Aulas (1.º período, 1.ª parte: 1-22)
Aula 1-2 (17 [5.ª, 4.ª, 9.ª] e 19/set [3.ª, 2.ª])
Algumas indicações úteis ao trabalho ao longo do ano, remetendo-se também para
‘Preceitos úteis’, programa e calendário (ver
Apresentação).
Os
parágrafos que se seguem tratam dos autores de que este ano mais falaremos: o
Padre António Vieira, Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós,
Antero de Quental, Cesário Verde. Deves assinalar a veracidade (V) ou falsidade (F) das frases. Algumas escondem subtis impossibilidades,
anacronias; mas também é preciso ter em conta que, muitas vezes, os escritores
são efetivamente excêntricos. O aluno que tiver melhor resultado receberá uma
parvoíce qualquer (tipo prémio Tia Albertina).
António Vieira (1608-1697)
O Padre António Vieira
atravessou o Atlântico sete vezes, tendo morrido na Baía.
Nas suas actividades
evangelizadoras dos índios, no Brasil, os jesuítas — a Companhia de Jesus, a
que pertencia o Padre Vieira — usavam a variante sul-americana do português.
Para assistir aos
sermões do Padre António Vieira, ia-se de madrugada à igreja, a fim de reservar
o lugar. Havia até quem acampasse à frente da igreja, nos dias anteriores.
Um dos mais famosos
sermões de Vieira, o «Sermão de Santo António [aos Peixes]», foi proferido no
Oceanário de Lisboa, em frente às carpas e aos atuns.
Almeida Garrett
(1799-1854)
Careca, Garrett usava
uma peruca, mas tinha o cuidado especial de que o seu cabelo parecesse natural
e, por isso, ia trocando de cabeleira periodicamente, simulando o crescimento
natural do cabelo.
Garrett usava um
espartilho, para parecer ter a cintura muito fina, e um sutiã, para parecer ter
um peito bem proporcionado.
Aos vinte e tal anos,
Garrett namorou uma rapariga de onze.
Garrett tinha pernas —
ou parte das pernas — postiças, mas movia-se com assinalável elegância.
Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, é uma peça que,
fantasiando-os, se inspirou em factos da vida do escritor cujo nome Garrett pôs
no título, Manuel de Sousa Coutinho (1555-1632).
A primeira representação
de Frei Luís de Sousa foi feita no
Jardim Zoológico de Lisboa, perto da zona dos elefantes.
Camilo Castelo Branco
(1825-1890)
Quando, por crime de adultério, esteve preso
na cadeia da Relação do Porto, Camilo saía, por exemplo, para ir jantar fora ou
para levar a consertar os sapatos da amante.
Para poder usufruir da herança do filho,
Camilo teve de fingir não ser ele seu descendente.
Eça de Queirós
(1845-1900)
Eça de Queirós, aclamado
em Vila do Conde
como natural desta cidade, nasceu na Póvoa de Varzim.
Ramalho Ortigão
(1836-1915) — co-autor, com Eça, do Mistério
da Estrada de Sintra — foi professor do amigo, quando este tinha cerca de
dez anos.
Na Relíquia, romance de Eça de Queirós, o protagonista tem o azar de fazer
uma troca na prenda que queria oferecer à sua tia beata (cuja fortuna queria
herdar): em vez de uma relíquia da Terra Santa embalou a camisa de dormir da
mulher com quem estivera.
Em Os Maias há pelo menos quinze refeições completas, algumas narradas
em três páginas mas outras em vinte e seis.
Dois dos romances de Eça
aproveitam situações de incesto. Em A
Tragédia da Rua das Flores, o incesto envolve mãe e filho; em Os Maias, o incesto é entre irmãos.
Antero de Quental
(1842-1891)
Antero só ingeria alimentos uma vez por dia.
No relatório científico sobre as doenças de
Antero («Nosografia de Antero», por Sousa Martins), diz-se que sofria de
efodiofobia (‘medo de preparar ou expedir malas de viagem’), doença que teria
contribuído para o seu suicídio.
Antero suicidou-se com dois tiros na cabeça
(entre o primeiro tiro e o segundo mediou cerca de um minuto).
Cesário Verde
(1855-1886)
Em casa dos pais de
Cesário Verde, aos serões, saboreavam-se doçarias de cocó.
Na loja de ferragens,
negócio da família, Cesário Verde, vestido de azul, tinha à venda camisolas de
algodão e chinelas de tranças. Chegou a vender calda de tomate.
Cesário Verde, já muito
doente, esteve, a conselho do médico-santo Sousa Martins, a
aproveitar os ares do campo em Caneças e, depois, no Lumiar, onde aliás
morreria.
Na página de
rosto [da folha de caderneta], preencham cabeçalho com os vossos dados e, no
canto superior direito, criem um acróstico vosso (como os que fiz para
«Cesário» e «Vieira»), também só com nomes que os possam retratar (não são
adjetivos!). O nome na vertical será aquele porque querem ser tratados.
Na página
verso, só a nota do 10.º ano a Português (ou do 11.º, se estão em melhoria).
Escreve quadra
que ficará no retângulo a meio da folha de caderneta. Modelo
em termos de versificação e até de tema será «Cinco horas» (heptassílabo com
rima ABAB, ABBA ou ABCB); título: «… horas»; «Eu» do texto = ao autor (que,
direta ou indiretamente, acabará por se caracterizar).
TPC —
Em Gaveta de Nuvens lê
‘Preceitos úteis’. Relanceia também tudo o que marquei a azul turquesa.
Aula 3-4 (19 [5.ª], 20 [9.ª, 4.ª], 21/set [3.ª,
2.ª]) Sobre os trabalhos da última aula; sobre deíticos (ver Apresentação).
Ao longo da aula vamos ver excertos de Bean, um autêntico desastre.
Interessa-nos sobretudo o discurso de Bean acerca do quadro conhecido como «A
mãe de Whistler», do pintor James Whistler (1834-1903), nascido no
Massachusetts. O comentário de Bean é pertinente, ainda que não seja como o que
faria um verdadeiro especialista em pintura.
Para se perceber o discurso, convém saber
que foi proferido perante uma plateia de cidadãos americanos, na presença do
milionário benfeitor que tinha adquirido o quadro para o doar a um museu. Ao
falar, Bean tinha a pintura à vista e para ela ia apontando.
Bem...
Olá. Eu sou o Dr. Bean (pelo que parece).
O meu trabalho consiste
em sentar-me a olhar os quadros. Portanto, o que aprendi eu que possa dizer
sobre este quadro?
Bem, primeiro que tudo,
que ele é muito grande. O que
é magnífico, pois, se ele fosse muito pequeno — microscópico, estão a ver —,
ninguém conseguiria vê-lo, o que seria lastimável.
Em segundo lugar — e
estou a aproximar-me do fim desta análise do quadro —, em segundo lugar, porque
é que se justifica que este homem tenha gasto 50 milhões dos vossos dólares na
sua compra?
E a resposta é... Bem,
este quadro vale tanto dinheiro, porque é um retrato da mãe de Whistler e, como
eu aprendi ao ficar em casa do meu melhor amigo, David
Langley, e da sua família, as famílias são muito importantes e, apesar de o Sr.
Whistler saber perfeitamente que a sua mãe era uma avantesma atroz com ar de
quem se sentara num cato, ele não a
abandonou e até se deu ao trabalho de pintar este extraordinário retrato dela. Não é apenas um quadro, é
um retrato de uma velha taralhoca e feiosa que
ele estimava acima de tudo.
E isso é maravilhoso. Pelo menos é o que eu penso.
Numa versão puramente escrita deste
discurso — destinada, por exemplo, a sair junto de notícia relativa à cerimónia
—, depurada de tiques orais, o que eliminaríamos da transcrição que fiz?
Circunda essas partes desnecessárias (marcas de oralidade, no fundo).
Depois, assinala com uma letra os deíticos
(E[spaciais], T[emporais], P[essoais]).
Por vezes, será necessário usar duas letras pois os déiticos terão mais do que
um valor.
Por fim, sublinha os antecedentes das
expressões (anafóricas) que sublinhei e marquei a negro.
Escreve uma análise — até certo ponto,
semelhante à de Bean — do quadro que escolheres (entre os do álbum que te
calhou, que será de um pintor aproximadamente contemporâneo de Whistler).
Diferentemente do discurso de Bean, o teu texto evitará as marcas de oralidade
e o vocabulário ingénuo.
Pretende-se que o teu discurso-apreciação crítica comece por
uma aproximação sobretudo descritiva, objetiva, termine com explicação já mais
subjetiva, emotiva, quase poética, como acontecia na análise de «A mãe de
Whistler» que transcrevi.
Em algum momento do teu texto, refere o
pintor e o título do quadro.
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Do Diário de Notícias (21-8-2012):
espanha
Idosa
decide 'restaurar' fresco em igreja
Uma senhora na casa dos
oitenta anos decidiu 'restaurar' um fresco que está exposto na Igreja do
Santuário da Misericórdia em Borja (Aragão), Espanha. A intenção era boa mas o
resultado, que aqui mostramos... foi hoje divulgado pela autarquia.
