Aulas (1.º período, 1.ª parte: 1-28)
Aula 1-2 (17 e 18/set) Os parágrafos que se seguem tratam dos autores de que este ano mais falaremos: o Padre António Vieira (88-135), Almeida Garrett (136-225), Eça de Queirós (226-285), Cesário Verde (286-320). Entre parênteses, as páginas das secções que lhes correspondem no manual, embora não seja muito útil a sua consulta para esta tarefa.
Deves assinalar a veracidade (V) ou falsidade (F) das frases. Algumas escondem subtis impossibilidades, anacronias; mas também é preciso ter em conta que os escritores são muitas vezes excêntricos.
O aluno que tiver melhor resultado receberá uma parvoíce qualquer (tipo prémio Tia Albertina).
António Vieira (1608-1697)
O Padre António Vieira, que, aos seis anos, partira para o Brasil com os pais — os portugueses Cristóvão Vieira Ravasco e Maria Azevedo —, era mestiço.
O Padre António Vieira atravessou o Atlântico sete vezes, tendo morrido na Baía.
Nas suas actividades evangelizadoras dos índios, no Brasil, os jesuítas — a Companhia de Jesus, a que pertencia o Padre Vieira — usavam a variante sul-americana do português.
Para assistir aos sermões do Padre António Vieira, ia-se de madrugada à igreja, a fim de reservar o lugar. Havia até quem acampasse à frente da igreja, nos dias anteriores.
Um dos mais famosos sermões de Vieira, o «Sermão de Santo António [aos Peixes]», foi feito no Oceanário de Lisboa, em frente às carpas e aos atuns.
Almeida Garrett (1799-1854)
Garrett era filho de António Bernardo da Silva e de Ana Augusta de Almeida Leitão.
Careca, Garrett usava uma peruca, mas tinha o cuidado especial de que o seu cabelo parecesse natural e, por isso, ia trocando de cabeleira periodicamente, simulando o crescimento natural do cabelo.
Garrett usava um espartilho, para parecer ter a cintura muito fina, e um sutiã, para parecer ter um peito bem proporcionado.
Aos vinte e tal anos, Garrett namorou uma rapariga de onze.
Garrett tinha pernas — ou parte das pernas — postiças, mas movia-se com assinalável elegância.
Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, é uma peça que, fantasiando-os, se inspirou em factos da vida do escritor cujo nome Garrett pôs no título, Manuel de Sousa Coutinho (1555-1632).
A primeira representação de Frei Luís de Sousa foi feita no Jardim Zoológico de Lisboa, perto da zona dos elefantes.
Eça de Queirós (1845-1900)
Eça de Queirós, aclamado em Vila do Conde como natural desta cidade, nasceu na Póvoa de Varzim.
Ramalho Ortigão (1836-1915) — co-autor, com Eça, do Mistério da Estrada de Sintra — foi professor do amigo, quando este tinha cerca de dez anos.
Na Relíquia, romance de Eça de Queirós, o protagonista tem o azar de fazer uma troca na prenda que queria oferecer à sua tia beata (cuja fortuna queria herdar): em vez de uma relíquia da Terra Santa embalou a camisa de dormir da mulher com quem estivera.
Em Os Maias há pelo menos quinze refeições completas, algumas narradas em três páginas mas outras em vinte e seis.
Dois dos romances de Eça aproveitam situações de incesto. Em A Tragédia da Rua das Flores, o incesto envolve mãe e filho; em Os Maias, o incesto é entre irmãos.
Cesário Verde (1855-1886)
Em casa dos pais de Cesário Verde, aos serões, saboreavam-se doçarias de cocó.
Na loja de ferragens, negócio da família, Cesário Verde, vestido de azul, tinha à venda camisolas de algodão e chinelas de tranças. Chegou a vender calda de tomate.
Cesário Verde, já muito doente, esteve, a conselho do médico-santo Sousa Martins, a aproveitar os ares do campo em Caneças e, depois, no Lumiar, onde aliás morreria.
O conto O Berloque Vermelho, escrito por Silva Pinto na 1.ª pessoa e precisamente no ano em que conhecera Verde , descreve uma paixão entre dois rapazes, o que já se tem interpretado como sintomático do tipo de relação que haveria entre os dois escritores. Silva Pinto veio a ser o editor do póstumo O Livro de Cesário Verde.
O primeiro texto no Expressões-11, na p. 10, é o poema «Issilva», de Alexandre O’Neill. Como no manual faltam alguns versos (10-21), fica o texto reproduzido em baixo, completo:
ISSILVA
rodrigo pereira
issilva
soares constante
issilva
alves bandeira
issilva
simões quintino
issilva
macedo bastos
issilva
sotto mayor
issilva
rosado rosado
issilva
nunes fernandes
issilva
vieira tavares
issilva
rebelo teixeira
issilva
madeira romão
issilva
vicente cabral
issilva
nogueira guerra
issilva
espírito santo
issilva
de maldonado
issilva
de lacerda
issilva
de moraes
issilva
nunes valente
issilva
f. lacombe
issilva
domingues magalhães
issilva
m. athayde
issilva
monteiro pires
dassilva
Se bem grafados, «issilva» e «dassilva» ficariam «__________» e «__________». O efeito obtido com aquela grafia errada era o de ___________________________.
A parte que, no manual, foi omitida talvez tornasse ainda mais nítida uma característica dos nomes escolhidos: trata-se, quase sempre, de apelidos _______________ _____________________.
Quase não é possível fazer perguntas de sintaxe acerca deste poema, já que nele as palavras não se relacionam em frases. É como se estivéssemos perante uma lista de palavras soltas, maioritariamente de uma única classe, a dos _________. No entanto, vendo mais de perto, percebemos que surgem três outras classes de palavras, entre as quais duas que servem precisamente para estabelecer conexões (entre frases ou palavras): a das ___________ (ilustrada por «de») e a das ____________ (representada por «e»). A classe de palavras que falta referir é a dos _____________ (abonada pelo artigo «a», presente numa contração com a preposição já mencionada).
Escreve um texto expositivo-argumentativo cujo objectivo (em termos de mensagem a passar aos outros, tese defendida, finalidade crítica) seja equivalente ao do poema de O’Neill. (Os tipos de texto expositivo e argumentativo estão definidos nas pp. 345-346 [e 94], mas parece-me escusado ires rever essas noções.)
Aula 3-4 (19 e 20/set) Vai lendo o texto das pp. 11-13, «O top dos nomes», e, em cada item, circundando a alínea com a melhor solução.
Segundo o que se afirma na síntese nas linhas 1-5, o nome «Maria»
a) tem-se tornado mais raro.
b) mantém-se como um dos mais frequentes.
c) ainda é muito usado, embora as certidões de nascimento mostrem que é agora menos popular.
d) ainda é o mais frequente dos nomes.
«Cinco milhões de portugueses viram a cabeça quando ouvem pronunciar estes “sons”!» (ll. 8-10) significa que há cinco milhões de portugueses
a) com os nomes «Maria», «José», «Manuel», «António», «Ana».
b) que não respondem quando ouvem «Maria», «José», «Manuel», «António», «Ana».
c) que conhecem pessoas com os nomes «Maria», «José», «Manuel», «António», «Ana».
d) que não ligam quando interpelados.
