Aulas (1.º período, 2.ª parte: 27-52)
Aula 27-28 (31/out [2.ª, 3.ª], 2/nov [4.ª, 5.ª, 9.ª]) Correção do questionário
de gramática feito na penúltima aula (ver Apresentação).
Na p. 50, vê a cantiga de amor «Se eu podesse desamar», de Pero da Ponte. Passa-a
para prosa, adotanto a ordem mais natural das palavras e substituindo os
termos antiquados por outros mais atuais (com significado idêntico). Cada
estrofe constituirá um parágrafo.
Glossário — buscar = ‘procurar’ | coita = ‘sofrimento’ | mais
= ‘mas’ | sol nom = ‘nem mesmo’ | per esto = ‘por isto’ | dormio = ‘durmo’ |
rogar = ‘pedir’ | desampar = ‘desamparar’ | vel = ‘ou’ | en = ‘disso’ | lazerar
= ‘sofrer’
. . . . . . . . . . . . . .
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De Cantigas de Medievais
Galego-Portuguesas (http://cantigas.fcsh.unl.pt/):
Nesta bela cantiga de amor, ao mesmo
tempo simples e retoricamente muito elaborada, Pero da Ponte exprime o seu
(impossível) desejo de vingar-se daquela que sempre o tratou mal, pagando-lhe
na mesma moeda: deixando de a amar, procurando o seu mal e fazendo-a sofrer.
Mas é este um desejo impossível, até porque a culpa é do seu próprio coração,
que o fez desejar quem nunca o desejou. Sem poder dormir, só lhe resta pedir a
Deus que desampare quem sempre o desamparou e lhe dê a ele a capacidade para a
perturbar um pouco — e assim já dormiria. Ou, pelo menos, que lhe desse coragem
para falar com ela.
A cantiga é também tematicamente
original, na medida em que a tradicional resignação do trovador face ao
sofrimento que lhe inflige a sua senhora, elemento tópico da cantiga de amor, é
aqui declaradamente substituída pelo desejo de vingança. Note-se ainda a rara
variação que ocorre, em estrofes alternadas, no v. 1 do refrão.
Resolve o exercício 1 no final da p. 53:
a =
__; b = __; c = __; d = __; e = __.
Compara
«O que eu gosto do meu Anselmo!» (Lopes
da Silva) com a lírica trovadoresca:
cantigas de amigo
|
cantigas de amor
|
Anselmo
|
|
«eu»
|
___ (que
percecionamos como do povo)
|
homem
(nobre, identificável com o trovador)
|
Henriqueta
Lopes da Silva (com intervenções de Anselmo)
|
«tu»
|
confidente
|
pode ser
a «___»
|
entrevistador
|
assunto
|
namoro (e
circunstâncias que o envolvem)
|
___ (e
razões desse amor; superlativação da «senhor»)
|
amor (e
razões desse ___; desvalorização de Anselmo)
|
vivência
|
quotidiana
(popular)
|
idealizada
(___)
|
de idealizada
(amor) a objetivada (o gosto de Henriqueta)
|
confidencialidade
|
não se
escondem elementos acerca do namorado
|
há
reserva, a «mesura»; a «senhor» ___ é identificada
|
não há
____ (contra a vontade de Anselmo, que fica constrangido)
|
Na parte de A
história da minha vida que estivemos a ver, o protagonista (e narrador) dá
a sua teoria para o surgimento do conceito de «amor», que situa na Idade Média,
em contexto palaciano, com intervenção de trovadores. Segundo ele, o amor teria
surgido porque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ora, esta justificação
— absolutamente inventada — até pode relacionar-se com características das
cantigas de amor. Nestas, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Para
estudo, e não para me me entregares, lê as pp. 66 e 67 do Caderno de atividades (com perguntas sobre uma cantiga de amigo e
sobre uma cantiga de amor) e as respetivas soluções (p. 100). (Reproduzo aqui as
páginas em causa, para o caso de não teres o Caderno de atividades.)
Aula 29-30 (6
[2.ª, 3.ª, 5.ª], 7 [4.ª], 8/nov [9.ª]) Correção do trabalho de redação de
fragmentos inspirados em bandas sonoras de filmes.
Depois de ouvirmos uma
crónica do programa Lugares Comuns (Antena
1; outros programas, aqui), de Mafalda Lopes da Costa, sobre a expressão idiomática «dizer cobras e lagartos», preenche:
Expressão
(lugar comum)
|
Dizer cobras e lagartos
[de alguém]
|
Significado
|
‘Dizer
muito mal de alguém’, ‘difamar uma pessoa’.
|
Origem (etimologia)
|
hipótese 1: cobra
teria o significado de «cobla» e fazer escárnio de
alguém seria satirizar alguém através de ______;
|
hipótese 2: de origem bíblica (Salmo 91, 13),
relacionável com dragão/basilisco que matava pelo _______;
|
|
hipótese 3: ligada à crença medieval de que alguém
possuído pelo demónio e, depois, exorcizado expeliria cobras e _________.
|
Dicionário da Língua
Portuguesa, «Dicionários Editora», Porto,
Porto Editora, 2011, p. 370:
Lê
a cantiga
de escárnio e maldizer,
de João Garcia de Guilhade, «Ai, dona fea, fostes-vos queixar» (p. 56). Começa
até por ler a versão modernizada que ponho a seguir:
Natália
Correia, Cantares dos trovadores
galego-portugueses, Lisboa, Estampa, 1970, p. 137:
Ai, dona
feia, foste-vos queixar
de que vos
nunca louvo em meu trovar.
Mas umas
trovas vos quero dedicar
em que
louvada de toda a maneira
sereis; tal é o meu
louvar:
dona feia, velha e
gaiteira.
Ai, dona
feia, se com tanto ardor
quereis
que vos louve, como trovador,
trovas
farei e de tal teor
em que
louvada de toda a maneira
sereis, tal é o meu
louvor:
dona feia, velha e
gaiteira.
Ai, dona
feia, nunca vos louvei
em meu
trovar eu que tanto trovei
e eis que
umas trovas vos dedicarei
em que
louvada de toda a maneira
sereis e assim vos
louvarei:
dona feia, velha e
gaiteira.
Na versão original da cantiga, repara nestas formas,
atualmente incorretas:
Como está na cantiga
|
Como escreveríamos nós
|
|
v. 1
|
fostes-vos
|
foste-vos
|
v. 17
|
direi-vos
|
Completa
(quando houver, pronominaliza os complementos):
diz-se que o julgamento se realizará
|
o julgamento realizar-se-á
|
deve-se escrever
|
jamais
|
comprarás as abelhas
|
|
localizaríamos o meliante
|
|
traremos o avião
|
|
beijarei a sogra
|
|
abriria a garrafa
|
|
direi as mentiras
|
|
venderão ao esquimó o gelado
|
|
vou cantar as cantigas
|
|
comes a comida do cão
|
|
come a comida do gato
|
|
pisam os cocós de cão escorregadios
|
Completa:
João
Garcia de Guilhade, «Ai, dona fea, fostes-vos queixar»
|
|
Síntese
|
Paródia ao
amor cortês. O «eu» elogia a senhora, a «dona», no estilo do que costumava
ser feito nas cantigas de __, mas, no refrão, trata-a como «fea, velha e
sandia», o que mostra que o resto da sextilha é __.
|
Adjetivos
depreciativos
|
fe(i)a, __,
sandia/gaiteira
|
«Dia em que se pode chamar nomes aos colegas» (Lopes da
Silva)
|
|
Síntese
|
Paródia em
torno da moda de estabelecer estratégias para gerar bom ambiente de trabalho
nas ___. Haveria dias e horas «temáticos», mas, neste caso, consagrados a
temas ___.
|
Adjetivos depreciativos (ou
nomes)
|
___, pateta,
idiota, palonça, imbecil, nabo, monotomate, urso, atraso de vida, estúpido,
parvo do catano, energúmeno, labrego, pacóvio, chouriço, bardinas,
songamonga, estronço, cafageste, animal, bronco, cara de cu
|
«A tua camisa é feia» (Lopes
da Silva)
|
|
Síntese
|
Paródia que
aproveita o estereótipo de que as mulheres dariam demasiada importância à
escolha da ___. Carla não se ___ com nenhum dos defeitos que lhe atribui a
amiga, só se magoando quando esta lhe critica a blusa («não é muito gira»).
|
Adjetivos depreciativos (ou
nomes)
|
repugnantezinha,
badalhoca, galdéria, pega, falsa, ___, besta, estúpida
|
Sobre Adjetivo (cfr. p. 320; e, por exemplo, pp. 264-265 do P-9):
Palavra que, tipicamente, permite variação em género, em
número e em grau. O adjetivo é o núcleo do grupo adjetival.
Subclasses
do adjetivo
Adjetivo qualificativo — Exprime qualidades,
atributos do nome. Tipicamente, a posição do adjetivo qualificativo é
pós-nominal. Alguns destes adjetivos ocorrem à direita e à esquerda do nome,
correspondendo esta ordem a interpretações diferentes.
Tens um belo chapéu. | É sem dúvida um
rapaz grande. /... um grande rapaz.
Adjetivo numeral — Expressa ordem ou
sucessão numa sequência. Ocorre geralmente em posição pré-nominal.
Este foi o meu primeiro livro de histórias. | Chegámos
rapidamente ao terceiro
andar.
[ Adjetivo relacional — Deriva de um nome e
revela uma relação de agente ou posse relativamente ao nome. Ocorre em posição
pós-nominal e não varia em grau.
Foi a crítica musical que fez disparar as
vendas. | Deixei o meu irmão no parque infantil. ]
Relaciona — por aproximação ou
por contraste — o excerto de Astérix e o
regresso dos gauleses (p. 57 do manual) e a cantiga de escárnio e maldizer
que lemos hoje (ou as cantigas de escárnio e maldizer em geral).
(No fundo, acabarás por
justificar a colocação desta página de BD nas proximidades da cantiga que
vimos.)
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TPC — Estuda a ficha 19 do Caderno de atividades (p. 37), sobre ‘pronominalização’ (para quem
não tenha o caderno de atividades, reprodução aqui).
Aula 31-32 (7
[2.ª, 3.ª], 9/nov [5.ª, 9.ª, 4.ª]) Correção de trabalhos agora
devolvidos.
Lê esta versão atualizada da cantiga de escárnio e maldizer, de Pero
Garcia Burgalês, cujo texto original está na p. 58. Começa por ler o texto
modernizado por Natália Correia (em baixo) e, depois, relanceia o original em
português antigo e a síntese na p. 59.
Natália Correia, Cantares dos
trovadores galego-portugueses, Lisboa, Estampa, 1970, p. 173:
Foi Rui
Queimado morrer de amor
em seus
cantares, ao que dizia,
por uma
dama e porque queria
mostrar
engenho de trovador.
Como ela
lhe não quis valer,
fez-se ele
em seus cantares morrer,
mas ressurgiu
ao terceiro dia.
Demonstrar
quis o seu fervor
por uma
dama, mas eu diria:
preocupado
com a mestria
dos seus
cantares, tem o pendor
de, embora
morto, lograr viver.
Isto só
ele pode fazer
porque
outro homem não o faria.
E já da
morte não tem pavor,
se não mil
vezes a temeria.
Próprio é
da sua sabedoria
viver
enquanto morto for.
Em seus
cantares pode morrer
estando
vivo. Maior poder
obter de
Deus não poderia.
Desse-me
Deus igual poder de,
embora
morto, poder viver,
e nunca a
morte me assustaria.
