41-42Prosseguiremos a leitura de O Velho e o Mar, retomando ainda a parte final do trecho em que estivemos a lançar preposições (na edição que mais temos usado, pp. 35-40)
À medida que os teus colegas forem lendo, escreve na tabela uma proposta de classificação (de Muito Bom a Insuficiente).
Liga dos campeões (fase de grupos)
Grupo I // Grupo II // Grupo III // Grupo IVLeitor / Classificação // Leitor / Classificação // Leitor / Classificação // Leitor / Classificação
Apurados para os quartos de final (os dois primeiros de cada grupo*)
.....
Apurados para a Taça UELVA (terceiro de cada grupo)
.....
* No sorteio para os quartos de final, aos primeiros classificados calhará um segundo.
A parte da história que estivemos a ler nesta e na aula anterior vê-la-emos agora na adaptação a filme (realizada por Anthony Quinn, em 1990).
Resolve a actividade 18 (Preposições) do Caderno de Actividades — pp. 63 e 64.
Assistência a trecho de Cinema Paraíso [aqui parte de uma cena].
TPC — As perguntas que se seguem são de um teste, bastante convencional, sobre O Velho e o Mar. (O tipo de perguntas será mais tradicional do que aquelas que costumamos nós fazer ou até do que aquelas que sairão num exame nacional. De qualquer modo, o treino neste género de provas — mais «clássicas» — é bastante útil.)
Por favor, não resolvas este trabalho de casa como tantas vezes fazem quando se trata de trabalhos de casa de resultado mais ou menos fixo. Ou seja: em cima da hora, no intervalo anterior, copiado de algum colega (além do mais, não é de esperar que as respostas sejam demasiado semelhantes), ou numa aula de outra disciplina, em vez de estarem a fazer as tarefas devidas.
Usa uma folha solta. Escreve a tinta.
TPC — As perguntas que se seguem são de um teste, bastante convencional, sobre O Velho e o Mar. (O tipo de perguntas será mais tradicional do que aquelas que costumamos nós fazer ou até do que aquelas que sairão num exame nacional. De qualquer modo, o treino neste género de provas — mais «clássicas» — é bastante útil.)
Por favor, não resolvas este trabalho de casa como tantas vezes fazem quando se trata de trabalhos de casa de resultado mais ou menos fixo. Ou seja: em cima da hora, no intervalo anterior, copiado de algum colega (além do mais, não é de esperar que as respostas sejam demasiado semelhantes), ou numa aula de outra disciplina, em vez de estarem a fazer as tarefas devidas.
Usa uma folha solta. Escreve a tinta.
Soluções
A / em / por — Preposições
E / quando — Conjunções
ai — Interjeição
só — Advérbio
A preposição é uma das classes de palavras (classes morfológicas). É uma classe invariável e serve de instrumento de ligação entre dois elementos.
Além das preposições simples, temos também locuções prepositivas (que resultam da amálgama de nomes e de preposições e, por vezes, de advérbios).
Aula 43-44
O texto que tens ao lado {no blogue não se põe} é de O Velho e o Mar e corresponde à parte a seguir à que acabámos de ler na última aula. Apaguei as formas da conjugação perifrástica.
Lança-as tu, sabendo que, postas no infinitivo, são as que estão aqui em baixo. Recoloca essas formas nos espaços vagos, mas já flexionadas (na pessoa, tempo e modo convenientes à frase).
haver de ficar
dever esquecer
estar a cansar
principar a correr
haver de puxar
ir saltar
ter de ver
dever mexer
haver de ficar
estar a ver
haver de matar
estar dando
Agora, faz corresponder os sentidos (A-E) a cada um dos verbos auxiliares que entram nessas locuções verbais:
A - obrigação de realizar a acção
B - início de acção
C - intenção de realizar a acção
D - duração, continuidade, realização gradual da acção
E - futuro próximo
dever + inf = ___
principiar a + inf = ___
haver de + inf = ___
ter de + inf = ___
estar a + inf = ___
estar + gerúndio = ___
ir + inf = ___
Continuamos com O Velho e Mar, na parte a seguir ao exercício que fizemos. Desta vez, vamos só ouvir as leituras em voz alta dos colegas que tão brilhantemente (com tanto denodo, pertinácia, arreganho, pundonor — e outros substantivos abstractos típicos de locutores desportivos) ficaram apurados para esta fase da importante prova.
Vai atribuindo uma classificação a cada um dos colegas.
Liga dos campeões (quartos de final)
A. Primeiro do grupo I (__; classif.: __) vs. Segundo do II (__; __)
B. Primeiro do grupo II (__; __) vs. Segundo do I (__; __)
C. Primeiro do grupo III (__; __) vs. Segundo do IV (__; __)
D. Primeiro do grupo IV (__; __) vs. Segundo do III (__; __)
Nas meias-finais, o vencedor de A defrontará o vencedor de B, e o vencedor de C defrontará o vencedor de D.
Na p. 95 do manual, consulta o quadro 'Acção'.
Estamos na _____ parte, que é relativa à viagem. Considerados as subpartes em que no quadro está dividida essa parte, estamos agora no momento da _____.
Na p. 96, vê agora o quadro 3, 'Espaço'.
Dos vários espaços físicos apresentados aquele em decorre a acção no momento em que estamos é. _____. Do chamado 'Espaço social' até agora tivemos menção dos ______ e da ____.
Na p. 97, o quadro 'Tempo' procura mostrar como o tempo da história (o tempo «real») é representado no texto. Os «truques» a que recorre essa representação estão sintetizados na zona 'tempo do discurso'.
Há recuos no tempo (analepses, a que também chamamos flash-back), avanços (prolepses), partes da história omitidas no texto (elipses), partes da história que corresponderiam a muito tempo e no livro são apresentadas num instante (sumários).
Assinala quais dos passos de O Velho e o Mar que ilustram estes processos no quadro 'Tempo' estão em partes do livro que já lemos.
A p. 98 tem um quadro dedicado aos 'Modos de apresentação'.
Como na pergunta anterior, assinala se alguma das transcrições do texto que ilustram «Narração», «Descrição», «Diálogo», «Monólogo» já foi lida até agora.
Na p. 103, resolve o ponto 2, relativo a campos lexicais.
[Se houver tempo: na p. 43 do Caderno de Actividades, faz o ponto 1.1 da actividade 13.]
B. Primeiro do grupo II (__; __) vs. Segundo do I (__; __)
C. Primeiro do grupo III (__; __) vs. Segundo do IV (__; __)
D. Primeiro do grupo IV (__; __) vs. Segundo do III (__; __)
Nas meias-finais, o vencedor de A defrontará o vencedor de B, e o vencedor de C defrontará o vencedor de D.
Na p. 95 do manual, consulta o quadro 'Acção'.
Estamos na _____ parte, que é relativa à viagem. Considerados as subpartes em que no quadro está dividida essa parte, estamos agora no momento da _____.
Na p. 96, vê agora o quadro 3, 'Espaço'.
Dos vários espaços físicos apresentados aquele em decorre a acção no momento em que estamos é. _____. Do chamado 'Espaço social' até agora tivemos menção dos ______ e da ____.
Na p. 97, o quadro 'Tempo' procura mostrar como o tempo da história (o tempo «real») é representado no texto. Os «truques» a que recorre essa representação estão sintetizados na zona 'tempo do discurso'.
Há recuos no tempo (analepses, a que também chamamos flash-back), avanços (prolepses), partes da história omitidas no texto (elipses), partes da história que corresponderiam a muito tempo e no livro são apresentadas num instante (sumários).
Assinala quais dos passos de O Velho e o Mar que ilustram estes processos no quadro 'Tempo' estão em partes do livro que já lemos.
A p. 98 tem um quadro dedicado aos 'Modos de apresentação'.
Como na pergunta anterior, assinala se alguma das transcrições do texto que ilustram «Narração», «Descrição», «Diálogo», «Monólogo» já foi lida até agora.
Na p. 103, resolve o ponto 2, relativo a campos lexicais.
[Se houver tempo: na p. 43 do Caderno de Actividades, faz o ponto 1.1 da actividade 13.]
TPC — Verifica se o caderno está organizado (com todas as fotocópias que fomos usando e todos os trabalhos feitos; com alguma arrumação lógica; com as folhas facilmente consultáveis — o que significa que não devem estar todas juntas dentro de um plástico). Traz o caderno para a aula.
Soluções
Não devo esquecer-me de comer
a a linha principiar a correr
«hei-de puxar o anzol
Tinha de me ver livre
Hei-de ficar contigo
«Também ele há-de ficar»
estava a cansar-se
ele iria saltar
Nem devo mexer-me
não preciso estar a ver
Mas hei-de matar-te
No que estarão dando os pássaros?
dever + inf = A
principiar a + inf = B
haver de + inf = C
ter de + inf = A
estar a + inf = D
estar + gerúndio = D
ir + inf = E
Estamos na segunda parte, que é relativa à viagem. Quanto às subpartes em que, no quadro, está dividida essa zona, estamos agora no momento da luta longa e dura com o peixe.
Dos vários espaços físicos apresentados aquele em que decorre a acção no momento em que estamos é «mar/barco». Do chamado 'Espaço social' até agora tivemos menção dos pescadores e da Liga americana.
Assinala quais dos passos de O Velho e o Mar que ilustram estes processos no quadro 'Tempo' estão em partes do livro que já lemos.
Todos
Como na pergunta anterior, assinala se alguma das transcrições do texto que ilustram «Narração», «Descrição», «Diálogo», «Monólogo» já foi lida até agora.
Todos
A
rede
iscas
fio
linhas
arpão
bóia
cana
anzol
estoque
chumbos
croque
B
praia
espuma
ondulação
tempestade
calmaria
maré
fundões
redemoinhos
corrente
C
tartarugas
camarões
atum
calamares
albacoras
bonitos
delfins
espadarte
tubarões
D
mastro
motor
ré
vante
leme
palamenta
vela
E
anzolar
embarcar
esquartejar
salgar
escamar
puxar
remar
estripar
aproar
TPC — Verifica se o caderno está organizado (com todas as fotocópias que fomos usando e todos os trabalhos feitos; com alguma arrumação lógica; com as folhas facilmente consultáveis — o que significa que não devem estar todas juntas dentro de um plástico). Traz o caderno para a aula.
Aula não numerada do 9.º 2.ª e do 9.º 5.ª [esta aula, específica destas duas turmas, não leva número de ordem, para não afectar a numeração das aulas das cinco turmas]
Na p. 98 do manual, olha de novo o quadro 'Modos de apresentação'.
Imagina uma narrativa cujo título remetesse também para uma situação de luta entre um profissional e o objecto com que trabalha (em vez de O Velho [Pescador] e o Mar [Peixe], teríamos, por exemplo, O Mineiro e as Pedras, O Barbeiro e os Cabelos, etc.).
Em seguida, escreve curtos textos desse livro (pequenas citações extraídas dessa obra), uma para cada modo de apresentação:
Título do livro: ________.
Narração —
Descrição —
Diálogo —
Monólogo —
Na p. 43 do Caderno de Actividades, faz o ponto 1.1 da actividade 13.
Assistência a trecho de Cinema Paraíso [aqui o final] (ao mesmo tempo que se fez a avaliação individual).
TPC férias — Lê o texto «Uma obra-prima» (p. 93 do manual). Trata-se de uma parte do prefácio — feito pelo escritor Jorge de Sena — à tradução portuguesa de O Velho e o Mar. (Como o texto é difícil, pode ser necessário veres alguns significados no dicionário.)
Escreve um texto «contrário» deste. Ou seja, vais imaginar um prefácio de uma obra que tivesse características opostas às de O Velho e o Mar.
O título do prefácio pode ser, em vez de «Uma obra prima», por exemplo, «A pior obra do mundo», «Um livro do piorio», «Um livro reles» ou outro do género. Não vais trocar cada palavra pelo seu antónimo, mas encontrar substitutos ao nível das frases. Vais ter de pensar num livro que tenha um contexto, um assunto, bastante «antónimos» dos da novela de Ernest Hemingway.
Tenta fazer um texto «paralelo» até ao final do segundo parágrafo (ou mesmo, se estiveres a achar fácil, até ao fim do quarto parágrafo).
Para os que chegaram ao final do 1.º período com tepecês por fazer, será muito aconselhável fazerem agora esses trabalhos atrasados (pelo menos, os que eram menos circunstanciais).
Soluções
Sim, transmitiram-na aos jovens / transmitiram-lha
Sim, devolvê-los-ão à criança devolver-lhos-ão
Sim, compu-la.
Sim, dar-lhas-íamos
Sim, foi fácil aprendê-la
Sim, transmiti-la-ão
Sim, comprar-vo-los-emos / Comprar-lhos-emos
Sim, dar-no-la-ia
Sim, transmitiram-na aos jovens / transmitiram-lha
Sim, devolvê-los-ão à criança devolver-lhos-ão
Sim, compu-la.
Sim, dar-lhas-íamos
Sim, foi fácil aprendê-la
Sim, transmiti-la-ão
Sim, comprar-vo-los-emos / Comprar-lhos-emos
Sim, dar-no-la-ia
Aula 45-46
Lê esta parte de O Velho e o Mar. Trata-se ainda da luta entre Santiago e o espadarte. Finalmente, o velho vê o seu antagonista.
Retirei ao texto muitas das conjunções e locuções subordinativas e coordenativas. As conjunções são palavras invariáveis e servem para unir duas palavras, grupos de palavras ou frases. (É uma classe que interessa ter em conta quando se dividem períodos em orações e se classificam estas, já que os nomes das orações correspondem, em geral, aos das conjunções que as introduzam e vice-versa.)
Cada uma das conjunções servirá para uma lacuna, nesta ou na página seguinte. {no blogue não se copia o texto}
mas
[mais...] que
até que
e
para que
que
embora
mas
e
para que
nem
ou
se
[tão...] como
[mais...] do que
e
como
e
embora
tal qual
que
e
se
[tão...] que
[mais...] que
embora
se
que
Circundei a tracejado palavras que, juntamente com a palavra que falta, constituem uma unidade.
Depois de chegares ao fim do texto, abre o manual nas pp. 86-87. Vendo o quadro que reparte as conjunções por subclasses — e, se for neces-sário, relendo o que completaste —, indica a subclasse das conjunções:
Conjunções (ou locuções)
coordenativase = copulativa
nem = ____________
mas = ____________
ou = _____________
subordinativas
se = _____________
como = ___________
[mais...] que = ______
[tão...] como = ______
[mais...] do que = ____
tal qual = comparativa
até que = _________
para que = ________
embora = _________
[tão...] que = _______
que = ____________
Faz o exercício 3 da p. 104 do manual, sobre orações subordinadas consecutivas.
Lê esta parte de O Velho e o Mar. Trata-se ainda da luta entre Santiago e o espadarte. Finalmente, o velho vê o seu antagonista.
Retirei ao texto muitas das conjunções e locuções subordinativas e coordenativas. As conjunções são palavras invariáveis e servem para unir duas palavras, grupos de palavras ou frases. (É uma classe que interessa ter em conta quando se dividem períodos em orações e se classificam estas, já que os nomes das orações correspondem, em geral, aos das conjunções que as introduzam e vice-versa.)
Cada uma das conjunções servirá para uma lacuna, nesta ou na página seguinte. {no blogue não se copia o texto}
mas
[mais...] que
até que
e
para que
que
embora
mas
e
para que
nem
ou
se
[tão...] como
[mais...] do que
e
como
e
embora
tal qual
que
e
se
[tão...] que
[mais...] que
embora
se
que
Circundei a tracejado palavras que, juntamente com a palavra que falta, constituem uma unidade.