O adjetivo «nacionais» (22) corresponde a
a) «de Espanha».
b) «de Portugal».
c) «de ‘Maria’ e de ‘José’».
d) «ibéricos».
Segundo o parágrafo 23-31, os nomes
a) entram em moda e em desuso ciclicamente.
b) perduram, resistindo à erosão do tempo e da memória.
c) são sobretudo resultado de fenómenos de moda.
d) mantêm-se em uso indefinidamente (em alguns casos) ou vão entrando e saindo de moda (em outros).
No parágrafo constituído pelas ll. 33-49, a falta de variedade na escolha dos nomes em Portugal é justificada com
a) a pouca imaginação dos padrinhos.
b) o hábito de se atribuírem nomes de familiares.
c) o facto de serem os pais e, por vezes, os irmãos a sugerirem os nomes.
d) o facto de a escolha, naturalmente, não ser feita pelo próprio.
As aspas que delimitam «partilhar» (42-43)
a) assinalam uma citação.
b) marcam tratar-se de discurso reproduzido.
c) enfatizam um sentido irónico.
d) vincam o sentido denotativo do termo.
O parágrafo 50-76 serve sobretudo para mostrar uma importante influência na adoção dos nomes —
a) o calendário.
b) o computador.
c) a religião.
d) as páginas eletrónicas.
O antecedente do pronome anafórico «o» (87) é
a) «um traço».
b) «uma marca».
c) «tanto».
d) «o nosso nome».
A pergunta que abre o parágrafo nas ll. 89-100
a) é uma interrogação puramente retórica.
b) é feita por Paula Matos.
c) serve para introduzir a argumentação seguinte (que, no fundo, lhe responde negativamente).
d) serve para introduzir a argumentação seguinte (que, no fundo, lhe responde afirmativamente).
Nas linhas 101-113 fica implícito que a autora considera
a) serem «Durvalino» e «Hermenegilda» nomes que podem estigmatizar quem assim se chame.
b) que «Diogo» e «Durvalino» são nomes com idênticas probabilidades de serem bem aceites.
c) que os nomes não se refletem na atitude daqueles a quem foram atribuídos.
d) que também os nomes «Diogo» ou «Catarina» podem não agradar aos seus detentores.
Segundo o parágrafo 115-131, os portugueses
a) costumam ter mais apelidos do que os franceses.
b) costumam ter mais nomes do que os franceses.
c) costumam ter menos sobrenomes do que os franceses.
d) costumam ter menos apelidos do que os espanhóis.
No parágrafo das linhas 132-149, diz-se que, em Portugal,
a) o último apelido tem de ser o paterno.
b) o penúltimo apelido pode ser o materno ou o paterno.
c) não há legislação sobre a atribuição dos apelidos.
d) é obrigatório ter-se quatro apelidos.
Segundo o parágrafo 150-169, designam-se «patronímicos»
a) os apelidos derivados dos primeiros nomes dos pais.
b) apelidos como «Pereira» ou «Rapado».
c) nomes com «Afonso».
d) os apelidos usados na Idade Média.
Segundo o parágrafo 151-169, além dos patronímicos, os étimos dos apelidos podem repartir-se em
a) alcunhas, topónimos.
b) nomes próprios, alcunhas, nomes de localidades.
c) características físicas, profissões, outros aspetos particulares.
d) nomes de localidades, nomes próprios.
Os parênteses usados no mesmo parágrafo das linhas 151-169 servem para
a) apresentar informação adicional.
b) fornecer dados explicativos da informação anterior.
c) se fazer um aparte, uma observação marginal.
d) inserir um modificador apositivo.
A pergunta que abre o último parágrafo (170-180)
a) é respondida nas linhas que se lhe seguem.
b) serve para afirmar uma ideia.
c) estabelece um cenário que é exemplificado depois.
d) é contrariada nas linhas seguintes.
O último período do texto salienta a importância
a) da identidade.
b) da história da língua.
c) da moda.
d) de, ao caminhar, atentarmos na possível presença de cocós de cão.
Como viste no texto lido («O top dos nomes», pp. 11-13), boa parte dos apelidos começaram por ser patronímicos (= ‘nomes de pai’): o primeiro Rodrigues era filho de um Rodrigo; Simões, filho de um Simão; Marques, de um Marco. Estes apelidos terminavam em -z, porque o morfema que se afixava ao nome de batismo do pai era -ici (que evoluiu para -iz, -ez ou só -z e, com a reforma ortográfica de 1911, para -s). Atrás de muitos apelidos terminados em -s estão, portanto, nomes de baptismo de homem.
Na tabela seguinte, deduz os patronímicos ou os primeiros nomes (alguns destes eram comuns na Idade Média mas caíram em desuso depois)
Nome
|
Patronímico
|
Sancho
| |
Soeiro
| |
Estevão
| |
Gonçalo
| |
Dias
| |
Mendes
| |
Nuno
| |
Anes
| |
Peres / Pires
| |
Vasques
| |
Álvares
| |
Paio / Pelágio
| |
Antunes
|
Porém, nem todos os esses em finais de apelidos se devem àquele -ici. Por exemplo, os apelidos Reis e Santos celebram datas do calendário cristão: o Dia de _______ e o Dia de Todos os ________).
O sketch «O homem com demasiadas características» (série Lopes da Silva) pode ilustrar as quatro origens mais comuns dos apelidos: patronímicos, alcunhas, topónimos, invocação religiosa.
«Lopes» é um caso de ____________ (o étimo é o nome medieval «Lopo»). «Silva» é um apelido que deve provir de __________ (há muitas localidades em Portugal chamadas «Silva», cujo étimo, por sua vez, é um termo da botânica); mas é possível que alguns dos Silvas tenham que ver com Nossa Senhora da Silva. «Marreco», «Maneta», «Coxo», «Gonorreias», se se tornassem apelidos definitivos, exemplificariam a adoção de _________.
Há uma característica inevitável da língua: a maneira como ela é diferente conforme a idade das pessoas, os sítios que frequentam, os seus interlocutores. Esta característica tem o nome de variação. E tem um resultado: a língua de quem vive em determinado tempo é sempre muito diferente da dos seus antepassados. A isso se chama mudança linguística.
As duas tabelas mostram um caso de variação e mudança no campo particular das escolhas de nomes de pessoas. Excepcionalmente, até podemos trabalhar com referência a poucas décadas, porque, sendo uma área da língua muito exposta às vaidades humanas e influenciada por acontecimentos directos — telenovelas, surgimento de vedetas de futebol, etc. —, o ritmo das mudanças é anormalmente elevado.
Nas colunas já preenchidas estão os nomes mais populares em cada década (a fonte dos dados é a 3.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa). À direita, deixei espaço para fazeres uma tentativa de acertar no top dos anos 2000. (Não tenho esses dados oficiais, mas prometo fazer um estudo breve a partir dos nomes dos atuais setimanistas da ESJGF.)