Depois, tenta ler a cantiga de escárnio e
maldizer, de Pero da Ponte, «Quen a sesta
quiser dormir», na p. 60. Para perceberes o sentido geral, usa o glossário e lê
a seguinte síntese (tirada do site de Cantigas
Medievais Galego-Portuguesas):
Pela canícula, depois de se ter almoçado
convenientemente noutro lado, sabe bem fazer a sesta na cozinha de um infanção:
sem lume aceso e sem moscas (não há géneros alimentícios), é o lugar ideal.
«Roi Queimado
morreu com amor»
|
parodia a ação de uma personagem,
|
na medida em
que satiriza o facto de o trovador Rui Queimado . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . ., para o que
estabelece a situação absurda de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
|
«Quen a sesta
quiser dormir»
|
faz crítica «social» ou de costumes,
|
na medida em
que ilustra com um caso específico — um «infançon» que . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . — o que seria uma circunstância comum: os .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
|
Em «Relato de engate» (Lopes da Silva) reúnem-se os dois tipos de sátira: paródia ao machista-gabarola (que, afinal, exerce a sua
sedução . . . . . . . . . . . . . . . . .); crítica às conversas de colegas de escritório
invariavelmente sobre . . . . . . . . .
. . . . . . . . muito efabuladas.
Lê «O país onde a maledicência é melhor que o
silêncio» (pp. 61-62).
No final, prossegue o texto ainda mais
um ou dois parágrafos.
Num primeiro parágrafo não poderás usar a letra a.
Se tiveres tempo para chegar a um segundo parágrafo,
passarás a não usar a letra e (mas voltando a poder usar o a).
.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
No passo que vamos ver de A história da minha vida há um contraste
entre os livros que Raphaël escreve para outros, enquanto tarefa profissional,
e o livro que quer assinar como escritor e que pretende tenha valor literário.
Resume a opinião que cada uma das
personagens tem acerca da biografia de Kevin encomendada a Raphaël e do romance
— ou romances — com que Raphaël se quer estrear como escritor «ortónimo» (ou
‘escritor com o seu exacto nome’).
Livros
|
Autobiografia de Kevin
(Direto
ao assunto)
|
Romance(s) de Raphaël
|
Opinião de...
|
||
Kevin
|
O
estilo está demasiado __. Defende que não há __ para se escrever uma
autobiografia e pretende que em cada capítulo haja ___ estilo.
|
[Não leu]
|
Claire
|
Embora
o estilo de escrita (a forma) seja um tanto ___, o que se relata é ___.
|
Está
___, mas ainda são apenas as cem páginas iniciais. Raphaël não terá ___ o
suficiente para poder fazer um bom romance.
|
Muriel
|
[Não leu]
|
É
um livro ___. Falta-lhe ___, há demasiada técnica. Sugere que Raphaël escreva
outro.
|
Raphaël
|
O
estilo de uma autobiografia (como a que escreve para Kevin) deve obedecer a
certas «noções de ___».
|
Está
___ quanto ao seu valor como escritor «literário», mas tem ___ de que a
avaliação seja encomiástica.
|
TPC — Com as iniciais dos teus nomes, escreve formas verbais nas pessoas e
tempos que indico (só escolhi tempos simples). Se, por teres um nome grande, a
lista de tempos se esgotar, continua com infinitivos impessoais. No exemplo,
usei o nome completo de Fernando Pessoa e só lancei os verbos para as três
primeiras letras. Para se perceber melhor, comecei a pôr ao lado o meu nome, embora
resolvesse apenas o primeiro verbo. Escolhe sempre verbos diferentes e, de
preferência, que tenham alguma coisa a ver contigo. Cumpre as pessoas, tempos e
modos exatamente na ordem que é dada no exemplo de fernando antónio nogueira pessoa. Faz o trabalho numa folha
solta. E passa a usar o verso desta folha como modelo para conjugações.
Em Gaveta de Nuvens está link para uma base
morfológica (http://www.iltec.pt/mordebe/)
onde se pode consultar a flexão de qualquer verbo. Basta escrever o nome do
verbo, clicar em «pesquisa» e obtém-se a conjugação dos tempos simples. Nesta
base morfológica pode também ver-se que palavras têm determinado prefixo ou
sufixo ou que palavras incluem determinada sequência.
Aula 33-34 (13
[2.ª, 3.ª, 5.ª], 14 [4.ª], 16/nov [9.ª]) Correção do tepecê com frases com «Lembro-me
que».
Vai
lendo os textos nas pp. 76 e 77, já relativos à unidade em torno de Fernão
Lopes, e, em cada item, circunda a alínea melhor.
João de Melo, «Da história à literatura» (p. 76)
ll. 1-13
Nas ll.
1-6, assume-se que o Mestre de Avis
a) se
notabilizou como rei de Portugal e, por isso, Fernão Lopes se não ocupou dele.
b)
ficou célebre por ter sido rei de grande mérito, mas que o que dele diz Fernão
Lopes já o tornaria notável.
c) se
distinguiu como rei mas que Fernão Lopes, por isso mesmo, evitou referi-lo nas
suas crónicas.
d) não
foi um grande rei, embora tivesse sido celebrizado na Crónica de El-Rei D. João I.
A
anáfora «ele» (l. 7) tem como referente
a)
«Fernão Lopes» (l. 4).
b) «o
Mestre de Avis» (l. 3).
c) «cronista-historiador»
(l. 7).
d) «outro
cronista-historiador» (l. 7).
O
pronome presente em «fá-lo» (l. 12) tem como referente
a)
«Fernão Lopes» (l. 4).
b)
«quem o lê» (l. 12).
c)
«ele» (l. 7).
d) «[o]
autor» (l. 12).
ll. 14-26
Segundo
o cronista de «Da história à literatura», aderimos ao que nos é contado por
Fernão Lopes
a) por
causa da vivacidade da sua escrita e da sua objetividade enquanto historiador.
b) por
causa da emoção na sua escrita e por sermos quase convidados a viver os
episódios em questão.
c)
porque o texto histórico de Fernão Lopes é realista e imparcial.
d)
porque a sua prosa trata de temas sentimentais e ele é «opinioso».
ll. 27-44
No
apuramento da verdade histórica, Fernão Lopes usa
a)
fontes escritas e testemunhos orais.
b)
sobretudo fontes documentais escritas.
c)
depoimentos fornecidos de viva voz pelos protagonistas dos feitos relatados.
d)
wikipédia, google, Correio da Manhã,
«Mais bastidores».
Relativamente
aos factos, Fernão Lopes
a)
consegue ser neutral, claro, seco.
b) usa
de cientificidade investigativa, o que o torna precursor da historiografia
moderna.
c) é
menos interessante nos dias de hoje do que quanto às capacidades literárias.
d)
revela-se inútil atualmente, dado que foi sobretudo criador, opinativo, embora independente do
poder.
ll. 45-49
Fernão
Lopes teria dado voz
a) ao
povo.
b) às
multidões da «arraia miúda» que é o povo.
c) à
miúda que, promiscuamente, anda com o povo.
d) às
suspeitas do povo.
Henrique Monteiro, «Um cronista militante» (p. 77)
ll. 1-9
Segundo
as ll. 5-9, o «eu» de «Um cronista militante»
a) só a
partir do século XIV começou a conhecer as séries de televisão.
b) só
depois do século XIV estudou algo tão movimentado como as séries de cowboys.
c) só
com o estudo da Crónica de D. João I
conheceu narrativas com tanta ação como as séries de televisão.
d) só
com o começo da televisão a cores conheceria algo de mais movimentado que a Crónica de D. João I.
ll. 10-16
O
narrador de «Um cronista militante»
a)
teria estudado já as epopeias antigas, mas Fernão Lopes marcou-o mais.
b) viria
a ser mais marcado por autores da antiguidade, mas, naquela altura, foi Fernão
Lopes que o estimulou.
c) só foi
marcado por Fernão Lopes, independentemente de as epopeias antigas serem ou não
estudadas.
d) não
gostou do estudo dos poemas de Homero e de Virgílio, ao contrário do dos textos
de Lopes.
ll. 17-28
O modificador
«na altura» (l. 20) corresponde
a) a
«pelos anos de 1383» (l. 20).
b) a há
mais de seiscentos e trinta anos.
c) ao
cimo dos «torreões da Sé» (l. 27).
d) à
época em que contactou com a literatura de Fernão Lopes.
ll. 29-40
Segundo
o jornalista, Fernão Lopes
a) era
bastante faccioso, embora o escondesse bem.
b) era
imparcial, independente, justo.
c) não
se coibia de ser um pouco parcial no seus juízos, como na adoração por D. João
I de Castela.
d) não
enganava ninguém, tinha as suas preferências (segundo padrões atuais da
historiografia, seria um cocó de cão).
ll. 41-52
O
conhecimento histórico acumulado após a época de Fernão Lopes mostrará que o
cronista
a) teve
sempre razão.
b) era
secante mas certeiro nos seus juízos.
c) foi
o Jorge Jesus da historiografia (exaltante, vibrante, mas com visão
circunscrita a uma perspetiva, com as limitações da sua geração).
d) nem
sempre foi claro e simples, apesar de exaltante, vibrante, patriótico.
Os
períodos começados por «Que» (ll. 42-52) são
a)
parágrafos.
b)
complemento direto de «sabemos» (l. 41).
c) de
tipo instrucional.
d) de
tipo descritivo.
ll. 53-56
O
pronome «algo» (l. 53) tem como referente
a)
«seja como for» (l. 53).
b) «que
ninguém lhe tira» (l. 53).
c) todo
o segmento que ocupa as linhas 54-56.
d) «o
modo tão belo e empolgante como relata uma situação» (ll. 54-55).
Escreve as formas verbais com o
pronome correspondente ao complemento que sublinhei e com a colocação
correta (próclise, mesóclise, ênclise, consoante a situação).
Devoraremos
três javalis
|
|
Copiarias
o teste de Matemática
|
|
Plagiavas
a investigação de Inglês
|
|
Esquartejaste
os répteis
|
|
Papas a
papinha, bebé bué fofo
|
|
As bossas
tinham Super Sumo a rodos
|
|
Os
realizadores pediram os retratos nus
|
|
Tinhas
escondido as cábulas de Filosofia
|
|
— Viram-me
em Bruxelas — perguntou Puigdemont
|
Puigdemont
perguntou se
|
Esbofeteai-o
|
Não
|
Comiam as
tripas quando chovia
|
Quando
chovia,
|
Destruirão
o armamento de Tancos
|
|
Bebam essa
zurrapa
|
Peço-lhes
que
|
O
tema «Carta», do grupo Toranja, está incluído no primeiro álbum da banda, Esquissos, de 2003. Escuta o texto e,
logo à primeira audição, tenta completar os espaços em branco com as palavras
em falta.
Não
falei contigo
com
medo que os ___ (1)
e
vales que me achas
___
(2) a teus pés...
Acredito
e entendo
que
a ___ (3) lógica
de
quem não quer explodir
faça
bem ao ___ (4) que és...
Saudade
é o ___ (5)
que
vou sugando e aceitando
como
___ (6) de verão
nos
___ (7) do teu beijo...
Mas
sinto que sabes
que
sentes também
que
num dia maior
serás
___ (8) sem rede
a
pairar sobre o ___ (9)
e
tudo o que vejo...
É
que hoje acordei e lembrei-me
que
sou ___ (10) feiticeiro
Que
a minha bola de ___ (11)
é
___ (12) de papel
Nela
te pinto nua
numa
___ (13) minha e tua.
Desconfio
que ainda não reparaste
que
o teu ___ (14) foi inventado
por
___ (15) estragados
aos
quais te vais moldando...