Depois de chegares ao fim do texto, abre o manual nas pp. 86-87. Vendo o quadro que reparte as conjunções por subclasses — e, se for neces-sário, relendo o que completaste —, indica a subclasse das conjunções:
Conjunções (ou locuções)
coordenativase = copulativa
nem = ____________
mas = ____________
ou = _____________
subordinativas
se = _____________
como = ___________
[mais...] que = ______
[tão...] como = ______
[mais...] do que = ____
tal qual = comparativa
até que = _________
para que = ________
embora = _________
[tão...] que = _______
que = ____________
Faz o exercício 3 da p. 104 do manual, sobre orações subordinadas consecutivas.
No próprio manual, completa 4.1, sobre orações subordinadas concessivas.
Leitura em voz alta das pp. 53-56 de O Velho e o Mar.
Liga dos campeões (meias-finais)
i. Vencedor de A (__; classif.: __) vs. Vencedor de B (__; __)
ii. Vencedor de C (__; __) vs. Vencedor de D (__; __)
p. 53: «e o velho cavalgava suavemente a breve ondulação» contém um recurso expressivo (uma figura de estilo). Denominamo-lo ________
p. 54: As alusões à Liga Americana e a DiMaggio servem para _________
p. 55: Começa aqui uma _______ (um flash back), que nos conta uma proeza de Santiago, o dia em que _________
Assistência à parte do filme de O Velho e o Mar correspondente à parte acabada de ler em aula e à morte do peixe.
TPC — Em folha solta, faz o Grupo A do teste no Caderno de Actividades (pp. 86-88) sobre O Velho e o Mar, exceptuando a pergunta 8 e os itens sobre «Recursos expressivos». (Portanto, não será necessário fazer o Grupo B — «Expressão escrita» — nem a pergunta 8 e o grupo «Recursos expressivos».)
Soluções
[mais] que
mas
que
e
nem
Se
até que
[tão] como
embora
e
mas
como
que
[mais] do que
e
tal qual
e
embora
para que
se
[tão] que
para que
[mais] que
ou
embora
Se
e
que
Conjunções (e locuções)
coordenativas
e = copulativa
nem = copulativa
mas = adversativa
ou = disjuntiva
subordinativas
se = condicional
como = comparativa
[mais...] que = comparativa
[tão...] como = comparativa
[mais...] do que = comparativa
tal qual = comparativa
até que = temporal
para que = final
embora = concessiva
[tão...] que = consecutiva
que = integrante
Subordinadas concessivas
Embora viajasse frequentemente, / Almiro não sabia línguas.
Subordinada concessiva / Subordinante
Camões não usava óculos, / embora não visse lá muito bem.
Subordinante / Subordinada concessiva
Não irei ao médico, / ainda que esteja doente.
Subordinante / Subordinada concessiva
Hoje não te enforcarei, / mesmo que mo peças.
Subordinante / Subordinada concessiva
Subordinadas consecutivas
Estava tão feliz, / que teve uma síncope.
Subordinante / Subordinada consecutiva
Deu-lhe tanto mimo, / que já ninguém o atura.
Subordinante / Subordinada consecutiva
De tal modo desafinou, / que todos o aplaudiram.
Subordinante / Subordinada consecutiva
a) Santiago tanto insistiu na pesca do grande peixe, que acabou por conseguir o seu objectivo.
b) Manolin era tão amigo de Santiago, que sempre acreditou na sua vitória.
c) O barco de Santiago era tão pequeno e leve, que o peixe o arrastou facilmente.
d) Quando chegou à praia, Santiago estava de tal modo cansado, que mal podia caminhar.
e) Os tubarões eram tão numerosos, que comeram as três gomas.
f) O peixe pescado por Santiago era tão grande, que os turistas se casaram com ele.
a) Ainda que Manolin quisesse ir à pesca com Santiago, os seus pais não deixaram.
b) Santiago não se zangou, / embora os outros pescadores fizessem troça dele.
c) Por mais forte que um homem seja, / tem momentos de abatimento.
d) Mesmo que o peixe fosse muito grande, / Santiago não duvidou da possibilidade de o emborcar de um só trago.
e) Santiago estava decidido a matar o peixe, / conquanto tivesse pena de o fazer.
f) Se bem que não tivesse pescado o peixe, / a sua força de vontade ficaria sempre como exemplo a seguir.
«e o velho cavalgava suavemente a breve ondulação» contém um recurso expressivo (uma figura de estilo). Denominamo-lo metáfora.
As alusões à Liga Americana e a DiMaggio servem para reforçar o isolamento do velho, a passagem do tempo. Através da comparação com o seu ídolo, também se glorifica a epopeia do pescador.
Começa aqui uma analepse (um flash back), que nos conta uma proeza de Santiago, o dia em que vencera um confronto de «braço-de-ferro» após longas horas de disputa.
Aula 47-48
Responde às duas perguntas de exames nacionais nesta página. Como ainda não treinámos o suficiente, vai ser necessário consultares o quadro das pp. 86-87 do manual (mas não o faças logo à primeira tentativa).
Pergunta do exame de 2005/2006, 2.ª chamada:
Transforma em frases complexas os pares de frases simples a seguir apresentados, utilizando conjunções ou locuções conjuncionais das subclasses indicadas entre parênteses.
Faz as alterações necessárias à correcção das frases.
a) Todos queriam ir ao concerto.
Eles não tinham dinheiro.
(conjunção ou locução conjuncional subordinativa concessiva)
______
b) O filme era muito longo.
Deixei-me dormir a meio.
(locução conjuncional subordinativa consecutiva)
______
c) Não vou convosco à casa da Ana.
Eu e a Ana zangámo-nos.
(conjunção ou locução conjuncional subordinativa causal)
______
d) Partimos de Lisboa às sete horas da manhã.
Podemos ainda almoçar no Porto.
(conjunção ou locução conjuncional subordinativa condicional)
______
Pergunta do exame de 2004/2005, 1.ª chamada:
Lê a frase: «A viagem de Cuco parecia real, embora fosse sonhada.»
Classifica as duas orações que a constituem, completando o quadro que se segue:
Orações / Classificação
1.ª oração: A viagem de Cuco parecia real, / ___
2.ª oração: embora fosse sonhada. / ___
Responde agora à actividade 19 do Caderno de Actividades (pp. 65-66). Começa pelas perguntas 2 e 3 (p. 66).
Depois de essas respondidas, passa então à p. 65 e faz a pergunta 1, a do quadro.
Em resposta ao primeiro par de frases («Quis sair sozinha.» / «Não conhecia aquela rua.»), escreve uma frase onde haja uma oração adversativa e outra onde haja uma oração concessiva.
Para o segundo par («Fiz a viagem de comboio.» / «Li todo o jornal.»), escreverás uma frase que contenha uma oração copulativa e outra frase com uma oração temporal.
Para as frases na terceira, quarta e quinta quadrículas, basta que escrevas, em cada um dos casos, uma frase com uma oração completiva (que vai ser introduzida pela conjunção completiva ou integrante «que»).
Para a última quadrícula («Chegada a hora, todos saíram calmamente.»), escreverás uma frase com uma oração temporal.
Regressando à leitura de O Velho e o Mar, tomamos o passo logo a seguir à parte que leste no tepecê do Caderno de Actividades (p. 86). Corresponde à morte do peixe.
Responde às duas perguntas de exames nacionais nesta página. Como ainda não treinámos o suficiente, vai ser necessário consultares o quadro das pp. 86-87 do manual (mas não o faças logo à primeira tentativa).
Pergunta do exame de 2005/2006, 2.ª chamada:
Transforma em frases complexas os pares de frases simples a seguir apresentados, utilizando conjunções ou locuções conjuncionais das subclasses indicadas entre parênteses.
Faz as alterações necessárias à correcção das frases.
a) Todos queriam ir ao concerto.
Eles não tinham dinheiro.
(conjunção ou locução conjuncional subordinativa concessiva)
______
b) O filme era muito longo.
Deixei-me dormir a meio.
(locução conjuncional subordinativa consecutiva)
______
c) Não vou convosco à casa da Ana.
Eu e a Ana zangámo-nos.
(conjunção ou locução conjuncional subordinativa causal)
______
d) Partimos de Lisboa às sete horas da manhã.
Podemos ainda almoçar no Porto.
(conjunção ou locução conjuncional subordinativa condicional)
______
Pergunta do exame de 2004/2005, 1.ª chamada:
Lê a frase: «A viagem de Cuco parecia real, embora fosse sonhada.»
Classifica as duas orações que a constituem, completando o quadro que se segue:
Orações / Classificação
1.ª oração: A viagem de Cuco parecia real, / ___
2.ª oração: embora fosse sonhada. / ___
Responde agora à actividade 19 do Caderno de Actividades (pp. 65-66). Começa pelas perguntas 2 e 3 (p. 66).
Depois de essas respondidas, passa então à p. 65 e faz a pergunta 1, a do quadro.
Em resposta ao primeiro par de frases («Quis sair sozinha.» / «Não conhecia aquela rua.»), escreve uma frase onde haja uma oração adversativa e outra onde haja uma oração concessiva.
Para o segundo par («Fiz a viagem de comboio.» / «Li todo o jornal.»), escreverás uma frase que contenha uma oração copulativa e outra frase com uma oração temporal.
Para as frases na terceira, quarta e quinta quadrículas, basta que escrevas, em cada um dos casos, uma frase com uma oração completiva (que vai ser introduzida pela conjunção completiva ou integrante «que»).
Para a última quadrícula («Chegada a hora, todos saíram calmamente.»), escreverás uma frase com uma oração temporal.
Regressando à leitura de O Velho e o Mar, tomamos o passo logo a seguir à parte que leste no tepecê do Caderno de Actividades (p. 86). Corresponde à morte do peixe.
[Eliminatórias da Taça UELVA — União Europeia da Leitura em Voz Alta —, que aqui não se reproduzem, por serem diferentes de turma para turma]
TPC — Em folha solta, faz a redacção que é pedida no ponto 1 (1.1 e 1.2) de «Escrever é preciso», na p. 102 do manual. Como se trata de texto em que predominará o diálogo, tem especial cuidado no registo do discurso directo (travessões e margens de parágrafos, posição dos verbos «dicendi» («disse», «afirmou», «perguntou», etc.) e sua variedade, minúscula a seguir ao segundo travessão).
Soluções
a) Todos queriam ir ao concerto, embora não tivessem dinheiro.
[ainda que]
[se bem que]
[conquanto]
[mesmo que]
b) O filme era tão longo, que me deixei dormir a meio.
[de tal modo]
[de tal maneira]
c) Não vou convosco à casa da Ana, porque nos zangámos.
[porquanto]
[pois que]
[uma vez que]
[visto que]
[já que]
d) Se partirmos de Lisboa às sete horas da manhã, podemos ainda almoçar no Porto.
Desde que partamos
A viagem de Cuco parecia real,
subordinante
embora fosse sonhada.
subordinada concessiva
1.º parágrafo
Mas
Porque
que
que
Mas
que
2.º parágrafo
Embora
que
que
que
a) Teodoro não era rico, / ainda que vivesse bem.
b) Embora não quisesse cometer nenhum roubo, / o homem não resistiu ao impulso do dinheiro.
c) Por mais que o António soubesse disso, / o dinheiro herdado trouxe-lhe muitos problemas.
d) O Cristiano Ronaldo decidiu partir para a China, / conquanto nada soubesse sobre a vida desse país e da pirosa da Merche.
e) Se bem que quisesse desfazer-se do dinheiro e do remorso que este lhe causava, / Teodoro nunca o conseguiu.
Não conhecia aquela rua, / mas quis sair sozinha.
oração coordenada / oração coordenada adversativa
conjunção: mas
Quis sair sozinha, / embora não conhecesse aquela rua.
oração subordinante / oração subordinada concessiva
conjunção: embora
Fiz a viagem de comboio / e li o jornal de ponta a ponta.
oração coordenada / oração coordenada copulativa
conjunção: e
Li o jornal de ponta a ponta, / enquanto fiz a viagem de comboio.
oração subordinante / oração subordinada temporal
conjunção: enquanto
Foi imperdoável / que a claque agredisse o árbitro.
subordinante / subordinada completiva (ou integrante)
conjunção: que
Muita gente esperou / que a selecção regressasse.
subordinante / subordinada completiva (ou integrante)
conjunção: que
É imperdoável / que muitas espécies se extingam.
subordinante / subordinada completiva (ou integrante)
conjunção: que
Quando chegou a hora, / todos saíram calmamente.
subordinada temporal / subordinante
conjunção: quando
Aula 49-50
Resolve o exercício 1 da p. 103 do manual («Caça ao erro»). Passa para a tua folha as palavras correctas (não será necessária a frase toda, apenas a palavra ou palavras emendadas). Pode ser útil ires ao mesmo tempo consultando as pp. 105-106.
a) ______
b) ______
c) ______
d) ______
e) ______
f) ______
g) ______
h) ______
i) ______
Regressemos a O Velho e o Mar. Prometo que é a última vez.
Vamos retomar a narrativa no momento em que um primeiro tubarão se acerca do esquife (e do espadarte que o velho pescara). Pelo filme, já vimos que o velho o vai vencer, embora perdendo o arpão.
Taça UELVA
meias-finais
i. Primeiro do grupo A (__; classif.: _) vs. Segundo do grupo B (__; __)
ii. Primeiro do grupo B (__; __) vs. Segundo do grupo A (__; __)
final
Vencedor de i (__; classif.: __) vs. Vencedor de ii (__; __)
Liga dos Campeões (final)
Vencedor de i (__; classif.: __) vs. Vencedor de ii (__; __)
Resolve as questões das pp. 107-108 (pontos 1 a 4).
No Caderno de Actividades, p. 43 («Actividade 13»), resolve o ponto 1.
TPC — Vê a caracterização do tubarão, num texto reproduzido na p. 96 do manual (dentro de quadro, na parte destinada a «Os tubarões»).
Pensa num outro animal, objecto ou pessoa, e faz um texto que siga a estrutura desse parágrafo (conserve as classes de palavras e as palavras apenas funcionais e troque adjectivos, nomes, alguns verbos com significado, etc.). Exemplo meu para o começo:
[Era um enorme 'mako', feito para nadar tão velozmente como o mais veloz peixe dos mares, e tudo nele era belo excepto as queixadas. O dorso era ...]
Era uma sólida frigideira, concebida para grelhar tão eficazmente como o mais apetrechado fogão dos restaurantes, e tudo nela era metálico excepto a pega. A base era ...
Faz um texto completo e, claro, com outro assunto.
Os alunos a quem assinalei assuntos de gramática que devem ser recuperados — e, se calhar, os outros também — podem ler em Gaveta de Nuvens sínteses sobre «Classificar quanto à acentuação», «Identificar tipos de frase», «Passar discurso directo a indirecto», «Identificar classes de palavras». Porei resumos dos restantes assuntos logo que possa.
Os que têm tepecês do 1.º período por fazer vão — a pouco e pouco — entregando a maioria desses trabalhos. (Passarei a actualizar a lista de tepecês em falta semanal ou quinzenalmente.)
Soluções
a) ______
b) ______
c) ______
d) ______
e) ______
f) ______
g) ______
h) ______
i) ______
Regressemos a O Velho e o Mar. Prometo que é a última vez.
Vamos retomar a narrativa no momento em que um primeiro tubarão se acerca do esquife (e do espadarte que o velho pescara). Pelo filme, já vimos que o velho o vai vencer, embora perdendo o arpão.
