Aulas (1.º período, 2.ª parte: 23-48)
Aula 23-24 (29/out [9.ª, 4.ª], 2/nov [5.ª, 2.ª,
3.ª]) Correção dos comentários a «Leve sermões por quase nada» (ver Apresentação).
[Exemplo de
resposta ao trabalho feito no final da última aula:]
O anúncio aproveita a polissemia de «sermão» (e a de
«levar»). Como se vê no verbete, há duas aceções
para «sermão» (‘peça de oratória religiosa’ e ‘descompostura’), ambas integram
o campo semântico de «sermão». A
expressão «levar sermões» indicia mais o segundo significado, o mais popular e
figurado (o mais conotativo, se
quisermos). É esse sentido que chama a atenção. Vendo a imagem — e
apercebendo-nos do «por quase nada» (talvez o D do AIDMA da estratégia da
publicidade) —, já lemos a frase diretiva de outro modo: trata-se de nos
incentivar a levar (‘adquirir’) um livro com sermões (‘discursos religiosos’). [100 palavras]
Nas pp. 42-43,
lê «Expulsão do Paraíso Infernal»,
de Luísa
Costa Gomes:
Indica
o modo literário em
que se integra o texto {circunda}: narrativo
/ lírico / dramático
o número de cenas {e justifica}: ___, dado que _______.
a expressão talvez
equivalente a ‘Ato I’ (já que não estão assinalados atos): _______.
Transcreve
a primeira palavra da
didascália relativa ao cenário: ____
uma didascália já do
miolo do texto onde se deem indicações úteis ao encenador e a atores: _______
um ou dois exemplos
de deíticos espaciais {só nas falas da p.
42}: ______
um ou dois exemplos
de deíticos pessoais {nas falas da p. 42}:
_______
um ou dois exemplos
de deíticos temporais {nas falas da p. 42}:
______
Cria
três falas («escolares»,
não gozonas) a inserir na peça (de um Jesuíta, de Índio e de Santo António):
Jesuíta [esta fala ocorreria imediatamente depois da
atual linha ___] — _______________
Índio [esta fala ocorreria imediatamente depois da
atual linha ___] — _______________
Santo António [esta fala ocorreria imediatamente depois da
atual linha ___] — ________________
Comenta
No título — «Expulsão do Paraíso Infernal» — alude-se à expressão
bíblica «Expulsão do paraíso terreal», por ironia e para dar ideia do que
acontecia aos índios e ao próprio Padre Vieira à época em que pregava o «Sermão
de Santo António». Melhora esta explicação.
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Os sketches
dos Monty Python «RAF banter» e «Woody and Tinny Words» servem-nos de revisão
de termos de gramática dados há pouco. Completa com
denotativo / neologismo
/ conotativos / monossémicas / aceção / gíria / figurado polissemia / conotações / campo lexical / aceções /
cunhada
Na primeira cena, dois
aviadores usam expressões e palavras que eles supõem terem uma _________
diferente do seu significado comum. Acreditam que se trata de palavras que, na
________ da sua profissão, teriam um significado especial. Seriam palavras com
________ (ou, pelo menos, com um segundo sentido, mais _______, além do seu
valor primeiro, o ______). No entanto, os colegas não reconhecem os alegados
segundos sentidos, ______, na linguagem profissional: para eles, aquelas expressões
são _______.
Na cena passada em
família, o homem da casa vai avaliando palavras pela sua aparência, pelo som.
Cria um ______ (em termos de processo de formação, uma palavra ________, já que
surgiu por pura invenção), «gorn», que lhe agrada particularmente. Entretanto,
atribui ________ às expressões que elenca, embora esses segundos sentidos
pareçam inesperados. Na verdade, não estaremos bem perante conotações, e ainda
menos ________ de uma dada palavra, mas perante associações de ideias, por
idiossincrasias do falante. A dada altura, procede a uma série que constitui um
_______ (da ‘pornografia’, ou das «palavras marotas», como vem no filme):
«sexo», «coxas firmes», «rabo», «zona erógena», «concubina».
TPC — Em folha de linhas e sem rasgos, traz
a indicação do livro que estás a ler ou que já decidiste ir ler (para efeitos
do chamado «projeto de leitura»). Deves escrever a caneta e segundo estes
modelos de referências bibliográficas (mas o que aqui está em itálico ficará,
no teu caso, sublinhado): Luísa Costa Gomes, Clamor, Lisboa, Cotovia, 1994; John Banville, O Mar, tradução de Teresa Curvelo, s.l., Sextante Editora, 2018;
Ian McEwan, Na Praia de Chesil,
tradução de Ana Falcão Bastos, 4.ª edição, Lisboa, Gradiva, 2018.
Aula 25-26 (5 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 7/nov [3.ª, 2.ª]) Há
duas aulas, vimos o início do «Sermão de Santo António [aos Peixes]», do Padre
António Vieira. Esse primeiro capítulo
corresponde ao exórdio.
Partindo da citação «Vós sois o sal da
terra» (Vos estis sal terræ) — o conceito predicável —, o Padre António
Vieira constatava que os pregadores não exerciam bem o seu papel (ou os
ouvintes não se deixavam catequizar). Assim — e porque se estava a 13 de junho,
dia de Santo António —, o orador decide imitar o que fizera o grande santo
português, que pregara a peixes, quando os homens não o queriam ouvir. Também
Vieira, no seu sermão de 13-6-1654, proferido em São Luís do Maranhão, se
dirige aos peixes.
Vamos ver o que o manual reproduz do segundo
capítulo (pp. 44-45). Vai lendo as linhas que indico e respondendo
de imediato. Não queiras decifrar todas as palavras, tenta inferir o seu sentido.
De qualquer modo, ficam aqui alguns significados:
8: «o são» = ‘o que está são, o que é saudável,
bom’ | 21: «quietação» = ‘sossego, tranquilidade’ | 26: «concurso» =
‘afluência’ | 27: «tiveram» = ‘tivessem’ | 34: «bugio» = ‘espécie de macaco’ |
35: «afora aquelas aves» = ‘além daquelas aves’ | 36: «açor» = ‘ave de rapina’
| 38: «pegos» = ‘sítios mais fundos’ | 39: «fie» = ‘confie’ | 40: «deitam» =
‘atribuem’ | 43: «trato» = ‘convivência’ | 44: «muito embora» = ‘em muito boa
hora’| 48: «cerviz» = ‘parte posterior do pescoço’.
linhas 1-6
Pregar a peixes tem uma desvantagem: é os
peixes não se _____; porém, isso sucede com tanta gente, que já não se pode
considerar caso especial.
Passa para português contemporâneo: «pelos encaminhar sempre à lembrança
destes dois fins» (l. 6) — no fundo, vais desfazer a contração de preposição e
pronome:
______ sempre à
lembrança destes dois fins (Céu e Inferno).
linhas 6-18
Sintetiza o resto deste primeiro
parágrafo, completando a resposta a seguir.
Em função de duas
qualidades que tem o sal — conservar e _____ —, também o autor divide o seu
sermão em __________. Na primeira, elogiará _______; _______ , ___________.
(Com efeito o «Sermão [...]» pode repartir-se em «louvores» (elogios) — caps.
II-III — e «repreensões» — caps. IV-V —, como se vê no esquema ilustrado da p.
35.)
linhas 19-52
Esta parte do texto é um rol de
qualidades dos peixes (no original, são mais, mas o manual omite alguns
passos). Preenche os itens, sintetizando os elogios aos peixes.
l. 2: ouvem e não falam
ll.
20-21: acudiram ________ pela honra de Deus
ll.
21-22: ouviram Santo António com _________
ll.
32-33: ________
l.
39: nenhum ___________
ll.
39-40: todos _________
Identifica a «virtude» dos peixes
salientada no terceiro parágrafo (ll. 32-52) e diz que mensagem, através desse
louvor, o pregador pretende transmitir aos seus ouvintes verdadeiros.
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Transcrevi algumas frases da apresentação
de Bruno Nogueira em O último a sair.
Se as palavras sublinhadas forem deíticos,
marca-as com E(spacial), T(emporal) ou P(essoal).
Eu sou o Bruno
Nogueira e este é o meu mundo. / Como é que eu me defino? Humilde,
muito humilde. / Conhecias a palavra? É espanhol. / O meu maior defeito
é ser um coração de manteiga e as pessoas aproveitarem-se disso.
/ O meu padrinho, na noite de Páscoa, chamou-me para eu ir à despensa,
para ver se havia lá um busca-polos. / Este é o meu
quarto. / Todas as semanas, trago um idoso de um lar. / Andor.
Na parte do
«Sermão de Santo António» que vimos hoje (pp. 44-45), expressões como o
vocativo «irmãos peixes» (l. 7) ou «vosso pregador António» (l. 9) ajudam a
criar o dispositivo alegórico que o orador já anunciara (fingir pregar a
peixes). Desenvolve esta ideia num comentário de 100 palavras que inclua as
palavras (que sublinharás) «alegoria», «pregador», «ouvintes», «Santo António»,
«peixes», «Padre António Vieira», «colonos».
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Albert George, nascido em 1895, foi
inesperadamente rei de Inglaterra. Foi excelente atleta, serviu na Armada Real,
lutou na I Guerra, tendo sido sempre educado no pressuposto de que o seu irmão
Eduardo seria rei. Afinal, Jorge VI reinaria, e numa época dramática. Coube-lhe
a ele anunciar aos ingleses
que, mais uma vez, a Inglaterra estava em guerra.
[O discurso do rei]
Nesta hora difícil,
talvez a mais dolorosa da nossa história, transmito para todos os lares do meu
povo, tanto aqui como além mar, esta mensagem dita com o mesmo sentimento
profundo por cada um de vós como se eu pudesse entrar nas vossas casas e
falar-vos diretamente.
Pela
segunda vez nas nossas vidas, estamos em guerra.
Tentámos
e tentámos descobrir uma saída pacífica, ultrapassando as diferenças entre nós
e os nossos inimigos; mas tudo foi em vão.
Fomos
forçados a um conflito, pois com os nossos aliados fomos levados a enfrentar um
desafio que põe em causa um princípio que, se perdurasse, se revelaria fatal em
qualquer linha civilizada do mundo.
É
um princípio que permite a um Estado, numa simples procura egoísta de poder,
desrespeitar tratados e juramentos solenes, justificando o uso da força ou da
ameaça da força contra um Estado soberano e independente de outros Estados.
Um
tal princípio, despido de qualquer disfarce, é certamente a doutrina mais
primitiva de que poder constitui um direito, e, se este princípio se
estabelecesse em todo o mundo, a liberdade do nosso próprio país e de toda a
Comunidade Britânica de nações estaria em perigo.
Mas,
mais do que isto, os povos do mundo estariam unidos pelo medo e seria o fim de
todas as esperanças de uma paz estável e segura, de justiça e liberdade entre
as nações.
Este
é o derradeiro fim que me leva a falar-vos para casa, e ao meu povo além mar,
que fará dele a nossa causa.
Peço-vos
que permaneçais calmos e firmes e unidos nesta prova.
A
tarefa será dura. Aproximam-se certamente dias sombrios
e a guerra deixará de estar confinada aos campos de batalha, mas só poderemos
agir bem se conhecermos o bem e, humildemente, dedicarmos a nossa causa a Deus.
Se a ela permanecermos fiéis, prontos para qualquer tarefa ou sacrifício que
nos seja exigido, então, com a ajuda de Deus, venceremos.
[texto introdutório e
tradução do discurso de Jorge VI tirados de Isabel Casanova, Discursar em português... E não só. O
discurso em análise, Lisboa, Plátano, 2011]
TPC — Prepara leituras em voz alta do
«Sermão de Santo António» (segundo mapa resultante do sorteio da Liga dos
Campeões). Vê a folha da aula e a tabela que ponho a seguir. Leituras serão
feitas ao longo das próximas semanas, sem mais avisos. (Para tirar dúvidas
pontuais, pode ser útil a audição das leituras em voz alta que ponho aqui, sobretudo da de Pedro Guilherme,
cujos tempos estão identificados na tabela a seguir, entre parênteses retos.)
Aula 27-28 (8 [9.ª, 4.ª], 9/nov [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Correção de
texto sobre alegoria e sermão (ver
Apresentação):
«[I]rmãos peixes» e «vosso
pregador António» são deíticos pessoais que, no entanto, remetem para um
contexto que é e não é exatamente o do enunciador. O vocativo assinala os
destinatários do discurso do orador, identificáveis com os peixes, se nos
situarmos no plano da alegoria, mas que corresponderão, se desfizemos a
metáfora, aos verdadeiros ouvintes, os colonos portugueses, que, na capela
maranhense, a 13 de junho de 1654, ouviam o «vosso pregador António». Esta
expressão, lida de perto, refere-se a Santo António, pertencendo ao plano da
alegoria; porém, pode permitir uma outra interpretação, que a consideraria
ambígua, reportando-se tanto a António Vieira como ao santo padroeiro de
Lisboa. (108 palavras)
As
páginas 386-388 do manual tratam de Coerência e de Coesão dos textos. (Em
aula, dois sketches dos Monty Python
ilustrarão as diferenças entre estas duas noções.)