E
todo o teu ___ (16) estratégico
de
___ (17) do coração
são
___ (18) como paredes e tetos
cujos
___ (19) vais pisando...
Anseio
o dia em que acordares
por
cima de todos os teus ___ (20)
raízes
____ (21) de somas ____ (22)
sempre
com a mesma solução...
Podias
deixar de fazer da vida
um
___ (23) vicioso
___
(24) ao teu gesto ____ (25)
e
à palma da tua mão...
É
que hoje acordei e lembrei-me
que
sou ___ (26) feiticeiro
Que
a minha bola de ___ (27)
é
___ (28) de papel
E
nela te pinto nua
Numa
____ (29) minha e tua.
Desculpa
se te fiz ____ (30) e noite
sem
pedir ___ (31) por escrito
ao
___ (32) dos Deuses...
mas
não fui eu que te ___ (33).
Desculpa
se te usei
como
____ (34) dos meus sentidos
pedaço
de ___ (35) perdidos
que
voltei a encontrar em ti...
É
que hoje acordei e lembrei-me
Que
sou ___ (36) feiticeiro...
...
nela te pinto nua
Numa
___ (37) minha e tua.
Ainda
___ (38) alguém
O
___ (39) passou-me ao lado
Ainda
____ (40) alguém
Se
não te deste a ninguém
magoaste
alguém
A
mim... passou-me ao lado.
Letra
e música de Tiago Bettencourt [Exercício tirado
de Expressões, 10.º ano, 2011.]
Embora os Toranja nada
tivessem que ver com literatura medieval, neste poema, «Carta», podemos
encontrar características aproximáveis das das cantigas de amigo, das das
cantigas de amor, das das cantigas de escárnio e maldizer.
Desenvolve esta tese
(que podes também contraditar), num comentário com cerca de cento e cinquenta
palavras.
A caneta.
. . . . . . . . . . . .
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TPC — Recorrendo, ou não, a um dicionário, encontra um
verbo interessante (pouco usual, complicado, engraçado na sua sonoridade,
extenso, etc. — enfim, um verbo que, por algum motivo, consideres simpático ou
original). Escreve toda a sua flexão, incluindo tempos simples e compostos.
Aproveita para veres bem a folha com um modelo de flexão («Fazer») dada na aula
31-32 e para te ires familiarizando com a conjugação dos verbos. Transcreve também o
essencial do verbete do dicionário relativo ao verbo escolhido. Este tepecê tem
de ser escrito à mão, em folha a entregar-me depois.
Aula 35-36 (14
[2.ª, 3.ª], 16 [5.ª, 4.ª], 22/nov [9.ª]) Correção do comentário feito na aula
anterior («Carta» vs. cantigas
trovadorescas). Explicação sobre verbos defetivos, impessoais, unipessoais,
abundantes; conjugações.
Continuamos o estudo da flexão
verbal. Completa:
Um
verbo é _____ {regular/irregular}, quando segue o modelo da sua
conjugação (a primeira, de tema em a;
a segunda, em ___; a terceira, em ____). Se o verbo apresentar modificações no
radical (exemplo: «ouço», apesar de
«ouvir») ou na flexão das pessoas
(«estou» [cfr. «cantas»]; «estás» [cfr. «cantas»]), é
_____.
Verbos
_____ {impessoais/unipessoais/defetivos} são os que, na sua flexão, não se apresentam em algumas
pessoas ou tempos (por exemplo, os verbos «abolir» e «falir» não têm 1.ª pessoa
do singular do _____ do Indicativo).
Há
também verbos _____ {impessoais/unipessoais/defetivos} — exemplo: «chover», «haver», «amanhecer» —, que são os
que não têm _____ {sujeito/pessoa/tempos}.
Há
ainda os verbos ____ {impessoais/unipessoais/defetivos}, os que, dado o seu sentido, só se costumam usar na ____
pessoa (exemplo: «cacarejar», «grasnar»).
Por
fim, pode igualmente aparecer o termo «verbo abundante», que designa os verbos
que têm mais que uma forma possível (em geral, duas formas no _____ —
«pago»/«pagado»; «aceite»/«aceitado» —, ou, mais raramente, em outros tempos:
«ele ____»/«ele construi»; «comprazesse»/«comprouvesse»; «requere»/«requer»; «___»/«dize»).
Completa, depois de
veres os sketches da série Lopes da
Silva:
Em «Debate sobre malbaratar», a estranheza de certas
formas verbais não se deve apenas aos seus sons — como diz o comentador que, a
dada altura, intervém —, antes se pode atribuir ao facto de se tratar de verbos
que, na língua atual, se fossilizaram em poucas expressões _____ {idiomáticas/idiotas}, em fórmulas circunscritas a registos e contextos específicos
(«alijar responsabilidades»; «colmatar falhas»; «enveredar por maus _____ ou
por uma carreira»; «untar as mãos»). Acabamos por estranhar a flexão desses
verbos, sempre que surjam fora daquelas frases feitas e, ainda por cima, em
diálogo (em registo literário, seria diferente). Sem as palavras que os
costumam acompanhar, esses verbos parecem-nos quase _____ {agramaticais/corretos}.
Em «Não faleci nada», o caso é parecido. O verbo
«falecer» não é defetivo (tem as várias pessoas e tempos), mas, utilizado como
verbo intransitivo e em situação de conversa banal, a sua flexão na ____ e na
____ pessoas do Pretérito ____ do ____ («faleci», «faleceste») torna-se
inverosímil.
Há vantagens em conhecer os três tempos ____ {primitivos/derivados}, uma vez que estes nos permitem chegar à flexão dos
tempos ____ {primitivos/derivados}.
Nas tabelas seguintes, preenche as quadrículas vagas.
A cronologia a seguir usa a estrutura
da relativa a Fernão Lopes e ao seu contexto, na p. 78. As datas correspondem a
exatos seiscentos anos depois. O protagonista deixará de ser Fernão Lopes e
será o autor deste texto (tu). O contexto será o desse novo foco. Em termos de
estilo, a abordagem será semelhante à usada na cronologia do manual (mas, como
já fui fazendo, um pouco mais elaborada). Mantém-se o uso da 3.ª pessoa, é
claro.
Datas e acontecimentos
1981
Fecho
do primeiro letivo realizado na Escola Secundária de Benfica (ainda com três
blocos apenas — B, C, D — e os restantes em construção, a escola abrira as
portas em novembro de 1980). Para esta escola viria a entrar . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . anos depois . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2014
. . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2018
. . . .
. . . . . . . . . . termina o 10.º ano na Escola Secundária José Gomes
Ferreira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2027
. . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2033
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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2034
. . . .
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2038/2039
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2049
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2050
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2054
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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c. _____
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TPC — Sobre ‘Verbo’ vê o que ficará aqui. Também deves relancear
a ficha 7 do Caderno de atividades
(pp. 13-15; soluções na p. 94), que reproduzirei aqui, para o caso de não terem o Caderno. (Completa ainda a cronologia começada
em aula.)
Aula 37-38 (20
[2.ª, 3.ª, 5.ª], 21/nov [4.ª]) {nas turmas 2.ª e 3.ª esta aula quase não foi
dada (por atividades do dia da escola); na turma 9.ª, que tinha uma aula a
menos, prescindiu-se também desta sessão; o essencial será diluído em outras
aulas} Correção do questionário de compreensão dos depoimentos sobre Fernão
Lopes (pp. 76-77) — cfr. Apresentação.
Uma pergunta do exame do ano passado (2017, 1.ª
fase, grupo I-B, item 5) aproveitava uma frase de Vergílio Ferreira que lembra
a de Kevin (aliás, de Baudelaire) com que fizemos uma redação.
Responde
a esse item 5 (copiei o item 4 apenas para que se perceba o que já ficara
respondido antes).
B
Leia o texto.
Vejo o meu pai, no limite da minha infância, dobrar a porta do pátio,
com um baú de folha na mão. Vejo-o de lado, e sem se voltar, eu estou dentro do
pátio e não há, na minha memória, ninguém mais ao pé de mim. Devo ter o olhar
espantado e ofendido por ele partir. Mas alguns meses depois o corredor da casa
de minha avó amontoa-se de gente, na despedida de minha mãe e da minha irmã
mais velha que partiam também. Do alto dos degraus de uma sala contígua, descubro
um mar de cabeças agitadas e aos gritos. Estou só ainda, na memória que me
ficou. Depois, não sei como, vejo-me correndo atrás da charrete que as levava.
O cavalo corria mais do que eu e a poeira que se ia erguendo tornava ainda a
distância maior. Minha mãe dizia-me adeus de dentro da charrete e cada vez de
mais longe. Até que deixei de correr. Dessa vez houve choro pela noite adiante — tia Quina
contava, conta ainda. Mas não conta de choro algum dos meus dois irmãos que
ficavam também. Deve-me ter vibrado pela vida fora esse choro que não lembro. É
dos livros, suponho. Depois a infância recomeçou. Três irmãos, duas tias e avó
maternas, depois a vida recomeçou. Mas
toda essa infância me parece atravessar apenas um longo inverno. É um
inverno soturno de chuvas e de vento, de neves na montanha, de histórias de
terror, contadas à luz da candeia no negrume da cozinha, assombrada de
tempestade. Até que um dia um tio de minha mãe, que era padre na aldeia, se pôs
o problema de eu não ser talvez estúpido. E imediatamente se empolgou para me
consagrar ao Altíssimo.
Vergílio
Ferreira. Fotobiografia, organização de Helder Godinho
e Serafim Ferreira, Lisboa, Bertrand, 1993, p. 118
4. Vergílio
Ferreira evoca dois episódios marcantes da sua infância. Compare esses dois
episódios, apresentando um aspeto que os aproxime e um outro que os distinga.
5. «Mas toda
essa infância me parece atravessar apenas um longo inverno.» (linhas 13-14).
Explique em que medida esta afirmação, bem como a caracterização do inverno
apresentada nas linhas 14 a 16 [são as duas que se seguem], sintetizam a
perceção de Vergílio Ferreira em relação à sua infância.
. . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Relanceia a p. 326
(sobre ‘Colocação do pronome pessoal átono’; também aqui).
Aula 39-40 (21
[2.ª, 3.ª], 23/nov [5.ª, 4.ª, 9.ª]) Na p.
40 do manual está a cantiga de amigo de que Natália Correia fez a versão
modernizada que fica em baixo.
Bailemos
nós todas três, ai amigas,
debaixo
destas avelaneiras floridas
e quem for
bonita como nós bonitas,
se amigo amar,
debaixo
destas avelaneiras floridas
virá bailar.
Bailemos
nós todas três, ai irmãs,
sob este
ramo florido de avelãs
e quem for
louçã como nós louçãs
se amigo amar,
sob este
ramo florido de avelãs,
virá bailar.
Sem mais
cuidados, bailemos amorosas
debaixo
destas avelaneiras frondosas
e quem for
formosa como nós formosas,
se amigo amar,
debaixo
destas avelaneiras frondosas
virá bailar.
Natália Correia, Cantares dos trovadores galego-portugueses,
Lisboa, Estampa, 1970, p. 209
Depois de relanceados ambas os
poemas (antigo e moderno), completa as respostas às perguntas da p. 41 (as respostas estão já começadas;
não deixes de ler as perguntas):
1. Recria-se um espaço medieval da vida coletiva, o baile e as
festas populares. O baile era local privilegiado de encontro _____________.
2.1 O recetor são as ____ e o convite é à
dança, concretizado através do uso do presente do ____ («Bailemos») e da apóstrofe
«____».
