Aulas (2.º período, 1.ª parte: 49-80)
Aula 49-50 (3 [9.ª, 4.ª], 4/jan [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Sobre
o onomástico (no caso, os nomes de batismo) de 2018, referimos este artigo.
Fechamos hoje a unidade sobre Discursos.
Estudámos a oratória religiosa, os sermões,
através de Vieira, mas também se tratava de conhecer a oratória, digamos,
profana, em que avultam os discursos
políticos.
Na p. 66, lê o «Discurso do escritor Luiz
Ruffato na abertura da Feira do Livro de Frankfurt», para resolveres depois o
item de correspondência acerca da «Estrutura interna do texto» (p. 67, 1):
1. a) = __; b) = __; c) =
__; d) = __; e) = __; f) = __; g) = __; h) = __.
Ouviremos a parte do discurso de Luiz
Ruffato em falta (cfr. «(...)»),
entre as linhas 4 e 5 (de «Brasil» a «Nós somos um país paradoxal»).
No início do ano letivo, usámos estediscurso de Mr. Bean (sobre uma pintura). Agora, recorreremos de novo a um
filme com Rowan Atkinson, Bean em férias.
É um discurso de agradecimento de prémio,
mas nos antípodas do de Luiz Ruffato. Trata-se das palavras da personagem
Carson Clay, um egocêntrico realizador de cinema, ao próprio filme, que acabava
de ser ovacionado por toda a plateia do Festival de Cannes.
Pus no texto de Clay várias vírgulas que
não são necessárias (ou, em alguns casos, constituem mesmo uma incorreção).
Circunda todas essas vírgulas. Talvez possas usar um círculo tracejado para as
vírgulas que são prescindíveis mas não agramaticais e um círculo cheio para as
absolutamente criticáveis.
Algo muito estranho se
passa, quando fazemos uma obra de arte. Por vezes, não nos apercebemos da
junção dos elementos, e, quando todos se juntam, algo de mágico, algo orgânico,
acontece, e foi isso que se passou hoje.
Todos disseram que isto
não ia resultar. Disseram que era um enorme risco, mas quero continuar a fazer
filmes como este. A combinação do cinema e do vídeo é algo que já foi feito,
anteriormente, mas não, exatamente, desta forma.
Estou contente por a
receção ter sido tão fantástica, e estou feliz por cá estar. Viva a França.
Deus vos abençoe.
Todo o filme aproveita muito o ato de
filmar com câmara digital. Por assim dizer, acompanhamos o processo de «enunciação» (a recolha de imagens por
Bean, turista em França) sem sabermos que o enunciado que desse ato vai resultando (as imagens arquivadas na
câmara) há de integrar-se num outro
enunciado, o filme falhado de Clay. Sublinha as comparações, recurso decerto destinado a ridicularizar o texto em
off.
Anseio esquecer-te. Esquecer
os teus beijos, como fruta macia; o teu riso irrompendo na luz do dia, como
prata; o teu sorriso, como a curva do quarto crescente no céu da noite; a tua
beleza luminosa, a tua bondade, a tua paciência e quanto te agarravas a cada
uma das palavras por mim proferidas.
Estás agora nos braços
de outro. Quem é ele? Este homem? Tem porte? Tem encanto? É um amante? Ou um
lutador? Que poderes tem ele sobre ti? Dançarão os teus olhos, quais pirilampos
na noite, quando ele vem ao teu encontro? Amaciar-se-á o teu corpo, enquanto os
teus lábios balbuciam o nome dele?
Depois de relanceares «Escrita», na p.
68, escreve os dois parágrafos do
desenvolvimento de
Tema: Discurso (por político) de ano novo/na investidura de
governo
Ponto de
vista (tese):
Há condições para o país evoluir
1.º parágrafo: Argumento
+ Exemplo
2.º parágrafo: Argumento + Exemplo
ou
1.º parágrafo: Argumento + Argumento
2.º parágrafo: Exemplo + Exemplo
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TPC — Além de, no caso de não o teres feito,
deveres ler o tepecê de férias, vê
também a lista de tarefas para 2.º período.
Se te emprestei livro e não o trouxeste hoje (como pedia no tepecê), trá-lo sem
falta na próxima aula para poder preparar o trabalho que lhes pedirei na aula
seguinte sobre livro lido. Sobre a língua de Santo António e outras relíquias de santos é engraçado
este artigo.
Aula 51-52 (7 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 9/jan [3.ª, 2.ª]) O
tepecê de férias pedia que lessem umas páginas sobre Acentuação gráfica. Sistematizamos
agora essa matéria, cujo desconhecimento é a fonte maior de erros nas redações.
As formas
erradas que se seguem são retiradas de textos vossos ou de colegas. Todas têm
problemas de acentos. Escreve a forma já
corrigida, ao lado da regra que lhe corresponda (escreve, portanto, na
coluna da direita, onde já pus alguns exemplos).
[o] porque
[das coisas] / intíma [adjetivo] /
tentão [Presente do Indicativo] /
provavél / tambem / contrario [adjetivo
ou nome] / brincavamos / cardiaco / acreditára [Mais-que-perfeito] / proximo / unica / so / relogio / neuronios /
fôra / saira [Mais-que-perfeito] /
passeavamos /estáva / príncipal / ultimo [adjetivo]
/ dificil / alguem / estadio / sotão / iría / faceis / Africa / páis
[‘parentes’] / [ontem] juramos / alí / e [Presente
de «Ser»] / [quis] deixa-los / pensão [Presente]
/ possivel / tivémos / ninguem / podera [Futuro]
/ dár-me / hipotese / acabára / sonambula / [eles] mantém / saíu / imprevísivel
/ irónicamente / começaram [Futuro] /
familia / passáros / musica / incrivel /faziamos / noticias [nome] / chegármos / iamos / lêem
regra que as grafias em cima não cumprem
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formas já corrigidas
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Palavra aguda
terminada em a, e ou o (com ou sem -s) leva
acento.
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má
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Palavra aguda
terminada em ditongo nasal [ãw] leva til.
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verão
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Palavra aguda
terminada em i ou u (com ou sem s) precedidos de vogal com que não formem ditongo leva acento.
|
Luís
|
Palavra aguda
terminada em -em ou ens, se tem mais de uma sílaba, leva
acento.
|
parabéns
|
Palavra aguda
terminada em ditongo aberto leva acento.
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céu
|
3.ª pessoa do
plural de «ter» ou «vir» leva acento circunflexo (para se distinguir da forma
do singular).
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vêm
|
Palavras agudas
fora das condições acima descritas não levam acento.
|
peru
|
Palavras graves,
não havendo outra condição especial, não levam acento.
|
vemos
|
Palavras graves
terminadas em -l, -n, -r, -s, -x e -ps levam acento.
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nível
|
Palavra grave
terminada em ditongo oral (seguido ou não de -s) leva acento.
|
fúteis
|
Palavra grave
terminada em -ã ou -ão (seguidos ou não de s) leva acento.
|
órfã
|
Palavra cuja sílaba
tónica i ou u não forma ditongo com a vogal anterior (a não ser se seguir um -nh ou -m, -n e -r) leva acento.
|
constituído
|
1.ª pessoa do
plural do pretérito perfeito da 1.ª conjugação leva acento (para se
distinguir do presente). [para
nortenhos, prescindível]
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andámos
|
3.ª pessoa do
singular do pretérito perfeito do verbo «poder» leva acento (para se
distinguir do presente).
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pôde
|
Não se emprega
acento antes de ditongos iu ou ui precedidos de vogal.
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caiu
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Todas as palavras
esdrúxulas (verdadeiras ou aparentes) têm acento.
|
esdrúxula
|
Depois de vermos o trailer do filme Debate pela Liberdade (The Great Debaters; em português do
Brasil, O Grande Desafio), resolve o
questionário de escolha múltipla da p. 69:
1. 1.1. = __; 1.2. = __; 1.3. = __; 1.4. = __; 1.5. = __.
Sketch com discurso de
político
|
Autores
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O que se pretende
caricaturar
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Palavras
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Porta
dos Fundos
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Políticos
serem dirigidos por outrem
|
Deputado
dirige-se à Assembleia
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Gato
Fedorento
|
Formalismo
da oratória política
|
Lições
sobre política, futebol e afins
|
Gato
Fedorento
|
|
Faltas
dos deputados
|
Gato
Fedorento
|
No final do 1.º
período já lemos um poema de Cesário Verde («De tarde»). Do
mesmo poeta — que iremos dando saltitantemente —, segue-se «A débil», a que retirei
a última palavra de quase todos os versos. Deixei a primeira e a última quadra
completas. Por elas ficas a saber que em cada estrofe há rima interpolada e emparelhada, num esquema a-b-b-a.
Quanto à métrica, por esses oito versos se vê que se trata de decassílabos.
Tentarás
colocar nos espaços estas palavras deles retirados.
devasso / absinto /
suspirando / suspeites / monarca / bordado / titulares / turbulento / respeito
/ esbocetos / loura / miserável / brando / imaculada / patriarca / arborizado /
entanto / sossego / ostentação / pisada / quieta / corruptora / sinto /
matinais / enfeites / cabeça / pedestal / fina / peito / braço / saudável /
demais / envidraçada / espessa / natural / tanto / casares / grego / batina /
nação / pretos / embaraçada / ajuntamento / poeta
Vai respondendo às seguintes perguntas na
p. 329 (ou completando as respostas).
Educação literária
1. «Eu» / «feio» /
«____» / «____» // «Ela» / «___» / «frágil» / «____»
Os adjetivos usados em cada um dos casos, apesar
de antitéticos, sugerem que se podem complementar, na perspetiva de que os
opostos se atraem e completam. O «eu», consciente da sua degradação, diz-se
capaz de lhe ser leal, adotando os valores por ela representados (recato,
honestidade).
2. O sujeito poético
está «[s] ______» (v. 5), «[n] ______» (v. 7) e bebe «_______» (v. 10).
3. Os três recursos são
a tripla adjetivação, em «_____, _____, ______» (v. 2); a hipálage, em «_____»
(v. 4); e a _____ em «[existência] de cristal» (v. 4). Pretende-se caracterizar
o tipo de vida associado à figura feminina: uma existência pura, transparente,
imaculada, perfeita, como o cristal.
4. A figura feminina, na
sua brancura e luminosidade, é «recatada», enquanto a turba é «ruidosa, ___,
___». Os traços sombrios e ameaçadores da multidão contrastam, vivamente, com a
naturalidade e a brandura da jovem que passa.
Gramática
1. a) _____. ([sugestão:
vê se na 3.ª pessoa seria lhe ou o/a])
b) _____. ([sugestões: é
trocável por o/a? Qual é a expressão
que faz que o verbo esteja no singular (ou no plural)?])
c) ______.
Discorre sobre
a perspetiva que o sujeito poético tem acerca da «débil» e como essa visão vai
evoluindo, com o «eu» a alterar a sua atitude para com ela. Usa
citações. Aproveita todas, ou quase todas, as linhas.
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TPC — Redige, a caneta e em folha que me
trarás, a resposta a um destes itens «tipo grupo III de exame», que copio do Caderno de Atividades (p. 89; p. 96):
Num texto bem
estruturado, com um mínimo de 180 e um máximo de 220 palavras, apresenta um texto de opinião sobre os valores que defendem os jovens atuais. Há quem
argumente que a juventude do século XXI é essencialmente individualista e
materialista. Concordas com esta posição? Fundamenta o teu ponto de vista,
recorrendo a dois argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo
significativo.