Especificamente
sobre a coesão
textual, a tabela a seguir agrupa erros (encontrados em escritos de turmas
do 11.º ano) que exemplificam o incumprimento dos vários mecanismos a que
devemos recorrer. Na coluna do meio, corrigirás o que retirei de redações e que
evidencia alguma falha nas estratégias que tornam os textos coesos.
Coesão
frásica
trecho agramatical
|
trecho corrigido
|
fonte do problema
|
conhecido pelo o nome
|
conhecido ___ nome
|
ortografia
|
à
[á] tempos encontrei o José
|
__ tempos encontrei o
José
|
|
o
facto de haverem nomes portugueses
|
o facto de ___ nomes
portugueses
|
concordância
|
o
grupo mais numeroso dos apelidos vêm
de
|
o
grupo mais numeroso dos apelidos ___ de
|
|
prefiro isto do que aquilo
|
prefiro isto ____
|
regência
|
os políticos
aperceberam-se que
|
os políticos
aperceberam-se ___
|
|
a
convicção que Lionel era bom
médico
|
a convicção
____ Lionel era bom médico
|
|
o aspeto que chamei a atenção
|
o aspeto ___ chamei a
atenção
|
|
a parte que mais gostei
|
a parte ___ mais gostei
|
|
chamou a filha de «Maria Albertina»
|
chamou a filha «Maria
Albertina»
|
|
o rei Jorge VI que era gago, tinha de discursar
|
o rei Jorge ________
tinha de discursar
|
função sintática (e
pontuação que implica)
|
«Maria
Albertina» cantada agora pelos Humanos
foi escrita por Variações
|
«Maria
Albertina» __________ foi escrita por Variações
|
|
como por exemplo a telefonia
|
______ a telefonia
|
Coesão
interfrásica
terminou o discurso continuando a
|
terminou o _______ a
|
reconhecimento de
subordinação ou coordenação
|
A
letra foi criada por Variações, e
a música foi modernizada pelos Humanos
|
A
letra foi criada por ________ a música foi modernizada pelos Humanos
|
|
Sendo
que
|
[Frase anterior], sendo que
|
|
Pois
o rei gaguejava.
|
________
|
|
Estando o rei cada vez mais
gago.
|
Estando
o rei cada vez mais gago, [subordinante]
|
|
o facto da Albertina ter uma filha
|
o facto __ Albertina
ter uma filha
|
|
apesar do rei sofrer de gaguez
|
apesar __ rei sofrer de
gaguez
|
|
Concluindo,
Ou seja,
Como já referi,
Hoje em dia,
Nos dias de hoje,
Na minha opinião,
|
[omitir]
|
banalização de
articuladores
|
Direi então que
|
______
|
Coesão
temporal
Bertie não discursou no
Natal mas, antes, falou em Wembley
|
Bertie não discursou no
Natal mas, antes, _______ em Wembley
|
correlação dos tempos verbais
|
Antes de ter conhecido
Lionel, Bertie experimentou várias terapias
|
Antes de ter conhecido
Lionel, Bertie ____ várias terapias
|
|
não falava com Lionel há meses
|
não falava com Lionel ____
meses
|
|
Não acho que será correto
|
Não acho que _____
correto
|
modo exigido pela
negativa
|
Agrada-me que escolheste um bom nome
|
Agrada-me que _____ um
bom nome
|
modo
exigido pela subordinação
|
Coesão
referencial
O surgimento da rádio
foi o azar de Bertie. Porém, ele
venceria a rádio
|
O surgimento da rádio
foi o grande azar de Bertie. Porém, ______
|
anáfora e elipse
|
António Variações critica o novorriquismo nos nomes. António Variações refere a
|
______ critica o
novorriquismo nos nomes. António Variações refere a
|
catáfora
|
Bertie ficou
angustiado. Ele falara pouco mais
do que
|
Bertie ficou
angustiado. Falara pouco mais do que
|
____
|
O filho de Jorge V era
pai de Elisabeth e Margaret. Ele
tinha aquelas duas filhas
|
O filho de Jorge V era
pai de Elisabeth e Margaret. ____ tinha aquelas duas filhas
|
correferência não
anafórica
|
O rapaz [de] que o pai era Jorge V
|
O rapaz _____ pai era
Jorge V
|
pronominalizações
diversas
|
O século passado, onde nasceu a telefonia,
|
O século passado, _____ nasceu a telefonia,
|
Coesão
lexical
a citação que faz Jorge V
|
a _____ que faz Jorge V
|
pertinência do termo
|
o cartoon demonstra
|
o cartoon _____
|
|
o cronista fala que
|
o cronista ____ que
|
|
A rádio acabava de
surgir. Foi a rádio que
|
A rádio acabava de
surgir. Foi a _____ que
|
sinonímia
|
a escolha dos nomes
mostra que os portugueses têm pouca criatividade. Essa não originalidade
|
a escolha dos nomes
mostra que os portugueses têm pouca criatividade. Essa _______
|
antonímia
|
A rádio acabava de
surgir. Foi a rádio que
|
A rádio acabava de
surgir. Foi _____________ que
|
hiperonímia
|
coisas do género
|
[termo mais específico]
|
_____
|
No capítulo I do «Sermão de Santo
António» (pp. 36-38) — o exórdio —,
o Padre António Vieira (1) refere o conceito
predicável — a frase bíblica «Vos estis sal terrae» —, que explicará a
seguir e usará em «malabarismos» de linguagem; depois (2), recorda a figura que
vai homenagear, Santo António,
prometendo imitar o seu exemplo, pregando aos peixes; finalmente (3), faz uma invocação a Maria (mãe de Jesus Cristo
e, segundo o orador, ‘Senhora do mar’).
Escreve um exórdio, mais curto
que o de Vieira, que percorra os três passos que enunciei. Para conceito predicável, adota um dos que dou em baixo. Em vez de Santo António, servirá de figura que o
orador se propõe imitar Gandhi (lê o
texto da p. 49, «Seguindo as pisadas de Gandhi», e encontra uma ação, comportamento
ou qualidade do humanista indiano que o orador do teu sermão pudesse emular).
Em substituição de Maria, escolherás
outra entidade a quem o orador pedirá
ajuda, inspiração oratória.
(Lembra-te de que o exórdio é uma parte
ainda introdutória do sermão. Não chegarás a entrar na argumentação
propriamente dita, apenas prepararás os ouvintes, ao explicar o conceito
predicável e ao anunciar em que imitarás Gandhi. O assunto talvez se possa
adivinhar em função destas duas escolhas, mas nem é obrigatório que fique
concretizado. A figura que invocarás também pode deixar perceber o tópico que
seria tratado no desenvolvimento do sermão — que, repito, já não será escrito.)
Podem servir para escolheres o Conceito predicável do teu «Sermão de Gandhi»:
«Nihil habentes, omnia possidentes» (Sem ter nada, possuem tudo), Epístola
aos Coríntios, 6, 10
«Qui non est mecum, contra me est» (Quem não está comigo está contra mim),
Mateus, 12, 30
«Qui sapientam diligit diligit vitam» (Quem ama a sabedoria ama a vida), Eclesiastes,
4, 13
«Qui quaerit invenit» (Quem busca encontra), Mateus, 7, 8
«Avaritia est radix omnium malorum» (A avareza é a raiz de todos os
males), Epístola a Timóteo, 6, 10
«Alteri ne feceris quod
tibi fieri non vis» (Não faças ao outro o que não queres que façam a ti),
Tobias, 4, 15
«Credo ut intelligam,
non intelligo ut credam» (Creio para compreender, não compreendo para crer), S.
Anselmo, Proslogion, 1, PL 158, 227
«Quanto altior est
ascensus, tanto durior descensus» (Quanto mais alta é a subida, mais dura é a
descida), S. Jerónimo, Regula Monachorum,
15
«Stultorum infinitus est
numerus» (Infinito é o número dos tolos), Eclesiastes,
1, 15
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TPC — (1) Em «Coerência e coesão textuais», lê a parte sobre
‘Coesão’ (as páginas iniciais, sobre coerência, podes olhá-las com menos
atenção); no manual, as pp. 386-388 tratam dos mesmos assuntos. Relanceia a
ficha ‘texto e textualidade’ (coerência e coesão) no Caderno de Atividades (pp. 32-33), que reproduzirei aqui já com
soluções. (2) Completa, ou melhora, o exórdio que começaste em
aula.
Aula 29-30 (12 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 14/nov [3.ª, 2.ª]) Correções
da redação de relato de milagre (ver
Apresentação).
Vai lendo «O cérebro dos golfinhos» (p.
48) e circundando a melhor alínea de cada item. (Por favor, não consultes
outras páginas do manual.)
No terceiro período, a
oração adjetiva relativa «que escutam todos estes sons» (l. 3)
a) devia estar delimitada por vírgulas, porque
se trata de um modificador apositivo.
b) não está entre vírgulas, porque o seu sentido
é restritivo.
c) não poderia nunca estar entre vírgulas,
porque estas separariam sujeito e predicado.
d) deveria ter uma vírgula apenas (antes de
«que»).
As aspas — as do texto, note-se — em
«“linguística”» (l. 4)
a) assinalam o sentido porventura denotativo da
palavra.
b) marcam uma citação.
c) vincam a ironia.
d) atenuam o sentido, deixando perceber um valor
conotativo.
Quando Justin Gregg lembra que «Também não
existem provas de que os golfinhos não possam viajar no tempo, não consigam
dobrar colheres com a mente, nem sejam capazes de disparar raios laser pelos espiráculos» (ll. 13-15),
pretende
a) defender que não se deve descartar a
existência da linguagem dos golfinhos só por não haver provas dela.
b) sublinhar que não é razoável prosseguir com a
crença de que os golfinhos têm uma linguagem.
c) assumir como possíveis as três situações que
refere, ainda que lhes falte comprovação.
d) vincar que, ao contrário das situações
improváveis que menciona, há evidências de os golfinhos terem uma linguagem.
Na linha 13, «exasperados» é
a) complemento direto.
b) predicativo do sujeito.
c) modificador restritivo do nome.
d) complemento indireto.
Justin Gregg considera que o lugar comum ‘há
muita coisa que desconhecemos’ (l. 16)
a) é pertinente.
b) tem servido para dar fôlego a ideias sem base
científica.
c) está presente em todo o lado.
d) tem-se introduzido pela porta dos fundos.
O itálico em «golfinhês» (l. 17) deve-se
a) ao seu valor conotativo.
b) ao facto de se tratar de um neologismo.
c) ao facto de ser uma palavra cunhada.
d) à intenção de ironizar e mostrar descrença na
existência de uma linguagem dos golfinhos.
Na linha 20, «de o»
a) deveria estar contraído em «do».
b) está bem escrito, porque se inicia aí uma
oração infinitiva.
c) deveria ser substituído por «de que o».
d) evidencia um erro de coesão frásica (cfr., por exemplo, «pelo o»).
Para Stan Kuczaj (cfr. quarto parágrafo), a falta de comprovação científica de haver
uma linguagem dos golfinhos adviria
a) da inexistência do «golfinhês».
b) da metodologia e instrumentos usados nas
investigações.
c) da inépcia dos cientistas.
d) do pouco investimento nas investigações.
No primeiro período do quarto parágrafo (ll.
18-21),
a) falta uma vírgula depois de «investigadores»
(l. 19) e poderia haver vírgulas a delimitarem «para Justin Gregg» (l. 18).
b) não há falha de coesão gramatical
indiscutível.
c) apenas faltam vírgulas a delimitarem «para
Justin Gregg» (l. 18).
d) a vírgula depois de «certa» (l. 20) está
errada.
O segmento «um dos maiores mistérios da ciência
por resolver» (l. 25) é
a) sujeito.
b) complemento direto.
c) uma oração.
d) predicativo do sujeito.
A presença de «linguagem dos golfinhos» (l. 12),
«golfinhês» (17), «vocalizações dos
golfinhos» (7), «cliques» (1), «estalos sonoros» (2) ilustra o recurso a
mecanismos de
a) coesão frásica e coesão interfrásica.
b) coesão lexical.
c) coesão referencial.
d) coesão temporal.
Em «das duas uma» (l. 24) há
a) elipse (de «hipóteses», por exemplo) e catáforas
(estando os referentes a seguir aos dois pontos).
b) elipse (de «hipóteses», por exemplo) e anáforas
(cujos referentes estão a seguir).
c) há anáforas (cujos sucedentes figuram nas
linhas 24-26).
d) cocós de cão.
As reticências na linha 25 visam
a) traduzir desconhecimento da situação real.
b) enfatizar, quase ironicamente, a
possibilidade de estarmos perante um equívoco.
c) mostrar hesitação, ignorância acerca da
hipótese correta.
d) evitar a redundância, omitindo o que já
ficara suficientemente claro.
A referência bibliográfica (l. [27])
a) está correta.
b) estará imperfeita, porque falta o título do
artigo.
c) está incorreta, porque «National Geographic» devia estar entre aspas.
d) devia incluir, depois do título da revista, o
título do artigo.
Trata-se de um texto
a) narrativo e instrucional.
b) descritivo e argumentativo.
c) expositivo.
d) narrativo.