3. a) ____; b) ____; c) ____.
4. As avelaneiras simbolizam a feminilidade,
a beleza e a delicadeza. A juventude e fecundidade das donzelas espelham-se nas
___ em flor.
5. O enunciador é feminino, faz referência
ao amor pelo «___»; a nível formal está presente o paralelismo.
6. O refrão é «se amigo amar/verra bailar». Reitera o convite à dança realizado nas
coblas, introduzindo a
condição «___».
7. Trata-se de uma cantiga paralelística,
constituída por ___ coblas. Cada cobla é uma quadra, com um dístico como refrão.
Note-se que o primeiro verso do refrão encontra-se intercalado entre o terceiro
e o quarto versos da ____. Tanto as quadras como o refrão têm rima monórrima.
8. Em «Bailemos nós...», o espaço «frolido» é referido a) só
nas coblas / só no
refrão, de modo a
enfatizar a época primaveril, símbolo da b)
fertilidade / infertilidade, propícia ao namoro. A jovialidade, a beleza
e a alegria das donzelas c)
enquadram-se na / contrastam com a natureza circundante. O baile, perante d) «os
amigos» / a família,
permite o contacto verbal e físico, associando-se, assim, a um ritual de
fecundidade.
Gramática,
1. a)
«___» (v. 1); b) «___» (v. 3); c) «___»
(v. 6); d)
«___» (v. 13); e) «___» (v. 13); f) «___» (v. 5);
g) «___» (v. 7); h) «___»
(v. 1); i) «___» (v. 4).
«AsCrónicas de Fernão Lopes» (da série ‘Grandes
Livros’)
Ouvidos
os primeiros dez minutos do episódio da série ‘Grandes livros’ acerca das obras
de Fernão Lopes, à esquerda destes períodos escreve V(erdadeiro) ou F(also).
Fernão
Lopes esteve ativo como escritor no século XV e a esse século pertencem os
factos que nos relata.
No
documentário, usa-se a metáfora «as Crónicas
[de Fernão Lopes] são um livro que é um país».
Em
1383, D. Fernando morreu e deixou a filha, D. Beatriz, casada com um rei
catalão, D. Puigdemont Wally.
D.
Leonor, viúva de D. Fernando, apoia a subida ao trono de D. João, de Castela.
Fernão
Lopes terá nascido em Lisboa e na década em que decorrem estes acontecimentos
que nos relata.
Durante
a revolução de 1383-85, o povo estava a favor de D. Cristiano, que preferia a
D. Sérgio Ramos.
Depois
de estudar, Fernão Lopes tornou-se taberneiro, na Taberna dos Tombos, sendo
nomeado guarda-mor em 1418.
Em 1434
é nomeado cronista-mor do reino, por D. Duarte, que o encarrega de escrever a
história dos reis de Portugal.
Ao
longo de vinte anos, Fernão Lopes terá cumprido esse objetivo, mas só chegaram
até nós as crónicas de D. Pedro, D. Fernando e D. João.
A Crónica de D. Pedro, segundo António
Borges Coelho, é a «meno rica» historiograficamente, mas é fabulosa do ponto de
vista literário.
O caso
dos amores de D. Inês de Castro é-nos relatado na Crónica de D. Fernando.
Da
relação de Pedro e Inês nasceram Dinis e João, mas, antes, já Pedro e Constança
tinham gerado o legítimo Fernando.
D.
Pedro teve ainda outro filho João, de uma outra senhora.
Fernão
Lopes, trata D. Fernando, cognominado «o feioso», elogiosamente.
O povo
gostava de Leonor Teles, mulher de Fernando, a quem chamava «princesa do povo».
D.
Beatriz casou com D. João I, de Castela, com onze anos.
Quando
D. Leonor é regente, há quatro candidatos ao trono: D. Beatriz, D. João, D.
Dinis, D. João (Mestre de Avis).
D.
João, Mestre de Avis, é convencido a matar o alegado amante da rainha-viúva,
Andeiro; e corre por Lisboa a notícia de que estavam a matar o Mestre no
Terreiro do Paço.
O Bispo
foi morto porque o povo achava que estava ao lado dos castelhanos.
No
ano seguinte, 1385, o rei de Castela cercaria Lisboa.
Vê o item 1 da p. 79, a que já fui respondendo em boa parte. Completa:
Biografia
de Fernão Lopes: 1. Data
de nascimento: __; 2. Local de
nascimento: Lisboa (talvez); 3. __; 4. Tarefa confiada por D. Duarte: escrever
a história dos reis de Portugal; 5. Data
provável da morte: após l459.
Obras de Fernão Lopes: 1.
Crónica de Pedro I (sobre reinado
deste rei); 2.
__ (sobre
reinado deste rei); 3.
Crónica de D. João I (sobre revolução de 1383-1385 e reinado
deste rei).
Figuras históricas: 1. Morre em 1383: D. Fernando; 2. Putativa rainha de Portugal: D.
Beatriz; 3. Casada com: ___; 4. Figura coletiva: ___; 5. Líder da revolução: D. João, Mestre
de Avis; 6. Filho de: ___; 7. Figura assassinada pelo Mestre: ___.
Acontecimentos históricos: 1.
O ___ revolta-se contra a vinda do rei de ___. 2. O povo aclama ___, Mestre de Avis, regedor e defensor do reino. 3. Os ____ cercam Lisboa (1384). 4. Os castelhanos levantam o ___ por
causa da peste. 5. Revela-se pela
primeira vez uma identidade nacional. 6.
Em 1385, em Coimbra, as Cortes aclamam D. João rei de Portugal. 7. Em 1385, trava-se a ___.
Características da obra de Fernão Lopes: (i) pela primeira vez, em Portugal, deu-se
a mesma importância ao povo que era dada a nobres e reis; (ii) surgem falas das
personagens em discurso direto; (iii) a focalização é feita do exterior e do
interior das personagens.
Importância atual da
leitura de Fernão Lopes:
(i) conhecer o passado para prever o futuro; marcar as origens de um
«verdadeiro» sentimento nacional; (ii) conhecer a história de um povo que não
se resigna e luta pela sua salvação em vez de se «demitir» ou de cruzar os
braços perante a adversidade.
Escreve uma exposição sobre a (importância) da dança,
fazendo, em algum momento do teu texto, uma alusão ao filme Orgulho e
Preconceito e à cantiga de amigo «Bailemos nós já todas tres, ai amigas». Cerca de 150 palavras. A
caneta.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TPC — Prepara a leitura em
voz alta dos seguintes trechos do livro (ver
tabela). Em aula, não serás chamado a ler as páginas todas mas apenas um passo
que indicarei no momento. De qualquer modo, deverás treinar todos os textos
indicados para a tua fila. E nota que «preparar» não é ler o texto no intervalo
anterior, relanceá-lo em aula pouco antes, etc. É exercitar em casa várias
vezes.
Alunos
da...
|
Trechos cuja leitura em voz alta devem preparar
|
fila 1 (a das mesas mais
próximas das janelas)
|
«2.
Luta de classes ou apego à terra?» (p. 80); «3. A arte narrativa de Fernão
Lopes» (p. 81); «Os atores individuais e coletivos» (p. 87)
|
fila 2 (aquela em que estão computador
e projetor — que ficam dispensados da leitura)
|
«A
afirmação da consciência coletiva» (pp. 95 e 96)
|
fila 3 (a que está entre a do
computador e a da parede)
|
«1.
Que mudanças marcaram a Idade Média?» (p. 25); «2. Qual o espaço social das
cantigas?» (p. 26); «3. O que é o galego-português?» (p. 27); «O que é a
lírica galego-portuguesa?» (p. 27)
|
fila 4 (a da parede — de
resto, com brecha que não nos dá grande confiança)
|
«5.
Porquê em verso?» (p. 28); «6. Quais as características desta lírica?» (p.
28); «7. Onde podemos encontrar as cantigas?» (p. 29); «Cantigas de escárnio
e maldizer» (p. 63)
|
Entretanto,
nos próximos dias, espero pôr em Gaveta
de Nuvens as instruções para a tarefa «grande» deste período (que envolverá
algum tipo de gravação) — já estão aqui.
Aula 41-42 (27 [2.ª, 3.ª, 5.ª], 28 [4.ª], 29/nov]) Correções de
trabalhos que se entregavam (ver
Apresentação).
Processos irregulares de formação de
palavras
Além dos processos regulares (ou morfológicos) de formação de palavras, arrumáveis grosso modo em derivação e composição
(cfr. pp. 319-320) — que já conhecerás mas que reveremos um dia destes —, no
domínio da formação de palavras temos de contar ainda com os chamados
«processos irregulares» («neológicos» ou «de inovação lexical»), que é menos
seguro tenham sido muito abordadas no 3.º ciclo.
Vamos, portanto, até à p. 99. Vê as seis definições, e
respetivos exemplos, no ponto 2, «Processos
irregulares de formação de palavras». (Acrescentarei eu a cunhagem, a criação de palavras por
pura invenção, a partir do nada, e a onomatopeia,
que já conhecemos) Depois lança no quadro as palavras seguintes (cada
quadrícula ficará com uma, duas ou três palavras).
navegar (na net) | coaxar | tiquetaque
| nega (‘nota negativa’) | ESJGF | pizza
| ovni | espanglês | CEE | scanear | otorrino | besidróglio | chumbo
(‘reprovação’) | zoo | CRE | burquíni
Processos de neologia
|
Exemplos
|
Extensão semântica
|
|
Empréstimo
|
|
Amálgama (ou palavra entrecruzada)
|
|
Sigla
|
|
Acrónimo
|
|
Onomatopeia
|
|
Truncação (ou redução)
|
|
Cunhagem
|
Depois de vermos «Novo
dicionário» (série Barbosa), preenche a coluna ‘classe’ e as lacunas do texto
que se segue.
Neologismo
|
Significado
|
Classe
|
Abonação
|
feni
|
‘irritado
por causa da meia que resvalou para debaixo do calcanhar’
|
«Eu hoje
estou completamente feni»
|
|
poete
[poe:te]
|
‘frustrado
por não ter encontrado leite no frigorífico’
|
«Fiquei
mesmo poete»
|
|
[não consigo grafar]
|
‘frustrado
por não ter encontrado sumo no frigorífico’
|
adjetivo
|
«Agora é
que eu fiquei mesmo [?]»
|
brenaca
|
‘[algum
sítio feio]’
|
«Vá para
o brenaca»
|
|
baúte
|
[também não convém definir]
|
«Pegue no
baúte e enfie-o no aúba»
|
|
aúba
|
As palavras propostas por Juvenal Barbosa aproveitam
pouco o léxico já existente. Poderiam esses neologismos seguir os processos
descritos na p. 99 do manual, mas isso não acontece. O Dr. Juvenal usa
sobretudo a cunhagem, um processo também de neologia, mas bastante raro. Ainda
por cima, as palavras cunhadas
costumam ser criadas segundo os padrões da língua em que se vão integrar, o que
não sucede com duas das palavras de Juvenal (a que nem conseguimos grafar e a
que tem um alongamento numa das vogais).
Se
houvesse em outras línguas palavras tão específicas como pretende, o linguista-afinal-físico-químico
poderia importá-las (seriam ___, mais ou menos adaptados ao padrão português —
e, na fase em que estivessem a ser introduzidos, chamar-lhes-íamos, quase
pejorativamente, ___).
Se
preferisse as _____ — designadas também palavras
entrecruzadas —, Juvenal poderia juntar o início de «irritação» e o final
de «peúgo», formando o adjetivo «____», que serviria para ‘irritado com as
meias que descaem no calcanhar’.
