Sunday, August 27, 2017

Aulas (2.º período, 2.ª parte: 77-94)



Aula 77-78 (19 [5.ª], 20 [4.ª], 21 [9.ª], 26/fev [2.ª, 3.ª]) Assistência a sketch da série Fonseca sobre provérbios.

            Vai lendo «A estranha vida de Steve Jobs» (p. 97) e circundando a melhor alínea de cada item.

O título do livro de que trata o texto é
a) «A estranha vida de Steve Jobs».
b) A estranha vida de Steve Jobs.
c) Steve Jobs.
d) Público.

Uma síntese do primeiro parágrafo implicaria dizer que
a) o livro é muito interessante, apesar de ora incompleto ora demasiado preso a pormenores.
b) o livro sobre Jobs é estimulante mas excessivo no detalhe.
c) a biografia é demasiado oficial mas completa (porventura demasiado completa).
d) o livro autobiográfico de Jobs, embora fascinante, peca por ser detalhado e, aqui e ali, lacunar.

No segundo parágrafo, ficamos a saber que o livro foi escrito
a) sem autorização de Jobs, mas a convite do fundador da Apple.
b) por Walter Isaacson, a convite de Steve Wosniak.
c) por Henry Kissinger, a convite do próprio fundador da Apple.
d) a convite de Jobs, por alguém já experiente no género biográfico.

Entre as linhas 11 e 18, ficamos a saber que o livro se baseou em entrevistas feitas a
a) funcionários da Apple, a amigos de Wosniak, a parceiros, rivais, familiares de Jobs, a Jobs.
b) aos primeiros funcionários da Apple, a amigos, parceiros, rivais, familiares de Jobs, ao próprio Jobs.
c) aos primeiros funcionários da Apple (como Wosniak), a amigos de juventude (como Gates), parceiros, rivais, familiares de Jobs, até a Jobs.
d) aos primeiros funcionários da Apple, a amigos de juventude, amantes, parceiros ou rivais (como Gates), familiares de Jobs, o próprio Jobs.

O pronome «os quais» (l. 16) funciona como
a) catáfora, cujo referente é «Bill Gates» (l. 16).
b) anáfora, cujo antecedente é «parceiros e rivais de negócios» (ll. 15-16).
c) catáfora, cujo sucedente é «Bill Gates» (l. 16).
d) anáfora, cujo referente é «rivais de negócios» (ll. 15-16).

Nos terceiro a quinto parágrafos (ll. 19-43) considera-se ter o autor de Steve Jobs
a) sido sobretudo elogioso relativamente ao protagonista.
b) dado conta dos aspetos meritórios de Jobs, mas não das suas fraquezas.
c) apontado facetas positivas e negativas de Jobs.
d) sido parcial, fazendo a apologia da personagem principal.

Seria fácil transpor «Jobs é descrito [por Isaacson] como um dos pioneiros dos computadores pessoais» (ll. 22-23) para a forma ativa, e passaríamos a ter
a) «Isaacson» como complemento direto e «como um dos pioneiros dos computadores pessoais» como modificador do grupo verbal.
b) «Isaacson» como sujeito e «Jobs» como agente da passiva.
c) «Jobs» como complemento direto e «como um dos pioneiros dos computadores pessoais» como predicativo do complemento direto.
d) «Isaacson» como complemento direto e «Jobs» como sujeito.

«também uma pessoa que chorava quando não lhe faziam a vontade» (ll. 38-39) é
a) complemento direto.
b) predicativo do complemento direto.
c) parte do predicativo do sujeito.
d) predicado.

Se «Tudo isto é descrito em abundância por Isaacson» (ll. 44-45) estivesse na forma ativa,
a) «Tudo isto» seria o complemento direto e «Isaacson», o sujeito.
b) «Tudo isto» seria o agente da passiva e «Isaacson», o sujeito.
c) «Tudo isto» seria o sujeito e «Isaacson», o agente da passiva.
d) «Tudo isto» seria o sujeito e «por Isaacson», o agente da passiva.

Na obra que é apreciada neste texto, sobre a irmã adotiva de Jobs (cfr. ll. 53-59)
a) não se chega a falar.
b) diz-se pouco, nem se explicando deixar-se de se falar dela pouco depois.
c) descreve-se apenas a relação com os pais, sem se explicar a sua saída de cena.
d) o autou não chega a explicar por que motivo se afasta de Jobs.

Uma crítica apontada à obra (ll. 53-59) é
a) a sua extensão.
b) o facto de, apesar de sua extensão, terem ficado aspetos por desenvolver.
c) não terem sido abordados vários aspetos.
d) a falta de extensão e a pouca profundidade dada ao tratamento dos assuntos.

Segundo as ll. 60-65, os anos entre 1985 e 1996 corresponderam ao período em que Jobs
a) esteve fora da Apple, geriu a Pixar e teve vida de quase playboy.
b) esteve fora da Apple e se tornou um pai de família.
c) comprou e geriu a Pixar, adotando comportamentos de playboy.
d) esteve fora da Apple, comprou e geriu a Pixar e a Playboy.

«[estes] buracos» (l. 66) refere-se
a) aos tempos de Jobs fora Apple.
b) aos aspetos negativos da vida de Jobs.
c) a lacunas na obra.
d) a buracos em ruas, ainda por cima cheias de cocós de cão.

«que deixam ao virar da última página a sensação de que algo foi escondido ou esquecido» (ll. 66-68) desempenha a função sintática de
a) modificador restritivo do nome.
b) predicativo do complemento direto.
c) modificador apositivo do nome.
d) predicado.

«uma criança adotada que cresce numa família de classe média» (ll. 68-69) reporta-se
a) ao herói de um livro que é contraposto ao que está em análise.
b) ao filho de Jobs.
c) à filha de Jobs.
d) a Steve Jobs.

            Relance a exemplares de Inimigo Público para compreensão da elaboração do cómico e da noção de personagem tipo (mediante preencimento de ficha).
Nome: ____ (a quem calharam os exemplares do O Inimigo Público, n.º ___ e n.º ___)
O cómico em O Inimigo Público resulta quase sempre de um facto insólito mas verídico da atualidade (que é exagerado ou cruzado com outros, tornando-se mais risível pelo absurdo da hipérbole ou transposição para outro contexto).
Integraríamos este processo no tipo de cómico dito de situação (cfr. situação irreal criada), mas, muitas vezes, a brincadeira começa pelo exagero de uma característica de uma personagem que esteve em foco nos dias anteriores, o que se pode associar ao cómico de caráter (ou de personagem).
Tenta reconhecer o facto da atualidade que levou a que o Inimigo Público resolvesse criar a notícia — no fundo, a parte verdadeira da notícia do IP. Escolhe notícias que percebas — como acompanham pouco os jornais ou a televisão, é natural que muitas destas brincadeiras lhes escapem. Depois, vê (1) se houve cruzamento com outro facto verídico; (2) se houve apenas um exagero da circunstância real já por si insólita (e em que consistiu esse exagero ou transposição inesperada); (3) se houve ainda algum outro processo que tornasse a notícia cómica.
Título da notícia
. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .
Facto verídico que fez que o assunto estivesse na ordem do dia (= notícia verdadeira)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Estratégia usada para tornar cómica a notícia do Inimigo Público.
(Tem conta as situações 1, 2, 3, mas descreve o caso concreto.)
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Título da notícia
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Facto verídico que fez que o assunto estivesse na ordem do dia (= notícia verdadeira)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Estratégia usada para tornar cómica a notícia do Inimigo Público.
(Tem conta as situações 1, 2, 3, mas descreve o caso concreto.)
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Agora centra-te na última página de cada exemplar. Na secção de entrevistas de rua (vox populi) do Inimigo Público — «Inquérito» — há com certeza, entre as personagens aí ficticiamente inquiridas, tipos sociais, ou sócio-psicológicos, que se pretende caricaturar.
            Aponta os tipos aí aproveitados (nota que não é a definição que figura no jornal mas o que consigamos perceber pelo conjunto de nome, retrato, respostas dadas e até, no caso de pessoas reais, por conhecimento prévio nosso). Se a personagem entrevistada não corresponder a um tipo, põe apenas um traço.
nome da personagem
tipo social (ou psicológico) que se quer caricaturar








TPCFicará em Gaveta de Nuvens — muito proximamente — a instrução da tarefa a realizar a propósito da leitura de livro. Para já, na próxima aula vou inquiri-los sobre o que já leram.


