Itens de gramática em exames recentes (organizados por assuntos)
Itens de exame recentes com orações
[2016, 1.ª fase]
8. Classifique a oração iniciada por «que» (linha 1).
[A ciência
tem hoje tantas e tão úteis aplicações nas nossas vidas que a associação mais imediata que o cidadão comum faz hoje à
ciência não pode deixar de ser a tecnologia.]
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9. Identifique o valor
da oração subordinada adjetiva relativa presente nas linhas 3 e 4. [Essa associação, embora
não diga o essencial sobre a ciência – que é acima de tudo a descoberta do
mundo pelo homem –, não deixa de ser adequada.]
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[2016, 2.ª fase]
9. Indique o valor da
oração subordinada adjetiva relativa presente na linha 16. [uma gota de água se
me desenha na memória, como uma enorme pérola suspensa, que devagar vai
engrossando e tarda tanto a cair, e não cai enquanto a olho fascinado.]
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10. Classifique a
oração introduzida por «em que» (linha 32). [Duzentos anos a fabricar pedra, a
construir uma pequena coluna, um mísero toco em que ninguém reparará depois.]
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[2016, época especial]
8. Indique o valor da
oração relativa «que aqui confesso» (linha 1). [Esta paixão pela língua
portuguesa, que aqui confesso, cega não será, superlativa muito menos.]
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9. Indique a função
sintática desempenhada pela oração «que houve opressão e apagamento» (linha 9).
[Sei, sim, que houve opressão e apagamento.]
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[2015,
1.ª fase]
9. Identifique a
função sintática desempenhada pela oração subordinada presente na frase «E diz
que o olfato perdeu importância em favor da visão» (linha 21).
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10. Classifique a oração iniciada por «mesmo se» (linha 29). [Cresce todo um comércio ligado ao olfato ambiental, com aromas para
as várias divisões da casa e para o automóvel, líquidos que imitam o odor do
pinheiro ou da lavanda, mesmo se os nossos estilos de vida nos distanciam cada
vez mais da natureza.]
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[2015,
2.ª fase]
9. Identifique o valor
da oração subordinada adjetiva relativa introduzida por «que» (linha 10). [A
fidelidade do realizador ao texto começa nessas palavras, ditas por um narrador
que, falando pela voz de Eça, não pretende ser o escritor, nem imitá-lo, mas
apenas contar a história por ele, assim continuando em todo o filme,
introduzindo lugares, personagens, episódios.]
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[2015, época especial]
7. A oração «que vai
começar o embarque» (linha 16) [Quando a voz do altifalante avisa que vai
começar o embarque, não tenho pressa.] é uma oração subordinada
(A) substantiva relativa. | (B) substantiva completiva. | (C) adjetiva relativa.
| (D) adverbial consecutiva.
8. Identifique o valor
da oração subordinada adjetiva relativa presente em «A mente, ocupada com a
obsessão de eliminar problemas antigos, não se liberta a conceber a viagem que
começará em breve.» (linhas 7 e 8).
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9. Identifique a
função sintática desempenhada pela oração subordinada presente na frase «Sei
que chegaremos todos ao mesmo tempo.» (linha 18).
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Itens de exame com funções sintáticas
[2016,
1.ª fase]
5. Nas expressões «protege-nos dos riscos» (linha 17)
e «A ciência traz-nos constantemente novos riscos» (linhas 28 e 29), os
pronomes pessoais desempenham as funções sintáticas de
(A) complemento indireto
e de complemento direto, respetivamente.
(B) complemento direto e
de complemento indireto, respetivamente.
(C) complemento indireto,
em ambos os casos.
(D) complemento direto,
em ambos os casos.
10. Refira a função
sintática desempenhada pela oração subordinada presente em «é inevitável que
vivamos permanentemente sob ameaças» (linha 8).