Para
o impropério com que termina o diálogo — «Vai para o brenaca» — era aceitável
um ___ ou uma ___ (às vezes, eufemística e ironicamente substituem-se as
ordinarices por iniciais).
Uma
das criações de Juvenal, o adjetivo correspondente à frustração por não haver
sumo no frigorífico, talvez se possa considerar uma _____, na medida em que
parece basear-se num som ligado à surpresa desagradável de não haver o que se
procura.
Poderia
ainda Juvenal ter recorrido à _____ (passamos a usar uma palavra num contexto
tão diferente do original, que, na verdade, se trata também de um neologismo).
«Estou _____ {pensa tu num adjetivo}»
inclui um adjetivo que, por metáfora, daria satisfatoriamente a noção de ‘estar
frustrado por não encontrar leite’.
Apuramento da
constituição dos potes de um futuro sorteio da Liga dos Campeões
10.º 2.ª
Fila da janela
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Afonso
|
Paulo
|
||||
Toni
|
Amaral
|
||||
Sebastião
|
Carolina
|
||||
Ricardo
|
Henrique
|
Segunda fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Ângelo
|
Guilherme A.
|
||||
Francisco B.
|
Pedro Torrado
|
||||
João F.
|
João Cardoso
|
Terceira fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Diogo M.
|
João A.
|
||||
João Pedro
|
Cola
|
||||
João S.
|
Marta
|
||||
Miguel Brito
|
Camily
|
Fila da parede
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Miguel C.
|
Francisco A.
|
||||
Diogo S.
|
Pedro P.
|
||||
Guilherme V.
|
Cabo
|
||||
Pedro F.
|
Ivo
|
10.º 3.ª
Fila da janela
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Afonso
|
Margarida O.
|
||||
Consti
|
Carolina
|
||||
Lúcia
|
Mafalda
|
||||
Miguel
|
Nicole
|
Segunda fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Ana
|
Beatriz Pardal
|
||||
Margarida T.
|
Margarita
|
||||
Pedro
|
Sofia
|
Terceira fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Beatriz B.
|
Beatriz E.
|
||||
Eduardo
|
Inês C.
|
||||
Maria João
|
Matilde P.
|
||||
Edu
|
Duarte
|
Fila da parede
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Bernardo
|
Carlota
|
||||
Francisco
|
Inês S.
|
||||
Matilde C.
|
|||||
Teresa
|
10.º 5.ª
Fila da janela
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Ana S.
|
Ana J.
|
||||
Ângela
|
João F.
|
||||
Beatriz P.i
|
Beatriz P.a
|
||||
Fred
|
Beatriz E.
|
Segunda fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Carolina
|
Elisa
|
||||
Bernardo
|
Guilherme
|
||||
Grego
|
Maia
|
Terceira fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Maria
|
Natacha
|
||||
Mafalda
|
Leonor
|
||||
Luísa
|
João R.
|
||||
Rodrigo
|
Fila da parede
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Sara Filipa
|
Tomás
|
||||
Sara
|
Pedro S.
|
||||
Soraia
|
Tiago
|
||||
Pedro R.
|
10.º 4.ª
Fila da janela
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Afonso
|
André
|
||||
Fábio
|
Francisca
|
||||
João G.
|
João S.
|
||||
Francisco
|
Segunda fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Clara
|
D. Botea
|
||||
Rodrigo
|
Laura
|
||||
Margarida
|
Inês O.
|
Terceira fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Daniel V.
|
Diana
|
||||
Gonçalo
|
Hugo
|
||||
Leonor
|
Lourenço
|
||||
Pedro
|
Tomás
|
Fila da parede
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Emilly
|
Eduardo
|
||||
Inês P.
|
Joana
|
||||
Madalena
|
Mafalda
|
||||
10.º 9.ª
Fila da janela
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Adriana M.
|
Guilherme
|
||||
Luísa
|
Beatriz B.
|
||||
Beatriz M.
|
Carolina D.
|
||||
Catarina
|
Daniela
|
Segunda fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Leonor
|
Lúcia
|
||||
Afonso
|
|||||
Diogo
|
Francisco
|
Terceira fila
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Margarida A.
|
Margarida P.
|
||||
Margarida V.
|
Mariana S.
|
||||
Marta
|
Mariana M.
|
||||
Pedro
|
Miguel
|
Fila da parede
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Aluno
|
Nota minha
|
Nota do mestre
|
Soraia
|
Raquel
|
||||
Carolina C.
|
Jónatas
|
||||
Marcus
|
Tiago
|
||||
Adriana F.
|
Ivânia
|
Vai
trazendo agora esta folha.
TPC — Em Gaveta de Nuvens vê as instruções da tarefa de gravação com poesiatrovadoresca, que me deve ser enviada até dia 6 de dezembro (turmas 2.ª,
3.ª, 5.ª) ou até dia 8 (4.ª e 9.ª). Lê bem essas instruções. Se houver
dificuldades — de pronúncia de palavras, de compreensão de alguma das regras
que indico, até de técnica (embora seja bastante incompetente quanto a isso) —,
pede-me ajuda.
Aula 43-44 (28
[2.ª, 3.ª], 30/nov [5.ª, 4.ª, 9.ª]) Correções de trabalhos que se
entregavam (ver Apresentação).
O sketch «Encorning» (série
Fonseca) ridiculariza um hábito que encontramos nas profissões em que convém
parecer muito atualizado: o uso despropositado de palavras inglesas. Por vezes,
o anglicismo é mesmo necessário para
referir conceitos para que não há equivalente em português; mas, em muitos
outros casos, usa-se o estrangeirismo
apenas para conferir ao que se diz uma aparência de modernidade.
O ridículo da situação
vem destas características:
(i) exagero do
número de anglicismos proferidos em todas as falas;
(ii) a partir
de certa altura, as personagens, passarem a dizer supostos estrangeirismos
(constituídos por palavra portuguesa + ing);
(iii) num
momento quase final, essas falsas palavras inglesas serem derivadas a partir de
palavras portuguesas de nível popular (+ sufixo inglês -ing).
Depois de veres o sketch,
entre as palavras que transcrevi na tabela, distingue:
(1)
anglicismos propriamente ditos;
(2) falsos
anglicismos, criados a partir de palavras portuguesas de nível corrente;
(3) falsos
anglicismos, inventados a partir de palavras portuguesas de nível popular.
anglicismo
|
tradução / palavra verdadeira
|
anglicismo
|
tradução / palavra verdadeira
|
||
downsizing
|
1
|
abaixamento
|
raspaneting
|
||
merchandising
|
promoção
|
preguicing
|
|||
factoring
|
cobrança de créditos por
intermediário
|
desautorizing
|
|||
outsourcing
|
subcontratação externa
|
respeiting
|
|||
holding
|
sociedade gestora de
participações sociais
|
retracting
|
2
|
retra[c]tar ('desdizer')
|
|
benchmarking
|
avaliação relativamente à
concorrência
|
sarilhing
|
|||
marketing
|
mercadologia
|
encorning
|
|||
leasing
|
aluguer de bens
|
aldrabing
|
|||
renting
|
aluguer
|
lixating
|
|||
upgrading
|
atualização
|
enxerting
|
|||
networking
|
ligação em rede
|
larguing
|
|||
[outsourcing]
|
subcontratação externa
|
desculping
|
|||
encorning
|
melhoring
|
||||
despeding
|
geraling
|
||||
viding
|
filhodaputing
|
3
|
filho da puta
|
Algumas das palavras
que integrámos no tipo 1 podem considerar-se já verdadeiros empréstimos (mais do que estrangeirismos temporários). Se
admitíssemos o critério de os empréstimos já estarem dicionarizados e os
estrangeirismos não, diríamos serem ainda meros estrangeirismos _____, _____,
_____, já que encontro as outras palavras no Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto Editora).
O protagonista de
«Polícia que se quer vestir de mulher» (série Fonseca) usa alguns empréstimos e
estrangeirismos. São, em geral, palavras relacionadas com a moda. Põe nas duas
primeiras colunas a tradução ou o empréstimo que ouviste. Na terceira coluna,
decide entre «anglicismo» ou, se a palavra vier do francês, «galicismo». Por
fim, à esquerda da primeira coluna, ordena (1-6) as palavras segundo o grau de
integração no português (de empréstimo quase já não reconhecível como tal — e,
claro, dicionarizado há muito — até ao estrangeirismo raramente ouvido).
Empréstimo/Estrangeirismo
|
Significado / Tradução
|
Origem | étimo
|
tailleur
|
_____________________
|
galicismo
| tailleur
|
chapéu com abas largas e leves
|
_________ _ | capeline + «chapelina»
|
|
cosméticos aplicados para embelezar
|
___________ | maquillage
|
|
_____________________
|
anglicismo
| gloss
|
|
mulher ordinária, promíscua
|
___________ | slut
|
|
espécie de «cachecol» largo
|
___________ | écharpe
|
Relativamente
às palavras ou expressões em «Indivíduo que é javardola, menos quando fala
francês» (Lopes da Silva), adivinha se estão dicionarizadas e, nesse caso, dá
palpite sobre as grafias com que a palavra foi registada em dois dicionários (o
português Grande Dicionário Língua
Portuguesa e a edição brasileira do Dicionário
Houaiss).
GDLP (Porto Ed.)
|
Houaiss brasileiro
|
étimo
|
|
Galicismos
(francesismos)
|
Ø
|
partenaire
|
|
lingerie
|
lingerie
|
||
soutien-gorge / sutiã
|
soutien-gorge
|
||
réveillon
|
réveillon
|
||
champanhe
|
champagne
|
||
chantilly / chantili
|
chantilly
|
||
marquise
|
marquise
|
||
croissant
|
croissant
|
||
roulotte
/ rulote
|
roulotte
|
||
tricô
|
tricot
|
||
ménage à trois
|
ménage
à trois
|
||
Anglicismos;
termos
ingleses
|
timing
|
timing
|
|
feedback
|
feedback
|
||
OK
|
o.k.
|
o.k.
(oll korrect)
|
|
Ø
|
boxer
shorts
|
||
Ø
|
[Manchester
United]
|
||
Ø
|
[Bobby
Charlton]
|
TPC — Repito a importância de ler bem Instruções para tarefa degravação com poesia trovadoresca. (Prazos: até dia 6 [turmas 2.ª, 3.ª, 5.ª];
até dia 8 [turmas 4.ª e 9.ª].)
Aula 45-46 (4 [2.ª, 3.ª, 5.ª], 5
[4.ª], 6/dez [9.ª]) Correções.
Resolve
os itens 1, 2, 3 de ‘Consolida’, na p. 99 do manual. (Marquei com asterisco alguns
exemplos escolhidos pelo manual que me parecem um pouco discutíveis.)
1.
a) TAP — ...
*b) cibernauta — ...
c) planta (áreas da
arquitetura e da flora) — ...
*d) mota — ...
e) quilo — ...
*f) Quim — ...
g) UEFA — ...
h) spa — ...
i) super (mercado) — ...
*j) setor — ...
k) anoraque — ...
l) vírus (áreas da medicina
e da informática) — ...
m) SAPO — ...
n) portunhol — ...
o) esparguete — ...
p) estéreo — ...
2. [Podes usar alguns destes termos: «descarregar»,
«estúpido cocó de cão», «sem fios», «resultado», «almofada de ar», «ramalhete»,
«saber fazer», «loção de barbear», «sítio», «elegante», «sim», «homem», «gosto»,
«gomas», «procrastinar», «pós-barba»].
a) know-how — ...
b) bouquet — ...
c) site — ...
d) download — ...
e) airbag — ...
f) ya — ...
g) man — ...
h) chique — ...
i) like — ...
j) aftershave — ...
k) wireless — ...
l) score — ...