Aula 79-80 (22 [5.ª, 9.ª, 4.ª], 27/fev [2.ª, 3.ª]) Compreensão de «A verdura amena», de Camões (p. 173), através de preenchimento de esquema da sua sintaxe.
            O primeiro poema de Camões que vamos ler está na p. 173. É um poema a mote, ou moto (cfr. p. 207): «Se Helena apartar / do campo seus olhos, / nacerão abrolhos». Um «mote seu» quererá dizer que esses três versos são de Camões (há motes «alheios» também, como sucede com os poemas da p. 171 e da p. 175). Seguem-se as voltas (cfr. p. 207).
            Lê as voltas do poema, completando o esquema que, em parte, já preenchi, com a ordem simplificada e com as funções sintáticas indicadas.

vv. 4-7
Vocativo (+ Mod. apositivo do nome)
Núcleo do predicado
Complemento direto


que a verdura amena a deveis aos olhos de Helena.

vv. 8-10
Sujeito
Núcleo do predicado
Complemento direto
o ar de seus olhos



Sujeito subentendido
Núcleo do predicado
Complemento oblíquo
Complemento direto
[o ar de seus olhos]




vv. 11-12
Sujeito subentendido
Núcleo do predicado
Complemento direto


serras floridas

Sujeito subentendido
Núcleo do predicado
Complemento direto
Predicativo do complemento direto
[o ar de seus olhos]




vv. 13-14
se isto faz nos montes, que fará nas vidas?

vv. 15-17
Sujeito subentendido
Núcl. pred.
Complemento direto
Predicativo do complemento direto
Modificador do grupo verbal
[o ar de seus olhos]

-las [=as vidas]



vv. 18-19
Sujeito subentendido
Núcleo do predicado
Complemento direto
Modificador do grupo verbal
[o ar de seus olhos]




vv. 20-21
Sujeito
Núcleo do predicado
Complemento indireto
Complemento oblíquo



de cada pestana

vv. 22-24
Sujeito
Núcleo do predicado
Complemento direto
Complemento indireto


-se


Sujeito subentendido
Núcleo do predicado
Complemento oblíquo
Modificador do grupo verbal
[Amor]


posto em giolhos

«Se eu fosse um dia o teu olhar»
Frio
O mar
Por entre o corpo
Fraco de lutar
Quente,
O chão
Onde te estendo
Onde te levo a razão.
Longa a noite
E só o sol
Quebra o silêncio,
Madrugada de cristal.
Leve, lento, nu, fiel
E este vento
Que te navega na pele.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco mais...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.

Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
Se eu fosse um dia o respirar
E tu perfume de ninguém.

Sangue,
Ardente,
Fermenta e torna aos
Dedos de papel.
Luz,
Dormente,
Suavemente pinta o teu rosto a pincel.
Largo a espera,
E sigo o sul,
Perco a quimera
Meu anjo azul.
Fica, forte, sê amada,
Quero que saibas
Que ainda não te disse nada.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco mais...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.
Pedro Abrunhosa, «Se eu fosse um dia o teu olhar», Intimidade, 2005


            Escreve a apreciação crítica pedida na p. 174 (comparação «A verdura amena» vs. «Se eu fosse um dia o teu olhar»).
            Eu já iniciei o texto, dando conta da parte mais ligada ao vilancete de Camões. Completa-o, dedicando-te sobretudo ao poema de Abrunhosa. Não te esqueças de usar uma ou outra citação. A parte do teu texto deverá aproveitar boa parte das linhas que te deixo. A caneta.
            Há que ter em conta que estamos perante não só géneros mas também formatos, ou meios, diferentes. «A verdura amena» chega-nos através do escrito e em papel, ainda que o poema esteja acompanhado de uma imagem de uma pintura de Vincent van Gogh mais de trezentos anos posterior à morte de Camões (entre o quadro do holandês da orelha cortada e o vilancete do zarolho português há em comum a luz, o verde, a paisagem amena – apesar das nuvens incipientes de Campos de trigo). Ao contrário, o poema de Pedro Abrunhosa chega-nos embrulhado numa série de recursos que não se restringem ao que lemos na reprodução da letra da canção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
            Se descartarmos estas diferenças quanto a media e atentarmos apenas nos poemas propriamente ditos, encontramos perfis específicos no que se refere à enunciação. Em «A verdura amena», o poeta — que pouco se manifesta em termos subjetivos (não há 1.ª pessoa) — parece dirigir-se aos rebanhos a pastar (como indica a apóstrofe «gados, que paceis»), mas o resto das três setilhas centra-se na exaltação da beleza de Helena, repercutida na natureza (acalma os ventos, transforma espinhos em flores, faz florescer as serras, purifica as fontes) e nas vidas humanas («trá-las suspendidas»). Mesmo o Amor — note-se a personificação —, ajoelhado, «se lhe rende». Entretanto, na letra da canção há um «eu» e um «tu». O sujeito lírico  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
            O tópico é que será mesmo. Quer nas voltas ao mote «Se Helena apartar / do campo seus olhos, / nacerão abrolhos» quer em «Se eu fosse um dia o teu olhar» o olhar é o elemento mais importante. Em ambos os casos, olhos/olhar funcionam como pretexto para a declaração amorosa, que fica só implícita no texto camoniano, mas que, na letra da faixa de Intimidade, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
            Notemos ainda uma antinomia significativa. Enquanto na lírica quinhentista os olhos da mulher amada, na esteira do modelo petrarquista, influenciam, transformam a natureza (como já se viu, no sentido de a fazer equivaler ao chamado locus amœnus), . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
            Por fim, a comparação quanto a aspetos formais acaba por se justificar na medida em que é associável às características da época ou escola em que os textos se inscrevem. Assim, vale a pena assinalar a regularidade que vemos nos recursos de versificação no poema do período clássico e nesta fase mais tradicional de Camões (são três heptetos, com o mesmo esquema rimático, tendo todos os versos cinco sílabas métricas — redondilha menor, adequada à melodia e ritmo memorizáveis, ainda medida velha, portanto). A esta arrumação, podemos contrapor  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Descreve a situação em que te encontras, circundando a alínea pertinente
a) Já li na íntegra livro entre os indicados ou, no caso de obra com vários contos, li um número de textos razoável (a saber, aproximamadamente, ___ [numeral]).
b) Estou perto do final da obra (ou li um número de contos aceitável, a saber: ___ [numeral]).
c) Li mais de metade do livro (ou ___ contos [numeral]).
d) Li cerca de metade do livro.
e) Li cerca de um terço da obra.
f) Li apenas algumas páginas.
g) Ainda não comecei a leitura, mas já o tenho o livro por perto.
h) Ainda não tenho o livro comigo, mas já escolhi o que tenciono ler.
i) Ainda não escolhi nenhuma obra, mas aceito ideias (do professor, nomeadamente).
j) Não vou ler nenhum livro.
k) Não vou ler nenhum livro e odeio quem o faça ou quem mo recomende.
l) Lera livro o ano passado, quando fazia o décimo pela primeira vez, mas este ano não li nada.

Obra a que se referem as alíneas a-h ou l:
. . . . . . . . . . . . . . . . (título), de . . . . . . . . . . . . .  (autor)

Como sucede em tantos filmes e narrativas, O Leitor — o filme que hoje começaremos a ver — inicia-se em época mais recente (Berlim, 1995), recuando depois ao passado, numa analepse de quase quarenta anos (Neustadt, 1958). O pretexto para a analepse, neste caso, é um elétrico avistado da janela.
Como se verá, em O Leitor não faltam citações de autores da literatura universal:
Autor
Obra
Data
País
Personagens
Género
Horácio
Epodos
30 a.C.
Roma

Poesia lírica
Safo
Fragmento 16
séc. VII a.C.
Grécia

Poesia lírica
G. E. Lessing
Emilia Galotti
1772
Alemanha
Emilia Galotti
Drama
Homero
Odisseia
séc. VIII a.C.
Grécia
Ulisses, Penélope, Telémaco
Poema épico
Mark Twain
Aventuras de Huckleberry Finn
1884
EUA
Huckleberry Finn,
Tom Sawyer
Novela de aventuras
D. H. Lawrence
O amante de Lady Chatterley
1928
Reino Unido
Constance Chatterley, Clifford Chatterley, Oliver Mellors
Novela passional, psicológica
Hergé
[série de Tintin]
1929-...
Bélgica
Tintin, Haddock, Milou
BD
Anton Tchékhov
A senhora do cãozinho
1899
Rússia
Dimitri Gurov,
Ana Siergueievna
Conto
Lev Tolstói
Guerra e Paz
1865-1869
Rússia
Pedro Bezukov, entre muitas
Romance-fresco
TPC — Faz definição telegráfica sobre Farsa de Inês Pereira.