A pintura, da autoria do
espanhol Elias García Martínez, foi realizada nos primeiros anos do século
passado (XX) e decora uma das paredes da Igreja do Santuário da Misericórdia em
Borja (Aragão), Espanha."Uma idosa, muito bem intencionada, decidiu, por
sua conta própria e risco [no passado mês de julho], restaurar o fresco que, na
realidade, estava em mau estado por causa da humidade", explicou Juan
María Ojeda, conselheiro de cultura de Borja, ao programa "Queremos Falar"
da ABC Punto Radio.
Agora, resta reparar o
mal feito. "Uma vez avaliados os prejuízos, a pintura irá ser
restaurada", garantiu o conselheiro de cultura de Borja.
TPC — Em Gaveta
de Nuvens, lê ‘Deíticos’. Ficará reproduzida também a ficha do Caderno de Atividades (5, pp. 36-37)sobre «Dêixis: pessoal, temporal e espacial» (a versão que copiarei tem já as
soluções — podes, mais do que praticar muito, verificar se saberias resolvê-la,
vendo logo as soluções). Se ainda não tens o manual, não te esqueças de ir
tratando de o arranjar. Se já tens o manual, trá-lo sempre para a aula.
Aula 5-6 (24 [5.ª, 4.ª, 9.ª],
26/set [3.ª, 2.ª]) Preenche as lacunas da síntese sobre Deíticos com estas
palavras:
momento / marcas /
situação / ato / enunciado / pronomes / verbos / enunciação / deítica / determinantes/
espaço / referentes / produto / advérbios
Já distinguimos enunciação e enunciado. Enunciado é o _____ de uma enunciação; a
enunciação é o _____ de produção desse enunciado (ou seja, desse texto).
Vimos que deíticos são ______ do processo
de enunciação, porque remetem para a situação em que o ______ é
produzido. São palavras que só podem ser compreendidas em função do contexto da
_______.
Exemplos que dei foram
os de «este», «aquele» ou «ali», cujos referentes
se reportam ao ______ em que o enunciado estiver a ser produzido. Também
os pronomes pessoais e possessivos podem ter função ______, porque os
seus exatos ______ dependem do «eu» e do «tu» que intervenham na ______
de enunciação. Palavras como «agora», «amanhã», para serem percebidas, precisam
de ser relacionadas com o _______ da enunciação.
Os deíticos podem ser arrumados em pessoais, espaciais e temporais, e são os instrumentos da referência deítica ou dêixis. (Na p. 392 do manual,
apresenta-se um quadro com os deíticos mais comuns.) Entre as classes de
palavras que mais concorrem para a referência deítica encontramos a dos ______,
a dos ______, a dos ______. Os _____ e a sua flexão também
podem funcionar como deíticos.
Nas frases que te vou dar, os elementos a negro nem sempre
têm valor deítico. Verifica quais das palavras a negro remetem efectivamente
para a enunciação, sendo portanto verdadeiros deíticos (D). À esquerda das frases em que haja deíticos escreve D (as outras — em que as palavras a
negro remetem para referentes na própria frase, independentes da enunciação —
ficarão sem marca nenhuma).
Encontrei ali
um ornitorrinco meu amigo.
O campo estava minado, mas foi aí que o patrão quis fazer o
piquenique.
Esses livros costumavam estar
naquela banheira, aí ao lado. Ontem, porém, não os vi.
Na semana
passada,
falei com uma grafonola voadora.
Neste
momento,
já não acredito em milagres.
Um dia
antes,
a Ermelinda já se tinha aperaltado para o baile da José Gomes Ferreira.
Vocês fazem tudo o que lhes apetece e eu, estúpido, nem protesto!
Antes, era capaz de até nem se importar, mas agora D. Afonso Henriques não iria
deixar passar aqueles disparates:
estava decidido a enfrentar tudo e todos.
Amanhã, vou comer as saborosas
framboesas.
Vou já
entregar esta folha.
[Esta segunda parte do exercício, ainda
que com as frases alteradas, foi retirada de: M. Olga Azevedo, M. Isabel Pinto, M. Carmo
Lopes, Da comunicação à expressão.
Exercícios.]
Oralidade, 1-2 (p. 12):
Vaiamos, irmana, vaiamos
dormir
nas ribas do lago u eu andar vi
a las
aves meu amigo.
Vaiamos, irmana, vaiamos folgar
nas ribas do lago u eu vi andar
a las aves meu amigo.
Nas ribas do lago u eu andar vi,
seu arco na mãao as aves ferir,
a las
aves meu amigo.
Nas ribas do lago u eu vi andar,
seu arco na mãao a las aves tirar,
a las
aves meu amigo.
Seu arco na mano as aves ferir
e las que cantavam leixa-las guarir,
a las
aves meu amigo.
Seu arco na mano a las aves tirar
e las que cantavam non'as quer matar
a las
aves meu amigo.
Fernando Esquio
(CBN 1298, CV 902)
Vem
comigo irmã, iremos dormir
nas
margens do lago onde andar eu vi
às aves, o meu amigo.
Vem
comigo irmã, iremos folgar
nas
margens do lago onde eu vi andar
às aves, o meu amigo.
Nas
margens do lago, onde andar eu vi
com
o arco na mão, as aves ferir
às aves, o meu amigo.
Nas
margens do lago, onde eu vi andar,
com
o arco na mão, as aves matar,
às aves, o meu amigo.
Com
o arco na mão, as aves ferir;
mas
as que cantavam, deixava-as fugir,
às aves, o meu amigo.
Com
o arco na mão, as aves matar;
mas
as que cantavam, deixava-as voar,
às aves, o meu amigo.
Natália Correia
(adaptação de)
A — __; B — __; C —
__; D — __; E — __; F — __; G — __; H — __; I — __; J — __
Supertaça
Vencedor
da LC
|
Eu
|
Mestre
|
Vencedor
da LE
|
Eu
|
Mestre
|
Nessas linhas da tua folha, copia o texto de Sophia mas em prosa
(ocuparás a linha toda, fazendo translineação, se for caso disso), inserindo
pontuação. Não acrescentarás nem tirarás palavras. Maiúsculas não são indício,
já que se percebe que só são usadas no início dos versos. Haverá dois parágrafos (para lhes fazermos
corresponder as duas estrofes).
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TPC — Lê capítulo de gramática sobre ‘Pontuação’ reproduzido em
Gaveta de Nuvens. (Poderias ainda
relancear as páginas sobre pontuação no manual, «H. Construção de resposta a
questionário interpretativo», pp. 355-357, mas, neste caso, são fracas.)
Aula 7-8 (26 [5.ª], 27 [9.ª, 4.ª], 28 [3.ª, 2.ª]) Correção do discurso-apreciação feito na penúltima
aula e agora devolvido. Sinais usados na correção de redações. (Ver Apresentação.)
Aplicando o
que terás estudado no tepecê da aula anterior — sim, há ironia —, resolve este exercício
sobre pontuação — aproveitando apenas o caso das vírgulas:
A(s) vírgula(s) pode(m) ser
usada(s)
1. para assinalar a
elisão (isto é, a omissão) de um elemento.
2. para separar os
vocativos.
3. para separar
modificadores (no início ou no meio da frase).
4. para separar
elementos que desempenham a mesma função sintática.
5. para separar
orações coordenadas assindéticas (as sem conjunção) e, até, as sindéticas.
6. para separar
alguns conectores.
7. para separar os
modificadores apositivos.
8. para separar uma oração adverbial (principalmente,
quando colocada antes ou no meio da subordinante).
9. para separar
orações subordinadas adjetivas relativas explicativas.
Atribui às frases uma das explicações
(1-9) do uso de vírgula(s) inventariadas em cima:
___ Luka Modrić, o mais baixo dos jogadores do
Real, foi eleito o maior.
___ Comi uma alface, quando a conheci.
___ Stor, dê-me a fatia do bolo rançoso.
___ Bebi sangria, aguardente, bagaço, vinho
tinto, chá.
___ Ela tem uma das melhores memórias; ele, uma
das piores.
___ Ontem, comi uma alface de estimação.
___ Não voteis na lista Z, votai na lista de
vinhos.
___ Não creio, contudo, que sejas parvo.
___ Combinava, por vezes, uns assaltos.
___ E, se tudo correr bem, encontramo-nos em
Paris.
___ Porque estava frio, despi a camisola.
___ A iguana, que estava lindíssima, beijou o
iguano.
Nas pp. 18-19, vai lendo o discurso de
agradecimento proferido por Mia Couto na cerimónia do Prémio Camões de 2013 (lê
também a introdução, do Jornal de Letras).
Na linha 12 e na linha 21, percebemos que
foram cortados dois trechos, o que se deduz do sinal «(...)». Escreve tu esses dois
passos em falta, adivinhando o assunto de que trataria Mia Couto e mantendo um registo
linguístico semelhante ao do resto do discurso.
[l. 12] última árvore. . . . . . . . . . . . . .
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[l. 21] comum. . . . . . . . . . . . . . . . . .