Taça UELVA
meias-finais
i. Primeiro do grupo A (__; classif.: _) vs. Segundo do grupo B (__; __)
ii. Primeiro do grupo B (__; __) vs. Segundo do grupo A (__; __)
final
Vencedor de i (__; classif.: __) vs. Vencedor de ii (__; __)
Liga dos Campeões (final)
Vencedor de i (__; classif.: __) vs. Vencedor de ii (__; __)
Resolve as questões das pp. 107-108 (pontos 1 a 4).
No Caderno de Actividades, p. 43 («Actividade 13»), resolve o ponto 1.
TPC — Vê a caracterização do tubarão, num texto reproduzido na p. 96 do manual (dentro de quadro, na parte destinada a «Os tubarões»).
Pensa num outro animal, objecto ou pessoa, e faz um texto que siga a estrutura desse parágrafo (conserve as classes de palavras e as palavras apenas funcionais e troque adjectivos, nomes, alguns verbos com significado, etc.). Exemplo meu para o começo:
[Era um enorme 'mako', feito para nadar tão velozmente como o mais veloz peixe dos mares, e tudo nele era belo excepto as queixadas. O dorso era ...]
Era uma sólida frigideira, concebida para grelhar tão eficazmente como o mais apetrechado fogão dos restaurantes, e tudo nela era metálico excepto a pega. A base era ...
Faz um texto completo e, claro, com outro assunto.
Os alunos a quem assinalei assuntos de gramática que devem ser recuperados — e, se calhar, os outros também — podem ler em Gaveta de Nuvens sínteses sobre «Classificar quanto à acentuação», «Identificar tipos de frase», «Passar discurso directo a indirecto», «Identificar classes de palavras». Porei resumos dos restantes assuntos logo que possa.
Os que têm tepecês do 1.º período por fazer vão — a pouco e pouco — entregando a maioria desses trabalhos. (Passarei a actualizar a lista de tepecês em falta semanal ou quinzenalmente.)
Soluções
a) foram os turistas quem admirou
b) veio com tudo o que era preciso
c) fizeste
d) Se Santiago voltasse
e) Dá-mos
f) a razão por que
g) os pescadores têm / este contém / eles vêem
h) caem / saem
i) com certeza / Santiago / porventura
Aula 51-52
b) veio com tudo o que era preciso
c) fizeste
d) Se Santiago voltasse
e) Dá-mos
f) a razão por que
g) os pescadores têm / este contém / eles vêem
h) caem / saem
i) com certeza / Santiago / porventura
Aula 51-52
Veremos agora as páginas finais de O Velho e o Mar, a terceira parte da narrativa, que corresponde ao regresso da viagem. No livro de Hemingway — e traduzido pelo poeta português Jorge de Sena —, lê desde o penúltimo parágrafo da p. 92 («Quando entrou [...]) até ao final.
Depois, completa este quadro:
Acção / Página e linha em que começa
Santiago chega ao porto com a carcaça do peixe. / p. 92, l. 23
Vai subindo até à cabana (fazendo várias paragens). / ___
Chega à cabana. / ___
Manolin apercebe-se de que o velho já regressara. / ___
Manolin vai ao Terraço, enquanto pescadores vão vendo o esquife e admirando o esqueleto do espadarte. / ___
Manolin aguarda que Santiago acorde, enquanto o observa. / ___
Finalmente, Manolin e Santiago falam. / ___
Rapaz informa o velho de que voltará a pescar com ele. / ___
Manolin sai para ir buscar jornais, comida, remédios (vai a chorar). / ___
Turistas apreciam a carcaça do espadarte, ficando a pensar que se tratava de um tubarão. / ___
Velho sonha com os leões. / ___
Dá um título expressivo a esta terceira parte de O Velho e o Mar.
No manual, resolve as questões das pp. 107-108 (pontos 1 a 4).
Final da Taça UELVA *
9.º 1.ª / Joana II // Eliana /
9.º 2.ª / João // Teresa /
9.º 3.ª / Marta // Carolina /
9.º 5.ª / Joana D. // Marta L. /
9.º 6.ª / Enoque // Joana L. II /
* Cada um dos vencedores da Taça UELVA receberá uma posta congelada de uma das raras porções da carne de espadarte que, ao regressar, Santiago ainda conservava. Os finalistas vencidos receberão relíquias do grande basebolista Joe DiMaggio (fragmentos de osso do calcanhar).
Final da Liga dos Campeões **
9.º 1.ª / Daniel // Inês /
9.º 2.ª / Joana // Marta S. /
9.º 3.ª / Mafalda // Susana /
9.º 5.ª / Mariana // Gonçalo /
9.º 6.ª / Ana M. // Joana L. I /
** Cada vencedor ganhará, devidamente embalsamado, um dos leões com que Santiago sonhava. Os finalistas vencidos receberão t-shirts autografadas por Manolin.
Entre as pp. 98 e 100 do manual — na secção «Interpretar é preciso» — estão parágrafos encabeçados por substantivos abstractos («fé», «confiança», «lealdade», «nobreza», «amizade», «sonho») que identificam características de personalidade do velho Santiago. Há depois citações de O Velho e o Mar a ilustrar essas características, bem como textos de outros autores.
Escreve tu um texto com até 250 palavras que igualmente ilustre uma dessas características. Tu é que escolherás o formato, o tipo, do teu texto (notícia, crónica, diálogo, pequena narrativa, reflexão, etc.). O título será um dos seis nomes que marquei a negro. Quanto ao resto, o texto não tem sequer de fazer referência a O Velho e o Mar, deve apenas ter alguma relação com a palavra que escolheste para título.
Usa uma folha solta e escreve a tinta.
TPC — Vais ligar as orações 1-17 às orações A-Q. Depois de escolhida a correspondência, sublinha as conjunções ou locuções subordinativas e escreve ao lado das orações a sua classificação: subordinante / subordinada temporal / subordinada causal / subordinada concessiva / subordinada comparativa / subordinada consecutiva / subordinada final / subordinada integrante (ou completiva) / subordinada condicional.
Já sabemos que a oração subordinada é a que começa pela conjunção. Pode ser útil consultares o teu manual nas pp. 86-87.
1. Quando a modista me apresentou a conta...
2. Caso o seu filho tenha outra vez esta alergia...
3. O aldrabão do Vicente sabe falar alemão...
4. Achei a conferência tão aborrecida...
5. Para que, de manhã, ele se sinta bem disposto...
6. O sr. Ilídio tem de levar os documentos ao notário...
7. O alfaiate garantiu-me....
8. Devem internar o sr. Armando num manicómio...
9. Os próprios actores acham surpreendente...
10. Terá de haver restrições no consumo da água...
11. Se o automobilista não conduzisse àquela velocidade louca...
12. O incêndio no armazém durou mais tempo...
13. Ele pregava tantas partidas aos colegas...
14. Uma vez que o maestro adoecera...
15. Embora estivéssemos sentadas na última fila...
16. O polícia multou o meu tio...
17. A Juliana continua a sentir-se mal...
A. que acabou por ser expulso do colégio.
B. que me vim embora mais cedo.
C. como eu sei falar chinês.
D. viram-se obrigados a adiar o concerto.
E. que a comédia esteja a ter tamanho êxito.
F. precisa de dormir, pelo menos, nove horas.
G. do que os bombeiros, de início, calculavam.
H. facilmente teria evitado o atropelamento.
I. deve levá-lo ao médico especialista.
J. apesar de que o médico nada lhe encontrou.
K. ouviam-se perfeitamente os discursos.
L. eu quase desmaiei.
M. porque tinha estacionado o carro em lugar proibido.
N. que o fato fica pronto a tempo do casamento.
O. a fim de que as assinaturas sejam reconhecidas.
P. a não ser que chova nos próximos dias.
Q. antes que ele faça mais alguma tolice.
Depois, completa este quadro:
Acção / Página e linha em que começa
Santiago chega ao porto com a carcaça do peixe. / p. 92, l. 23
Vai subindo até à cabana (fazendo várias paragens). / ___
Chega à cabana. / ___
Manolin apercebe-se de que o velho já regressara. / ___
Manolin vai ao Terraço, enquanto pescadores vão vendo o esquife e admirando o esqueleto do espadarte. / ___
Manolin aguarda que Santiago acorde, enquanto o observa. / ___
Finalmente, Manolin e Santiago falam. / ___
Rapaz informa o velho de que voltará a pescar com ele. / ___
Manolin sai para ir buscar jornais, comida, remédios (vai a chorar). / ___
Turistas apreciam a carcaça do espadarte, ficando a pensar que se tratava de um tubarão. / ___
Velho sonha com os leões. / ___
Dá um título expressivo a esta terceira parte de O Velho e o Mar.
No manual, resolve as questões das pp. 107-108 (pontos 1 a 4).
Final da Taça UELVA *
9.º 1.ª / Joana II // Eliana /
9.º 2.ª / João // Teresa /
9.º 3.ª / Marta // Carolina /
9.º 5.ª / Joana D. // Marta L. /
9.º 6.ª / Enoque // Joana L. II /
* Cada um dos vencedores da Taça UELVA receberá uma posta congelada de uma das raras porções da carne de espadarte que, ao regressar, Santiago ainda conservava. Os finalistas vencidos receberão relíquias do grande basebolista Joe DiMaggio (fragmentos de osso do calcanhar).
Final da Liga dos Campeões **
9.º 1.ª / Daniel // Inês /
9.º 2.ª / Joana // Marta S. /
9.º 3.ª / Mafalda // Susana /
9.º 5.ª / Mariana // Gonçalo /
9.º 6.ª / Ana M. // Joana L. I /
** Cada vencedor ganhará, devidamente embalsamado, um dos leões com que Santiago sonhava. Os finalistas vencidos receberão t-shirts autografadas por Manolin.
Entre as pp. 98 e 100 do manual — na secção «Interpretar é preciso» — estão parágrafos encabeçados por substantivos abstractos («fé», «confiança», «lealdade», «nobreza», «amizade», «sonho») que identificam características de personalidade do velho Santiago. Há depois citações de O Velho e o Mar a ilustrar essas características, bem como textos de outros autores.
Escreve tu um texto com até 250 palavras que igualmente ilustre uma dessas características. Tu é que escolherás o formato, o tipo, do teu texto (notícia, crónica, diálogo, pequena narrativa, reflexão, etc.). O título será um dos seis nomes que marquei a negro. Quanto ao resto, o texto não tem sequer de fazer referência a O Velho e o Mar, deve apenas ter alguma relação com a palavra que escolheste para título.
Usa uma folha solta e escreve a tinta.
TPC — Vais ligar as orações 1-17 às orações A-Q. Depois de escolhida a correspondência, sublinha as conjunções ou locuções subordinativas e escreve ao lado das orações a sua classificação: subordinante / subordinada temporal / subordinada causal / subordinada concessiva / subordinada comparativa / subordinada consecutiva / subordinada final / subordinada integrante (ou completiva) / subordinada condicional.
Já sabemos que a oração subordinada é a que começa pela conjunção. Pode ser útil consultares o teu manual nas pp. 86-87.
1. Quando a modista me apresentou a conta...
2. Caso o seu filho tenha outra vez esta alergia...
3. O aldrabão do Vicente sabe falar alemão...
4. Achei a conferência tão aborrecida...
5. Para que, de manhã, ele se sinta bem disposto...
6. O sr. Ilídio tem de levar os documentos ao notário...
7. O alfaiate garantiu-me....
8. Devem internar o sr. Armando num manicómio...
9. Os próprios actores acham surpreendente...
10. Terá de haver restrições no consumo da água...
11. Se o automobilista não conduzisse àquela velocidade louca...
12. O incêndio no armazém durou mais tempo...
13. Ele pregava tantas partidas aos colegas...
14. Uma vez que o maestro adoecera...
15. Embora estivéssemos sentadas na última fila...
16. O polícia multou o meu tio...
17. A Juliana continua a sentir-se mal...
A. que acabou por ser expulso do colégio.
B. que me vim embora mais cedo.
C. como eu sei falar chinês.
D. viram-se obrigados a adiar o concerto.
E. que a comédia esteja a ter tamanho êxito.
F. precisa de dormir, pelo menos, nove horas.
G. do que os bombeiros, de início, calculavam.
H. facilmente teria evitado o atropelamento.
I. deve levá-lo ao médico especialista.
J. apesar de que o médico nada lhe encontrou.
K. ouviam-se perfeitamente os discursos.
L. eu quase desmaiei.
M. porque tinha estacionado o carro em lugar proibido.
N. que o fato fica pronto a tempo do casamento.
O. a fim de que as assinaturas sejam reconhecidas.
P. a não ser que chova nos próximos dias.
Q. antes que ele faça mais alguma tolice.
[frases tiradas de: Mendes Silva, Português Contemporâneo]
Cria agora tu oito períodos, cada um com uma oração subordinante e uma oração subordinada (devendo estar representadas as oito subordinadas que pus em cima: temporal, causal, final, comparativa, condicional, concessiva, consecutiva e integrante ou completiva). Vai escrevendo sob as orações a sua identificação (e sublinhando a conjunção). Procura fazer frases interessantes.
Soluções
Acção / Página e linha em que começaSantiago chega ao porto com a carcaça do peixe. / p. 92, l. 23
Vai subindo até à cabana (fazendo várias paragens). / p. 92, l. 29 ou 30
Chega à cabana. / p. 93, l. 17 ou 18
Manolin apercebe-se de que o velho já regressara. / p. 93, l. 24
Manolin vai ao Terraço, enquanto pescadoress vão vendo o esquife e admirando o esqueleto do espadarte. / p. 93, l. 29
Manolin aguarda que Santiago acorde, enquanto o observa. / p. 94, l. 26
Finalmente, Manolin e Santiago falam. / p. 95, l. 1
Rapaz informa o velho de que voltará a pescar com ele. / p. 95, l. 25
Manolin sai para ir buscar jornais, comida, remédios (vai a chorar). / p. 96, l. 27
Turistas apreciam a carcaça do espadarte, ficando a pensar que se tratava de um tubarão. / p. 97, l. 4
Velho sonha com os leões. / p. 97, l. 12
p. 92, l. 23
p. 92, l. 29 ou 30
p. 93, l. 17 ou 18
p. 93, l. 24
p. 93, l. 29
p. 94, l. 26
p. 95, l. 1
p. 95, l. 25
p. 96, l. 27
p. 97, l. 4
p. 97, l. 12
2.
desistia
muitas
era
confiança
derrotado
amigo
abandonaram
ensinou-o
tratou-o
amizade
lutou
o grande
pena
matar
pescar
venceu
confiança
reconheceram
exemplo
vida
3
quem / quem
que
vêem-no / vêm
distraem-se
4
tão / que / tão / que
embora
de tal maneira / que / embora
por que / quem
Cria agora tu oito períodos, cada um com uma oração subordinante e uma oração subordinada (devendo estar representadas as oito subordinadas que pus em cima: temporal, causal, final, comparativa, condicional, concessiva, consecutiva e integrante ou completiva). Vai escrevendo sob as orações a sua identificação (e sublinhando a conjunção). Procura fazer frases interessantes.