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[2016,
2.ª fase]
8. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «o rio
Saône» (linha 14). [Vai levando o rio Saône a sua corrente envenenada, e é
neste momento que uma gota de água se me desenha na memória, como uma enorme
pérola suspensa, que devagar vai engrossando e tarda tanto a cair, e não cai
enquanto a olho fascinado.]
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[2015,
2.ª fase]
10. Refira a função
sintática desempenhada por «que» (linha 26). [Em Os Maias de João Botelho, ao contrário
do que acontece com as personagens, e à parte as cenas de interior, filmadas em
ambientes da época que ainda hoje
mantêm as suas características — a Casa Veva de Lima, o Grémio Literário —, não
encontramos cenários realistas, que a Lisboa de hoje não permitiria.]
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[2014, 1.ª fase]
2.1. Identifique a função sintática desempenhada pela palavra «queirosiano»
(linha 13). [Mas se é verdade que Eça continua atual, e Portugal em muitos dos
seus traços sociológicos continua queirosiano,
parece-me desajustado que se continue a divulgar a ideia de que a sua prosa e
os seus tipos constituem uma espécie de bitola geneticamente inultrapassável.]
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[2014, 2.ª fase]
2.3. Identifique a
função sintática desempenhada pelo pronome pessoal em «pode inspirar-nos em cada
tempo» (linhas 29 e 30). [O magistério crítico de Vieira ainda faz sentido nos
dias de hoje e pode inspirar-nos em cada tempo para não desistirmos de
construir uma sociedade mais justa e mais fraterna.]
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[2014, época especial:]
2.3. Identifique a
função sintática desempenhada pela expressão «viver e pensar» (linha 25).
[Caeiro não é um filósofo, é um sábio para quem viver e pensar não são atos separados.]
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[2013, 1.ª fase]
2.3. Identifique a função
sintática desempenhada pela expressão «secreta e insolúvel» (linha 22).
[Permanecerá para sempre secreta e insolúvel.]
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[2013, 1.ª fase, data
especial]
2.3. Identifique o sujeito da oração «mas com as viagens marítimas tudo
mudou» (linhas 17 e 18).
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[2013, 2.ª fase]
1.7. Na frase «A mãe tentou compensar-me, tentou lutar
contra a minha morte dando-me poesia.»
(linha 36), os pronomes pessoais desempenham, respetivamente, as
funções sintáticas de
(A) predicativo do
sujeito e complemento direto.
(B) complemento
indireto e complemento direto.
(C) complemento direto
e complemento indireto.
(D) predicativo do sujeito e complemento indireto.
[2013, época especial]
2.3. Identifique a
função sintática do pronome pessoal sublinhado em «eu tenho livros que me
foram oferecidos» (linha 26).
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Itens para identificação de referentes (ou semelhantes) em exames
recentes
[2016, época especial]
10. Identifique o antecedente do possessivo «sua»
(linha 27 [«Quando o angolano Ondjaki dedica um poema ao brasileiro Manoel de
Barros, quando Mia Couto reconhece a influência que teve Guimarães Rosa na sua
escrita transfiguradora e transfigurada pelas africanas narrativas do seu
povo;»]).
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[2015, 1.ª fase]
8. Identifique o antecedente do pronome pessoal presente
na expressão «há cerca de duzentos e cinquenta termos a ela relativos» (linha
17 [«Num ensaio sobre a antropologia do olfato, David Le Breton escreve que as
sociedades ocidentais deixaram de valorizar os odores. E dá dois exemplos: na
época de Dürer, existiam na língua alemã mais de cento e cinquenta e oito
palavras para designar cheiros diferentes. Dessas, apenas trinta e duas hoje
subsistem, e frequentemente como formas dialetais muito localizadas. Pelo
contrário, no mundo árabe-muçulmano, que mantém mais viva a sabedoria dos
odores, há cerca de duzentos e cinquenta termos a ela relativos.)»]).