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No pseudónimo Mia Couto, «Mia» é
hipocorístico de Emílio (António Emílio). Ficámos a saber que a mãe de António
Emílio Leite Couto foi batizada como Maria de Jesus, que o pai do escritor era
Fernando, que a mulher de Mia se chama Patrícia, que os filhos são Madyo,
Luciana, Rita. Estas diferenças de estilo de onomástico consoante as gerações
interessam-nos para tratarmos de História da língua.
Há uma característica inevitável da
língua: a maneira como ela é diferente conforme a idade das pessoas, os sítios
que frequentam, os seus interlocutores. Esta característica tem o nome de variação. E tem um resultado: a língua
de quem vive em determinado tempo é sempre muito diferente da dos seus
antepassados. A isso se chama mudança
linguística.
As duas tabelas mostram um caso de
variação e mudança no campo particular das escolhas de nomes de pessoas.
Excecionalmente, até podemos trabalhar com referência a poucas décadas, porque,
sendo uma área da língua muito exposta às vaidades humanas e influenciada por
acontecimentos diretos — telenovelas, surgimento de vedetas de futebol, etc. —,
o ritmo das mudanças é anormalmente elevado.
Nas colunas já preenchidas estão os nomes
mais populares em cada década (a fonte dos dados é a 3.ª Conservatória do
Registo Civil de Lisboa). À direita, deixei espaço para fazeres uma tentativa
de acertar no top dos nomes dos nascidos em 2000 e em 2017.
Em 1990, o nome «Vanessa» foi o nono mais
escolhido. O que nos leva a «Maria Albertina» (que, composta por António
Variações, em 1983, foi depois recriada em 2004):
Maria Albertina
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Ah...
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, deixa que eu te diga:
Ah...
Maria Albertina, deixa que eu te diga:
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Esse
teu nome eu sei que não é um espanto,
Mas
é cá da terra e tem... tem muito encanto.
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Maria
Albertina, como foste nessa
De
chamar Vanessa à tua menina?
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
Que
é bem cheiinha e muito moreninha
David Fonseca, Manuela
Azevedo, Camané, Humanos, Lisboa, EMI
— Valentim de Carvalho, 2004
Escreve um
comentário a «Maria Albertina». Nesse comentário (com, pelo menos, cem palavras
[100-150 palavras]), explicitarás em que medida a letra da canção apresenta uma
crítica à escolha de nomes no nosso país. Inclui, pelo menos, uma citação. A
caneta.
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TPC — Vai já escolhendo, e lendo, livro do
projeto de leitura (evita poesia). Lista de obras está aqui e no manual (pp.
20; 74-75,
154-155, 230-231, 282-283, 308-309, 344-345).
Aula 9-10 (3 [3.ª, 2.ª], 4 [9.ª, 4.ª], 8/out [5.ª]) Correção
do comentário a «Maria Albertina» (ver
Apresentação).
Depois
de leres o poema de Nuno Júdice na p. 16 — e considerando o significado
dicionarizado de «lusofonia» (vê sobretudo a segunda aceção do verbete desta
palavra retirado de Dicionário da língua
portuguesa, Porto, Porto Editora, 2011) —, explica como o título do texto
(«Lusofonia», precisamente) é irónico. (Na p. 395 há uma definição de «ironia»,
mas todos sabemos em que consiste esta figura de estilo.)
O
título «Lusofonia» assume sentido irónico, porque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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No
período final do poema o sujeito lírico propõe uma solução-brincadeira que tem
implícita espécie de crítica à evolução da cidade. Comenta.
O
problema abordado ao longo do poema (um dilema fundamentado em reflexões de
ordem linguística e sociológica) ficaria repentinamente resolvido se o poeta
tomasse uma medida simples, mudar de café. E o sujeito poético aproveita para
aludir a uma situação .
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Continuamos com antropónimos, mas abandonamos os nomes de batismo, os primeiros nomes, e passamos aos apelidos.
Boa parte dos apelidos começaram por ser patronímicos (= ‘nomes de pai’): o
primeiro Marques era filho de um Marco; o primeiro Simões, filho de um Simão; o
primeiro Lopes, filho de um Lopo. (Estes apelidos terminavam em -z, porque o morfema que se afixava ao
nome de batismo do pai era -ici,
que evoluiu para -iz, -ez ou -z e, com a reforma ortográfica de 1911, para -s.) Atrás de muitos apelidos terminados em -s estão, portanto, primeiros nomes de homem.
Na tabela seguinte, deduz os patronímicos ou os primeiros
nomes (alguns destes eram comuns na Idade Média mas caíram em desuso depois).
Nome
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Patronímico
|
Sancho
|
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Soeiro
|
|
Estevão
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Gonçalo
|
|
Dias
|
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Mendes
|
|
Nuno
|
|
Martins
|
|
Telo
|
|
Anes
|
|
Peres
/ Pires
|
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Vasques
|
|
Álvares
/ Alves
|
|
Paio
/ Pelágio
|
|
Antunes
|
|
Moniz
|
Porém, nem todos os esses em final de
apelido se devem àquele -ici. Por
exemplo, os apelidos Reis e Santos celebram datas do calendário cristão: o Dia
de _____ e o Dia de Todos os ______.
O trecho que vimos, revimos, do Programa do Aleixo (do episódio 1 da
temporada 2) faz apresentarem-se-nos personagens (Bruno Aleixo, Nelson Miguel
Rodrigues Pinto, Buçaco [«Bussaco» é erro], Renato Alexandre, Busto) que podem
ilustrar as quatro origens mais comuns dos apelidos: patronímicos, alcunhas, topónimos, invocação religiosa.
«Rodrigues» é um caso de _____ (o étimo é
o nome «Rodrigo»). «Pinto» é um apelido que deve provir de uma _____ (o étimo
terá sido «pinto», a cria da galinha). «Buçaco» exemplifica bem o processo de
formação a partir de _____ (de certo modo, mostra até os dois momentos:
primeiro, o nome do lugar está explícito em «[Homem do] Buçaco»; no final,
Bruno trata o amigo já apenas por «Buçaco»). Quanto ao apelido do nosso
protagonista, «Aleixo», pode ter várias explicações, mas uma delas é a de se
tratar de ______ (se supusermos que a origem é «Santo Aleixo»).
O texto «O primeiro amor» (p. 17)
pertence a Chiquinho, de Baltasar
Lopes, escritor nascido em Cabo Verde. É um texto escrito em português (não se
trata, portanto, de caboverdiano, isto é, crioulo de Cabo Verde, que é a
verdadeira língua materna em Cabo Verde), mas num português que incorpora
regionalismos, coloquialismos e, claro, as especificidades da vida local, há
muitas décadas — São Vicente, há quase cem anos.
Lê o texto, em que Chiquinho, adolescente, relata os
progressos do seu amor por Nuninha (já agora, este antropónimo, feminino de
«Nuno», entre nós quase se não usa). Depois, no mesmo estilo — será difícil
imitar o léxico, que é, simultaneamente, elegante, local, «meigo» —, prossegue
a recordação por mais um parágrafo, na extensão aproximada da dos do romance autobiográfico
de Baltasar Lopes.
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O
filme O Discurso do Rei interessa-nos
a vários títulos. Sobretudo, far-nos-á reconhecer a importância da oratória, neste caso ilustrada por
peripécias verídicas: as dificuldades de fala de Jorge VI, a terapia da sua
expressão oral, o decisivo discurso com que anunciou a II Guerra Mundial.
Entretanto,
no início do filme há várias referências ao onomástico (aos nomes próprios), mais concretamente, a antropónimos (os nomes de pessoas) e é
esse o tópico que nos vai mobilizar por enquanto.
__________
— nome que talvez não entre em moda tão cedo — foi um grande orador grego. Ter
seixos na boca enquanto ensaiava os discursos, episódio sempre citado, era uma
das estratégias a que recorrera para vencer a gaguez de que padecia.
O
apelido do original terapeuta da
fala, cujo primeiro nome é Lionel, quase parece inventado propositadamente. Com
efeito, «______» assemelha-se ao radical
grego ‘logo’, que significa ‘discurso, palavra, razão, estudo’ (cfr. «logorreia», «logótipo»,
«logogrifo», «logopedia», «logograma»).
Também
é interessante o apelido usado pelo futuro rei, quando pretendia passar incógnito:
______ é decerto um dos apelidos mais comuns em Inglaterra e é um patronímico (significa ‘____ de John’,
sendo equivalente ao português Anes, ao russo Ivanov, ao sérvio Jovanović, ao
holandês Jansen, ao dinamarquês Jensen, ao sueco Johansson, ao galês Jones,
etc.). Outro apelido com origem patronímica é o da presidente da Sociedade de
Terapeutas da Fala, que teria recomendado Lionel, a senhora Eillen ____ (onde
adivinhamos um antepassado escocês filho de um Leod).
A
certa altura alude-se aos nomes de
batismo do então Duque de Iorque. Chamava-se ele «Alberto Frederico Artur
Jorge», embora o tratassem familiarmente pelo hipocorístico ____ (< Albert). Mais à frente se verá o motivo
de, aquando da coroação, ter preferido o nome ____, em detrimento dos outros.