Sabendo nós que «delfim» vem do latim delphinu- (e tem entre as suas aceções precisamente
a de ‘golfinho’) e que «golfinho» vem também do latim delphinu- (entretanto, terá havido, no percurso da palavra,
alguma contaminação com «golfo»), podemos dizer que
a) «delfim» e «golfinho» são palavras homónimas.
b) «delfim» e «golfinho» são palavras divergentes.
c) «delfim» e «golfinho» são palavras
convergentes.
d) «delfim» e «golfinho» são palavras parónimas
(isto é, parecidas).
Quando terminares, certifica-te de que
puseste o nome e chama-me. Depois, tira a folha onde estará a redação que começaste
a fazer em aula e concluíste em casa. Aproveita para fazer ainda umas últimas
emendas nesse teu exórdio.
Avaliar a coerência de um texto
implica verificar se nele se cumprem os princípios (vê as definições na p. 386)
da
não redundância (ou não
tautologia),
não contradição,
relevância.
Nos sketches
que veremos (série Lopes da Silva)
são infringidos alguns daqueles princípios, o que faz que a situação seja
incoerente e percebida como absurda. É claro que essas infrações, neste caso,
são propositadas — é a falta de coerência que torna tudo risível.
Para completar o quadro, usarás não tautologia, não contradição, relevância.
Inspetor
que não sabe fazer perguntas
|
As perguntas do inspetor não têm relação com a
informação anterior, não são pertinentes, não se cumprindo o princípio da _______.
|
Falta
por motivos profissionais
|
No início, a intervenção do funcionário
preguiçoso é insuficiente em termos de informação («Passa-se isto assim,
assim»). Há depois expressões «circulares», a que falta informação («Não
posso vir ao emprego por motivos profissionais» é quase um pleonasmo), o que
corresponde a quebra do princípio de ________.
|
O
que eu gosto do meu Anselmo!
|
Quando Anselmo, pouco depois de ter enaltecido
o amor que os unia, diz que a mulher nem gosta dele, infringe o princípio da
________.
|
Bode
expiatório
|
O empregado que arca com as culpas de todas as
incompetências no escritório repete «A culpa foi minha. Não há desculpa para
o que fiz. Se alguém deve ser responsabilizado, sou eu. É impressionante a
minha irresponsabilidade!». Podemos reconhecer aqui uma infração ao princípio
da _______.
|
Filho
do homem a quem parece que aconteceu não sei quê [e genérico do episódio]
|
Tanto o pai como o filho, ao
«pronominalizarem» muito, omitindo palavras com referentes percetíveis,
tornam a comunicação inviável, por falta de clareza. Falha, de novo, o
princípio da _______, uma vez que não há progressão na informação que nos é
dada. No genérico final, também falha o mesmo princípio, mas por demasiadas
repetições.
|
Sabes
onde há gajas boas?
|
A insistência na pergunta inicial, até nos
cansarmos de tanta repetição e da ênfase na bondade das «gajas», é uma
infração ao princípio da _______. Atenta-se também contra o princípio da ______,
porque a pergunta implicava que quem a fazia soubesse a resposta, o que,
inesperadamente, não sucede.
|
Chamada
por engano
|
Na conversa entre jornalista e senhora da
Venda Nova falha sobretudo o princípio da ______, na medida em que a
interlocutora insiste em fazer pedidos («dispensava-me o seu bidé?») que não
servem o objetivo do telefonema (falar do Iraque), estão à margem do tópico
central.
|
Conversa
na esplanada
|
Os amigos não se interessam pela história do
indivíduo que tem uma alface de estimação: desviam-se para outro assunto («É
o Edmundo?»; «São 4h34») ou não percebem o que está a ser defendido («há
alfaces tenrinhas»; «se fosse uma alface lisa»). Infringem o princípio da ______.
|
Bomba
a bordo
|
O insólito resulta de comissário e comandante
agirem como se não detivessem um saber comum (‘bombas não são desejáveis’), o
que viabiliza a interação com o bombista.
|
As reações à ereção da estátua do Padre
António Vieira (referidas no trecho de episódio do Governo Sombra) ou a recente polémica acerca da criação um Museu
das Descobertas (o nome deixaria transparecer uma posição de superioridade do
povo colonizador) ou, em Espanha, a decisão de se transferir para lugar menos
conspícuo e honroso os restos mortais do ditador Franco são alguns dos casos reveladores
de que a maneira como se vê a história dos povos pode moldar-se à evolução de
juízos ideológicos.
Escreve texto de
opinião (na p. 364 explica-se este género) que aborde o mesmo assunto, a nossa relação com testemunhos do passado
(históricos, literários, religiosos, de tradições), especialmente com os que contendam
com modos de pensar hodiernos.
.
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TPC — Vai lendo livro; vai preparando
leitura em voz alta; vai estudando gramática.
Aula 31-32 (15 [9.ª, 4.ª], 16 [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Sobre
referências bibliográficas devolvidas; e sobre rémora e outros peixes louvados
no cap. III (ver Apresentação)
Segue-se um resumo do capítulo III do «Sermão de Santo António
aos Peixes», tirado de um livro para crianças (Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes,
adaptado para os mais novos por Rui Lage; ilustrações de André Letria; Quasi,
2008) e completado por mim num dos parágrafos. Lê o resumo e completa o quadro
no verso.
[p. 47, ll.
1-4] Apenas de alguns de vós, irmãos peixes, falarei agora.
[manual
omite] O primeiro tem lugar na Escritura, é o peixe de Tobias. Ia Tobias pela margem de um rio, quando um peixe
enorme veio na sua direção para o comer. O anjo Rafael disse a Tobias que arrastasse
o peixe pela barbatana e lhe retirasse as entranhas, já que o fel (a bílis) lhe
seria útil, para curar a cegueira, e o coração, para vencer os demónios. Com
efeito, o fel serviria para aplicar nos olhos do pai de Tobias, que, sendo
cego, logo recuperou a visão. Quanto ao coração, queimada uma sua parte, fez
afastar um demónio que assaltara o próprio Tobias.
[p. 47,
ll. 5-34] Quem haverá que não louve
e admire muito a rémora, peixinho tão pequeno no corpo e tão grande na
força, que, não sendo maior que um palmo, quando se pega ao leme de uma
nau da Índia a prende e amarra mais que as próprias âncoras? Oh, se houvesse
uma rémora na terra que tivesse tanta força como a do mar, menos perigos
haveria na vida e menos naufrágios no Mundo!
[manual
omite] Não menos admirável é a tremelga,
ou raia elétrica, a que os latinos chamaram torpedo. Cá a conhecemos mais
de fama que de vista. Mas com as
grandes virtudes é assim: quanto maiores são, mais se escondem. O
pescador segura a cana na mão e deixa o anzol ir ao fundo; mal a raia morde o
isco, começa a tremer-lhe o braço. De maneira que passa a força da boca do
peixe ao anzol, do anzol a linha, da linha à cana e da cana ao braço do
pescador. Oxalá aos padres, pescadores
da terra, lhes tremesse assim o braço do esforço de tanto pescarem
almas! Tanto pescar e tão pouco tremer!
[manual
omite] Navegando daqui para o Pará, vi correr pela tona da água, aos saltos, um
cardume de peixinhos que não conhecia. Disseram-me que lhes chamavam quatro-olhos, e na verdade me pareceu
que eram quatro os seus olhos, em tudo perfeitos. «Dá graças a Deus», disse a um
destes peixes, pois às águias, que são os linces do ar, deu-lhes a natureza
somente dois olhos, e aos linces, que são as águias da terra, também dois; e a
ti, peixinho, quatro.
A razão dos quatro-olhos é a de que estes
peixinhos, que andam sempre na superfície da água, não só são perseguidos por
outros peixes mas também por aves marítimas que vivem na costa. Como têm
inimigos no mar e inimigos no ar, dobrou-lhes a natureza as sentinelas e
deu-lhes quatro olhos. Ensinou-me esse peixinho que tanto devo olhar para cima,
onde há o azul do céu e nuvens que passam, cheias de sonhos, como para baixo,
onde há terra, respeitando a natureza e vivendo em harmonia com bichos e homens.
[manual omite] Por fim, irmãos peixes, dou-vos graças
porque ajudais os mais pobres. Elogiem-se
na mesa dos ricos as aves e os animais terrestres com que se fazem esplêndidos
banquetes, mas vós, peixes, continuai a alimentar os pobres, e sereis recompensados.
Tomai o exemplo das irmãs sardinhas.
Porque cuidais que as multiplica o Criador em tão grande número? Porque
são sustento de pobres. As solhas e os salmões são raros, porque se servem à
mesa dos reis e dos poderosos, mas o peixe que sustenta a fome dos pobres, a
esse, Cristo o multiplica e aumenta.
Peixe
|
Característica boa (que
deve servir de exemplo aos homens)
|
Peixe
de Tobias
|
As
suas entranhas deitavam um fel que ____________.
|
Rémora
|
Apesar
de pequeno, fixando-se ao leme de um barco, ____________.
|
Torpedo
(raia elétrica)
|
Quando
toca no isco, ___________.
|
Quatro-olhos
|
Os
seus quatro olhos permitem que ___________.
|
Sardinha
|
Serve
de __________.
|
Na p. 46, depois de leres as definições
de tipos
de argumentos ao cimo, faz a correspondência pedida na metade
inferior da mesma página («Leitura, 1»).
Excerto textual a = __ ({hesito}); b = __; c = __; d = __; e = __; f = __.
Repara agora também nesta outra
classificação de tipos de argumentos (que inclui dois da do manual):
Argumento por analogia — Assimilação de uma
relação geralmente conhecida a outra, que pode ser mais problemática.
Aproximam-se dois fenómenos particulares. A refutação típica de um argumento
por analogia é «não se podem comparar coisas que não são comparáveis». No campo
jurídico, o precedente implica um
argumento analógico.
Argumento dedutivo (dedução)
—
Passagem de proposições, tomadas como premissas, para uma nova proposição, que
é a sua consequência necessária. Trata-se de um argumento «lógico»: «Todos os
homens são mortais | Arnaldo é homem | Arnaldo é mortal».
Argumento indutivo (indução)
—
Passagem do particular para o geral. Partindo de um facto, observação,
experiência, conclui-se uma lei geral (estamos no domínio da probabilidade): «A
água do Tejo, do Douro, do Mondego é doce | O Tejo, o Douro, o Mondego são rios
| A água dos rios é doce».
Argumento de autoridade — Citação de alguém reconhecido
como autoridade na matéria em causa.
[usei sobretudo: Rui
Alexandre Grácio, Vocabulário Crítico de
Argumentação, Coimbra, Grácio Editor, 2013]
Depois de vermos dois trechos de
episódios da segunda temporada do Programa
do Aleixo, completa.
No episódio 1 é
discutida a tese «É preferível urinar-se no . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . ». Nesse «Debate Tipo Prós & Contras», a
referida tese é ___ por uns (Busto, Nélson) e refutada por outros (Renato,
Bussaco, Bruno).
Os «argumentos» — na verdade, não se trata de
argumentos bem formulados, mas podemos reconstituir as premissas em que se
fundariam —, em apoio ou em prejuízo da ___, podem exemplificar a tipologia que
pus em cima (nota, porém, que este exercício é bastante amador — é bem provável
que estes «argumentos» pudessem ser escrutinados de outro modo):
Completa com dedutivo / indutivo / por analogia / de autoridade
|
|
Faço na mata porque o
chichi também é natureza (Bussaco)
{Mata integra natureza
/ Chichi lembra natureza / Chichi deve fazer-se na mata}
|
Argumento ___
|
Faço no duche porque
uma vez saí do banho para fazer chichi e, quando voltei para o banho, já não
havia água. (Nélson)
{Uma vez saí do banho e
deixou de haver água / Presumo que todas as vezes que saia do banho faltará a
água}
|
Argumento ___
|
Não havia água, porque
puxaste o autoclismo. (Renato)
{Inválido, porque pode
haver outros motivos para faltar a água}
|
Argumento indutivo
|
Se não puxasse, ficava
a casa de banho a cheirar a chichi. (Nélson)
{Se o chichi ficar na
retrete, a casa de banho cheirará mal / Se não puxar o autoclismo, o chichi
fica na retrete / Se não puxar o autoclismo, a casa de banho cheirará mal}
|
Argumento ___
|
Se se fizer chichi no
banho, poupam-se descargas de autoclismo. (Busto)
{Se se fizer chichi no
banho, usa-se menos vezes a sanita / Se se usar menos vezes a sanita, poupam-se
descargas do autoclismo / Se se fizer chichi no banho, poupam-se descargas do
autoclismo}
|
Argumento ___
|
Ao contrário da água
dos autoclismos, que vai para o mar, a do duche volta a ser distribuída; por
isso, se se fizer chichi no duche, beberemos a nossa urina. (Bruno)
|
Argumento ___, assente em premissa falsa
|
A água com detergente
das casas de banho vai para a piscina, porque a piscina tem um cheiro
característico e é azul, e a água com detergente tem um cheiro característico
e é azul. (Nélson)
{Inválido, porque o
cheiro característico não tem de vir obrigatoriamente da água com detergente}
|
Argumento ___
|
No episódio 3, Renato
alega que «uma vez, um homem morreu depois de ter bebido por latas com urina de
rato», o que constitui um argumento _______ (se isso aconteceu uma vez, é de
prever que aconteça assim mais vezes).