Aula 81-82 (27/fev [4.ª], 1 [5.ª, 9.ª], 5/mar [2.ª, 3.ª]) Correção de questionário sobre texto acerca de Jobs (p. 97).

Vai até à p. 175. Olhemos o poema de Camões. É de novo um poema com voltas, acerca de um ____ dado (neste caso, um dístico de uma cantiga de outro autor: «Perdigão perdeu a pena, / não há mal que lhe não ____»). As ____ são constituídas por duas estrofes de sete versos, ou seja, duas ____, ambas com o esquema rimático que já víramos no vilancete «A verdura amena» (__-B-B-__-A-C-__), mas, desta vez, com sete sílabas métricas — são versos ______, ou seja, redondilhos maiores.
Na última aula, dissemos estar este metro incluído na medida velha (por oposição à medida ______, o decassílabo). Estamos, por isso, perante o Camões mais tradicional e, em geral, mais ligeiro (para o contraste medida velha / medida nova, veja-se a p. 200).
Na verdade, esta cantiga é leve e parece até ser uma brincadeira a propósito de acontecimento verdadeiro («Perdigão», mais do que uma ave, referiria um fidalgo caído em desgraça, por amores, e castigado com prisão).
Parte deste tom jocoso deve-se ao uso de duas palavras homónimas. Repara no fragmento que copiei do Dicionário da língua portuguesa (Porto, Porto editora, 2015):
            Identifica os verbetes de «pena» (pena1, pena2, pena3) correspondentes às duas palavras nos vv. 5 e 6 da cantiga de Camões:
«Pena» (v. 5) = ________
«Pena» (v. 6) = ________
Repara que escrevi que se tratava de palavras diferentes. Só por isso, aliás, estão em verbetes diferentes. Não se trata de aceções diferentes da mesma palavra (estariam, nesse caso, num mesmo ______), são mesmo palavras homónimas (diferentes, embora coincidentes no resultado gráfico e fónico).
Para confirmarmos que são palavras diferentes, vejam-se os seus diferentes étimos:
pena1 < lat. pœna, que significava ‘_____’;
pena2 < lat. _____, ‘órgão cutâneo da águia Vitória’;
pena3 < lat. pinna, ‘_____’.
O facto de virem de étimos diferentes e terem coincidido na sua atual forma faz que se lhes chame também palavras convergentes (convergiram embora não para uma única palavra — como se ouve, por vezes, em escolas menos afamadas que a nossa — mas para uma forma idêntica).
Conclusão: as palavras homónimas (classificação sincrónica) são, no fundo, palavras convergentes (classificação histórica, diacrónica).
            Cria parágrafo inteligente (≠ preguiçosão e plagiador do do colega do lado) em que surja cinco vezes «pena» — pena1, nas aceções 1 (ou 2) e 3; pena2, aceções 1 e 2; e pena3.
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[Depois de relanceares as definições de campo lexical e de campo semântico:]
[2.] Constrói um campo lexical do domínio conceptual de ‘ave’, utilizando apenas expressões do texto [na minha resposta risca o que esteja errado]:
[R.:] perdigão, depenado, pena, asas, voar, desasado, Casillas, Rui Franguício

Vê o verbete de «fogo» (do Dicionário Houaiss) e indica qual das aceções pode corresponder à do v. 15 de Camões:
[R.:] a número ____.

Este verbete seria útil se quiséssemos constituir um campo semântico de ‘«fogo»?
a) não, sei mais aceções do que estas.
b) sim, talvez.
No sketch «Couves, batatas, cenouras» (Lopes da Silva), surge
a) campo semântico de «vegetal».
b) campo lexical de ‘agricultura’.
c) série de co-hipónimos de «vegetal».
Em «Matarruano sonhador», predomina
a) campo semântico de «filosofia».
b) campo lexical de ‘locus amœnus’.

            Vamos tratar de verbetes (de dicionários ou de enciclopédias). Atenta no verbete que copiei do Grande Dicionário Língua Portuguesa (2004).

É um verbete sobre a palavra «_____». Olhando as cinco aceções que apresenta (e que, no fundo, constituem o campo ______ de ‘verbete’), percebemos que a que lhe corresponde é a aceção n.º ___.

            A tira de banda desenhada alude a um dos problemas dos dicionários gerais: é que a definição do significado de uma palavra acaba por ______. Porém, os dicionários gerais mais completos trazem abonações da palavra em frases (verdadeiras ou criadas), que tornam os verbetes mais transparentes (é o caso do da Academia das Ciências, de 1976, vol. I, de que tirei parte do verbete de «abrolho», à esquerda).
            Vê verbetes que pus por estas páginas e desenvolve as abreviaturas: s.m. = ____ | n.f. = ____ v.tr. = ____ | fig. = ____ | lat. = ____ | id. = idem (o mesmo [significado na língua do étimo]).

            As palavras que ponho a seguir existem, embora não sejam das mais comuns. Transcrevo a palavra, a abreviatura que indica a classe e, por fim, a etimologia. Apaguei a parte do verbete onde estava o significado, ou as várias aceções, da palavra.
            É essa parte que criarás (inventarás, portanto). Gostaria que, no conjunto dos verbetes, houvesse cerca de oito acepções, o que não contende com poder ser alguma palavra monossémica — bastaria compensar no número de significados das outras. A seguir a algumas das aceções, entre parênteses (e, depois, entre aspas), podes pôr uma abonação da palavra, isto é, uma frase ilustrativa.

garança, n.f.

Do frâncico wratjia, pelo francês garance.

exergásia, n.f.

Do grego eksergasía.

turificar, v.tr.

Do latim turificare.

turgimão, n.m.

Do árabe tarjuman.

TPC — Faz ficha n.º 25 do Caderno de atividades (sobre ‘Campo lexical e campo semântico’), pp. 45-46, que, como sempre, reproduzirei em Gaveta de Nuvens (a partir de link no sumário).


Aula 83-84 (1 [4.ª], 5 [5.ª], 6 [2.ª, 3.ª], 7/mar [9.ª]) Correção de inícios de peça de teatro criados há já várias aulas.
            Na última aula, já conhecemos o conceito de palavras convergentes (as palavras, sincronicamente homónimas, que têm hoje aparência gráfica e fónica igual mas cujos étimos são diferentes). O conceito de palavras divergentes costuma ensinar-se ao mesmo tempo — e no nosso manual lá estão ambos nas pp. 194 e 195 (vai até aí) —, embora, na verdade, não sejam processos simétricos: na divergência, um mesmo étimo resulta em diferentes palavras atuais; na convergência, étimos diferentes originam várias palavras, ainda que idênticas na grafia e som.
            toda a p. 194 e cimo da 195.
            Resolve nesta nossa folha os itens de ‘Consolida’ da p. 195:
            1. [Como já se disse, as formas eruditas costumam ser mais próximas do étimo latino — as formas populares alteraram-se mais porque são mais antigas e não nasceram no ambiente escrito, conservador. Na tabela; era preferível as formas populares estarem antes das eruditas, logo na segunda coluna — chegaram-nos com a romanização, ao passo que as outras serão «reposições», diretas do latim, já por alturas do Humanismo, da responsabilidade de escritores, entre os quais, tantas vezes, do próprio Camões.]:
Étimo
Forma erudita
Forma popular
a) augustu-