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[2015, 2.ª fase]
8. Transcreva a palavra que constitui uma catáfora da
expressão «os trajes (num figurino rigoroso), os cenários, as próprias vozes
dos atores» (linha 16 [«Tudo é cor neste filme, os trajes (num figurino
rigoroso), os cenários, as próprias vozes dos atores transbordam de tons ora
suaves ora lúgubres, frementes de paixão, graves de dramatismo, estridentes de
caricatura.»]).
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[2015, época especial]
10.
Identifique o antecedente do pronome «o» presente na frase «Faço-o durante toda
a viagem.» (linhas 19 e 20). [«Sei que chegaremos todos ao mesmo tempo. Entro
no avião com o pé direito, sento-me e, só nesse momento, começo a fantasiar
sobre o destino para o qual me dirijo. Faço-o durante toda a viagem.»]
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[2014, 2.ª fase]
2.1.
Identifique a expressão de que o pronome «aquilo» (linha 7) é uma catáfora.
[«Vieira gizou, a partir de um diagnóstico lúcido dos problemas do presente
político, social, económico e religioso, aquilo que o especialista Aníbal Pinto
de Castro denominou como sendo uma «cidadania do futuro».»]
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[2014, época especial]
1.4. O recurso à expressão «tudo o que Fernando Pessoa
não pode ser» (linha 4 [«E apesar de os leitores do século XXI preferirem
claramente o trágico engenheiro Álvaro de Campos ou o solitário urbano Bernardo
Soares, a verdade é que é de Caeiro que irradia toda a heteronímia pessoana,
pois ele é tudo o que Fernando Pessoa não pode ser: uno porque infinitamente
múltiplo, o argonauta das sensações, o sol do universo pessoano.»]) configura
uma
(A) elipse. | (B) anáfora. | (C) reiteração. | (D) catáfora.
[2013, 1.ª fase]
2.2 Indique o antecedente do
pronome sublinhado em «O que tenho a dizer escrevi-o.» (linha 15)
. . . . . . . . . . . .
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[2013, época especial]
2.2.
Indique o antecedente do pronome que ocorre em «Não o podemos sequer perfumar»
(linha 26) [«Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um
amor que se conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar
fidelidade a um texto que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na
morte, não permanecer vivo enquanto espera por nós. É infiel. Não o podemos
sequer perfumar e eu tenho livros que me foram oferecidos com aroma de
buganvílias e canela.»]
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[2012, 2.ª fase]
2.2. Indique o antecedente do determinante possessivo
que ocorre em «a sua subordinação à hegemonia das imagens» (linhas 15 e 16).
[«É, por isso, inteiramente lícito que nos interroguemos sobre a relação
possível entre o esvaziamento das palavras e a sua subordinação à hegemonia das
imagens, das quais se diz agora valerem, cada uma delas, mais do que mil
palavras, num câmbio tão duvidoso quanto sugestivo.»]
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[2011, 1.ª fase]
2.1. Indique o antecedente dos determinantes
possessivos que ocorrem em «A sua grande vegetação, o seu grande triunfo de
flora» (linhas 12 e 13). [«As terras não se cultivavam. Faziam, inertes, as
suas despedidas da fertilidade, suportavam aquela pausa intermédia entre a
morte e a inumação. A sua grande vegetação, o seu grande triunfo de flora, era
o cardo. Se lhe davam folga, o cardo cobria de verde-cinzento a paisagem.»]
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Itens de exame em torno de atos ilocutórios
[2014, 1.ª fase]
2.3. Classifique o ato ilocutório presente em «Como um
dia veremos.» (linha 29). [É por isso que, para além do culto que a obra de Eça
legitimamente merece, por mérito próprio e grandeza genuína, se deve
reconhecer, para sermos justos, que muita da admiração totalitária que Eça
desencadeia nasce porventura duma espécie de preguiça e lentidão em entender,
ainda nos nossos dias, a linguagem diferente daqueles que lhe sucederam. O que
não parece vir a propósito, embora venha. Como um dia veremos.]
. . . . . . . . . . . .