Falta-nos um exemplo de
argumento de autoridade, mas podíamos inventá-lo: {sobre a tese ‘Beber diretamente da lata é perigoso’}: «. . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . ..´. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .».
Liga dos Campeões (11.º 2.ª)
Grupo A
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Camily
|
1
|
||||
João
Pedro
|
5
|
||||
Francisco B.
|
9
|
||||
Paulo
|
13
|
||||
Francisco A.
|
17
|
||||
Pedro
F.
|
21
|
||||
Miguel
C.
|
25
|
||||
Ivo
|
29
|
Grupo B
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Miguel
B.
|
2
|
||||
Afonso
|
6
|
||||
Henrique
|
10
|
||||
Sebastião
|
14
|
||||
Simão
|
18
|
||||
João
A.
|
22
|
||||
André
|
26
|
||||
Diogo
S.
|
30
|
Grupo C
Leitor
|
sorteio
|
1.ªjornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
João
S.
|
3
|
||||
Amaral
|
7
|
||||
Cola
|
11
|
||||
Ângelo
|
15
|
||||
Cardoso
|
19
|
||||
Cabo
|
23
|
||||
G.
Amaro
|
27
|
Grupo D
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Marta
|
4
|
||||
Guilherme V.
|
8
|
||||
Pedro
P.
|
12
|
||||
P.
Torrado
|
16
|
||||
Carolina
|
20
|
||||
Diogo
M.
|
24
|
||||
Ricardo
|
28
|
Liga dos Campeões
(11.º 3.ª)
Grupo A
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Francisco
|
1
|
||||
Pardal
|
5
|
||||
Margarida
|
9
|
||||
Beatriz
|
13
|
||||
Bernardo
|
17
|
||||
InêsM.
|
21
|
||||
Sofia
|
25
|
Grupo B
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Teresa
|
2
|
||||
Carlota
|
6
|
||||
Mafalda
|
10
|
||||
Matilde
|
14
|
||||
Leonor
|
18
|
||||
Eduardo
|
22
|
||||
Duda
|
26
|
Grupo C
Leitor
|
sorteio
|
1.ªjornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Inês
C.
|
3
|
||||
Pedro
|
7
|
||||
Miguel
|
11
|
||||
Nicole
|
15
|
||||
Mila
|
19
|
||||
Bea
|
23
|
Grupo D
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Ana
|
4
|
||||
Carolina
|
8
|
||||
Edu
|
12
|
||||
Tita
|
16
|
||||
Inês
S.
|
20
|
||||
Afonso
|
24
|
Liga dos Campeões
(11.º 4.ª)
Grupo A
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Mafalda
|
1
|
||||
Diana
|
5
|
||||
Joana
|
9
|
||||
Madalena
|
13
|
||||
João
|
17
|
||||
Júlia
|
21
|
Grupo B
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Pedro
|
2
|
||||
Rodrigo
|
6
|
||||
Hugo
|
10
|
||||
Francisco
|
14
|
||||
Margarida
|
18
|
||||
André
|
22
|
Grupo C
Leitor
|
sorteio
|
1.ªjornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Laura
|
3
|
||||
Lourenço
|
7
|
||||
Eduardo
|
11
|
||||
Emilly
|
15
|
||||
Adolfo
|
19
|
||||
Guilherme
|
23
|
Grupo D
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Gonçalo
|
4
|
||||
Francisca
|
8
|
||||
Tomás
|
12
|
||||
Botea
|
16
|
||||
Leonor
|
20
|
||||
Clara
|
24
|
Liga dos Campeões
(11.º 5.ª)
Grupo A
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Natacha
|
1
|
||||
Ângela
|
5
|
||||
Leonor
|
9
|
||||
Grego
|
13
|
||||
Rita
|
17
|
||||
Alexandra
|
21
|
Grupo B
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Pedro
|
2
|
||||
João
F.
|
6
|
||||
Ana
|
10
|
||||
Elisa
|
14
|
||||
Carolina
|
18
|
||||
Tiago
|
22
|
Grupo C
Leitor
|
sorteio
|
1.ªjornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Sara
|
3
|
||||
Beatriz
Pi
|
7
|
||||
Beatriz
Pa
|
11
|
||||
Mafalda
F.
|
15
|
||||
Mafalda
M.
|
19
|
||||
Rodrigo
|
23
|
Grupo D
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Entrezede
|
4
|
||||
João
R.
|
8
|
||||
Maia
|
12
|
||||
Guilherme
|
16
|
||||
Tomás
|
20
|
||||
Daniel
|
24
|
Liga dos Campeões
(11.º 9.ª)
Grupo A
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Miguel
|
1
|
||||
Ivânia
|
5
|
||||
Carolina
D.
|
9
|
||||
Marta
|
13
|
||||
Margarida A.
|
17
|
||||
Daniela
|
21
|
||||
Francisco
|
25
|
Grupo B
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Raquel
|
2
|
||||
Mariana
S.
|
6
|
||||
Catarina
|
10
|
||||
Adriana
|
14
|
||||
Diogo
|
18
|
||||
Leonor
|
22
|
Grupo C
Leitor
|
sorteio
|
1.ªjornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Margarida V.
|
3
|
||||
Tiago
|
7
|
||||
Luísa
|
11
|
||||
Beatriz
B.
|
15
|
||||
Margarida P.
|
19
|
||||
Carolina
C.
|
23
|
Grupo D
Leitor
|
sorteio
|
1.ª jornada
|
2.ª jornada
|
||
Peixes
|
Peixes
|
||||
Eu
|
Mestre
|
Eu
|
Mestre
|
||
Mariana
M.
|
4
|
||||
Francisca
|
8
|
||||
Bea
M.
|
12
|
||||
Pedro
|
16
|
||||
Lúcia
|
20
|
||||
Soraia
|
24
|
Os números à esquerda são os atribuídos
no sorteio, não são os números da pauta
da turma. Todos preparam duas leituras. Os algarismos romanos identificam o
capítulo do sermão (cuidado com «V (cont.)», porque no manual está em duas
partes). Os algarismos árabes correspondem às linhas. Entre parênteses retos
está o tempo na leitura de Pedro Guilherme (em Gaveta de Nuvens), para quem queira tirar dúvidas de pronúncias.
Note-se, porém, que a leitura deve ser pensada por cada um, não se pretende que
imitem as reproduzidas.
Os capítulos estão nas seguintes páginas do nosso manual: I,
pp. 36-38; II, pp. 44-45; III, p. 47; IV, pp. 50-52; V, pp. 56-60; V (cont.),
pp. 61-62; VI, p. 64.
Leitura 1
|
Leitura 2
|
|
1
|
III,
1-11 [20.16-20.40 e 24.44-25.38]
|
I,
1-11 [0.1-...]
|
2
|
III,
12-24 («dentro») [25.39-...]
|
I,
12-20 [1.23-...] {é «atrevera», porém}
|
3
|
III,
24 («Quantos»)-34 [27.11-28.29]
|
I,
21-31 («tempo») [2.30-...]
|
4
|
IV,
1-25 («outros») [39.39-...]
|
I,
31 («Isso»)-42 («hoje») [3.45-...]
|
5
|
IV, 25 («Tão»)-52 («sossego») [40.50-41.58]
|
I,
42 («Mas»)-55 [5.01-....]
|
6
|
IV,
52 («Pois»)-78 [41.58-...]
|
II,
I-10 («pregadores») [6.30-...]
|
7
|
IV,
79-106 [42.56-...]
|
II,
10 («Uma»)-18 [7.36-7.73 e 8.25-9.10]
|
8
|
IV,
107-134 [44.28-...]
|
II,
19-31 [11.05-12.31] {mas é «s[ε]rvo»}
|
9
|
IV,
135-160 («pequenos») [45.30-...]
|
II,
32-41 («opinião») [13.56-...]
|
10
|
IV,
160 («São»)-186 [47.17-...]
|
II,
41 («Não»)-52 [15.08-16.40]
|
11
|
V,
1-13 («noite») [1.01.01-...]
|
III,
1-11 [20.16-20.40 e 24.44-25.38]
|
12
|
V,
13 («Tinha»)-29 [1.02.25-...]
|
III,
12-24 («dentro») [25.39-...]
|
13
|
V,
30-41 («Cristo») [1.03.54-...]
|
III,
24 («Quantos»)-34 [27.11-28.29]
|
14
|
V,
41-(«Mas»)-53 [1.05.34-...]
|
IV,
1-25 («outros») [39.39-...]
|
15
|
V,
54-66 [1.07.05-...]
|
IV, 25 («Tão»)-52 («sossego») [40.50-41.58]
|
16
|
V,
67-92 [1.08.28-...]
|
VI,
1-13 [1.29.20-...]
|
17
|
V,
93-105 («eles») [1.09.50-...]
|
IV,
52 («Pois»)-78 [41.58-...]
|
18
|
V, 105 («Lá»)-116 («pagamos») [1.11.35-...]
|
IV,
79-106 [42.56-...]
|
19
|
V, 116 («Toda»)-127 («castigo») [1.12.53-...]
|
IV,
107-134 [44.28-...]
|
20
|
V, 127 («Quisestes»)-139 («nadar») [1.14.22-...]
|
IV,
135-160 («pequenos») [45.30-...]
|
21
|
V,
139 («A»)-153 [1.16.10-...]
|
IV,
160 («São»)-186 [47.17-...]
|
22
|
V,
154-165 («cima») [1.17.45-...]
|
V,
1-13 («noite») [1.01.01-...]
|
23
|
V,
165 («Já»)-179 [1.19.12-...]
|
V,
13 («Tinha»)-29 [1.02.25-...]
|
24
|
V
(cont.), 1-20 («pedra») [1.21.22-...]
|
V,
30-41 («Cristo») [1.03.54-...]
|
25
|
V
(cont.), 20 («E»)-30 («céu») [1.22.47-...]
|
V,
41-(«Mas»)-53 [1.05.34-...]
|
26
|
V
(cont.), 30 («Lá»)-41 («calo»)
|
V,
54-66 [1.07.05-...]
|
27
|
V
(cont.), 41 («Com»)-52 [1.25.29-...]
|
V,
67-92 [1.08.28-...]
|
28
|
V
(cont.), 53-61 [1.26.52-...]
|
V,
93-105 («eles») [1.09.50-...]
|
29
|
V
(cont.), 62-73 [1.27.57-...]
|
V, 105 («Lá»)-116 («pagamos») [1.11.35-...]
|
30
|
VI,
1-13 [1.29.20-...]
|
V, 127 («Quisestes»)-139 («nadar») [1.14.22-...]
|
Escolhe um animal. Faz-lhe louvores, que permitam, possivelmente por
metáforas, concluir da sua vantagem relativamente aos homens (ou de como
poderiam constituir um bom exemplo). Exemplo:
Tu, camelo, tens uma virtude que não encontro
em outro animal. Nas tuas bossas, armazenas água, providencialmente, sabendo
que o caminho será longo e penoso. Oxalá fôssemos todos assim, amigo camelo, e
pensássemos a tempo na velhice, e rebeubéu pardais ao ninho.
Não tens uma, tens duas bossas. Rejeitas a
unicidade, preferes a …
Elaborar. Não ser trapalhão. Rever. Emendar. Vocativos são delimitados
por vírgula(s)
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
TPC — (1) Passa
a trazer sempre a folha onde estão as jornadas da Liga dos Campeões. (2)
Prepara as duas leituras em voz alta que te calharam. Em termos de
expressividade, ou mesmo de fidelidade ao texto, não dês mais importância à
declamação que deixei como exemplo do que à tua própria análise cuidadosa do
texto. (3) Entretanto, vai concluindo leitura do livro que escolheste. Mantém,
por favor, a obra à tua disposição, pois vou pedir-te que a tragas a certa
altura.
Aula 33-34
(19 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 21/nov [3.ª, 2.ª]) Correção do questionário de compreensão
sobre «O cérebro dos golfinhos» (p. 48) (ver
Apresentação).
Vai até às páginas 50-52 e, à medida que
fores preenchendo o que ponho a seguir, vai lendo o cap. IV do «Sermão de Santo António», sem preocupação de percorrer
tudo.
Como o Padre António Vieira já anunciara
(cap. II, p. 44, l. 16), este capítulo vai ser de ______ dos peixes. São dois
os motivos dessa crítica, ainda que na parte reproduzida no manual só figure a
primeira:
1. {ll. 6-7} os peixes __________;
2. os peixes investem cegamente ao isco.
E o orador mostra que os homens incorrem
nos mesmos erros:
1. os homens são comidos por outros homens,
quando ______ {ll. 57-78} e quando ________ {ll. 81-106};
2. os homens seguem cegamente os seus engodos
por vaidade, quando combatem e quando se deixam explorar em troca de vestuário
{esta parte já não está no manual}.
Responde às seguintes perguntas,
completando os meus esboços:
1. Explica como funciona a identificação entre peixes
e homens neste cap. IV.
Traça-se uma analogia
entre os peixes, que se comem (os maiores comem os mais pequenos, o que aliás
torna o caso mais grave), e os homens, que também estão sempre a procurar
«comer» o seu semelhante (entenda-se ‘________’). Infere-se que entre os homens
são igualmente os mais _______ a prejudicar os mais frágeis.
2. Identifica os usos polissémicos do verbo
«comer» neste ponto do sermão.
