Thursday, September 08, 2022

Aula 25-26

Aula 25-26 (28 [1.ª, 3.ª], 31/out [5.ª], 2/nov [4.ª]) Correções de escritos que se entregavam (poema com «Quedas de água» ou «Cai água»).

Vai lendo o texto na p. 53 — sem usares outras páginas nem as nossas folhas das outras aulas —, que é uma apreciação crítica de um filme. Circunda a melhor alínea de cada item.

O título — «O amor, via Twitter» — poderia ser substituído por

a) «As paixões olham o Twitter».

b) «O amor, através do Twitter».

c) «O amor olha o Twitter».

d) «Via o amor no Twitter».

 

«o amor com que trata as personagens» (l. 2) equivale a

a) ‘as paixões em que envolve as personagens do filme’.

b) ‘o modo como faz as personagens namorarem’.

c) ‘a forma elegante, correta, como constrói as personagens’.

d) ‘o caráter romântico de ambas as personagens’.

 

«geram uma simpatia irrecusável» (l. 3) significa que

a) ‘fazem que tenhamos simpatia’.

b) ‘levam a que se recuse simpatia’.

c) ‘recusam a simpatia que geram’.

d) ‘geram uma antipatia recusável’.

 

«aura ‘miniatural’» (l. 5) remete para

a) o facto de o filme ser uma miniatura de outros filmes.

b) a circunstância de, sob vários aspetos, o filme ser simples.

c) uma aura (‘atmosfera’) identificável com a dos Minions.

d) a cantora Áurea, que tem no filme uma intervenção curta.

 

Segundo o que lemos no segundo parágrafo (ll. 11-21), o enredo foca-se numa paixão entre

a) um homem mais velho mas excelente e uma atriz desencantada.

b) as personagens Américo Silva e Joana Ribeiro, que se conhecem no Twitter.

c) dois cães, um tigre e um computador.

d) uma atriz jovem e um homem de meia idade.

 

Segundo o mesmo segundo parágrafo (ll. 11-21), a primeira parte do filme centra-se

a) na aproximação dos elementos do par central, que vão ao encontro um do outro.

b) na relação, em presença, dos dois protagonistas.

c) na troca de mensagens entre as duas personagens principais.

d) na cidade, ao estilo dos filmes de Manuel Mozos.

 

Ainda segundo o segundo parágrafo (ll. 11-21), na primeira parte

a) o Sporting esteve a ganhar (com Lloris, mais uma vez, a ajudar os portugueses).

b) foge-se ao abismo que constituem os meios eletrónicos e descobre-se a cidade

c) há como que um confinamento ao ambiente das mensagens eletrónicas.

d) situa-se num abismo, a cidade entendida ao estilo dos filmes de Mozos.

 

Segundo as ll. 19-21, o realizador

a) usou um ritmo justo, filmando conversas sem problemas.

b) legendou as conversas orais tidas pelas personagens.

c) não teve problemas em socorrer-se do uso de texto sobreposto às imagens.

d) apresentou nas imagens a realidade real, fugindo à legendagem.

 

Pelas linhas 13-15, percebemos que o cronista considera que

a) o desempenho de Joana Ribeiro se mostrou desorientado.

b) Américo Silva já merecia ser o ator principal (como foi só agora).

c) Joana Ribeiro ainda é apenas uma jovem atriz e que Américo Silva tem atuação excelente.

d) Américo Silva e Joana Ribeiro revelam-se desencantados.

 

No terceiro parágrafo (ll. 22-30), considera-se que a segunda parte do filme

a) enfraquece, como se «mirrasse», por se centrar nas mensagens escritas.

b) se arrasta demasiado, recorrendo à circularidade.

c) torna-se mais contemplativa, mais lenta, sempre «por linhas tortas».

d) se socorre de uma coincidência forçada.

 

«Mas não há um único ator que não esteja na nota certa» (ll. 26-27) quer dizer que

a) todos os atores cantaram bem.

b) nenhum dos atores cantou mal.

c) todos os atores representaram no estilo adequado.

d) nenhum dos atores teve má avaliação.

 

No último período do texto (ll. 28-30), assume-se que o filme

a) tem características do que se acha corresponder a um telefilme (mas, infelizmente, o que a televisão costuma exibir é muito pior).

b) não é um telefilme, porque não consegue seguir as normas desse formato.

c) é como uma telenovela fofinha.

d) segue a norma do que tem sido a ficção narrativa em televisão.