No
item da p. 96 só é diferente a parte sublinhada:
[...] sobre os jovens e a popularidade. Será
a popularidade determinante para a afirmação de um jovem? Qual é a tua
posição? [...]
Aula 53-54 (10 [9.ª, 4.ª], 11/jan [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Correção
do último item sobre «A Débil», de Cesário Verde (p. 328):
Discorre
sobre a perspetiva que o sujeito
poético tem acerca da «débil» e como essa visão vai evoluindo, com o «eu» a
alterar a sua atitude para com aquela mulher.
A dita débil, no início do texto, além de admirada pela beleza,
juventude, naturalidade (vv. 2, 15, 19, 20, 25, 34, 37, 38), é vista como
frágil (vv. 2, 6), de tal modo que o sujeito poético manifesta vontade de a
proteger da agitação da cidade. Com ela imagina «uma família, um ninho de
sossego» (v. 35). E, perante a ameaça de «um numeroso ajuntamento», o eu, com a
sua «vista de poeta», transfigura a rapariga, «tímida e quieta», numa «pombinha
branca» cercada por «um bando ameaçador de corvos pretos» (vv. 46-48). No
entanto, o retrato da «débil» é complexo, ambivalente: também surge como figura
capaz de atravessar a multidão «com elegância e sem ostentação» (v. 37),
impondo a sua presença.
Na última estrofe, o
sujeito lírico assume mesmo a decisão de dedicar à rapariga a sua «pobre vida»
e por ela está disposto a modificar-se. Aquele que no início se definia como
«feio», aparentemente com falta de saúde (v. 12), triste e com dores de cabeça
(v. 22) diz-se agora «hábil, prático, viril» (v. 52), pronto a corresponder ao
poder do exemplo da jovem, que, afinal, seria «débil» apenas no título do
poema.
Lê «A uma transeunte» (p. 330), poema de Baudelaire
que procuraremos comparar com «A débil» (p. 328), de Cesário Verde. Lê primeiro a tradução no manual, mas lê também a
tradução de Maria Gabriela Llansol, que ponho a seguir. Qual preferes? Depois,
dá uma vista de olhos ao original francês, que é útil para percebermos o
esquema rimático.
Tradução por Maria
Gabriela Llansol (Charles Baudelaire, As
Flores do Mal, Lisboa, Relógio D’Água, 2003, pp. 213 e 215):
A uma transeunte
A rua ensurdecedora em meu redor berrava
Alta,
esguia, de luto carregado, dor majestosa,
Uma
mulher passou, com sua mão faustosa
Erguendo,
baloiçando o ramo e a bainha
Ágil
e nobre, com sua perna de estátua.
Eu
bebia, crispado como extravagante,
No
seu olhar, céu lívido onde nasce o furacão,
A
doçura que fascina e o prazer que mata.
Um
raio... em seguida, a noite! — Beleza fugitiva
Cujo
olhar me fez repentinamente renascer,
Só
voltarei a ver-te na eternidade?
Algures,
bem longe daqui! Demasiado tarde! Nunca talvez!
Eu
não sei para onde fugiste, tu não sabes para onde vou,
Tu
que eu teria amado, tu que sabias que sim!
Versão original:
A une passante
La
rue assourdissante autour de moi hurlait.
Longue, mince, en grand deuil, douleur majestueuse,
Une femme passa, d’une main fastueuse
Soulevant, balançant le feston et l’ourlet;
Agile
et noble, avec sa jambe de statue.
Moi,
je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans
son œil, ciel livide où germe l’ouragan,
La
douceur qui fascine et le plaisir qui tue.
Un
éclair... puis la nuit! — Fugitive beauté
Dont le regard m’a fait soudainement renaître,
Ne
te verrai-je plus que dans l’éternité?
Ailleurs, bien loin d’ici! trop tard! jamais peut-être!
Car
j’ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
O
toi que j’eusse aimée, ô toi qui le savais!
Preenche as lacunas na tabela.
AUTOR
|
|
Cesário Verde (1855-1886)
|
Charles Baudelaire (1821-1867)
|
naturalidade: Lisboa (Portugal)
|
naturalidade: Paris (____)
|
TEXTO
|
|
«A débil»
|
«A uma
transeunte»
(fr.: «A une passante»)
|
publicado no periódico A Evolução, em 1876
|
publicado na revista L’Artiste, em 1855
|
coligido em O Livro de Cesário Verde (1901)
|
coligido em Les Fleurs du Mal, 2.ª ed. (1861)
|
FORMA
|
|
treze ____
|
um soneto (= duas quadras e dois ____)
|
______
|
dodecassílabos
|
a-b-b-a || ___ || e-f-f-e || g-h-h-g || etc.
|
a-b-b-a || ___ || e-f-e || f-g-g
|
O
SUJEITO LÍRICO
|
|
observador e _____ (talvez
apaixonado)
|
_____ e apaixonado
|
admira a mulher, ____ com ela («Mas se a atropela
o povo turbulento / Se fosse por acaso ali pisada!», vv. 41-42)
|
admira a mulher, ____ por ela («Um raio...»,
v. 9; «Tu que eu teria amado», v. 14)
|
vê na mulher que passa a esperança de uma
transformação regeneradora («sinto / que me tornas prestante, bom, ____», vv.
11-12)
|
vê na mulher que passa a esperança de um amor
regenerador («cujo olhar me fez ___», v. 10)
|
no final, quer «dedicar[-lhe] a [sua] pobre
vida» (v. 50) e revela-se já transformado («sou hábil, ____, viril», v. 52)
|
no final, revela-se resignado por a ter
perdido («e depois noite!», v. 9; «Só te verei de novo na _____?», v. 11;
«Noutro lugar, bem longe! é tarde! talvez nunca!», v. 12)
|
A
MULHER
|
|
é o «tu» do poema («___», v. 2; passim)
|
é o ____ do poema («Só te verei», v. 11;
«sabes», «ias», v. 13; «Tu», «tu», «sabias», v. 14)
|
é ___; mas frágil («A débil»), discreta
(«recatada», «honesta», «recolhida»), «simples», inocente (cfr. «A tua boa mãe»), bondosa
(«socorreste um miserável»)
|
é bela; «majestosa» (v. 2), com mãos «____»
(v. 3), «nobre e ágil», talvez extrovertida («Erguia e agitava a orla do
vestido», v. 4)
|
O
ESPAÇO
|
|
rua citadina, ruidosa, movimentada, cheia de
____
|
rua decerto citadina, ____ («A rua ia gritando
e eu ensurdecia», v. 1)
|
Sketch
com discurso de político
|
Autores
|
O que se pretende
caricaturar
|
Escândalo na cantina
|
Gato Fedorento
|
|
Grupo parlamentar de palhaços
|
Gato Fedorento
|
|
Vota Lopes da Silva
|
Gato Fedorento
|
Recurso a palavras e
entoações apenas para suscitar aplausos (como espetáculo sujeito a um
protocolo entre orador e claque)
|
Primeiro-ministro discursa
|
Gato Fedorento
|
|
Obama português
|
Gato Fedorento
|
Redação de apreciação do livro que cada
um leu no âmbito do Projeto de leitura
TPC — Lembro apenas o tepecê da aula
passada, que lhes disse poderem entregar na próxima aula.
Aula 55-56 (14 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 16/jan [3.ª, 2.ª]) Como
outros poemas de Cesário Verde, «Num
bairro moderno» (pp. 325-326) apresenta características narrativas (é possível identificar espaço, tempo,
figuras intervenientes e suas ações). Não é difícil, por isso, conceber
sínteses para cada uma das estrofes, como se se tratasse de um texto em prosa
narrativa.
Em cada trecho
a seguir, há uma lacuna a preencher e um segmento a riscar.
vv. 1-5 // Naquele bairro moderno por onde passa, às dez horas,
chamam a atenção do sujeito poético os efeitos causados pelas incidências da ____.
Um pedaço da brita do macadame entra-lhe numa vista.
6-10 // Dentro das ____, ressacados ainda da noitada, os
residentes só agora começam a despertar.
11-15 // Um pouco invejoso da vida burguesa que adivinhava
naquela rua, o poeta — que não está de extraordinária saúde — ia a caminho do
____, sem pressas, já que queria irritar o patrão.
16-20 // Atentou então numa vendedeira, humilde, que pousara a
sua cesta numa ____, ficando a jogar xadrez (com peças de mármore).
21-25 // Olhou-a, salientando no retrato da rapariga o ar
popular, a lingerie sofisticada, a fealdade, o _____ em desalinho.
26-30 // Viu-a também à conversa com um _____, que a assediava
com proposta indecente, oferecendo-lhe apenas uma moeda.
31-35 // Perante os vegetais, iluminados pelo ____, o «eu» do
poema propõe-se imaginá-los transfigurados num belo corpo humano, que depois
canibalizaria.
36-40 // Repara também no movimento que o bairro começa a ter.
Nota ainda as diversas sensações (_____, auditivas, visuais) que impregnam o
ambiente. Rapazes, na brincadeira, tocam às campainhas.
41-45 // Como antes prometera, o sujeito poético vê nos vegetais
transportados pela rapariga elementos antropomórficos: na _____, uma cabeça;
nuns repolhos, seios; num ananás, um umbigo.
46-50 // Identifica as azeitonas com tranças; os ____, com ossos;
as uvas, com olhos; os kunamis, com esternocleidomastóideos.
51-55 // Certos frutos lembram-lhe colos, ombros, _____, uma
cara. Num cheiroso melão que está entre as hortaliças, vê uma barriga e uma
orelha.
56-60 // Nos legumes, carnes tentadoras; nas cenouras, ____; nos
tomates, corações; na ginja, ketchup a imitar sangue.
61-65 // Entretanto, a rapariga, não esperando mais clientela,
pede ao poeta que a ____, no sentido de pôr a canastra das sardinhas à cabeça.
66-70 // Afável, ele apoia-a e conseguem ______ aquele enorme
peso (cinco toneladas), dada a excelente musculatura de ambos.
71-75 // O _____ da regateira (acompanhado de generosa gorjeta)
revigorou o poeta.
76-80 // Enquanto a rapariga se afasta e se veem comboios, sob o
calor de ____, o sujeito poético pode reparar na sua magreza e palidez.
81-85 // E apercebe-se do ambiente ao redor: uma criança rega uma
_____ (e esta ação sugere uma comparação poética). Sportinguistas queixam-se de
Das Bosta.
86-90 // Ao mesmo tempo que sente os cheiros vindos da giga,
chegam-lhe outros motivos sensoriais (som de chilreios de ______ e do bulício
das criadas, cor dos raios de sol, sabor do bife à Império).
91-95 // E logo se foca, de novo, na rapariga, observando a sua
energia, realçada até pela aparente fragilidade física (por sua vez,
contrastante com as ____ repolhudas). É uma «desgraça alegre» que entusiasma o
poeta, que se desfaz em lágrimas.
96-100 // Regressa então às fantasias inspiradas na visão dos
vegetais: umas abóboras lembram-lhe as pernas de um _____, um halterofilista desclassificado
por doping.
Resolve as seguintes perguntas da p. 327:
9.
1. =___; 2. =___; 3. = ___; 4. = ___; 5. = ___; 6. = ___; 7. = ___.
7.