Quando se diz «peixes,
[...] vos comeis uns aos outros» (ll. 6-7), a aceção de «comer» que se pode
considerar mais próxima é ‘______’ {‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ /
‘enganar, trair, explorar’}; quando se pergunta «Cuidais que só os Tapuias se
comem uns aos outros?» (ll. 41-42), «comer» equivale a ‘______’ {‘devorar’ /
‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}; em «andarem buscando
os homens [...] como se hão de comer» (ll. 53-57), «comer» tem o sentido de ‘_______’{‘devorar’
/ ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}.
3. Comenta a referência, no contexto da
pregação, ao «sertão» (l. 39) e aos «Tapuias» (l. 41).
No contexto do sermão —
pregado no Maranhão, em 1654,
a uma audiência de _____ —, a referência ao sertão e aos
índios, dizendo aos ouvintes que não julgassem serem os índios aqueles que o
orador estava a _____ («Para cá, para cá, para a cidade é que haveis de
olhar»), visava culpabilizar os _____ e aludir à _____ que exerciam sobre os
nativos.
Liga dos Campeões
Na p. 53, resolve o ponto A, atentando na diferença entre discurso fechado e discurso aberto. A ordem seria (só o ponto 3 está fora do seu
lugar): __, 1, __, __, __, 6. Em B,
dá-se-te um exemplo de exemplo («Gil
Vicente, no Auto da Barca do Inferno,
utiliza as seguintes figuras alegóricas: o Anjo e o Diabo»), para que digas
qual seria o argumento que ele
poderia vir apoiar, vir a ilustrar. O exemplo dado parece adequar-se mais ao
argumento __ («A alegoria possibilita a reflexão crítica de uma forma
indireta»). Em C, são argumentos os números __, __, 6; e exemplos, __, __, 5.
O que te peço são os dois parágrafos (com dois
argumentos e respetivos exemplos — um ou dois por cada argumento) que são pedidos no cimo da p. 53 (Escrita). Porém, o tema não será o que
está no manual, mas um destes, que
têm estado na ordem do dia durante esta semana:
As touradas não devem ser discriminadas enquanto espetáculo (pagando mais
IVA). / As touradas devem ser mais taxadas que outros espetáculos. / [em
discurso aberto:] Devem ou não as touradas ser mais taxadas do que os
outros espetáculos?
O ataque à Academia do Sporting pode ser equiparado a ato de terrorismo.
/ O ataque à Academia do Sporting não pode ser equiparado a ato de terrorismo.
[em discurso aberto:] A
televisão pública (RTP) deve ou não contratar apresentadores e jornalistas por
salários milionários?
. . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aula 35-36 (22 [9.ª, 4.ª], 23/nov [5.ª, 2.ª, 3.ª]) Vai lendo «Rapinar» (p. 54) e circundando a melhor
alínea de cada item. Não consultes outras páginas do manual nem folhas tuas.
Este texto é excerto
a) de um sermão de Santo
António.
b) do «Sermão de Santo
António [aos peixes]», de Vieira.
c) do capítulo III do
sermão que temos vindo a estudar em aula.
d) de um sermão de
Vieira.
O pretexto para as
ideias defendidas pelo orador neste trecho está sintetizado logo nas ll. 1-4:
a) tendo D. João III
pedido informação sobre a Índia, respondeu-lhe S. Francisco Xavier que se
roubava muito.
b) tendo el-rei D. João
III procurado saber se se roubava muito na Índia, escreveu-lhe afirmativamente S.
Francisco Xavier.
c) tendo D. João III
querido saber o estado da Índia, respondeu S. Francisco Xavier que se conjugavam
muito certos verbos.
d) Santo António
informou D. João III que, na Índia, o verbo rapio
se conjugava por todos os modos.
«se usa igualmente a
mesma conjugação» (l. 6) significa
a) ‘também se rouba’.
b) ‘usa-se o mesmo
verbo’.
c) ‘conjuga-se do mesmo
modo’.
d) ‘escreve-se, lê-se,
ouve-se, fala-se com o mesmo verbo’.
A repetição de «Furtam
pelo modo» (ll. 12, 14, 15, 17, 19, 20, 21) constitui
a) um mecanismo de
coesão referencial.
b) uma anáfora.
a) uma ironia.
d) um mecanismo de
coesão frásica.
Os vários modos verbais
mencionados — indicativo, imperativo, conjuntivo, etc. (l. 9 e ss.) — são
a) invenções do orador,
neologismos, funcionando como reflexão metalinguística.
b) ‘modos de roubar’, no
seu sentido mais denotativo.
c) palavras divergentes.
d) termos gramaticais, denotativamente,
mas conotam as diversas maneiras de roubar.
O pronome «elas» (l. 28)
é uma
a) catáfora cujo
referente é «as miseráveis províncias» (ll. 26-27).
b) anáfora cujo
antecedente é «as miseráveis províncias» (ll. 26-27).
c) anáfora cujo
referente é «todas as pessoas» (l. 23).
d) catáfora cujo
antecedente é «todas as pessoas» (l. 23).
«roubadas e consumidas»
(l. 28) é
a) predicativo do
complemento direto.
b) predicativo do
sujeito.
c) modificador restritivo
do nome.
d) complemento direto.
Vai lendo «Ao
encontro do preciosismo» (p. 55) e circunda a melhor alínea de cada item. Não
consultes o resto do manual nem folhas tuas.
«isso» (l. 5) é
a) deítico espacial.
b) deítico pessoal.
c) deítico temporal.
d) anáfora.
«Há dias» e «recebi» (l.
8) funcionam como marcas deíticas
a) temporal e
pessoal-temporal, respetivamente.
b) temporal e espacial,
respetivamente.
c) de tempo.
d) temporal e pessoal-espacial,
respetivamente.
Na publicação original
desta crónica, a parte omitida pelo manual a seguir a «solicitada» (p. 19) — cfr. «(...)» — diz o seguinte: «por
outro lado, fica engraçada se involuntariamente certeira, porque a pobre
revista, mar, aventura, talvez viagens, vinha de facto de encontro aos meus
interesses». Significa isto que o cronista
a) até gostava de alguns
dos assuntos tratados na revista.
b) não tinha interesse
na revista.
c) tinha interesses
coincidentes com os conteúdos tratados na revista.
d) até, segundo tudo
indicava, poderia vir a gostar da revista.
«meus caros» (l. 21) é
a) sujeito.
b) modificador apositivo
do nome.
c) vocativo.
d) modificador
restritivo do nome.
O erro na mensagem publicitária
que levou o cronista a reagir consiste em falha de
a) coesão lexical.
b) coesão frásica.
c) coerência.
d) coesão referencial.
O referente de «[d]isso»
(l. 23) é
a) todo o parágrafo
anterior (l. 22).
b) «o certo é que
respondi» (l. 23).
c) «Sabe-se lá quem está
do outro lado...» (l. 22).
d) todo o parágrafo
anterior (l. 22) e, provavelmente, mais uma sua parte omitida no manual.
O trecho do original que
foi omitido na linha 23 após «respondi» seria:
a) «Fosse incontinência
da vontade (vulgo, acrasia), ou intermitência de juízo (vulgo, afronésia),
ou... whatever, respondi».
b) «Quiçá por falta de
vontade ou por intermitência de aborrecimento, ou... whatever, respondi».
c) «Fosse por falta de
vontade (vulgo, acrasia), ou por muito juízo (vulgo, afronésia), respondi».
d) «Fosse por ter pisado
um cocó de cão ou por alguma outra razão, respondi».
«irónico, variante de
melindre» (l. 29) caracteriza
a) a resposta do
«publicitário», que, sob a capa irónica, mostrava ter-se agastado.
b) o cronista, que
respondera com ironia, melindrado pela mensagem.
c) a resposta do
cronista à mensagem recebida.
d) o cronista, que
disfarçava com ironia o ter ficado irritado com o atrevimento da resposta.
O pronome «me» (l. 30)
desempenha a função sintática de
a) complemento indireto.
b) complemento direto.
c) complemento oblíquo.
d) sujeito.
Para o cronista (cfr. ll. 30-31), o sentido de
«preciosismo» era
a) ‘uso errado de uma
palavra ou expressão’.
b) ‘uso de palavra rara
para evitar o recurso a um estrangeirismo’.
c) ‘bom uso da língua’.
d) ‘uso de um
estrangeirismo em vez da correspondente palavra vernácula’.
O ano passado falámos de empréstimos,
que vimos serem um dos processos
irregulares de formação de palavras. Os empréstimos permitem reconhecer as
fases históricas em que predominaram influências de certos países.
No quadro em baixo, preenche a coluna que
ainda está vazia. Depois, completa as lacunas do texto. Descobrirás as relações
entre a época de entrada no português de determinado estrangeirismo, a língua
de que veio essa palavra e a sua área temática.
Empréstimo
|
Língua de origem
|
Data da primeira ates-
tação em português
|
Área temática
|
Desporto
|
Inglês
|
XIX
(sport)
|
|
Futebol
|
Inglês
|
XX
|
|
Jóquei
|
Inglês
|
1858
|
|
Serenata
|
Italiano
|
1813
|
|
Maestro
|
Italiano
|
1858
|
|
Ária
('peça musical melodiosa')
|
Italiano
|
XVIII
|
|
Bijuteria
|
Francês
|
1881
|
|
Vitrine
|
Francês
|
1873
|
|
Toilete
|
Francês
|
1899
|
|
Biombo
|
Japonês
|
XVI
(beòbus)
|
|
Quimono
('um tipo de roupão')
|
Japonês
|
XVI
(quimão)
|
|
Catana
('espada curta')
|
Japonês
|
XVI
|
Armas
|
Trovar
('cantar versos')
|
Provençal
|
XIII
|
|
Refrão
|
Provençal
|
XIV
|
|
Rouxinol
|
Provençal
|
XIV
(rousinol)
|
|
Vilancete
('poema de tema campestre')
|
Castelhano
|
XVI
|
|
Endecha
('poema triste')
|
Castelhano
|
XVI
|
|
Picaresco
('género literário satírico')
|
Castelhano
|
XVII
|
|
Maracujá
|
Tupi
|
1587
|
|
Mandioca
|
Tupi
|
1549
|
|
Piripiri
|
Tupi
|
1587
|
(Etimologias e datas segundo Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário Etimológico Nova Fronteira da
Língua Portuguesa, 1982)
Os provençalismos
(empréstimos do ______, uma língua antiga do sul de França) testemunham a
importância da literatura provençal na poesia galego-portuguesa medieval. Como
consequência da expansão portuguesa, a língua ______ deu-nos termos relativos a
objetos que o ocidente até então desconhecia. Do mesmo modo, os tupinismos que escolhi reportam-se a nomes
de _____ que os europeus foram encontrar no Brasil pela primeira vez. O castelhano deixou-nos muitas palavras
do âmbito da literatura, que entraram no português sobretudo nos séculos _____
e _____, a época do apogeu da cultura espanhola, que aliás coincidiu com a
dinastia filipina. Sobre os galicismos
(estrangeirismos franceses), lembre-se que durante o século _____ foi forte a
influência francesa em vários campos, entre os quais o da _____, como provam os
exemplos. No campo musical, pela mesma altura e já antes, era a _____ que
inspirava os outros países. Na transição para o século XX, uma série de
desportos criados em _____ foram adotados em outros países e, claro, com esses
desportos vieram os termos respetivos. Hoje em dia, o inglês é o maior
fornecedor de estrangeirismos (nas tecnologias, por exemplo, predominam
nitidamente os anglicismos).
Os estrangeirismos — ou seja, os
empréstimos na fase em que ainda são percebidos como estranhos à língua em que
se integraram — são criticados por quem tem uma atitude conservadora
relativamente à língua portuguesa. A luta contra os estrangeirismos levou a que
alguns gramáticos mais fanáticos procurassem substituí-los por palavras que
eles próprios inventaram, segundo padrões portugueses. São elas resultado de
exagerado purismo, o preciosismo
referido no artigo de Abel Barros Baptista.
Verifica se alguma das propostas venceu nos hábitos de hoje
ou se foram os estrangeirismos que triunfaram na língua corrente. Marca os
neologismos que, apesar de tudo, ainda se usem (haverá só um ou dois). Marca
também a proposta que consideres mais ridícula. Por fim, adivinha a origem dos
estrangeirismos, escrevendo f(rancês)
ou i(nglês).
Neologismos propostos
por gramáticos
|
Estrangeirismos
|
Origem
|
Nasóculos
|
Pince-nez
('óculo de mola')
|
|
Preconício
|
Reclame
|
|
Lucivelo,
abajúrdio
|
Abajur
(Abat-jour)
|
|
Ancenúbio
|
Nuance
|
|
Ludâmbulo
|
Turista
|
|
Ludopédio,
balípodo, pedibola, furta-bola, bolapé
|
Futebol
|
|
Rabo
de galo
|
Cocktail
|
|
Cardápio
|
Menu
|
|
Vesperal
|
Matiné
(Matinée)
|
|
Bosquejo
|
Sketch
|
|
Ampara-seios,
estrófio, mamilar
|
Sutiã
(Soutien)
|
|
Tabuínha
de chocolate
|
Tablete
de chocolate
|
|
Alviçareiro
|
Repórter
|
|
Runimol
|
Avalanche
|
|
Legicídio
social
|
Golpe
de estado
|
|
Venaplauso
|
Claque
|
|
Haurinxugo,
hauricanulação
|
Drenagem
('escoamento')
|
Escreve um texto
expositivo ou de opinião sobre assunto que escolherás (procura talvez assunto
em que te sintas bastante seguro, especialista, mesmo se muito específico). Não
escolhas tópico ensinado em disciplinas escolares. Usa
pelo menos doze conectores (de sentidos diferentes) dos que estão na tabela da
p. 357, sublinhando-os.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Consulta o Dicionáriode estrangeirismos (não fiques só pela letra A). Escolhe três estrangeirismos, de
línguas de origem diferentes. Cria um equivalente vernáculo, com formação
percetível e, eventualmente, alguma graça.