Nomes femininos
| |||||
1960
|
1970
|
1980
|
1990
|
2000 (segundo tu)
| |
1.º
|
Maria
|
Maria
|
Ana
|
Ana
| |
2.º
|
Ana
|
Ana
|
Carla/Maria
|
Joana
| |
3.º
|
Isabel
|
Carla
|
Sónia
|
Sara
| |
4.º
|
Anabela
|
Paula
|
Sandra
|
Andreia
| |
5.º
|
Teresa
|
Sandra
|
Cláudia
|
Cátia
| |
6.º
|
Helena
|
Isabel
|
Susana
|
Inês
| |
7.º
|
Cristina
|
Anabela
|
Andreia
|
Catarina
| |
8.º
|
Elisabete
|
Elisabete
|
Patrícia
|
Cláudia
| |
9.º
|
Fernanda
|
Elsa
|
Marta
|
Vanessa
| |
10.º
|
Luísa
|
Cátia
|
Maria
|
Nomes masculinos
| |||||
1960
|
1970
|
1980
|
1990
|
2000 (segundo tu)
| |
1.º
|
José
|
Paulo
|
Ricardo
|
João
| |
2.º
|
António
|
José
|
Pedro
|
Tiago
| |
3.º
|
João
|
João
|
Nuno
|
André
| |
4.º
|
Luís
|
Luís
|
João
|
Pedro
| |
5.º
|
Carlos
|
Carlos
|
Bruno
|
Ricardo
| |
6.º
|
Pedro
|
António
|
Carlos
|
Diogo
| |
7.º
|
Paulo
|
Rui
|
Paulo
|
Fábio
| |
8.º
|
Fernando
|
Pedro
|
Rui
|
Nuno
| |
9.º
|
Manuel
|
Nuno
|
Hugo/Luís
|
Bruno
| |
10.º
|
Rui
|
Jorge
|
Tiago
|
Miguel
|
Em folha solta, faz um comentário a «Maria Albertina» (p. 21). Nesse comentário (com, pelo menos, cem palavras), explicitarás em que medida a letra da canção apresenta uma crítica à escolha de nomes no nosso país.
TPC — Resolve as perguntas 9 e 10 da p. 16 do manual. (Por favor, testa mesmo o teu conhecimento, mesmo se as respostas já estiverem lançadas no livro com que estejas a trabalhar.)
Aula 5-6 (24 e 25/set) Correção do questionário da aula anterior e do tepecê.
No sketch «Na dúvida, a culpa é do africano» (série Barbosa), podemos encontrar todos os atos ilocutórios que convém ficarem fixados:
Tipo do ato ilocutório
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Todos em pé!
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Diretivo
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Direto
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Façam o favor de se sentar.
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Direto-(Indireto)
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Levantem-se os réus.
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O coletivo não conseguiu estabelecer com 100% de certeza qual dos réus é o culpado.
|
Direto
| |
Consideramos que, na dúvida, a culpa é do indivíduo de raça negra.
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Assertivo
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A sentença será lida na próxima semana.
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Direto
| |
Está encerrada a sessão.
|
Direto
| |
Mas que é isto?
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Indireto
| |
Está calado, pá.
| ||
Mas que grande injustiça...
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Na p. 22, lê o texto «O sr. José», de José Saramago. Depois, mantendo o estilo do texto (que é do tipo narrativo-descritivo), registo linguístico (bastante formal), perfil de narrador, escreve uma sua continuação, com extensão aproximada da do que escreveu Saramago. Esta continuação não tem de, mas pode, ser conclusiva.
O filme O Discurso do Rei interessa-nos a vários títulos. Sobretudo, far-nos-á reconhecer a importância da oratória, neste caso ilustrada por peripécias verídicas: as dificuldades de fala de Jorge VI, a terapia da sua expressão oral, o decisivo discurso com que anunciou a II Guerra Mundial. Entretanto, no início do filme há várias referências ao onomástico (aos nomes próprios) e é esse o tópico que nos vai mobilizar por enquanto.
____________ — nome que talvez não entre em moda tão cedo — foi um grande orador grego. Ter seixos na boca enquanto ensaiava os discursos, episódio sempre citado, era uma das estratégias a que recorrera para vencer a gaguez de que padecia.
O apelido do original terapeuta da fala, cujo primeiro nome é Lionel, quase parece inventado propositadamente. Com efeito, «_________» assemelha-se ao radical grego ‘logo’, que significa ‘discurso, palavra, razão, estudo’ (cfr. «logorreia», «logótipo», «logogrifo», «logopedia», «logograma»).
Também é interessante o apelido usado pelo futuro rei, quando pretendia passar incógnito: _________ é decerto um dos apelidos mais comuns em Inglaterra e é um patronímico (significa ‘______ de John’, sendo equivalente ao português Anes, ao russo Ivanov, ao sérvio Jovanović, ao holandês Jansen, ao dinamarquês Jensen, ao sueco Johansson, ao galês Jones, etc.). Outro apelido com origem patronímica é o da presidente da Sociedade de Terapeutas da Fala, que teria recomendado Lionel, a senhora Eillen _________ (onde adivinhamos um antepassado escocês filho de um Leod).
A certa altura alude-se aos nomes de batismo do então Duque de Iorque. Chamava-se ele «Alberto Frederico Artur Jorge», embora o tratassem familiarmente pelo hipocorístico _____ (< Albert). Mais à frente se verá o motivo de, aquando da coroação, ter preferido o nome _______, em detrimento dos outros.
Uma última menção se pode fazer. Surgem, ainda crianças, as princesas ______ e Margaret. A primeira é a atual rainha e, como já expliquei, será responsável pela relativa popularidade deste nome em Portugal há cerca de cinquenta anos, já que visitou o país em 1957. É um caro curioso, porque sempre fora muito corrente um outro nome seu cognato: «_______». Também _______ e Jaime são divergentes de um mesmo étimo, Iacobu.
TPC — Resolve (mesmo se olhando também as soluções) as pp. 51-52 do Caderno de Atividades. (Copiei essas páginas — e aquela em que estão as respetivas soluções — em Gaveta de Nuvens, para o caso de haver quem não disponha do Caderno.)
Aula 7-8 (26 e 27/set) Como resposta alternativa à pergunta 11 da p. 16, assinala os intrusos na lista que ponho:
Campo lexical de «nome»
nome
onomástico
cocó
hipocorístico
identificar
assinar
designar
Não invoques em vão o santo nome de Maria!
alcunha
apelido
topónimo
com
há
batismo
nomeação
nómada
O ano passado revimos o verbo — a sua conjugação, a sua flexão —, mas não relembrámos as suas subclasses.
O verbo pode ser...
principal
|
intransitivo
|
não seleciona complementos
| |
transitivo
|
direto
|
seleciona complemento direto
| |
indireto
|
seleciona complemento indireto (ou complemento oblíquo)
| ||
direto e indireto
|
seleciona dois complementos
| ||
predicativo
|
seleciona complemento direto e predicativo do complemento direto
| ||
copulativo
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associa-se a um nome predicativo do sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar, permanecer, tornar-se, etc.)
| ||
auxiliar
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dos tempos compostos
|
ter, haver
| |
da passiva
|
ser
| ||
temporal
|
ir, haver de
| ||
aspetual
|
estar, continuar, começar, acabar, ir, vir, ficar
| ||
modal
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ter de, poder, dever
|
Sobre os valores modais (ou modalidades), tens uma explicação no final da p. 335 do manual. As três modalidades são: epistémica (valores de probabilidade, possibilidade, certeza); deôntica (permissão, obrigação); apreciativa.