Nas estrofes 17 e 18, há referência, explícita e implícita, a diferentes cores
e tons: «janela ____» (v. 82), «nuvens ____» (v. 85), «um ____» (v. 87)
(amarelo), «raios de laranja» (v. 90). A luz do sol está presente, na estrofe
17, em palavras e expressões como «joeira» (v. 83), «borrifa ____» (v. 84) e
«poeira que eleva nuvens altas» (vv. 84-85), pois a água que sai do ralo do
regador forma uma nuvem de gotículas com a incidência dos raios solares. Na
estrofe 18, a luminosidade aparece associada a «____» (v. 88) e à belíssima
imagem do sol que estende os seus «raios de ____ destilada» (v. 90) nos versos
finais.
8.
Estas personagens permitem denunciar as condições de vida das classes sociais desfavorecidas,
como é o caso da vendedeira e dos «padeiros». O «criado», ainda que proveniente
do povo, assume um estatuto privilegiado e, com sobranceria e desdém, humilha a
vendedeira, atirando-lhe a moeda, de forma «____» (v. 29) (assinale-se a
expressividade do adjetivo). O sujeito lírico parece tomar o partido dos mais
fracos («Eu acerquei-me d’ela, sem ___», v. 66).
Sketch com debate
|
Autores
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O que se pretende caricaturar
|
Debate quente
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Porta dos Fundos
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Preocupação de que
os debates tenham audiência, sejam um espetáculo, sem que a discussão tenha
profundidade ou seja mais do que afirmações soltas (muitas vezes,
agressivas).
|
Debate político insultuoso
|
Gato Fedorento
|
Hipocrisia
(agressividade dissimulada por falsa cortesia), falta de substância,
interrupções, preocupação, quase fetichista, com a distribuição do tempos.
|
Fox, o cão político
|
Gato Fedorento
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Desculpe, o sotor usou um
argumento
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Gato Fedorento
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Escreve um
texto em prosa, tenden-cialmente literária, cujo narrador percorra espaço
dentro da cidade e vá observando o cenário (com pormenor idêntico ao usado por
Cesário Verde). A certa altura, haverá breve diálogo com alguém (como sucedia
em «Num Bairro Moderno»).
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TPC — Lê os vários excertos de
ensaios sobre Cesário Verde nas pp. 319-321 e, se houver tempo, já agora também
os das pp. 316-317.
Aula 57-58 (17 [9.ª, 4.ª], 18 [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Na
p. 346, lê «Cristalizações», de Cesário
Verde.
Como se trata de poema cujo «eu» (sujeito
poético, sujeito lírico) é um quase-narrador — e, mais uma vez, em deambulação
pela cidade —, é possível fazer sínteses-resumos de cada estrofe. Já o fiz para
três quintilhas; procede agora do mesmo modo para as seis em falta. (Nota que o
poema é bastante maior. O original tem vinte estrofes.)
Não uses em cada síntese mais do que vinte palavras.
Vv.
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Resumo-Síntese
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1-5
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6-10
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O frio e o sol convidam ao trabalho. No chão
molhado, vê-se a cidade refletida.
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11-15
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Passam peixeiras enérgicas, a apregoarem.
Veem-se barracas pobres e quintalórios.
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16-20
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21-25
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26-30
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31-35
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36-40
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41-45
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Também as cores e os reflexos devidos às poças de água impressionam o
«eu».
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O assunto é Termos antecedente, sucedente,
referencial; Anáfora, catáfora; Referente; Correferentes; Cadeia de referência.
Lê e completa. (No manual, esta matéria está em «[coesão] referencial», no
final da p. 388.)
Ouvidos os primeiros dez
minutos do episódio da série ‘Grandes livros’ acerca de Cesário Verde, escreve
V(erdadeiro)
ou F(also)
à esquerda dos seguintes períodos.
O documentário começa com a pergunta «Será que
só existe poesia na beleza?»
Diz-se-nos depois que a poesia também é possível
na noite, no feio, nos cocós, nas pequenas coisas.
Também haveria poesia no real, no mundo, no quotidiano,
na vizinha do lado, no frio, no cansaço.
Metaforicamente, anuncia-se-nos irmos «abrir os Cânticos do Realismo».
Na introdução ao contexto, refere-se estar-se no
tempo da Regeneração — o tempo dos comboios, dos telégrafos, das estradas, das
pontes, com a ascensão da burguesia e o crescimento das cidades.
Em 1886, os jornais noticiaram, por azarada
gralha, a morte de Cesário Azul, um comerciante de Lisboa que também poetava.
Cesário morreu com apenas 71 anos.
O Livro de
Cesário Verde
foi publicado, por iniciativa de Silva Pinto, logo em 1887 [e eu errei, há uma
aula ou duas, ao dizer-lhes que fora alguns anos depois].
Cesário Verde trabalhava na loja de chinês do
pai, na Baixa.
Foi estudante, ainda que fugazmente, da
Faculdade de Direito de Lisboa.
O espólio de Cesário Verde perdeu-se num tsunâmi
que fez submergir a casa de Linda-a-Pastora.
A família de Cesário Verde vivia com
dificuldades económicas.
Em vida, Cesário não foi reconhecido como bom
poeta.
O poema «Esplêndida» teve esplêndida receção por
parte de leitores e direção do Diário de
Notícias, que o publicara.
Cesário Verde foi acusado de ter sido
influenciado por Les Fleurs do Mal,
de Baudelaire.
Ramalho Ortigão recomendou-lhe que fosse menos Verde
e mais Cesário.
Para Pedro Mexia, a forma como Cesário descreve
as mulheres é «tudo menos lírica — é uma forma bastante brutal e, hoje,
diríamos ‘misógina’»; não era um poeta que escrevesse para agradar.
Cesário Verde serviu-se de novas palavras, de
métrica e rimas inovadoras, de uma adjetivação sem paralelo.
Para o ensaísta Eugénio Lisboa, o único
equivalente a Cesário na sua época seria Eça de Queirós, ainda que este tivesse
sido prosador.
Segundo refere Maria Filomena Mónica, o primeiro
poema de Cesário Verde é de 1873.
Retoma redação
da última aula, ainda que usando a folha da aula de hoje. (podes até recopiar
as últimas palavras que escreveras).
Continua o percurso do «eu», mas observando
agora trabalhadores com que ele se deparasse (não têm de ser calceteiros, nem
das obras, mas tem de se descrevê-los no seu «métier», com pormenores à Cesário
Verde). Inspiração em «Cristalizações» pode ser útil.
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TPC — Em Gaveta
de Nuvens, na zona sob o título ‘Lista de tarefas para o 2.º período’, já
explicitei a parte de poema de Cesário Verde que te caberá recitar. É tarefa
para preparares logo que possas (durante a semana que vem), podendo eu começar
a ouvir as recitações talvez na semana que começa a 28 de janeiro. Entretanto,
espero completar em breve o que escrevi sobre as restantes tarefas para o 2.º
período. Algumas, é verdade, estão à espera de que comecemos as próprias
matérias em causa (Frei Luís de Sousa,
Amor de Perdição), mas nada impede
que comecem a pensar nelas. Convirá ainda estarem atentos à tarefa que designo
como «tarefa interessante», porque pode implicar prazos para entregas para
efeitos de concursos (informação sobre esses concursos).
Aula 59-60 (21 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 23/jan [3.ª, 2.ª]) Explicações
de escrita (ver Apresentação).
Para as estrofes de «De verão», de Cesário Verde, dar-te-ei hipóteses de títulos, frases alusivas, meras observações a aspetos de ordem estilística. Escolhe a melhor
dessas quatro opções (relativas a cada uma das quintilhas I a XVII):
De
verão
I
No campo; eu acho nele a musa que me anima:
A
claridade, a robustez, a ação.
Esta
manhã, saí com minha prima,
Em
quem eu noto a mais sincera estima
E
a mais completa e séria educação.
II
Criança encantadora! Eu mal esboço o quadro
Da
lírica excursão, de intimidade.
Não
pinto a velha ermida com seu adro;
Sei
só desenho de compasso e esquadro,
Respiro
indústria, paz, salubridade.
III
Andam cantando aos bois; vamos cortando as leiras;
E
tu dizias: «Fumas? E as fagulhas?
Apaga
o teu cachimbo junto às eiras;
Colhe-me
uns brincos rubros nas ginjeiras!
Quanto
me alegra a calma das debulhas!»
IV
E perguntavas
sobre os últimos inventos
Agrícolas.
Que aldeias tão lavadas!
Bons
ares! Boa luz! Bons alimentos!
Olha:
Os saloios vivos, corpulentos,
Como
nos fazem grandes barretadas!
V
Voltemos! No ribeiro abundam as ramagens
Dos
olivais escuros. Onde irás?
Regressam
os rebanhos das pastagens;
Ondeiam
milhos, nuvens e miragens,
E,
silencioso, eu fico para trás.
VI
Numa
colina brilha um lugar caiado.
Belo!
E, arrimada ao cabo da sombrinha,
Com
teu chapéu de palha, desabado,
Tu
continuas na azinhaga; ao lado,
Verdeja,
vicejante, a nossa vinha.
VII
Nisto,
parando, como alguém que se analisa,
Sem
desprender do chão teus olhos castos,
Tu
começaste, harmónica, indecisa,
A
arregaçar a chita, alegre e lisa,
Da
tua cauda um poucochinho a rastos.
VIII
Espreitam-te,
por cima, as frestas dos celeiros;
O
sol abrasa as terras já ceifadas,
E
alvejam-te, na sombra dos pinheiros,
Sobre
os teus pés decentes, verdadeiros,
As
saias curtas, frescas, engomadas.
IX
E,
como quem saltasse, extravagantemente,
Um
rego de água sem se enxovalhar,
Tu,
a austera, a gentil, a inteligente,
Depois
de bem composta, deste à frente
Uma
pernada cómica, vulgar!
X
Exótica!
E cheguei-me ao pé de ti. Que vejo!
No
atalho enxuto, e branco das espigas
Caídas
das carradas no salmejo,
Esguio
e a negrejar em um cortejo,
Destaca-se
um carreiro de formigas.
XI
Elas,
em sociedade, espertas, diligentes.
Na
natureza trémula de sede,
Arrastam
bichos, uvas e sementes
E
atulham, por instinto, previdentes,
Seus
antros quase ocultos na parede.
XII
E
eu desatei a rir como qualquer macaco!
«Tu
não as esmagares contra o solo!»
E
ria-me, eu ocioso, inútil, fraco,
Eu
de jasmim na casa do casaco
E
de óculo deitado a tiracolo!
XIII
«As
ladras da colheita! Eu, se trouxesse agora
Um
sublimado corrosivo, uns pós
De
solimão, eu, sem maior demora,
Envenená-las-ia!
Tu, por ora,
Preferes
o romântico ao feroz.
XIV
Que compaixão! Julgava
até que matarias
Esses insetos importunos!
Basta.
Merecem-te espantosas
simpatias?
Eu felicito suas
senhorias,
Que honraste com um pulo
de ginasta!»
XV
E enfim calei-me. Os teus cabelos muito loiros
Luziam,
com doçura, honestamente;
De
longe o trigo em monte, e os calcadoiros,
Lembravam-me
fusões de imensos oiros,
E
o mar um prado verde e florescente.