Aula 37-38
(26 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 28/nov [3.ª, 2.ª]) Correção do questionário de compreensão
feito na aula anterior (ver
Apresentação).
O capítulo V do «Sermão de Santo António»
(no manual, em duas partes: pp. 56-60; 61-62) aborda o que o orador tem contra
quatro tipos de «peixes». Deter-nos-emos nos três verdadeiros peixes, deixando para a próxima aula o polvo (já
nas pp. 61-62).
Relanceando o texto, marca as linhas em
que começam e em que acabam os trechos sobre cada um dos animais (incluindo as
comparações com os homens):
os roncadores: ll. 2-____;
os pegadores: ll. ____-____;
os voadores: ll. ____-____;
o polvo: cap. V (cont.), pp. 61-62, ll. 1-73.
Transcreve
o passo em que está a queixa principal sobre cada um dos peixes:
Peixe
|
Repreensão
|
Linhas
|
roncadores
|
«É possível que[,] sendo vós ________»
|
4-5
|
pegadores
|
«sendo pequenos, não só se chegam a outros
maiores, mas[,] de tal sorte ________»
|
48-49
|
voadores
|
«________ Pois porque vos meteis a ser aves?»
|
120-121
|
Os três peixes de
hoje (e o polvo) servem para se
aludir a pecados humanos. Outros casos históricos confirmam esses defeitos
dos homens. Ao contrário, Santo António
seria um bom exemplo a seguir. Preenche:
Peixe
|
Característica dos homens que está a ser criticada
|
Outros maus exemplos
|
Linhas a consultar
|
O bom exemplo de Santo António
|
|||
roncadores
|
______
|
São Pedro «roncou», porque asseverara ser o
único constante na sua fé, mas logo negou Cristo quando interpelado por uma ____.
Também adormeceu, apesar de se ter comprometido a vigiar o horto.
Caifás alardeava o ____. Pilatos exibia ____.
|
8-29
38-41
|
Apesar do seu saber e poder, nunca deles fazia
alarde, preferia ____.
|
41-44
|
||
pegadores
|
______
|
Não parte um vice-rei ou um governador sem que
vá acolitado por uma série de ____.
Morto Herodes, também morreram os que dele
dependiam (como acontecerá aos peixes que se não despeguem do ____ que
parasitam).
|
54-60
67-86
|
Pegou-se apenas a Deus, como costuma ver-se na
imagem tradicional, em que Santo António surge com ____ ao colo.
|
96-99
|
||
voadores
|
______
|
O mago Simão disse ser filho de Deus e
anunciou quando subiria aos céus, mas não só se viu privado de asas, para
voar, como de ____, para andar.
Por
querer voar, Ícaro se _____.
|
146-161
162-163
|
Tendo «asas» — a sabedoria — para «subir»,
preferiu _____: apagar-se, passar por leigo e sem ciência.
|
164-179
|
Leitura em voz
alta.
Na repreensão
do cada peixe, Vieira apresenta o animal (onde se costuma mostrar,
etc.). Depois descreve os comportamentos que lhe critica (com detalhe).
Finalmente, encontra defeitos nos homens correspondentes às mesmas
características.
No teu texto
deves percorrer as mesmas etapas, depois de escolheres o animal que
repreenderás.Usa um registo formal, mas contemporâneo.
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . .
TPC — Revê as funções sintáticas. Podes
relancear a ficha do Caderno de
atividades na p. 30 — reproduzi-la-ei aqui com soluções — e estudar pelas pp.
372-380 do manual ou pelas páginas de gramática em Gaveta de Nuvens: ‘Funções sintáticas’.
Aula 39-40 (29 [9.ª, 4.ª], 30/nov [9.ª, 2.ª, 3.ª]) O
que fizemos na última aula para os três peixes que são criticados na primeira
metade do cap. V do «Sermão de Santo
António» — roncadores, «pegadores», voadores — fá-lo-emos agora para o
peixe (na verdade, um molusco cefalópode) abordado nas pp. 61-62, o polvo.
Assim, vai preenchendo as tabelas:
Peixe
|
Repreensão
|
Linhas
|
polvo
|
«Se está nos limos, ____; se está na areia,
______ ; se está no lodo, _____; e[,] se está em alguma pedra, como mais ordinariamente
costuma estar, _____»
|
V (cont.), 18-20
|
Volta a surgir a analogia entre características do animal e vícios
dos homens, ilustrados com peripécias
bíblicas e contraditados pelo bom
exemplo de António:
Peixe
|
Característica dos homens que está a ser criticada
|
Outros maus exemplos
|
Linhas a consultar
|
O bom exemplo de Santo António
|
|||
polvo
|
______
|
Judas abraçou Cristo mas foram outros que o
_____ (o polvo abraça e, com os próprios braços, faz as _____).
|
22-28
|
António foi o mais puro exemplar de _____;
nele nunca houve _____.
|
42-45
|
Sobre as características que o Padre Vieira critica no polvo
(ll. 4-22):
retrato do polvo
|
que o faz assemelhar-se
a.../ ou fingir
|
capelo
(na cabeça)
|
______
|
_______
(braços)
|
estrela
|
falta
de ossos ou de espinha
|
______,
mansidão
|
Desta
aparência modesta, desta «hipocrisia tão santa», resulta ser o polvo o maior
traidor do mar:
|
|
por
malícia, muda de cor conforme o ambiente (como, mas apenas por _____, faz o
camaleão)
|
lança
os braços e prende os _____ e os desacautelados
|
Resolve o ponto 3. da p. 63. Basta indicares os recursos expressivos:
metáfora [duas vezes]|
apóstrofe | comparação | antítese (quase oxímoro ou paradoxo) | interrogação
retórica | anáfora
a) ______; b) _____; c)
_____; d) _____ e) ______; f) ______; g) ______.
Em À
procura de Dory, o polvo (Hank) tem algumas das
características atribuídas aos polvos no «Sermão de Santo António» mas revela
outras em que o Padre Vieira não pensara. No filme — de que veremos sobretudo
as partes em que intervém Hank —, o polvo começa por parecer interesseiro e
rezingão mas, progressivamente, vai-se tornando quase frágil e simpático. No
«Sermão de Santo António», o percurso é o contrário: realça-se a aparência de
santidade do polvo, para se vincar depois a hipocrisia, a maldade.
Para preencheres as lacunas da tabela,
podes usar alguns destes adjetivos ou outros que te pareçam pertinentes:
dedicado | irritável | irritadiço |
esforçado | receoso | prestável | derrotista | sensível | afectuoso |
individualista | solitário | persuasivo | influenciável | introvertido | afável
| delicado | astucioso | manhoso | carinhoso | otimista | calculista.
Comportamentos do polvo Hank
|
Caracterização (por adjetivos)
|
Disfarça-se de gato, de parede, de planta, de
corrimão, etc.
|
Escondido, dissimulado, ocultado (mas sem se
conotar nada disto com a psicologia)
|
Tenta convencer Dory a dar-lhe a etiqueta.
|
Insinuante, _____, quase malicioso, ____,
_____, astuto; ligeiramente interesseiro, ____.
|
Mostra-se diligente a conduzir Dory nos seus
percursos, a ajudá-la, mesmo contrariado.
|
Solidário, solícito, _____, _____, prestimoso,
_____.
|
Esconde-se e disfarça-se para não ser tocado
pelas crianças, de quem tem pavor.
|
Medroso, timorato, _____ (talvez por estar
ainda traumatizado por ter perdido tentáculo).
|
Chega a gritar com Dory, impaciente por ela não
lhe dar a etiqueta, quase lha tirando à força, mas acaba por se retrair e
controlar-se.
|
Primário, ____, ____, mas, no fundo, com boa
índole.
|
«Não quero ninguém com quem me preocupar. Tu
tens sorte: sem memórias, sem problemas».
|
Pessimista, cético, _____; _____, _____, associal,
_____.
|
Não gosta de conversas nem de perguntas. Quer
viver dentro de caixa de vidro, sozinho, sem ter de conversar com ninguém.
|
|
[no momento da separação:] «Vai ser difícil eu
esquecer-te, miúda»; «Estás bem?».
|
Meigo, ____, ____, terno, cordial, _____,
_____, _____.
|
Preferia ficar preso, em exposição, mas
deixa-se conduzir por Dory (e, já antes da insistência dos outros peixes,
aceitara fugir a seu pedido).
|
Inseguro, _____.
|
[quase no final:] «Dou-me bem com a loucura!».
|
Entusiástico, arrebatado, _____.
|
TPC —
Se ainda não o fizeste, acaba a leitura do livro que estarás a ler e cuja
referência me terás dado já há umas aulas (se a esqueceste, entrega-ma logo que
a redijas). Completa acróstico com «Sermão de Santo António [aos Peixes]».
Podes relancear textos e ensaios no manual ou ver vídeos de programas sobre
Vieira a partir do blogue.
Aula 41-42
(3 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 5/dez [3.ª, 2.ª]) Correção de trabalho de criação de neologismos
preciosista (ver Apresentação).
Põe na ordem correta os dezasseis
versos do poema (em quatro estrofes: 4 + 4 + 4 + 4) de Cesário Verde dentro do
sobrescrito.
Desenho dos fragmentos de papel
não é indicativo (versos já estavam misturados quando os recortei).
Ao contrário, as rimas são úteis
(a rima é cruzada).
Podes agora usar o manual, na p. 322, vendo melhor o poema de Cesário
Verde que estiveste a reconstituir, «De tarde».
Procurei fazer
uma análise do texto, seguindo estas linhas de sentido (aconselhadas no manual Antologia. 11.º ano, Lisboa, Lisboa Editora, 2004): relação título-texto;
sugestão de uma «aguarela» (notações cromáticas — ou seja, de cor —, pormenores
figurativos); estrutura narrativa (espaço, tempo, ação, personagens); função do
sujeito poético enquanto observador e relator; marcas de erotismo; valor
simbólico de «o ramalhete rubro de papoulas»; relevância expressiva de alguns
aspetos formais e recursos estilísticos.
Completa a
minha análise, sabendo que as lacunas correspondem sempre a expressões a
transcrever do próprio poema.
Logo o título, «_______», que é um modificador
temporal, remete para um momento, uma coisa «______», que merecia ser registado
numa «______», apesar de aparentemente irrelevante.
Poderíamos dizer que o momento em causa era suscetível
de ser fixado numa polaroid (se no século XX) ou numa imagem em instagram
(atualmente), mas a pintura coaduna-se bem com as várias referências
cromáticas: o «granzoal ______», o «ramalhete _____» ou, quando sai da renda, «______».
Quanto ao sol a pôr-se («_____»), é uma notação de ordem visual e mais um
elemento que aproxima o poema das pinturas impressionistas (vem à lembrança,
por exemplo, o quadro «Déjeuner sur l’herbe», de Edouard Manet — cfr. p. 323). Além das cores, há
pormenores figurativos: o rendilhado do decote por onde saem «_______» (com que
se comparam os «_______»).
Nem só o sentido da visão é convocado, outros sentidos
estão presentes: o olfato e o gosto, a propósito das «_______», dos «_____», do
«______» embebido em vinho doce; e não será forçado vermos algo de tátil na
alusão às «_____» que saem do decote da rapariga.
Muito característica do poema (e de Cesário Verde) é
a sua narratividade. O poeta parece ser um observador que faz parte do grupo
(vejam-se os deíticos pessoais «_____», «______», o demonstrativo «[n]_____»
e o possessivo «_____»). Relata um episódio cuja protagonista é uma rapariga
(uma burguesa?) capaz de colher ramalhetes de papoulas «______». As ações estão
demarcadas em função dos espaços («a ________», «em _____») e do tempo («_____»,
«_____»).
A última quadra (não, não é um soneto: são quatro
quartetos) apresenta-nos o sujeito poético (o «narrador») embevecido com o
supremo encanto do «________» (e não é interessante o uso do estrangeirismo?).
Esse primeiro plano da câmara termina com o verso «________», que quase repete
o v. 8 («_________»). Os artigos definidos no último verso do poema («___», em
vez do indefinido «_____», que estava no v. 8; e «[d]___», em vez da preposição
simples «___») mostram que a observação se foi aproximando e que o ramalhete de
que se fala já é inconfundível. A outra diferença entre os versos é o v. 16
terminar com um ______.
E, se atentarmos no som, perceberemos que há nesse
verso uma aliteração [cfr. p. 393],
conseguida pela repetição da consoante «___». (Já na segunda estrofe havia uma
figura fónica idêntica, entre a assonância (‘repetição de som vocálico’) e a
aliteração, no verso «______», em que predominavam as vogais nasais e a
consoante z.)