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[2013, 1.ª fase]
1.7. Na frase «E, após isso, ninguém lerá uma só
palavra posta por mim num pedaço de papel.» (linhas 9 e 10), o autor realiza um
ato ilocutório
(A) compromissivo.
| (B) declarativo. | (C) expressivo. | (D) diretivo.
[2013, 2.ª fase]
2.2. Classifique o ato ilocutório presente em «A sua
poesia ainda tem segredos para si?» (linha 21).
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Itens de exames recentes em torno de de
classes de palavras
[2016, 2.ª fase]
5. Nas linhas 13 e 15,
a palavra «se» [«Não iria longe esta crónica se não fosse a providência dos cronistas, a qual é (aqui o
confesso) a associação de ideias. Vai levando o rio Saône a sua corrente
envenenada, e é neste momento que uma gota de água se me desenha na memória, como uma enorme pérola suspensa»] é
(A) uma conjunção em ambos os casos.
(B) um pronome em ambos os casos.
(C) um pronome e uma conjunção, respetivamente.
(D) uma conjunção e um pronome, respetivamente.
[2016, época especial]
6. Nas expressões «Se
chega» (linha 15) e «se desnuda» (linha 16), as palavras sublinhadas são
[«Mas acontece que a repressão é mecânica e a língua é biológica. Se chega às terras de outros povos na
bagagem do colonizador, em breve sai e se
desnuda e se alimenta, e adormece e procria.»]
(A) conjunção e pronome, respetivamente.
(B) pronome e conjunção, respetivamente.
(C) conjunções, em ambos os casos.
(D) pronomes, em ambos os casos.
[2015, 1.ª fase]
4. Na expressão «desde
as imagens mais triviais às mais sofisticadas» (linha 18), os adjetivos
significam, respetivamente,
(A) comuns e sensuais.
(B) conhecidas e
misteriosas.
(C) banais e
requintadas.
(D) sugestivas e luxuosas.
*[2015, época especial]
5. A anteposição do
pronome «lhe» (linha 35) justifica-se pela [«No que diz respeito ao olhar,
impôs-se aquele que está lá e que privilegia a experiência simples dos
sentidos. No fundo, para quem foi, o mais fundamental desse tempo, aquilo que
efetivamente lhe acrescentou mundo, foi ter ido, ter estado lá realmente, ter
olhado em volta.»]
(A) presença de uma
expressão adverbial enfática.
(B) presença de um
advérbio de negação.
(C) sua integração numa
frase em discurso indireto livre.
(D) sua integração numa oração subordinada relativa.
[2014, 2.ª fase]
1.7. No excerto
«Denunciou as estruturas de corrupção, que considerava uma espécie de
cancro que afetava gravemente a missão dos governos e o superior
interesse do Reino e dos súbditos do rei.» (linhas 9 a 11), as palavras
sublinhadas são
(A) um pronome e uma conjunção, respetivamente.
(B) uma conjunção e um pronome, respetivamente.
(C) pronomes em ambos os contextos.
(D) conjunções em ambos os contextos.
[2014, época especial]
1.7. No excerto «Inês
Pedrosa refere que Caeiro seria a “figura da musa” para o poeta, que
aliás o descreve em termos helénicos, louro como um deus grego.» (linhas
18-19), as palavras sublinhadas são
(A) um pronome e uma conjunção, respetivamente.
(B) uma conjunção e um pronome, respetivamente.
(C) pronomes em ambos os casos.
(D) conjunções em ambos os casos.
Itens de exame recentes em torno de processos
de formação de palavras
[2014, 2.ª fase]
1.5. Os processos de
formação das palavras «cristãos-novos» (linha 12) e «confisco» (linha 17
[«realizar o confisco prévio dos bens dos arguidos»]) são, respetivamente,
(A) derivação e amálgama. | (B) composição e truncação. | (C) amálgama e
parassíntese. | (D) composição e derivação.