XVI
Vibravam,
na campina, as chocas da manada;
Vinham
uns carros a gemer no outeiro,
E
finalmente, enérgica, zangada,
Tu,
inda assim bastante envergonhada,
Volveste-me,
apontando o formigueiro:
XVII
«Não me incomode, não, com ditos detestáveis!
Não
seja simplesmente um zombador!
Estas
mineiras negras, incansáveis,
São
mais economistas, mais notáveis,
E mais trabalhadoras que o senhor!»
I
a) A minha prima inspira-me!
b) A musa da poesia inspira-me!
c) Gosto da irreverência da priminha.
d) A luz do campo inspira-me!
II
a) Prefere a cidade, industrial, ao campo, envelhecido.
b) Detestável prima!
c) Não conseguirá dar notícia de tudo o que se passou.
d) O poeta está doente.
III
a) Que seca!
b) É perigoso fumar junto às eiras.
c) A observação do trabalho dos outros é já por si cansativa.
d) Está-se bem no campo!
IV
a) Rudes mas delicados, os saloios.
b) A agricultura está demasiado industrializada.
c) No campo, todos são muito lavados.
d) Os saloios são uns mentirosos.
V
a) A prima é demasiado rápida; não a acompanho.
b) A prima entra por um olival.
c) Pôs-se frio.
d) Decide-se o regresso. Estou pensativo.
VI
a) Tudo isto me enoja!
b) O poeta (e a prima) são donos de uma vinha.
c) Vá lá, despacha-te!
d) «Verdeja, vicejante, a nossa vinha» contém uma aliteração.
VII
a) O poeta entrevê o rabo da prima.
b) A iguana comprada pela prima rasteja.
c) Um instantâneo: a prima ergue um pouco a saia.
d) Afinal, a prima é uma sereia.
VIII
a) Vê-se a roupa interior da prima.
b) Há fogo na seara.
c) As mulheres, ao longe, usam saias curtas, brancas, engomadas.
d) Uma minissaia (que desconcentra o poeta).
IX
a) És muito séria, pois, mas dás as tuas pernadas, não é?!
b) Uma pernada cósmica!
c) Um momento ordinário.
d) Uma polaroid: a prima a alongar a perna.
X
a) As espigas caíram.
b) Salmões.
c) Sem a prima notar, o poeta aproxima-se.
d) Olhando o chão, um pormenor.
XI
a) As pessoas da aldeia atulham as casas de animais e sementes.
b) Como são repelentes os bichos!
c) Para uma sociologia das formigas.
d) A sociedade na aldeia.
XII
a) O poeta ofereceu um jasmim à prima.
b) O poeta estava deitado.
c) O poeta usava óculos.
d) O poeta usava uma flor.
XIII
a) «As ladras da colheita» são as formigas.
b) «As ladras da colheita» são as aldeãs pobres.
c) «As ladras da colheita» são as raparigas que sejam como a prima.
d) «As ladras da colheita» são as aves.
XIV
a) A prima tivera o cuidado de não esmagar as formigas.
b) «Suas senhorias» são as espigas.
c) A prima não teve compaixão com os pobres insetos.
d) O poeta deu um pulo de ginasta.
XV
a) Aspetos cromáticos.
b) Amuei.
c) Ao longe, o mar.
d) O poeta avistou uma serra, onde havia trigo.
XVI
a) Envergonhada por ter calcado as formigas.
b) Genuinamente zangada.
c) Futilidades.
d) Cocó.
XVII
a) A prima acha que aquele senhor é realmente preguiçoso.
b) A prima enfurece-se com a falta de compaixão pelos animais revelada
pelo poeta.
c) A prima detesta insetos.
d) A prima replica à ironia do poeta também na
brincadeira.
Depois de me dares a folha com o
questionário sobre «De verão», lê no cimo da p. 331 o texto enquadrado «Imaginário
épico e representação dos tipos sociais».
A seguir, centra-te nos cinco primeiros
quartetos de «O Sentimento dum
Ocidental» (pp. 331-332, vv. 1-20), o mais importante poema de Cesário
Verde. Transpõe vv. 1-20 de
«O Sentimento dum Ocidental» (pp. 331-332) para contexto diferente:
Cesário Verde > Versos
teus
sentimentos disfóricos
> alegria, otimismo ou outros sentimentos «positivos»
cidade > campo,
praia, montanha
anoitecer > outro
momento do dia
século XIX > século
XXI
rima, métrica > sem rima, nem métrica, mas extensão aproximada
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TPC — Vê tarefas para 2.º período em ‘Lista de tarefas...’, atentando sobretudo nas assinaladas a azul fluorescente. As tarefas que são também
concursos (o mais próximo é o de escrita sobre «Quem é Calouste?») não são
obrigatórias — mas ficaria bem impressionado se pelo menos os alunos com
melhores capacidades fizessem uma destas tarefas (mas só vale a pena se com
gosto e criatividade). Quanto à tarefa de recitação já a anunciei no último
tepecê (está também a azul): vai já fixando as estrofes que te couberam.
Aula 61-62 (24 [9.ª, 4.ª], 25/jan [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Correção
do questionário de compreensão de «De verão» (ver Apresentação).
Numa prova de exame de 2014 está um raro
caso de grupo I-B com Cesário Verde:
B
Leia as cinco estrofes iniciais do poema «O
Sentimento dum Ocidental», de Cesário Verde.
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.
Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.
Cesário Verde, Obra Completa de Cesário Verde, edição
de Joel Serrão, Lisboa, Livros Horizonte, 1988, p. 151
Apresente, de forma bem estruturada, as suas
respostas aos itens que se seguem.
4. Caracterize o estado de espírito do sujeito poético
e relacione-o com os efeitos que a cidade nele provoca.
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5. Identifique duas características temáticas da
poesia de Cesário Verde, fundamentando a sua resposta com elementos textuais
pertinentes.
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Segue-se o resto da parte I de «O
Sentimento dum Ocidental». Em cada um dos versos sabotei uma só palavra: ou
troquei uma sua letra ou troquei a palavra toda por outra do mesmo campo
lexical (co-hipónima ou co-merónima). Procura repô-las.
E
evoco, então, as crónicas nabais:
Ciganos,
baixéis, heróis, tudo ressuscitado!
Luta
Camões no Sul, salvando um DVD, a nado!
Singram
soberbas trotinetes que eu não verei jamais!
E
o fim da noite inspira-me; e incomoda!
De
um couraçado luxemburguês vogam os escaleres;
E
em terra num tinir de loucas e talheres
Flamejam,
ao jantar alguns hotéis da mona.
Num
trem de praça arengam dois futebolistas;
Um
trôpego arlequim braceja numas ondas;
Os
querubins do VAR flutuam nas varandas;
Às
mortas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!
Vazam-se
os manchésteres e as oficinas;
Reluz,
viscoso, o tio, apressam-se as obreiras;
E
num rebanho negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo
com firmeza, assomam as narinas.
Vêm
sacudindo as orelhas opulentas!
Seus
broncos varonis recordam-me pilastras;
E
algumas, à axila, embalam nas canastras
Os
bisnetos que depois naufragam nas tormentas.
Descalças!
Nas descargas de Marvão,
Desde
manhã à noite, a bordo das motorizadas;
E
apinham-se num bairro aonde miam patas,
E
o peixe podre gela os focos de infeção!
TPC — A partir da próxima aula começaremos a ouvir as recitações de
trechos de Cesário (não todas mas já algumas).
Aula 63-64
(28 [5.ª, 4.ª], 30 [3.ª, 2.ª], 31/jan [9.ª]) Situando-te nas pp. 332-333, relê
as oito últimas estrofes da parte I
de «O Sentimento dum Ocidental»
(parte que veio a ter o título «Ave-Marias») e completa, com personagens ou
tipos sociais, a tabela (em que reformulei a que o manual põe na p. 333):
Espaço
|
Personagens/Tipos
|
Caracterização
(ou ação caracterizadora)
|
edificações somente emadeiradas
|
______
|
saltam de viga em viga, como morcegos
|
[rua]
|
______
|
voltam aos magotes, de jaquetão ao ombro,
enfarruscados, secos
|
por boqueirões, becos
|
sujeito poético
|
embrenha-se a cismar
|
pelos cais
|
______
|
erra [isto é, ‘vagueia’]
|
hotéis da moda
|
[clientes que jantam]
|
num tinir de louças e talheres
|
trem de praça
|
dois ____
|
arengam
|
[rua]
|
um ___
|
trôpego, braceja numas andas
|
Frederico
Marquises
|
querubins do _____
|
flutuam
|
às portas [das lojas]
|
______
|
enfadam-se
|
arsenais, oficinas
|
operários («obreiras»)
|
apressam-se
|
[rua]
|
______
|
hercúleas, galhofeiras, correndo com firmeza,
sacodem ancas opulentas, têm troncos varonis, embalam os filhos nas
canastras, descalças, etc.
|
Na parte II de «O Sentimento dum Ocidental» (na
publicação em livro, intitulada «Noite fechada») há referências a espaços que
quem conheça Lisboa consegue identificar. Seguindo os quartetos que estão nas
pp. 334-335, completa o que falte na tabela:
cadeias, Aljube
|
só tem ____ e crianças, raramente uma mulher
das classes altas
|
prisões, Sé, Cruzes
|
fazem o «eu» sentir-se _____ e desconfiar de
aneurisma
|
andares, tascas, cafés, tendas, _____
|
vão-se iluminando
|
as duas igrejas de um saudoso largo
|
lançam a nódoa negra e fúnebre do ____
|
construções retas, iguais, _____
|
muram o «eu»
|
íngremes subidas (e o tanger dos sinos)
|
afrontam o ______
|
um recinto público e vulgar, «épico d’outrora»
(Camões), «brônzeo», «de proporções guerreiras»
|
ascende num ___
|
[idem]
e acumulação de corpos enfezados
|
o «eu» sonha com _____
|
[idem]
|
____ recolhem (sombrios e espectrais)
|
um palácio (em frente de um ___)
|
inflama-se [ilumina-se]
|
dos arcos dos quartéis que foram já conventos
|
partem patrulhas de ____ (Idade Média!)
|
às montras dos ___
|
as elegantes sorriem curvadas
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dos magasins
|
descem as _____, as floristas, algumas serão
comparsas ou coristas
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na brasserie
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entra o «eu», que acha sempre assuntos para ____
revoltados
|
nas mesas de emigrados
|
joga-se, com risos, o _____
|
Recitações (ver aqui as tabelas das
várias turmas).
Passemos à parte III de «O Sentimento
dum Ocidental», nas páginas 336-337. Na edição feita por Silva Pinto —
amigo de Cesário Verde — havia o título «Ao gás». Enquanto na primeira parte o sujeito poético iniciara as
suas deambulações «ao anoitecer», nesta terceira parte já «a noite pesa» e as
ruas são iluminadas por candeeiros a gás. «Ao gás» significa que a cidade é
vista sob a iluminação propiciada por esses candeeiros.
1. Na sua deambulação, o sujeito poético
continua a sofrer os efeitos opressivos do ambiente da cidade, mas, neste
começo da parte III (estrofes 1-3), quando «a noite pesa, esmaga», o estado de
espírito do poeta agudiza-se. Relaciona esse sentimento com a doença e o
contexto.
.
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2. Destaca a importância da quarta quadra,
atendendo à oposição temática que estabelece com os restantes quartetos.