b) attribuere


c) coagulare


d) comparare


e) materia-


2. [Não respondas a esta estúpida pergunta.]
3. [Este exercício tem um erro grave: na alínea a), vanu- não vem a dar a forma do verbo ir, «vão». vanu- dá é o adjetivo «vão» (e entra bastante na expressão «em vão»). Portanto, a frase que ilustra a palavra não é aceitável. Troca-a, por exemplo, por «O esforço de Diogo Piçarra foi vão, pois acabou por desistir».]
3.1 São palavras ______.
3.2 a) _____ qualificativo; b) verbo auxiliar; c) _____ subordinativa comparativa; d) _____.
3.3 Em termos de análise sincrónica trata-se de palavras _____.
4. a) São palavras ______.
b) São palavras ______. Por acaso, o exemplo podia estar mais completo, porque também há manga (‘tipo de arte, cultura’) vindo do japonês; e também me lembro de manga, 3.ª pessoa do presente do verbo «mangar» (‘troçar’), cujo étimo é o cigano mangar, ‘mendigar’; e ainda de manga, também 3.ª pessoa mas de um outro verbo «mangar» (‘enfiar o cabo na ferramenta’), que vem de mango + ar.
No Caderno de atividades (p. 6; mas não precisas de o consultar agora) está este item («4. Completa o quadro»), que tem um erro. Deveria estar, em vez de «Palavra atual», «______», porque palavras convergentes continuam a ser palavras diferentes.
            Vamos ler mais um poema da fase tradicional de Camões («Leva na cabeça o pote», p. 170, que costuma ser conhecido pelo verso inicial do mote, «Descalça vai para a fonte»).
            Completa o que falta ao mote e às voltas, que transcrevi já segundo a ordem mais natural do português:
Leanor vai para fonte, pela verdura, ___. Vai fermosa [= bela] e não segura.
Na cabeça ___ o pote [a bilha]; nas mãos de prata, o ____ [rodilha de pano em que assenta o que se leva à cabeça]. [Tem] uma cinta de escarlata ___, um sainho [colete] de chamalote []. Traz a vasquinha [saia plissada] de ___ [todos os dias] mais branca que a neve pura. Vai fermosa e não segura.
A ___ descobre a garganta; o ____, os cabelos d’ouro. Tem fita de cor d’encarnado. [É] tão linda que ____ o mundo. Nela chove tanta ____ [beleza], que dá graça [beleza] à fermosura [beleza]. Vai fermosa e não segura.

            O «Poema da auto-estrada», de António Gedeão, alude ao de Camões:
Voando vai para a praia
Leonor na estrada preta.
Vai na brasa, de lambreta.

Leva calções de pirata,
vermelho de alizarina,
modelando a coxa fina
de impaciente nervura.
Como guache lustroso,
amarelo de idantreno,
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.

Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa, de lambreta.

Agarrada ao companheiro
na volúpia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio não é com ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pela cintura.
Vai ditosa, e bem segura.

Como um rasgão na paisagem
corta a lambreta afiada,
engole as bermas da estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte
como um punhal que se enterra.
Tudo foge à sua volta,
o céu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que solta
lembra um demónio com asas.

Na confusão dos sentidos
já nem percebe, Leonor,
se o que lhe chega aos ouvidos
são ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.

Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa, de lambreta.
António Gedeão, Obra Completa, 2004

            Na esteira de Gedeão, podemos imaginar uma matriz para criar uma série de textos paralelos, se formos variando os seguintes elementos do mote:
Leonor
vai
para a fonte
pela verdura
descalça
Leonor
vai voando
para a praia
na estrada preta
na brasa, de lambreta
Protagonista
«ir» ou outro verbo idêntico
lugar para onde
lugar por onde
modo





            As tuas versões serão em prosa, semelhantes aos três parágrafos em que linearizei o poema de Camões (e, claro, sem rima). Além da mudança nos elementos das cinco colunas, haverá, desde logo, a mudança de século (XVI > XXI). Tenta que o tipo, a caracterização do protagonista, revele qualidade na observação. Sê bastante descritivo. O próprio Camões também foi muito fotográfico. Nos nomes, evita os de colegas.
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TPC — Para as próximas aulas prepara a leitura expressiva, ou tendencialmente expressiva, destes sonetos de Camões. Os números entre parênteses retos reportam-se aos números dos alunos. Cada número aparece duas vezes, o que significa que cada um terá de preparar a leitura de dois poemas. Além do ensaio em voz alta, bastante repetido, aconselha-se uma prévia compreensão do texto, ainda que, naturalmente, superficial. (Apenas para efeitos da pronúncia de algumas palavras, fiz uma leitura destes oito sonetos — note-se, neutra, sem preocupações interpretativas —, que pus em baixo [e aqui] e lhes será útil se desconhecerem o som de alguma palavra. Usei a pronúncia atual — embora a fonética do português de Camões fosse muito diferente da nossa.)



Aula 85-86 (6 [4.ª], 8 [5.ª, 9.ª], 12/mar [2.ª, 3.ª]) O poema «Erros meus, má fortuna amor ardente» pode exemplificar a chamada medida nova. Com efeito, cada verso seu tem dez sílabas métricas, como a escansão do primeiro verso nos mostra {procede a essa divisão em sílabas métricas}:

            Erros meus, má fortuna, amor ardente
            Também coerente com a vertente clássica, renascentista, da lírica camoniana é a composição: um _____ (catorze versos, distribuídos duas quadras e dois tercetos). Neste caso, o esquema rimático é: A B B A | A _ _ _ | C _ _ | _ _ _.
            Quanto a tema, o texto exprime, em termos complexos, a ____ do poeta com o seu percurso de vida (e, talvez, sobretudo com as desilusões amorosas).
Na mesma p. 188, em baixo, temos «O dia em que nasci, moura e pereça», em que o sujeito poético volta a exprimir em termos céticos, desiludidos, o seu percurso de vida.
Para dar ideia da pouca conta em que tem o seu fado, apela a que se não volte a repetir o dia do seu nascimento (que esse dia «mo[r]ra e pereça, / não o  queira jamais o tempo dar, não torne mais ao mundo») e amaldiçoa-o com uma série de prognósticos pejorativos, se tiver o desplante de voltar («se tornar»):
Se esse dia voltar, o sol sofrerá um _____; haverá sinais apocalíticos; nascerão _____; choverá _____; as mães não reconhecerão os _____; toda a gente, sem perceber o que acontece, ficará a chorar, pálida, a pensar que o mundo _____.
Vai até à p. 183.
O soneto «Amor é um fogo que arde sem se ver» é constituído, nas suas duas quadras e primeiro terceto, por versos que se podem considerar ora oxímoros (ou paradoxos) ora antíteses. É difícil discernir entre estas classificações. Tudo dependerá do grau de impossibilidade — se o verso for mais ilógico, teremos um oxímoro; se o verso apostar apenas num contraste mas que até é compreensível, será apenas uma antítese. Não vale a pena estares a tentar classificar com estes termos, mas tenta ordenar os versos 1 a 11 em função de o que afirmam ser «mais impossível» ou «relativamente aceitável».
Os versos «tendencialmente oxímoros» (mais impossíveis) seriam os vv. _____.
Os versos «tendencialmente antíteses» (mais exequíveis) seriam os vv. _____.
Vai até à p. 178.
            O soneto «Um mover d’olhos, brando e piadoso» faz um retrato de mulher em termos petrarquistas (cfr. pp. 181 e 207). Ao longo do poema, a anáfora — com o artigo indefinido «um» e «uma» — contribui para esta idealização da mulher. Completa a tabela:

Elementos físicos e morais
Expressões caracterizadoras
o olhar
«brando e _____»
o sorriso
«______ e honesto, / quási forçado»
o rosto
«doce e _____»; «de qualquer alegria ______»
o desembaraço
«_____ e vergonhoso»
a postura
«gravíssim[a] e ______»
a bondade
«pura»; «manifesto indício da alma, limpo e ______»
o ousar
«______»
o medo
«______»
o ar
«______»
o sofrimento
«______ e obediente»

Liga dos Campeões — Fase de grupos
10.º 2.ª

10.º 3.ª

10.º 4.ª

10.º 5.ª

10.º 9.ª


Dicionário da Língua Portuguesa, Porto, Porto Editora, 2011:
exergásia [z] n.f. recurso estilístico que consiste na repetição de uma ou mais ideias por palavras diversas, mas sinónimas, cujo significado sobe gradualmente, como: «passava a vida a imaginar, a fantasiar, a idear delícias»; sinonímia (Do gr. exergasía, «aperfeiçoamento, trabalho de composição»)
garança n.f. 1 botânica um dos nomes vulgares da granza (planta tintorial) 2 cor vermelha obtida desta planta (Do frânc. wratja, «id.», pelo fr. garance, «id.»)
turgimão n.m. 1 intérprete oficial de uma legação ou embaixada europeia, nos países do Oriente 2 [fig.] alcoviteiro (Do ár. tarjúman, «intérprete»)
turificar v.tr. 1 incensar 2 [fig.] adular; lisonjear (Do lat. turificare, «id.»)