Na tabela, preenche a coluna da direita com a modalidade que esteja em causa.
«O desensofador» (série Lopes da Silva)
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modalidade
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Ui!
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Não lhe vou mentir: está muito complicado...
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Vai ser preciso desmontar: tenho de tirar a almofada.
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Tenho de fazer a verificação do forro a nível do extravio de acepipes.
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Não pode recolocar agora?
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Não posso voltar cá.
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Tenho um serviço num dentista que deve ser demorado.
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Que horror: parece impossível!
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Parece incrível como há gente assim em pleno século XXI...
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E posso colocar eu a almofada?
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Por mim, pode.
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Pode só virar o fecho éclair ao contrário...
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Pode meter mal a almofada...
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A única coisa que pode acontecer é desfigurar o sofá para sempre.
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Posso oferecer-lhe uma cerveja?
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Devemos ter cuidado com chaves e naperons — o mundo tornou-se complicado para os sofás.
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Escreve uma curtíssima síntese do texto «Comunicar» (p. 28), completando o que se segue:
Neste verbete de dicionário chama-se a atenção para o facto de, ao comunicarmos, estarmos condicionados por um _______________. O uso da fala, o domínio do discurso, não exigiria apenas destrezas de ordem linguística, implicaria ___________.
Depois de ler o seu discurso de Natal de 1934, Jorge V, querendo incentivar o filho, sublinha-lhe a importância da comunicação nos tempos que corriam:
«Este aparelho altera tudo. Outrora bastava a um rei fazer boa figura fardado e não cair do cavalo. Agora, temos de entrar na casa das pessoas e ser-lhes simpáticos. Esta família está reduzida a imitar a mais baixa das criaturas: tornámo-nos atores.»
Vê o cartoon na p. 53. Escreve um texto expositivo-argumentativo, com cerca de 150 palavras, que trate o tópico comum à citação de Jorge V e à imagem (e, em parte, ao já lido «Comunicação»).
Podes incluir, mas sem que sejam o foco primeiro do teu texto — portanto, apenas enquanto ilustração do que defendas —, alguma alusão à frase de Jorge V (e ao caso dramático de Jorge VI) e ao desenho.
TPC — Resolve as perguntas 14, 15, 16 (pp. 17-18 do manual), que se ocupam de matérias que já demos o ano passado.
Aula 9-10 (1 e 2/out) Fica a seguir a continuação do trecho «O sr. José» (p. 20 do manual; lido na aula anterior), como está no livro de José Saramago, Todos os Nomes:
[tratamento.] Que, diga-se já, não vale o de senhor tanto quanto em princípio pareceria prometer, pelo menos aqui na Conservatória Geral, onde o facto de todos se tratarem dessa maneira, desde o conservador ao mais recente dos auxiliares de escrita, não tem sempre o mesmo significado na prática das relações hierárquicas, podendo mesmo observar-se, nos modos de articular a breve palavra e segundo os diferentes escalões de autoridade ou os humores do momento, modulações tão distintas como sejam as da condescendência, da irritação, da ironia, do desdém, da humildade, da lisonja, o que mostra bem a que ponto podem chegar as potencialidades expressivas de duas curtíssimas emissões de voz que, à simples vista, assim reunidas, pareciam estar a dizer uma coisa só. Com as duas sílabas de José, e as duas de senhor, quando estas precedem o nome, sucede mais ou menos o mesmo. Nelas será sempre possível distinguir, ao dirigir-se alguém, na Conservatória e fora dela, ao nomeado, um tom de desdém, ou de ironia, ou de irritação, ou de condescendência. Os restantes tons, os da humildade e da lisonja, embaladores e melodiosos, esses nunca soaram aos ouvidos do auxiliar de escrita Sr. José, esses não têm entrada na escala cromática dos sentimentos que lhe são manifestados habitualmente. Há que esclarecer, no entanto, que alguns destes sentimentos são muitíssimo mais complexos do que os antes enumerados, de certo modo primários e óbvios, feitos de uma peça só. Quando, por exemplo, o conservador deu a ordem, [...]
Por esta reprodução de manuscrito de Fernando Pessoa (BNP Esp. E3/48I-4), vemos que o poeta terá feito uma lista de fórmulas de tratamento possíveis para um José da Silva (que, claro, nada tinha que ver com o «sr. José» de Saramago). Coloca as doze «maneiras de tratar» em ordem descendente de formalidade (da mais formal à mais informal). Com isso, responderás indiretamente a 22.1 da p. 20. Em baixo, decifro a letra de Pessoa.
Vossa Excellencia || Vocelencia (ou Vocencia) || O sr. José da Silva || Dr. Silva || Sr. José || O senhor || O José da Silva || O Silva || O José || Você || Tu || Vocemecê || [linha como para apresentar resultado] || 12 maneiras de tratar
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Na última aula, muito à pressa, fez-se uma síntese do texto expositivo «Comunicação». Como é típico da síntese, condensava-se a informação mas sem a preocupação de manter a ordem do original ou a exata proporção dos tópicos. Também usámos um enquadramento especial, deixando cair o sistema de pessoas e tempos do texto que se reduzia.
Agora, peço-te um resumo do comunicado na p. 41. Ao contrário do que sucede na síntese, num resumo a condensação deve manter o sistema de enunciação do texto-fonte, adotar a mesma ordem, conservar tempos e pessoas, evitar pontos de vista exteriores. (Normalmente, o resumo deve ainda cumprir o número de parágrafos do original. Neste caso, porém, é nítido que — sobretudo na segunda metade do comunicado — há demasiados parágrafos pequenos e, portanto, convém que a condensação a que se procederá agregue alguns deles.) Na p. 324, lembram-se as regras para elaboração de resumos.
No dia 25 de novembro comemora-se o Dia Internacional Contra a Violência Contra as Mulheres.
A APAV...
Na p. 36, enunciam-se as características habituais de um Comunicado. Verifica se essas várias características se encontram efetivamente no texto da APAV (p. 41). Já «chequei» a primeira:
Características do registo linguístico
— Linguagem objetiva e clara marcada pela denotação; √
— Utilização da terceira pessoa do singular ou do plural;
Estrutura do comunicado
— Título (sucinto, atrativo e objetivo) e subtítulo; √
— Origem da informação (emissor);
— Lead (informação essencial, presente nos primeiros parágrafos, respondendo às questões: Quem? O quê? Quando? Onde?);
— Corpo do comunicado (não deverá ser demasiado extenso e o surgimento da informação deverá ser de importância decrescente);
— Fecho (data e entidade responsável pela comunicação — nome, morada, endereço de correio eletrónico, contacto telefónico...).
No final do trecho de hoje do Discurso do Rei, o futuro Jorge VI usa, uma série de imprecações. Esses termos soltos — no caso, de registo muito popular —, não desempenham qualquer função sintática, exprimindo sobretudo uma emoção. Em termos de classes de palavras, são integráveis nas interjeições. Nota que o quadro em baixo — que tirei de Da Comunicação à Expressão. Gramática Prática — não contém todas as interjeições, já que se trata de uma classe de palavras aberta (como a dos nomes ou a dos adjetivos mas ao contrário das preposições ou das conjunções).