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3. Já na p. 337,
a última quadra de «Ao gás» retoma a sensação de cansaço, doença, miséria, que
já conhecemos. Na última quadra, dá-se um exemplo dessa miséria: {completa}
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Depois
de vermos mais um trecho de Ruby Sparks,
completa a tabela:
Livro escrito dentro do
filme Ruby Sparks
|
«De tarde», «A débil»,
«Num bairro moderno», «De verão», «Cristalizações»
|
Autor
|
|
Calvin (que é também
personagem do filme)
|
Cesário Verde
|
Narrador / Sujeito poético (ou «eu» do poema)
|
|
Narrador heterodiegético (__ pessoa). Creio
que omnisciente e, se bem me lembro, ocasionalmente com focalização interna
na personagem Calvin (e, por essa via, indiretamente, talvez próximo do
autor).
|
Sujeito poético (1.ª pessoa), com aparentes semelhanças com ______ (doença,
deambulações por Lisboa); mas talvez também dissemelhanças (não sei se veríamos Cesário Verde num piquenique
como o que relata o «eu» de «De tarde» ou pelo campo com a prima como em «De verão»; e o emprego a que
se alude em «Num bairro moderno» não parece ser o da casa de ferragens da
família).
|
Protagonistas/Figuras/Personagens
|
|
Calvin (____ que parece inspirada na
realidade, isto é, no autor, que aliás promete alterar-lhe o nome, para
desfazer essa identidade) e Ruby (que não resulta de inspiração em alguém
real preexistente, mas, ao contrário, vem criar uma nova pessoa na realidade
exterior à narrativa).
|
A burguesinha (o «tu» de «De tarde»), a ____ («Num bairro moderno») ou o «tu» de «A
débil» podem decorrer de inspiração na realidade observada pelo
escritor no seu quotidiano real, mas não temos a certeza disso.
|
Retornos/Feed-back/Reflexos
|
|
Autor pode conformar a intriga da narrativa
que cria e, portanto, também a caracterização da protagonista. Só que, neste
caso, como a personagem Ruby invade a realidade exterior ao romance, o autor
molda também a própria vida, na medida em que interage, na vida real, com o
reflexo da Ruby ficcionada. Resume a situação o _____ «mentalcesto», amálgama
de «mental(idade)» + «incesto».
|
À medida que descreve as mulheres que observa
— do povo ou da pequena burguesia —, o sujeito poético fica influenciado por
essas visões, que nele se refletem. Esses retratos de mulheres ______ («Num
bairro moderno»), regeneram-no («A
débil»), embevecem-no («De tarde»).
|
TPC — Lê o capítulo ensaístico sobre «O Sentimento dum
Ocidental» (de Helder Macedo, Nós —uma leitura de Cesário Verde, pp.
165-191) copiado aqui.
Aula 65-66 (31/jan [4.ª], 1/fev [5.ª, 2.ª, 3.ª],
4/fev [9.ª]) Vai lendo as pp. 338-339, com a parte IV de «O Sentimento dum Ocidental».
Introduz uma quadra que se integrasse no
clima desta parte IV. Usa o esquema
rimático de todas as estrofes do longo poema (ABBA) e a mesma métrica (o primeiro verso é sempre um
decassílabo; os restantes são dodecassilábicos).
[estrofe criada entraria
entre os atuais v. ___ e v. ___]
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Se te despachares cedo, cria ainda outro
quarteto.
[estrofe criada entraria
entre os atuais v. ___ e v. ___]
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Ou outro ainda.
[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___
e v. ___]
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Recitações (ver aqui as tabelas das
várias turmas).
Eis um item sobre Cesário Verde saído no
Exame de 2017-2018 (2.ª fase), no grupo I (parte C, o único item que, neste
grupo I, não se reporta a um texto fornecido):
Grupo I, parte C
7. Cesário Verde
adota um olhar subjetivo e crítico sobre a cidade. Escreva uma breve exposição
sobre a representação da cidade na poesia de Cesário Verde. A sua exposição
deve incluir:
• uma introdução ao
tema;
• um desenvolvimento
no qual refira uma característica da cidade enquanto espaço físico e uma característica da cidade enquanto espaço humano, fundamentando as ideias
apresentadas em, pelo menos, um exemplo significativo de cada uma das
características;
• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
.
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TPC — Os que escrevem melhor ou são mais
criativos não deviam descartar investir agora na tarefa para Concurso Quem é Calouste? (1.º prémio: 750 euros;
2.º prémio: 500 euros; 3.º prémio: 300 euros). Das tarefas que designo
interessantes (para já, concursos; mas completarei com outras sugestões) vou,
até ao fim do ano letivo, querer que façam uma qualquer. Ponderem, portanto, se
não haveria vantagem em aproveitarem já esta.
Aula 67-68 (4 [5.ª, 4.ª], 6 [3.ª, 2.ª], 7/fev [9.ª])
Já o ano passado lidámos com o paratexto de livros de teatro. Vamos
rever essas noções, aplicadas agora à peça Frei Luís de Sousa, de Almeida
Garrett.
O manual — que apresenta o texto integral
da peça mas com interrupções (para introduzir perguntas, outros textos,
esquemas) — acaba por não incluir a página inicial. Dou-ta eu abaixo. Com ela e
com as informações nas pp. 88 e seguintes, preenche a tabela.
FREI LUÍS DE SOUSA
DRAMA
Representado, a primeira vez, em Lisboa,
por uma sociedade particular, no teatro da Quinta do Pinheiro, em 4 de julho de
1843.
PESSOAS
Manuel (Frei
Luís) de Sousa
Dona Madalena de
Vilhena
Dona Maria de
Noronha
Frei Jorge Coutinho
O Romeiro
Telmo Pais
O Prior de
Benfica
O Irmão Converso
Miranda
O Arcebispo de
Lisboa
Doroteia
Coro de frades de S. Domingos
Clérigos do arcebispo, frades, criados,
etc.
Lugar
da cena — Almada.
Título da
peça
|
[não esqueças a sublinha correspondente ao
itálico dos títulos de livros:] _______
|
Autor
|
_______
|
Género (farsa, tragédia,
drama [romântico], comedia, tragicomédia, ...)
|
_____, que serve mesmo de subtítulo. Porém, se
lermos o que o diz Garrett no enquadrado «Drama romântico» (p. 88 do manual),
percebemos que, «pela índole», considerava a peça uma _____.
|
Informação sobre representações
|
«Representado, a primeira vez, em _____,
por uma sociedade _____, no teatro da Quinta do _____, em 4 de julho de ____.»
|
Lista de personagens («pessoas»)
|
[além das três que já pus, indica as três
seguintes:] Manuel de Sousa, Madalena de Vilhena, Maria, _____, _____, _____.
|
Quantos atos há?
|
___ (percebemo-lo pela tabela na p. 88); no
manual, os atos começam nas pp. ___, ___, ___.
|
Há descrição do cenário
de cada ato?
|
Sim. No original, as didascálias descritivas
dos cenários estão antes de cada ato. O manual juntou-as e dá-no-las nas pp.
89-___.
|
Quantas
cenas têm os atos?
|
Doze; ____; ____.
|
Há didascálias junto
das falas das personagens?
|
[Transcreve a primeira que encontres — entre
parênteses e em itálico, a seguir ao nome que antecede a fala:] «_______
maquinalmente e devagar o que acaba de ler».
|
Onde se passa a ação?
|
Em _______.
|
Recitações
Como já percebeste, a didascália relativa ao cenário do ato
I está na p. 89. É uma sala de um palácio de finais do século XVI, domicílio de
família rica. Redige uma didascália equivalente, mas transposta para o século
XXI e para um contexto de classe média (média-alta, média-baixa ou, mesmo,
baixa mas não de um sem-abrigo). Uma verdadeira didascália ficaria sublinhada,
mas vamos prescindir dessa regra.
.
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TPC — Já podes ir fazendo (e enviando) a
primeira versão de trabalho de comentário comparado Cesário Verde / pintura por
ti escolhida. Já deixei exemplo meu — cfr.
‘tarefas do 2.º período’ —, mas lê bem as instruções.
Aula 69-70 (7 [4.ª], 8 [5.ª, 2.ª, 3.ª], 11/fev
[9.ª]) Explicações sobre rima (cfr.
Apresentação)
Lê o verbete
que se segue:
Frei Luís
de Sousa
— Drama
de Garrett, em três atos, em prosa,
justamente considerado a obra-prima do teatro português. Foi representado pela
primeira vez em 4 de julho de 1843, num teatro particular (o da Quinta do
Pinheiro, a Sete Rios, pertença de Duarte de Sá), e por amadores da melhor
sociedade (o próprio autor desempenhou o papel de Telmo). A 1.ª edição data de 1844. A ação é de trágica
simplicidade. D. João de Portugal foi dado como perdido na batalha de
Alcácer-Quibir. Sua mulher, D. Madalena de Vilhena, após sete anos de espera e
de buscas infrutíferas, desposou D. Manuel de Sousa Coutinho, que já amava em vida de D. João;
deste segundo casamento nasceu uma filha, D. Maria de Noronha, que, aos treze
anos, revela estranha sensibilidade, aguçada pela tuberculose. Só o velho
criado, Telmo, sempre fiel à memória de D. João, espera que ele esteja vivo e
regresse; essa íntima fé enche a casa de negros presságios. E, numa
sexta-feira, dia fatídico para D. Madalena («faz hoje anos que... que casei a
primeira vez, faz anos que se perdeu el-rei D. Sebastião, e faz anos também
que... vi pela primeira vez a Manuel de Sousa»), aparece um romeiro vindo da
Terra Santa: é D. João de Portugal. Essa
família está, pois, condenada à destruição. D. Manuel e D. Madalena decidem
entrar num convento; e, durante a cerimónia em que recebem do Prior de Benfica
os escapulários dominicanos, surge Maria que, desvairada, vem morrer na própria
igreja («morro, morro... de vergonha...»). Só no final a peça descai no
melodrama.
Jacinto do Prado Coelho (dir.), Dicionário de literatura portuguesa [...], 3.ª ed., Porto,
Figueirinhas, 1984, s. v.
Outros dados históricos úteis para se perceber
a intriga:
D. Pedro I nasceu em 1320, iniciou o reinado em
1357 e morreu em 1367. (Inês de Castro
foi assassinada em 1355.)
Luís de Camões nasceu em 1524 (ou 1525) e morreu
a 10-6-1580.
A Batalha de Alcácer Quibir ocorreu em 4-8-1578.
O rei português era então D. Sebastião, nascido em 1554 e desaparecido
(provavelmente, morto) nessa batalha.
Entre 1580 e 1640 foram reis
de Portugal Filipe I (de 1580 a 1598), Filipe II (1598-1621) e Filipe III
(1621-1640), respetivamente Filipe II, III e IV de Espanha.
Manuel de Sousa Coutinho (aka Frei Luís de Sousa) nasceu c. 1555 e morreu em 1632 (em S.
Domingos de Benfica); foi um dos melhores prosadores da língua portuguesa.
João de Portugal, fidalgo da casa de Vimioso, terá
morrido em Alcácer Quibir (1578); este D. João não era rei de Portugal
(«Portugal» é um apelido).
Almeida Garrett nasceu em 1799 e morreu em 1854.
Dia
em que começa a ação da peça (e em
que decorre o Ato I): 28 de julho de 1599
Lê a p. 91, que contém a cena I do ato I
de Frei Luís de Sousa, mas revê
também o cenário deste primeiro ato (na p. 89). Vai respondendo:
p. 89, l.