Luís Fernando Veríssimo, «Falsos Verbetes», Expresso, 29-10-2005:

TPC (a enviar-me durante a semana) — Relanceada a crónica de Luís Fernando Veríssimo, redige um verbete de palavra inventada (criada por ti — portanto, não dicionarizada e nem mesmo conhecida de qualquer falante). Palavra deve ter aparência plausível, considerado o padrão português, e ter três aceções, pelo menos. Não te esqueças de incluir no verbete a abreviatura da classe gramatical e uma abonação — isto é, uma frase exemplificativa, entre aspas — de cada acepção. (Nota que no dicionário que reproduzi não há abonações.) No final do verbete, podes pôr etimologia, mas esta já não será obrigatória. A computador, aproveitando os tipos de ênfase típicos dos verbetes (itálicos, negros, etc.).


Aula 87-88 (8 [4.ª], 12 [5.ª], 14 [9.ª], 13/mar [2.ª, 3.ª]) Continuamos com a lírica camoniana de medida nova (acerca das diferenças medida velha / medida nova, vejam-se pp. 169 e 200).
            Relativamente aos sonetos da p. 182, «Tanto de meu estado me acho incerto» (A) e «Pede o desejo, Dama, que vos veja» (B), repara que têm em comum o facto de os seus sujeitos poéticos terem como interlocutor uma figura feminina.
            Em A, confirma que o destinatário é uma mulher o vocativo no v. 14 («minha ______»); em B, há dois diferentes vocativos respeitantes à mesma senhora: «______» (v. 1); «______» (v. 14).
            Também podemos considerar que o tema de ambos os sonetos é o mesmo:
o eu reflecte sobre a sua experiência do ______.
            Preenche a coluna da direita com o nome dos recursos expressivos assinalados.
versos
trecho (parte mais significativa do recurso sublinhada)
recurso estilístico
«Tanto de meu estado me acho incerto» (A)
1
Tanto de meu estado me acho incerto

7-8
agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto

9
chego ao Céu voando

«Pede o desejo, Dama, que vos veja» (B)
1
Pede o desejo, Dama, que vos veja

1
Pede o desejo, Dama, que vos veja

1
Pede o desejo


            Quanto ao soneto na p. 185, «Alegres campos, verdes arvoredos», respondamos às perguntas 1.1 e 1.2:
            1.1 Os elementos naturais são {substitui o que esteja errado} «alegres campos», «verdes arvoredos a estragar canalizações da ESJGF», «claras e frescas águas de cristal», «rochedos», «silvestres montes», «Vítor do Penedo», «Milbonas de leite», «águas [...] alegres».
            1.2 Este tipo de natureza designa-se «__________».

            Finalmente, o soneto da p. 196, «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades». Resolve o item 4. Classifica as informações como verdadeiras (V) ou falsas (F). Despreza as falsas, olhando para elas com olhar altivo e arrogante.
a) A mudança opera-se no mundo, nos sentimentos, na natureza e no eu e só na natureza é que ela se realiza de forma positiva.
b) O sujeito poético tem uma visão positiva da mudança.
c) A mudança regular recai sobre tudo (boa ou má), mas a mudança excecional é mudança da própria mudança.
d) Este poema reflete a influência dos autores medievais, tanto na temática abordada (a mudança) como na forma (soneto).
Liga dos Campeões da Leitura em Voz Alta — Fase de grupos
TPC  — Prepara a recitação do soneto que te calhar (cfr. infra), que não são os cuja leitura expressiva preparaste. «Recitar» significa dizer o poema de cor (terás, portanto, de o  memorizar). De qualquer modo, procura também imprimir-lhe entoação adequada, alguma expressividade. Por vezes, nestes exercícios de recitação, desconsidera-se este outro lado da tarefa, acabando o recitador por tudo dizer à pressa, como se apenas o preocupasse não se esquecer do texto decorado. À esquerda, os números dos alunos, à direita, o soneto a recitar:



Aula 89-90 (15/mar [5.ª, 9.ª, 4.ª]; nas turmas 3.ª e 2.ª esta aula não se fará) Ponto da situação quanto a tarefas a entregar e aulas próximas, blogue, etc (ver Apresentação).

Leituras expressivas de sonetos de Camões.
            Com o texto da p. 176 regressamos à medida velha. Está em redondilha {escolhe} menor/maior, já que os seus versos têm _____ sílabas métricas, são pentassílabos {faz a escansão}:
                        Aquela cativa
            O subgénero escolhido também é típico da poesia camoniana de raiz mais tradicional, já que se trata de endechas (neste caso, quadras agrupadas em oitavas, com rima emparelhada e ______).
            O tom é ______, mesmo se se trata de amor. Ao longo das cinco estrofes, esse caráter leve assenta bastante no trocadilho entre «cativa» (‘escrava’, a escrava Bárbara) e «cativo» (‘aprisionado’, metaforicamente, pela paixão).

            Vai copiando os versos de «Aquela cativa» (poema também conhecido como «Endechas a Bárbara escrava»), mas acrescentando em cada verso a(s) palavra(s) suficiente(s) para transformar estas redondilhas menores (pentassílabos) em redondilha maior (heptassílabos). A rima manter-se-á, pelo que deves intervir apenas no início ou no meio de cada verso.
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            Escreve um soneto mais otimista do que «Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p. 188). Diria mesmo: um poema na direção emocional contrária, um poema em que desespero, lamento, desilusão dessem lugar a alegria, entusiasmo, fruição.
            Respeitarás um esquema rimático ABBA ABBA CDE CDE. Os versos de rima B terminarão em –aram, como podes ver a seguir. Manterás também as poucas palavras que registei nas linhas, mas, como se vê, podes trocar-lhes género e número. Não te preocupes com a métrica. E, claro, o soneto não tem de se reportar a Camões.
            (Ao escolheres as primeiras rimas, tem em conta que ficas obrigado a obedecer-lhes em versos seguintes. Não ponhas, por isso, finais de palavras muito raros.)
. . . . . . . meu(s)/minha(s), boa(s)/bom/bons. . . . . .  . . . amor . . . . .
Em minha(s)/meu(s) . . . . . . . . . . . . . . . . se conjuraram (juntaram)
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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TPC — Além dos trabalhos em curso (envio do verbete de palavra inventada — ou já da sua reformulação — e preparação da recitação), revê assuntos de gramática (predicativo do complemento direto e restantes funções sintáticas; hiperónimo, hipónimo, holónimo, merónimo; campo lexical, campo semântico; palavras divergentes; palavras convergentes; anáfora e catáfora; étimo e verbetes de dicionário) ou sobre a parte literária deste período (Farsa de Inês Pereira e lírica de Camões).