Em que fila entrariam estas expressões do Duque de Iorque: «M[...]a!» (= ‘cocó!’), «F[...]-se!» (= ‘faça-se amor!’)?
Reações expressas
|
Interjeições
|
Locuções interjetivas
|
dor
|
Ui!, Ai!
|
Ai de mim!, Pobre de mim!
|
alegria
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Ah!, Oh!
| |
espanto, surpresa
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Hi!, Ah!, Olá!, Ena!, Caramba!
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Essa é boa!
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advertência
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Cuidado!
| |
desejo
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Oxalá!
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Deus queira!, Quem dera!, Bem haja!
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dúvida
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Hum!, Ora!
| |
encorajamento, animação
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Eia!, Coragem!, Força!, Avante!, Vamos!
|
Para a frente!
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aplauso
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Bis!, Bravo!, Viva!
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Muito bem!
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impaciência, aborrecimento
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Ui!, Bolas!, Poça!, Arre!, Apre!, Irra!, Hem!
|
Raios te partam!, Ora bolas!
|
resignação
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Paciência!
| |
chamamento, invocação
|
Ó! Psiu!, Pst!, Alô!, Olá!, Eh!, Socorro!
|
Ó da guarda!, Aqui d'el-rei!
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[pedido de] silêncio
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Psiu!, Chiu!, Silêncio!, Caluda!
| |
reclamação, repulsa, rejeição
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Hei!, Abaixo!, Safa!, Fora!, Arreda!
| |
suspensão
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Alto!, Basta!
|
Alto lá!
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indignação
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Oh!, Homessa!
|
Essa agora!
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medo, terror
|
Oh!, Ui!, Uh!, Credo!, Jesus!, Abrenúncio!
|
Valha-me Deus!
|
cansaço
|
Uf!, Ah!
|
TPC — Resolve (estuda) as pp. 18-20 do Caderno de Atividades, sobre Processos morfológicos de formação de palavras. Reproduzi-las-ei em Gaveta de Nuvens.
Aula 11-12 (3 e 4/out) Lê o texto «Maus tratos» (p. 43), de O Caderno, de José Saramago. Sem me inquirires sobre o seu significado, em cada item que se segue circunda uma das quatro palavras à direita, a que tenha o valor mais aproximado da usada no texto (a que pus a negro e à esquerda). Eventuais diferenças de género (masculino, feminino) ou número (plural, singular) não devem ser tidas como critério eliminatório.
Nota que fui buscar todas as quatro hipóteses a um Dicionário de Sinónimos, o que nos permite concluir que o significado de uma palavra está longe de ser fixo e não é aferível sem que se tenha em conta o contexto em que surge.
insistência (linha 2) — escala / continuação / apego / importunidade
radical (l. 2) — inerente / tema / raiz / integral
espécie (l. 3) — homem / caráter / particularidade / distinção
moral (4) — ético / pudor / decente / doutrina
abertura (7) — cova / preâmbulo / confidência / fraqueza
insana (8) — árdua / furiosa / tresvariada / excessiva
préstimo (10) — auxílio / serventia / talento / mérito
restauradora (11) — renovadora / pagadora / restaurante / benfeitora
ataduras (12) — ligações / faixas / conexões / prisões
presumia (13) — cria / desconfiava / previa / aperfeiçoava
varão (13) — tranca / macho / corajoso / barão
costumes (16) — trajos / manias / hábitos / manhas
tirania (17) — violência / ingratidão / garra / despotismo
excelência (19) — quilate / primazia / majestade / bondade
ninho (20) — toca / região / berço / jazigo
empresa (20) — emblema / façanha / divisa / negócio
princípio (22) — génese / agente / doutrina / infância
delicada (26-27) — susceptível / meiga / perigosa / embaraçosa
exclusão (27) — recusa / repulsa / reprovação / privação
Verifica quais são os valores aspetuais (cfr. p. 335) mais nítidos em cada frase de «E tudo o convento levou» (série Lopes da Silva), preenchendo a segunda coluna com uma destas palavras: genérico, imperfetivo, perfetivo, habitual, durativo, pontual, iterativo.
Na coluna da direita, identifica o responsável por esse matiz: verbo auxiliar (AUX); o significado do verbo principal (V); o tempo em que o verbo está usado (T); alguma expressão temporal presente na frase.
Frase
|
Aspeto
|
Através de...
|
A competição é inevitável
|
genérico
| |
As carmelitas descalças estão a comercializar doçaria conventual
|
Aux (estar a)
| |
As freiras vicentinas andam a vender rendas de bilros
| ||
As carmelitas sabem perfeitamente que os doces conventuais são o nosso negócio
|
situação estativa
| |
Deus é grande [mas parece ser pequeno para o amor destas religiosas]
|
V (ser)
| |
Tudo estava bem [até que as carmelitas quiseram mais]
|
durativo
imperfetivo
| |
Lá vem ela
|
T (presente)
| |
Nós sempre dominámos o mundo dos bordados
|
durativo
| |
Às vezes, dá-me vontade de rir
|
«às vezes», T (presente)
| |
Já recordei todos os trocadilhos com freiras
|
T (perfeito), «já»
| |
O Maior costuma observar o vosso Bingo
|
Aux (costumar)
| |
O Maior vê sempre os vossos cartões
|
habitual
| |
Quem ama o Senhor são as vicentinas
|
situação estativa
| |
As carmelitas têm ido a Santiago todos os meses
|
iterativo
| |
As vicentinas tropeçaram nas escadas
|
T (perfeito), V (tropeçar)
|
Nestes dois passos, mais do que o aspeto interessam os valores temporais: anterioridade, simultaneidade, posterioridade.
Frase
|
Localização temporal
|
Através de...
|
Vai dizer à tua abadessa [que quem ama o Senhor são as vicentinas]
|
posterioridade
| |
Na procissão de Maio vamos rezar menos uma novena por elas
|
«Na procissão de Maio», Aux (ir)
|
Depois de ouvires «Fraldas descartáveis», responde ao ponto 1 da p. 39:
a. ___; b. ___; c. ___; d. ___; e. ___; f. ___; g. ___.
Depois de leres o comunicado «Bebés mais ecológicos» (p. 37), escreve uma resposta toda muito cuidadosa à pergunta 2 da p. 39.
Responde ao item 10 da p. 38:
1. = ___; 2. = ___; 3 = ___.
Num texto do tipo «comentário», responde conjuntamente aos itens 1.1, 1.1.1, 1.2 e 1.2.1, da p. 40:
TPC — Resolve (estuda) a p. 48 do Caderno de Atividades.
Aula 13-14 (8, 9/out [nas turmas 9.ª e 6.ª, esta aula foi dada, condensadamente, com a aula 15-16, a 10 e 11/out]) Correção do questionário de leitura feito na aula anterior («Maus tratos»); da resposta sobre Leonel Morgado/Quercus, lendo-a; e do comentário ao cartaz de APAV, copiando-a.
As páginas 341-344 do manual tratam de Coesão e de Coerência dos textos. Em aula, dois sketches dos Monty Python ilustrarão as diferenças entre estas duas noções.