Acerca da quadra final é ainda preciso referir que a
alteração da ordem natural da frase, um hipérbato [cfr. p. 394], faz que o último verso seja o sintagma nominal que se
pretende destacar («______»). Por outro lado, por marcar uma oposição, uma
reorientação, a conjunção adversativa «____» valoriza o que depois será o foco
da quadra.
Também o tempo verbal usado nesta quarta estrofe, o
imperfeito do indicativo («___»), marca a perenidade daquela visão singular, por
contraste com o incidente, efémero, que era a merenda de burguesas (a que
convinha o perfeito do indicativo: «houve», «foi», «___», «___», «___»).
Na p. 341,
lê o poema «Homenagem a Cesário Verde», de Mário Cesariny, poeta já do século XX. Perceberás que é
quase uma paródia do poema «De tarde». Retomam-se alguns dos seus elementos,
subverte-se a maioria.
De qualquer
modo, o sentido global é de louvor a Cesário, como se vê no último dístico:
«Chegou a noite e foram todos para casa ler / Cesário Verde que ainda há
passeios ainda há poetas cá no país».
Escreve, um poema, sem rima nem estrofes,
sobre um momento que devesse ficar fixado (talvez realçado dentro de um
incidente que tudo destinasse ao esquecimento).
Só as partes já
lançadas seguem o modelo de «De tarde». No resto, aconselho apenas que a
descrição/narração seja detalhada e se evite estilo brincalhão ou irónico.
O poema terá
pontuação (mesmo no final dos versos, se for caso disso).
_________
{sintagma preposicional, como é De tarde}
Em
{ou Em contraído (como Naquele/a)}
___
Houve ___________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
TPC — Melhora poema que estiveste a escrever.
Aula 43-44 (6 [9.ª, 4.ª], 7/dez [9.ª, 3.ª, 2.ª]) Correção
dos «Louvores a animal» (ver Apresentação).
[Este questionário procura verificar se foste seguindo o que tratámos em
aula — excluindo gramática — e, em particular, acerca do «Sermão de Santo
António». Não uses agora o manual nem as nossas folhas.]
Circunda
a melhor alínea.
Neste 1.º período, lemos em aula, entre outros,
textos de
a) Abel Barros Baptista, Baltasar Lopes, Almeida
Garrett.
b) Sebastião da Gama, Mia Couto, Afonso Cruz.
c) Cesário Verde, Ana Hatherly, Almeida Faria.
d) Luísa Costa Gomes, Nuno Júdice, Pedro Mexia.
A certa altura, aconselhei um texto meu, que
decerto ninguém leu, intitulado
a) «O melhor do mundo não são as crianças».
b) «O poema ‘Liberdade’, de Fernando Pessoa,
enquanto defesa da preguiça e do ócio».
c) «O melhor do mundo são as crianças».
d) «O pior do mundo são os adolescentes que
chegam atrasados».
A síntese e o resumo distinguem-se por
a) a síntese implicar distância do enunciador
relativamente ao texto-fonte, e o resumo, não.
b) o resumo acolher citações, transcritas com
aspas, e a síntese, não.
c) a síntese, ao contrário do resumo, dever
manter a ordem de abordagem do texto original.
d) apresentarem órgãos sexuais, respetivamente,
femininos e masculinos.
O exórdio ocorre
a) no final de um
discurso, correspondendo a peroração ao início.
b) a meio de um
discurso, sendo a peroração o final.
c) no início de um
discurso, seguindo-se logo a peroração.
d) no início de um
discurso, sendo a peroração a parte final.
O texto do sermão que
lemos em aula
a) corresponde
exatamente ao que o seu orador proferiu.
b) é uma publicação, já
póstuma, do que foi lido por Santo António.
c) resulta da passagem a
escrito do que o seu autor anotara havia anos.
d) corresponde a um
texto anterior à efetiva pregação.
Segundo Vieira, nos dias
dos santos, os pregadores devem
a) imitá-los.
b) criticá-los.
c) pregar a peixes.
d) tê-los como assunto
dos seus sermões.
As citações (da Bíblia;
de teólogos) que enxameiam o «Sermão» funcionam como
a) argumentos de
autoridade.
b) analogias.
c) argumentos indutivos.
d) deduções.
O conceito predicável do «Sermão de Santo aos
Peixes» é
a) «Vós sois o sol da terra».
b) «Vós sois o sal do mar».
c) «Vós, sol, sois a terra».
d) «Vós sois o sal da terra».
O verdadeiro auditório
do «Sermão de Santo António [aos Peixes]» era constituído por
a) colonos.
b) D. João IV e restante
corte.
c) peixes.
d) índios.
Os pegadores repreendidos no capítulo V devem
ser
a) as rémoras (louvadas no cap. III).
b) os polvos.
c) peixes bíblicos.
d) tremelgas.
Santo António viveu em
a) Lisboa, no séc. XVII.
b) Lisboa e Pádua, nos sécs. XII e XIII.
c) São Luís do Maranhão, no séc. XVII.
d) Rimini, no séc. XV.
A série que apresenta «peixes» que são
«protagonistas» do «Sermão» é
a) peixe de Tobias, torpedo, roncador.
b) pescadinha de rabo na boca, massada de
garoupa, baleia.
c) rémora, três olhos, raia eletrónica.
d) voador, atum, peixe de Tobias.
O «Sermão de Santo
António aos Peixes» foi pregado
a) pelo Padre António
Vieira, em São Luís do Maranhão, em meados do século XVII.
b) pelo Padre António
Vieira, em Lisboa, na Igreja de São Roque, no século XVII.
c) por Santo António, em
São Luís do Maranhão.
d) por Santo António, no
Brasil.
Nos capítulos II-V do «Sermão», temos (segundo
esta ordem)
a) elogio dos peixes, em geral; elogio a algumas
espécies de peixes; repreensão dos peixes, em geral; repreensão a algumas
espécies de peixes.
b) repreensão dos peixes, em geral; repreensão a
algumas espécies de peixes; elogio dos peixes, em geral; elogio a algumas
espécies de peixes.
c) elogio a algumas espécies de peixes; elogio
dos peixes, em geral; repreensão a algumas espécies de peixes; repreensão dos peixes,
em geral.
d) elogio dos peixes, em geral; repreensão dos
peixes, em geral; elogio a algumas espécies de peixes; repreensão a algumas
espécies de peixes.
No final do cap. I do
«Sermão» diz-se que
a) «Maria» vem de
«Senhora do mar», o que é uma falsa etimologia.
b) «peixe» vem de «pé»,
o que não é verdade.
c) «sal» vem de «sol», o
que é uma etimologia correcta.
d) o étimo de «Maria» é
«Senhora do mar», o que é verdade.
Uma das características
louvadas aos peixes é
a) enfrentarem tudo para
cumprirem os seus objetivos.
b) serem domáveis.
c) fugirem dos homens.
d) saírem da sua zona de
conforto.
A correspondência entre
peixes repreendidos e defeitos dos homens é (por esta ordem): roncadores,
pegadores, voadores, polvo;
a) soberba, oportunismo,
ambição, fingimento.
b) brunismo, aderência,
aerofagia, traição.
c) arrogância,
parasitismo, mentira, soberba.
d) vaidade, intromissão,
dissimulação, falsidade.
O peixe de Tobias é
gabado
a) pelos excrementos
fecais (vulgo «cocós»), que, mastigados com certa demora, curam as aftas.
b) pelo seu fel, com
efeitos benéficos em termos oftalmológicos.
c) pelas suas escamas,
semelhantes a lentejoulas.
d) pelas espinhas, com
mais cálcio concentrado do que o leite.
A referência a Ícaro no capítulo V do «Sermão de
Santo António» tem em vista
a) dar um exemplo contrário do dos pegadores.
b) comprovar um defeito dos homens.
c) ilustrar uma virtude dos voadores.
d) testemunhar a índole dos roncadores.
Entre polvo e monges a
semelhança é
a) o burel de Santo
António.
b) a dissimulação.
c) a atitude
camaleónica.
d) a cobertura da
cabeça.
Outro assunto
completamente diferente:
Já leste o livro (todo) que
ficaras de ler (aquele cuja referência me entregaste)? ___. Se não leste ainda
o livro na íntegra ou, sendo um livro de contos, só leste um deles ou alguns
deles, explica em que ponto te encontras: ___________
Vamos ler poemas das gerações mais recentes. Os
poetas mais velhos que lhes trago nasceram já perto de 1960 e, portanto, em termos
de história da literatura, são novíssimos. E a maioria é bastante mais jovem. Haverá
três poetas mais velhos mas que só começaram a publicar há pouco tempo, sendo,
por isso, de certo modo, também recentes.
Caberá a cada
um um livro (ou mais, mas do mesmo autor). Manuseia-o com o cuidado que se deve
ter sempre e, sobretudo, quando o livro em causa é de quem não gosta de ter
livros com os cadernos soltos — por os terem espalmado —, vincados — por os
terem usado sob papéis em que se tivesse escrito —, com folhas rasgadas — por
os terem folheado negligentemente.
O objetivo é
escolher um máximo de quatro versos para uma epígrafe. Não
interessa se esses versos são do início, do meio ou do fim de um poema (ou até se
são um poema completo), mas terão de ser seguidos. Transcreverás os versos na
tua folha, no verso desta página (por favor, muito legivelmente).
Depois da
transcrição, escreverás a referência bibliográfica, segundo este modelo:
Vieste! Cingi-te ao
peito.
Em redor que noite
escura!
Não tinha rendas o
leito,
Não tinha lavores na
barra
Que era só a rocha
dura...
Muito ao longe uma
guitarra
Gemia vagos
harpejos...
(Vê tu que não me
esqueceu)...
E a rocha dura aqueceu
Ao calor dos nossos
beijos!
Tomás de Alencar, «6 de Agosto», Flores
e martírios, 2.ª ed., Alenquer, Editora «A Romântica», 1850 [1.ª ed.:
1848], pp. 23-25, p. 24.
Ou seja: o que transcrevemos está na página 24 do livro Flores e martírios, de Tomás de Alencar,
e pertence ao poema «6 de Agosto». Como o poema ocupa mais páginas do que a
passagem citada, indicamos as páginas do poema, «pp. 23-25», bem como a precisa
página em que fica o trecho transcrito («p. 24»). Pomos também o número da
edição, a cidade da editora, a editora, o ano da publicação (e, entre
parênteses retos, a data da edição original). Se se tratasse da 1.ª edição — ou
não houvesse indicações acerca disso —, bastaria pôr a data (ficaria: ‘Tomás de
Alencar, «6 de Agosto», Flores e
martírios, Monte de Caparica, Editora Bulhão Pato, 1848, pp. 27-29, p. 28’). Quando um poema não tem
título, cita-se pelo primeiro verso. Imaginemos: ‘Tomás de Alencar, «[Vieste!
Cingi-te ao peito.]», Flores e martírios,
Monte de Caparica, Editora Bulhão Pato, 1848, pp. 27-29, p. 28’.
[título do poema que criaste (mas deixa para o fim esta parte da
tarefa):]
_______________
[transcrição de um a quatro versos de que gostes tirados do livro que te
calhou e que pudessem servir de epígrafe a um poema teu (além de serem versos
de que gostas, a epígrafe é uma espécie de justificação ou inspiração para o
teu poema); deves usar aspas e ser rigoroso na transcrição:]
_____________________
_____________________
_____________________
_____________________
[referência bibliográfica do trecho que transcreveste como epígrafe, segundo
o modelo que exemplifiquei atrás: Autor, «Poema», Obra, Localidade,
Editora, Ano, pp. #-#, p. #:]
_________________
_________________
[poema que criarás — a relação do teu poema com o de que retiraste a
epígrafe pode ser de vários tipos: (i) ser apenas uma alusão ao mesmo assunto;
(ii) funcionar como uma frase bonita mas cuja relação com o teu texto não é
clara; (iii) ser «parodiada» no teu texto (como fez Mário Cesariny com o poema
de Cesário Verde); (iv) ser continuada ou repetida quase como refrão, no teu
poema; (v) ser tratada num texto «ao contrário» (se era alegre, tratar-se-á de
tristeza; ...); (vi) quem sabe, um misto dos anteriores, ou alguma outra ideia
ainda.]
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Leitura em voz alta
TPC — Vê alguns dos neologismos substitutos deestrangeirismos propostos por colegas (escolhi um por aluno), para reveres os
processos de formação de palavras. Aproveita aliás para rever as matérias de
gramática para que os fui remetendo ao longo do período.
Aula 45-46 (10 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 12/dez [3.ª, 2.ª])
Correção de questionário sobre o «Sermão de Santo António» de Vieira e de dois
poemas entregues na aula anterior (ver
Apresentação).
Em cada
item, circunda a letra da melhor alínea.
A alínea que inclui apenas compostos
morfossintáticos é
a) «geógrafo», «guarda-redes», «girassol».
b) «amá-los», «saca-rolhas», «guarda-chuva».
c) «anjo da guarda», «picapau», «couve-flor».
d) «egiptólogo», «lusodescendente», «autódromo».
