Sunday, August 26, 2018

Aulas (2.º período, 1.ª parte: 49-80)



Aula 49-50 (3 [9.ª, 4.ª], 4/jan [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Sobre o onomástico (no caso, os nomes de batismo) de 2018, referimos este artigo.
Fechamos hoje a unidade sobre Discursos. Estudámos a oratória religiosa, os sermões, através de Vieira, mas também se tratava de conhecer a oratória, digamos, profana, em que avultam os discursos políticos.
Na p. 66, lê o «Discurso do escritor Luiz Ruffato na abertura da Feira do Livro de Frankfurt», para resolveres depois o item de correspondência acerca da «Estrutura interna do texto» (p. 67, 1):
1. a) = __; b) = __; c) = __; d) = __; e) = __; f) = __; g) = __; h) = __.
Ouviremos a parte do discurso de Luiz Ruffato em falta (cfr. «(...)»), entre as linhas 4 e 5 (de «Brasil» a «Nós somos um país paradoxal»).
No início do ano letivo, usámos estediscurso de Mr. Bean (sobre uma pintura). Agora, recorreremos de novo a um filme com Rowan Atkinson, Bean em férias. É um discurso de agradecimento de prémio, mas nos antípodas do de Luiz Ruffato. Trata-se das palavras da personagem Carson Clay, um egocêntrico realizador de cinema, ao próprio filme, que acabava de ser ovacionado por toda a plateia do Festival de Cannes.
Pus no texto de Clay várias vírgulas que não são necessárias (ou, em alguns casos, constituem mesmo uma incorreção). Circunda todas essas vírgulas. Talvez possas usar um círculo tracejado para as vírgulas que são prescindíveis mas não agramaticais e um círculo cheio para as absolutamente criticáveis.
Algo muito estranho se passa, quando fazemos uma obra de arte. Por vezes, não nos apercebemos da junção dos elementos, e, quando todos se juntam, algo de mágico, algo orgânico, acontece, e foi isso que se passou hoje.
Todos disseram que isto não ia resultar. Disseram que era um enorme risco, mas quero continuar a fazer filmes como este. A combinação do cinema e do vídeo é algo que já foi feito, anteriormente, mas não, exatamente, desta forma.
Estou contente por a receção ter sido tão fantástica, e estou feliz por cá estar. Viva a França. Deus vos abençoe.
Todo o filme aproveita muito o ato de filmar com câmara digital. Por assim dizer, acompanhamos o processo de «enunciação» (a recolha de imagens por Bean, turista em França) sem sabermos que o enunciado que desse ato vai resultando (as imagens arquivadas na câmara) há de integrar-se num outro enunciado, o filme falhado de Clay. Sublinha as comparações, recurso decerto destinado a ridicularizar o texto em off.
Anseio esquecer-te. Esquecer os teus beijos, como fruta macia; o teu riso irrompendo na luz do dia, como prata; o teu sorriso, como a curva do quarto crescente no céu da noite; a tua beleza luminosa, a tua bondade, a tua paciência e quanto te agarravas a cada uma das palavras por mim proferidas.
Estás agora nos braços de outro. Quem é ele? Este homem? Tem porte? Tem encanto? É um amante? Ou um lutador? Que poderes tem ele sobre ti? Dançarão os teus olhos, quais pirilampos na noite, quando ele vem ao teu encontro? Amaciar-se-á o teu corpo, enquanto os teus lábios balbuciam o nome dele?
Depois de relanceares «Escrita», na p. 68, escreve os dois parágrafos do desenvolvimento de
Tema: Discurso (por político) de ano novo/na investidura de governo
Ponto de vista (tese): Há condições para o país evoluir
1.º parágrafo: Argumento + Exemplo
2.º parágrafo: Argumento + Exemplo
ou
1.º parágrafo: Argumento + Argumento
2.º parágrafo: Exemplo + Exemplo
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Além de, no caso de não o teres feito, deveres ler o tepecê de férias, vê também a lista de tarefas para 2.º período. Se te emprestei livro e não o trouxeste hoje (como pedia no tepecê), trá-lo sem falta na próxima aula para poder preparar o trabalho que lhes pedirei na aula seguinte sobre livro lido. Sobre a língua de Santo António e outras relíquias de santos é engraçado este artigo.


Aula 51-52 (7 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 9/jan [3.ª, 2.ª]) O tepecê de férias pedia que lessem umas páginas sobre Acentuação gráfica. Sistematizamos agora essa matéria, cujo desconhecimento é a fonte maior de erros nas redações.

As formas erradas que se seguem são retiradas de textos vossos ou de colegas. Todas têm problemas de acentos. Escreve a forma já corrigida, ao lado da regra que lhe corresponda (escreve, portanto, na coluna da direita, onde já pus alguns exemplos).
[o] porque [das coisas] / intíma [adjetivo] / tentão [Presente do Indicativo] / provavél / tambem / contrario [adjetivo ou nome] / brincavamos / cardiaco / acreditára [Mais-que-perfeito] / proximo / unica / so / relogio / neuronios / fôra / saira [Mais-que-perfeito] / passeavamos /estáva / príncipal / ultimo [adjetivo] / dificil / alguem / estadio / sotão / iría / faceis / Africa / páis [‘parentes’] / [ontem] juramos / alí / e [Presente de «Ser»] / [quis] deixa-los / pensão [Presente] / possivel / tivémos / ninguem / podera [Futuro] / dár-me / hipotese / acabára / sonambula / [eles] mantém / saíu / imprevísivel / irónicamente / começaram [Futuro] / familia / passáros / musica / incrivel /faziamos / noticias [nome] / chegármos / iamos / lêem
regra que as grafias em cima não cumprem
formas já corrigidas
Palavra aguda terminada em a, e ou o (com ou sem -s) leva acento.
Palavra aguda terminada em ditongo nasal [ãw] leva til.
verão
Palavra aguda terminada em i ou u (com ou sem s) precedidos de vogal com que não formem ditongo leva acento.
Luís
Palavra aguda terminada em -em ou ens, se tem mais de uma sílaba, leva acento.
parabéns
Palavra aguda terminada em ditongo aberto leva acento.
céu
3.ª pessoa do plural de «ter» ou «vir» leva acento circunflexo (para se distinguir da forma do singular).
vêm
Palavras agudas fora das condições acima descritas não levam acento.
peru
Palavras graves, não havendo outra condição especial, não levam acento.
vemos
Palavras graves terminadas em -l, -n, -r, -s, -x e -ps levam acento.
nível
Palavra grave terminada em ditongo oral (seguido ou não de -s) leva acento.
fúteis
Palavra grave terminada em ou -ão (seguidos ou não de s) leva acento.
órfã
Palavra cuja sílaba tónica i ou u não forma ditongo com a vogal anterior (a não ser se seguir um -nh ou -m, -n e -r) leva acento.
constituído
1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito da 1.ª conjugação leva acento (para se distinguir do presente). [para nortenhos, prescindível]
andámos
3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do verbo «poder» leva acento (para se distinguir do presente).
pôde
Não se emprega acento antes de ditongos iu ou ui precedidos de vogal.
caiu
Todas as palavras esdrúxulas (verdadeiras ou aparentes) têm acento.
esdrúxula
Depois de vermos o trailer do filme Debate pela Liberdade (The Great Debaters; em português do Brasil, O Grande Desafio), resolve o questionário de escolha múltipla da p. 69:
1. 1.1. = __; 1.2. = __; 1.3. = __; 1.4. = __; 1.5. = __.
Sketch com discurso de político
Autores
O que se pretende caricaturar
Palavras
Porta dos Fundos
Políticos serem dirigidos por outrem
Deputado dirige-se à Assembleia
Gato Fedorento
Formalismo da oratória política
Lições sobre política, futebol e afins
Gato Fedorento

Faltas dos deputados
Gato Fedorento

No final do 1.º período já lemos um poema de Cesário Verde («De tarde»). Do mesmo poeta — que iremos dando saltitantemente —, segue-se «A débil», a que retirei a última palavra de quase todos os versos. Deixei a primeira e a última quadra completas. Por elas ficas a saber que em cada estrofe há rima interpolada e emparelhada, num esquema a-b-b-a. Quanto à métrica, por esses oito versos se vê que se trata de decassílabos.
Tentarás colocar nos espaços estas palavras deles retirados.

devasso / absinto / suspirando / suspeites / monarca / bordado / titulares / turbulento / respeito / esbocetos / loura / miserável / brando / imaculada / patriarca / arborizado / entanto / sossego / ostentação / pisada / quieta / corruptora / sinto / matinais / enfeites / cabeça / pedestal / fina / peito / braço / saudável / demais / envidraçada / espessa / natural / tanto / casares / grego / batina / nação / pretos / embaraçada / ajuntamento / poeta

Vai respondendo às seguintes perguntas na p. 329 (ou completando as respostas).
Educação literária
1. «Eu» / «feio» / «____» / «____» // «Ela» / «___» / «frágil» / «____»
Os adjetivos usados em cada um dos casos, apesar de antitéticos, sugerem que se podem complementar, na perspetiva de que os opostos se atraem e completam. O «eu», consciente da sua degra­dação, diz-se capaz de lhe ser leal, adotando os valores por ela representados (recato, honestidade).
2. O sujeito poético está «[s] ______» (v. 5), «[n] ______» (v. 7) e bebe «_______» (v. 10).
3. Os três recursos são a tripla adjetivação, em «_____, _____, ______» (v. 2); a hipálage, em «_____» (v. 4); e a _____ em «[existência] de cristal» (v. 4). Pretende-se caracterizar o tipo de vida associado à figura feminina: uma existência pura, transparente, imaculada, perfeita, como o cristal.
4. A figura feminina, na sua brancura e luminosidade, é «recatada», enquanto a turba é «ruidosa, ___, ___». Os traços sombrios e ameaçadores da multidão contrastam, vivamente, com a naturalidade e a brandura da jovem que passa.
Gramática
1. a) _____. ([sugestão: vê se na 3.ª pessoa seria lhe ou o/a])
b) _____. ([sugestões: é trocável por o/a? Qual é a expressão que faz que o verbo esteja no singular (ou no plural)?])
c) ______.
Discorre sobre a perspetiva que o sujeito poético tem acerca da «débil» e como essa visão vai evoluindo, com o «eu» a alterar a sua atitude para com ela. Usa citações. Aproveita todas, ou quase todas, as linhas.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Redige, a caneta e em folha que me trarás, a resposta a um destes itens «tipo grupo III de exame», que copio do Caderno de Atividades (p. 89; p. 96):
Num texto bem estruturado, com um mínimo de 180 e um máximo de 220 palavras, apresenta um texto de opinião sobre os valores que defendem os jovens atuais. Há quem argumente que a juventude do século XXI é essencialmente individualista e materialista. Concordas com esta posição? Fundamenta o teu ponto de vista, recorrendo a dois argumentos e ilustrando cada um deles com um exemplo significativo.
No item da p. 96 só é diferente a parte sublinhada:
[...] sobre os jovens e a popularidade. Será a popularidade determi­nante para a afirmação de um jovem? Qual é a tua posição? [...]