Especificamente sobre a coesão, a tabela a seguir tenta agrupar erros encontrados recentemente em textos vossos e que exemplificam o incumprimento dos vários mecanismos a que devemos recorrer. Na coluna do meio, corrigirás o que retirei de redações e que evidencia alguma falha nas estratégias que tornam os textos coesos.
Coesão frásica
trecho agramatical
|
trecho corrigido
|
fonte do problema
|
conhecido pelo o nome
|
conhecido ___ nome
|
ortografia
|
à [á] tempos encontrei o José
|
___ tempos encontrei o José
| |
o facto de haverem nomes portugueses
|
o facto de _____ nomes portugueses
|
concordância
|
o grupo mais numeroso dos apelidos vêm de
|
o grupo mais numeroso dos apelidos ____ de
| |
prefiro isto do que aquilo
|
prefiro isto _______
|
regência
|
os políticos aperceberam-se que
|
os políticos aperceberam-se ____
| |
a convicção que Lionel era bom médico
|
a convicção _______ Lionel era bom médico
| |
o aspeto que chamei a atenção
|
o aspeto _____ chamei a atenção
| |
a parte que mais gostei
|
a parte ______ mais gostei
| |
o rei Jorge VI que era gago, tinha de discursar
|
o rei Jorge ____________________ tinha de discursar
|
função sintática (e pontuação que implica)
|
«Maria Albertina» cantada agora pelos Humanos foi escrita por Variações
|
«Maria Albertina» _____________ foi escrita por Variações
| |
como por exemplo a telefonia
|
__________ a telefonia
|
Coesão interfrásica
terminou o discurso continuando a
|
terminou o ________ a
|
reconhecimento de subordinação ou coordenação
|
A letra foi criada por Variações, e a música foi modernizada pelos Humanos
|
A letra foi criada por ____________ a música foi modernizada pelos Humanos
| |
Sendo que
|
..., sendo que
| |
Pois
|
__________
| |
Estando o rei cada vez mais gago.
|
Estando o rei cada vez mais gago, ...
| |
o facto da Albertina ter uma filha
|
o facto _____ Albertina ter uma filha
| |
apesar do rei sofrer de gaguez
|
apesar ______ rei sofrer de gaguez
| |
Concluindo,
Ou seja,
Como já referi,
Hoje em dia,
Nos dias de hoje,
Na minha opinião,
|
ø
|
banalização de articuladores
|
Direi então que
|
__________
|
Coesão temporal
Bertie não discursou no Natal mas, antes, falou em Wembley
|
Bertie não discursou no Natal mas, antes, _________ em Wembley
|
correlação dos tempos verbais
|
Antes de ter conhecido Lionel, Bertie experimentou várias terapias
|
Antes de ter conhecido Lionel, Bertie ___________ várias terapias
| |
não falava com Lionel há meses
|
não falava com Lionel ______ meses
| |
Não acho que será correto
|
Não acho que ________ correto
|
modo exigido pela negativa
|
Agrada-me que escolheste um bom nome
|
Agrada-me que __________ um bom nome
|
modo exigido pela subordinação
|
Coesão referencial
O surgimento da rádio foi o grande azar de Bertie. Porém, ele venceria a rádio
|
O surgimento da rádio foi o grande azar de Bertie. Porém, ___________
|
anáfora e elipse
|
António Variações critica o novorriquismo nos nomes. António Variações refere a
|
___________ critica o novorriquismo nos nomes. António Variações refere a
|
catáfora
|
Bertie ficou angustiado. Ele falara pouco mais do que
|
Bertie ficou angustiado. Falara pouco mais do que
|
_______
|
O filho de Jorge V era pai de Elisabeth e Margaret. Ele tinha aquelas duas filhas
|
O filho de Jorge V era pai de Elisabeth e Margaret. ______ tinha aquelas duas filhas
|
correferência não anafórica
|
O rapaz [de] que o pai era Jorge V
|
O rapaz ________ pai era Jorge V
|
pronominalizações diversas
|
O século passado, onde nasceu a telefonia,
|
O século passado, ________ nasceu a telefonia,
|
Coesão lexical
a citação que faz Jorge V
|
a _________ que faz Jorge V
|
pertinência do termo
|
o cartoon demonstra
|
o cartoon _________
| |
A rádio acabava de surgir. Foi a rádio que
|
A rádio acabava de surgir. Foi a ___________ que
|
sinonímia
|
a escolha dos nomes mostra que os portugueses têm pouca criatividade. Essa não originalidade
|
a escolha dos nomes mostra que os portugueses têm pouca criatividade. Essa ___________
|
antonímia
|
A rádio acabava de surgir. Foi a rádio que
|
A rádio acabava de surgir. Foi _________________ que
|
hiperonímia
|
coisas do género
|
[termo mais específico]
|
_____
|
TPC — Fazer (ou, ao menos, relancear) e estudar as páginas sobre coesão no Caderno de Atividades (61-65).
Aula 15-16 (10, 11/out [nas turmas 6.ª e 9.ª esta aula incluiu um condensado da aula 13-14]) Vai lendo o texto das pp. 70-71, «Anaquim — Bem-vindos às vidas dos outros», e, em cada item, circunda a alínea com a melhor solução.
Em «mas este é um daqueles álbuns que chama pelo calor» (4-5), «este» é uma
a) catáfora.
b) anáfora, cujo referente é «As Vidas dos Outros».
c) cadeia anafórica.
d) elipse.
Na mesma frase (4-5), «um daqueles álbuns que chama pelo calor» tem uma falha de coesão
a) frásica (em vez de «chama», devia estar «chamam»).
b) temporal (em vez de «chama», devia estar «chamaria»).
c) referencial (a «um daqueles», era preferível «daqueles»).
d) lexical (era preferível «verão» a «calor»).
No início do segundo parágrafo, «este anãozinho»» (19) é correferente
a) do antecedente «Anaquim» (7).
b) de «As Vidas dos Outros» (22).
c) do antecedente «José Rebola» (13).
d) do sucedente «um duende que chegou aqui sem ter um passado, nem uma tradição, nem preconceitos e faz observações sobre o que nos acontece» (9-11).
O período que abre o mesmo segundo parágrafo (19-22) destaca
a) o estilo de crítica que fazem os Anaquim— humorística mas incisiva e sensível aos tiques da sociedade.
b) o tipo de música que consegue fazer o anão Anaquim: mordaz, perspicaz, pecador.
c) o que mais conta naquele anãozinho.
d) a abordagem alegre, de análise da sociedade, que se consegue em A Vida dos Outros
No terceiro parágrafo, nas linhas 45-47 há um problema de coesão:
a) a preposição «em» (45) está a mais.
b) a preposição «em» (46) está a mais.
c) o nome «país» (46) devia estar escrito com maiúscula.
d) «Lusíadas» (47) devia estar escrito «Os Lusíadas».
Segundo o quarto parágrafo (54-66), o estilo de música dos Anaquim é difícil de adivinhar, porque
a) o disco é uma autêntica salada.
b) a tradição musical coimbrã recente é heterogénea.
c) a primeira banda de Rebola enquadrava-se no universo do psycho-billy.
d) José Rebola tem um percurso musical diversificado.