Soluções
Acção / Página e linha em que começaSantiago chega ao porto com a carcaça do peixe. / p. 92, l. 23
Vai subindo até à cabana (fazendo várias paragens). / p. 92, l. 29 ou 30
Chega à cabana. / p. 93, l. 17 ou 18
Manolin apercebe-se de que o velho já regressara. / p. 93, l. 24
Manolin vai ao Terraço, enquanto pescadoress vão vendo o esquife e admirando o esqueleto do espadarte. / p. 93, l. 29
Manolin aguarda que Santiago acorde, enquanto o observa. / p. 94, l. 26
Finalmente, Manolin e Santiago falam. / p. 95, l. 1
Rapaz informa o velho de que voltará a pescar com ele. / p. 95, l. 25
Manolin sai para ir buscar jornais, comida, remédios (vai a chorar). / p. 96, l. 27
Turistas apreciam a carcaça do espadarte, ficando a pensar que se tratava de um tubarão. / p. 97, l. 4
Velho sonha com os leões. / p. 97, l. 12
p. 92, l. 23
p. 92, l. 29 ou 30
p. 93, l. 17 ou 18
p. 93, l. 24
p. 93, l. 29
p. 94, l. 26
p. 95, l. 1
p. 95, l. 25
p. 96, l. 27
p. 97, l. 4
p. 97, l. 12
2.
desistia
muitas
era
confiança
derrotado
amigo
abandonaram
ensinou-o
tratou-o
amizade
lutou
o grande
pena
matar
pescar
venceu
confiança
reconheceram
exemplo
vida
3
quem / quem
que
vêem-no / vêm
distraem-se
4
tão / que / tão / que
embora
de tal maneira / que / embora
por que / quem
Aula 53-54
Vamos entrar em duas unidades ao mesmo tempo. Em vez de dedicarmos muitas aulas seguidas a uma única obra, iremos estudando, a pouco e pouco, ora Os Lusíadas, de Luís de Camões, ora o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, podendo, pelo meio, ver ainda outros textos.
Nesta aula, vamos procurar perceber a estrutura das duas obras e ver como nos são apresentadas no manual.
Preenche o quadro. (Entre parênteses rectos estão as páginas do manual que deves ir consultando ou apenas relancear.)
# / Auto da Barca do Inferno / Os Lusíadas
Autor / Gil Vicente / Luís de Camões
Datas de nascimento e morte / entre ___ e ___ -___ [p. 124] /____ [?]-____ [p. 221]
Data da obra / Houve um folheto em 1517. (E a peça representara-se nesse ano.) / Publicada no ano de ___. [p. 221]
Género (narrativo [incluindo épico], lírico, dramático) / É do género ____. [pp. 4-11, «cortinas»] / É do género ____. [p. 32]
Texto em prosa ou rimado /É texto _____ [p. 127] / É texto ____ [p. 226]
Estrofes (quanto ao número de versos) [p. 193] / As estrofes são _____, mas, dada a sequência das falas, pode não ficar evidente o agrupamento dos versos. [Na p. 129, vê-se bem.] / As estrofes (ou estâncias, como se costuma dizer no caso do poema épico) são ____. [p. 226]
Esquema rimático [p. 193] / a - b - __- __-__-__-__-__ [p. 129] / a - b - __- __-__-__-__-__ [p. 226]
Rima em cada estrofe [p. 193] / A rima é ___ e ___. / Nos seis primeiros versos a rima é ___; nos dois últimos é ___.
Sílabas métricas [p. 192] / Os versos têm _______ sílabas métricas. São, portanto, versos ____. / Os versos têm __ sílabas métricas. São, portanto, versos ___.
Divisão da obra (ou divisão usada no manual) / Como sabes, uma peça de teatro tem actos e cenas. No caso da Barca, há um único acto. Podemos fazer a divisão por ____ (que se definem pela entrada ou saída de alguma personagem). O manual adoptou essa arrumação (que não está explícita no texto original). / O poema épico está dividido em dez __ (cada um com, em média, umas cento e dez estâncias: o maior tem cento e cinquenta e seis estrofes; o mais curto, oitenta e sete). No manual, nem todos eles estão representados (apenas aparecem as estrofes obrigatórias). [p. 225]
Personagens em cada cena (não se considerando o Anjo, nem outras pequenas intervenções): Cena I: Diabo e Companheiro; Cena II: Diabo e _____, Cena III: Diabo e _____; Cena IV: Diabo e ____; Cena V: Diabo e ____; Cena VI: Diabo e _____; Cena VII: Diabo e Alcoviteira; Cena VIII: Diabo e _____; Cena IX: Diabo, ____ e Procurador; Cena X: Diabo e Enforcado; Cena XI: Diabo e Cavaleiros [pp. 127-169] / Nos poemas épicos há três partes que são de regra: proposição, _____ e narração. Nos Lusíadas há ainda, além destas partes, a dedicatória (feita ao rei, D. Sebastião). Na ___, apresenta-se o assunto do poema (o que o poeta se propõe tratar). Na Invocação, os poetas épicos invocam (pedem) a protecção (inspiradora) das Musas. A Narração, nas epopeias, começa com a acção já bastante avançada. Na estrofe 19 [p. 231], já estamos no Oceano ___. [p. 225]
Título / O título nem é bem de Gil Vicente. «Auto» significa peça de teatro. A «Barca» em causa serve para passar um rio em direcção ao ____. Os recém-falecidos candidatos à viagem vão-se apresentando perante o Diabo, arrais do barco. É claro que preferiam ir em outra barca, a que leva ao ____. [p. 126] / A palavra «Lusíadas» foi um neologismo criado por André de Resende (influenciado pelo nome de outra epopeia, «_____», que deriva de «Eneias»). «Lusíadas» significa _____. O objectivo de Os Lusíadas é glorificar os feitos dos Portugueses (tomando como foco principal a viagem de Vasco da Gama). [p. 223; 218]
Nas frases seguintes, substitui a expressão em itálico (que é introduzida por uma preposição) por um advérbio de modo em -mente. (Já agora: repara que quer a expressão em itálico quer o advérbio que puseste funcionam como complementos circunstanciais — modificadores — do verbo ou da frase.)
1. Por certo não ignoram a gravidade do comportamento da mesa.
2. Devem transportar com cuidado esse empadão de chocolate.
3. O homicídio do girassol foi cometido com premeditação.
4. A embaixatriz da Venezuela na Islândia veste-se com elegância.
5. O meu nascimento será transmitido em simultâneo nos três canais.
6. O chefe sorriu-lhes com desdém e comeu o iogurte.
7. O delicado sr. Brás é cauteloso em extremo.
Faz agora o mesmo a estas expressões com preposição — substitui-as por um advérbio de modo que aparecerá numa frase da tua lavra. Não quero frases amalucadas, como as minhas, mas também não quero frases banais, demasiado preguiçosas. Na coluna da direita escreverás — no feminino — os adjectivos de que derivam os advérbios de modo que foste usando.
Com frequência
Em resumo
Com efeito
De súbito
Com sinceridade
Com franqueza
De imediato / Comecem a fazer a ficha imediatamente, sem me perguntarem por que motivo está o exemplo a meio do quadro. / imediata
Segundo a lei
Sem preocupações
TPC — Como todos os anos, os CTT organizam um Concurso Epistolar. Vamos aproveitá-lo para o trabalho de casa.
Entregar-me-ão o vosso texto. Depois das minhas correcções, veremos se vale a pena enviarem-no para os CTT.
O assunto definido para este ano é o seguinte:
«Imagina que és um animal selvagem cujo habitat se encontra ameaçado pela poluição ambiental. Escreve uma carta a explicar o que as pessoas podem fazer para te ajudar a sobreviver.»
A composição deve ter entre 500 e 1000 palavras. (Para efeitos de tepecê, até me contento com menos palavras. Mas, já agora, conviria poderem depois concorrer.)
O prémio é de mil euros, em Certificados de Aforro.
Soluções
Datas de nascimento e morte
1460 a 70 - 1536
1524? - 1580
Data da obra
Houve um folheto em 1517. (E a peça representara-se nesse ano.)
Publicada no ano de 1572.
Género
É do género dramático.
É do género narrativo (épico).
Texto em prosa / rimado
É texto rimado.
É texto rimado.
Estrofes
As estrofes são oitavas, mas, dada a sequência das falas, pode não ficar evidente o agrupamento dos versos.
As estrofes (ou estâncias, como se costuma dizer no caso do poema épico) são oitavas.
Esquema rimático
a - b - b - a - a - c - c - a
a - b - a - b - a - b - c - c
Rima em cada estrofe
A rima é interpolada e emparelhada.
Nos seis primeiros versos a rima é cruzada; nos dois últimos é emparelhada.
Sílabas métricas
Os versos têm sete sílabas métricas. São, portanto, versos heptassílabos.
Os versos têm dez sílabas métricas. São, portanto, versos decassílabos.
Divisão da obra
Como sabes, uma peça de teatro tem actos e cenas. No caso da Barca, há um único acto. Podemos fazer a divisão por cenas (que se definem pela entrada ou saída de alguma personagem). O manual adoptou essa arrumação (que não está explícita no texto original).
O poema épico está dividido em dez cantos (cada um com, em média, umas cento e dez estâncias: o maior tem cento e cinquenta e seis estrofes; o mais curto, oitenta e sete).
No manual, nem todos eles estão representados (apenas aparecem as estrofes obrigatórias).
Personagens em cada cena (não se considerando o Anjo, nem outras pequenas intervenções):
Cena I: Diabo e Companheiro
Cena II: Diabo e Fidalgo
Cena III: Diabo e Onzeneiro
Cena IV: Diabo e Parvo
Cena V: Diabo e Sapateiro
Cena VI: Diabo e Frade
Cena VII: Diabo e Alcoviteira
Cena VIII: Diabo e Judeu
Cena IX: Diabo, Corregedor e Procurador
Cena X: Diabo e Enforcado
Cena XI: Diabo e Cavaleiros
Nos poemas épicos há três partes que são de regra: proposição, invocação e narração.
Nos Lusíadas há ainda, além destas partes, a dedicatória (feita ao rei, D. Sebastião).
Na Proposição, apresenta-se o assunto do poema (o que o poeta se propõe tratar). Na Invocação, os poetas épicos invocam (pedem) a protecção (inspiradora) das Musas. A Narração, nas epopeias, começa com a acção já bastante avançada. Na estrofe 19 [p. 231], já estamos no Oceano Índico.
Título
O título nem é bem de Gil Vicente. «Auto» significa peça de teatro. A «Barca» em causa serve para passar um rio em direcção ao Inferno. Os recém-falecidos candidatos à viagem vão-se apresentando perante o Diabo, arrais do barco. É claro que preferiam ir em outra barca, a que leva ao paraíso.
A palavra «Lusíadas» foi um neologismo criado por André de Resende (influenciado pelo nome de outra epopeia, «Eneida [Aeneades]», que deriva de «Eneias»). «Lusíadas» significa 'Portugueses'. O objectivo de Os Lusíadas é glorificar os feitos dos Portugueses (tomando como pretexto a viagem de Vasco da Gama).
1. Por certo não ignoram a gravidade do comportamento da mesa.
certamente
2. Devem transportar com cuidado esse empadão de chocolate.
cuidadosamente
3. O homicídio do girassol foi cometido com premeditação.
premeditadamente
4. A embaixatriz da Venezuela na Islândia veste-se com elegância.
elegantemente
5. O meu nascimento será transmitido em simultâneo nos três canais.
simultaneamente
6. O chefe sorriu-lhes com desdém e comeu o iogurte.
desdenhosamente
7. O delicado sr. Brás é cauteloso em extremo.
extremamente
Com frequência / frequentemente / frequente
Em resumo / resumidamente / resumida
Com efeito / efectivamente / efectiva
De súbito / subitamente / súbita
Com sinceridade / sinceramente / sincera
Com franqueza / francamente / franca
De imediato / imediatamente / imediata
Segundo a lei / legalmente / legal
Sem preocupações / despreocupadamente / despreocupada
Nesta aula, vamos procurar perceber a estrutura das duas obras e ver como nos são apresentadas no manual.
Preenche o quadro. (Entre parênteses rectos estão as páginas do manual que deves ir consultando ou apenas relancear.)
# / Auto da Barca do Inferno / Os Lusíadas
Autor / Gil Vicente / Luís de Camões
Datas de nascimento e morte / entre ___ e ___ -___ [p. 124] /____ [?]-____ [p. 221]
Data da obra / Houve um folheto em 1517. (E a peça representara-se nesse ano.) / Publicada no ano de ___. [p. 221]
Género (narrativo [incluindo épico], lírico, dramático) / É do género ____. [pp. 4-11, «cortinas»] / É do género ____. [p. 32]
Texto em prosa ou rimado /É texto _____ [p. 127] / É texto ____ [p. 226]
Estrofes (quanto ao número de versos) [p. 193] / As estrofes são _____, mas, dada a sequência das falas, pode não ficar evidente o agrupamento dos versos. [Na p. 129, vê-se bem.] / As estrofes (ou estâncias, como se costuma dizer no caso do poema épico) são ____. [p. 226]
Esquema rimático [p. 193] / a - b - __- __-__-__-__-__ [p. 129] / a - b - __- __-__-__-__-__ [p. 226]
Rima em cada estrofe [p. 193] / A rima é ___ e ___. / Nos seis primeiros versos a rima é ___; nos dois últimos é ___.
Sílabas métricas [p. 192] / Os versos têm _______ sílabas métricas. São, portanto, versos ____. / Os versos têm __ sílabas métricas. São, portanto, versos ___.
Divisão da obra (ou divisão usada no manual) / Como sabes, uma peça de teatro tem actos e cenas. No caso da Barca, há um único acto. Podemos fazer a divisão por ____ (que se definem pela entrada ou saída de alguma personagem). O manual adoptou essa arrumação (que não está explícita no texto original). / O poema épico está dividido em dez __ (cada um com, em média, umas cento e dez estâncias: o maior tem cento e cinquenta e seis estrofes; o mais curto, oitenta e sete). No manual, nem todos eles estão representados (apenas aparecem as estrofes obrigatórias). [p. 225]
Personagens em cada cena (não se considerando o Anjo, nem outras pequenas intervenções): Cena I: Diabo e Companheiro; Cena II: Diabo e _____, Cena III: Diabo e _____; Cena IV: Diabo e ____; Cena V: Diabo e ____; Cena VI: Diabo e _____; Cena VII: Diabo e Alcoviteira; Cena VIII: Diabo e _____; Cena IX: Diabo, ____ e Procurador; Cena X: Diabo e Enforcado; Cena XI: Diabo e Cavaleiros [pp. 127-169] / Nos poemas épicos há três partes que são de regra: proposição, _____ e narração. Nos Lusíadas há ainda, além destas partes, a dedicatória (feita ao rei, D. Sebastião). Na ___, apresenta-se o assunto do poema (o que o poeta se propõe tratar). Na Invocação, os poetas épicos invocam (pedem) a protecção (inspiradora) das Musas. A Narração, nas epopeias, começa com a acção já bastante avançada. Na estrofe 19 [p. 231], já estamos no Oceano ___. [p. 225]
Título / O título nem é bem de Gil Vicente. «Auto» significa peça de teatro. A «Barca» em causa serve para passar um rio em direcção ao ____. Os recém-falecidos candidatos à viagem vão-se apresentando perante o Diabo, arrais do barco. É claro que preferiam ir em outra barca, a que leva ao ____. [p. 126] / A palavra «Lusíadas» foi um neologismo criado por André de Resende (influenciado pelo nome de outra epopeia, «_____», que deriva de «Eneias»). «Lusíadas» significa _____. O objectivo de Os Lusíadas é glorificar os feitos dos Portugueses (tomando como foco principal a viagem de Vasco da Gama). [p. 223; 218]
Nas frases seguintes, substitui a expressão em itálico (que é introduzida por uma preposição) por um advérbio de modo em -mente. (Já agora: repara que quer a expressão em itálico quer o advérbio que puseste funcionam como complementos circunstanciais — modificadores — do verbo ou da frase.)