Aula 53-54 (10 [9.ª, 4.ª], 11/jan [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Correção do último item sobre «A Débil», de Cesário Verde (p. 328):
Discorre sobre a perspetiva que o sujeito poético tem acerca da «débil» e como essa visão vai evoluindo, com o «eu» a alterar a sua atitude para com aquela mulher.
A dita débil, no início do texto, além de admirada pela beleza, juventude, naturalidade (vv. 2, 15, 19, 20, 25, 34, 37, 38), é vista como frágil (vv. 2, 6), de tal modo que o sujeito poético manifesta vontade de a proteger da agitação da cidade. Com ela imagina «uma família, um ninho de sossego» (v. 35). E, perante a ameaça de «um numeroso ajuntamento», o eu, com a sua «vista de poeta», transfigura a rapariga, «tímida e quieta», numa «pombinha branca» cercada por «um bando ameaçador de corvos pretos» (vv. 46-48). No entanto, o retrato da «débil» é complexo, ambivalente: também surge como figura capaz de atravessar a multidão «com elegância e sem ostentação» (v. 37), impondo a sua presença.
Na última estrofe, o sujeito lírico assume mesmo a decisão de dedicar à rapariga a sua «pobre vida» e por ela está disposto a modificar-se. Aquele que no início se definia como «feio», aparentemente com falta de saúde (v. 12), triste e com dores de cabeça (v. 22) diz-se agora «hábil, prático, viril» (v. 52), pronto a corresponder ao poder do exemplo da jovem, que, afinal, seria «débil» apenas no título do poema.
Lê «A uma transeunte» (p. 330), poema de Baudelaire que procuraremos comparar com «A débil» (p. 328), de Cesário Verde. Lê primeiro a tradução no manual, mas lê também a tradução de Maria Gabriela Llansol, que ponho a seguir. Qual preferes? Depois, dá uma vista de olhos ao original francês, que é útil para percebermos o esquema rimático.
Tradução por Maria Gabriela Llansol (Charles Baudelaire, As Flores do Mal, Lisboa, Relógio D’Água, 2003, pp. 213 e 215):
A uma transeunte
A rua ensurdecedora em meu redor berrava
Alta, esguia, de luto carregado, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão faustosa
Erguendo, baloiçando o ramo e a bainha

Ágil e nobre, com sua perna de estátua.
Eu bebia, crispado como extravagante,
No seu olhar, céu lívido onde nasce o furacão,
A doçura que fascina e o prazer que mata.

Um raio... em seguida, a noite! — Beleza fugitiva
Cujo olhar me fez repentinamente renascer,
Só voltarei a ver-te na eternidade?

Algures, bem longe daqui! Demasiado tarde! Nunca talvez!
Eu não sei para onde fugiste, tu não sabes para onde vou,
Tu que eu teria amado, tu que sabias que sim!
Versão original:
A une passante
La rue assourdissante autour de moi hurlait.
Longue, mince, en grand deuil, douleur majestueuse,
Une femme passa, d’une main fastueuse
Soulevant, balançant le feston et l’ourlet;

Agile et noble, avec sa jambe de statue.
Moi, je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans son œil, ciel livide où germe l’ouragan,
La douceur qui fascine et le plaisir qui tue.

Un éclair... puis la nuit! — Fugitive beauté
Dont le regard m’a fait soudainement renaître,
Ne te verrai-je plus que dans l’éternité?

Ailleurs, bien loin d’ici! trop tard! jamais peut-être!
Car j’ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
O toi que j’eusse aimée, ô toi qui le savais!
Preenche as lacunas na tabela.
AUTOR
Cesário Verde (1855-1886)
Charles Baudelaire (1821-1867)
naturalidade: Lisboa (Portugal)
naturalidade: Paris (____)
TEXTO
«A débil»
«A uma transeunte» (fr.: «A une passante»)
publicado no periódico A Evolução, em 1876
publicado na revista L’Artiste, em 1855
coligido em O Livro de Cesário Verde (1901)
coligido em Les Fleurs du Mal, 2.ª ed. (1861)
FORMA
treze ____
um soneto (= duas quadras e dois ____)
______
dodecassílabos
a-b-b-a || ___ || e-f-f-e || g-h-h-g || etc.
a-b-b-a || ___ || e-f-e || f-g-g
O SUJEITO LÍRICO
observador e _____ (talvez apaixonado)
_____ e apaixonado
admira a mulher, ____ com ela («Mas se a atropela o povo turbulento / Se fosse por acaso ali pisada!», vv. 41-42)
admira a mulher, ____ por ela («Um raio...», v. 9; «Tu que eu teria amado», v. 14)
vê na mulher que passa a esperança de uma transformação regeneradora («sinto / que me tornas prestante, bom, ____», vv. 11-12)
vê na mulher que passa a esperança de um amor regenerador («cujo olhar me fez ___», v. 10)
no final, quer «dedicar[-lhe] a [sua] pobre vida» (v. 50) e revela-se já transformado («sou hábil, ____, viril», v. 52)
no final, revela-se resignado por a ter perdido («e depois noite!», v. 9; «Só te verei de novo na _____?», v. 11; «Noutro lugar, bem longe! é tarde! talvez nunca!», v. 12)
A MULHER
é o «tu» do poema («___», v. 2; passim)
é o ____ do poema («Só te verei», v. 11; «sabes», «ias», v. 13; «Tu», «tu», «sabias», v. 14)
é ___; mas frágil («A débil»), discreta («recatada», «honesta», «recolhida»), «simples», inocente (cfr. «A tua boa mãe»), bondosa («socorreste um miserável»)
é bela; «majestosa» (v. 2), com mãos «____» (v. 3), «nobre e ágil», talvez extrovertida («Erguia e agitava a orla do vestido», v. 4)
O ESPAÇO
rua citadina, ruidosa, movimentada, cheia de ____
rua decerto citadina, ____ («A rua ia gritando e eu ensurdecia», v. 1)
Sketch com discurso de político
Autores
O que se pretende caricaturar
Escândalo na cantina
Gato Fedorento

Grupo parlamentar de palhaços
Gato Fedorento

Vota Lopes da Silva
Gato Fedorento
Recurso a palavras e entoações apenas para suscitar aplausos (como espetáculo sujeito a um protocolo entre orador e claque)
Primeiro-ministro discursa
Gato Fedorento
Obama português
Gato Fedorento

Redação de apreciação do livro que cada um leu no âmbito do Projeto de leitura
TPC — Lembro apenas o tepecê da aula passada, que lhes disse poderem entregar na próxima aula.


Aula 55-56 (14 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 16/jan [3.ª, 2.ª]) Como outros poemas de Cesário Verde, «Num bairro moderno» (pp. 325-326) apresenta características narrativas (é possível identificar espaço, tempo, figuras intervenientes e suas ações). Não é difícil, por isso, conceber sínteses para cada uma das estrofes, como se se tratasse de um texto em prosa narrativa.

Em cada trecho a seguir, há uma lacuna a preencher e um segmento a riscar.
vv. 1-5 // Naquele bairro moderno por onde passa, às dez horas, chamam a atenção do sujeito poético os efeitos causados pelas incidências da ____. Um pedaço da brita do macadame entra-lhe numa vista.
6-10 // Dentro das ____, ressacados ainda da noitada, os residentes só agora começam a despertar.
11-15 // Um pouco invejoso da vida burguesa que adivinhava naquela rua, o poeta — que não está de extraordinária saúde — ia a caminho do ____, sem pressas, já que queria irritar o patrão.
16-20 // Atentou então numa vendedeira, humilde, que pousara a sua cesta numa ____, ficando a jogar xadrez (com peças de mármore).
21-25 // Olhou-a, salientando no retrato da rapariga o ar popular, a lingerie sofisticada, a fealdade, o _____ em desalinho.
26-30 // Viu-a também à conversa com um _____, que a assediava com proposta indecente, oferecendo-lhe apenas uma moeda.
31-35 // Perante os vegetais, iluminados pelo ____, o «eu» do poema propõe-se imaginá-los transfigurados num belo corpo humano, que depois canibalizaria.
36-40 // Repara também no movimento que o bairro começa a ter. Nota ainda as diversas sensações (_____, auditivas, visuais) que impregnam o ambiente. Rapazes, na brincadeira, tocam às campainhas.
41-45 // Como antes prometera, o sujeito poético vê nos vegetais transportados pela rapariga elementos antropomórficos: na _____, uma cabeça; nuns repolhos, seios; num ananás, um umbigo.
46-50 // Identifica as azeitonas com tranças; os ____, com ossos; as uvas, com olhos; os kunamis, com esternocleidomastóideos.
51-55 // Certos frutos lembram-lhe colos, ombros, _____, uma cara. Num cheiroso melão que está entre as hortaliças, vê uma barriga e uma orelha.
56-60 // Nos legumes, carnes tentadoras; nas cenouras, ____; nos tomates, corações; na ginja, ketchup a imitar sangue.
61-65 // Entretanto, a rapariga, não esperando mais clientela, pede ao poeta que a ____, no sentido de pôr a canastra das sardinhas à cabeça.
66-70 // Afável, ele apoia-a e conseguem ______ aquele enorme peso (cinco toneladas), dada a excelente musculatura de ambos.
71-75 // O _____ da regateira (acompanhado de generosa gorjeta) revigorou o poeta.
76-80 // Enquanto a rapariga se afasta e se veem comboios, sob o calor de ____, o sujeito poético pode reparar na sua magreza e palidez.
81-85 // E apercebe-se do ambiente ao redor: uma criança rega uma _____ (e esta ação sugere uma comparação poética). Sportinguistas queixam-se de Das Bosta.
86-90 // Ao mesmo tempo que sente os cheiros vindos da giga, chegam-lhe outros motivos sensoriais (som de chilreios de ______ e do bulício das criadas, cor dos raios de sol, sabor do bife à Império).
91-95 // E logo se foca, de novo, na rapariga, observando a sua energia, realçada até pela aparente fragilidade física (por sua vez, contrastante com as ____ repolhudas). É uma «desgraça alegre» que entusiasma o poeta, que se desfaz em lágrimas.
96-100 // Regressa então às fantasias inspiradas na visão dos vegetais: umas abóboras lembram-lhe as pernas de um _____, um halterofilista desclassificado por doping.
Resolve as seguintes perguntas da p. 327:
9. 1. =___; 2. =___; 3. = ___; 4. = ___; 5. = ___; 6. = ___; 7. = ___.
7. Nas estrofes 17 e 18, há referência, explícita e implícita, a diferentes cores e tons: «janela ____» (v. 82), «nuvens ____» (v. 85), «um ____» (v. 87) (amarelo), «raios de laranja» (v. 90). A luz do sol está presente, na estrofe 17, em palavras e expressões como «joeira» (v. 83), «borrifa ____» (v. 84) e «poeira que eleva nuvens altas» (vv. 84-85), pois a água que sai do ralo do regador forma uma nuvem de gotículas com a incidência dos raios solares. Na estrofe 18, a luminosidade aparece associada a «____» (v. 88) e à belíssima imagem do sol que estende os seus «raios de ____ destilada» (v. 90) nos versos finais.
8. Estas personagens permitem denunciar as condições de vida das classes sociais desfavorecidas, como é o caso da vendedeira e dos «padeiros». O «criado», ainda que proveniente do povo, assume um estatuto privilegiado e, com sobranceria e desdém, humilha a vendedeira, atirando-lhe a moeda, de forma «____» (v. 29) (assinale-se a expressividade do adjetivo). O sujeito lírico parece tomar o partido dos mais fracos («Eu acerquei-me d’ela, sem ___», v. 66).
Sketch com debate
Autores
O que se pretende caricaturar
Debate quente
Porta dos Fundos
Preocupação de que os debates tenham audiência, sejam um espetáculo, sem que a discussão tenha profundidade ou seja mais do que afirmações soltas (muitas vezes, agressivas).
Debate político insultuoso
Gato Fedorento
Hipocrisia (agressividade dissimulada por falsa cortesia), falta de substância, interrupções, preocupação, quase fetichista, com a distribuição do tempos.
Fox, o cão político
Gato Fedorento