No quinto parágrafo, «uma grande editora» (79) é usado como
a) hiperónimo do hipónimo «Universal» (78).
b) holónimo do merónimo «Universal» (78).
c) sinónimo de «Universal» (78).
d) hipónimo de «Sons em Trânsito» (77).
No primeiro período do último parágrafo (81), pretende dizer-se que
a) os Anaquim nos lembram de imediato os Deolinda.
b) os Anaquim e Deolinda têm ligações.
c) os Anaquim, mais tarde ou mais cedo, vão juntar-se aos Deolinda.
d) Deolinda vai amancebar-se com um anão.
O pronome «os» (83) reporta-se a
a) Deolinda e Ana Bacalhau.
b) Deolinda e Anaquim.
c) Anaquim e Carjaquim.
d) Ana Bacalhau e Anaquim.
Em «Os Deolinda são mais tradicionalistas e tem um fundo musical simples, só de cordas» (86-88) há uma falha de coesão
a) frásica («tem» não concorda em número com o seu sujeito).
b) interfrásica (deveria haver vírgula antes de «e»).
c) temporal (em vez de «tem», deveria estar «tinha»).
d) referencial («Os Deolinda» deveria dar lugar a «Estes»).
«Agora falta testar este Anaquim ao vivo» (93-94) significa que é preciso
a) ver como o público reage.
b) ver como se porta o grupo em atuações ao vivo e como o público as acompanha.
c) fazer provas intermédias do GAVE-ANAQUIM.
d) verificar como se porta o duende em concertos.
O pronome «o» na penúltima linha do texto (96) tem como referente
a) «o seu espaço» (96-97).
b) «instrumentos» (94-95).
c) «este Anaquim» (93).
d) «o país» (95).
Na penúltima linha do texto, o determinante possessivo «seu» reporta-se a
a) «o país» (95).
b) «Anaquim» (93).
c) «Eles» (94).
d) «cocó de duende verde» (98).
São estes os títulos das faixas do álbum dos Anaquim de que se ocupava a apreciação crítica que estiveste a ler:
1. Intro
2. As vidas dos outros
3. Horas vagas
4. Lídia
5. Lusíadas
6. Chama-me vida
7. Na minha rua
8. O meu coração
9. Balalaikas
10. Bocados de mim
11. Monstro
12. Saltimbanco
13. Vampiros
14. Metamorfose
15. Pobre velho louco
16. Epílogo
Descartemos o primeiro e o último título (que parecem dever-se sobretudo à própria estrutura da arrumação das canções). Para cerca de metade dos restantes catorze, cria textos «literários», fragmentários — como se se tratasse de trechos soltos de um livro maior —, de géneros e tipos diversos (romance, reflexão cronística, texto intimista, diário, memórias, impressões de viagens, etc.). Os títulos das faixas não serão aproveitados como títulos dos teus trechos; corresponderão, isso sim, a palavra ou expressão que aparecerá nas tuas redações (e que sublinharás), independentemente de se tratar ou não do seu tópico principal.
Chama-me vida
TPC — Começar a pôr em dia a gramática (relancear folhas usadas em aula, exercícios recomendados do Caderno de Atividades, folhas verdes). Pus aqui lista de conteúdos dados até agora.
Aula 17-18
(15, 16/out) Correção do questionário sobre «Anaquim. Bem-vindos às vidas dos outros».
Os sketches «Carjaquim» e «O meu filho é uma joia de moço» recorrem,
caricaturalmente, a nomes de batismo tidos como ultrapassados (Joaquim,
Fernando, Carlos Jorge, José António). Além disso, servem para revermos os processos
irregulares de formação de palavras (cfr. p. 333). À esquerda, a
palavra que interessa; ao centro, a etimologia; à direita, porás o processo (vê
a lista na p. 333).
palavra
|
étimo
|
processo
de formação
|
inglês carjacking
|
car + hijacking
|
|
carjacking
|
inglês carjacking
|
|
carjaquim
|
carjacking + Jaquim (< Joaquim)
|
|
badalhoca
(‘mulher suja’)
|
badalhoca (‘bola de
excremento e terra pendente entre as pernas das ovelhas e cabras’)
|
|
droga
|
francês drogue
|
|
mota [ou moto]
|
motorizada ou
motocicleta
|
|
joia (‘adorno de matéria preciosa’)
|
francês joie (‘alegria’)
|
|
joia (‘adorno de matéria preciosa’)
|
joia (‘pessoa muito estimável’)
|
|
grego
diabetes (‘diabetes’)
|
grego diabetes (‘sifão’)
|
|
Cajó
|
Cá (< Carlos) + Jó (< Jorge)
|
duas
______________
|
Zé
|
José
|
|
FPE
[pronunciado «fê-pê-é»]
|
Fernando por esticão
|
|
FPE
[pronunciado «fpé»]
|
Fernando por
esticão
|
|
Completa
agora com o aspeto. Podes ver na p. 335, mas sugiro que uses apenas
estes termos: genérico; perfetivo, imperfetivo; habitual; iterativo; pontual.
frase
|
aspeto
|
«Carjacking» é uma palavra estrangeira
|
|
alguns bandidos
começaram a praticar uma variante
|
imperfetivo, [incoativo ou ingressivo]
|
a nossa
reportagem acabou por voltar (porque
estava frio)
|
perfetivo, [cessativo ou conclusivo]
|
aquilo que faço é uma espécie de carjacking
|
|
foi uma experiência muito traumática
|
|
a malta pergunta-me constantemente: «tu não
...»
|
|
andas metido
nos diabetes
|
|
morreu
atropelado por uma mota
|
|
estou a conversar com este gafanhoto gigante chamado Zé António
|
|
Lê
a crónica «Estrelas dos livros» (p. 73) e escreve uma sua síntese (cfr. p.
324). Diria que a extensão aconselhada é de cerca de um terço do original, umas
cem palavras.
Depois
de, na p. 76, leres as palavras que, acerca da crítica, escreveu o humorista
brasileiro Millôr Fernandes, escreve um pequeno comentário a esse trecho
(porventura, tendo também presente a crónica lida hoje e a tua experiência
pessoal).
TPC — Resolve (estuda) ‘Processos
irregulares de formação de palavras’ (CdA,
43-45).
Aula 19-20
(17, 18/out) Circunda a letra da melhor alínea de cada item.
Jorge Jesus trata
o seu jogador hispanófono Melgarejo por «Melga», o que consiste
a) numa truncação
(que simplifica e mostra afeto).
b) numa extensão semântica (justificável por ser jogador combativo, sempre
a tentar roubar a bola aos adversários).
c) numa aférese
(que serve de hipocorístico).
d) num empréstimo
(especificamente, um castelhanismo).
O casal, agora
desavindo, Luciana Abreu-Yannick Djaló escolheu como nome da primeira filha «Lyonce
Viiktórya». «Lyonce» reúne as iniciais dos nomes de cantora-atriz e futebolista
e o fim do nome da mais famosa Beyonce. Trata-se, no essencial, de
a) uma truncação.
b) uma amálgama.
c) um empréstimo.
d) uma onomatopeia.