Uma
última menção se pode fazer. Surgem, ainda crianças, as princesas ______ e
Margaret. A primeira é a atual rainha e, como já expliquei, será responsável
pela relativa popularidade deste nome em Portugal há quase de sessenta anos, já
que visitou o país em 1957. É um caso curioso, porque sempre fora muito
corrente um outro nome seu cognato:
«____». Também ____ e Jaime são divergentes
de um mesmo étimo, Iacobu.
TPC — Revê as noções de ‘anáfora’,
‘catáfora’, ‘elipse’, ‘correferência’ — dentro de «[Coesão] Referencial», seja no
terço final da p. 388, seja nestas páginas que reproduzo de uma gramática.
(Conclui, ou melhora, a redação que acabaste de começar.)
Aula 11-12 (8 [9.ª, 4.ª], 10 [3.ª, 2.ª], 12/out [5.ª]) Vai lendo o texto na p. 21, «Ler é
maçada», de Pedro Mexia, e, em cada item, circunda a alínea com a melhor
solução. Se precisares, lê também o verbete de best-seller ou bestseller.
O título, «Ler é maçada», é
a) síntese das ideias defendidas no texto acerca
dos livros muito comerciais.
b) citação de verso de Fernando Pessoa, que se
torna irónico dado o contexto.
c) crítica às obras difíceis, aos grandes
livros.
d) caracterização de qualquer situação de
leitura.
Em «Ler é maçada», o sujeito é
a) «é».
b) «maçada».
c) «é maçada».
d) «Ler».
Segundo o que lemos no primeiro período (ll.
1-3), caracteriza as «bestas céleres» serem
a) livros maus, pequenos e que se vendem
depressa.
b) livros grandes e mal escritos, que se vendem
depressa e que não são complexos.
c) animais rápidos.
d) duplas enormidades.
A qualificação «Livros escritos para o momento e
não para o futuro» (l. 6) serve para
a) contrastar o caráter
transitório de um best-seller com a
perenidade de uma verdadeira obra literária.
b) vincar o imediatismo dos best-sellers e o seu afastamento de
temas como a ficção científica.
c) elogiar a preocupação com a atualidade que
revela a maioria dos best-sellers.
d) valorizar os livros classificados como «best-sellers» por se focarem no
presente.
A Bíblia
e o Dom Quixote de La Mancha são
evocados (ll. 7-10) como exemplos de
a) «bestas céleres».
b) bons livros que se venderam muito num dado
momento.
c) livros que sempre tiveram e hão de ter
mercado por serem «bestas céleres».
d) livros «a sério» que, no entanto, se vendem
muito e sempre.
O sujeito «o romancista» (l. 11) tem como
referente
a) os bons autores.
b) os romancistas em geral.
c) os bons romancistas.
d) os autores de best-sellers.
«existências» (l. 11) reporta-se a
a) ‘livros à venda’.
b) ‘vidas dos leitores’.
c) ‘perceção que os leitores têm acerca da vida
das personagens dos livros’.
d) ‘seres humanos’.
O quarto parágrafo (ll. 12-17) serve para
a) indicar as características dos romances que
se tornam grandes êxitos comerciais.
b) assumir que os livros que muito vendem são
verdadeiros cocós de cão.
c) assinalar as preferências dos autores de
ficção popular.
d) tentar definir os géneros e os temas que são
apropriados pelas «bestas céleres».
Na l. 17 houve
a) a elipse de «são eternos favoritos».
b) a anáfora de «são eternos favoritos».
c) a catáfora de «são eternos favoritos».
d) a anáfora de «temas polémicos».
O caso de Dickens (ll. 18-20) serve como exemplo
dos
a) autores comerciais.
b) muitos bons autores que vendem bem e
depressa.
c) escritores de mérito que, apesar disso,
conseguem vender bem e depressa.
d) autores que raramente vendem muito.
Os autores que o cronista considera terem sido
«escritores a sério que foram bestas célebres» (ll. 20-21) são referidos
enquanto
a) maus escritores mas que se tornaram célebres.
b) escritores não-comerciais mas muito vendidos
por motivos circunstanciais.
c) bons escritores que se tornaram maus
escritores porque a isso foram obrigados.
d) maus escritores que se tornaram bons
escritores dada a sua biografia.
«fazer sociologia de bolso ou metafísica aguada»
(ll. 29-30) é observação que
a) considera benéficas certas estratégias de
divulgação adotadas pelos best-sellers.
b) olha criticamente as abordagens
simplificadoras das «bestas céleres».
c) descreve com neutralidade,
sem juízo de valor, abordagens típicas dos livros que se vendem muito.
d) salienta o caráter popular e acessível de
assuntos tratados nos best-sellers.
Entre as orações «Nenhuma besta é célere» e «se
for difícil» (ll. 30-31),
a) deveria haver uma vírgula, porque a segunda
oração é uma subordinada condicional.
b) aceita-se que se dispense
a vírgula, porque a oração condicional está depois da subordinante.
c) não pode haver vírgula.
d) a falta de vírgula é um erro.
«Nenhuma besta é célere se for difícil» (ll. 30-31) quer dizer que
a) uma condição para um livro ser besta é ser
célere.
b) uma das características de um best-seller é ser de fácil leitura.
c) se leem mais facilmente os livros que vendem
muito.
d) nenhum animal rápido é difícil.
Na l. 31, o constituinte «difícil» é
a) predicativo do sujeito.
b) predicativo do complemento direto.
c) complemento direto.
d) difícil.
A crónica que leste, de Pedro Mexia, é
predominantemente
a) narrativa.
b) instrucional.
c) expositiva.
d) descritiva.
Assinala
os intrusos na lista, que pretende ser um Campo lexical de ‘nome’. (Recordo
que se dá o nome de campo lexical ao
conjunto de formas que partilhem um mesmo campo conceptual.)
nome
onomástico
cocó
hipocorístico
identificar
assinar
designar
Não invoques em vão o santo nome de Maria!
alcunha
apelido
topónimo
com
há
batismo
nomeação
nómada
Indica
seis exemplos de elementos que integrem o Campo semântico de «nome». Para
ajudar, reproduz-se o verbete de dicionário de «nome». (Dá-se o nome de campo semântico ao conjunto dos
diferentes significados que uma palavra pode assumir de acordo com o contexto
em que ocorre.)
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Eis
a lista dos vencedores do Prémio
Camões. Assinala um apelido que tenha origem num patronímico; outro, com origem em alcunha; outro, de topónimo.
1989 — Miguel Torga, Portugal
1990 —João Cabral de
Melo Neto, Brasil
1991 — José
Craveirinha, Moçambique
1992 — Vergílio
Ferreira, Portugal
1993 — Rachel
Queiroz, Brasil
1994 — Jorge Amado,
Brasil
1995 — José Saramago,
Portugal
1996 — Eduardo
Lourenço, Portugal
1997 — Pepetela,
Angola
1998 — António
Cândido de Mello e Sousa, Brasil
1999 — Sophia de
Mello Breyner Andresen, Portugal
2000 — Autran
Dourado, Brasil
2001 — Eugénio de
Andrade, Portugal
2002 —Maria Velho da
Costa, Portugal
2003 — Rubem Fonseca,
Brasil
2004 — Agustina
Bessa-Luís, Portugal
2005 — Lygia Fagundes
Telles, Brasil
2006 — José Luandino
Vieira, Portugal/Angola (recusou)
2007 — António Lobo
Antunes, Portugal
2008 — João Ubaldo
Ribeiro, Brasil
2009 — Arménio
Vieira, Cabo Verde
2010 — Ferreira
Gullar, Brasil
2011 — Manuel António
Pina, Portugal
2012 — Dalton
Trevisan, Brasil
2013 — Mia Couto,
Moçambique
2014 — Alberto da
Costa e Silva, Brasil
2015 — Hélia Correia,
Portugal
2016 — Raduan Nassar, Brasil
2017 — Manuel Alegre, Portugal
2018 — Germano Almeida, Cabo Verde
Em http://cvc.instituto-camoes.pt/tesouro/08/premiocamoes.html
há uma caça ao tesouro sobre os vencedores do Prémios Camões, que atribui
interessantes prémios, mas que, infelizmente, já está encerrada (e aliás só
versava os vencedores até há quinze anos). Mas podes tentar fazê-la — é sempre
interessante concorrer a um concurso que já não se pode ganhar.
Depois
de ler o seu discurso de Natal de 1934, Jorge V, querendo incentivar o filho,
sublinha-lhe a importância da comunicação nos tempos que corriam:
«Este
aparelho altera tudo. Outrora bastava a um rei fazer boa figura fardado e não
cair do cavalo. Agora, temos de entrar na casa das pessoas e ser-lhes
simpáticos. Esta família está reduzida a imitar a mais baixa das criaturas:
tornámo-nos atores.»
Vê
também, à direita, o cartoon «O
líder», de Angel Boligan.
Escreve
um texto expositivo-argumentativo, com cerca de 150 palavras, que trate o
tópico comum à citação de Jorge V e à imagem.
Sem
que sejam o foco primeiro do teu texto — portanto, apenas enquanto ilustração
do que defendas —, podes incluir alguma alusão à frase de Jorge V (e ao caso
dramático de Jorge VI) e ao cartoon.