Aula 91-92 (19 [2.ª, 5.ª], 20 [3.ª, 4.ª], 21/mar [9.ª]) Exemplo de apreciação crítica comparada entre «A verdura amena» (Luís de Camões) e «Se eu fosse um dia o teu olhar» (Pedro Abrunhosa):
                Há que ter em conta que estamos perante não só géneros mas também formatos, ou meios, diferentes. «A verdura amena» chega-nos através do escrito e em papel, ainda que o poema esteja acompanhado de uma imagem de uma pintura de Vincent van Gogh mais de trezentos anos posterior à morte de Camões (entre o quadro do holandês da orelha cortada e o vilancete do zarolho português há em comum a luz, o verde, a paisagem amena – apesar das nuvens incipientes de Campos de trigo). Ao contrário, o poema de Pedro Abrunhosa chega-nos embrulhado numa série de recursos que não se restringem ao que lemos na reprodução da letra da canção. Com efeito, os versos de «Se eu fosse um dia o teu olhar» têm de se integrar com a música e nem sabemos se não tiveram de obedecer a uma melodia prévia ou se foi esta que se lhes conformou. Além disso, relativamente ao texto de Abrunhosa não somos apenas leitores: a receção que dele fazemos incorpora o som, de palavras e música, e as imagens, com realce para as do cantor, que se torna também ator do clip vídeo.
                Se descartarmos estas diferenças quanto a media e atentarmos apenas nos poemas propriamente ditos, encontramos perfis específicos no que se refere à enunciação. Em «A verdura amena», o poeta — que pouco se manifesta em termos subjetivos (não há 1.ª pessoa) — parece dirigir-se aos rebanhos a pastar (como indica a apóstrofe «gados, que paceis»), mas o resto das três setilhas centra-se na exaltação da beleza de Helena, repercutida na natureza (acalma os ventos, transforma espinhos em flores, faz florescer as serras, purifica as fontes) e nas vidas humanas («trá-las suspendidas»). Mesmo o Amor — note-se a personificação —, ajoelhado, «se lhe rende». Entretanto, na letra da canção há um «eu» e um «tu». O sujeito lírico dirige-se a uma 2.ª pessoa, que é mesmo a razão do seu estado emocional e com quem interage, como confirmam determinantes possessivos e pronomes: «se eu fosse um dia o teu olhar»; «e tu as minhas mãos também».
                O tópico é que será mesmo. Quer nas voltas ao mote «Se Helena apartar / do campo seus olhos, / nacerão abrolhos» quer em «Se eu fosse um dia o teu olhar» o olhar é o elemento mais importante. Em ambos os casos, olhos/olhar funcionam como pretexto para a declaração amorosa, que fica só implícita no texto camoniano, mas que, na letra da faixa de Intimidade, é assumida explitamente pelo sujeito, embora em termos de hipótese (e nisso a condicional do v. 1 do refrão é aproximável da abertura do mote de Camões). O desejo do eu é que haja uma osmose com o tu: o sujeito seria o olhar da sua destinatária, mas esta seria as mãos do sujeito lírico. Enfim, amar-se-iam.
                Notemos ainda uma antinomia significativa. Enquanto na lírica quinhentista os olhos da mulher amada, na esteira do modelo petrarquista, influenciam, transformam a natureza (como já se viu, no sentido de a fazer equivaler ao chamado locus amœnus), na letra da canção, o poder do «tu», a amada do poeta, exerce-se sobre o próprio sujeito poético («Pede-me a paz / Dou-te o mundo»). O «eu» do texto fica «[l]ouco, livre».
                Por fim, a comparação quanto a aspetos formais acaba por se justificar na medida em que é associável às características da época ou escola em que os textos se inscrevem. Assim, vale a pena assinalar a regularidade que vemos nos recursos de versificação no poema do período clássico e nesta fase mais tradicional de Camões (são três heptetos, com o mesmo esquema rimático, tendo todos os versos cinco sílabas métricas — redondilha menor, adequada à melodia e ritmo memorizáveis, ainda medida velha, portanto). A esta arrumação, podemos contrapor a maior heterogeneidade, em termos formais, da letra da canção. Nesta não parece que as estrofes obedeçam a um número de versos propositado. Há versos que rimam, ao lado de outros soltos. Só na quadra-refrão, a que começa com «Se eu fosse um dia o teu olhar», há isometria (os seus versos são todos octossílabos) e um esquema rimático determinado (de rima cruzada), o que podemos relacionar com querer-se que melodia e letra fiquem no ouvido.

Recitações
10.º 9.ª
Soneto de Camões
Recitador
Nota
n.º
nome
eu
mestre
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 182)
1
Adriana M.


2
Adriana F.


3
Luísa


24
Pedro


29
Carolina C.


«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p. 188)
5
Beatriz M.


6
Carolina D.


7
Catarina


22
Marta


30
Francisca


«Um mover d’olhos, brando e piadoso» (p. 178)
9
Diogo


10
Francisco






28
Marcos


«Alegres campos, verdes arvoredos» (p. 185)
12
Afonso


13
Ivânia


14
Jónatas


23
Miguel


«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 183)
15
Leonor


16
Lúcia


17
Margarida A.


18
Margarida P.


«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» (p. 196)
4
Beatriz B.


19
Margarida V.


20
Mariana S.


21
Mariana M.


«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p. 188)
8
Daniela


25
Raquel


26
Soraia


27
Tiago



10.º 4.ª
Soneto de Camões
Recitador
Nota
n.º
nome
eu
mestre
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 182)
1
Afonso


2
André


3
Clara


24
Mafalda


29



«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p. 188)
5
Daniel V.


6
Diana


7
Eduardo


22
Lourenço


30



«Um mover d’olhos, brando e piadoso» (p. 178)
9
Fábio


10
Francisca


11
Francisco


28
Tomás


«Alegres campos, verdes arvoredos» (p. 185)
12



13
Gonçalo


14
Hugo


23
Madalena


«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 183)
15
Inês P.


16
Joana


17
João G.


18
João S.


«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» (p. 196)
4
D. Botea


19
Rodrigo


20
Laura


21
Leonor


«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p. 188)
8
Emilly


25
Margarida


26
Inês O.


27
Pedro



10.º 5.ª
Soneto de Camões
Recitador
Nota
n.º
nome
eu
mestre
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 182)
1
Ana J.


2
Ana S.


3
Ângela


24
Sara Filipa


29
Fred


«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p. 188)
5
Beatriz Pi


6
Beatriz Pa


7
Beatriz E.


22
Pedro S.


«Um mover d’olhos, brando e piadoso» (p. 178)
9
Carolina


10
Elisa


11
Maia


28
Tomás


«Alegres campos, verdes arvoredos» (p. 185)
12
Guilherme


13



14
Grego


23
Rodrigo


«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 183)
15
João R.


16
Luísa


17
Mafalda


18
Leonor


«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» (p. 196)
4
João F.


19
Maria


20
Natacha


21
Pedro R.


«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p. 188)
8
Bernardo


25
Sara N.


26
Soraia


27
Tiago



10.º 2.ª
Soneto de Camões
Recitador
Nota
n.º
nome
eu
mestre
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 182)
1
Afonso


2
Ângelo


3
Amaral


24
Miguel C.


29
Ricardo


«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p. 188)
5
Camily


6
Carolina


7
Diogo M.


22
Marta


30
Sebastião


«Um mover d’olhos, brando e piadoso» (p. 178)
9
Francisco A.


10
G. Amaro


11
G. Cabo


28
Pedro F.


«Alegres campos, verdes arvoredos» (p. 185)
12
Guilherme V.


13
Henrique


14
Ivo


23
Miguel B.


«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 183)
15
João F.


16
Cardoso


17
Francisco B.


18
João A.


«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» (p. 196)
4
Toni


19
João Pedro


20
Cola


21
João S.


«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p. 188)
8
Diogo S.


25
Paulo


26
P. Torrado


27
Pedro P.



10.º 3.ª
Soneto de Camões
Recitador
Nota
n.º
nome
eu
mestre
«Tanto de meu estado me acho incerto» (p. 182)
1
Afonso


2
Margarida O.


3
Ana


24
Matilde C.


«Erros meus, má fortuna, amor ardente» (p. 188)
5
Beatriz B.


6
Beatriz E.


7
Bernardo


22
Matilde P.


«Um mover d’olhos, brando e piadoso» (p. 178)
9
Carolina


10
Consti


11



28
Sofia


«Alegres campos, verdes arvoredos» (p. 185)
12
Edu


13
Eduardo


14
Francisco


23
Teresa


«Amor é um fogo que arde sem se ver» (p. 183)
15
Inês C.


16
Inês S.


17
Lúcia


18
Mafalda


«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades» (p. 196)
4
Beatriz P.