 

Na penúltima linha do texto (l. 29) há

a) duas preposições simples.

b) duas locuções prepositivas.

c) duas contrações de preposição com determinante.

d) uma preposição e uma contração de preposição e artigo

 

Na linha 12 há

a) duas preposições simples e três contrações (de preposição e determinante).

b) uma preposição e duas contrações (de preposição e determinante).

c) duas preposições e uma contração (de preposição e determinante).

d) três preposições simples.

 

O texto que lemos é

a) de prosa, de tipo predominantemente narrativo.

b) de prosa, de tipo predominantemente expositivo.

c) de poesia, de tipo predominantemente argumentativo.

d) em versos não rimados e apreciativo.

 

O filme de que se tratou é

a) «O amor, via Twitter».

b) «Linhas tortas».

c) Linhas Tortas.

d) O amor, via Twitter.

 

Se escrevêssemos a lápis ou a caneta, a melhor referência seria:

a) Luís Miguel Oliveira, O amor, via Twitter, «Público».

b) Oliveira, Luís Miguel, O amor, via Twitter, Público.

c) Luís Miguel Oliveira, «O amor, via Twitter», Público.

d) OLIVEIRA, Luís Miguel, O amor, via Twitter, «Público».

Na p. 52, vê a cantiga de amor «Se eu podesse desamar», de Pero da Ponte. Passa-a para prosa, adotando a ordem mais natural das palavras e substituindo os termos antiquados por outros atuais (com significado idêntico). Cada estrofe constituirá um parágrafo.

Glossário (além do do manual, que está sob a cantiga) — buscar = ‘procurar’ | coita = ‘sofrimento’ | rogar = ‘pedir’.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

[Solução possível:]

Se eu pudesse desamar (não amar) quem sempre me desamou e pudesse procurar algum mal para quem sempre me procurou o mal! Vingar-me-ia assim, se pudesse fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.

Mas nem mesmo posso enganar o meu coração que me enganou, por quanto me fez desejar quem nunca me desejou. E por isto (isso) não durmo, porque não posso fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.

Mas peço a Deus que desampare quem assim me desamparou ou que pudesse eu perturbar quem sempre me perturbou. E logo dormiria se pudesse fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.

Ou que ousasse perguntar a quem nunca me perguntou por que me fez preocupar consigo pois nunca se preocupou comigo. E por isto sofro, porque não posso fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.

Em Cantigas Medievais Galego-Portuguesas, acerca de «Se eu podesse desamar»:

Nesta bela cantiga de amor, ao mesmo tempo simples e retoricamente muito elaborada, Pero da Ponte exprime o seu (impossível) desejo de vingar-se daquela que sempre o tratou mal, pagando-lhe na mesma moeda: deixando de a amar, procurando o seu mal e fazendo-a sofrer. Mas é este um desejo impossível, até porque a culpa é do seu próprio coração, que o fez desejar quem nunca o desejou. Sem poder dormir, só lhe resta pedir a Deus que desampare quem sempre o desamparou e lhe dê a ele a capacidade para a perturbar um pouco — e assim já dormiria. Ou, pelo menos, que lhe desse coragem para falar com ela.

A cantiga é também tematicamente original, na medida em que a tradicional resignação do trovador face ao sofrimento que lhe inflige a sua senhora, elemento tópico da cantiga de amor, é aqui declaradamente substituída pelo desejo de vingança. Note-se ainda a rara variação que ocorre, em estrofes alternadas, no v. 1 do refrão.

Compara «O que eu gosto do meu Anselmo!» (Lopes da Silva) com os dois géneros já estudados da lírica trovadoresca:

 

cantigas de amigo

cantigas de amor

Anselmo

«eu»

_____ (que percecionamos como do povo)

homem (nobre, identificável com o trovador)

Henriqueta Lopes da Silva (com intervenções de Anselmo)

«tu»

confidente

pode ser a «____»

entrevistador

assunto

namoro (e circunstâncias que o envolvem)

____ (e razões desse amor; superlativação da «senhor»)

amor (e razões desse ___; desvalorização de Anselmo)

vivência

quotidiana (popular)

idealizada (___)

de idealizada (amor) a objetivada (o gosto de Henriqueta)

confidencialidade

não se escondem elementos acerca do namorado

há reserva, a «mesura»; a «senhor» ___ é identificada

não há ___ (contra a vontade de Anselmo, que fica constrangido)

TPC — Relanceia a ficha corrigida acerca de uma cantiga de amor (ficha 2 do Caderno de atividades, pp. 5-6) que pus em Gaveta de Nuvens. Vai tratando das leituras.

 

 

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