3.
a) robótica — ...
b) motel — ...
*c) cibernauta — ...
Pré-eliminatória de apuramento para
a Liga dos Campeões de Leitura em voz alta (3.ª parte).
Reescrita de texto inicial da p. 83
(Crónica de D. João), por mudança de
contexto
Reescreve o texto cronístico na p.
83, transpondo o registo linguístico e a ação para a atualidade (em vez dos do século
XIV) e — em vez de paço-nobreza —, para um contexto de praia ou aldeia
piscatória, desporto, música, gastronomia, escola ou universidade, hospital, polícia,
quadrilha ou gang, moda, teatro, cinema, etc. Personagens,
cenário, … mudam. Esquema de ações não se alterará tanto.
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TPC — Podes estudar esta
matéria em Gaveta de Nuvens (em
‘Processos irregulares de formação de palavras’); e, no Caderno de Atividades, podes estudar a ficha 5 (pp. 9-10; soluções
nas pp. 93-94), que também copio aqui.
Aula 47-48 (5 [2.ª, 3.ª], 7/dez [4.ª,
5.ª, 9.ª]) Segue-se uma versão simplificada do trecho do capítulo 11 da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes,
que temos também no manual, pp. 83-85.
Já lemos, e ouvimos, a parte que está deste lado da
folha. Vai lendo o que falta (a página seguinte, no fundo) e escrevendo o
resumo na folha que também tens à tua frente. Já aí está o resumo da parte que víramos
na última aula. Lê-o e prossegue tu com o resumo dos primeiros cinco parágrafos
da página seguinte (ou seja, entre «Ali eram» e «quisessem»).
Do alvoroço que foi na
cidade cuidando que matavam o Mestre, e como lá foi Álvaro Pais e muitas gentes
com ele
O
pajem do Mestre, que estava à porta, como lhe disseram que fosse pela vila,
segundo já era percebido, começou de ir rijamente a galope, em cima do cavalo
em que estava, dizendo altas vozes, bradando pela rua:
—
Matam o Mestre! Matam o Mestre nos paços da rainha! Acorrei ao Mestre que
matam!
E
assim chegou a casa de Álvaro Pais, que era dali grande espaço.
As
gentes que isto ouviam saíam à rua ver que coisa era. E, começando de falar uns
com os outros, alvoroçavam-se nas vontades e começavam de tomar armas, cada um
como melhor e mais asinha podia.
Álvaro
Pais, que estava prestes e armado com uma coifa na cabeça, segundo usança
daquele tempo, cavalgou logo à pressa, em cima de um cavalo que anos havia que
não cavalgara, e todos seus aliados com ele, bradando a quaisquer que achava,
dizendo:
—
Acorramos ao Mestre, amigos! Acorramos ao Mestre, ca filho é de el-rei D.
Pedro!
E
assim bradavam ele e o pajem, indo pela rua.
Soaram
as vozes do ruído pela cidade, ouvindo todos bradar que matavam o Mestre. E,
assim como viúva que rei não tinha, e como se lhe este ficara em logo de
marido, se moveram todos com mão armada, correndo à pressa para onde diziam que
se isto fazia, para lhe darem vida e escusar morte.
Álvaro
Pais não quedava de ir para lá, bradando a todos:
—
Acorramos ao Mestre, amigos! Acorramos ao Mestre que matam sem porquê!
A
gente começou de se juntar a ele e era tanta, que era estranha coisa de ver.
Não cabiam pelas ruas principais e atravessavam lugares escusos, desejando cada
um de ser o primeiro; e, perguntando uns aos outros «quem matava o Mestre?»,
não minguava quem respondesse que o matava o conde João Fernandes, por mandado
da rainha.
E,
por vontade de Deus, todos feitos de um coração, com talente de o vingar, como
foram às portas do paço, que eram já cerradas, antes que chegassem, com
espantosas palavras, começaram de dizer:
—
Onde matam o Mestre? Que é do Mestre? Quem cerrou estas portas?
Ali
eram ouvidos brados de desvairadas maneiras. Tais aí havia que certificavam que
o Mestre era morto, pois as portas estavam cerradas, dizendo que as britassem
para entrar dentro, e veriam que era do Mestre ou que coisa era aquela.
Uns
deles bradavam por lenha e que viesse lume, para porem fogo aos paços e queimar
o traidor e a aleivosa. Outros se aficavam pedindo escadas para subir acima,
pera verem que era do Mestre. E em tudo isto era o ruído tão grande, que se não
entendiam uns com os outros, nem determinavam nenhuma coisa. E não somente era
isto à porta dos paços, mas ainda ao redor deles por onde homens e mulheres podiam
estar. Umas vinham com feixes de lenha, outras traziam carqueja para acender o
fogo, cuidando queimar o muro dos paços com ela, dizendo muitos doestos contra
a rainha.
De
cima, não minguava quem bradasse que o Mestre era vivo e o conde João Fernandes
morto. Mas isto não queria nenhum crer, dizendo:
—
Pois se vivo é, mostrai-no-lo e vê-lo-emos.
Então
os do Mestre, vendo tão grande alvoroço como este, e que cada vez se acendia
mais, disseram que fosse sua mercê de se mostrar àquelas gentes; de outra guisa
poderiam quebrar as portas, ou lhes pôr o fogo; e, entrando assim dentro por
força, não lhes poderiam depois tolher de fazer o que quisessem.
Ali
se mostrou o Mestre a uma grande janela que vinha sobre a rua, onde estava
Álvaro Pais e a mais força de gente, e disse:
—
Amigos, pacificai-vos, ca eu vivo e são sou, a Deus graças.
E
tanta era a turvação deles e assim tinham já em crença que o Mestre era morto,
que tais havia aí que aperfiavam que não era aquele; porém, conhecendo-o todos
claramente, houveram grande prazer quando o viram, e diziam uns contra os
outros:
—
Oh, que mal fez! Pois que matou o traidor do conde, que não matou logo a
aleivosa com ele! Credes em Deus: ainda lhe há de vir algum mal por ela. Olhai
e vede que maldade tão grande! Mandaram-no chamar onde ia já de seu caminho,
para o matarem aqui por traição. Oh aleivosa! Já nos matou um senhor e agora
nos queria matar outro! Leixai-a, ca ainda há mal de acabar por estas cousas
que faz.
E
sem dúvida, se eles entraram dentro, não se escusara a rainha de morte, e fora
maravilha quantos eram da sua parte e do conde poderem escapar.
O
Mestre estava à janela e todos olhavam contra ele, dizendo:
—
Ó senhor! Como vos quiseram matar por traição! Bendito seja Deus, que vos
guardou desse traidor! Vinde-vos, dai ao demo esses paços, não sejais lá mais!
E,
em dizendo isto, muitos choravam com prazer de o ver vivo.
Vendo
ele então que nenhuma dúvida tinha em sua segurança, desceu a fundo e cavalgou
com os seus, acompanhado de todos os outros, que era maravilha de ver. Os
quais, mui ledos ao redor dele, bradavam, dizendo:
—
Que nos mandais fazer, senhor? Que quereis que façamos?
E
ele lhes respondia, mal podendo ser ouvido, que lho agradecia muito, mas que
por então não havia deles mais mister.
Resumo
O pajem
do Mestre, conforme combinado, cavalgou pela cidade, gritando:
— Matam
o Mestre nos paços da rainha! Acorram!
E
chegou a casa de Álvaro Pais.
O povo,
ouvindo o pajem, juntava-se nas ruas, indignava-se, pegava em armas.
Álvaro
Pais, que já estava armado, cavalgou, com outros companheiros, gritando pelas
ruas:
— Acorramos
ao Mestre, porque é filho de D. Pedro!
E assim
gritavam ele e o pajem.
Pela
cidade se ouviu o apelo. Todos se deslocaram, armados, para onde se dizia que
matavam o Mestre, para o salvar.
Álvaro
Pais continuava a gritar:
— Acorramos
ao Mestre que matam sem razão!
Muita
gente se lhe juntou, enchendo as ruas. Perguntavam as pessoas «quem matava o
Mestre?». Muitos respondiam que era o conde João Fernandes Andeiro, a mando da rainha.
Todos unidos
pela vontade de o vingarem, e estando as portas do paço fechadas, começaram a perguntar:
— Onde
matam o Mestre? Quem fechou estas portas?
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Pré-eliminatória de apuramento para a Liga dos Campeões
de Leitura em voz alta (4.ª parte).
TPC — (i) Não te esqueças de enviar a gravação (até dia 8 inclusivé — a partir daí, começo a «descontar»,
embora seja sempre melhor enviarem o trabalho do que não o fazerem); (ii) Vai
revendo gramática que demos ao longo
do período, e, especialmente, os tópicos mais recentes: verbo (flexão, algumas
classificações) [em GdN: aqui;
CdA, ficha 13: aqui];
preposição (e contrações) [GdN: aqui];
adjetivo [GdN: aqui];
colocação do pronome átono [no manual, p. 326 (aqui);
CdA, ficha 19 (aqui)];
processos irregulares de formação de palavras [GdN: aqui;
CdA, ficha 5: aqui;
manual, p. 99]; empréstimo vs.
estrangeirismo; verbete; étimo; características das cantigas de amor e das
cantigas de escárnio e maldizer [relancear manual: fichas informativas, nas pp.
53 e 63; glossário, p. 69]; refrão, estrofes [manual, p. 314]; etc. — além das
indicações que pus, podem ser úteis também as nossas folhas das aulas e as apresentações;
(iii) Vai tendo folhas arrumadas em
dossiê e consultáveis (vou pedir-te que as tragas para a última aula do
período e preferia que não estivessem perdidas, desirmanadas, nem em plásticos
que não permitem que as consultes verdadeiramente).
Aula 49-50 (11 [2.ª, 3.ª, 5.ª], 12 [4.ª], 13/dez
[9.ª]) Questionário de gramática
Versão das turmas 2.ª e 3.ª
Segundo se explicou em aula, dentro da poesia
trovadoresca, devemos considerar as
a) cantigas de amigo, as cantigas de amor, as
cantigas de escárnio, as cantigas de maldizer.
b) cantigas de amigo e amor, as cantigas de
escárnio e maldizer.
c) cantigas de amigo, as cantigas de amor, as cantigas
de escárnio e maldizer.
d) cantigas de amigo e amor, as cantigas de
escárnio e maldizer.
Nas cantigas de amor (relativamente às cantigas
de amigo),
a) o vocabulário é mais díficil e a relação
entre o par amoroso mais próxima.
b) o «eu» é menos espontâneo e o objeto de
paixão, mais inacessível.
c) o «eu» é mais jovem e o confidente é mais
velho.
d) o léxico é mais complexo, a relação amorosa
mais concretizável.
Todos os «a» são preposições em
a) «estou a comer a comida»; «dei a Isabel uma
beijoca».
b) «dei a Isabel a um árabe»; «dei-a com todo o
gosto».
c) «a Paris vai-se de comboio»; «dou negativa a
todos os que considerarem esta alínea a melhor».
d) «a cavalo dado não se olha o dente»; «a
mulheres não se bate nem com uma flor».
São contrações de preposições e artigos todas as
formas na alínea
a) ás, nas, de.
b) à, às, pelos.
c) da, a, naquela.
d) ao, as, dos.