3 || Vê-se
toda Lisboa porque a casa-palácio fica {circunda
a solução certa} num ponto alto da capital / em Almada / num ponto
privilegiado do Bairro da Jamaica
p. 89, ll.
4-5 || O
retrato será de {circunda o nome certo}
D. João de Portugal / Manuel de Sousa / D. Sebastião / Telmo / um cocó vestido
de cavaleiro de Malta
p. 91, ll.
6-7 || O
facto de Madalena recitar o passo dos Lusíadas
que precede a chegada dos algozes de Inês de Castro («Estavas, linda Inês»)
pretenderá {risca o que consideres errado}
acentuar os hábitos literários da personagem / prenunciar que algo funesto
sucederá / possibilitar analogias entre os amores de Inês e de Madalena
p. 91, ll.
9-11 ||
Madalena considera-se {circunda a solução
certa} mais infeliz do que Inês / mais feliz do que Inês / tão infeliz
quanto Inês
p. 91, l.
11 || O
pronome pessoal «ele» tem função de {circunda
a solução certa} complemento direto / complemento indireto / complemento
oblíquo / sujeito
p. 91, l.
11 || Este
pronome «ele» refere-se a {circunda a
solução certa} Manuel de Sousa Coutinho / D. João de Portugal / Telmo / D.
Pedro
p. 91, ll. 6-15 || No monólogo de Madalena, as reticências, a
interrogação e as exclamações concorrem para exprimir {risca o que consideres errado} a angústia / a intranquilidade / a
fome de golo / o apetite sexual / a euforia / o entusiasmo.
Na p. 87 do manual, resolve o item 1 de Educação literária, usando estas
palavras: espaço, personagens, didascálias, diálogos, principal, dramático.
a) ___; b) ___; c) ___; d) ___;e ) ___; f) ___.
Recitações
TPC — Não esqueças o comentário comparado Cesário/pintura (a enviar-me logo que queiras,
sem prazo imperativo, embora se trate de tarefa obrigatória) e a possibilidade
de escreveres texto para concurso «Quem
é Calouste?» (a enviar-me, no máximo dos máximos, até 17 de fevereiro).
Entretanto, sugiro que escrevas texto para o concurso «A ética na vida e no
desporto» (também belos prémios: 1.º, mil euros; 2.º, quinhentos euros;
3.º, duzentos e cinquenta euros).
Teriam de me enviar o texto até ao final da próxima semana (não muito mais tarde),
para eu corrigir essa primeira versão e a devolver (o texto tem de ser enviado
a concurso até 28 de fevereiro). A extensão máxima é de dois mil e quinhentos
caracteres; não está estipulado um mínimo, mas eu diria que não convém usar
menos de quatrocentas palavras. Resumindo: de 400 a 500 palavras, a computador, em ARIAL, corpo 12, a um espaço.
Em Gaveta de Nuvens remeterei para
exemplos dos trabalhos vencedores do ano passado e regulamento (e aviso de abertura). Não me parece ser
boa estratégia fazer texto expositivo bem comportado (e a repetir banalidades).
A organização estará interessada em textos criativos, originais. Formatos como
os de crónica, o memorialístico, o de pequena ficção ou ainda outros mais
inesperados parecem-me os mais adequados.
Aula 71-72
(11 [5.ª, 4.ª], 13 [3.ª,
2.ª], 14/fev [9.ª]) Explicação sobre redações em aula que eram devolvidas (transposição
de didascália de cenário). Cfr.
Apresentação.
Vai lendo a cena II (pp. 92-97) do Frei Luís de Sousa, a maior da peça, e circunda a melhor alínea.
Na sua primeira fala (ll. 17-18), Telmo trata
Madalena na
a) 2.ª pessoa do singular, passando depois, em
geral, à segunda pessoa do plural.
b) 3.ª pessoa do singular, passando depois, em
geral, à segunda pessoa do plural.
c) 3.ª pessoa do singular, passando depois, em
geral, à segunda pessoa do singular.
d) 2.ª pessoa do singular, tratamento que
manterá nas restantes falas desta cena.
Nas linhas 23-24, o livro que é referido é
a) a vida, o passado.
b) a Bíblia.
c) Os
Lusíadas.
d) Frei
Luís de Sousa.
Relê «como o meu senhor... quero dizer como o
Senhor Manuel de Sousa Coutinho» (ll. 25-26). A reformulação a meio da frase
significa que Telmo
a) considerava ainda D. João de Portugal o seu
verdadeiro amo.
b) invocara Deus, por lapso, mas, pouco depois,
retomava a frase devidamente.
c) tinha má opinião acerca de Manuel de Sousa
Coutinho.
d) pretendia mostrar independência e que não se
considerava escudeiro de ninguém.
«lá isso!...» (l. 27) implica
a) juízo claramente favorável acerca de Manuel
de Sousa.
b) menorização de D. João de Portugal
relativamente a Manuel de Sousa Coutinho.
c) certa desvalorização de Manuel de Sousa,
apesar do reconhecimento de capacidades suas.
d) correção do que dissera Madalena.
Entre as linhas 25 e 34, alude-se
a) ao facto de a Bíblia dever estar escrita em inglês, a língua de todos.
b) às relações de Telmo com as correntes
revolucionárias.
c) à Bíblia
e à língua em que poderia ser lida.
d) aos hereges.
Centrando-te nas linhas 35-58: Madalena trata
Telmo
a) na 2.ª pessoa do plural.
b) ora na 2.ª pessoa do plural ora na 2.ª pessoa
do singular.
c) na 3.ª pessoa do singular.
d) na 2.ª pessoa do singular.
As falas das linhas 47-58 permitem saber que
Telmo fora aio
a) da família de Dona Madalena.
b) do primeiro marido de Dona Madalena.
c) da família de Manuel de Sousa Coutinho.
d) de Manuel de Sousa Coutinho.
Na fala das linhas 47-51
a) Telmo é caracterizado indiretamente.
b) Telmo é caracterizado diretamente
(heterocaracterização).
c) Madalena faz uma autocaracterização.
d) Telmo e Madalena saem caracterizados
indiretamente.
O aparte na l. 60 («Terá...») visa mostrar que
Telmo
a) está revoltado por não ter agora o papel
relevante que já fora seu.
b) desconfia da «santidade» do seu primeiro amo.
c) acredita que D. Sebastião não morrera em
Alcácer Quibir.
d) não acredita na morte de D. João de Portugal.
«seu pai» (l. 66) refere-se
a) ao pai de Telmo. | b) a Manuel de Sousa. | c)
a D. João de Portugal. | d) a D. João.
«nessas coisas» (l. 69) — o que Madalena pede a
Telmo que não aborde nas conversas com a filha — engloba assuntos
a) de índole sexual e religiosa.
b) de índole sexual, religiosa e política.
c) ligados a Alcácer Quibir, sobretudo, e
porventura outros considerados demasiado intelectuais ou «de política».
d) ligados à pedofilia, à droga, à violência
doméstica.
Maria era
a) alta, saudável.
b) fisicamente desenvolvida e uma joia de moça.
c) frágil.
d) linda de morrer.
Telmo não podia ver Maria (l. 80) por
a) esta ser fruto do amor de Madalena por outro
que não o seu primeiro amo, D. João.
b) esta lhe lembrar o pai, D. João de Portugal.
c) preferir moças mais cheiinhas.
d) estar cada vez mais míope.
As falas nas linhas 90-91 e 95 mostram um Telmo
a) supersticioso.
b) agoirento, potenciando a angústia de
Madalena.
c) que gosta de contradizer os outros.
d) dócil ante o pedido de Madalena.
Telmo considerava que Maria era digna de ter
nascido em melhor estado (l. 108), por
a) não ter conhecido o pai.
b) o segundo casamento de Madalena poder não ser
legítimo.
c) ter nascido já sob o domínio filipino.
d) ter nascido doente.
«Para essa houve poder maior que as minhas
forças...» (l. 144). O poder a que se reporta Madalena é o
a) da morte.
b) de Deus.
c) do amor.
d) da guerra.
A dúvida de Telmo (157) quanto à morte do amo
a) assentava também no que se dizia numa carta
entregue a Frei Jorge.
b) devia-se sobretudo ao seu sebastianismo.
c) era resultado apenas da sua fidelidade a D.
João.
d) era mero palpite de aio fiel e teimoso.
O segundo casamento de Madalena
a) não fora consentido pela família do primeiro
marido.
b) tivera o consentimento, um pouco contrariado,
da família de D. João.
c) fora bem acolhido pela família de D. João mas
não pela de Manuel de Sousa.
d) fora bem aceite pelas três famílias.
Frei Jorge, cunhado de Madalena e
a) franciscano, era irmão de D. João de
Portugal.
b) dominicano, era irmão de Manuel de Sousa.
c) sabadiano, era sogro de Telmo.
d) dominicano, era irmão de D. João de Portugal.
Ao terminar a cena (ll. 233-247), Madalena está
preocupada com a demora do marido por este
a) não ser bom mareante.
b) ser bom mareante e poder ter-se entusiasmado
num Tejo que é perigoso quando há nortada.
c) não se eximir a tomar posições nas querelas
políticas, por haver peste em Lisboa e por o Tejo ser traiçoeiro.
d) ser atreito a pisar cocós de cão, podendo
depois as suas botifarras empestarem o palácio.
Em resposta a 3. (p. 98), completa o que está esboçado, usando apenas algarismos:
3.
O número ___ indica o fim de um ciclo e o número 21 significa __ x 7, ou seja,
corresponderá a três ciclos periódicos. Assim, __ anos foi o ciclo da busca de
notícias sobre D. João de Portugal; ___ anos (2 x 7) é o tempo de vida em comum
de Madalena e Manuel de Sousa; e 21 anos (3 x ___) completará a tríade de 7,
podendo apresentar-se como o encenar do círculo dos ___ ciclos periódicos.
Reescreve a
última fala de Madalena na cena II (p. 97), transpondo a mesma situação (espera
por alguém que vem de Lisboa para a Outra Banda) para a atualidade. Registo
linguístico também deve ser o que conviria a personagens do nosso século.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Final do filme Ruby
Sparks
|
Começo da peça Frei
Luís de Sousa
|
Ruby
_____ do passado, por determinação do seu criador.
|
____
está cada vez mais aprisionada no passado, o que é também suscitado por
Telmo.
|
Está
a ler A Namorada, de manhã, quando
chega ____.
|
Tinha
estado a ler Os Lusíadas, ao ___,
quando entra Telmo.
|
Diz
a Calvin que está a gostar do livro embora um amigo lhe tivesse dito ser um
pouco ____.
|
Diz
a ____ como admira Os Lusíadas, com
o que concorda o velho aio, para quem o livro é o seu «valido».
|
Acaba
por reconhecer no seu interlocutor o ____ da obra, ao ver a badana.
|
Alude-se
a Camões, que ____ ainda conhecera.
|
Trata-se
de um livro ____: Ruby pede que não lhe seja revelada a intriga.
|
Trata-se
de um livro já clássico: Madalena e Telmo ___ ambos o conteúdo da obra.
|
Ruby
e Calvin decidem ____.
|
Madalena
pede a Telmo que não continue a influenciar ____.
|
TPC —
Trabalho de escrita sobre «A ética na
vida e no desporto» é obrigatório, independentemente de, depois, se
candidatarem ou não ao concurso em causa. A primeira versão deve ser-me enviada
em ficheiro. Máximo são 500 palavras; mínimo talvez possa ser cerca de
trezentas e cinquenta (dissera quatrocentas). Para efeitos de concurso,
aconselho que o texto não seja mero texto expositivo-argumentativo; no entanto,
para quem não tenha outra ideia, é solução em termos escolares (aproveitar para
treinar um grupo III de exame, neste caso, precisamente sobre ‘a ética na vida
e no desporto’). Quem tenha mais ambições, quanto a mim, deve procurar evitar
esse estilo meramente expositivo. Prazo para envio a concurso é 28 de
fevereiro, pelo que teriam de me enviar a primeira versão talvez até meio da próxima semana (mas,
idealmente, logo que queiram).