1. Por certo não ignoram a gravidade do comportamento da mesa.
2. Devem transportar com cuidado esse empadão de chocolate.
3. O homicídio do girassol foi cometido com premeditação.
4. A embaixatriz da Venezuela na Islândia veste-se com elegância.
5. O meu nascimento será transmitido em simultâneo nos três canais.
6. O chefe sorriu-lhes com desdém e comeu o iogurte.
7. O delicado sr. Brás é cauteloso em extremo.
Faz agora o mesmo a estas expressões com preposição — substitui-as por um advérbio de modo que aparecerá numa frase da tua lavra. Não quero frases amalucadas, como as minhas, mas também não quero frases banais, demasiado preguiçosas. Na coluna da direita escreverás — no feminino — os adjectivos de que derivam os advérbios de modo que foste usando.
Com frequência
Em resumo
Com efeito
De súbito
Com sinceridade
Com franqueza
De imediato / Comecem a fazer a ficha imediatamente, sem me perguntarem por que motivo está o exemplo a meio do quadro. / imediata
Segundo a lei
Sem preocupações
TPC — Como todos os anos, os CTT organizam um Concurso Epistolar. Vamos aproveitá-lo para o trabalho de casa.
Entregar-me-ão o vosso texto. Depois das minhas correcções, veremos se vale a pena enviarem-no para os CTT.
O assunto definido para este ano é o seguinte:
«Imagina que és um animal selvagem cujo habitat se encontra ameaçado pela poluição ambiental. Escreve uma carta a explicar o que as pessoas podem fazer para te ajudar a sobreviver.»
A composição deve ter entre 500 e 1000 palavras. (Para efeitos de tepecê, até me contento com menos palavras. Mas, já agora, conviria poderem depois concorrer.)
O prémio é de mil euros, em Certificados de Aforro.
Soluções
Datas de nascimento e morte
1460 a 70 - 1536
1524? - 1580
Data da obra
Houve um folheto em 1517. (E a peça representara-se nesse ano.)
Publicada no ano de 1572.
Género
É do género dramático.
É do género narrativo (épico).
Texto em prosa / rimado
É texto rimado.
É texto rimado.
Estrofes
As estrofes são oitavas, mas, dada a sequência das falas, pode não ficar evidente o agrupamento dos versos.
As estrofes (ou estâncias, como se costuma dizer no caso do poema épico) são oitavas.
Esquema rimático
a - b - b - a - a - c - c - a
a - b - a - b - a - b - c - c
Rima em cada estrofe
A rima é interpolada e emparelhada.
Nos seis primeiros versos a rima é cruzada; nos dois últimos é emparelhada.
Sílabas métricas
Os versos têm sete sílabas métricas. São, portanto, versos heptassílabos.
Os versos têm dez sílabas métricas. São, portanto, versos decassílabos.
Divisão da obra
Como sabes, uma peça de teatro tem actos e cenas. No caso da Barca, há um único acto. Podemos fazer a divisão por cenas (que se definem pela entrada ou saída de alguma personagem). O manual adoptou essa arrumação (que não está explícita no texto original).
O poema épico está dividido em dez cantos (cada um com, em média, umas cento e dez estâncias: o maior tem cento e cinquenta e seis estrofes; o mais curto, oitenta e sete).
No manual, nem todos eles estão representados (apenas aparecem as estrofes obrigatórias).
Personagens em cada cena (não se considerando o Anjo, nem outras pequenas intervenções):
Cena I: Diabo e Companheiro
Cena II: Diabo e Fidalgo
Cena III: Diabo e Onzeneiro
Cena IV: Diabo e Parvo
Cena V: Diabo e Sapateiro
Cena VI: Diabo e Frade
Cena VII: Diabo e Alcoviteira
Cena VIII: Diabo e Judeu
Cena IX: Diabo, Corregedor e Procurador
Cena X: Diabo e Enforcado
Cena XI: Diabo e Cavaleiros
Nos poemas épicos há três partes que são de regra: proposição, invocação e narração.
Nos Lusíadas há ainda, além destas partes, a dedicatória (feita ao rei, D. Sebastião).
Na Proposição, apresenta-se o assunto do poema (o que o poeta se propõe tratar). Na Invocação, os poetas épicos invocam (pedem) a protecção (inspiradora) das Musas. A Narração, nas epopeias, começa com a acção já bastante avançada. Na estrofe 19 [p. 231], já estamos no Oceano Índico.
Título
O título nem é bem de Gil Vicente. «Auto» significa peça de teatro. A «Barca» em causa serve para passar um rio em direcção ao Inferno. Os recém-falecidos candidatos à viagem vão-se apresentando perante o Diabo, arrais do barco. É claro que preferiam ir em outra barca, a que leva ao paraíso.
A palavra «Lusíadas» foi um neologismo criado por André de Resende (influenciado pelo nome de outra epopeia, «Eneida [Aeneades]», que deriva de «Eneias»). «Lusíadas» significa 'Portugueses'. O objectivo de Os Lusíadas é glorificar os feitos dos Portugueses (tomando como pretexto a viagem de Vasco da Gama).
1. Por certo não ignoram a gravidade do comportamento da mesa.
certamente
2. Devem transportar com cuidado esse empadão de chocolate.
cuidadosamente
3. O homicídio do girassol foi cometido com premeditação.
premeditadamente
4. A embaixatriz da Venezuela na Islândia veste-se com elegância.
elegantemente
5. O meu nascimento será transmitido em simultâneo nos três canais.
simultaneamente
6. O chefe sorriu-lhes com desdém e comeu o iogurte.
desdenhosamente
7. O delicado sr. Brás é cauteloso em extremo.
extremamente
Com frequência / frequentemente / frequente
Em resumo / resumidamente / resumida
Com efeito / efectivamente / efectiva
De súbito / subitamente / súbita
Com sinceridade / sinceramente / sincera
Com franqueza / francamente / franca
De imediato / imediatamente / imediata
Segundo a lei / legalmente / legal
Sem preocupações / despreocupadamente / despreocupada
Aula 55-56
Resolve esta pergunta (do exame nacional de 2005/2006, 2.ª chamada):
Completa as frases seguintes, fazendo a concordância entre o verbo indicado e o sujeito. Usa qualquer tempo e qualquer modo adequados ao contexto.
a) Só eu e a Maria ____ (responder) à questão.
b) Tanto o Miguel como o Joaquim ____ (assistir) ao jogo de futebol.
c) És tu quem ____ (costumar) fazer barulho nas aulas?
d) Matemática, Ciências, Línguas, tudo ___ (ser) interessante.
e) Nem o cansaço nem a dor ___ (fazer) a atleta desistir.
Responde a esta outra pergunta do mesmo exame. (Em aula já revimos bastante os tipos de frase. Esta pergunta trata de um assunto que ficámos de voltar a estudar, as formas de frase — afirmativa/negativa, activa/passiva. Não te esqueças que, se transformarmos uma frase activa em passiva, o sujeito da frase activa aparecerá como agente da passiva.)
Lê a seguinte frase:
O Mário e os irmãos devolveram ontem os livros requisitados à Biblioteca.
Assinala com um X o quadrado que corresponde à forma passiva da frase que leste:
£ Os livros requisitados à Biblioteca tinham-nos ontem devolvido o Mário e os irmãos.
£ Ontem, foram devolvidos pelo Mário e pelos irmãos os livros requisitados à Biblioteca.
£ Quem devolveu ontem os livros requisitados à Biblioteca foram o Mário e os irmãos.
£ A Biblioteca devolveu ao Mário e aos irmãos os livros que eles tinham requisitado ontem.
E responde ainda a esta pergunta:
Imagina que um amigo teu não conhece o significado das palavras listadas abaixo e resolve ir procurá-las num dicionário. Escreve à frente de cada uma delas, de acordo com o exemplo, a forma que ele deve procurar, para ficar elucidado.
limpos / limpo
reconstruíra /
eficácia /
projécteis /
aldeães /
continham-se /
dólares /
Na p. 126 do manual, lê o argumento do Auto da Barca do Inferno. Completa:
Segundo se depreende do primeiro parágrafo deste «argumento», o auto («de moralidade») foi uma encomenda feita a Gil Vicente pela ____. No auto, representa-se («se fegura») o momento em que, depois de expirarmos (morrermos), chegamos subitamente a um _____. Para passarmos o ______ que se nos depara, estão dois _____. Um leva ao _____ e tem como arrais um ____. O outro leva ao Inferno e a sua tripulação é constituída pelo ____ e pelo seu ______.
Já agora, é útil saberes que dois outros autos de Gil Vicente usam o mesmo pretexto (o desfile das personagens que, depois da morte, se apresentam na margem do rio que leva à outra vida): o Auto do Purgatório, de 1518, e o Auto da Glória, de 1519. A tradição refere as três obras como a «trilogia das Barcas», embora Gil Vicente tivesse concebido as três peças como unidades autónomas.
Na p. 141 do manual, o texto «Menipo atravessa o rio Letes na barca de Caronte», escrito pelo grego Luciano, aproveita o mesmo motivo. Em vários outros diálogos de Luciano, a visita ao mundo dos mortos é pretexto para uma sátira aos costumes da época (tal como vai acontecer no Auto da Barca do Inferno). Lê o texto e completa:
Neste diálogo entre _____, que é quem dirige a barca fúnebre, e ____, um filósofo cioso da sua liberdade, Caronte quer o _____ (o pagamento) que lhe é devido por ter ___ ___ à outra margem do rio dos mortos. Menipo a isso se ____. No final, intervém também ____ (na mitologia grega, deus do comércio, e que também acompanhava as almas dos defuntos aos Infernos), que explica a Caronte que ___.
Vamos ver uma passagem do filme O Sentido da Vida (The meaning of life), dos Monty Python. Depois, compararemos o trecho do filme e o Auto da Barca.
Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno / Monty Python, O Sentido da VidaHá um barqueiro (o ____), o que segue a tradição grega da passagem ao mundo dos mortos guiada por Caronte). / Morte é representada por uma _____.
Mortos chegam ao cais onde já está o Diabo. / A Morte (a Ceifeira) é que vai buscar os defuntos a uma ____.
Diabo é acolitado por um _____ e, nas imediações, está, junto a outra barca, uma espécie de oponente, o _____. / Ceifeira está sozinha.
Mortos vão-se apresentando à vez, em «desfile». São personagens-tipo (típicas de cada profissão, comportamento psicológico). / Mortos estão reunidos e são abordados em conjunto. Há pelo menos uma personagem-tipo, a do _____.
Diabo «convida» ironicamente os mortos a entrarem. / Ceifeira é mais _____.
Veremos que as personagens procuram argumentar (querem ir na outra barca ou até regressar à vida). / Personagens não se apercebem logo do objectivo da Ceifeira (depois ____ com relativa facilidade).
Meio de transporte será uma barca. / Meio de transporte: ____.
Maioria das personagens destina-se ao Inferno. / Personagens vão para ____.
Regressemos a Gil Vicente. Lê a «cena I», na p. 127, e vai usando a coluna cor de rosa para tirares dúvidas que possas ter quanto a significados. Transcreve as formas verbais que estejam no imperativo. A seu lado, na coluna do meio, escreve a mesma forma verbal em português moderno (se for diferente). Na coluna da direita, escreve o infinitivo.
Imperativo / Imperativo na grafia actual / Infinitivovenha [é o Presente do Conjuntivo mas funciona como ordem] / = / __
__ / __ / ir
__ / = ('estica') / __
despeja [duas vezes] / __ / __
__ / baixa / __
__ / __ / __
__ / = ('alivia') / __
__ / __ / __
__ / __ / __
__ /__ / __
As frases de tipo imperativo resultam de o Diabo estar a ____ ____ ao seu ajudante.
Muitas palavras usadas nesta cena são do léxico da náutica (e nem sei se algumas não se podem considerar da gíria dos marinheiros): «barca», «maré», «caro», {completa} ____, ____, ____, ____, ____, ____, ____, ____.
Repara na palavra «asinha» (v. 11). Lê a nota sobre ela na coluna rosa. Tendo em conta que «_____» é um seu sinónimo, a que classe de palavras pertencerá «asinha»? À classe dos ______. Propõe ainda outra palavra (e, desta vez, terminada em -mente) que seja também sinónima de «asinha»: _____. A palavra que escreveste formou-se a partir do feminino do adjectivo _____ (a que se acrescentou o sufixo ____).
Na nota 4, chama-se ainda a atenção para uma particularidade de «asinha», a de ser uma palavra em desuso, ou seja, um _____. Haverá no texto de Gil Vicente outras palavras ou expressões que hoje não usamos (_____, «má-hora»), que usamos com outro sentido («______» > embora) ou que escrevemos de forma diferente [{três exemplos}]: ____, ____, ____.
Os vv. 24-25 são já dirigidos a quem só entra na cena seguinte, o _____.
Resolve o ponto I de «Compreender é preciso...» (p. 127).
TPC — Escreve sobre o paraíso que gostavas de ter (e, depois, sobre o inferno a que, mais provavelmente, acederás). Primeiro, idealizarás um local com tudo o que, se pudesses escolher, terias perto de ti. A seguir, criarás o ambiente mais detestável que possas imaginar.
Deves usar verbos variados e, sobretudo, no Condicional («haveria», «estaria», «apareceria», etc. [se não dominas bem a flexão dos verbos, consulta as pp. 46-50 do Caderno de Actividades, e vê aí o «Futuro do perfeito (condicional)»]). Usa ainda algumas formas da Conjugação Perifrástica (cf. p. 89 do manual). Sublinha umas e outras.
Se eu fosse boa pessoa, chegaria a um verdadeiro paraíso. Logo haveria de ver {segue-se o teu texto durante umas dez a quinze linhas}
Como, na verdade, sou [um «sacana» da pior espécie / uma bela peste / mau como as cobras / pecador inveterado {escolher}], entraria num inferno. Iria encontrar {segue-se o texto, de novo com cerca de dez a quinze linhas}
Soluções
a) Só eu e a Maria respondemos à questão.
b) Tanto o Miguel como o Joaquim assistiram ao jogo de futebol.
c) És tu quem costuma fazer barulho nas aulas?
d) Matemática, Ciências, Línguas, tudo é uma seca.
e) Nem o cansaço nem a dor fizeram a atleta desistir.
Ontem, foram devolvidos pelo Mário e pelos irmãos os livros requisitados à Biblioteca.
limpos / limpo [adjectivo / masculino, singular]
reconstruíra / reconstruir [verbo / infinitivo]
eficácia / eficácia [substantivo abstracto / feminino porque só esse género]
projécteis / projéctil [substantivo / singular]
aldeães / aldeão [substantivo / singular]
continham-se / conter [verbo / infinitivo]
dólares / dólar [substantivo / singular]
Segundo se depreende do primeiro parágrafo deste «argumento», o auto («de moralidade») foi uma encomenda feita a Gil Vicente pela rainha Dona Leonor. No auto, representa-se («se fegura») o momento em que, depois de expirarmos (morrermos), chegamos subitamente a um cais (porto). Para passarmos o rio que se nos depara, estão dois batéis (duas barcas). Um leva ao Céu / Paraíso e tem como arrais um Anjo. O outro leva ao Inferno e a sua tripulação é constituída pelo Diabo e pelo seu Companheiro.