19
Margarida T.


20
Margarita


21
Maria João


«O dia em que eu nasci, moura e pereça» (p. 188)
8
Carlota


25
Miguel


26
Nicole


27
Pedro



Questionários de gramática
Versão com Armindo
            Sem consultares outros elementos além desta folha, classifica quanto à função sintática (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase; complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do grupo verbal; modificador restritivo do nome, modificador apositivo do nome) as expressões sublinhadas. Não é obrigatório que estejam representadas todas as funções e pode haver funções que apareçam mais do que uma vez.
            [ Para identificação do complemento direto, podes experimentar a substituição pelos pronomes «o» ou «isso». Para identificação do complemento indireto, serve a substituição por «lhe». Com o modificador do grupo verbal resulta a pergunta «Que fez sujeito + modificador?», obtendo-se depois o verbo; ao contrário, este teste não resulta com complementos oblíquos. Com o modificador do grupo verbal também resultará «Foi modificador do grupo verbal que sujeito + grupo verbal», mas já não com um modificador de frase. O complemento agente da passiva passa a sujeito na frase na ativa. ]

Com demasiada frequência os acentos gráficos das esdrúxulas são esquecidos pelos alunos.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Armindo, por favor, com a gentileza que todos te reconhecem, traz-nos o DVD de O Leitor.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Saoirse Ronan, a Briony de Expiação, é atriz interveniente em A Paixão de Van Gogh.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
A fútil Inês Pereira achava o bom do Pero Marques demasiado simplório.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Os sportinguistas consideram escandaloso o caso E-toupeira.
1 — . . . . . . . .  
2 — . . . . . . . .
Hawking, que comunicava por meio dos músculos da bochecha, sofria de esclerose lateral amiotrófica.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Foi dedicado a Bernardo Sassetti sentidamente um dos últimos discos de Rui Veloso.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Ontem, pelas quinze, o maestro agrediu-nos com a sua batuta milagrosa.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .

            Escolhe a melhor alínea:
Um mote (ou moto)
a) tem depois voltas que o desenvolvem.
b) é um pretexto para o que se segue.
c) é um provérbio dado ao autor.
d) são dois ou três versos.

Uma didascália é
a) dita pelos atores.
b) lida pelos encenadores.
c) ouvida pelos espetadores.
d) um aparte.

O modelo petrarquista de mulher corresponde a
a) rapariga levada da breca que vai a fontes descalça.
b) mulher do povo, simples e alegre.
c) senhora angelical, calma, inacessível.
d) mulher afável, expressiva, generosa e bela.

A alínea que não tem um par de palavras divergentes é:
a) são (< lat. sunt); são (< lat. sanu-).
b) areia (< lat. arena-); arena (< lat. arena-).
c) mancha (< lat. macula-); mácula (< lat. macula-).
d) cadeira (cathedra-); cátedra (< lat. cathedra-)

A lírica de Camões de cariz tradicional socorre-se de versos com
a) oito ou dez sílabas métricas.
b) dez sílabas métricas.
c) cinco ou sete sílabas métricas.
d) cinco ou seis sílabas métricas.

O pronome pessoal é uma catáfora (e não uma anáfora) em
a) Barreiras Duarte mentiu no CV e agora todos lhe caem em cima.
b) Considero-o um jogador rapidíssimo, mas a verdade é que o Rafa falha imensos golos feitos.
c) Nuno Markl escreveu a série 1986 mas quem a realizou foi Henrique Oliveira.
d) Porque Nuno Artur Silva estava a fazer bom trabalho na RTP não quiseram que ele continuasse.

A relação entre «espetáculo» e «Festival RTP da Canção» é de
a) hiperónimo / hipónimo.
b) holónimo / merónimo.
c) hipónimo / hiperónimo.
d) merónimo / holónimo.

O conjunto dos significados que uma palavra pode ter nos contextos em que ocorre designa-se
a) Campo Grande.
b) campo semântico.
c) campo lexical.
d) verbete de dicionário.

Versão com invólucros para recolha de cocós
Para nosso bem, não insistas, Camões, por favor, nessas vãs tentativas de poema épico.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Invólucros para recolha de cocós foram oferecidos à escola por um benemérito.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Kate Winslet, a Hanna Schmitz de O Leitor, foiprotagonista de Titanic.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Mais uma vez, a populosa nação russa elegeu Putin presidente.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
O comité de arbitragem da UELVA nomeou o mestre único responsável pelas decisões todas.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Chegaram anteontem pelas dezoito e trinta os livros que a Hanna pedira.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Cumprimentei-te junto da porta de emergência, com a consciência absolutamente tranquila.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Regressaram de Castelo Branco ontem mesmo os cães da Alzira.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .

            Escolhe a melhor alínea:
Um aparte é
a) uma fala entre personagens.
b) uma didascália.
c) uma didascália dirigida ao público.
d) um comentário.

Uma cena
a) implica mudança de cenário.
b) define-se por entarem em palco as mesmas personagens.
c) define-se pelo cenário.
d) pode incluir mais do que um ato.

A expressão locus amœnus alude
a) à morte de um louco (‘um louco a menos’).
b) à eloquência reflexiva e calma dos poetas do renascimento.
c) a um certo modelo de paisagem.
d) a lugares fora da cidade.

A alínea que não tem um par de palavras divergentes é:
a) mãe (< lat. matre-); madre (< lat. matre-).
b) adro (< lat. atriu-); átrio (< lat. atriu-).
c) chamar (clamare); clamar (< lat. clamare)
d) vão (< lat. vadunt); vão (< lat. vanu-).

Uma redondilha maior
a) é a chamada «medida nova».
b) tem cinco sílabas métricas.
c) tem sete sílabas métricas.
d) tem dez sílabas métricas.

O pronome é uma anáfora (e não uma catáfora) em
a) Tem-lhe um amor maior do que o mundo, ao seu Anselmo.
b) Isto é extraordinário: a inflação aumenta e recebemos ainda menos.
c) Acho-a uma excelente pessoa, a Gertrudes.
d) O penálti de Sérgio Oliveira foi estranho: marcou-o com os dois pés.

A relação entre «recinto desportivo» e «Estádio do Dragão» é de
a) hiperónimo / hipónimo.
b) holónimo / merónimo.
c) hipónimo / hiperónimo.
d) merónimo / holónimo.

Um campo lexical reúne
a) os sentidos que uma dada palavra pode ter.
b) as palavras de uma mesma família.
c) as palavras que um dado conceito abarca.
d) as aceções encontráveis num dado verbete de dicionário.


Versão com Madonna
Com grande desfaçatez as nossas ruas são decoradas por cocós de cão.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Madonna, estamos muito contentes por vires para Lisboa.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Pero Marques, um simplório simpático, parecia o marido ideal.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Lianor Vaz considerava Pero Marques uma excelente opção.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
A maioria dos benfiquistas acha Rui Vitória demasiado bem comportado.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Keira Knightley, que fez de Cecilia em Expiação, entrara igualmente em O Amor Acontece.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Perto da estação de Benfica os afáveis Putin e Donald abraçaram-me com simpatia.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Chegaram ontem os livros — a Ofelia ofereceu-os ao Pessoa.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .

            Escolhe a melhor alínea:
A alínea que não tem um par de palavras convergentes é:
a) rio (< lat. rideo); rio (< lat. rivu-).
b) mancha (< lat. macula-); mácula (< lat. macula-).
c) como (comedo); como (< lat. quomodo).
d) cobra (< lat. colubra); cobra (< lat. copula-).

Uma redondilha menor
a) tem quatro sílabas métricas.
b) tem sete sílabas métricas.
c) é a chamada «medida nova».
d) tem cinco sílabas métricas.

O pronome pessoal é uma catáfora (e não uma anáfora) em
a) Cada vez lhe achava mais piada, ao raio do tubarão.
b) Camolas era um avançado gorducho, ainda que Conhé e Tibi o temessem.
c) O jogador de que mais gostava era Araponga e até lhe dedicou um soneto.
d) Catricoto, olha o Mwepu, mas não o rasteires.

A relação entre «gomo» e «tangerina» é de
a) holónimo / merónimo.
b) hipónimo / hiperónimo.
c) merónimo / holónimo.
d) hiperónimo / hipónimo.

Um campo lexical reúne
a) as palavras de uma mesma família.
b) as palavras que um dado conceito abarca.
c) as aceções encontráveis num dado verbete de dicionário.
d) os sentidos que uma dada palavra pode ter.

Um mote (ou moto) é
a) um provérbio ou três versos.
b) do próprio autor.
c) inspirador.
d) sempre de outro autor.

Um ato costuma ter
a) entre uma a cinco cenas.
b) vários cenários.
c) uma só cena.
d) um só cenário.

O modelo petrarquista de mulher corresponde a
a) mulher do povo, simples e alegre.
b) mulher senhora angelical, calma, inacessível.
c) mulher afável, expressiva, generosa e bela.
d) rapariga levada da breca que vai a fontes descalça.