Desculpe, o sotor usou um argumento
Gato Fedorento

Escreve um texto em prosa, tenden-cialmente literária, cujo narrador percorra espaço dentro da cidade e vá observando o cenário (com pormenor idêntico ao usado por Cesário Verde). A certa altura, haverá breve diálogo com alguém (como sucedia em «Num Bairro Moderno»).
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Lê os vários excertos de ensaios sobre Cesário Verde nas pp. 319-321 e, se houver tempo, já agora também os das pp. 316-317.


Aula 57-58 (17 [9.ª, 4.ª], 18 [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Na p. 346, lê «Cristalizações», de Cesário Verde.
Como se trata de poema cujo «eu» (sujeito poético, sujeito lírico) é um quase-narrador — e, mais uma vez, em deambulação pela cidade —, é possível fazer sínteses-resumos de cada estrofe. Já o fiz para três quintilhas; procede agora do mesmo modo para as seis em falta. (Nota que o poema é bastante maior. O original tem vinte estrofes.)
Não uses em cada síntese mais do que vinte palavras.
Vv.
Resumo-Síntese
1-5

6-10
O frio e o sol convidam ao trabalho. No chão molhado, vê-se a cidade refletida.
11-15
Passam peixeiras enérgicas, a apregoarem. Veem-se barracas pobres e quintalórios.
16-20

21-25

26-30

31-35

36-40

41-45
Também as cores e os reflexos devidos às poças de água impressionam o «eu».
O assunto é Termos antecedente, sucedente, referencial; Anáfora, catáfora; Referente; Correferentes; Cadeia de referência. Lê e completa. (No manual, esta matéria está em «[coesão] referencial», no final da p. 388.)

Ouvidos os primeiros dez minutos do episódio da série ‘Grandes livros’ acerca de Cesário Verde, escreve V(erdadeiro) ou F(also) à esquerda dos seguintes períodos.
O documentário começa com a pergunta «Será que só existe poesia na beleza?»
Diz-se-nos depois que a poesia também é possível na noite, no feio, nos cocós, nas pequenas coisas.
Também haveria poesia no real, no mundo, no quotidiano, na vizinha do lado, no frio, no cansaço.
Metaforicamente, anuncia-se-nos irmos «abrir os Cânticos do Realismo».
Na introdução ao contexto, refere-se estar-se no tempo da Regeneração — o tempo dos comboios, dos telégrafos, das estradas, das pontes, com a ascensão da burguesia e o crescimento das cidades.
Em 1886, os jornais noticiaram, por azarada gralha, a morte de Cesário Azul, um comerciante de Lisboa que também poetava.
Cesário morreu com apenas 71 anos.
O Livro de Cesário Verde foi publicado, por iniciativa de Silva Pinto, logo em 1887 [e eu errei, há uma aula ou duas, ao dizer-lhes que fora alguns anos depois].
Cesário Verde trabalhava na loja de chinês do pai, na Baixa.
Foi estudante, ainda que fugazmente, da Faculdade de Direito de Lisboa.
O espólio de Cesário Verde perdeu-se num tsunâmi que fez submergir a casa de Linda-a-Pastora.
A família de Cesário Verde vivia com dificuldades económicas.
Em vida, Cesário não foi reconhecido como bom poeta.
O poema «Esplêndida» teve esplêndida receção por parte de leitores e direção do Diário de Notícias, que o publicara.
Cesário Verde foi acusado de ter sido influenciado por Les Fleurs do Mal, de Baudelaire.
Ramalho Ortigão recomendou-lhe que fosse menos Verde e mais Cesário.
Para Pedro Mexia, a forma como Cesário descreve as mulheres é «tudo menos lírica — é uma forma bastante brutal e, hoje, diríamos ‘misógina’»; não era um poeta que escrevesse para agradar.
Cesário Verde serviu-se de novas palavras, de métrica e rimas inovadoras, de uma adjetivação sem paralelo.
Para o ensaísta Eugénio Lisboa, o único equivalente a Cesário na sua época seria Eça de Queirós, ainda que este tivesse sido prosador.
Segundo refere Maria Filomena Mónica, o primeiro poema de Cesário Verde é de 1873.
Retoma redação da última aula, ainda que usando a folha da aula de hoje. (podes até recopiar as últimas palavras que escreveras). Continua o percurso do «eu», mas observando agora trabalhadores com que ele se deparasse (não têm de ser calceteiros, nem das obras, mas tem de se descrevê-los no seu «métier», com pormenores à Cesário Verde). Inspiração em «Cristalizações» pode ser útil.
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TPC — Em Gaveta de Nuvens, na zona sob o título ‘Lista de tarefas para o 2.º período’, já explicitei a parte de poema de Cesário Verde que te caberá recitar. É tarefa para preparares logo que possas (durante a semana que vem), podendo eu começar a ouvir as recitações talvez na semana que começa a 28 de janeiro. Entretanto, espero completar em breve o que escrevi sobre as restantes tarefas para o 2.º período. Algumas, é verdade, estão à espera de que comecemos as próprias matérias em causa (Frei Luís de Sousa, Amor de Perdição), mas nada impede que comecem a pensar nelas. Convirá ainda estarem atentos à tarefa que designo como «tarefa interessante», porque pode implicar prazos para entregas para efeitos de concursos (informação sobre esses concursos).


Aula 59-60 (21 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 23/jan [3.ª, 2.ª]) Explicações de escrita (ver Apresentação).

Para as estrofes de «De verão», de Cesário Verde, dar-te-ei hipóteses de títulos, frases alusivas, meras observações a aspetos de ordem estilística. Escolhe a melhor dessas quatro opções (relativas a cada uma das quintilhas I a XVII):
De verão
I
No campo; eu acho nele a musa que me anima:
A claridade, a robustez, a ação.
Esta manhã, saí com minha prima,
Em quem eu noto a mais sincera estima
E a mais completa e séria educação.
II
Criança encantadora! Eu mal esboço o quadro
Da lírica excursão, de intimidade.
Não pinto a velha ermida com seu adro;
Sei só desenho de compasso e esquadro,
Respiro indústria, paz, salubridade.
III
Andam cantando aos bois; vamos cortando as leiras;
E tu dizias: «Fumas? E as fagulhas?
Apaga o teu cachimbo junto às eiras;
Colhe-me uns brincos rubros nas ginjeiras!
Quanto me alegra a calma das debulhas!»
IV
E perguntavas sobre os últimos inventos
Agrícolas. Que aldeias tão lavadas!
Bons ares! Boa luz! Bons alimentos!
Olha: Os saloios vivos, corpulentos,
Como nos fazem grandes barretadas!
V
Voltemos! No ribeiro abundam as ramagens
Dos olivais escuros. Onde irás?
Regressam os rebanhos das pastagens;
Ondeiam milhos, nuvens e miragens,
E, silencioso, eu fico para trás.
VI
Numa colina brilha um lugar caiado.
Belo! E, arrimada ao cabo da sombrinha,
Com teu chapéu de palha, desabado,
Tu continuas na azinhaga; ao lado,
Verdeja, vicejante, a nossa vinha.
VII
Nisto, parando, como alguém que se analisa,
Sem desprender do chão teus olhos castos,
Tu começaste, harmónica, indecisa,
A arregaçar a chita, alegre e lisa,
Da tua cauda um poucochinho a rastos.
VIII
Espreitam-te, por cima, as frestas dos celeiros;
O sol abrasa as terras já ceifadas,
E alvejam-te, na sombra dos pinheiros,
Sobre os teus pés decentes, verdadeiros,
As saias curtas, frescas, engomadas.
IX
E, como quem saltasse, extravagantemente,
Um rego de água sem se enxovalhar,
Tu, a austera, a gentil, a inteligente,
Depois de bem composta, deste à frente
Uma pernada cómica, vulgar!
X
Exótica! E cheguei-me ao pé de ti. Que vejo!
No atalho enxuto, e branco das espigas
Caídas das carradas no salmejo,
Esguio e a negrejar em um cortejo,
Destaca-se um carreiro de formigas.
XI
Elas, em sociedade, espertas, diligentes.
Na natureza trémula de sede,
Arrastam bichos, uvas e sementes
E atulham, por instinto, previdentes,
Seus antros quase ocultos na parede.
XII
E eu desatei a rir como qualquer macaco!
«Tu não as esmagares contra o solo!»
E ria-me, eu ocioso, inútil, fraco,
Eu de jasmim na casa do casaco
E de óculo deitado a tiracolo!
XIII
«As ladras da colheita! Eu, se trouxesse agora
Um sublimado corrosivo, uns pós
De solimão, eu, sem maior demora,
Envenená-las-ia! Tu, por ora,
Preferes o romântico ao feroz.
XIV
Que compaixão! Julgava até que matarias
Esses insetos importunos! Basta.
Merecem-te espantosas simpatias?
Eu felicito suas senhorias,
Que honraste com um pulo de ginasta!»
XV
E enfim calei-me. Os teus cabelos muito loiros
Luziam, com doçura, honestamente;
De longe o trigo em monte, e os calcadoiros,
Lembravam-me fusões de imensos oiros,
E o mar um prado verde e florescente.
XVI
Vibravam, na campina, as chocas da manada;
Vinham uns carros a gemer no outeiro,
E finalmente, enérgica, zangada,
Tu, inda assim bastante envergonhada,
Volveste-me, apontando o formigueiro:
XVII
«Não me incomode, não, com ditos detestáveis!
Não seja simplesmente um zombador!
Estas mineiras negras, incansáveis,
São mais economistas, mais notáveis,
E mais trabalhadoras que o senhor!»