Na p. 141 do manual, o texto «Menipo atravessa o rio Letes na barca de Caronte», escrito pelo grego Luciano, aproveita o mesmo motivo. Em vários outros diálogos de Luciano, a visita ao mundo dos mortos é pretexto para uma sátira aos costumes da época (tal como vai acontecer no Auto da Barca do Inferno). Lê o texto e completa:
Neste diálogo Caronte, que é quem dirige a barca fúnebre, e Menipo, um filósofo cioso da sua liberdade, Caronte quer o óbulo (o pagamento) que lhe é devido por ter transportado Menipo à outra margem do rio dos mortos. Menipo a isso se nega. No final, intervém também Hermes (na mitologia grega, deus do comércio, e que também acompanhava as almas dos defuntos aos Infernos), que explica a Caronte que Menipo é famoso por ser totalmente livre e com nada se preocupar.
Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno / Monty Python, O Sentido da VidaHá um barqueiro (o Diabo), o que segue a tradição grega, da passagem ao mundo dos mortos guiada por Caronte). / A morte é representada por uma Ceifeira.
Mortos chegam ao cais onde já está o Diabo. / A Morte (a Ceifeira) é que vai buscar os defuntos a uma casa no campo.
Diabo é acolitado por um Companheiro e, nas imediações, está, junto a outra barca, uma espécie de oponente, o Anjo. / Ceifeira está sozinha.
Mortos vão-se apresentando à vez, em «desfile». São personagens-tipo (típicas de cada profissão, comportamento psicológico). / Mortos estão reunidos e são abordados em conjunto. Há pelo menos uma personagem-tipo, a do americano.
Diabo «convida» ironicamente os mortos a entrarem. / Ceifeira é mais seca.
Veremos que as personagens procuram argumentar (querem ir na outra barca ou até regressar à vida). / Personagens não se apercebem logo do objectivo da Ceifeira (depois cedem com relativa facilidade).
Meio de transporte será uma barca. / Meio de transporte: carros
Maioria das personagens destina-se ao Inferno. / Personagens vão para o Paraíso.
Imperativo / Imperativo na grafia actual / Infinitivo
venha / = / vir
vai / = / ir
atesa / = ('estica') / atesar
despeja / = / despejar
abaxa / baixa / baixar
faze / faz / fazer
alija / = ('alivia') / alijar
caça / = / caçar
iça / = / içar
põe / = / pôr
As frases de tipo imperativo resultam de o Diabo estar a dar ordens ao seu ajudante.
Muitas palavras usadas nesta cena são do léxico da náutica (e nem sei se algumas não se podem considerar da gíria dos marinheiros): «barca», «maré», «caro», «ré», «palanco», «leito», «poja», «driça», «caravela», «iça», «verga alta», «âncora a pique».
Repara na palavra «asinha» (v. 11). Lê a nota sobre ela na coluna rosa. Tendo em conta que «depressa» é um seu sinónimo, a que classe de palavras pertencerá «asinha»? À classe dos advérbios. Propõe ainda outra palavra (e, desta vez, terminada em -mente) que seja também sinónima de «asinha»: «rapidamente» («imediatamente»). A palavra que escreveste formou-se a partir do feminino do adjectivo «rápido» («imediato») (a que se acrescentou o sufixo mente).
Na nota 4, chama-se ainda a atenção para uma particularidade de «asinha», a de ser uma palavra em desuso, ou seja, um arcaísmo. Haverá no texto de Gil Vicente outras palavras ou expressões que hoje não usamos («muitieramá», «sus», «má-hora»), que usamos com outro sentido («em boa hora» > embora) ou que escrevemos de forma diferente: «vinrá», «Berzebu», «cousa», «abaxa», etc.
Os vv. 24-25 são já dirigidos a quem só entra na cena seguinte, o Fidalgo.
1. pressa e entusiasmo
2. executa as ordens proferindo berros
3. a verosimilhança da peça
4. terá poucos passageiros
5. realiza-se pela linguagem (fundamentalmente), também pela situação talvez
6. nas expressões em conjunto (mas com relevo para «'precioso' Dom Anrique'»)
Aula 57-58
Responde a esta pergunta do exame nacional de 2005-2006, 2.ª chamada.
Reescreve cada uma das duas frases seguintes, substituindo por pronomes pessoais os complementos indicados em cada caso e procedendo às alterações necessárias.
1. Complemento directo do verbo sublinhado:
O António pediu aos amigos que o fossem visitar.
_________
2. Complemento indirecto do verbo sublinhado:
Devolvi-o à funcionária de serviço.
__________
Responde a esta pergunta do exame nacional de 2004-2005, 1.ª chamada:
Classifica as palavras do quadro seguinte, quanto ao processo de formação, assinalando com um X o rectângulo correspondente.
Derivadas por sufixação / Derivadas por prefixação / Derivadas por sufixação e prefixação / Compostas por aglutinação / Compostas por justaposiçãomagrinho
incómodo
arranha-céus
frontalmente
cabisbaixo
indiscretamente
Ouviremos agora a parte do Auto da Barca do Inferno relativa ao Fidalgo.
Ouvida a parte do Auto da Barca do Inferno relativa ao Fidalgo, responde, assinalando a alínea correcta.
Nesta parte do auto, percebemos que estão em cena
a) Anjo, Fidalgo, Diabo, Pajem do Fidalgo.
b) Fidalgo, Diabo, Companheiro.
c) Fidalgo, Diabo.
d) Anjo, Fidalgo, Diabo.
Têm intervenções — com falas — as personagens
a) Anjo, Fidalgo, Diabo, Pajem do Fidalgo.
b) Fidalgo, Diabo, Companheiro.
c) Fidalgo, Diabo.
d) Anjo, Fidalgo, Diabo.
Em cena, o Fidalgo apresenta-se
a) primeiro, ao Diabo; depois, ao Anjo; a seguir, regressa ao Diabo e vai de novo ao Anjo.
b) primeiro, ao Anjo; depois, ao Diabo; a seguir, regressa à vida; por fim, vai ao Diabo.
c) primeiro, ao Anjo; depois, vai ao Diabo.
d) primeiro, ao Diabo; depois, vai ao Anjo; a seguir, regressa ao Diabo.
Inquirido sobre o destino do batel, o Diabo respondeu que ia
a) para a ilha perdida.
b) para o raio que o partisse.
c) para o infernal território.
d) para a glória (isto é, para o paraíso).
A certa altura, há uma confusão de género, pois que o
a) Fidalgo confunde o Anjo com uma senhora.
b) Fidalgo confunde o Diabo com uma senhora.
c) Diabo confunde o Fidalgo com uma senhora.
d) Anjo confunde o Fidalgo com uma senhora.
O Fidalgo acredita que é útil para a sua passagem ao céu
a) ter quem reze por ele.
b) não ter quem reze por ele.
c) ter dinheiro no banco.
d) ter praticado o bem em vida.
Uma primeira reacção do Anjo quando aparece o Fidalgo é dizer-lhe que não se embarca
a) nobreza (não se embarcam nobres) naquele batel.
b) tirania (não se embarcam tiranos) naquele batel.
c) presunção (não se embarcam benfiquistas) naquele batel.
d) vaidade (não se embarcam vaidosos) naquele batel.
Ao apresentar-se ao Anjo, o Fidalgo alega em sua defesa
a) ser, no fundo, uma boa pessoa (mostrando-se arrependido).
b) ser muito católico (tendo até acolitado padres).
c) ser humilde.
d) ser fidalgo de solar (de boa linhagem, portanto)
Um dos argumentos do anjo é irónico:
a) o outro batel é mais rápido.
b) o outro batel é mais bem frequentado.
c) o outro batel é mais espaçoso.
d) o outro batel vai para local mais aprazível.
No final da sua fala, o Anjo
a) é ainda mais irónico.
b) está quase a permitir a entrada do Fidalgo.
c) é severo na apreciação da vida do Fidalgo.
d) parece ter pena da situação em que se encontra o Fidalgo.
Quem canta durante quatro versos é
a) o Anjo.
b) o Fidalgo.
c) o Diabo.
d) o Companheiro.
O Diabo trata o Fidalgo
a) na 2.ª pessoa do singular («tu»).
b) na 2.ª pessoa do plural («vós»).
c) na 3.ª pessoa do singular («você»).
d) na 2.ª pessoa do plural («vós»), sobretudo, mas por também por «tu».
A cadeira do Fidalgo
a) acaba por entrar na barca, transportada pelo pajem do Fidalgo.
b) não entra na barca, até porque já estivera em igrejas.
c) entra na barca, mas transportada pelo Fidalgo.
d) entra na barca, levado pelo companheiro do Diabo.
O pai do Fidalgo
a) já tinha igualmente entrado na barca do Inferno.
b) já tinha igualmente entrado na barca da Glória.
c) tinha entrado, ao contrário do filho, na barca da Glória.
d) ainda não morrera.
A «dama querida» do Fidalgo
a) logo o traíra, enquanto ele ainda morria (o que o próprio Fidalgo sabe).
b) logo o traíra, enquanto ele ainda morria (ao contrário do que julga o Fidalgo).
c) queria-se matar por amor a ele (segundo diz o Diabo).
d) queria-se matar por amor a ele (segundo diz o Anjo).
Nas pp. 129-130, dá agora um relance ao texto que estivemos a ouvir. Vê também os esquemas na p. 131.
Responde aos seguintes pontos da p. 133 (a resposta ao ponto 1 não se encontra no texto — é para dares a explicação que te pareça mais provável):
1.
2.
Na p. 134, em «Aplicar a gramática», resolve o ponto 1:
Arcaísmos // Formas actuais // Arcaísmos // Formas actuais
esperar-me-ês (v. 130) // ___ // leixês (v. 81) // ___
havês (v. 60) // ___ // mano (v. 112) // ___
is (v. 68) // ___ // veniredes (v. 112) // ___
irês (v. 100) // ___ // vinrá (v. 167) // ___
E os pontos...
3.1.
3.2.
4.1.
4.1.1.
Resolve as palavras cruzadas (A e B) na p. 91 do manual, sobre conjunções.
TPC — Vai lendo a cena relativa ao Onzeneiro, na p. 139 do manual. Para tirares dúvidas sobre as palavras mais difíceis, usa a coluna cor de rosa. Escreve uma versão em prosa e em português moderno desta cena.
O teu texto contemplará o sentido das falas do original (eventualmente, acrescentando pormenores da tua lavra), mas, como acontece na maioria dos textos narrativos em prosa, terá partes assumidas pelo narrador e apresentará os diálogos conforme se costuma fazer quando, num texto em prosa, usamos discurso directo ou discurso indirecto.
O narrador será participante (homodiegético), correspondendo à personagem Diabo. Usarás a 1.ª pessoa, portanto.
Soluções
O António pediu-o aos amigos
Devolvi-lho
magrinho DS
incómodo DP
arranha-céus CJ
frontalmente DS
cabisbaixo CA
indiscretamente DSP
Nesta parte do auto, percebemos que estão em cena
a) Anjo, Fidalgo, Diabo, Pajem do Fidalgo.
Têm intervenções — com falas — as personagens
d) Anjo, Fidalgo, Diabo.
Em cena, o Fidalgo apresenta-se
d) primeiro, ao Diabo; depois, vai ao Anjo; a seguir, regressa ao Diabo.
Inquirido sobre o destino do batel, o Diabo respondeu que ia
a) para a ilha perdida.
A certa altura, há uma confusão de género, pois que o
b) Fidalgo confunde o Diabo com uma senhora.
O Fidalgo acredita que é útil para a sua passagem ao céu
a) ter quem reze por ele.
Uma primeira reacção do Anjo quando aparece o Fidalgo é dizer-lhe que não se embarca
b) tirania (não se embarcam tiranos) naquele batel.
Ao apresentar-se ao Anjo, o Fidalgo alega em sua defesa
d) ser fidalgo de solar (de boa linhagem, portanto)
Um dos argumentos do anjo é irónico:
c) o outro batel é mais espaçoso.
No final da sua fala, o Anjo
c) é severo na apreciação da vida do Fidalgo.
Quem canta durante quatro versos é
c) o Diabo.
O Diabo trata o Fidalgo
d) na 2.ª pessoa do plural («vós»), sobretudo, mas por também por «tu».
A cadeira do Fidalgo
b) não entra na barca, até porque já estivera em igrejas.
O pai do Fidalgo
a) já tinha igualmente entrado na barca do Inferno.
A «dama querida» do Fidalgo
b) logo o traíra, enquanto ele ainda morria (ao contrário do que julga o Fidalgo).
1. O Fidalgo representa o poder, a classe social mais destacada.
2. Além do pajem, que o acompanha, o Fidalgo apresenta-se com uma cadeira e com um. manto.
Arcaísmos / Formas actuais
leixês / deixeis
esperar-me-ês / esperar-me-eis
mano / mão
havês / haveis
is / ides
veniredes / vireis
irês / ireis
vinra / virá
E os pontos...
3.1. [o] rio = substantivo / [eu] rio = verbo
3.2. Homónimas. (Em termos históricos: convergentes).
4.1. Palavra composta por aglutinação
4.1.1. «Girassol» é composta por justaposição. As outras palavras são compostas por aglutinação. Em «girassol» não houve perda de silábas, nem do padrão fonético e prosódico das duas palavras primitivas.
Resolve esta pergunta (do exame nacional de 2005/2006, 2.ª chamada):
Completa as frases seguintes, fazendo a concordância entre o verbo indicado e o sujeito. Usa qualquer tempo e qualquer modo adequados ao contexto.
a) Só eu e a Maria ____ (responder) à questão.
b) Tanto o Miguel como o Joaquim ____ (assistir) ao jogo de futebol.
c) És tu quem ____ (costumar) fazer barulho nas aulas?
d) Matemática, Ciências, Línguas, tudo ___ (ser) interessante.
e) Nem o cansaço nem a dor ___ (fazer) a atleta desistir.
Responde a esta outra pergunta do mesmo exame. (Em aula já revimos bastante os tipos de frase. Esta pergunta trata de um assunto que ficámos de voltar a estudar, as formas de frase — afirmativa/negativa, activa/passiva. Não te esqueças que, se transformarmos uma frase activa em passiva, o sujeito da frase activa aparecerá como agente da passiva.)
Lê a seguinte frase:
O Mário e os irmãos devolveram ontem os livros requisitados à Biblioteca.
Assinala com um X o quadrado que corresponde à forma passiva da frase que leste:
£ Os livros requisitados à Biblioteca tinham-nos ontem devolvido o Mário e os irmãos.
£ Ontem, foram devolvidos pelo Mário e pelos irmãos os livros requisitados à Biblioteca.
£ Quem devolveu ontem os livros requisitados à Biblioteca foram o Mário e os irmãos.
£ A Biblioteca devolveu ao Mário e aos irmãos os livros que eles tinham requisitado ontem.
E responde ainda a esta pergunta:
Imagina que um amigo teu não conhece o significado das palavras listadas abaixo e resolve ir procurá-las num dicionário. Escreve à frente de cada uma delas, de acordo com o exemplo, a forma que ele deve procurar, para ficar elucidado.
limpos / limpo
reconstruíra /
eficácia /
projécteis /
aldeães /
continham-se /
dólares /
Na p. 126 do manual, lê o argumento do Auto da Barca do Inferno. Completa:
Segundo se depreende do primeiro parágrafo deste «argumento», o auto («de moralidade») foi uma encomenda feita a Gil Vicente pela ____. No auto, representa-se («se fegura») o momento em que, depois de expirarmos (morrermos), chegamos subitamente a um _____. Para passarmos o ______ que se nos depara, estão dois _____. Um leva ao _____ e tem como arrais um ____. O outro leva ao Inferno e a sua tripulação é constituída pelo ____ e pelo seu ______.