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TPC — Revê as classes de palavras, particularmente,
para já, o nome e o adjetivo (no manual, poderás ler quase toda a p. 367; em Gaveta de Nuvens, as primeiras quatro
páginas reproduzidas em ‘Classes de palavras’, sobre ‘nome’, e, mais à frente,
a parte sobre ‘adjetivo’). No blogue, destacarei também uma zona que inclui asnoções de ‘campo lexical’ e de ‘campo semântico’.
Aula 13-14 (11 [9.ª, 4.ª], 12 [2.ª, 3.ª], 15/out [5.ª]) Correção, com leitura de parte de trecho que é
sequência do que lemos de Chiquinho (ver Apresentação):
Andrezinho não era para esses
enternecimentos. Tinha sempre o ar de quem esperava com impaciência o final da
música. Ele queria era falar de coisas sérias, o programa do Grémio, o jornal
que tínhamos de publicar, os fatores que condicionavam o nosso caso. Eu queria lá saber de
nada disso! A única coisa séria que para mim contava era Nuninha. Andrezinho
não parecia ter vinte anos.
5
Nonó tinha uma morna muito certa:
Amor ê suma passadinha azul
sentado na rama di jamboêro...
Olhá-l, dixá-l cantâ, dixá-la boâ...
Si
bô pegá-l êl tâ chorâ,
Si
bô dixá-l êl tâ cantâ
e di note êl tâ ninábo bô sono...
Não, eu não queria
espantar o passarinho azul que povoava as minhas horas. Como na morna de Nonó,
receava que ele chorasse, magoado da minha brutalidade, e fugisse para nunca
mais. Nuninha. O meu amor por ela vivia só nos olhares que lhe lançava, sem
coragem para lhe falar do que me ia no coração. Traçava planos de diálogos, em
que lhe declararia o crecheu que me iluminava. Mas faltava-me ânimo. E se o passarinho
fugisse? Nem sequer me dava ao trabalho de procurar saber se ela gostava de
mim. Por dias, não quis sair depois de jantar. E o serão estendia-se tépido,
desenrolado em longas horas silenciosas, apenas cortado pelo cri-cri dos grilos
lá fora.
Da janela eu via o porto
e a ilha de Santo Antão, com o seu vulto enorme a perder-se no betume da noite.
Quando havia vapores na baía, as luzes faziam-me viajar por essas terras longe
que os velhos marinheiros de S. Nicolau conheceram antes de caírem de novo na
enxada. Eu já não estava na salinha de jantar de nha Cidália, com as mulheres
costurando. No deck de um paquete da Blue Star ia um par de namorados. Os fios
de luar eram fios dos cabelos da moça-do-mar, que se penteava. E os peixes
voadores, pagens alegres e estouvados, montando guarda ao idílio de Chiquinho
com Nuninha. Muito em surdina chegava a voz de Nonó. A morna falaria, com certeza,
da alegria de amar e da doçura incomparável que desce, líquida e envolvente,
dos olhos negros de uma crioula. A morna de Chiquinho com Nuninha não falaria,
não, de saudades lancinantes, da tristeza da separação e do desespero das
noivas pelo destino dos namorados emigrantes que os navios-de-vela sepultam no
fundo do Golfo quando regressam da América para se casarem com a crioulinha de
olhos de uva madura que os estava esperando.
Nuninha. Mas ela
envolvia-me com olhares roubados à contemplação das roupas que Tia Alzira ia
cosendo. Quando Humberto aparecia, eu ficava danado com as atenções que Nuninha
lhe dispensava. Ela, tão recolhida quando não havia ninguém de fora, era toda
amabilidades, deferências, segredinhos ao ouvido, que Humberto sublinhava com o
seu riso grosso. Achei razão a Andrezinho, para quem Humberto era um felizardo
que não tinha problemas. Riso gozado largo, riso de homem que não tem
problemas.
6
Quando voltei do Grémio
para me deitar, dei com Nuninha no meio da escada. Não tive dúvidas de que ela
me estava esperando. Vivemos colados um ao outro uma eternidade de segundos.
Ela tinha a cabeça derrubada para trás, os olhos pasmados, só se vendo o
branco. Saí com a sensação humilhante de não ter sabido saborear o beijo
completo que Nuninha me ofereceu. Eu vinha de S. Nicolau, habituado ao amor
bruto do dedo mindinho estortegado até obter sim. Mas sentia-me plenamente
feliz. O meu amor próprio, que Nuninha beliscara com Humberto, estava vingado.
Via bem que Nuninha me pertencia completamente. Nonó percebeu no dia seguinte o
meu estado de felicidade:
— Chiquinho, viste
passarinho novo...
Nas pp. 14-15 do manual, lê «Viagens de
ontem e de hoje», trecho de O Murmúrio do
Mundo. A Índia Revisitada, de Almeida Faria. É um livro de uma
coleção (‘Literatura de Viagens’) de
que veremos mais exemplos a seguir.
Responde à pergunta 7 (de Leitura, p. 15):
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Transcreve três palavras
do campo lexical de ‘doença’: _______;
_______; _______.
Copia três exemplos de deíticos (um pessoal, outro temporal,
outro espacial), encontrados só na
parte do texto em redondo (ou seja, na que não está em itálico — na moderna,
portanto): _______; _______; _______.
Nas linhas 46-47, repara
em «mendespintice» (nome) e «mendespinto» (1.ª pessoa do Presente do Indicativo de um
verbo «mendespintar). São neologismos
criados a partir do nome do escritor (viajante e aventureiro) Fernão Mendes
Pinto. Tendo em conta o contexto, podemos traduzir estas duas palavras por _______
e _______.
Num livro, o Paratexto é o que não
é o texto propriamente dito. Inclui categorias da responsabilidade do autor (título, dedicatórias, epígrafes)
e outras da responsabilidade do editor (capa,
contracapa, orelhas, sobrecapa, cintas). Há ainda prefácio ou posfácio, notas, índices, bibliografia, ilustrações, que podem ser quer da
responsabilidade autoral quer da do editor.
Verificarás as partes do livro que te
calhar, completando o que se segue (preenche as linhas e risca ou circunda as
alternativas dentro das chavetas):
Capa
A capa, além do logotipo da editora (Tinta-da-China), terá o nome do
autor (______) e o título da obra (abreviado, se o título completo for grande).
Os livros desta coleção,
‘Literatura de viagens’, têm capas com uma única cor de fundo, que vai variando
de obra para obra, e uma ilustração a negro. A autora da capa, a capista, é ______ (como podemos ler na ficha
técnica, que está no verso do frontispício). Às vezes, os autores das capas
usam fotografias ou ilustrações de outros artistas, cuja referência figurará
também na ficha, mas não é o que sucede neste caso.
Na lombada, se descartarmos as ilustrações, temos os mesmos elementos
que na capa: título (abreviado), _____, logotipo da editora.
Na contracapa há uma citação de ________ (o conhecido Santo Agostinho),
que percebemos serve de lema a toda a coleção, e {um/dois excerto(s)},
tirado(s) do {livro propriamente dito e/ou do prefácio}. Vem também {o nome do
tradutor, o nome do coordenador da coleção, o código de barras}.
Os livros desta coleção
não têm badanas (orelhas), porque são de capa dura. As
badanas usam-se em livros de capa mole ou nas sobrecapas. O que costuma estar escrito nas badanas pode ser uma
notícia biobibliográfica sobre o autor, o elenco de outros livros da coleção,
uma lista dos livros do mesmo autor, até uma sinopse do livro.
Uma característica
especial desta coleção é estarem coladas nos versos da capa e da contracapa, e funcionando também como primeiro
resguardo das folhas do livro, cartolinas de cor com o mapa das ______ de que
trata a obra.
Folhas
Páginas não numeradas
ímpares (pp. [1], [3], [5], [7]), de rosto, portanto
Há guarda (folha em branco ou só com o logotipo da editora)? {Sim /
Não}.
Há anterrosto (página que terá só o título, talvez até abreviado)?
{Sim / Não}.
Quanto ao frontispício (portada ou página de rosto),
que contém {autor / título completo (e subtítulo) / tradução / cidade, editora,
ano / coordenador da coleção}, é a página mais importante de qualquer livro, e é
por ela que se faz a referência bibliográfica.
Em alguns dos livros
desta coleção, antes das páginas numeradas vem o índice.
Páginas
não numeradas pares ([2], [4], [6], [8]), de verso, portanto
Qual das páginas tem a ficha técnica? {O verso do anterrosto /
A contraportada, ou seja, o verso do frontispício}. Que elementos aí vemos?
{Endereços da editora / título original (se o livro for uma tradução) e autor
da tradução / autor do prefácio / responsáveis por capa, revisão, composição /
depósito legal / data da edição}.
Páginas
numeradas mas ainda antes do texto propriamente dito
Deverá haver um Prefácio, escrito por alguém que não é
o autor do livro. Neste caso, o prefaciador foi _______.
Em alguns dos livros, já
na parte da responsabilidade do autor, pode haver páginas de dedicatória {Não tem / Tem, a _______},
alguma epígrafe (citação, máxima)
{Não / Sim, e é uma frase do autor / é um provérbio / é uma citação de outro
autor / _______} e até algum prólogo ou
introdução {Não / Sim}.