I
a) A minha prima inspira-me!
b) A musa da poesia inspira-me!
c) Gosto da irreverência da priminha.
d) A luz do campo inspira-me!
II
a) Prefere a cidade, industrial, ao campo, envelhecido.
b) Detestável prima!
c) Não conseguirá dar notícia de tudo o que se passou.
d) O poeta está doente.
III
a) Que seca!
b) É perigoso fumar junto às eiras.
c) A observação do trabalho dos outros é já por si cansativa.
d) Está-se bem no campo!
IV
a) Rudes mas delicados, os saloios.
b) A agricultura está demasiado industrializada.
c) No campo, todos são muito lavados.
d) Os saloios são uns mentirosos.
V
a) A prima é demasiado rápida; não a acompanho.
b) A prima entra por um olival.
c) Pôs-se frio.
d) Decide-se o regresso. Estou pensativo.
VI
a) Tudo isto me enoja!
b) O poeta (e a prima) são donos de uma vinha.
c) Vá lá, despacha-te!
d) «Verdeja, vicejante, a nossa vinha» contém uma aliteração.
VII
a) O poeta entrevê o rabo da prima.
b) A iguana comprada pela prima rasteja.
c) Um instantâneo: a prima ergue um pouco a saia.
d) Afinal, a prima é uma sereia.
VIII
a) Vê-se a roupa interior da prima.
b) Há fogo na seara.
c) As mulheres, ao longe, usam saias curtas, brancas, engomadas.
d) Uma minissaia (que desconcentra o poeta).
IX
a) És muito séria, pois, mas dás as tuas pernadas, não é?!
b) Uma pernada cósmica!
c) Um momento ordinário.
d) Uma polaroid: a prima a alongar a perna.
X
a) As espigas caíram.
b) Salmões.
c) Sem a prima notar, o poeta aproxima-se.
d) Olhando o chão, um pormenor.
XI
a) As pessoas da aldeia atulham as casas de animais e sementes.
b) Como são repelentes os bichos!
c) Para uma sociologia das formigas.
d) A sociedade na aldeia.
XII
a) O poeta ofereceu um jasmim à prima.
b) O poeta estava deitado.
c) O poeta usava óculos.
d) O poeta usava uma flor.
XIII
a) «As ladras da colheita» são as formigas.
b) «As ladras da colheita» são as aldeãs pobres.
c) «As ladras da colheita» são as raparigas que sejam como a prima.
d) «As ladras da colheita» são as aves.
XIV
a) A prima tivera o cuidado de não esmagar as formigas.
b) «Suas senhorias» são as espigas.
c) A prima não teve compaixão com os pobres insetos.
d) O poeta deu um pulo de ginasta.
XV
a) Aspetos cromáticos.
b) Amuei.
c) Ao longe, o mar.
d) O poeta avistou uma serra, onde havia trigo.
XVI
a) Envergonhada por ter calcado as formigas.
b) Genuinamente zangada.
c) Futilidades.
d) Cocó.
XVII
a) A prima acha que aquele senhor é realmente preguiçoso.
b) A prima enfurece-se com a falta de compaixão pelos animais revelada pelo poeta.
c) A prima detesta insetos.
d) A prima replica à ironia do poeta também na brincadeira.
Depois de me dares a folha com o questionário sobre «De verão», lê no cimo da p. 331 o texto enquadrado «Imaginário épico e representação dos tipos sociais».
A seguir, centra-te nos cinco primeiros quartetos de «O Sentimento dum Ocidental» (pp. 331-332, vv. 1-20), o mais importante poema de Cesário Verde. Transpõe vv. 1-20 de «O Sentimento dum Ocidental» (pp. 331-332) para contexto diferente:
Cesário Verde > Versos teus
sentimentos disfóricos > alegria, otimismo ou outros sentimentos «positivos»
cidade > campo, praia, montanha
anoitecer > outro momento do dia
século XIX > século XXI
rima, métrica > sem rima, nem métrica, mas extensão aproximada
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TPC — Vê tarefas para 2.º período em ‘Lista de tarefas...’, atentando sobretudo nas assinaladas a azul fluorescente. As tarefas que são também concursos (o mais próximo é o de escrita sobre «Quem é Calouste?») não são obrigatórias — mas ficaria bem impressionado se pelo menos os alunos com melhores capacidades fizessem uma destas tarefas (mas só vale a pena se com gosto e criatividade). Quanto à tarefa de recitação já a anunciei no último tepecê (está também a azul): vai já fixando as estrofes que te couberam.


Aula 61-62 (24 [9.ª, 4.ª], 25/jan [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Correção do questionário de compreensão de «De verão» (ver Apresentação).
Numa prova de exame de 2014 está um raro caso de grupo I-B com Cesário Verde:
B
Leia as cinco estrofes iniciais do poema «O Sentimento dum Ocidental», de Cesário Verde.

Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.

Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!

Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.

Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.
Cesário Verde, Obra Completa de Cesário Verde, edição de Joel Serrão, Lisboa, Livros Horizonte, 1988, p. 151
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
4. Caracterize o estado de espírito do sujeito poético e relacione-o com os efeitos que a cidade nele provoca.
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5. Identifique duas características temáticas da poesia de Cesário Verde, fundamentando a sua resposta com elementos textuais pertinentes.
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Segue-se o resto da parte I de «O Sentimento dum Ocidental». Em cada um dos versos sabotei uma só palavra: ou troquei uma sua letra ou troquei a palavra toda por outra do mesmo campo lexical (co-hipónima ou co-merónima). Procura repô-las.
E evoco, então, as crónicas nabais:
Ciganos, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!
Luta Camões no Sul, salvando um DVD, a nado!
Singram soberbas trotinetes que eu não verei jamais!

E o fim da noite inspira-me; e incomoda!
De um couraçado luxemburguês vogam os escaleres;
E em terra num tinir de loucas e talheres
Flamejam, ao jantar alguns hotéis da mona.

Num trem de praça arengam dois futebolistas;
Um trôpego arlequim braceja numas ondas;
Os querubins do VAR flutuam nas varandas;
Às mortas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!

Vazam-se os manchésteres e as oficinas;
Reluz, viscoso, o tio, apressam-se as obreiras;
E num rebanho negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as narinas.

Vêm sacudindo as orelhas opulentas!
Seus broncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à axila, embalam nas canastras
Os bisnetos que depois naufragam nas tormentas.

Descalças! Nas descargas de Marvão,
Desde manhã à noite, a bordo das motorizadas;
E apinham-se num bairro aonde miam patas,
E o peixe podre gela os focos de infeção!

TPC A partir da próxima aula começaremos a ouvir as recitações de trechos de Cesário (não todas mas já algumas).


Aula 63-64 (28 [5.ª, 4.ª], 30 [3.ª, 2.ª], 31/jan [9.ª]) Situando-te nas pp. 332-333, relê as oito últimas estrofes da parte I de «O Sentimento dum Ocidental» (parte que veio a ter o título «Ave-Marias») e completa, com personagens ou tipos sociais, a tabela (em que reformulei a que o manual põe na p. 333):
Espaço
Personagens/Tipos
Caracterização (ou ação caracterizadora)
edificações somente emadeiradas
______
saltam de viga em viga, como morcegos
[rua]
______
voltam aos magotes, de jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos
por boqueirões, becos
sujeito poético
embrenha-se a cismar
pelos cais
______
erra [isto é, ‘vagueia’]
hotéis da moda
[clientes que jantam]
num tinir de louças e talheres
trem de praça
dois ____
arengam
[rua]
um ___
trôpego, braceja numas andas
Frederico Marquises
querubins do _____
flutuam
às portas [das lojas]
______
enfadam-se
arsenais, oficinas
operários («obreiras»)
apressam-se
[rua]
______
hercúleas, galhofeiras, correndo com firmeza, sacodem ancas opulentas, têm troncos varonis, embalam os filhos nas canastras, descalças, etc.

Na parte II de «O Sentimento dum Ocidental» (na publicação em livro, intitulada «Noite fechada») há referências a espaços que quem conheça Lisboa consegue identificar. Seguindo os quartetos que estão nas pp. 334-335, completa o que falte na tabela:
cadeias, Aljube
só tem ____ e crianças, raramente uma mulher das classes altas
prisões, Sé, Cruzes
fazem o «eu» sentir-se _____ e desconfiar de aneurisma
andares, tascas, cafés, tendas, _____
vão-se iluminando
as duas igrejas de um saudoso largo
lançam a nódoa negra e fúnebre do ____
construções retas, iguais, _____
muram o «eu»
íngremes subidas (e o tanger dos sinos)
afrontam o ______
um recinto público e vulgar, «épico d’outrora» (Camões), «brônzeo», «de proporções guerreiras»
ascende num ___
[idem] e acumulação de corpos enfezados
o «eu» sonha com _____
[idem]
____ recolhem (sombrios e espectrais)
um palácio (em frente de um ___)
inflama-se [ilumina-se]
dos arcos dos quartéis que foram já conventos
partem patrulhas de ____ (Idade Média!)
às montras dos ___
as elegantes sorriem curvadas
dos magasins
descem as _____, as floristas, algumas serão comparsas ou coristas
na brasserie
entra o «eu», que acha sempre assuntos para ____ revoltados
nas mesas de emigrados
joga-se, com risos, o _____

Recitações (ver aqui as tabelas das várias turmas).