Versão com Hanna
Gil Vicente, não faças peças de teatro das tuas durante os próximos três séculos.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Os sonetos foram recitados ao resto da turma por muitos alunos do 10.º 9.ª.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
O juiz daquele tribunal julgou Hanna Schmitz culpadíssima.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Oitenta por cento dos russos elegeu Putin como presidente do seu país.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
A poesia de Camões, que morreu em 1580, é bué fofinha.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Dei à Ernestina — sábia e generosa rapariga! — os três jarrões velhos insuportáveis.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Beijava-te, Hanna, e lia-te os melhores livros da minha biblioteca.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .
Vieram de Londres anteontem os terroristas de que te falei.
1 — . . . . . . . .
2 — . . . . . . . .

            Escolhe a melhor alínea:
Um mote (ou moto)
a) é sempre de outro autor.
b) é um provérbio ou três versos.
c) é do próprio autor.
d) é inspirador.

Um ato costuma ter
a) um só cenário.
b) entre uma a cinco cenas.
c) vários cenários.
d) uma só cena.

O modelo petrarquista de mulher corresponde a
a) rapariga levada da breca que vai a fontes descalça.
b) mulher do povo, simples e alegre.
c) mulher senhora angelical, calma, inacessível.
d) mulher afável, expressiva, generosa e bela.

A alínea que não tem um par de palavras convergentes é:
a) cobra (< lat. colubra); cobra (< lat. copula-).
b) rio (< lat. rideo); rio (< lat. rivu-).
c) mancha (< lat. macula-); mácula (< lat. macula-).
d) como (comedo); como (< lat. quomodo).

Uma redondilha menor
a) tem cinco sílabas métricas.
b) tem quatro sílabas métricas.
c) tem sete sílabas métricas.
d) é a chamada «medida nova».

O pronome pessoal é uma catáfora (e não uma anáfora) em
a) Catricoto, olha o Mwepu, mas não o rasteires.
b) Cada vez lhe achava mais piada, ao raio do tubarão.
c) Camolas era um avançado gorducho, ainda que Conhé e Tibi o temessem.
d) O jogador de que mais gostava era Araponga e até lhe dedicou um soneto.

A relação entre «gomo» e «tangerina» é de
a) hiperónimo / hipónimo.
b) holónimo / merónimo.
c) hipónimo / hiperónimo.
d) merónimo / holónimo.

Um campo lexical reúne
a) os sentidos que uma dada palavra pode ter.
b) as palavras de uma mesma família.
c) as palavras que um dado conceito abarca.
d) as aceções encontráveis num dado verbete de dicionário.



Aula 93-94 (20 [2.ª], 21 [3.ª], 22/mar [5.ª, 9.ª, 4.ª]) Correção de questionário de gramática (ver Apresentação).
Sobre avaliação e indicações para o 3.º período (ver Apresentação)
2.º período — alguns focos do ensino e da avaliação (que, porém, não devem ser vistos como parcelas para se chegar a uma média)



Leitura
Aula
Questionário sobre dois depoimentos sobre Gil Vicente (aula 59-60)

Questionário sobre «A estranha vida de Steve Jobs» (aula 76-77)
Observação direta da eficiência a resolver as tarefas com textos em todas as aulas
Observação direta da atitude de se esforçar por trabalhar com concentração



Educação literária
Casa
Leitura de livro (tepecê de aula 51-52 e 53-54; inquirida a situação na aula 79-80)

[Esta área é aferida também em atividades de todos os outros domínios.]
Escrita
Aula
Texto expositivo sobre «Os Portugueses» (aula 53-54)

Reportagem (direto televisivo) a pretexto do cerco de Lisboa (aula 57-58)
Comentário comparado Inês Pereira-Pero Marques vs. «Ele e Ela» (aula 63-64)
Apreciação crítica a «Vítor do Penedo» vs. Pero (aula 71-72) {não se fez no 10.º 2.ª}
Criação de início de texto teatral (aula 71-72 ou 73A-74A)
Sinopse de peça segundo mote-provérbio (aula 75-76)
Apreciação crítica de «A verdura amena» vs. «Se eu fosse um dia o teu olhar» (aula 79-80)
Verbetes de quatro palavras difíceis (aula 81-82)
Redação de descrição segundo o tema de «Descalça vai para a fonte» (aula 83-84)
Casa
«Acróstico» com Crónica de D. João I (tepecê da aula 55-56)
Texto narrativo/expostivo/argumentativo sobre Palavra de estimação (tepecê da aula 67-68)
Reformulação do texto sobre Palavra de estimação (tepecê da aula 71-72)
«Acróstico» Farsa de Inês Pereira (tepecê da aula 81-82)
Verbete de palavra inventada (tepecê da aula 85-86)
Reformulação de Verbete de palavra inventada (tepecê da aula 89-90 ou 91-92)
Oralidade
Aula
Leitura em voz alta de soneto de Camões — fase de grupos da LC, 1.ª jornada (85-86)

Leitura em voz alta de outro soneto — fase de grupos da LC, 2.ª jornada (aula 87-88)
Recitação de outro soneto de Camões (aula 91-92)
Observação direta da atitude de procurar ouvir os outros com atenção (sem falar para o lado)
Casa
[Só para alguns:] Recuperação de gravação com poesia trovadoresca, tarefa do 1.º período
Gramática
Aula
Questionário sobre conteúdos do período (aula 91-92)

Observação direta da atenção nos momentos em que se trata de ouvir explicações de conteúdos
Atitudes
Classificação no segundo período incorpora também a do primeiro, mas valorizando percurso (ascendente ou descendente) e grau de cumprimento de conselhos dados no final do primeiro período. Como alertei, serei severo com quem não chegou a entregar tarefa de oral do 1.º período.
Nas conversas que terei convosco, em vez de partir das médias por áreas do Português (como fiz no 1.º período), reportar-me-ei aos progressos ou descidas relativamente ao rendimento no período anterior e direi o que se deve corrigir ou aperfeiçoar.
Em leitura (compreensão dos textos), mais do que os dois questionários convencionais que fizemos, terei em conta o que fui observando da capacidade de resolver as tarefas da aula (é uma área em que se misturam aspetos também de atitude, empenho, esforço para não estar só a falar para o lado).
Na escrita, dou muita importância às tarefas pedidas para casa — decerto maior do que às feitas em aula.
Na oralidade entram as leituras em voz alta e a recitação (que, mais do que de jeito, dependeram essencialmente de trabalho de preparação em casa).
Em gramática, tudo se define bastante pela nota havida na única testagem.
Surge agora também com maior autonomia a área de educação literária (substanciada pela leitura de livro pedida — os conteúdos desta área também foram testados ao mesmo tempo que a gramática e não são alheios ao que se passa em todos os outros domínios).
Descartando talvez a pontualidade (e a assiduidade), as falhas em termos de atitudes são relacionáveis com os vários domínios. Tenho dificuldade em distinguir a concentração nas tarefas da autonomia, a capacidade de compreender um texto, ou seja, de ler. A atenção (nos momentos em que falo) reflete-se no conhecimentos mais «informativos» (gramática, educação literária). O trabalho, o esforço, a arrumação, revelam-se no cumprimento de tarefas de escrita, na preparação de tarefas de oralidade, no estudo de gramática.

TPCQuando estiver a terminar a primeira semana de férias (portanto, cerca da Páscoa propriamente dita) deixarei em Gaveta de Nuvens indicações sobre tarefa, ou tarefas, que queria que fossem fazendo bastante cedo (ainda antes dos momentos de testes das outras disciplinas). Entretanto, podem também enviar-me reformulações (palavra de estimação; falso verbete) ou mesmo as respetivas tarefas de raiz.

            Queria lembrar-lhes a possibilidade de escreverem texto para Concurso literário José Gomes Ferreira (poesia; prosa narrativa; teatro), cujo prazo final é o início de junho. Para teatro, em alguns casos poderiam tomar como guia o que já fizeram para o esboço de começo de uma peça em aula recente. Para poesia ou prosa, pode ser útil o que venhamos a fazer no reinício.
            No recomeço das aulas, pedia-lhes que me trouxessem os livros que tenha emprestado. Até lá, podem ir lendo a obra (ser-lhes-á pedida também tarefa com alguma ligação às leituras de livros). Posso aliás ceder ainda algum dos livros que tenho dentro do armário da sala.


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