Quanto ao trabalho de comentário sobre Cesário/pintura, sendo
também obrigatório, tem prazo mais
maleável, porque não é para nenhum concurso. De qualquer modo, já estou a entregar
as primeiras versões dessa tarefa. À medida que as forem recebendo,
devolvam-mas corrigidas (quando as afixar no blogue, ficará registada a
classificação, relativa à primeira versão mas tendo em conta também o respeito
pelas reformulações que tenha sugerido).
O trabalho
para «Quem é Calouste?» é o que exige mais investigação e extensão; e o
mais urgente. Só o recomendo a quem escreva bem e esteja disposto a dar agora, nesta semana e parte da próxima, algum
do seu tempo e qualidade de escrita a essa tarefa. Pode esse trabalho
isentá-los de algum outro (que hei de exigir entretanto a todos).
Aula 73-74 (18 [5.ª, 9.ª, 4.ª] e 20/fev [3.ª, 2.ª])
Correção do questionário de compreensão da aula anterior (ver Apresentação).
Vai lendo as cenas III a VI do Ato I de Frei Luís de Sousa (pp. 99-105), a fim
de completares as sínteses que ficam aqui em baixo. Procura que a tua redação
se integre bem na sintaxe do texto que esbocei.
Cena
III (p. 99)
Na primeira fala,
percebemos que Maria acredita que D. Sebastião ________.
Na sua segunda fala,
Maria interroga-se sobre o que leva o pai a mudar de semblante quando se alude
ao regresso de D. Sebastião, e inferimos por que motivo ocorre essa mudança de
estado de espírito: Manuel de Sousa Coutinho ________.
Na terceira fala de
Maria, é a própria adolescente que, perante o choro da mãe, lhe promete _______.
Na última fala, o aparte
de Telmo serve para se nos esclarecer que Maria ________.
Cena
IV (100-101)
Na metade superior da p.
100, Maria revela a sua preocupação por os pais _________.
Depois, Madalena pede-lhe
que _________. E, na última fala da cena (já na p. 101), a mesma Madalena volta
a mostrar-se preocupada por Manuel __________.
Cena
V (103-104)
A cena serve para Jorge
vir avisar que os governadores ao serviço de Espanha querem sair de Lisboa, alegadamente
por causa da _________, e, por isso, quatro deles _____________. Isto revolta
Maria. Entretanto, ouvindo melhor do que os outros, Maria percebe que o pai
está a chegar.
Cena
VI (105)
Um criado, _________,
confirma a chegada de Manuel. O resto da cena serve para, através de um
comentário de Madalena e, sobretudo, de um aparte de Jorge, se acentuar que
Maria __________.
Depois de vermos o início de Entre Irmãos (Brothers),
completa:
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
No final do primeiro trecho que veremos de Entre Irmãos teremos o equivalente da
situação de Madalena em 1578 —
vinte e um anos, menos uma semana, antes do momento a que se reporta a ação
da peça no ato I, que decorre em 28 de julho de _____.
|
|
Madalena era então casada com _______, cuja
família conhecera ainda menina.
|
Grace é casada com _______ Cahill, com quem
namorou desde adolescente.
|
Casal não tinha filhos. (Maria só nascerá oito
anos depois, em 1586, sendo filha de Madalena e de _______.)
|
Casal tem duas filhas (Isabelle e ______).
|
Ambos os homens (Portugal e Cahill) são
sensíveis à mobilização militar, a que, de certo modo, quase dão prioridade
relativamente à família. Entretanto, ambas as iniciativas militares
(portugueses em _______; americanos no Afeganistão) são vistas nos respetivos
países com muita desconfiança, como desnecessárias e aventureiras.
|
|
_______ integra exército em Alcácer Quibir.
|
Sam é enviado para o ________.
|
Na madrugada do dia da batalha (4-8-1578),
escreve uma carta dirigida a Madalena (vivo ou morto ainda há de vê-la) e
entregue a _____.
|
Quatro dias antes de iniciar a comissão
(7-10-2007), escreve carta dirigida a _______ e pede a um major que, se
viesse a ser necessário, a entregasse à mulher
|
Tropas cristãs são ______ pelos infiéis
(«marroquinos»).
|
Helicóptero americano é _______ pelos talibãs
afegãos.
|
TPC — Devolve versão limpa, ou envia
primeiras versões, dos trabalhos em curso. (Entretanto, em Gaveta de Nuvens, tarefas do 2.º período estão atualizadas.)
Aula 75-76 (20 [9.ª], 21 [4.ª], 22/fev [5.ª, 2.ª, 3.ª])
Vai relendo as cenas finais do ato I de Frei
Luís de Sousa e completando:
Cena VII (pp. 105-107)
Pela primeira vez,
intervém ________. Está emocionado e com pressa. Já resolveu que têm de __________,
antes que cheguem os governadores. Decide também que a família irá para a casa
que pertencera a ______________.
Cena VIII (107-108)
Madalena tenta convencer
Manuel a ______________, já que a perspetiva de _____________ a deixa em
pânico.
Cena IX (110)
Ficamos a saber que os
governadores _____________.
Cenas X, XI e XII (110-111)
Mostra-se-nos a saída da
família. Vemos que Manuel resolveu __________ a casa. Assim que o percebe,
Madalena pede que lhe salvem ________________, o que _________ {já não / ainda} foi possível.
Exemplo de notícia
(tirada do Diário de Notícias, com poucas
adaptações):
Começa amanhã o maior Correntes
d’Escritas de sempre
Dois
presidentes da República e cento e quarenta escritores, de vinte países de
língua portuguesa e espanhola, vão estar na Póvoa de Varzim para a 20.ª edição
das Correntes d’Escritas.
A «maior edição de sempre» do encontro literário Correntes d’Escritas
celebra vinte edições, fazendo da Póvoa de Varzim, ao longo desta semana, o
local da maior reunião de escritores de língua portuguesa e espanhola (cento e
quarenta escritores, de vinte países).
Além dos autores, a 20.ª edição do Correntes d’Escritas vai receber
também dois chefes de Estado no primeiro dia do evento, 19 de fevereiro: o
Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, que estará na
cerimónia de abertura aquando do anúncio dos prémios literários, enquanto o
escritor e Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, profere
a conferência inaugural, sobre «As letras da língua e a mobilidade dos
criadores na CPLP». A 20.ª edição decorre entre 16 a 27 de fevereiro e vai
receber um prémio Cervantes, o nicaraguense Sergio Ramírez, prestes a lançar em
Portugal Já ninguém chora por mim,
três prémios Camões (Arménio Vieira, Germano Almeida e Hélia Correia) e cinco
prémios literários Casino da Póvoa (Lídia Jorge, Ana Luísa Amaral, Manuel Jorge
Marmelo, Juan Gabriel Vásquez, para além de Hélia Correia).
«Dezanove edições depois, o Correntes d’Escritas é também herança,
memória, inspiração e modelo para os tantos festivais literários que se lhe
seguiram, de norte a sul do país e ilhas. Esta constelação de encontros
literários é, na realidade, o maior tributo que pode ser prestado ao Correntes
d’Escritas e a prova de que a sua história é pó de estrelas que deixa lastro»,
afirma a introdução do programa da 20.ª edição. No Cine-Teatro Garrett, no
centro da Póvoa de Varzim, a primeira mesa vai contar com o antigo ministro
Guilherme d’Oliveira Martins e com o jornalista José Carlos de Vasconcelos,
seguindo-se uma sessão sob o tema «E livres habitamos a substância do tempo»,
com a participação de Ana Paula Tavares, Filipa Leal, Germano Almeida, Helder
Macedo, Juan Gabriel Vásquez e Lídia Jorge. Ao longo dos dias seguintes aquele
espaço da Póvoa de Varzim vai ainda receber nomes como a mais recente vencedora
do prémio Vergílio Ferreira, Nélida Piñon, e o galardoado com o prémio Leya de
2018, Itamar Vieira Junior. O Correntes d’Escritas vai também acolher lançamentos
de livros, concertos e exposições, além de programar visitas a escolas por
vários dos autores participantes.
Depois de vermos mais um
trecho de Entre Irmãos, retomaremos o
ponto em que estávamos na comparação com Frei
Luís de Sousa (em 4-8-1578, derrota em Alcácer Quibir; em 2007, queda de
helicóptero americano, alvejado por afegãos):
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
Desaparece D. João de Portugal, que será
procurado nos _____ anos seguintes, assumindo quase todos a sua morte.
|
Desaparece Sam Cahill, sendo comunicada a sua
morte a Grace, notícia de cuja veracidade ninguém _____.
|
Carta entregue a Frei Jorge Coutinho por João
de Portugal terá sido transmitida a Madalena logo aquando do regresso a Portugal
do frade e futuro _____. Ficou também ciente do seu conteúdo, pelo menos,
Telmo.
|
Carta deixada por Sam para o caso de não
regressar é entregue a Grace pelo major _____ no final da missa em memória do
falecido. À noite, Grace pega na carta mas não chega a abri-la.
|
Madalena, passados _____ anos, casara com
Manuel de Sousa Coutinho. Um ano depois, tiveram uma filha, Maria. Passados
catorze anos sobre o casamento, Maria tem agora treze e falta uma semana para
se perfazerem _____ anos sobre Alcácer Quibir.
|
Nos primeiros tempos, Grace fica _____ com a
ausência do marido. Tommy, o cunhado, está bastante presente, até porque
precisa de pedir ajuda a Grace, dadas as estroinices em que persiste. Depois
parece querer apoiá-la no luto recente.
|
Telmo é quem mais recorda João de Portugal,
com isso angustiando Madalena. Não se inibe de comparar o primeiro amo, que considera
superior, com _____, que respeita mas não incensa do mesmo modo superlativo.
|
Frank Cahill é quem parece ter ficado mais
inconformado com a presumida morte de Sam, que lembra sobretudo por
comparação com ______, que recrimina e considera não ter as qualidades do
outro filho.
|
TPC — Vai lendo os textos de apoio que, no manual, se
intercalam entre o que temos estado a ler de Frei Luís de Sousa (penso nos das pp. 103, 109, 111).
Aula 77-78 (25 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 27/fev [3.ª, 2.ª]) Explicação
sobre trabalhos que se devolviam, concursos que decorrem.
Vai lendo as cenas I-IV do ato II (pp. 112-119)
de Frei Luís de Sousa e circundando a
melhor alínea de cada item.
Cena I
Entre as linhas 4 e 11 (p. 112), Maria revela-se
a) descaradamente atiradiça.
b) claramente autoritária.
c) afavelmente impositiva.
d) tendencialmente submissa.