Já agora, é útil saberes que dois outros autos de Gil Vicente usam o mesmo pretexto (o desfile das personagens que, depois da morte, se apresentam na margem do rio que leva à outra vida): o Auto do Purgatório, de 1518, e o Auto da Glória, de 1519. A tradição refere as três obras como a «trilogia das Barcas», embora Gil Vicente tivesse concebido as três peças como unidades autónomas.
Na p. 141 do manual, o texto «Menipo atravessa o rio Letes na barca de Caronte», escrito pelo grego Luciano, aproveita o mesmo motivo. Em vários outros diálogos de Luciano, a visita ao mundo dos mortos é pretexto para uma sátira aos costumes da época (tal como vai acontecer no Auto da Barca do Inferno). Lê o texto e completa:
Neste diálogo entre _____, que é quem dirige a barca fúnebre, e ____, um filósofo cioso da sua liberdade, Caronte quer o _____ (o pagamento) que lhe é devido por ter ___ ___ à outra margem do rio dos mortos. Menipo a isso se ____. No final, intervém também ____ (na mitologia grega, deus do comércio, e que também acompanhava as almas dos defuntos aos Infernos), que explica a Caronte que ___.
Vamos ver uma passagem do filme O Sentido da Vida (The meaning of life), dos Monty Python. Depois, compararemos o trecho do filme e o Auto da Barca.
Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno / Monty Python, O Sentido da VidaHá um barqueiro (o ____), o que segue a tradição grega da passagem ao mundo dos mortos guiada por Caronte). / Morte é representada por uma _____.
Mortos chegam ao cais onde já está o Diabo. / A Morte (a Ceifeira) é que vai buscar os defuntos a uma ____.
Diabo é acolitado por um _____ e, nas imediações, está, junto a outra barca, uma espécie de oponente, o _____. / Ceifeira está sozinha.
Mortos vão-se apresentando à vez, em «desfile». São personagens-tipo (típicas de cada profissão, comportamento psicológico). / Mortos estão reunidos e são abordados em conjunto. Há pelo menos uma personagem-tipo, a do _____.
Diabo «convida» ironicamente os mortos a entrarem. / Ceifeira é mais _____.
Veremos que as personagens procuram argumentar (querem ir na outra barca ou até regressar à vida). / Personagens não se apercebem logo do objectivo da Ceifeira (depois ____ com relativa facilidade).
Meio de transporte será uma barca. / Meio de transporte: ____.
Maioria das personagens destina-se ao Inferno. / Personagens vão para ____.
Regressemos a Gil Vicente. Lê a «cena I», na p. 127, e vai usando a coluna cor de rosa para tirares dúvidas que possas ter quanto a significados. Transcreve as formas verbais que estejam no imperativo. A seu lado, na coluna do meio, escreve a mesma forma verbal em português moderno (se for diferente). Na coluna da direita, escreve o infinitivo.
Imperativo / Imperativo na grafia actual / Infinitivovenha [é o Presente do Conjuntivo mas funciona como ordem] / = / __
__ / __ / ir
__ / = ('estica') / __
despeja [duas vezes] / __ / __
__ / baixa / __
__ / __ / __
__ / = ('alivia') / __
__ / __ / __
__ / __ / __
__ /__ / __
As frases de tipo imperativo resultam de o Diabo estar a ____ ____ ao seu ajudante.
Muitas palavras usadas nesta cena são do léxico da náutica (e nem sei se algumas não se podem considerar da gíria dos marinheiros): «barca», «maré», «caro», {completa} ____, ____, ____, ____, ____, ____, ____, ____.
Repara na palavra «asinha» (v. 11). Lê a nota sobre ela na coluna rosa. Tendo em conta que «_____» é um seu sinónimo, a que classe de palavras pertencerá «asinha»? À classe dos ______. Propõe ainda outra palavra (e, desta vez, terminada em -mente) que seja também sinónima de «asinha»: _____. A palavra que escreveste formou-se a partir do feminino do adjectivo _____ (a que se acrescentou o sufixo ____).
Na nota 4, chama-se ainda a atenção para uma particularidade de «asinha», a de ser uma palavra em desuso, ou seja, um _____. Haverá no texto de Gil Vicente outras palavras ou expressões que hoje não usamos (_____, «má-hora»), que usamos com outro sentido («______» > embora) ou que escrevemos de forma diferente [{três exemplos}]: ____, ____, ____.
Os vv. 24-25 são já dirigidos a quem só entra na cena seguinte, o _____.
Resolve o ponto I de «Compreender é preciso...» (p. 127).
TPC — Escreve sobre o paraíso que gostavas de ter (e, depois, sobre o inferno a que, mais provavelmente, acederás). Primeiro, idealizarás um local com tudo o que, se pudesses escolher, terias perto de ti. A seguir, criarás o ambiente mais detestável que possas imaginar.
Deves usar verbos variados e, sobretudo, no Condicional («haveria», «estaria», «apareceria», etc. [se não dominas bem a flexão dos verbos, consulta as pp. 46-50 do Caderno de Actividades, e vê aí o «Futuro do perfeito (condicional)»]). Usa ainda algumas formas da Conjugação Perifrástica (cf. p. 89 do manual). Sublinha umas e outras.
Se eu fosse boa pessoa, chegaria a um verdadeiro paraíso. Logo haveria de ver {segue-se o teu texto durante umas dez a quinze linhas}
Como, na verdade, sou [um «sacana» da pior espécie / uma bela peste / mau como as cobras / pecador inveterado {escolher}], entraria num inferno. Iria encontrar {segue-se o texto, de novo com cerca de dez a quinze linhas}
Soluções
a) Só eu e a Maria respondemos à questão.
b) Tanto o Miguel como o Joaquim assistiram ao jogo de futebol.
c) És tu quem costuma fazer barulho nas aulas?
d) Matemática, Ciências, Línguas, tudo é uma seca.
e) Nem o cansaço nem a dor fizeram a atleta desistir.
Ontem, foram devolvidos pelo Mário e pelos irmãos os livros requisitados à Biblioteca.
limpos / limpo [adjectivo / masculino, singular]
reconstruíra / reconstruir [verbo / infinitivo]
eficácia / eficácia [substantivo abstracto / feminino porque só esse género]
projécteis / projéctil [substantivo / singular]
aldeães / aldeão [substantivo / singular]
continham-se / conter [verbo / infinitivo]
dólares / dólar [substantivo / singular]
Segundo se depreende do primeiro parágrafo deste «argumento», o auto («de moralidade») foi uma encomenda feita a Gil Vicente pela rainha Dona Leonor. No auto, representa-se («se fegura») o momento em que, depois de expirarmos (morrermos), chegamos subitamente a um cais (porto). Para passarmos o rio que se nos depara, estão dois batéis (duas barcas). Um leva ao Céu / Paraíso e tem como arrais um Anjo. O outro leva ao Inferno e a sua tripulação é constituída pelo Diabo e pelo seu Companheiro.
Na p. 141 do manual, o texto «Menipo atravessa o rio Letes na barca de Caronte», escrito pelo grego Luciano, aproveita o mesmo motivo. Em vários outros diálogos de Luciano, a visita ao mundo dos mortos é pretexto para uma sátira aos costumes da época (tal como vai acontecer no Auto da Barca do Inferno). Lê o texto e completa:
Neste diálogo Caronte, que é quem dirige a barca fúnebre, e Menipo, um filósofo cioso da sua liberdade, Caronte quer o óbulo (o pagamento) que lhe é devido por ter transportado Menipo à outra margem do rio dos mortos. Menipo a isso se nega. No final, intervém também Hermes (na mitologia grega, deus do comércio, e que também acompanhava as almas dos defuntos aos Infernos), que explica a Caronte que Menipo é famoso por ser totalmente livre e com nada se preocupar.
Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno / Monty Python, O Sentido da VidaHá um barqueiro (o Diabo), o que segue a tradição grega, da passagem ao mundo dos mortos guiada por Caronte). / A morte é representada por uma Ceifeira.
Mortos chegam ao cais onde já está o Diabo. / A Morte (a Ceifeira) é que vai buscar os defuntos a uma casa no campo.
Diabo é acolitado por um Companheiro e, nas imediações, está, junto a outra barca, uma espécie de oponente, o Anjo. / Ceifeira está sozinha.
Mortos vão-se apresentando à vez, em «desfile». São personagens-tipo (típicas de cada profissão, comportamento psicológico). / Mortos estão reunidos e são abordados em conjunto. Há pelo menos uma personagem-tipo, a do americano.
Diabo «convida» ironicamente os mortos a entrarem. / Ceifeira é mais seca.
Veremos que as personagens procuram argumentar (querem ir na outra barca ou até regressar à vida). / Personagens não se apercebem logo do objectivo da Ceifeira (depois cedem com relativa facilidade).
Meio de transporte será uma barca. / Meio de transporte: carros
Maioria das personagens destina-se ao Inferno. / Personagens vão para o Paraíso.
Imperativo / Imperativo na grafia actual / Infinitivo
venha / = / vir
vai / = / ir
atesa / = ('estica') / atesar
despeja / = / despejar
abaxa / baixa / baixar
faze / faz / fazer
alija / = ('alivia') / alijar
caça / = / caçar
iça / = / içar
põe / = / pôr
As frases de tipo imperativo resultam de o Diabo estar a dar ordens ao seu ajudante.
Muitas palavras usadas nesta cena são do léxico da náutica (e nem sei se algumas não se podem considerar da gíria dos marinheiros): «barca», «maré», «caro», «ré», «palanco», «leito», «poja», «driça», «caravela», «iça», «verga alta», «âncora a pique».
Repara na palavra «asinha» (v. 11). Lê a nota sobre ela na coluna rosa. Tendo em conta que «depressa» é um seu sinónimo, a que classe de palavras pertencerá «asinha»? À classe dos advérbios. Propõe ainda outra palavra (e, desta vez, terminada em -mente) que seja também sinónima de «asinha»: «rapidamente» («imediatamente»). A palavra que escreveste formou-se a partir do feminino do adjectivo «rápido» («imediato») (a que se acrescentou o sufixo mente).
Na nota 4, chama-se ainda a atenção para uma particularidade de «asinha», a de ser uma palavra em desuso, ou seja, um arcaísmo. Haverá no texto de Gil Vicente outras palavras ou expressões que hoje não usamos («muitieramá», «sus», «má-hora»), que usamos com outro sentido («em boa hora» > embora) ou que escrevemos de forma diferente: «vinrá», «Berzebu», «cousa», «abaxa», etc.
Os vv. 24-25 são já dirigidos a quem só entra na cena seguinte, o Fidalgo.
1. pressa e entusiasmo
2. executa as ordens proferindo berros
3. a verosimilhança da peça
4. terá poucos passageiros
5. realiza-se pela linguagem (fundamentalmente), também pela situação talvez
6. nas expressões em conjunto (mas com relevo para «'precioso' Dom Anrique'»)
Aula 57-58
Responde a esta pergunta do exame nacional de 2005-2006, 2.ª chamada.
Reescreve cada uma das duas frases seguintes, substituindo por pronomes pessoais os complementos indicados em cada caso e procedendo às alterações necessárias.
1. Complemento directo do verbo sublinhado:
O António pediu aos amigos que o fossem visitar.
_________
2. Complemento indirecto do verbo sublinhado:
Devolvi-o à funcionária de serviço.
__________
Responde a esta pergunta do exame nacional de 2004-2005, 1.ª chamada:
Classifica as palavras do quadro seguinte, quanto ao processo de formação, assinalando com um X o rectângulo correspondente.
Derivadas por sufixação / Derivadas por prefixação / Derivadas por sufixação e prefixação / Compostas por aglutinação / Compostas por justaposiçãomagrinho
incómodo
arranha-céus
frontalmente
cabisbaixo
indiscretamente
Ouviremos agora a parte do Auto da Barca do Inferno relativa ao Fidalgo.
Ouvida a parte do Auto da Barca do Inferno relativa ao Fidalgo, responde, assinalando a alínea correcta.
Nesta parte do auto, percebemos que estão em cena
a) Anjo, Fidalgo, Diabo, Pajem do Fidalgo.
b) Fidalgo, Diabo, Companheiro.
c) Fidalgo, Diabo.
d) Anjo, Fidalgo, Diabo.
Têm intervenções — com falas — as personagens
a) Anjo, Fidalgo, Diabo, Pajem do Fidalgo.
b) Fidalgo, Diabo, Companheiro.
c) Fidalgo, Diabo.
d) Anjo, Fidalgo, Diabo.
Em cena, o Fidalgo apresenta-se
a) primeiro, ao Diabo; depois, ao Anjo; a seguir, regressa ao Diabo e vai de novo ao Anjo.
b) primeiro, ao Anjo; depois, ao Diabo; a seguir, regressa à vida; por fim, vai ao Diabo.
c) primeiro, ao Anjo; depois, vai ao Diabo.
d) primeiro, ao Diabo; depois, vai ao Anjo; a seguir, regressa ao Diabo.
Inquirido sobre o destino do batel, o Diabo respondeu que ia
a) para a ilha perdida.
b) para o raio que o partisse.
c) para o infernal território.
d) para a glória (isto é, para o paraíso).
A certa altura, há uma confusão de género, pois que o
a) Fidalgo confunde o Anjo com uma senhora.
b) Fidalgo confunde o Diabo com uma senhora.
c) Diabo confunde o Fidalgo com uma senhora.
d) Anjo confunde o Fidalgo com uma senhora.
O Fidalgo acredita que é útil para a sua passagem ao céu
a) ter quem reze por ele.
b) não ter quem reze por ele.
c) ter dinheiro no banco.
d) ter praticado o bem em vida.
Uma primeira reacção do Anjo quando aparece o Fidalgo é dizer-lhe que não se embarca
a) nobreza (não se embarcam nobres) naquele batel.
b) tirania (não se embarcam tiranos) naquele batel.
c) presunção (não se embarcam benfiquistas) naquele batel.
d) vaidade (não se embarcam vaidosos) naquele batel.
Ao apresentar-se ao Anjo, o Fidalgo alega em sua defesa
a) ser, no fundo, uma boa pessoa (mostrando-se arrependido).
b) ser muito católico (tendo até acolitado padres).
c) ser humilde.
d) ser fidalgo de solar (de boa linhagem, portanto)
Um dos argumentos do anjo é irónico:
a) o outro batel é mais rápido.
b) o outro batel é mais bem frequentado.
c) o outro batel é mais espaçoso.
d) o outro batel vai para local mais aprazível.
No final da sua fala, o Anjo
a) é ainda mais irónico.
b) está quase a permitir a entrada do Fidalgo.
c) é severo na apreciação da vida do Fidalgo.
d) parece ter pena da situação em que se encontra o Fidalgo.
Quem canta durante quatro versos é
a) o Anjo.
b) o Fidalgo.
c) o Diabo.
d) o Companheiro.
O Diabo trata o Fidalgo
a) na 2.ª pessoa do singular («tu»).
b) na 2.ª pessoa do plural («vós»).
c) na 3.ª pessoa do singular («você»).
d) na 2.ª pessoa do plural («vós»), sobretudo, mas por também por «tu».
A cadeira do Fidalgo
a) acaba por entrar na barca, transportada pelo pajem do Fidalgo.
b) não entra na barca, até porque já estivera em igrejas.
c) entra na barca, mas transportada pelo Fidalgo.
d) entra na barca, levado pelo companheiro do Diabo.
O pai do Fidalgo
a) já tinha igualmente entrado na barca do Inferno.
b) já tinha igualmente entrado na barca da Glória.
c) tinha entrado, ao contrário do filho, na barca da Glória.
d) ainda não morrera.