A série de
preposições/locuções prepositivas em que não há intrusos de outras classes é
a) a, com, por, antes
de.
b) de, entre, contra,
que.
c) e, em, durante, a.
d) mas, da, até,
perante.
Nas frases «Sancha foi
beijada pelo marido», «Sancho deu um doce ao dragão», «Em Elvas, comprámos
azeitonas», as preposições introduzem, respetivamente,
a) complemento agente da
passiva, complemento direto, complemento indireto.
b) complemento agente da
passiva, complemento indireto, modificador.
c) complemento agente da
passiva, modificador apositivo, complemento direto.
d) modificador,
complemento direto, complemento indireto.
A alínea que só tem formas corretas é
a) engasgar-te-ias; vê-los-emos; não comê-la-á.
b) lavarás-te; jogarão-no; fá-la-eis.
c) avaliá-la-ei; não os reprovarei; di-lo-emos.
d) levarei-a; analisaria-a; comamo-los.
A próclise (anteposição do pronome relativamente
ao verbo) justifica-se por haver uma estrutura de subordinação em
a) Não o vi na escola ontem.
b) Comprei-a na feira, quando fui a Carcavelos.
c) Disse que lhe dava o telemóvel no final da
aula.
d) Dar-te-ei todos os beijos que queiras.
A sequência «Andarmos,
Anda, Andasse» corresponde, por esta ordem, a
a) Futuro do Conjuntivo,
Presente do Indicativo, Presente do Conjuntivo.
b) Futuro do Conjuntivo,
Imperativo, Imperfeito do Conjuntivo.
c) Infinitivo Pessoal,
Presente do Indicativo, Imperfeito do Indicativo.
d) Condicional,
Imperativo, Futuro do Conjuntivo.
A sequência «Estiveram,
Tenho feito, Fazia» corresponde, por esta ordem, a
a) Mais-que-perfeito do
Indicativo, Perfeito Composto, Condicional.
b) Perfeito do
Indicativo, Presente Composto, Imperfeito do Indicativo.
c) Perfeito do
Indicativo, Perfeito Composto, Condicional.
d) Mais-que-perfeito do
Indicativo, Perfeito Composto, Imperfeito do Indicativo.
A sequência «Ouvi,
Visto, Caber» corresponde a
a) Perfeito do
Indicativo, Particípio Passado, Futuro do Conjuntivo.
b) Imperfeito do
Indicativo, Particípio Passado, Infinitivo Pessoal.
c) Imperativo,
Particípio Passado, Infinitivo Pessoal.
d) Perfeito do
Indicativo, Gerúndio, Infinitivo Impessoal.
A primeira pessoa do
singular Presente do Conjuntivo dos verbos da 1.ª conjugação (-AR) termina em
a) e.
b) a.
c) i.
d) o.
A terceira pessoa do
plural do Futuro do Indicativo equivale a
a) Infinitivo Impessoal
+ ão.
b) Infinitivo Impessoal
+ am.
c) 1.ª pessoa do
singular do Infinitivo Pessoal + am.
d) 3.ª pessoa do plural
do Pretérito Mais-que-Perfeito menos desinência pessoal + ão.
«Edu» (< Eduardo)
ou «Fred» (< Frederico); e «furo»
(no horário) são exemplos de
a) desconcentração nas aulas de Português; e
sorte.
b) truncação; e extensão semântica.
c) sigla; e truncação.
d) truncação; e truncação.
A palavra «leitor» (de DVD’s), resultante de
analogia com um «leitor» (de textos), exemplifica o processo de
a) sigla.
b) empréstimo.
c) estrangeirismo.
d) extensão semântica.
«SOS» (< Save
Our Souls) e «PJ» são, respetivamente,
a) sigla, sigla.
b) sigla, acrónimo.
c) acrónimo, sigla.
d) acrónimo, acrónimo.
Galicismos são palavras
a) francesas.
b) portuguesas provindas do francês.
c) de origem galesa.
d) da família de «galo» («ovo», «Patrício»,
«crista», etc.).
A palavra «feni», inventada por um lexicógrafo
afinal engenheiro, era
a) uma cunhagem.
b) uma onomatopeia.
c) uma truncação.
d) um empréstimo.
«Caracol» (nos cabelos) e «Expo» (como muitos
ainda chamam à zona do Parque das Nações por lá ter ocorrido uma exposição em
1998) são exemplos, respetivamente, de
a) extensão semântica, truncação.
b) empréstimo, truncação.
c) extensão semântica, empréstimo.
d) onomatopeia, acrónimo.
«Brangelina» (para o casal Angelina Jolie e Brad
Pitt) e «ONG» são exemplos, respetivamente, de
a) extensão semântica, cunhagem.
b) amálgama, sigla.
c) empréstimo, acrónimo.
d) cunhagem, divórcio.
Versão das turmas 4.ª, 5.ª e 9.ª
Conforme se explicou em aula,
a) não se justifica a antiga distinção entre
cantigas de escárnio e cantigas de maldizer.
b) as cantigas de escárnio distinguem-se das
cantigas de maldizer.
c) a diferença entre cantigas de amigo e de amor
é ligeira, ao contrário da distinção, essa clara, entre cantigas de escárnio e cantigas
de maldizer.
d) é pertinente considerar como um único tipo as
cantigas de amigo e as cantigas de amor.
Nas cantigas de amigo e nas cantigas de amor,
costuma haver, respetivamente,
a) um «eu» feminino, um destinatário próximo.
b) um confidente (muitas vezes, natureza, mãe,
etc.), uma «senhor» toda masculina.
c) um rapaz ausente, uma «senhor» que impõe
distância.
d) refrão, leixa-prem.
A preposição a surge, contraída ou não, em todos os
três segmentos da alínea
a) «Estou a dormir»; «O
nascimento e a morte são tristes»; «Vou à feira».
b) «Ao falar,
perdigotava»; «Às armas, às armas!»; «Não bastavam os rebuçados a Sandra».
c) «Há três minutos que
não como cherne»; «Saiu-me o ás de copas»; «Escrevam um texto sem AA».
d) «Dei a prenda ao
Honório»; «Bebamos ao Osório!»; «Cada vez mais linda a Ofélia...».
São contrações de
preposição e artigo e artigos todas as formas na alínea
a) pelo, como, à, dos.
b) no, pela, aos, de.
c) na, nu, nua, nus.
d) pelos, no, do, à.
A série de
preposições/locuções prepositivas em que não há intrusos de outras classes é
a) em, entre, até, e.
b) que, de, consoante,
a.
c) mas, da, após,
perante.
d) a, contra, por, em.
Nas frases «O Sporting
foi derrotado pelo Barcelona», «Falcao marcou um golo aos dragões», «Com o
Basileia, tudo correu mal», as preposições introduzem, respetivamente,
a) complemento agente da
passiva, complemento direto, complemento indireto.
b) complemento agente da
passiva, complemento indireto, modificador.
c) complemento agente da
passiva, modificador apositivo, complemento direto.
d) modificador,
complemento direto, complemento indireto.
A alínea que só tem formas corretas é
b) vestirás-te; beberão-no; trá-la-ás.
c) classificá-la-íamos; não os esbofetearei;
di-lo-ão.
d) beberei-a; avaliaria-a; compremo-los.
a) não entregá-los-á; roubá-los-emos; não
comê-la-ia.
São razões para uso do pronome antes do verbo
(contrariamente ao comum, que é a ênclise)
a) tratar-se de português brasileiro; a
afirmativa; um imperativo.
b) uma oração coordenada; o verbo estar no
futuro ou no condicional.
c) uma oração subordinada; a negativa; a
presença de certos advérbios.
d) a mesóclise; o avistamento de um cocó de cão.
A sequência «Ouvirem,
Ouvi, Ouvisse» corresponde, por esta ordem, a
a) Futuro do Conjuntivo,
Imperativo, Imperfeito do Conjuntivo.
b) Infinitivo Pessoal,
Presente do Indicativo, Imperfeito do Indicativo.
c) Condicional,
Imperativo, Futuro do Conjuntivo.
d) Futuro do Conjuntivo,
Perfeito do Indicativo, Presente do Conjuntivo.
A sequência «Falado,
Olharias, Comeis» corresponde, por esta ordem, a
a) Gerúndio,
Condicional, Imperativo.
b) Particípio Passado,
Futuro do Indicativo, Perfeito do Indicativo.
c) Particípio Passado,
Condicional, Presente do Indicativo.
d) Particípio Passado,
Imperfeito do Indicativo, Imperativo.
A sequência «Anda,
Comido, Trazer» corresponde a
a) Presente do
Indicativo, Particípio Passado, Futuro do Conjuntivo.
b) Imperfeito do
Indicativo, Particípio Passado, Infinitivo Pessoal.
c) Imperativo,
Particípio Passado, Infinitivo Pessoal.
d) Presente do
Indicativo, Gerúndio, Infinitivo Impessoal.
Na 1.ª pessoa do plural,
o Imperfeito do Indicativo termina em
a) ávamos (1.ª conjugação) e íamos
(2.ª e 3.ª conjugações).
b) ávamos (1.ª e 2.ª conjugações) e íamos ( 3.ª conjugação).
c) ávamos (verbos de tema em A ou em E) e íamos (verbos de tema em I).
d) ámos (verbos de tema em A), emos
(verbos de tema em E), imos (verbos
de tema em I).
A terceira pessoa do
plural do Condicional equivale a
a) Infinitivo Impessoal
+ iam.
b) Infinitivo Impessoal
+ ião.
c) 1.ª pessoa do
singular do Infinitivo Pessoal + iam.
d) 3.ª pessoa do plural
do Pretérito Mais-que-Perfeito menos desinência pessoal + iam.
As palavras «Abouba» (< Aboubakar) «Franguício» (frango,
Patrício) são exemplos,
respetivamente, de
a) truncação e empréstimo.
b) cunhagem e empréstimo.
c) cunhagem e extensão semântica.
d) truncação e amálgama.
«Frango» (de um guarda-redes) ou «túnel» (passar
a bola sob as pernas), entrados no léxico do futebol vindos de outros domínios
(por analogia), exemplificam o processo de
a) redução (ou truncação).
b) empréstimo.
c) amálgama.
d) extensão semântica.
«DECO» e «www» são, respetivamente
a) sigla, sigla.
b) sigla, acrónimo.
c) acrónimo, sigla.
d) acrónimo, acrónimo.
«Empréstimo» e «estrangeirismo»
a) podem ser palavras quase sinónimas, mas
«estrangeirismo» tem conotação depreciativa.
b) são sinónimos exatos.
c) supõem, respetivamente, grafias aportuguesada
e a da língua original.
d) correspondem a palavras entradas no português
recentemente e a palavras em curso de acomodação.
«Kodak» e «Spa» são, respetivamente,
a) onomatopeia e empréstimo.
b) truncação e sigla.
c) cunhagem e empréstimo.
d) empréstimo e acrónimo.
«Nâmbia» (país criado por Trump, decerto porque
pensara em Namíbia e Zâmbia) e «Mitro» (< Mitroglou) são exemplos, respetivamente, de
a) extensão semântica, abreviatura.
b) empréstimo, redução.
c) amálgama, truncação.
d) cunhagem, acrónimo.
«APAV» e «motard» são, respetivamente,
a) acrónimo, truncação.
b) acrónimo, empréstimo.
c) sigla, amálgama.
d) sigla, empréstimo.
Depois de leres o «O meu 25 de
abril» (de Francisco Sousa Tavares»), na p. 86, escreve um comentário acerca
deste texto, contrastando-o com «Do alvoroço que foi na cidade […]» (de Fernão
Lopes), nas pp. 83-85 (os nossos resumos podiam ser úteis se não tivessem
ficado em casa).