Passemos à parte III de «O Sentimento dum Ocidental», nas páginas 336-337. Na edição feita por Silva Pinto — amigo de Cesário Verde — havia o título «Ao gás». Enquanto na primeira parte o sujeito poético iniciara as suas deambulações «ao anoitecer», nesta terceira parte já «a noite pesa» e as ruas são iluminadas por candeeiros a gás. «Ao gás» significa que a cidade é vista sob a iluminação propiciada por esses candeeiros.
1. Na sua deambulação, o sujeito poético continua a sofrer os efeitos opressivos do ambiente da cidade, mas, neste começo da parte III (estrofes 1-3), quando «a noite pesa, esmaga», o estado de espírito do poeta agudiza-se. Relaciona esse sentimento com a doença e o contexto.
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2. Destaca a importância da quarta quadra, atendendo à oposição temática que estabelece com os restantes quartetos.
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3. Já na p. 337, a última quadra de «Ao gás» retoma a sensação de cansaço, doença, miséria, que já conhecemos. Na última quadra, dá-se um exemplo dessa miséria: {completa}
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Depois de vermos mais um trecho de Ruby Sparks, completa a tabela:
Livro escrito dentro do filme Ruby Sparks
«De tarde», «A débil», «Num bairro moderno», «De verão», «Cristalizações»
Autor
Calvin (que é também personagem do filme)
Cesário Verde
Narrador / Sujeito poético (ou «eu» do poema)
Narrador heterodiegético (__ pessoa). Creio que omnisciente e, se bem me lembro, ocasionalmente com focalização interna na personagem Calvin (e, por essa via, indiretamente, talvez próximo do autor).
Sujeito poético (1.ª pessoa), com aparentes semelhanças com ______ (doença, deambulações por Lisboa); mas talvez também dissemelhanças (não sei se veríamos Cesário Verde num piquenique como o que relata o «eu» de «De tarde» ou pelo campo com a prima como em «De verão»; e o emprego a que se alude em «Num bairro moderno» não parece ser o da casa de ferragens da família).
Protagonistas/Figuras/Personagens
Calvin (____ que parece inspirada na realidade, isto é, no autor, que aliás promete alterar-lhe o nome, para desfazer essa identidade) e Ruby (que não resulta de inspiração em alguém real preexistente, mas, ao contrário, vem criar uma nova pessoa na realidade exterior à narrativa).
A burguesinha (o «tu» de «De tarde»), a ____ («Num bairro moderno») ou o «tu» de «A débil» podem decorrer de inspiração na realidade observada pelo escritor no seu quotidiano real, mas não temos a certeza disso.
Retornos/Feed-back/Reflexos
Autor pode conformar a intriga da narrativa que cria e, portanto, também a caracterização da protagonista. Só que, neste caso, como a personagem Ruby invade a realidade exterior ao romance, o autor molda também a própria vida, na medida em que interage, na vida real, com o reflexo da Ruby ficcionada. Resume a situação o _____ «mentalcesto», amálgama de «mental(idade)» + «incesto».
À medida que descreve as mulheres que observa — do povo ou da pequena burguesia —, o sujeito poético fica influenciado por essas visões, que nele se refletem. Esses retratos de mulheres ______ («Num bairro moderno»), regeneram-no («A débil»), embevecem-no («De tarde»).
TPC — Lê o capítulo ensaístico sobre «O Sentimento dum Ocidental» (de Helder Macedo, Nós —uma leitura de Cesário Verde, pp. 165-191) copiado aqui.


Aula 65-66 (31/jan [4.ª], 1/fev [5.ª, 2.ª, 3.ª], 4/fev [9.ª]) Vai lendo as pp. 338-339, com a parte IV de «O Sentimento dum Ocidental».
Introduz uma quadra que se integrasse no clima desta parte IV. Usa o esquema rimático de todas as estrofes do longo poema (ABBA) e a mesma métrica (o primeiro verso é sempre um decassílabo; os restantes são dodecassilábicos).
[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Se te despachares cedo, cria ainda outro quarteto.
[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Ou outro ainda.
[estrofe criada entraria entre os atuais v. ___ e v. ___]
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________

Recitações (ver aqui as tabelas das várias turmas).

Eis um item sobre Cesário Verde saído no Exame de 2017-2018 (2.ª fase), no grupo I (parte C, o único item que, neste grupo I, não se reporta a um texto fornecido):
Grupo I, parte C
7. Cesário Verde adota um olhar subjetivo e crítico sobre a cidade. Escreva uma breve exposição sobre a representação da cidade na poesia de Cesário Verde. A sua exposição deve incluir:
uma introdução ao tema;
um desenvolvimento no qual refira uma característica da cidade enquanto espaço físico e uma característica da cidade enquanto espaço humano, fundamentando as ideias apresentadas em, pelo menos, um exemplo significativo de cada uma das características;
uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Os que escrevem melhor ou são mais criativos não deviam descartar investir agora na tarefa para Concurso Quem é Calouste? (1.º prémio: 750 euros; 2.º prémio: 500 euros; 3.º prémio: 300 euros). Das tarefas que designo interessantes (para já, concursos; mas completarei com outras sugestões) vou, até ao fim do ano letivo, querer que façam uma qualquer. Ponderem, portanto, se não haveria vantagem em aproveitarem já esta.


Aula 67-68 (4 [5.ª, 4.ª], 6 [3.ª, 2.ª], 7/fev [9.ª]) Já o ano passado lidámos com o paratexto de livros de teatro. Vamos rever essas noções, aplicadas agora à peça Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett.

O manual — que apresenta o texto integral da peça mas com interrupções (para introduzir perguntas, outros textos, esquemas) — acaba por não incluir a página inicial. Dou-ta eu abaixo. Com ela e com as informações nas pp. 88 e seguintes, preenche a tabela.
FREI LUÍS DE SOUSA
DRAMA
Representado, a primeira vez, em Lisboa, por uma sociedade particular, no teatro da Quinta do Pinheiro, em 4 de julho de 1843.
PESSOAS
Manuel (Frei Luís) de Sousa
Dona Madalena de Vilhena
Dona Maria de Noronha
Frei Jorge Coutinho
O Romeiro
Telmo Pais
O Prior de Benfica
O Irmão Converso
Miranda
O Arcebispo de Lisboa
Doroteia
Coro de frades de S. Domingos
Clérigos do arcebispo, frades, criados, etc.
Lugar da cenaAlmada.
Título da peça
[não esqueças a sublinha correspondente ao itálico dos títulos de livros:] _______
Autor
_______
Género (farsa, tragédia, drama [romântico], comedia, tragicomédia, ...)
_____, que serve mesmo de subtítulo. Porém, se lermos o que o diz Garrett no enquadrado «Drama romântico» (p. 88 do manual), percebemos que, «pela índole», considerava a peça uma _____.
Informação sobre representações
«Representado, a primeira vez, em _____, por uma sociedade _____, no teatro da Quinta do _____, em 4 de julho de ____.»
Lista de personagens («pessoas»)
[além das três que já pus, indica as três seguintes:] Manuel de Sousa, Madalena de Vilhena, Maria, _____, _____, _____.
Quantos atos há?
___ (percebemo-lo pela tabela na p. 88); no manual, os atos começam nas pp. ___, ___, ___.
Há descrição do cenário de cada ato?
Sim. No original, as didascálias descritivas dos cenários estão antes de cada ato. O manual juntou-as e dá-no-las nas pp. 89-___.
Quantas cenas têm os atos?
Doze; ____; ____.
Há didascálias junto das falas das personagens?
[Transcreve a primeira que encontres — entre parênteses e em itálico, a seguir ao nome que antecede a fala:] «_______ maquinalmente e devagar o que acaba de ler».
Onde se passa a ação?
Em _______.
Recitações
Como já percebeste, a didascália relativa ao cenário do ato I está na p. 89. É uma sala de um palácio de finais do século XVI, domicílio de família rica. Redige uma didascália equivalente, mas transposta para o século XXI e para um contexto de classe média (média-alta, média-baixa ou, mesmo, baixa mas não de um sem-abrigo). Uma verdadeira didascália ficaria sublinhada, mas vamos prescindir dessa regra.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Já podes ir fazendo (e enviando) a primeira versão de trabalho de comentário comparado Cesário Verde / pintura por ti escolhida. Já deixei exemplo meu — cfr. ‘tarefas do 2.º período’ —, mas lê bem as instruções.


Aula 69-70 (7 [4.ª], 8 [5.ª, 2.ª, 3.ª], 11/fev [9.ª]) Explicações sobre rima (cfr. Apresentação)
Lê o verbete que se segue:

Frei Luís de SousaDrama de Garrett, em três atos, em prosa, justamente considerado a obra-prima do teatro português. Foi representado pela primeira vez em 4 de julho de 1843, num teatro particular (o da Quinta do Pinheiro, a Sete Rios, pertença de Duarte de Sá), e por amadores da melhor sociedade (o próprio autor desempenhou o papel de Telmo). A 1.ª edição data de 1844. A ação é de trágica simplicidade. D. João de Portugal foi dado como perdido na batalha de Alcácer-Quibir. Sua mulher, D. Madalena de Vilhena, após sete anos de espera e de buscas infrutíferas, desposou D. Manuel de Sousa Coutinho, que já amava em vida de D. João; deste segundo casamento nasceu uma filha, D. Maria de Noronha, que, aos treze anos, revela estranha sensibilidade, aguçada pela tuberculose. Só o velho criado, Telmo, sempre fiel à memória de D. João, espera que ele esteja vivo e regresse; essa íntima fé enche a casa de negros presságios. E, numa sexta-feira, dia fatídico para D. Madalena («faz hoje anos que... que casei a primeira vez, faz anos que se perdeu el-rei D. Sebastião, e faz anos também que... vi pela primeira vez a Manuel de Sousa»), aparece um romeiro vindo da Terra Santa: é D. João de Portugal. Essa família está, pois, condenada à destruição. D. Manuel e D. Madalena decidem entrar num convento; e, durante a cerimónia em que recebem do Prior de Benfica os escapulários dominicanos, surge Maria que, desvairada, vem morrer na própria igreja («morro, morro... de vergonha...»). Só no final a peça descai no melodrama.
Jacinto do Prado Coelho (dir.), Dicionário de literatura portuguesa [...], 3.ª ed., Porto, Figueirinhas, 1984, s. v.
Outros dados históricos úteis para se perceber a intriga:
D. Pedro I nasceu em 1320, iniciou o reinado em 1357 e morreu em 1367. (Inês de Castro foi assassinada em 1355.)
Luís de Camões nasceu em 1524 (ou 1525) e morreu a 10-6-1580.
A Batalha de Alcácer Quibir ocorreu em 4-8-1578. O rei português era então D. Sebastião, nascido em 1554 e desaparecido (provavelmente, morto) nessa batalha.
Entre 1580 e 1640 foram reis de Portugal Filipe I (de 1580 a 1598), Filipe II (1598-1621) e Filipe III (1621-1640), respetivamente Filipe II, III e IV de Espanha.
Manuel de Sousa Coutinho (aka Frei Luís de Sousa) nasceu c. 1555 e morreu em 1632 (em S. Domingos de Benfica); foi um dos melhores prosadores da língua portuguesa.
João de Portugal, fidalgo da casa de Vimioso, terá morrido em Alcácer Quibir (1578); este D. João não era rei de Portugal («Portugal» é um apelido).
Almeida Garrett nasceu em 1799 e morreu em 1854.
Dia em que começa a ação da peça (e em que decorre o Ato I): 28 de julho de 1599
Lê a p. 91, que contém a cena I do ato I de Frei Luís de Sousa, mas revê também o cenário deste primeiro ato (na p. 89). Vai respondendo:
p. 89, l. 3 || Vê-se toda Lisboa porque a casa-palácio fica {circunda a solução certa} num ponto alto da capital / em Almada / num ponto privilegiado do Bairro da Jamaica
p. 89, ll. 4-5 || O retrato será de {circunda o nome certo} D. João de Portugal / Manuel de Sousa / D. Sebastião / Telmo / um cocó vestido de cavaleiro de Malta
p. 91, ll. 6-7 || O facto de Madalena recitar o passo dos Lusíadas que precede a chegada dos algozes de Inês de Castro («Estavas, linda Inês») pretenderá {risca o que consideres errado} acentuar os hábitos literários da personagem / prenunciar que algo funesto sucederá / possibilitar analogias entre os amores de Inês e de Madalena
p. 91, ll. 9-11 || Madalena considera-se {circunda a solução certa} mais infeliz do que Inês / mais feliz do que Inês / tão infeliz quanto Inês
p. 91, l. 11 || O pronome pessoal «ele» tem função de {circunda a solução certa} complemento direto / complemento indireto / complemento oblíquo / sujeito
p. 91, l. 11 || Este pronome «ele» refere-se a {circunda a solução certa} Manuel de Sousa Coutinho / D. João de Portugal / Telmo / D. Pedro
p. 91, ll. 6-15 || No monólogo de Madalena, as reticências, a interrogação e as exclamações concorrem para exprimir {risca o que consideres errado} a angústia / a intranquilidade / a fome de golo / o apetite sexual / a euforia / o entusiasmo.
Na p. 87 do manual, resolve o item 1 de Educação literária, usando estas palavras: espaço, personagens, didascálias, diálogos, principal, dramático.
a) ___; b) ___; c) ___; d) ___;e ) ___; f) ___.
Recitações
TPC — Não esqueças o comentário comparado Cesário/pintura (a enviar-me logo que queiras, sem prazo imperativo, embora se trate de tarefa obrigatória) e a possibilidade de escreveres texto para concurso «Quem é Calouste?» (a enviar-me, no máximo dos máximos, até 17 de fevereiro).
Entretanto, sugiro que escrevas texto para o concurso «A ética na vida e no desporto» (também belos prémios: 1.º, mil euros; 2.º, quinhentos euros; 3.º, duzentos e cinquenta euros). Teriam de me enviar o texto até ao final da próxima semana (não muito mais tarde), para eu corrigir essa primeira versão e a devolver (o texto tem de ser enviado a concurso até 28 de fevereiro). A extensão máxima é de dois mil e quinhentos caracteres; não está estipulado um mínimo, mas eu diria que não convém usar menos de quatrocentas palavras. Resumindo: de 400 a 500 palavras, a computador, em ARIAL, corpo 12, a um espaço. Em Gaveta de Nuvens remeterei para exemplos dos trabalhos vencedores do ano passado e regulamento (e aviso de abertura). Não me parece ser boa estratégia fazer texto expositivo bem comportado (e a repetir banalidades). A organização estará interessada em textos criativos, originais. Formatos como os de crónica, o memorialístico, o de pequena ficção ou ainda outros mais inesperados parecem-me os mais adequados.