[2013, prova intermédia]
1.3. Os processos de
formação das palavras «plastisfera» (linha 11 [«Parece que todo esse plástico
está a ser adotado por vários tipos de bactérias que o usam como uma espécie de
recife. Foram encontrados pelo menos mil tipos diferentes de microrganismos.
Segundo o estudo publicado na Environmental
Science & Technology, é uma verdadeira
«plastisfera», um imenso ecossistema.»]) e «matéria-prima» (linha 21) são,
respetivamente,
(A) derivação e composição. | (B) truncação e composição. | (C) parassíntese e
amálgama. | (D) amálgama e composição.
Itens de provas de exame recentes com figuras de
estilo
[2016, 2.ª fase]
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras,
e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do
tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é
também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço
sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»],
são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A) a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a
hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.
[2015, 1.ª fase]
6. Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o
autor utiliza
(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma
sinestesia.
[2015, 2.ª fase]
6. No contexto em que ocorre, a expressão «grosso
volume do romance de Eça de Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei
que seria como ler o resumo em lugar de regressar — como tantas vezes já
regressei — ao grosso volume do romance de Eça de Queirós.»]) constitui um
exemplo de
(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.
[2014, 1.ª fase]
1.5. Na expressão «deflagração extraordinária» (linha
18) [«Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no
seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis
que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX.»], a
autora recorre a
(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um
eufemismo
[2013, época especial]
1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça
mudadora» (linha 14; [As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do
texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar
nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é
estar num autor. Preciso de pensar nos objetos para acreditar nos lugares. Oh,
nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um
Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A
ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]),
o autor recorre à
(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia
[2016, 1.ª fase, item do
grupo I]
1. Explique
o sentido quer das antíteses quer das interrogações retóricas presentes no
início do monólogo de Matilde (linhas de 1 a 14) [«Ensina-se-lhes que sejam
valentes, para um dia virem a ser julgados por covardes! Ensina-se-lhes que
sejam justos, para viverem num mundo em que reina a injustiça! Ensina-se-lhes
que sejam leais, para que a lealdade, um dia, os leve à forca! (Levanta-se) Não
seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz
com a hipocrisia do mundo? (Pausa) Quem é mais
feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em paz com
a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?»].
[2016, época especial, item
do grupo I]
4. Explique o sentido da metáfora «São o pão
quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13 [«São o pão quotidiano dos grandes; e
assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os
miseráveis pequenos»]), tendo em conta o conteúdo do excerto.
[2016, época especial, item
do grupo I]
5. Relacione o recurso à interrogação retórica
presente na linha 16 [«Qui devorant plebem
meam, ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?»] com a intenção
crítica do pregador presente nas linhas que se lhe seguem.
Itens
de exames recentes com deíticos
[2015, época especial]
6. «Aí» (linha 31) e «lá» (linha 33) [«três polos de
influência mundial que contribuíssem com pistas para o retrato daquilo que é o
mundo hoje e, ao mesmo tempo, permitissem intuir um pouco do mundo que aí vem.
Tentando erguer o tripé de um álbum de impressões, memórias, imagens, detalhes
de instantes. No que diz respeito ao olhar, impôs-se aquele que está lá»] são
(A) um deítico
espacial e um deítico temporal, respetivamente.
(B) um deítico
temporal e um deítico espacial, respetivamente.
(C) deíticos
temporais em ambos os casos.
(D) deíticos
espaciais em ambos os casos.
Itens de exames recentes em torno de valores aspetuais
[2016, 2.ª fase]
6. O complexo verbal «está aproximando» (linha 26)
[«Na gruta imensa, o tempo está aproximando duas pedras insignificantes e
promete a silenciosa união para daqui a duzentos anos.»] tem um valor aspetual
(A) genérico. | (B) pontual. | (C) iterativo. | (D) durativo.
[2013, data especial]
1.5. Na expressão «ia chegando» (linha 26), o evento é
perspetivado como
(A) progressivo. |
(B) habitual. | (C) acabado. | (D) pontual.
