Saturday, August 25, 2018

Concursos interessantes



Concurso «Quem é Calouste?»
No nosso caso, a modalidade mais pertinente para este concurso parece-me ser a de texto (embora a de filme também não se deva descartar completamente). Trabalho pode ser individual ou em grupo. Prémios são interessantes (750 euros, 500 euros, 300 euros, para os três primeiros; e, para a escola, uma batelada de dinheiro). Como a submissão de trabalhos tem de ser feita até 24 de fevereiro, o trabalho teria de me ser enviado talvez até 10 de fevereiro (reformulemos: cerca de 18 de fevereiro), para eu poder rever os escritos e se fazerem as melhorias que aconselhe.
Copio a parte inicial do regulamento: «Mostra-nos, através da música, artes visuais, texto ou filme, o espírito visionário de Calouste Sarkis Gulbenkian. // Na comemoração dos 150 anos do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian, a Fundação Calouste Gulbenkian lança o concurso “Quem é Calouste?” com o objetivo de dar a conhecer junto dos jovens a figura do seu Fundador. Para o efeito, os jovens de todo o país entre os 15 e os 25 anos de idade são convidados a apresentar, através de manifestações artísticas, as suas interpretações das diferentes fases da vida de Calouste Sarkis Gulbenkian. // Empreendedorismo, arte, filantropia, diplomacia, ciência — estas são algumas das dimensões da vida de Calouste Sarkis Gulbenkian que poderão servir de inspiração para responder à questão do Concurso através das seguintes expressões artísticas e intelectuais: artes visuais, filme, música e texto. // Na categoria texto serão aceites todos os géneros e tipos de texto, como, por exemplo, ensaio, poema, crónica, artigo, entre outros. Não existe limite de palavras.»
Dou eu estes exemplos de soluções para a categoria texto, ainda que vocês tenham decerto outras ideias mais interessantes: (i) peça de teatro com um episódio da vida de Calouste (criar algum debate psicológico relacionado com um dos passos da sua vida); (ii) conto (idem); (iii) texto de ficção em que Calouste vá surgindo, cruzando-se com a linha de ação principal, «à Forrest Gump»; (iv) fragmentos sob fotos (comentário a fotografia mais ou menos poético, aforístico, de alusão biográfica ou não); (v) apreciações a quadros ou quaisquer obras de arte da predileção de Calouste; (vi) objetos de Calouste comentados poeticamente; (vii) crónica de viagens (refazendo percurso de Calouste); (viii) sobre alguns livros de que Calouste gostasse (cfr. biblioteca particular de Calouste); (ix) um percurso cronológico semelhante ao de Calouste (biografia de uma personagem paralela — ocidental mas pobre, por exemplo — entre 1869 e 1955); (x) paralelo Calouste / Pessoa; Calouste / Cesário Verde / ...; (xi) Istambul, Marselha, Londres, Baku, Paris, Lisboa (depois de ler livros de viagens), escrever sobre estas cidades de Calouste; ... A categoria filme parece-me menos interessante, porque decerto concorrerão quase profissionais desta área (ocorreram-me como exemplos de soluções exequíveis: (i) dança + peça (ou mais texto em off); filme e zona onde está hoje o Sheraton (e era o Aviz, onde viveu Calouste) e em off texto que fizesse o contraste; (iii) ...).
Para informações sobre a vida de Calouste Sarkis Gulbenkian, temos esta página, indicada pela Fundação. E há a biografia «oficial», recentíssima, de Calouste — Jonathan Conlin, O homem mais rico do mundo. As muitas vidas de Calouste Gulbenkian, tradução de Manuel Santos Marques, Lisboa, Objectiva, 2019 —, que posso ir emprestando a quem ma peça.

Olimpíadas da Cultura Clássica
No nosso caso, só nos interessa a parte de multimédia (cfr. regulamento). No fundo, consistiria em vídeo (de cerca de três minutos ou um pouco mais) relacionável com um destes três temas: (i) Perseu e Andrómeda; (ii) Dido e Eneias [mito que foi aproveitado na Eneida, de Vergílio]; (iii) As sete maravilhas do mundo antigo. Trabalho pode ser individual ou em grupo. Como a escola escolhe até 26 de abril os três trabalhos a enviar (o que significa que um pouco antes desta data já eu terei de ter visto os trabalhos), podemos combinar que os vídeos me seriam enviados até 31 de março, já que se segue a última semana do 2.º período.
Entretanto, pensaremos melhor que assuntos nossos poderiam associar-se a estes temas. Para já, pus sínteses dos conteúdos que são pontos de partida na secção 'Dido eEneias & outros assuntos'. É claro que o modo criativo de os tratar não tem de passar por exibir demasiado explicitamente o enredo clássico (veja-se como o ano passado alguns colegas souberam tratar Ulisses/Penélope — cfr. aqui). No caso de Dido e Eneias, pode haver uma etapa prévia, ler a Eneida ou uma sua adaptação (posso emprestar).
O ano passado, o primeiro lugar, a nível nacional, foi de Sofia (10.º [> 11.º] 3.ª) e o terceiro lugar, de Luísa (10.º [>11.º] 9.ª).

Concurso Inês de Castro
Este trabalho tem de ser feito em grupo (mas que pode ser de dois elementos, sendo o máximo cinco elementos). O produto final é um vídeo com até cinco minutos. Ter-me-ia de ser enviado ainda em março (até 31 de março, mas, idealmente, um pouco mais cedo). Prémios são fim de semana no Hotel Quinta das lágrimas, em Coimbra, materiais tecnológicos, etc.
Para se ter ideia do estilo de trabalhos que se espera, reproduzo um excerto do regulamento: «2. O Concurso Inês de Castro tem como referência pesquisas e leituras sobre o romance de D. Pedro e D. Inês de Castro, sugerindo-se como possibilidades de abordagem do tema: (i) A construção de uma geografia do amor entre outras personagens da História, da Literatura ou do conhecimento pessoal dos alunos; (ii) o relato de tragédias de amor; (iii) a definição de amor dos alunos; (iv) uma confissão de amor; (v) o retrato de um ser amado; (vi) uma prova original de amor; (vii) desamores que se tornam amor; (viii) desamores que quebram laços de amor; (ix) etc. // 3. A partir das possíveis formas de expressão do amor, desafiam-se as escolas do 3.º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário a descobrir e a incentivar a sensibilidade estética e o talento criativo dos seus alunos, com o objetivo de criar um produto final artístico. // 4. O produto final, em vídeo, deve ser original, mobilizar saberes e capacidades variados, podendo assumir diferentes modalidades de representação (filme; teatro; dança; sketch; peça musical; leitura expressiva)».
Aos amores de Pedro e Inês aludem muitíssimos textos literários. No programa deste ano, salta logo à vista o início de Frei Luís de Sousa, com Madalena a ler o episódio de Inês de Castro nos Lusíadas. (Mas o inventário das glosas do tema por toda a literatura universal é extenso — foi estudado sobretudo por Maria Leonor Machado de Sousa, cujos livros lhes posso emprestar.) Espero vir a pôr aqui o de que me lembre em torno deste mito que possa ser útil a quem queira preparar trabalho.

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