Páginas
do texto principal
No cabeçalho, nas
páginas ímpares, vem o título corrente
(o título do livro, talvez abreviado) e, nas pares, o nome do ______).
Há notas de rodapé (pé-de-página)?
{Não / Sim, do autor / tradutor / editor}.
Páginas
depois do texto principal
Creio que, como em todos
os volumes desta coleção, haverá uma Nota
biográfica (acerca do autor), da responsabilidade da editora. {Confirma-se
/ Não}.
Ainda antes, pode haver
algum Posfácio ou Nota à edição, mas é raro.
Nos livros desta coleção
não há secções que aparecem em outras obras, como bibliografia, cronologia,
índices toponímico (lugares) ou onomástico
(nomes), lista de ilustrações.
{Confirma-se que não há / Há: ________}.
Na
última (ou penúltima) folha há o colofão
(ou colofon): «[Título] foi composto em caracteres [fonte] e impresso na [tipografia],
em papel [marca e gramagem], em [data: _______]».
Por
vezes, surge ainda a lista de obras na
coleção. {Neste caso, não / Sim}.
Relanceando agora também o miolo da obra,
tenta perceber o exato género do livro, sabendo-se já que
todas as obras da coleção cabem na classificação abrangente de ‘literatura de
viagens’. (Nota que alguns dos géneros seguintes podem até coexistir — nesse
caso, terás de selecionar mais do que um item.)
É um livro de {crónicas
/ relato de viagem / narrativa(s) de ficção / narrativa(s) autobiográfica(s) / diário
/ reportagem / reflexões político-sociológicas sob a forma epistolar (isto é,
em cartas) / memórias / ensaio / [outro:
________]}
Pensa numa obra (que inventarás). Tanto
pode ser biografia ou autobiografia, como coletânea de crónicas, livro de
viagens, romance, antologia de contos, ensaio, etc., mas sempre de autor por ti
criado. Desse livro inexistente
escreverás o seguinte paratexto.
Anterrosto: .
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Frontispício (página
de rosto ou portada) {Separa os diversos elementos por barras}:
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Texto para contracapa:
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Curta biografia do autor
para badanas (orelhas):
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Lista de obras da mesma
coleção (para orelhas ou para páginas finais):
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Índice (bastarão cinco entradas; dispenso a indicação das
páginas):
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TPC — Completa e melhora (e, depois, traz-mo) texto
iniciado em aula.
Aula 15-16 (15/out [9.ª, 4.ª], 17 [3.ª, 2.ª], 19 [5.ª]) Correção
do questionário de compreensão feito na penúltima aula (ver Apresentação).
Faz a referência
bibliográfica da crónica de Pedro Mexia que te tenha calhado, adotando este formato
(o exemplo é relativo a um texto que leremos hoje):
Afonso Cruz, «Os camelos limitam-se a viajar através
de histórias, mesmo quando deixam pegadas na areia» [«Paralaxe»], Jornal de Letras, Artes e Ideias, 20 de
agosto a 2 de setembro de 2014, p. 29.
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Qual é assunto
da crónica de Mexia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Nas pp. 23-24
do manual, vai lendo a crónica de Afonso Cruz, «Os camelos limitam-se a viajar
através de histórias, mesmo quando deixam pegadas na areia».
Depois, em
cerca de cem a cento e trinta
palavras, escreve uma sua síntese.
(No slide recordarei as diferenças entre síntese e resumo.) Continuarás o que
já comecei, mas não será talvez necessário usares letra tão queque.
Na sua crónica,
Afonso Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Na última aula, tratámos de Paratexto
(no fundo, as partes do livro que não correspondem ao texto principal). Faz
corresponder os termos (1-22) a cada uma das descrições (a-v). Já resolvi o
primeiro termo, a que corresponde a definição i.
1. _i_ Lombada
2. __ Prefácio
3. __ Portada, rosto ou frontispício
4. __ Sinopse
5. __ Dedicatória
6. __ Índice
7. __ Rodapé ou pé
8. __ Capa
9. __ Título corrente
10. __ Adenda ou apêndice
11. __ Bibliografia
12. __ Sobrecapa
13. __ Contraportada
14. __ Posfácio
15. __ Contracapa
16. __ Glossário
17. __ Cinta
18. __ Guarda
19. __ Orelhas, abas ou badanas
20. __ Cólofon ou colofão
21. __ Epígrafe
22. __ Anterrosto
a.
Face posterior externa de um livro (pode incluir sinopse, citações de críticos,
código de barras).
b.
Página branca colocada no início e no fim do livro (não deveria contar para a
paginação).
c.
Margem inferior da página (onde pode haver notas, além das que fiquem no final
do texto).
d.
Referência tipográfica registada na última página de um livro («Este livro foi
impresso [etc.]»).
e.
Frase ou citação colocada no início de um livro ou de um capítulo, por vezes em
página única.
f.
Página onde aparece o título completo da obra, autor, lugar, editor e data
(eventualmente, prefaciador e tradutor); é por ela que se faz a referência
bibliográfica.
g.
Face anterior externa de um livro (livros podem tê-la mole ou dura).
h.
Folha impressa (de papel ou outro material) que pode envolver a capa.
i.
Parte lateral de um livro, que une a capa e a contracapa (numa estante é muito
relevante).
j. Texto colocado no final
de um livro com esclarecimentos, autorais ou não, que parece cumprir desígnios
semelhantes que o prefácio mas com maior discrição.
k. Cada uma das partes da
capa e da contracapa, ou da sobrecapa, de um livro que se dobram para dentro
(podem ter texto sobre o autor, listas de livros da coleção).
l.
Banda de papel que pode envolver um livro e que contém elementos que o
publicitam.
m. Página ímpar, não
numerada, que precede o frontispício e só leva o título (abreviado, se for
longo).
n. Frase ou pequeno texto
em que o autor oferece a obra a alguém, geralmente numa página isolada.
o. Sumário do conteúdo de
um livro (que pode figurar na contracapa ou nas orelhas).
p. Acrescentamento,
suplemento, um pouco à margem do resto, no fim de um livro.
q. Verso da portada, onde
fica muitas vezes a ficha técnica.
r. Texto introdutório no
início do livro, para o apresenta (não costuma ser do autor).
s. Lista, alfabeticamente
ordenada, dos termos técnicos utilizados num livro e respetivos significados.
t. Listagem de obras
consultadas ou sobre um determinado assunto.
u. Título (abreviado) que
fica no cabeçalho das páginas ímpares; nas pares fica, em geral, o nome do
autor.
v. Relação dos capítulos,
temas, palavras ou autores contidos num livro, com indicação da(s) página(s) em
que surgem.
No final do trecho de
hoje do Discurso do Rei, o futuro
Jorge VI usa uma série de imprecações. Esses termos soltos — de registo muito
popular — não desempenham qualquer função sintática, exprimindo sobretudo uma
emoção. Em termos de classes de palavras são integráveis nas interjeições
(no manual, estão na p. 368). Nota que o quadro em baixo — que tirei de Da Comunicação à Expressão. Gramática
Prática — não contém todas as interjeições, já que se trata de uma classe
de palavras aberta (como a dos nomes
ou a dos adjetivos mas ao contrário das preposições ou das conjunções).
Em que fila entrariam
estas expressões do Duque de Iorque: «M[...]a!» (= ‘cocó!’), «F[...]-se!» (=
‘faça-se amor!’)? E o «berdamerda!» que ouvimos há pouco?
Reações expressas
|
Interjeições
|
Locuções interjetivas
|
dor
|
Ui!, Ai!
|
Ai de mim!, Pobre de
mim!
|
alegria
|
Ah!, Oh!
|
|
espanto,
surpresa
|
Hi!, Ah!,
Olá!, Ena!, Caramba!
|
Essa é boa!
|
advertência
|
Cuidado!
|
|
desejo
|
Oxalá!
|
Deus
queira!, Quem dera!, Bem haja!
|
dúvida
|
Hum!, Ora!
|
|
encorajamento,
animação
|
Eia!, Coragem!, Força!,
Avante!, Vamos!
|
Para a frente!
|
aplauso
|
Bis!, Bravo!, Viva!
|
Muito bem!
|
impaciência,
aborrecimento
|
Ui!, Bolas!,
Poça!, Arre!, Apre!, Irra!, Hem!
|
Raios te partam!, Ora
bolas!
|
resignação
|
Paciência!
|
|
chamamento,
invocação
|
Ó! Psiu!, Pst!,
Alô!, Olá!, Eh!, Socorro!
|
Ó da guarda!, Aqui d'el-rei!
|
[pedido
de] silêncio
|
Psiu!, Chiu!,
Silêncio!, Caluda!
|
|
reclamação,
repulsa, rejeição
|
Hei!, Abaixo!, Safa!,
Fora!, Arreda!
|
|
suspensão
|
Alto!, Basta!
|
Alto lá!
|
indignação
|
Oh!, Homessa!
|
Essa agora!
|
medo,
terror
|
Oh!, Ui!, Uh!,
Credo!, Jesus!, Abrenúncio!
|
Valha-me Deus!
|
cansaço
|
Uf!, Ah!
|
TPC — Em Gaveta
de Nuvens lê as duas ou três páginas que ficarão sobre ‘Paratexto’; lê
ainda o que está em ‘Classes de palavras’ sobre Interjeições.