Itens de exames recentes com menção de holonímia, meronímia, Hiperonímia,
...
[2016, época especial]
7. Relativamente à expressão «a língua portuguesa»
(linha 29), o recurso ao pronome demonstrativo presente na linha 31
[«comunidade de diferenças elástica, simbiótica e altiva. Esta é a ditosa
língua, minha amada.»] constitui uma
(A) substituição por hiperonímia. | (B) substituição por sinonímia. | (C) anáfora. | (D) catáfora.
[2013, data especial]
1.7. As palavras «navios» (linha 35) e «marinheiros»
(linha 36)
(A) pertencem ao
mesmo campo lexical. | (B) pertencem ao mesmo campo semântico.
(C) estabelecem uma
relação de holonímia/meronímia. | (D) estabelecem uma relação de
hiperonímia/hiponímia
[2013, época especial]
1.6. O vocábulo «folhas» (linha 9), relativamente ao
vocábulo «livro» (linha 7), é um
(A) hipónimo. | (B)
merónimo. | (C) holónimo. | (D) hiperónimo.
Itens de exame recentes com tipos textuais
[2016, 1.ª fase]
7. O
último parágrafo do texto [«Qual é então o valor da ciência? E quais são os
perigos da ciência? De facto, a ciência como processo intelectual de descoberta
do mundo é inofensiva. É melhor saber do que não saber. Mas a atividade que o
homem exerce ou pode exercer no mundo, uma vez em posse do conhecimento
científico, é sempre arriscada»] é predominantemente
(A) narrativo. | (B) expositivo.
| (C) descritivo. | (D) argumentativo.
[2014, 1.ª fase]
1.7. O último parágrafo do texto [«Mas se é verdade que
Eça continua atual, e Portugal em muitos dos seus traços sociológicos continua
queirosiano, parece-me desajustado que se continue a divulgar a ideia de que a
sua prosa e os seus tipos constituem uma espécie de bitola geneticamente
inultrapassável. O cânone, por mais que o seja, não pode ser tomado como uma
medida parada. É inquestionável que Eça ultrapassou de longe a Escola Realista,
onde mal cabia, e chegou mesmo a pressentir o Modernismo que iria estilhaçar
muito em breve o conceito da criação como reprodução da realidade. Não viveu,
porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas
e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a
produzir as grandes experiências literárias do século XX. As literaturas, e em
especial a ficção que se lhe seguiu, tornar-se-iam bem mais complexas, e também
mais difíceis de apreender e aceitar, enquanto espelho da vida. A partir de
então, a ficção passou a ser o espelho duma outra vida bem mais lábil e
inapreensível. A narrativa incorporou os resíduos das aparências e o seu
consumo transformou-se, naturalmente, em atos de muito menor docilidade. É por
isso que, para além do culto que a obra de Eça legitimamente merece, por mérito
próprio e grandeza genuína, se deve reconhecer, para sermos justos, que muita
da admiração totalitária que Eça desencadeia nasce porventura duma espécie de
preguiça e lentidão em entender, ainda nos nossos dias, a linguagem diferente
daqueles que lhe sucederam. O que não parece vir a propósito, embora venha.
Como um dia veremos.»] é predominantemente
(A) narrativo. | (B)
descritivo. | (C) argumentativo. | (D) expositivo.
Itens de exame com sentidos conferidos por
marcadores ou por pontuação
[2015, 1.ª fase]
2. O uso de parênteses nas linhas 8 e 9 [«A
dificuldade de narrar um odor (é impossível fazê-lo com precisão, apenas com o
recurso a metáforas e comparações lá chegamos) está bem expressa no diálogo
perfumado de ironia das Investigações Filosóficas, quando Wittgenstein
pergunta: «Procuraste já descrever o aroma do café sem conseguir?»]
justifica-se pela introdução de uma
(A) conclusão. | (B) transcrição. | (C) explicação. | (D) enumeração.