(Não sei se é útil o ponto 2 —
preferia abordagem mais livre.)
Liga dos Campeões — Sorteio
10.º 2.ª
Potes de
...
|
Alunos
|
Reais, Baiernes, Benficas, Chaquetares
[A
(17,75-13,75)]
|
Marta, Camily, João S., João Pedro
|
Barcelonas, Manchésteres, Portos, Borússias
[B
(13,5-12,5)]
|
Cabo, Cola, Francisco B., Henrique, Pedro
Torrado, Amaral, Ângelo, Pedro P., Miguel Brito
|
Basileias, Liverpuis, Romas, Nápoles
[C
(12-11,5)]
|
Afonso, Diogo S., Guilherme V.,Toni,
Sebastião, João Cardoso, João F., Diogo M., Paulo
|
Maribores, Celtiques (Céltiques?),
Spórtingues, Apoéis
[D
(11,25-10)]
|
Ivo, Carolina, Guilherme A., Pedro F.,
Francisco A., João A., Miguel C., Ricardo
|
10.º 3.ª
Potes de
...
|
Alunos
|
Reais, Baiernes, Benficas, Chaquetares
[A
(17,5-16,5)]
|
Teresa, Ana, Mafalda, Margarita
|
Barcelonas, Manchésteres, Portos, Borússias
[B
(16-13,75)]
|
Inês S., Beatriz B., Sofia, Inês C., Matilde
C., Carolina, Pedro, Miguel
|
Basileias, Liverpuis, Romas, Nápoles
[C
(13,5-12,5)]
|
Lúcia, Nicole, Matilde P., Carlota, Beatriz
E., Beatriz Pardal, Margarida O., Edu
|
Maribores, Celtiques (Céltiques?),
Spórtingues, Apoéis
[D
(12-9,5 e quem não chegou a ler)]
|
Francisco, Eduardo, Maria João, Bernardo,
Margarida T., Consti, Afonso, Duarte
|
10.º 5.ª
Potes de
...
|
Alunos
|
Reais, Baiernes, Benficas, Chaquetares
[A
(16,75-15)]
|
Maria, Carolina, Ângela, Leonor, Sara
|
Barcelonas, Manchésteres, Portos, Borússias
[B
(14,75-13,75)]
|
Beatriz Pi, Beatriz E., Grego,
Guilherme, Maia, Luísa, Tomás, Pedro R., Natacha
|
Basileias, Liverpuis, Romas, Nápoles
[C
(13,5-12,75)]
|
Ana J., João F., Beatriz Pa,
Bernardo, Mafalda, Rodrigo, João R.
|
Maribores, Celtiques (Céltiques?),
Spórtingues, Apoéis
[D
(12,5-9,5)]
|
Ana S., Elisa, Fred, Sara Filipa, Soraia,
Pedro S., Tiago
|
10.º 4.ª
Potes de
...
|
Alunos
|
Reais, Baiernes, Benficas, Chaquetares
[A
(17,5-16)]
|
Mafalda, Rodrigo, Gonçalo, Joana, Laura,
Francisca, Pedro
|
Barcelonas, Manchésteres, Portos, Borússias
[B
(15,75-14)]
|
Tomás, Inês O., Diana, D. Botea, Eduardo,
Emilly, Madalena
|
Basileias, Liverpuis, Romas, Nápoles
[C
(13,75-12,25)]
|
Clara, Hugo, Leonor, Inês P., Afonso,
Francisco, João S., André, Margarida
|
Maribores, Celtiques (Céltiques?),
Spórtingues, Apoéis
[D
(11-9,5)]
|
Lourenço, Daniel V., João G., Fábio
|
10.º 9.ª
Potes de
...
|
Alunos
|
Reais, Baiernes, Benficas, Chaquetares
[A
(16-15)]
|
Margarida V., Luísa, Margarida A., Mariana S.,
Mariana M.
|
Barcelonas, Manchésteres, Portos, Borússias
[B
(14,5-13,5)]
|
Raquel, Carolina D., Ivânia, Adriana M.,
Beatriz B., Margarida P., Miguel, Carolina C.
|
Basileias, Liverpuis, Romas, Nápoles
[C
(13,25-12,5)]
|
Beatriz M., Guilherme, Lúcia, Francisco,
Marta, Pedro, Tiago, Soraia, Adriana F.
|
Maribores, Celtiques (Céltiques?),
Spórtingues, Apoéis
[D
(12-10,5 e quem não chegou a ler)]
|
Leonor, Catarina, Diogo, Afonso, Daniela,
Jónatas, Marcus
|
Nota
importante
— Alunos do mesmo país (carteira) não podem ficar no mesmo grupo.
Grupo I
|
Grupo II
|
Grupo III
|
Grupo IV
|
Apurados para os oitavos de final (os quatros
primeiros de cada grupo)
|
|||
Apurados para a Liga Europa (quintos, sextos,
sétimos, oitavos)
|
|||
Como se trata de fase em poule, a classificação de cada grupo resultará das pontuações de
vários «jogos», incluindo leitura em voz alta mais ou menos expressiva, em
geral a preparar em casa. São apurados para a fase final da Liga dos Campeões os quatro primeiros
de cada grupo, seguindo-se eliminatórias, segundo estrutura muito inteligente
(A1 × B4; B1 × A4; ...).
Restantes clubes (isto é, alunos) ficam apurados para a Liga Europa. Este outro troféu será
disputado logo em eliminatórias, definidas também segundo as classificações
obtidas na fase preliminar da Liga dos Campeões. Os derrotados nos oitavos de
final da Liga dos Campeões também se incorporarão numa eliminatória posterior
da Liga Europa.
Na pp. 317-318 do manual, temos uma arrumação de termos de Narratologia,
sob o título «Elementos constitutivos do texto narrativo». Talvez possas
relancear agora, sobretudo, o quadro 4.
Tempo — e, especialmente, o tempo do
discurso (p. 318). Usarei a seguir alguns desses termos, a propósito de Cinema Paraíso. Porém, procura resolver
as lacunas só pelo conhecimento que já tens destes assuntos e do próprio filme.
Cinema Paraíso
|
Género e contexto
|
O filme é claramente de ______ de infância.
Nas primeiras cenas foi dado o motivo da recordação do crescimento do
protagonista numa vila siciliana (a notícia da morte do adulto protetor de
então, Alfredo). A ______ entra como pano de fundo (há diversas alusões ao fim
da segunda guerra mundial).
|
Ação e espaço
|
Os vários estados do edifício (o primeiro
cinema, a destruição pelo fogo, o novo edifício, a ruína quando o
protagonista regressar) servem também de marcos que apoiam a nossa perceção
da passagem do ______.
A _____ da parte amorosa acaba também por
aproveitar o cinema (salvo erro, um primeiro beijo do protagonista vai aí
decorrer).
O edifício vai causar a _____ de Alfredo,
tornando-se depois ocupação semi-profissional do protagonista.
|
Tempo do discurso vs.
Tempo da história
|
Alteração da ordem dos
acontecimentos
|
A analepse
é um recurso essencial. Apanhamos a história já no momento em que o
protagonista sabe da _____ de Alfredo, pelo que se tem de fazer depois um
recuo no tempo, constituindo esse flash
back a maior parte do filme. (Há um ou dois brevíssimos regressos à
atualidade, só para lembrar que o tempo da ____ não é aquele, até a história
contada em analepse chegar ao presente em que começara e termos depois o
resto do enredo, quase um mero epílogo.)
Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas de Alfredo, que, a
certa altura, aludirá, velada mas certeiramente, ao futuro de _____.
|
Omissão e resumo de
factos; abrandamento e aceleração do ritmo
|
Uma elipse
notável consiste no salto dos anos entre o Totó criança e o Salvatore
adolescente (o truque é descobrirmos um novo ator sob a mão de _____, o que
aliás resolve também um problema que se põe aos filmes que percorrem
gerações: acompanhar o crescimento físico das personagens). Há outros
momentos recorrentes de aceleração do relato, que corresponderão a resumos, que aproveitam as imagens
passadas na sala de cinema (pela justaposição de trechos de filmes que vão
acompanhando a história do cinema, do preto e branco a Brigitte Bardot,
percebemos que nos estão a ser dados vários anos em poucos _____).
Ao contrário, uma história demorada contada
por Alfredo a Totó (que só veremos na próxima aula) parece fazer _____ o
discurso relativamente ao tempo «real».
|
TPC — Traz caderno (isto é, folhas da aula —
as nossas fotocópias e os trabalhos que te foram devolvidos — devidamente
arrumadas).
Aula 51-52 (12 [2.ª, 3.ª], 14/dez [4.ª, 5.ª, 9.ª]) Correção
do questionário de gramática (ver
Apresentação).
Explicação
sobre avaliação; indicações para o 2.º período (ver Apresentação).
Assistência a conclusão de Cinema Paraíso (ao mesmo tempo que
conversas individuais sobre avaliação).
Cinema Paraíso
Níveis narrativos
No primeiro nível narrativo, o adulto a quem, em
criança, chamavam _____ sabe que Alfredo morreu e, enquanto decide ir ao
funeral, começa a recordar o amigo. Talvez a meio do que vamos ver hoje,
teremos o fecho dessa longa analepse
(uma narrativa encaixada que abrangeu
toda a infância, adolescência e juventude de Salvatore, até à saída de
Giancaldo).
O truque fílmico da
justaposição de um ____ a sair de Giancaldo e um avião a chegar ao aeroporto na
Sicília funciona como uma elipse,
cortando uns vinte e cinco anos da vida do protagonista, e delimita o ponto em
que retomámos a ação «contemporânea»
da narração (ou seja, quando
regressámos ao primeiro nível narrativo).
Desenlace
O desfecho é precedido de elipse
ou resumo significativo (um corte da
história que não nos é dada assim em termos de discurso).
Salvatore viveu em Roma
durante décadas, que são elididas no
filme, passa os limites da Península Itálica (Giancaldo é na Sicília) mas é ao
regressar a ____ que redescobrirá os filmes que eram a sua companhia.
Salvatore depara-se com o
antigo ____, mais velho, e vemos o louco da praça, também já diferente mas com
as mesmas manias.
Dá-se o regresso ao ponto de partida. Há disforia, tristeza, mas também a noção
de que se conservou uma memória de quem ou do que se amava. O final é uma epifania, uma revelação.
A infância de Totó morreu
com o enterro de Alfredo e a destruição do cinema, mas Salvatore resgatou parte
desse passado, os fotogramas dos ____.
Salvatore vê agora as
imagens que antes tinham sido cortadas e que, quando muito, vira às escondidas
nas sessões de visionamento para censura pelo ____.
A narrativa não fica em aberto
mas também não é uma típica narrativa fechada.
A linha de ação da paixão
pelo cinema e a da memória da infância ficaram ____, mas haverá alguma
indefinição ainda no que se refere à paixão Salvatore-Elena.
TPC (férias) — Vai lendo um livro. Logo no
começo das férias, em Gaveta de Nuvens,
explicarei como pode essa leitura ser feita (aqui). Há livros recomendados pelo
programa, os que estão no manual, na p. 18 — é mesmo obrigatório cada aluno ler,
este ano, pelo menos, uma dessas obras. Quando escrever as tais indicaçõessobre este assunto, prevenirei quais desses livros são demasiado difíceis (intragáveis,
dir-se-á). Tentarei ajudá-los a escolherem. (Não tenham depois problema em
pedir-me conselho por mail, se for o caso.) Também ao longo das férias espero
escrever comentários aos vossos trabalhos de gravação.
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