Aula 17-18 (18 [9.ª, 4.ª], 19 [2.ª, 3.ª], 22/out
[5.ª]) Entrega e comentários das redações feitas há duas aulas (ver Apresentação).
No século XX, o advento
de dois meios de comunicação que fizeram que o discurso e a imagem do orador
chegassem a toda a população reorientou o modo de agir dos governantes. O
sucesso da política passou a depender de competências de comunicação. A
constatação, feita por Jorge V, de que, dado o surgimento da telefonia, a forma
como os outros percecionavam o que o rei dizia se tornara decisiva («Agora,
temos de entrar na casa das pessoas e ser-lhes simpáticos») tem correspondência
no cartoon de Angel Boligan, onde um aparelho de televisão condiciona a mole
que parece obedecer-lhe cega e submissamente.
Por hipérbole, na
caricatura a televisão deixou de ser simples intermediária de quem discursasse
e apoderou-se das funções do orador, sem que o povo disso se apercebesse. O
braço que fura o vidro simboliza o poder da forma e do meio, que já suplantaram
conteúdo e agente.
(149 palavras)
Lê os três excertos no enquadrado azul da
metade superior da p. 32. Redige uma síntese
que reúna o que esses trechos de Luís Adriano Carlos, Margarida Vieira Mendes e
Mafalda Ferin Cunha pretendem realçar (quase em comum). Escreve cem palavras
(mas não passes o tempo todo a contá-las).
Os trechos dos três ensaístas . . . . . . . . . . .
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[Solução possível:
Os trechos dos três
ensaístas vieirinos coincidem na advertência que nos fazem, a de que os sermões
do Padre António Vieira que hoje lemos não correspondem exatamente aos que
«aconteceram» nas igrejas seiscentistas onde Vieira os proferiu. O texto
escrito que nos chegou — recorda Mafalda Férin Cunha — é uma reelaboração tardia
a partir dos esboços que Vieira retivera dos seus discursos. Por outro lado —
referem-no Margarida Vieira Mendes e Luís Adriano Carlos —, é preciso ter
presente que a oratória religiosa pressupunha toda uma encenação, como se se
tratasse de uma representação teatral, até um cenário, que nos faltam agora. (100)]
Embora o nosso manual
não a reproduza, as melhores edições do «Sermão de Santo António [aos Peixes]»
incluem a seguinte didascália
inicial. (Uso a edição crítica de Arnaldo do Espírito Santo: Padre António
Vieira, Sermões, II, Lisboa, INCM,
2010, p. 419.) Reescreve em
português atual toda a didascália (na página seguinte), colocando as frases na sua
ordem mais natural, trocando as palavras que pareçam antiquadas, traduzindo a
epígrafe latina.
SERMÃO
DE S. ANTÓNIO
PREGADO
Na Cidade de S. Luís do Maranhão, ano de
1654.
Este
Sermão (que todo é alegórico) pregou o Autor três dias antes de se embarcar
ocultamente para o Reino, a procurar o remédio da salvação dos índios, pelas
causas que se apontam no I. Sermão do I. Tomo. E nele tocou todos os pontos de
doutrina (posto que perseguida) que mais necessários eram ao bem espiritual, e
temporal daquela terra, como facilmente se pode entender das mesmas alegorias.
Vos estis sal terrae. Matth. 5.
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As palavras «pregado» e
«pregou» são formas do verbo «_________» {indica
também o número que identifica a cabeça do verbete}. O étimo deste verbo é
a palavra latina (aliás, do latim falado por religiosos, o latim dito eclesiástico)
«________». Não se confunde este verbo com o seu ________ {homógrafo / homónimo / homófono} «________», já que, tal como o
nome que dele deriva, «pregador», se pronuncia com E aberto (é), cuja representação fonética é ___,
enquanto o verbo cuja primeira aceção é ‘_______’ e cujo étimo, também latino,
é «_______» se diz com um E que quase não se ouve (e), representado no alfabeto fonético por um __.
TPC — Lê as páginas em Gaveta de Nuvens, retiradas de inteligente enciclopédia de
linguística, sobre estes três tópicos: ‘O léxico do português’; ‘Neologismos [vs. Arcaísmos], empréstimos eestrangeirismos’; ‘Palavras [divergentes:] vernáculas e cultismos’.
Aula 19-20 (22
[9.ª, 4.ª], 24 [3.ª, 2.ª], 26/out [5.ª]) Explicação de pontos necessários à
compreensão do «Sermão de Santo António», cap. I (ver Apresentação). No filme que se segue, milagre do sermão aos
peixes fica cerca do minuto 55:
Lugares
Comuns, «Ser o sal da terra»
Lendo o capítulo I do «Sermão de Santo António» (pp.
36-38), completa. (Tenta fazer individualmente e, para já, evita ir conversando
com os colegas.)
[linhas 1-11] Cristo diz
serem os pregadores o ______. Tal como o sal preserva (os alimentos), os
pregadores deviam impedir a _______. Mas, se há tantos ________, como se
justifica que haja tanta corrupção? Várias hipóteses (e bifurcadas): ou os
pregadores não pregam a ________ ou os _______ não a querem; ou os pregadores
não fazem o que _______ e os seus ouvintes preferem imitá-los nas ______ e não
nas palavras; ou os pregadores pensam mais neles do que em _______ ou os
ouvintes, em vez de seguirem os preceitos da religião, preferem reger-se pela
sua _______ imediata.
[ll. 12-20] Então, o que se há de fazer aos ______, que não evitam a
corrupção, e aos ouvintes, que não se deixam _______? Como disse Cristo, se os
pregadores não cumprem bem, pelas palavras ou pelos ______, o melhor será _____.
[ll. 21-38] E que se há de fazer aos _______? Santo António, perante
um público que não lhe ligava, abandonou-o e foi pregar aos ________.
[ll. 39-50] Retomando o ‘conceito predicável’: Santo António foi até
mais do que «sal da terra», foi também «sal do _____», já que pregou a ______.
Mas o autor não quer relatar o que se passou com Santo António, antes acha que,
nos dias dos santos — lembremos: era dia 13 de junho, dia de Santo António —,
se deve é ____-los.
[ll. 51-55] Por isso, o
orador, o Padre António Vieira, vai também _______ aos peixes; para tanto,
invoca _______, cuja etimologia, supostamente, se ligaria ao mar (na verdade,
esta etimologia é falsa).
Resolve a correspondência entre recursos estilísticos e exemplos na p. 39, 10:
1. Interrogação retórica = ___
2. Apóstrofe = ___
3. Personificação = ___
4. Gradação = ___
5. Anáfora = ___
6. Enumeração = ___
7. Antítese = ___
8. Alegoria = ___
9. Metáfora = ___
No site da Paróquia de Sant’Ana (Vinhedo,
Campinas, São Paulo, Brasil, América do Sul, Terra, Universo ), dão-se-nos a
conhecer vinte e um milagres de Santo António. O quarto
é o milagre do sermão aos peixes,
cujo texto corrigi, aproveitando para acrescentar duas intervenções da minha
lavra. Lê, riscando o que penses serem essas intervenções escusadas.
[4. Milagre do sermão aos peixes]
Santo António foi pregar
na cidade de Rimini, onde dominavam os hereges, que resolveram não o ouvir.
Frei António subiu ao púlpito e quase todos se retiraram e fugiram. Não
esmoreceu e pregou aos que tinham ficado. Inflamado pela inspiração divina,
falou com tal energia, que os hereges presentes reconheceram os seus erros e
resolveram mudar de vida. Mas o Santo não estava contente com esse resultado
parcial. Retirou-se para orar em solidão, pedindo ao Altíssimo que toda a
cidade se convertesse.
Saindo do retiro, foi
direto às praias do Mar Adriático e, em altos brados, clamou aos peixes que o
ouvissem e celebrassem com louvores ao seu supremo Criador, já que os homens
ingratos não o faziam. Diante daquela voz imperiosa, apareceram logo os
incontáveis habitantes das águas, distribuindo-se ordenadamente, cada qual com
os da sua espécie e tamanho (dum lado, as baleias; do outro, as pescadinhas de
rabo na boca; do outro, os douradinhos do Capitão Iglo). Os peixes ergueram
suas cabeças da água e ficaram longo tempo imóveis, a ouvi-lo (e, nas suas
cabecinhas de peixes, alguns, como se fossem alunos da ESJGF, pensaram: «que
secante!»).