Aula 71-72 (11 [5.ª, 4.ª], 13 [3.ª, 2.ª], 14/fev [9.ª]) Explicação sobre redações em aula que eram devolvidas (transposição de didascália de cenário). Cfr. Apresentação.

Vai lendo a cena II (pp. 92-97) do Frei Luís de Sousa, a maior da peça, e circunda a melhor alínea.
Na sua primeira fala (ll. 17-18), Telmo trata Madalena na
a) 2.ª pessoa do singular, passando depois, em geral, à segunda pessoa do plural.
b) 3.ª pessoa do singular, passando depois, em geral, à segunda pessoa do plural.
c) 3.ª pessoa do singular, passando depois, em geral, à segunda pessoa do singular.
d) 2.ª pessoa do singular, tratamento que manterá nas restantes falas desta cena.

Nas linhas 23-24, o livro que é referido é
a) a vida, o passado.
b) a Bíblia.
c) Os Lusíadas.
d) Frei Luís de Sousa.

Relê «como o meu senhor... quero dizer como o Senhor Manuel de Sousa Coutinho» (ll. 25-26). A reformulação a meio da frase significa que Telmo
a) considerava ainda D. João de Portugal o seu verdadeiro amo.
b) invocara Deus, por lapso, mas, pouco depois, retomava a frase devidamente.
c) tinha má opinião acerca de Manuel de Sousa Coutinho.
d) pretendia mostrar independência e que não se considerava escudeiro de ninguém.

«lá isso!...» (l. 27) implica
a) juízo claramente favorável acerca de Manuel de Sousa.
b) menorização de D. João de Portugal relativamente a Manuel de Sousa Coutinho.
c) certa desvalorização de Manuel de Sousa, apesar do reconhecimento de capacidades suas.
d) correção do que dissera Madalena.

Entre as linhas 25 e 34, alude-se
a) ao facto de a Bíblia dever estar escrita em inglês, a língua de todos.
b) às relações de Telmo com as correntes revolucionárias.
c) à Bíblia e à língua em que poderia ser lida.
d) aos hereges.

Centrando-te nas linhas 35-58: Madalena trata Telmo
a) na 2.ª pessoa do plural.
b) ora na 2.ª pessoa do plural ora na 2.ª pessoa do singular.
c) na 3.ª pessoa do singular.
d) na 2.ª pessoa do singular.

As falas das linhas 47-58 permitem saber que Telmo fora aio
a) da família de Dona Madalena.
b) do primeiro marido de Dona Madalena.
c) da família de Manuel de Sousa Coutinho.
d) de Manuel de Sousa Coutinho.

Na fala das linhas 47-51
a) Telmo é caracterizado indiretamente.
b) Telmo é caracterizado diretamente (heterocaracterização).
c) Madalena faz uma autocaracterização.
d) Telmo e Madalena saem caracterizados indiretamente.

O aparte na l. 60 («Terá...») visa mostrar que Telmo
a) está revoltado por não ter agora o papel relevante que já fora seu.
b) desconfia da «santidade» do seu primeiro amo.
c) acredita que D. Sebastião não morrera em Alcácer Quibir.
d) não acredita na morte de D. João de Portugal.

«seu pai» (l. 66) refere-se
a) ao pai de Telmo. | b) a Manuel de Sousa. | c) a D. João de Portugal. | d) a D. João.
«nessas coisas» (l. 69) — o que Madalena pede a Telmo que não aborde nas conversas com a filha — engloba assuntos
a) de índole sexual e religiosa.
b) de índole sexual, religiosa e política.
c) ligados a Alcácer Quibir, sobretudo, e porventura outros considerados demasiado intelectuais ou «de política».
d) ligados à pedofilia, à droga, à violência doméstica.

Maria era
a) alta, saudável.
b) fisicamente desenvolvida e uma joia de moça.
c) frágil.
d) linda de morrer.

Telmo não podia ver Maria (l. 80) por
a) esta ser fruto do amor de Madalena por outro que não o seu primeiro amo, D. João.
b) esta lhe lembrar o pai, D. João de Portugal.
c) preferir moças mais cheiinhas.
d) estar cada vez mais míope.

As falas nas linhas 90-91 e 95 mostram um Telmo
a) supersticioso.
b) agoirento, potenciando a angústia de Madalena.
c) que gosta de contradizer os outros.
d) dócil ante o pedido de Madalena.

Telmo considerava que Maria era digna de ter nascido em melhor estado (l. 108), por
a) não ter conhecido o pai.
b) o segundo casamento de Madalena poder não ser legítimo.
c) ter nascido já sob o domínio filipino.
d) ter nascido doente.

«Para essa houve poder maior que as minhas forças...» (l. 144). O poder a que se reporta Madalena é o
a) da morte.
b) de Deus.
c) do amor.
d) da guerra.

A dúvida de Telmo (157) quanto à morte do amo
a) assentava também no que se dizia numa carta entregue a Frei Jorge.
b) devia-se sobretudo ao seu sebastianismo.
c) era resultado apenas da sua fidelidade a D. João.
d) era mero palpite de aio fiel e teimoso.

O segundo casamento de Madalena
a) não fora consentido pela família do primeiro marido.
b) tivera o consentimento, um pouco contrariado, da família de D. João.
c) fora bem acolhido pela família de D. João mas não pela de Manuel de Sousa.
d) fora bem aceite pelas três famílias.

Frei Jorge, cunhado de Madalena e
a) franciscano, era irmão de D. João de Portugal.
b) dominicano, era irmão de Manuel de Sousa.
c) sabadiano, era sogro de Telmo.
d) dominicano, era irmão de D. João de Portugal.

Ao terminar a cena (ll. 233-247), Madalena está preocupada com a demora do marido por este
a) não ser bom mareante.
b) ser bom mareante e poder ter-se entusiasmado num Tejo que é perigoso quando há nortada.
c) não se eximir a tomar posições nas querelas políticas, por haver peste em Lisboa e por o Tejo ser traiçoeiro.
d) ser atreito a pisar cocós de cão, podendo depois as suas botifarras empestarem o palácio.

Em resposta a 3. (p. 98), completa o que está esboçado, usando apenas algarismos:
3. O número ___ indica o fim de um ciclo e o número 21 significa __ x 7, ou seja, corresponderá a três ciclos periódicos. Assim, __ anos foi o ciclo da busca de notícias sobre D. João de Portugal; ___ anos (2 x 7) é o tempo de vida em comum de Madalena e Manuel de Sousa; e 21 anos (3 x ___) completará a tríade de 7, podendo apresentar-se como o encenar do círculo dos ___ ciclos periódicos.
Reescreve a última fala de Madalena na cena II (p. 97), transpondo a mesma situação (espera por alguém que vem de Lisboa para a Outra Banda) para a atualidade. Registo linguístico também deve ser o que conviria a personagens do nosso século.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Final do filme Ruby Sparks
Começo da peça Frei Luís de Sousa
Ruby _____ do passado, por determinação do seu criador.
____ está cada vez mais aprisionada no passado, o que é também suscitado por Telmo.
Está a ler A Namorada, de manhã, quando chega ____.
Tinha estado a ler Os Lusíadas, ao ___, quando entra Telmo.
Diz a Calvin que está a gostar do livro embora um amigo lhe tivesse dito ser um pouco ____.
Diz a ____ como admira Os Lusíadas, com o que concorda o velho aio, para quem o livro é o seu «valido».
Acaba por reconhecer no seu interlocutor o ____ da obra, ao ver a badana.
Alude-se a Camões, que ____ ainda conhecera.
Trata-se de um livro ____: Ruby pede que não lhe seja revelada a intriga.
Trata-se de um livro já clássico: Madalena e Telmo ___ ambos o conteúdo da obra.
Ruby e Calvin decidem ____.
Madalena pede a Telmo que não continue a influenciar ____.
TPC Trabalho de escrita sobre «A ética na vida e no desporto» é obrigatório, independentemente de, depois, se candidatarem ou não ao concurso em causa. A primeira versão deve ser-me enviada em ficheiro. Máximo são 500 palavras; mínimo talvez possa ser cerca de trezentas e cinquenta (dissera quatrocentas). Para efeitos de concurso, aconselho que o texto não seja mero texto expositivo-argumentativo; no entanto, para quem não tenha outra ideia, é solução em termos escolares (aproveitar para treinar um grupo III de exame, neste caso, precisamente sobre ‘a ética na vida e no desporto’). Quem tenha mais ambições, quanto a mim, deve procurar evitar esse estilo meramente expositivo. Prazo para envio a concurso é 28 de fevereiro, pelo que teriam de me enviar a primeira versão talvez até meio da próxima semana (mas, idealmente, logo que queiram).
Quanto ao trabalho de comentário sobre Cesário/pintura, sendo também obrigatório, tem prazo mais maleável, porque não é para nenhum concurso. De qualquer modo, já estou a entregar as primeiras versões dessa tarefa. À medida que as forem recebendo, devolvam-mas corrigidas (quando as afixar no blogue, ficará registada a classificação, relativa à primeira versão mas tendo em conta também o respeito pelas reformulações que tenha sugerido).
O trabalho para «Quem é Calouste?» é o que exige mais investigação e extensão; e o mais urgente. Só o recomendo a quem escreva bem e esteja disposto a dar agora, nesta semana e parte da próxima, algum do seu tempo e qualidade de escrita a essa tarefa. Pode esse trabalho isentá-los de algum outro (que hei de exigir entretanto a todos).