A alínea em que há apenas interjeições e/ou
locuções interjetivas é:
a) «Ó Deolinda!»; «Oh!»; «Irra!».
b) «Sua badalhoca!»; «Upa!»; «Ah!».
c) «Valha-me Deus!»; «Bravo!»; «Apre!».
d) «Trrim-trrim»; «Ui!»; «Eia!».
No Dicionário da Língua Portuguesa (Porto Editora, 2011), o verbete de
«polissemia» reza: «polissemia — s.f. linguística
qualidade das palavras que possuem mais de um sentido (Do gr. polýs, ‘muito’ + séma, ‘sinal’ + ia)».
Tendo isto em conta, mas não só, sabemos que «polissemia» é uma palavra
a) monossémica.
b) monossémica, ainda que decerto possa surgir
com diversas conotações.
c) polissémica.
d) que, ainda que com uma única aceção
registada, terá com certeza vários sentidos denotativos.
Em «À entrada da escola, vi-o. Era um cocó de
cão luzidio. Aliás, as fezes mais robustas que alguma vez ornaram aquele
passeio.»,
a) «o» é uma catáfora.
b) «um cocó de cão luzidio» é uma anáfora.
c) «o» e «aquele passeio» são correferentes.
d) «aquele passeio» é uma anáfora.
A alínea que não tem deíticos é
a) Traz-me aí a cobra, aquela que está ao pé das
iguanas.
b) Encontrou o Armando. Este estava furioso.
c) Ainda agora te vi ali atrás.
d) Comprei a caneta na mercearia. Esta ficava
acolá.
A alínea em que não há palavras que costumem ter
função deítica é
a) ali, este, amanhã.
b) vir, já, agora.
c) deítico, Lisboa, dezembro.
d) isso, hortaliça, eu.
Os deíticos remetem para
a) o recetor da mensagem.
b) o espaço.
c) o próprio enunciado.
d) a enunciação.
O período em que não há deíticos espaciais é
a) Traz-me, Josué, o próximo adversário político
a enforcar.
b) Amanhã vou ser feliz na Lapónia, mas agora
estou aqui.
c) Aquele quadro ali é bué fofo.
d) Na Lapónia, os coelhos são cozinhados em
bonitas caçarolas às riscas verdes.
O período que não contém deíticos pessoais é
a) Estou muito aborrecido por ainda não ter
havido frases com cocó de cão.
b) Setúbal é talvez a cidade portuguesa onde eu
preferia viver.
c) Eça de Queirós é um autor estudado no 11.º
ano e consta que era boa pessoa.
d) A minha felicidade é, neste momento, enorme:
acabei de encontrar um deítico.
O período em que há menos deíticos temporais é
a) Durante a Idade Média, a produção de
chocolates Mars foi escassa.
b) Vou agora para a arena.
c) Daqui a pouco seguimos
para a venda ambulante de gomas com sabor a peixe espada.
d) Dir-me-ás se sempre vais ler as Páginas
Amarelas.
Classifica quanto à função sintática (sujeito, predicado, vocativo, complemento direto, complemento indireto, complemento
oblíquo, complemento agente da
passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador (do grupo verbal; de frase);
modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome, complemento do nome; complemento do adjetivo) os segmentos
sublinhados. Não é obrigatório que estejam representadas todas as funções e
pode haver funções que apareçam mais do que uma vez.
Estudiosos
alunos,
resolvam este exercício de gramática.
|
vocativo
|
Com o Natal vêm aí os Nenucos e as Barbies.
|
|
Todos declaram imprescindível a
Declaração dos Direitos do Homem.
|
|
Estes
polvos (diz-se «p[ô]lvos») vieram da Suíça.
|
|
— Venderam-me demasiado barato — disse,
ofendido, o escravo.
|
|
O amor de Henriqueta por Anselmo fora do
tamanho do mundo.
|
|
Em Dory,
vimos Hank, um polvo simpático.
|
Classifica
o tipo de mecanismo de coesão usado ou o princípio de coerência
infringido (só estará em causa uma classificação), apoiando-te no sublinhado (frásica, interfrásica, temporal, lexical, referencial || não tautologia
(não redundância), não contradição,
relevância).
Sei
tudo
sobre gramática, porque não estudei nada.
|
não
contradição
|
Quando chovia, iam ao cinema; se estivesse
bom tempo, à praia.
|
|
Judas
viu-os e disse-lhes do que os trazia ali.
|
|
A Lucinda gosta de livros: é uma rapariga
culta. Aliás, os jovens gostam de ler.
|
|
Gosto de chocolate. Adoro chocolate.
Posso dizer que gosto de chocolate.
|
Outra versão
Estudiosos
alunos,
resolvam este exercício de gramática.
|
vocativo
|
O Padre Vieira considerou Jorge Jesus um
roncador.
|
|
Em breve regressaremos à ESJGF com mais
empenho e enjoo.
|
|
Beijámo-nos como se não houvesse
amanhã.
|
|
A alface de estimação parecia um monumento
à preguiça.
|
|
Dezembro, mês melancólico, passará
depressa.
|
|
Em França, regressaram às ruas da capital a
destruição e o medo.
|
Sei
tudo
sobre gramática, porque não estudei nada.
|
não
contradição
|
Lia livros, porque frequentava
bibliotecas e conhecia livrarias.
|
|
Hank viu Dory. Saudou-a (e ela,
ele). Lembravam-se ambos de tudo.
|
|
Foi a Paris, mas estivera na Holanda e haveria
de viajar à Índia.
|
|
É assim. São cenas. Coisas bué fixes, mano.
|
O
capítulo VI do «Sermão de Santo
António» corresponde à peroração, a
última parte de um discurso. Vai lendo o texto na p. 64 e preenchendo o que
falta no quadro.
linhas
|
expressão
no «Sermão»
|
expressão equi-valente ou que usaríamos hoje
|
comentário
|
l
|
despido
|
_________
|
O Padre Vieira usa a
forma verbal mais antiga da 1.ª pessoa do Presente do Indicativo de
«despedir», mas a forma que usamos atualmente resulta de analogia com as de
outros verbos (cfr. «posso»,
«meço», «peço»).
|
2
|
vades
|
_________
|
É
esta a forma da 2.ª pessoa do plural do Presente do Conjuntivo de «ir»; no
entanto, se tivermos em conta que se usaria agora a 3.ª pessoa do plural
(porque o tratamento seria «vocês» e não «vós»), a forma comum seria «_____».
|
2
|
outro
|
outro sermão
|
Lembremos
que o Padre Vieira ia partir para Portugal (aliás, em parte, para defesa dos
índios), pelo que aquele seria, durante tempo, o último sermão que lhe
ouviriam os __________.
|
3
|
mui
|
_________
|
O advérbio «mui»
resulta de uma ___________ (supressão do som final) de «muito» (como «São»
resulta de apócope de «Santo»).
|
3
|
ficastes
|
_________
|
É esta a 2.ª pessoa do
plural do Pretérito Perfeito, embora, como quase já não usamos esta pessoa, a
forma nos pareça incorreta (se tivéssemos em conta que usaríamos hoje a 3.ª
pessoa do plural — «vocês, peixes» —, teríamos a forma «__________»).
|
7
|
habitadores
|
__________
|
Os peixes são os
habitantes do elemento que é matéria do primeiro sacramento (cfr. infra), a água.
|
8
|
primeiro sacramento
|
batismo
|
Os sete sacramentos são
Batismo, Confirmação, Comunhão, Penitência, Extrema unção, Ordem, Matrimónio
(«a matéria» do Batismo é a _________).
|
11
|
pregara
|
__________
|
Até tarde o Pretérito
Mais-que-perfeito serviu em casos em que hoje temos de usar o Imperfeito do
Conjuntivo.
|
11
|
Oh
|
__________
|
É a interjeição (não é
a expressão que se apõe a um vocativo), mas, hoje, usaríamos a seguir uma
vírgula ou um ponto de ___________.
|
20
|
alvedrio
|
__________
|
Hoje, preferiríamos a
outra palavra do par de divergentes resultantes do lat. arbitrium (a palavra que hoje mais
usamos é a que nos chegou por via erudita; a palavra usada por Vieira é a da
chamada «via ___________»).
|
26
|
do seu divino acatamento
|
de _________
|
«Acatamento» é a
presença ou vista de pessoa divina a quem se deve reverência.
|
27-28
|
de um homem que tinha as
minhas mesmas obrigações
|
de _________
|
Este apóstolo tinha as
mesmas obrigações de Vieira e traiu-as (por isso Vieira diz correr também
esse risco).
|
Uma pergunta «à exame» (tirada já não sei
se de uma prova se de uma dessas coletâneas de modelos de provas):
1.
No «Sermão de Santo António aos
Peixes», à
imitação de Santo António, o Padre António Vieira resolve pregar aos peixes
para dar lições aos homens. Identifique a principal figura de retórica a que o
orador recorre para o fazer, explicitando a sua eficácia argumentativa.
Resposta: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . .
TPC — Desta vez restringiria o trabalho a quem queira concorrer ao Correntes d’Escritas e, sobretudo,
àqueles a quem aconselho isso mesmo nas folhas que devolvi agora (tentarei, no
entanto, enviar os textos de todos o que o queiram, desde que me cheguem os
elementos que lhe peço a seguir). Portanto, se for caso disso, passem a
computador o(s) texto(s) agora entregues, com as reformulações que fiz e
enviem-mos por mail. Teria de ter também cópia
do Cartão de Cidadão, nome completo,
morada, telemóvel, e-mail, pseudónimo (que será também o nome a
figurar no final do poema). Tenho de enviar tudo ainda na tarde de sexta (14 de
dezembro), portanto precisaria de ter estes elementos não muito tarde. Para os
que me enviem o poema, talvez valha a pena ir usando já corpo 12 e uma fonte
legível (Times New Roman, Arial, por exemplo; a elegante Garamond fica reservada para as nossas
folhas). Depois, darei eventuais retoques na apresentação. Peço também o
cuidado, como aliás para todos os nossos trabalhos, de se não recorrer a coisas
da net ou de outros autores.
Aula 47-48 (13 [9.ª, 4.ª], 14/dez [5.ª, 3.ª, 2.ª])
Correção do questionário de gramática (ver
Apresentação).
Correção da parte do
teste de gramática que não era em escolha múltipla
1.º
período — alguns focos do ensino e da avaliação
(que, porém, não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)
(que, porém, não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)
Nos «Preceitos» que lhes pedi que lessem
logo no início do ano, deixei claro que, num
regime que é de avaliação contínua, as faltas
a aulas, independentemente de serem justificadas ou não, acabam por se
refletir na classificação final. Aí lembro também que, quando faltem, os alunos
devem ler, ou mesmo experimentar resolver, as fichas que se tenham usado, ver
as apresentações e a transcrição de toda a aula em Gaveta de Nuvens e entregar-me depois, por exemplo, as redações que
tenhamos feito.
Também deixei sublinhado que a falta de pontualidade recorrente (não
me reporto a um azar que possa ocorrer) é comportamento de quem não tem
compromisso com o resto do grupo e que prejudica o trabalho de todos.
Quanto ao material, não tenho razões de queixas em termos de manuais. Já
quanto às folhas da aula (que pedira fossem trazendo sempre nas sessões
próximas), não estou tão otimista. Valeria a pena arrumarem mais os vossos
papéis. Alguns trabalhos dados em folhas razoavelmente amarfanhadas devem
significar que talvez não haja cadernos e tudo viaje em bolsos e se perca
depois.
Fiquei com a noção de que boa parte dos
alunos não foi fazendo as tarefas que
implicavam simples estudo e para que eu os ia remetendo. Escrevo isto numa
altura em que ainda estou a ver os questionários de gramática, mas não tenho
ilusões de que os resultados não serão tão bons quanto poderiam ser, se tivesse
havido essa consulta regular, de poucos minutos mas no momento certo (o do
tepecê em causa).
Outro aspeto a melhorar em muitos casos:
a efetiva leitura dos livros
combinados.
Generalizando muito:
O que falhou:
estudo regular, a pouco e pouco;
leitura dos livros;
paciência para ouvir sem conversar muito para o
lado (talvez apenas em duas turmas);
assiduidade e pontualidade (residualmente; com
significado, só numa turma).
Do que gostei:
bastante focagem nas tarefas das aulas sem
demasiadas demoras;
tarefas de escrita pedidas para casa terem sido
feitas, em geral;
progressos na escrita, aqui e ali.
Assim-assim:
investimento na leitura em voz alta foi, por
vezes, parcimonioso.
Voltaire, Candide
ou l’Optimisme (Cândido ou o
otimismo), 1759
Walt
Whitman, Leaves of Grass (Folhas de erva), 1897
Dadaístas (ca. 1916, Tristan Tzara, etc.)
Geração
Beat
Allen Ginsberg, Howl (Uivo), 1956
Jack
Kerouac, On the road (Pela estrada fora), 1957
William
S. Burroughs, Naked lunch (Almoço nu),
1959
Carl Salomon
Neal Cassady
TPC — A meio das férias porei em Gaveta de Nuvens lista de tarefas para os próximos
tempos (talvez até para todo o 2.º período). Essa lista incluirá decerto
algum pedido de tarefa com o livro que já deviam ter lido (por isso, podiam
começar por fechar essa leitura). Enfim, lá pelo dia de Natal, vejam a tal
lista de tarefas futuras.
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