A «dama querida» do Fidalgo
a) logo o traíra, enquanto ele ainda morria (o que o próprio Fidalgo sabe).
b) logo o traíra, enquanto ele ainda morria (ao contrário do que julga o Fidalgo).
c) queria-se matar por amor a ele (segundo diz o Diabo).
d) queria-se matar por amor a ele (segundo diz o Anjo).
Nas pp. 129-130, dá agora um relance ao texto que estivemos a ouvir. Vê também os esquemas na p. 131.
Responde aos seguintes pontos da p. 133 (a resposta ao ponto 1 não se encontra no texto — é para dares a explicação que te pareça mais provável):
1.
2.
Na p. 134, em «Aplicar a gramática», resolve o ponto 1:
Arcaísmos // Formas actuais // Arcaísmos // Formas actuais
esperar-me-ês (v. 130) // ___ // leixês (v. 81) // ___
havês (v. 60) // ___ // mano (v. 112) // ___
is (v. 68) // ___ // veniredes (v. 112) // ___
irês (v. 100) // ___ // vinrá (v. 167) // ___
E os pontos...
3.1.
3.2.
4.1.
4.1.1.
Resolve as palavras cruzadas (A e B) na p. 91 do manual, sobre conjunções.
TPC — Vai lendo a cena relativa ao Onzeneiro, na p. 139 do manual. Para tirares dúvidas sobre as palavras mais difíceis, usa a coluna cor de rosa. Escreve uma versão em prosa e em português moderno desta cena.
O teu texto contemplará o sentido das falas do original (eventualmente, acrescentando pormenores da tua lavra), mas, como acontece na maioria dos textos narrativos em prosa, terá partes assumidas pelo narrador e apresentará os diálogos conforme se costuma fazer quando, num texto em prosa, usamos discurso directo ou discurso indirecto.
O narrador será participante (homodiegético), correspondendo à personagem Diabo. Usarás a 1.ª pessoa, portanto.
Soluções
O António pediu-o aos amigos
Devolvi-lho
magrinho DS
incómodo DP
arranha-céus CJ
frontalmente DS
cabisbaixo CA
indiscretamente DSP
Nesta parte do auto, percebemos que estão em cena
a) Anjo, Fidalgo, Diabo, Pajem do Fidalgo.
Têm intervenções — com falas — as personagens
d) Anjo, Fidalgo, Diabo.
Em cena, o Fidalgo apresenta-se
d) primeiro, ao Diabo; depois, vai ao Anjo; a seguir, regressa ao Diabo.
Inquirido sobre o destino do batel, o Diabo respondeu que ia
a) para a ilha perdida.
A certa altura, há uma confusão de género, pois que o
b) Fidalgo confunde o Diabo com uma senhora.
O Fidalgo acredita que é útil para a sua passagem ao céu
a) ter quem reze por ele.
Uma primeira reacção do Anjo quando aparece o Fidalgo é dizer-lhe que não se embarca
b) tirania (não se embarcam tiranos) naquele batel.
Ao apresentar-se ao Anjo, o Fidalgo alega em sua defesa
d) ser fidalgo de solar (de boa linhagem, portanto)
Um dos argumentos do anjo é irónico:
c) o outro batel é mais espaçoso.
No final da sua fala, o Anjo
c) é severo na apreciação da vida do Fidalgo.
Quem canta durante quatro versos é
c) o Diabo.
O Diabo trata o Fidalgo
d) na 2.ª pessoa do plural («vós»), sobretudo, mas por também por «tu».
A cadeira do Fidalgo
b) não entra na barca, até porque já estivera em igrejas.
O pai do Fidalgo
a) já tinha igualmente entrado na barca do Inferno.
A «dama querida» do Fidalgo
b) logo o traíra, enquanto ele ainda morria (ao contrário do que julga o Fidalgo).
1. O Fidalgo representa o poder, a classe social mais destacada.
2. Além do pajem, que o acompanha, o Fidalgo apresenta-se com uma cadeira e com um. manto.
Arcaísmos / Formas actuais
leixês / deixeis
esperar-me-ês / esperar-me-eis
mano / mão
havês / haveis
is / ides
veniredes / vireis
irês / ireis
vinra / virá
E os pontos...
3.1. [o] rio = substantivo / [eu] rio = verbo
3.2. Homónimas. (Em termos históricos: convergentes).
4.1. Palavra composta por aglutinação
4.1.1. «Girassol» é composta por justaposição. As outras palavras são compostas por aglutinação. Em «girassol» não houve perda de silábas, nem do padrão fonético e prosódico das duas palavras primitivas.
Aula 59-60
Uma mudança importante na língua portuguesa começou a verificar-se no século XIV e teve um avanço rápido no século XVI: foi a relatinização de parte do vocabulário. (Este fenómeno enquadra-se bem na mentalidade humanística de reaproximação à cultura da Antiguidade Clássica. Nos Lusíadas, por exemplo, iremos encontrar muitas palavras assim criadas, importadas do latim tardia e, diríamos, artificialmente.)
Na tabela a seguir ponho alguns desses cultismos com as datas em que pela primeira vez surgiram escritos. A tabela serve também para vermos pares de palavras divergentes a partir de um mesmo étimo latino. É costume dizer que em pares como esses houve duas vias, a popular e a erudita (a da relatinização), correspondentes a dois tempos de entrada no português.
Por vezes, houve até mais do que dois resultados. É o caso da palavra latina planu, que tem cinco descendentes em português moderno:
Étimo latino / Percurso / Resultado em português
planu / «via popular» / chão
planu / «via erudita» / plano
planu / «via semi-erudita», passando por prão / porão ('espaço para carga num navio')
planu / empréstimo ao castelhano / lhano ('franco')
planu / empréstimo ao italiano / piano
Tenta completar as quadrículas (mesmo aos étimos latinos conseguirás chegar, se atentares na grafia de outros verbos). Uma vez preenchidas as três primeiras colunas, na coluna mais à direita assinala se em cada par há coincidência de significado dos dois termos divergentes ou se estes já nada têm que ver um com o outro.
Étimo latino / Forma «popular» / Cultismo (via erudita) / Sentido semelhante?
amplu / Ancho (1294) / amplo (XVI) / bastante
medicina / mezinha (XIII) / ____ (XVI) / não muito
cathedra / cadeira (952) / _____ (XVII) / mais ou menos
____ / catar (XIII) / captar (XVII) / mais ou menos
calumnia / Coima (1204) / ____ (XIV) / não muito
laicu / Leigo (875) / _____ / bastante
sigillu / selo (1275) / sigilo (XVI) / _____
____ / sobrar (XIV) / superar (XVI) /____
solitariu / solteiro (1136) / ____ (XV) / ____
palpare / poupar (XIII) / palpar (XIV) / ____
pulsare / puxar (XI) / ____ (XVI) / não
masculu / ____ (1258) / másculo (XVII) / mais ou menos
coagulare / coalhar (XIV) / _____ (XIX) / mais ou menos
laborare / ____ (XIII) / laborar (XVI) / ___
lucru / logro (XV) / ____ (XVII) / não
Quanto ao conceito de palavras convergentes, quer só significar que palavras que nada têm em comum vieram a ter, por pura coincidência, som e grafia iguais (e por isso também lhes chamamos homónimas). Seria errado ver aqui um esquema inverso do anterior, já que, apesar da «vestimenta» fonética e gráfica se ter tornado igual, continuamos a ter palavras diferentes.
Além do exemplo da última aula (rivu- > rio; rideo > rio), vê os das tabelas a seguir. Nas quadrículas vagas escreve uma frase com a palavra convergente (ou homónima) a que a quadrícula respeita.
Étimo / Significado / Palavra resultante / Frase ilustrativa
sunt / '[eles] são' / são / ______
Conceição / nome de pessoa / São / A São foi aos saldos da Zara, mas a Zara não foi aos saldos da São.
sanu- / 'saudável' / são / Era são como um pero, apesar de ter falecido.
sanctu- / 'santo' / São / ______
Palavra resultante / Étimo / Significado / Frase ilustrativaManga / latim manica (der. manus 'mão') / parte de peça de vestuário que cobre o braço. /
Manga (popular) / cigano mangar ('mendigar') / forma do verbo mangar ('enganar', 'troçar de'). /
Manga / malaiala manga / fruto da mangueira. / _______
Manga / [alguma palavra japonesa] / tipo de banda desenhada japonesa. / Verdadeiro adepto do estilo de vida japonês, Yuko Sushi dispunha de uma extraordinária colecção de álbuns de manga.
Manga (rural; port. do Bras.) / espanhol manga / pasto para bois ou cavalos vedado por uma cerca. / _____
Sobre palavras divergentes e convergentes, veja-se também a p. 136 do manual.
Temos estado a seguir uma perspectiva diacrónica (isto é, segundo a evolução histórica). Ao contrário, quando analisamos a língua num único tempo, fazemos uma análise sincrónica. Até ao nono ano, raramente nos preocupámos com a diacronia, apenas com a sincronia (descrevendo a língua como é na nossa «sincronia», no nosso tempo).
Noções como arcaísmo, etimologia, empréstimos (e estrangeirismos), palavras divergentes e convergentes, conversão (ou derivação imprópria) implicam uma reflexão de tipo diacrónico.
Em casa, se fizeste o tepecê, leste a cena do Onzeneiro (p. 139). Se não, lê-o agora, com recurso também à parte a rosa, e responde depois às perguntas de escolha múltipla na p. 90 do Caderno de Actividades.
Em aula anterior, falámos de personagens-tipo. Lê na p. 147 do manual a parte intitulada «Personagens-tipo» (para, depois, nos sketches que iremos ver, identificares as possíveis personagens-tipo).
Quando se estuda Gil Vicente ou outros autores de sátiras, é costume considerar três processos de cómico: cómico de linguagem, cómico de situação, cómico de carácter. Estas três maneiras de fazer humor, na prática, surgem muito entretecidas.
Vamos ver sketches dos Monty Python, para anotar exemplos dos três processos de cómico. No final de cada sketch, completa as frases. Depois, preenche as quadrículas relativas às cenas do Auto da Barca do Inferno.
Monty Python ou Barca do Inferno / [Processo de Cómico:] Linguagem / Situação / Carácter«Aula de auto-defesa» / --/ O uso de ____ como armas (e, depois, o uso de ___ ) / Feitio ____ do protagonista.
«Johann Gambolputty» / O nome do biografado é excepcionalmente ____ / O facto de o entrevista-do _____, quando ____ / --
«O farmacêutico» / Várias palavras _____ / Doenças dos clientes serem _____ em público. / --
«Expedição de Cabeleireiros ao Evereste» / -- / Absurdo de, em pleno Evereste, ______ / Estilo afectado, fútil, dos ____.
«A ilha dos repórteres internacionais» / Pronúncia e léxico dos jornalistas. / Jornalistas a cruzarem-se num ______ /
Cena I / Algumas das ordens do Diabo ao Companheiro / --/ --
Cena II (Fidalgo) / Exclamações do Fidalgo (populares ou irónicas); ironias do Anjo; eufemismos do Diabo. / Fidalgo querer _____ ____ para reen-contrar quem julgava estar a _____ por ele. / Feitio zombeteiro e pretensioso (e, no fundo, ingénuo) do _____.
Cena III (Onzeneiro) / Alusão a duas personagens populares ao tempo: _____; _____. / Onzeneiro, ao entrar no batel, depara-se com ______. / Gosto desmedido pelo ______.
Cena IV (Parvo) / Palavrões, imprecações e pragas, em catadupa. / --/ Ingenuidade, primarismo de _____.
«Personagens-tipo» (nos sketches): _____.
Vamos ver uma representação inglesa em que entra um «parvo» semelhante ao do Auto da Barca do Inferno. No mesmo documentário, veremos também um excerto de encenação do auto de Gil Vicente, precisamente a cena do Parvo.
TPC — A estrofe dos vv. 300-307 (como, aliás, as duas anteriores) é uma sequência de disparates, pragas, imprecações do Parvo. Escreve uma outra oitava neste estilo (com exclamações disparatadas, mais ou menos agressivas, quase grosseiras). Procura que o esquema rimático seja igual ao das oitavas do Auto da Barca (a - b - b - a - a - c - c - a). Já a métrica de cada verso compreenderei que não seja exactamente heptassilábica — embora até gostasse que o tentasses fazer (se o tiveres conseguido, di-lo na folha).
Soluções
Étimo latino / Forma «popular» / Cultismo (via erudita) / Sentido semelhante?
amplu / ancho (1294) /amplo (XVI) / bastante
medicina / mezinha (XIII) / medicina (XVI) / não muito
cathedra / cadeira (952) / cátedra (XVII) / mais ou menos
captare / catar (XIII) / captar (XVII) / mais ou menos
calumnia / coima (1204) / calúnia (XIV) / não muito
laicu / leigo (875) / laico / bastante
sigillu / selo (1275) / sigilo (XVI) / não
superare / sobrar (XIV) / superar (XVI) / pouco
solitariu / solteiro (1136) / solitário (XV) / mais ou menos
palpare / poupar (XIII) / palpar (XIV) / não
pulsare / puxar (XI) / pulsar (XVI) / não
masculu / macho (1258) / másculo (XVII) / mais ou menos
coagulare / coalhar (XIV) / coagular (XIX) / mais ou menos
laborare / lavrar (XIII) / laborar (XVI) / sim e não
lucru / logro (XV) / lucro (XVII) / não
1. Esta personagem tem o nome de Onzeneiro porque:
c) explorou o povo, levando juros exagerados.
2. O Diabo diz que o Onzeneiro é seu parente porque:
b) é seu amigo, por ter praticado o mal.
3. O Onzeneiro aparece em cena:
c) sem nenhum dinheiro.
4. Quando se inicia o diálogo com o Onzeneiro, o Diabo:
a) usa uma linguagem suavizada.
5. O Anjo responde ao pedido do Onzeneiro, dizendo:
b) que ele foi pecador e não poderá entrar na sua barca.
6. O Onzeneiro, ao longo da sua actuação:
a) altera a sua atitude de orgulho.
«Aula de auto-defesa» / / O uso de frutas como armas (e, depois, o uso de arma verdadeira) / Feitio autoritário (e histérico) do protagonista.
«Johann Gambolputty» / O nome do biografado é excepcionalmente longo / O facto de o entrevistado morrer, quando decorria a pronúncia do nome
«O farmacêutico» / Várias palavras demasiado cruas / Doenças dos clientes serem expostas em público.
«Expedição de Cabeleireiros ao Evereste» // Absurdo de, em pleno Evereste, haver preocupação com cabelo, etc. /Estilo afectado, fútil, dos cabeleireiros.
«A ilha dos repórteres internacionais» / Pronúncia e léxico dos jornalistas. / Jornalistas a cruzarem-se num espaço curto.
Cena I / Algumas das ordens do Diabo ao Companheiro
Cena II (Fidalgo) / Exclamações do Fidalgo (populares ou irónicas); ironias do Anjo; eufemismos do Diabo. / Fidalgo querer regressar à terra para reencontrar quem julgava estar a rezar por ele. / Feitio zombeteiro e pretensioso (e, no fundo, ingénuo), do Fidalgo.
Cena III (Onzeneiro) / Alusão a duas personagens populares ao tempo: Pimentel; Joana de Valdês. / Onzeneiro, ao entrar no batel, depara-se com Fidalgo. / Gosto desmedido pelo dinheiro.
Cena IV (Parvo) / Palavrões, imprecações e pragas, em catadupa. / / Ingenuidade, primarismo de Joane.
«Personagens-tipo» (nos sketches): cabeleireiros, jornalistas internacionais.
As aulas 61-62 e todas as que se lhes seguirem até ao final do ano ficam na secção Gil Vicente.
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