Os títulos dos outros milagres de Santo
António citados no mesmo site são:
«1. Os pássaros e a plantação»;
«2. O jumento curva-se diante da eucaristia»;
«3. Livro roubado»;
«5. O prato envenenado»;
«6. Milagre da bilocação»;
«7. Controlo sobre o tempo»;
«8. Santo António cura um louco»;
«9. Menino salvo pela fé»;
«10. Criada caminha sob forte chuva sem molhar
as roupas»;
«11. Santo António ressuscita um morto»;
«12. Salvou um homem da morte por esmagamento»;
«13. Cura de um menino paralítico»;
«14. O menino Jesus aparece ao Santo»;
«15. Reconstitui um pé decepado»;
«16. Morto fala em defesa do pai de Santo
António»;
«17. Recupera os cabelos arrancados de uma
mulher»;
«18. Conserva um corpo intacto e faz nascer uvas
numa videira sem frutos»;
«19. Anel desaparecido do Bispo de Córdova é
recuperado»;
«20. Ajuda um bispo a recuperar papéis
perdidos»;
«21. O casamento da jovem».
Depois de leres
«4. Milagre do sermão aos peixes», cria, no mesmo estilo, o relato de um dos
outros vinte milagres de Santo António na lista dada. Extensão
será semelhante (pelo menos, umas cento e cinquenta palavras). No teu relato
(inventado, é claro), não é necessário que Santo António viva na Idade Média, pode
o contexto ser contemporâneo.
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TPC — Relanceia o glossário de termos sobre o sermão em Gaveta de Nuvens
(«alegoria», «conceito predicável», «exórdio»). Entretanto, no manual podes ler
também, no glossário final, as entradas «Sermão» (p. [400]) e «Barroco» (p.
397). Também aconselho muito que vás passando os olhos pelos excertos ensaísticos
nas imediações das páginas que estivermos a ler em aula (para já, pp. 28-35).
Aula 21-22 (24 [9.ª, 4.ª], 29
[5.ª], 31/out [3.ª, 2.ª]) Correção das redações de criação de paraxtexto para
livro inventado (ver Apresentação).
Voltamos ao texto da primeira parte do «Sermão de Santo António» (pp. 36-38), do Padre
Vieira, para responder a estas perguntas ou completar as respostas já
esboçadas:
Responde, em conjunto, às perguntas 2 e 4
de Educação literária (no cimo da p.
39).
O conceito predicável que serve de fio condutor ao sermão é a frase
latina _______. É explicado pelo orador nos dois
primeiros parágrafos e no início do terceiro para introduzir o exemplo de Santo
António. As palavras «sal» e «terra» são retomadas várias vezes em sentido
alegórico, simbolizando, respetivamente, ______ e os ouvintes.
Identifica o momento em que o orador
realça que foi uma entidade superior quem o responsabilizou por denunciar os
males morais e sociais desta terra. De resto há mais argumentos de autoridade (ou seja, recurso à Bíblia ou aou exemplo
dos chamados Doutores da Igreja). Cita também algum desses argumentos de
autoridade.
São várias as
referências a Cristo ao longo do texto, um argumento de autoridade divina,
indiscutível: «______ o disse logo» (l. 13); «Quem se atrevera a dizer tal
cousa, se o mesmo Cristo a não ______» (l. 17). São aliás recorrentes os
argumentos de autoridade: «Este ponto não resolveu Cristo, Senhor nosso, no
Evangelho; mas temos sobre ele a resolução do nosso grande português ______,
que hoje celebramos, e a mais galharda e gloriosa resolução que nenhum santo
tomou.» (ll. 22-24) e «______ foram sal da terra; ______ foi sal da terra e foi
sal do mar» (ll. 41-42).
Completa esta resposta à pergunta 9 (p.
39), usando só formas verbais.
A inserção desta pequena narrativa ______ imprescindível para a
posterior utilização da alegoria. Por outro lado, o exemplo de Santo António
_______ a urgência da mudança de comportamento e de atitude perante situações
semelhantes de corrupção em contextos aproximáveis pela presença do mar. Esta
narrativa ______, ainda, um exemplo narrativo que deverá ______ de modelo
inspirador para todos os pregadores.
Num poema épico (Os Lusíadas, Eneida,
etc.) a invocação é o momento em que
o poeta pede inspiração a alguma entidade suscetível de a fornecer (nos Lusíadas, as Tágides e outras ninfas).
Também no «Sermão de Santo António» há uma invocação. Explicita.
No último parágrafo do
cap. I, o orador pede ajuda a Maria (a Virgem Maria, Nossa Senhora): «_________»
(isto é, com o habitual favor). Para melhor justificar o seu pedido, associa o
nome da Virgem a «mar», já que, segundo
ele, «Maria» viria de «________», ‘senhora dos mares’ (o que aliás é uma falsa
etimologia).
O primeiro recorte permite-nos ver que o
trocadilho com «banco» no anúncio do Banif (Paulo Alves) ou da CGD (Scolari)
aproveita duas aceções de «banco»: a segunda no verbete, ‘instituição financeira’,
e a _________, ‘móvel para as pessoas se sentarem’ (embora, num dicionário mais
completo, decerto figurasse ainda o sentido específico de ‘banco de
suplentes’). Estamos, portanto, no domínio do campo _______ {lexical / semântico / relvado} de
uma única palavra. Estamos perante um fenómeno de polissemia.
Já «canto» (‘ângulo’) e «canto» (‘ato de
cantar’) — à direita — não são aceções de uma mesma palavra. São duas palavras
diferentes, como se conclui do facto de estarem em verbetes próprios e confirma
o terem étimos diferentes (______ e cantu-).
São palavras _______ {homónimas / polissémicas / maluquinhas / homógrafas
/ homófonas}. São exemplos de um
fenómeno de homonímia.
A propósito de «Mofo ou bafio?» e
«Primeiro-ministro discursa» (série Lopes da Silva), completa:
A relação que há entre
os dois verbos «mofar» cujos verbetes (do Dicionário
da Língua Portuguesa, Porto, Porto Editora, 2011) te apresento é de ______
{polissemia / homonímia}. São palavras ______ {iguais / homónimas / homógrafas / homófonas}, como se infere de terem origem diferente: o étimo de
«mofar» é o germânico «______» (‘estar mal-humorado’), enquanto «mofar» virá de
«mofo» + «___».
A estas palavras, que,
tendo étimos diferentes, vieram a coincidir (mas apenas na aparência gráfica e
fonética) chamamos também, numa perspetiva histórica, palavras ______ {divergentes / convergentes}.
Este processo nada tem
que ver com o da ______: aí, temos uma mesma palavra original a ganhar vários
sentidos (várias aceções), num fenómeno de enriquecimento semântico (seja por
_______ do sentido inicial, seja por redução).
Quanto a «mofo» e
«bafio», são palavras ______ {polissémicas
/ monossémicas}, mesmo se os sentidos
de «bafio» não estão numerados. Aliás, têm uma aceção comum a ambas, ‘______’,
e uma outra em que o significado dado remete precisamente para o outro elemento
do par de aqui se trata. Há depois uma aceção popular, coloquial, de «mofo»,
correspondente a ‘_______’, mas já distante das outras.
Ou seja, a diferença que
no sketch se queria encontrar não
está dicionarizada. A diferença percecionada pelos dois amigos dever-se-ia a
uma ____ {denotação / conotação / homonímia} de ordem puramente subjectiva.
Nos verbetes de
«maniatar» e de «bloquear» reconhecemos a aceção em que o político usava as duas
palavras; a aceção n.º ____ de «maniatar» e a n.º ____ de «bloquear». No
entanto, as pessoas que ouvem o discurso parecem atribuir a «maniatar» ______ {conotação / denotação / polissemia}
diferente da que dão a «bloquear».
Esse matiz mais ofensivo
talvez esteja contemplado na aceção n.º ____ do verbete, marcada com a
abreviatura que assinala sentido _______: ‘tolher a liberdade’.
Porém, também pode ser
que a aversão a «maniatar» se relacione com o facto de esta palavra, na aceção
2, incluir expressões do campo lexical da ‘polícia’: «_______», «______». A
multidão interpretaria «maniatar» nesse sentido, sinónimo de «algemar».
No sketch «Parvoíce em torno de sinónimos»
(série Meireles) também se brinca com subtis ______ {conotações / denotações}
atribuídas a cada palavra, confirmando-se, se acreditássemos sempre nos
contrastes usados — «fez», «efetuou»; «parece-me que», «dá-me a sensação de
que»; «permite», «possibilita», «torna possível»; «preciso», «exato»;
«entrevista», «conversa amena»; etc. —, que não há sinónimos perfeitos.
[A tarefa seguinte aproveita textos (anúncio e
verbete) e ideia do manual Expressões 11:]
O anúncio em cima é bom pretexto para aplicarmos
a noção de «polissemia» (e as de «aceções», «campo semântico», «sentido
conotativo»). O slogan deste
texto publicitário assenta numa estratégia de exploração do valor polissémico
de «sermão».
Explica essa estratégia
num comentário com cerca de cem palavras, aproveitando o verbete de dicionário
reproduzido à direita e não deixando de usar os termos que assinalei a negro.
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TPC — Em Gaveta
de Nuvens relanceia «denotação,conotação; polissemia; hiperonímia, holonímia» (é o mesmo capítulo de que já
terás estudado «campo lexical, campo semântico»). Vê também as páginas 5 e 6 do Caderno de Atividades,
ambas sobre o «Sermão de Santo António», aqui e aqui (já com as soluções). Não
esqueças ainda a escolha e a leitura de livro integrável no Projeto de leitura.
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