[2015, 2.ª fase]
5. A utilização de dois pontos na linha 2 e na linha
8 [«Tenho a sorte de já ter assistido duas vezes a Os Maias de João Botelho. Em maio vi a versão longa, na Cinemateca,
pelo que agora escolhi a versão curta. Hesitei nesta escolha: pensei que seria
como ler o resumo em lugar de regressar – como tantas vezes já regressei – ao
grosso volume do romance de Eça de Queirós. E quem quer ler um resumo quando
pode perder-se numa das mais perfeitas narrativas da literatura portuguesa? Não
me arrependo de ter escolhido ambas. A montagem do filme permite que não falte,
nem numa nem na outra, qualquer episódio ou fala essencial para o completo
entendimento da obra. Em ambas as versões as palavras iniciais são uma
surpresa: “A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa no outono de
1875...”.»] serve para introduzir, respetivamente,
(A) uma explicação e uma enumeração. | (B) uma explicação e uma citação.
| (C) uma enumeração e uma explicação. (D) uma enumeração e uma citação.
[2014, 2.ª fase]
1.3. No contexto em que ocorre, a expressão «Por outro
lado» (linha 19 [«Nesta linha, criticou fortemente a atuação da Inquisição e
propôs uma reforma séria dos estilos, isto é, de algumas práticas judiciais
deste tribunal, nomeadamente o facto de manter sob anonimato os denunciantes e
realizar o confisco prévio dos bens dos arguidos. Por outro lado, Vieira foi um
precursor de uma reflexão crítica que favoreceria a emergência de uma consciência
moderna do que se veio a designar mais tarde por Direitos Humanos».]) é
equivalente a
(A) em contrapartida. | (B) por sua vez. | (C) assim. | (D) além disso.
[2014, época especial]
1.6. No texto, a palavra «nascimento» (linha 10 [«Foi
nesta carta a Adolfo Casais Monteiro que Pessoa descreveu o «nascimento» de
Caeiro. Apesar de os estudos pessoanos terem demonstrado que a carta não diz
toda a verdade sobre a criação do heterónimo, nem dos poemas, a verdade é que
aquilo que nela haverá de ficção serve para que Pessoa continue o seu jogo
infinito com as racionalmente definidas fronteiras do real e do irreal.»])
encontra-se entre aspas porque se pretende destacar
(A) uma citação. | (B) uma expressão irónica. | (C) um sentido figurado.
| (D) um título.
[2013, 2.ª fase]
1.5. A questão iniciada
por «Mas» (linha 23), relativamente à questão colocada na linha 21, corresponde
[«Isso confirma
que este livro é a chave para a sua poesia. — Em certo
sentido, é a revelação dos recessos da minha poesia, de um certo número de
segredos. Todos temos segredos e eu revelo alguns, importantes, que ajudam o
leitor a perceber que aquele sujeito que lia o Dante ou o Camões era um
indivíduo que podia morrer.
A sua poesia ainda tem segredos para si? — A minha
poesia é uma luta contra a morte. Contra esse erro que é a morte.
Mas tem zonas obscuras ou tudo nela é
cristalino para si? — A vida é cristalina, a morte é repelente. Nunca percebi como, no
mistério da criação, pode existir a morte. Nisso sou do contra. E procuro o
quê? Procuro exaltar tudo o que a vida tem de bom.»]
(A) à introdução de uma ideia nova, oposta à anterior. | (B) a uma síntese da
opinião do entrevistado. | (C)
a uma leitura alternativa da obra do poeta. | (D) à clarificação
daquilo que se pretende perguntar.
[2013, época especial]
1.4. Ao utilizar a interrogação retórica, na linha 24
[«Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um amor que se
conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto
que se desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer
vivo enquanto espera por nós. É infiel.»], o autor
(A) solicita uma informação. | (B) reforça uma opinião. | (C) introduz
uma ideia nova. | (D) reformula um pedido.
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