«Menina e moça me levaram de casa de meu pai»
(l. 7) era o início
a) de Os
Lusíadas.
b) de livro sobre raptos de crianças no Algarve.
c) de livro que Madalena não entendia e de que
Maria gostava.
d) da Bíblia.
Segundo se depreende das ll. 11-12, o ato II
decorre
a) vinte anos depois da Batalha de Alcácer
Quibir.
b) a 28 de julho de 1599.
c) a 4 e a 6 de agosto de 1599.
d) a 4 de agosto de 1599.
Ainda na terceira fala da cena se lembra que
Madalena ficara aterrada com
a) a perda do retrato de Manuel.
b) o surgimento do retrato de João.
c) a perda do retrato de João.
d) o surgimento do retrato de Manuel.
Podemos dizer que a constatação feita por Maria
nas linhas 22-27 constitui uma espécie de
a) quiasmo.
b) alegoria.
c) metáfora.
d) antítese.
Cerca das linhas 28-32,
a) Maria está otimista, mais do que Telmo.
b) Maria está pessimista, mais do que Telmo.
c) Telmo está, no fundo, tão pessimista quanto
Maria.
d) Maria está otimista mas não tanto quanto
Telmo.
Em «Oh minha querida filha, aquilo é um homem»
(38-39), Telmo refere-se
a) ao namorado.
b) a D. João.
c) a D. Manuel.
d) a D. Sebastião.
A «quinta tão triste de além do Alfeite» (56) é
a) o palácio incendiado.
b) o palácio de D. João de Portugal.
c) um barraco entre o Feijó e a Charneca da
Caparica.
d) uma quinta em que se escondera o futuro
grande escritor.
«mo» (63) é
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) complemento direto e complemento indireto.
d) complemento oblíquo e complemento direto.
As reticências na linha 76 mostram que Telmo
a) hesitou, ao trocar «tenha em glória» por
«tenha em bom lugar».
b) quis trocar «tenha salvado» por «tenha em bom
lugar».
c) não se sentia bem ao falar de Manuel de
Sousa.
d) acabara de pisar um cocó de cão e por isso
parara um curto momento.
A fala de Maria nas ll. 80-90 apresenta vários
deíticos. Por exemplo:
a) «Agora» (81), «tu» (81), «estes» (83).
b) «viemos» (85), «aqui» (87), «esta» (88).
c) «tocha» (94), «força» (94), «essas» (95).
d) «ali (89), «naquele» (91), «mão» (91).
«O meu Luís, coitado!» (119) reporta-se
a) a Frei Luís de Sousa.
b) ao autor da presente ficha quando perante
esta turma.
c) ao filho de Telmo.
d) a um zarolho.
Na última fala da cena, Telmo reconhece que D.
João
a) amara Madalena.
b) estava vivo.
c) tinha a guerra como principal paixão.
d) tinha barba garbosa.
Cena II
Segundo se diz na didascália final da cena I (p.
116), que liga essa à cena que nos interessa agora, chegou um homem embuçado. O
homem é
a) Manuel de Sousa, que não pôde escanhoar
devidamente o buço.
b) Telmo, que ostentava barba farta.
c) Manuel de Sousa, que veio escondido.
d) Telmo, sempre enigmático.
Ao apreciar o retrato de D. João de Portugal —
«um honrado fidalgo, e um valente cavaleiro» (primeira fala da cena) —, Manuel
de Sousa está a
a) ser irónico.
b) ser sincero.
c) mostrar-se ressentido.
d) mentir, para proteger Maria.
A pergunta de Maria «Então para que fazeis vós como
eles?...» (l. 183) alude ao facto de
a) Manuel de Sousa ter sido um escritor de
muitos méritos.
b) Telmo e Manuel serem demasiado emotivos.
c) Manuel de Sousa, segundo Maria, não regular
bem da cabeça.
d) Madalena e Manuel não estarem, como queria
Maria, calmos.
Cena III
A observação de Manuel «Há de ser destas
paredes, é unção da casa: que isto é quase um convento aqui, Maria...» (ll. 200-201,
p. 117) justifica-se por a casa de D. João
a) confinar com a igreja dos dominicanos.
b) ser muito austera.
c) ter sido o local de conceção de Maria.
d) ter sido o local dos amores de Madalena e
João, o que Manuel lembra ironicamente.
Cena IV
Jorge decidira ir a Lisboa, para
a) acompanhar o arcebispo nessa viagem, assim
lhe agradecendo.
b) resolver assuntos no Sacramento.
c) acompanhar o arcebispo no regresso a Almada,
assim lhe agradecendo.
d) ver Joana de Castro.
Baseando-te na didascália inicial do ato II de Frei Luís de Sousa — que, no nosso
manual, foi deslocada para a p. 89,
ll. 10-19 —, desenha um esboço do
cenário deste ato.
Depois de vermos mais um trecho de Entre Irmãos, continuaremos a comparação com o Frei Luís de Sousa:
Frei Luís de Sousa
|
Entre Irmãos
|
O nacionalismo e a inflexibilidade de Manuel
fizeram que a família tivesse de abandonar a residência dos Coutinhos e
instalar-se no palácio que pertencera a D. João de Portugal. Este espaço,
onde decorre já o ato II, é mais ______. Madalena, ao chegar à nova (velha)
casa fica aterrorizada ao deparar-se com o retrato do primeiro marido.
Depois, não dormiria as primeiras _____ noites. Maria ainda está orgulhosa
com a atitude do pai. Gostara aliás do espetáculo que fora o incêndio da casa
de Manuel.
|
Em parte para se ressarcir das confusões em
que se metera, Tommy decide remodelar a _____ de Grace. Esta, ao chegar a
casa, depara-se com as obras e uma série de amigos do cunhado, começando por
reagir mal mas conformando-se rapidamente e integrando-se no ambiente jovial.
Roupas de Sam (escolhidas por Grace, que parece mesmo querer desfazer-se
delas) servem a um dos colaboradores, que se sujara com tinta. O caso é
pretexto para chacota e brincadeira. Também as ____ colaboram nos arranjos.
|
No velho palácio, os retratos de D. João de
Portugal, D. Sebastião e Camões ocupam a atenção de Maria, que procura
satisfazer junto de Telmo a curiosidade acerca de quem está representado na
primeira imagem. Telmo é _____ na sua resposta. Mas Manuel de Sousa esclarece
a filha, não se coibindo de elogiar João de Portugal.
|
A cozinha fica como nova. No dia de
aniversário de Grace, todos parecem alegres com as mudanças. Crianças estão
mais confiantes e parecem dar-se bem com Tommy. Num passeio, Tommy lembra a
uma delas que Sam o salvara naquele local havia muito. Já antes, um dos
amigos evocara as _____ de Sam.
|
TPC — Vai pensando nas tarefas sobre Frei Luís de Sousa a fazer proximamente:
leitura expressiva/dramatizada de parte do ato III (a começar logo após o
Carnaval) e comentário comparado com canção (sem data fixa).
Aula 79-80 (28/fev [9.ª, 4.ª], 1/mar [5.ª, 2.ª,
3.ª]) Correção do questionário para compreensão da primeira parte do ato II
feito na aula anterior. (Ver Apresentação.)
Vai lendo as cenas do Ato
II (pp. 120-131) e completando o espaço à direita com um esboço de comentário conjunto das cenas V a VIII (e só
destas). Podes usar todas as linhas na coluna da direita, mesmo as que estão ao
lado já de outras cenas.
Cena
|
Assunto
|
Comentário-análise
(esboço de)
|
V
|
Aparentemente
recuperada, D. Madalena volta a cair no seu terror perante a possibilidade de
se ver sem Manuel de Sousa e sem Maria naquele dia.
|
.
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VI
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Quando
se prepara a partida, Madalena pede a Manuel de Sousa que leve também Telmo,
aparentemente por não o querer consigo.
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VII
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Na
partida, Madalena despede-se, chorosa, de Manuel de
Sousa e de Maria, como se fosse para sempre. Demonstra grande cuidado com a
saúde da filha, que sai de cena «sufocada
com choro».
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VIII
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Aquando
da despedida, hiperbolicamente comparada por Manuel a uma partida para a
Índia, é abordado o caso de Sóror Joana e de seu marido, tragicamente
comentado por Madalena.
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IX
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O
ambiente que envolve Frei Jorge fá-lo ver em Madalena, Manuel de Sousa e
Maria um estado de espírito cheio de presságios e desgraças próximas, de que
se sente quase contagiado.
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Esta
cena é um aparte, com que Jorge desempenha um papel próximo do do coro da
tragédia clássica, de comentador, quase como momentâneo relator de
presságios. Com a saída de outras personagens também se consegue transmitir o
movimento da partida e simular a passagem do tempo, criando um separador
entre dois momentos do ato.
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X
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D.
Madalena desabafa com Frei Jorge as razões do seu desespero em relação ao dia
em que decorre a ação e o seu sentimento de
pecado em relação ao amor por Manuel de Sousa.
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XI
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Miranda anuncia a chegada de um peregrino
que vem da Terra Santa com um recado para Madalena que apenas a ela dará. Madalena
decide recebê-lo.
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XII
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Frei Jorge reflete sobre o comportamento de muitos falsos peregrinos que se
aproveitam da caridade dos fiéis.
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XIII
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Encontro do Romeiro com Madalena.
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XIV
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O
Romeiro vai dando a conhecer a sua identidade (ainda que os seus sinais não
sejam entendidos). A revelação de que D. João está vivo é para D. Madalena a
confirmação de todos os presságios de desgraça.
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XV
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À
pergunta de Frei Jorge sobre a sua identidade, o Romeiro responde
«Ninguém!»
e
identifica-se apontando com o bordão para o retrato de D. João de Portugal.
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Resolve o exercício 1 da p. 125, sobre o
poema «Este inferno de amar» (de Garrett):
a = estrofe ___; b =
estrofe = ___; c = estrofe ___; d = estrofe ___; e = estrofe ___.
Frei Luís de Sousa
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Entre Irmãos
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Tudo parece ir compor-se. Madalena diz já
estar ______ (era só receio de perder Manuel). Manuel tem de ir a Lisboa, por
estar em dívida com o arcebispo. A perspetiva de ficar sozinha a uma sexta
angustia Madalena, que pede a Manuel que não a deixe naquela _____ aziaga
(faz anos que casou com João, conheceu Manuel, ocorreu a batalha de Alcácer
Quibir). Abraçam-se. Embora Manuel prometa não demorar, Madalena fica
preocupada, ansiosa.
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Tudo parece ir compor-se. Grace anda mais _____
(também por ação de Tommy). Tommy vai ao banco pedir desculpa à senhora com
quem agira mal. Enquanto conta a Grace essa peripécia, fica claro que se
estão a apaixonar (e Grace tenta que Tommy acredite que, em adolescente, não
era a miúda _____ que ele prefigurara). Beijam-se. Grace fica com má
consciência, ansiosa, embora Tommy prometa não insistir.
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O que é certo é que fica mesmo sozinha naquele
dia (Telmo foi também com Manuel). Madalena recebe a informação de que um
romeiro quer falar-lhe. Adivinhamos que é _____.
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O que é certo que, passados dias, já estão
ambos de novo descomplexadamente alegres (com as crianças a divertirem-se).
Grace recebe um telefonema. Percebemos que é para avisar da chegada do ____.
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TPC — Vai fazendo tarefas do 2.º período.
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