Aula 73-74 (18 [5.ª, 9.ª, 4.ª] e 20/fev [3.ª, 2.ª]) Correção do questionário de compreensão da aula anterior (ver Apresentação).

Vai lendo as cenas III a VI do Ato I de Frei Luís de Sousa (pp. 99-105), a fim de completares as sínteses que ficam aqui em baixo. Procura que a tua redação se integre bem na sintaxe do texto que esbocei.
Cena III (p. 99)
Na primeira fala, percebemos que Maria acredita que D. Sebastião ________.
Na sua segunda fala, Maria interroga-se sobre o que leva o pai a mudar de semblante quando se alude ao regresso de D. Sebastião, e inferimos por que motivo ocorre essa mudança de estado de espírito: Manuel de Sousa Coutinho ________.
Na terceira fala de Maria, é a própria adolescente que, perante o choro da mãe, lhe promete _______.
Na última fala, o aparte de Telmo serve para se nos esclarecer que Maria ________.
Cena IV (100-101)
Na metade superior da p. 100, Maria revela a sua preocupação por os pais _________.
Depois, Madalena pede-lhe que _________. E, na última fala da cena (já na p. 101), a mesma Madalena volta a mostrar-se preocupada por Manuel __________.
Cena V (103-104)
A cena serve para Jorge vir avisar que os governadores ao serviço de Espanha querem sair de Lisboa, alegadamente por causa da _________, e, por isso, quatro deles _____________. Isto revolta Maria. Entretanto, ouvindo melhor do que os outros, Maria percebe que o pai está a chegar.
Cena VI (105)
Um criado, _________, confirma a chegada de Manuel. O resto da cena serve para, através de um comentário de Madalena e, sobretudo, de um aparte de Jorge, se acentuar que Maria __________.
Depois de vermos o início de Entre Irmãos (Brothers), completa:
Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
No final do primeiro trecho que veremos de Entre Irmãos teremos o equivalente da situação de Madalena em 1578 — vinte e um anos, menos uma semana, antes do momento a que se reporta a ação da peça no ato I, que decorre em 28 de julho de _____.
Madalena era então casada com _______, cuja família conhecera ainda menina.
Grace é casada com _______ Cahill, com quem namorou desde adolescente.
Casal não tinha filhos. (Maria só nascerá oito anos depois, em 1586, sendo filha de Madalena e de _______.)
Casal tem duas filhas (Isabelle e ______).
Ambos os homens (Portugal e Cahill) são sensíveis à mobilização militar, a que, de certo modo, quase dão prioridade relativamente à família. Entretanto, ambas as iniciativas militares (portugueses em _______; americanos no Afeganistão) são vistas nos respetivos países com muita desconfiança, como desnecessárias e aventureiras.
_______ integra exército em Alcácer Quibir.
Sam é enviado para o ________.
Na madrugada do dia da batalha (4-8-1578), escreve uma carta dirigida a Madalena (vivo ou morto ainda há de vê-la) e entregue a _____.
Quatro dias antes de iniciar a comissão (7-10-2007), escreve carta dirigida a _______ e pede a um major que, se viesse a ser necessário, a entregasse à mulher
Tropas cristãs são ______ pelos infiéis («marroquinos»).
Helicóptero americano é _______ pelos talibãs afegãos.
TPC — Devolve versão limpa, ou envia primeiras versões, dos trabalhos em curso. (Entretanto, em Gaveta de Nuvens, tarefas do 2.º período estão atualizadas.)


Aula 75-76 (20 [9.ª], 21 [4.ª], 22/fev [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Vai relendo as cenas finais do ato I de Frei Luís de Sousa e completando:
Cena VII (pp. 105-107)
Pela primeira vez, intervém ________. Está emocionado e com pressa. Já resolveu que têm de __________, antes que cheguem os governadores. Decide também que a família irá para a casa que pertencera a ______________.
Cena VIII (107-108)
Madalena tenta convencer Manuel a ______________, já que a perspetiva de _____________ a deixa em pânico.
Cena IX (110)
Ficamos a saber que os governadores _____________.
Cenas X, XI e XII (110-111)
Mostra-se-nos a saída da família. Vemos que Manuel resolveu __________ a casa. Assim que o percebe, Madalena pede que lhe salvem ________________, o que _________ {já não / ainda} foi possível.
Exemplo de notícia (tirada do Diário de Notícias, com poucas adaptações):
Começa amanhã o maior Correntes d’Escritas de sempre
Dois presidentes da República e cento e quarenta escritores, de vinte países de língua portuguesa e espanhola, vão estar na Póvoa de Varzim para a 20.ª edição das Correntes d’Escritas.
A «maior edição de sempre» do encontro literário Correntes d’Escritas celebra vinte edições, fazendo da Póvoa de Varzim, ao longo desta semana, o local da maior reunião de escritores de língua portuguesa e espanhola (cento e quarenta escritores, de vinte países).
Além dos autores, a 20.ª edição do Correntes d’Escritas vai receber também dois chefes de Estado no primeiro dia do evento, 19 de fevereiro: o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, que estará na cerimónia de abertura aquando do anúncio dos prémios literários, enquanto o escritor e Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, profere a conferência inaugural, sobre «As letras da língua e a mobilidade dos criadores na CPLP». A 20.ª edição decorre entre 16 a 27 de fevereiro e vai receber um prémio Cervantes, o nicaraguense Sergio Ramírez, prestes a lançar em Portugal Já ninguém chora por mim, três prémios Camões (Arménio Vieira, Germano Almeida e Hélia Correia) e cinco prémios literários Casino da Póvoa (Lídia Jorge, Ana Luísa Amaral, Manuel Jorge Marmelo, Juan Gabriel Vásquez, para além de Hélia Correia).
«Dezanove edições depois, o Correntes d’Escritas é também herança, memória, inspiração e modelo para os tantos festivais literários que se lhe seguiram, de norte a sul do país e ilhas. Esta constelação de encontros literários é, na realidade, o maior tributo que pode ser prestado ao Correntes d’Escritas e a prova de que a sua história é pó de estrelas que deixa lastro», afirma a introdução do programa da 20.ª edição. No Cine-Teatro Garrett, no centro da Póvoa de Varzim, a primeira mesa vai contar com o antigo ministro Guilherme d’Oliveira Martins e com o jornalista José Carlos de Vasconcelos, seguindo-se uma sessão sob o tema «E livres habitamos a substância do tempo», com a participação de Ana Paula Tavares, Filipa Leal, Germano Almeida, Helder Macedo, Juan Gabriel Vásquez e Lídia Jorge. Ao longo dos dias seguintes aquele espaço da Póvoa de Varzim vai ainda receber nomes como a mais recente vencedora do prémio Vergílio Ferreira, Nélida Piñon, e o galardoado com o prémio Leya de 2018, Itamar Vieira Junior. O Correntes d’Escritas vai também acolher lançamentos de livros, concertos e exposições, além de programar visitas a escolas por vários dos autores participantes.
Depois de vermos mais um trecho de Entre Irmãos, retomaremos o ponto em que estávamos na comparação com Frei Luís de Sousa (em 4-8-1578, derrota em Alcácer Quibir; em 2007, queda de helicóptero americano, alvejado por afegãos):
Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
Desaparece D. João de Portugal, que será procurado nos _____ anos seguintes, assumindo quase todos a sua morte.
Desaparece Sam Cahill, sendo comunicada a sua morte a Grace, notícia de cuja veracidade ninguém _____.
Carta entregue a Frei Jorge Coutinho por João de Portugal terá sido transmitida a Madalena logo aquando do regresso a Portugal do frade e futuro _____. Ficou também ciente do seu conteúdo, pelo menos, Telmo.
Carta deixada por Sam para o caso de não regressar é entregue a Grace pelo major _____ no final da missa em memória do falecido. À noite, Grace pega na carta mas não chega a abri-la.
Madalena, passados _____ anos, casara com Manuel de Sousa Coutinho. Um ano depois, tiveram uma filha, Maria. Passados catorze anos sobre o casamento, Maria tem agora treze e falta uma semana para se perfazerem _____ anos sobre Alcácer Quibir.
Nos primeiros tempos, Grace fica _____ com a ausência do marido. Tommy, o cunhado, está bastante presente, até porque precisa de pedir ajuda a Grace, dadas as estroinices em que persiste. Depois parece querer apoiá-la no luto recente.
Telmo é quem mais recorda João de Portugal, com isso angustiando Madalena. Não se inibe de comparar o primeiro amo, que considera superior, com _____, que respeita mas não incensa do mesmo modo superlativo.
Frank Cahill é quem parece ter ficado mais inconformado com a presumida morte de Sam, que lembra sobretudo por comparação com ______, que recrimina e considera não ter as qualidades do outro filho.
TPC — Vai lendo os textos de apoio que, no manual, se intercalam entre o que temos estado a ler de Frei Luís de Sousa (penso nos das pp. 103, 109, 111).


Aula 77-78 (25 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 27/fev [3.ª, 2.ª]) Explicação sobre trabalhos que se devolviam, concursos que decorrem.

Vai lendo as cenas I-IV do ato II (pp. 112-119) de Frei Luís de Sousa e circundando a melhor alínea de cada item.
Cena I
Entre as linhas 4 e 11 (p. 112), Maria revela-se
a) descaradamente atiradiça.
b) claramente autoritária.
c) afavelmente impositiva.
d) tendencialmente submissa.

«Menina e moça me levaram de casa de meu pai» (l. 7) era o início
a) de Os Lusíadas.
b) de livro sobre raptos de crianças no Algarve.
c) de livro que Madalena não entendia e de que Maria gostava.
d) da Bíblia.

Segundo se depreende das ll. 11-12, o ato II decorre
a) vinte anos depois da Batalha de Alcácer Quibir.
b) a 28 de julho de 1599.
c) a 4 e a 6 de agosto de 1599.
d) a 4 de agosto de 1599.

Ainda na terceira fala da cena se lembra que Madalena ficara aterrada com
a) a perda do retrato de Manuel.
b) o surgimento do retrato de João.
c) a perda do retrato de João.
d) o surgimento do retrato de Manuel.

Podemos dizer que a constatação feita por Maria nas linhas 22-27 constitui uma espécie de
a) quiasmo.
b) alegoria.
c) metáfora.
d) antítese.

Cerca das linhas 28-32,
a) Maria está otimista, mais do que Telmo.
b) Maria está pessimista, mais do que Telmo.
c) Telmo está, no fundo, tão pessimista quanto Maria.
d) Maria está otimista mas não tanto quanto Telmo.

Em «Oh minha querida filha, aquilo é um homem» (38-39), Telmo refere-se
a) ao namorado.
b) a D. João.
c) a D. Manuel.
d) a D. Sebastião.

A «quinta tão triste de além do Alfeite» (56) é
a) o palácio incendiado.
b) o palácio de D. João de Portugal.
c) um barraco entre o Feijó e a Charneca da Caparica.
d) uma quinta em que se escondera o futuro grande escritor.

«mo» (63) é
a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) complemento direto e complemento indireto.
d) complemento oblíquo e complemento direto.

As reticências na linha 76 mostram que Telmo
a) hesitou, ao trocar «tenha em glória» por «tenha em bom lugar».
b) quis trocar «tenha salvado» por «tenha em bom lugar».
c) não se sentia bem ao falar de Manuel de Sousa.
d) acabara de pisar um cocó de cão e por isso parara um curto momento.

A fala de Maria nas ll. 80-90 apresenta vários deíticos. Por exemplo:
a) «Agora» (81), «tu» (81), «estes» (83).
b) «viemos» (85), «aqui» (87), «esta» (88).
c) «tocha» (94), «força» (94), «essas» (95).
d) «ali (89), «naquele» (91), «mão» (91).

«O meu Luís, coitado!» (119) reporta-se
a) a Frei Luís de Sousa.
b) ao autor da presente ficha quando perante esta turma.
c) ao filho de Telmo.
d) a um zarolho.

Na última fala da cena, Telmo reconhece que D. João
a) amara Madalena.
b) estava vivo.
c) tinha a guerra como principal paixão.
d) tinha barba garbosa.

Cena II
Segundo se diz na didascália final da cena I (p. 116), que liga essa à cena que nos interessa agora, chegou um homem embuçado. O homem é
a) Manuel de Sousa, que não pôde escanhoar devidamente o buço.
b) Telmo, que ostentava barba farta.
c) Manuel de Sousa, que veio escondido.
d) Telmo, sempre enigmático.

Ao apreciar o retrato de D. João de Portugal — «um honrado fidalgo, e um valente cavaleiro» (primeira fala da cena) —, Manuel de Sousa está a
a) ser irónico.
b) ser sincero.
c) mostrar-se ressentido.
d) mentir, para proteger Maria.

A pergunta de Maria «Então para que fazeis vós como eles?...» (l. 183) alude ao facto de
a) Manuel de Sousa ter sido um escritor de muitos méritos.
b) Telmo e Manuel serem demasiado emotivos.
c) Manuel de Sousa, segundo Maria, não regular bem da cabeça.
d) Madalena e Manuel não estarem, como queria Maria, calmos.

Cena III
A observação de Manuel «Há de ser destas paredes, é unção da casa: que isto é quase um convento aqui, Maria...» (ll. 200-201, p. 117) justifica-se por a casa de D. João
a) confinar com a igreja dos dominicanos.
b) ser muito austera.
c) ter sido o local de conceção de Maria.
d) ter sido o local dos amores de Madalena e João, o que Manuel lembra ironicamente.

Cena IV
Jorge decidira ir a Lisboa, para
a) acompanhar o arcebispo nessa viagem, assim lhe agradecendo.
b) resolver assuntos no Sacramento.
c) acompanhar o arcebispo no regresso a Almada, assim lhe agradecendo.
d) ver Joana de Castro.

Baseando-te na didascália inicial do ato II de Frei Luís de Sousa — que, no nosso manual, foi deslocada para a p. 89, ll. 10-19 —, desenha um esboço do cenário deste ato.




Depois de vermos mais um trecho de Entre Irmãos, continuaremos a comparação com o Frei Luís de Sousa:
Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
O nacionalismo e a inflexibilidade de Manuel fizeram que a família tivesse de abandonar a residência dos Coutinhos e instalar-se no palácio que pertencera a D. João de Portugal. Este espaço, onde decorre já o ato II, é mais ______. Madalena, ao chegar à nova (velha) casa fica aterrorizada ao deparar-se com o retrato do primeiro marido. Depois, não dormiria as primeiras _____ noites. Maria ainda está orgulhosa com a atitude do pai. Gostara aliás do espetáculo que fora o incêndio da casa de Manuel.
Em parte para se ressarcir das confusões em que se metera, Tommy decide remodelar a _____ de Grace. Esta, ao chegar a casa, depara-se com as obras e uma série de amigos do cunhado, começando por reagir mal mas conformando-se rapidamente e integrando-se no ambiente jovial. Roupas de Sam (escolhidas por Grace, que parece mesmo querer desfazer-se delas) servem a um dos colaboradores, que se sujara com tinta. O caso é pretexto para chacota e brincadeira. Também as ____ colaboram nos arranjos.
No velho palácio, os retratos de D. João de Portugal, D. Sebastião e Camões ocupam a atenção de Maria, que procura satisfazer junto de Telmo a curiosidade acerca de quem está representado na primeira imagem. Telmo é _____ na sua resposta. Mas Manuel de Sousa esclarece a filha, não se coibindo de elogiar João de Portugal.
A cozinha fica como nova. No dia de aniversário de Grace, todos parecem alegres com as mudanças. Crianças estão mais confiantes e parecem dar-se bem com Tommy. Num passeio, Tommy lembra a uma delas que Sam o salvara naquele local havia muito. Já antes, um dos amigos evocara as _____ de Sam.
TPC — Vai pensando nas tarefas sobre Frei Luís de Sousa a fazer proximamente: leitura expressiva/dramatizada de parte do ato III (a começar logo após o Carnaval) e comentário comparado com canção (sem data fixa).


Aula 79-80 (28/fev [9.ª, 4.ª], 1/mar [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Correção do questionário para compreensão da primeira parte do ato II feito na aula anterior. (Ver Apresentação.)
Vai lendo as cenas do Ato II (pp. 120-131) e completando o espaço à direita com um esboço de comentário conjunto das cenas V a VIII (e só destas). Podes usar todas as linhas na coluna da direita, mesmo as que estão ao lado já de outras cenas.
Cena
Assunto
Comentário-análise (esboço de)
V
Aparentemente recuperada, D. Madalena volta a cair no seu terror perante a possibilidade de se ver sem Manuel de Sousa e sem Maria naquele dia.
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VI
Quando se prepara a partida, Madalena pede a Manuel de Sousa que leve também Telmo, aparentemente por não o querer consigo.
VII
Na partida, Madalena despede-se, chorosa, de Manuel de Sousa e de Maria, como se fosse para sempre. Demonstra grande cuidado com a saúde da filha, que sai de cena «sufocada com choro».
VIII
Aquando da despedida, hiperbolicamente comparada por Manuel a uma partida para a Índia, é abordado o caso de Sóror Joana e de seu marido, tragicamente comentado por Madalena.
IX
O ambiente que envolve Frei Jorge fá-lo ver em Madalena, Manuel de Sousa e Maria um estado de espírito cheio de presságios e desgraças próximas, de que se sente quase contagiado.
Esta cena é um aparte, com que Jorge desempenha um papel próximo do do coro da tragédia clássica, de comentador, quase como momentâneo relator de presságios. Com a saída de outras personagens também se consegue transmitir o movimento da partida e simular a passagem do tempo, criando um separador entre dois momentos do ato.
X
D. Madalena desabafa com Frei Jorge as razões do seu desespero em relação ao dia em que decorre a ação e o seu sentimento de pecado em relação ao amor por Manuel de Sousa.
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XI
Miranda anuncia a chegada de um peregrino que vem da Terra Santa com um recado para Madalena que apenas a ela dará. Madalena decide recebê-lo.
XII
Frei Jorge reflete sobre o comportamento de muitos falsos peregrinos que se aproveitam da caridade dos fiéis.
XIII
Encontro do Romeiro com Madalena.
XIV
O Romeiro vai dando a conhecer a sua identidade (ainda que os seus sinais não sejam entendidos). A revelação de que D. João está vivo é para D. Madalena a confirmação de todos os presságios de desgraça.
XV
À pergunta de Frei Jorge sobre a sua identidade, o Romeiro responde «Ninguém!» e identifica-se apontando com o bordão para o retrato de D. João de Portugal.
Resolve o exercício 1 da p. 125, sobre o poema «Este inferno de amar» (de Garrett):
a = estrofe ___; b = estrofe = ___; c = estrofe ___; d = estrofe ___; e = estrofe ___.
Frei Luís de Sousa
Entre Irmãos
Tudo parece ir compor-se. Madalena diz já estar ______ (era só receio de perder Manuel). Manuel tem de ir a Lisboa, por estar em dívida com o arcebispo. A perspetiva de ficar sozinha a uma sexta angustia Madalena, que pede a Manuel que não a deixe naquela _____ aziaga (faz anos que casou com João, conheceu Manuel, ocorreu a batalha de Alcácer Quibir). Abraçam-se. Embora Manuel prometa não demorar, Madalena fica preocupada, ansiosa.
Tudo parece ir compor-se. Grace anda mais _____ (também por ação de Tommy). Tommy vai ao banco pedir desculpa à senhora com quem agira mal. Enquanto conta a Grace essa peripécia, fica claro que se estão a apaixonar (e Grace tenta que Tommy acredite que, em adolescente, não era a miúda _____ que ele prefigurara). Beijam-se. Grace fica com má consciência, ansiosa, embora Tommy prometa não insistir.
O que é certo é que fica mesmo sozinha naquele dia (Telmo foi também com Manuel). Madalena recebe a informação de que um romeiro quer falar-lhe. Adivinhamos que é _____.
O que é certo que, passados dias, já estão ambos de novo descomplexadamente alegres (com as crianças a divertirem-se). Grace recebe um telefonema. Percebemos que é para avisar da chegada do ____.
TPC — Vai fazendo tarefas do 2.º período.


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