O advérbio
«mutuamente» é
a) uma palavra
derivada por parassíntese.
b) uma forma de
base.
c) uma palavra
derivada por sufixação.
d) um composto
morfológico.
Na palavra «abandalhar»
encontramos os afixos «a» e «ar» (a forma de base é «bandalho»; não está
dicionarizado «bandalhar»). Trata-se de uma palavra
a) derivada por
prefixação.
b) derivada por
sufixação.
c) derivada por
prefixação e sufixação.
d) derivada por
parassíntese.
A alínea que
inclui apenas compostos morfossintáticos é
a) «geógrafo»,
«guarda-redes», «girassol».
b) «amá-los», «saca-rolhas»,
«guarda-chuva».
c) «anjo da
guarda», «picapau», «couve-flor».
d) «egiptólogo»,
«lusodescendente», «autódromo».
Uma conversão
(também designada «derivação imprópria») implica
a) afixação
somada à forma de base.
b) nova classe de
palavra.
c) subtração de
um suposto sufixo.
d) radicais.
O nome «sobra»
vem do verbo «sobrar». O processo de formação ocorrido é o da
a) derivação por
afixação.
b) derivação
imprópria.
c) derivação não
afixal (antigamente: regressiva).
d) derivação por
parassíntese.
A alínea que tem apenas
verbos com valor epistémico é
a) «Podes comer a
manga, que não te deve fazer mal».
b) «Pode ser que
eu faça um bom teste de Matemática: o azar não deve continuar».
c) «Deves lavar
os dentes, porque, de outro modo, podes ficar com cáries».
d) «Eu posso ser
estúpido, mas, quanto a mim, um professor não deve comer na aula».
Não tem verbos
com valor deôntico a alínea
a) «Tens de
estudar mais, Albertina».
b) «Devem ler a
p. 3456 do manual — vai sair essa matéria».
c) «Podes seguir
pela direita — não deves é sair do passeio».
d) «Deve estar a começar
uma trovoada».
A alínea em que
há apenas interjeições e/ou locuções interjetivas é:
a) «Ó Deolinda!»
| «Oh!» |«Irra!».
b) «Sua
badalhoca!» | «Upa!» | «Ah!».
c) «Valha-me
Deus!» | «Bravo!» | «Apre!».
d) «Trrim-trrim»
| «Ui!» | «Eia!».
Há valor aspetual
pontual em
a) «Eles têm
praticado curling todos os sábados.»
b) «Ireneu
levantou-se.»
c) «Na infância,
lia compulsivamente.»
d) «Dou aulas na
ESJGF.»
No passo «Por
nervosismo, costumava mordiscar os lábios» há os valores aspetuais
a) perfetivo
(pelo verbo auxiliar) e habitual (lexicalmente, no verbo principal).
b) habitual (pelo
verbo auxiliar) e iterativo (lexicalmente, no verbo principal).
c) imperfetivo
(pelo verbo auxiliar) e pontual (lexicalmente, no verbo principal).
d) genérico (pelo
verbo auxiliar) e perfetivo (lexicalmente, no verbo principal).
O uso do presente
em «Vivo em Lisboa» implica um valor aspetual
a) perfetivo.
b) pontual.
c) imperfetivo.
d) genérico.
O predicado da
frase «A Albertina parece boa pessoa» tem um verbo
a) intransitivo.
b) copulativo e
um nome predicativo do sujeito.
c) transitivo
direto e o seu complemento direto.
d) transitivo
indireto e o respetico complemento indireto.
Em «Dei-lhes os
meus prémios Tia Albertina», o verbo é
a) transitivo
direto.
b) transitivo
direto e indireto.
c) transitivo
indireto.
d) copulativo.
A frase «Tens
horas?» constitui um ato ilocutório
a) expressivo,
indireto.
b) diretivo,
indireto.
c) compromissivo,
direto.
d) assertivo,
direto.
«Admito que o
tempo piorasse» consubstancia um ato de fala
a) declarativo,
indireto.
b) assertivo,
direto.
c) diretivo,
direto.
d) expressivo,
direto.
O uso das
corretas regências é um dos mecanismos de coesão
a) referencial.
b) lexical.
c) temporal.
d) frásica.
No trecho
«Fernando Pessoa morreu em 30 de novembro de 1935. Há quem ache que o grande
poeta português tivera uma crise hepática provocada pela bebida, mas isso não é
certo.», há um processo de coesão (referencial-lexical) conseguido através de
a) elipse no
primeiro período.
b) uso de
hiperónimo no segundo período (para evitar repetição do sujeito do primeiro).
c) uso de
sinónimo no segundo período (para evitar repetição do sujeito do primeiro).
d) uso do
pretérito mais-que-perfeito no segundo período.
Em «À entrada da
escola, vi-o. Era um cocó de cão luzidio. Aliás, as fezes mais robustas que
alguma vez ornaram aquele passeio.»,
a) «o» é uma
catáfora.
b) «um cocó de
cão luzidio» é uma anáfora.
c) «o» e «aquele
passeio» são correferentes.
d) «aquele
passeio» é uma anáfora.
Lê as citações acerca do policial White Jazz, no início da p. 77 (ponto
1.). Depois, lê a recensão que Miguel Esteves Cardoso fez à mesma obra («O
tédio macho», pp. 77-78).
Responde a 5. (p. 78) — o décimo
parágrafo é o das linhas 56-62; para perceberes a alusão a Allen Ginsberg,
recordo que era o escritor biografado no filme, que vimos o ano passado, Uivo (e Jack Kerouac, o célebre autor de
Pela estrada fora, um dos seus
amigos).
Responde a 4.1 (p. 78):
Ouviremos um outro texto de
apreciação crítica ao mesmo livro — agora por Fátima Lopes Cardoso.
Verificaremos as afirmações em 1 (p. 79):
a. ___; b. ___; c. ___; d. ___; e.
___; f. ___; g. ___.
Albert George, nascido em 1895, foi
inesperadamente rei de Inglaterra. Foi um excelente atleta, serviu na Armada
Real, lutou na I Guerra Mundial, tendo sido sempre educado no pressuposto de
que o seu irmão Eduardo seria rei. Na realidade, Eduardo subiu ao trono, mas a
sua paixão por Wallis Simpson, uma americana duas vezes divorciada,
dificultou-lhe a aceitação pública. Ou Eduardo VIII não se casava, e estavam em
jogo razões sociais, políticas e religiosas, ou abdicava. Eduardo VIII abdicou.
Caberia a Jorge VI governar a Inglaterra numa época mais uma vez dramática.
Como rei, coube-lhe a ele anunciar aos ingleses que, mais uma vez, a
Inglaterra estava em guerra.]
[O discurso do rei]
Nesta hora
difícil, talvez a mais dolorosa da nossa história, transmito para todos os
lares do meu povo, tanto aqui como além mar, esta mensagem dita com o mesmo
sentimento profundo por cada um de vós como se eu pudesse entrar nas vossas
casas e falar-vos diretamente.
Pela segunda vez
nas nossas vidas, estamos em guerra.
Tentámos e
tentámos descobrir uma saída pacífica, ultrapassando as diferenças entre nós e
os nossos inimigos; mas tudo foi em vão.
Fomos forçados a
um conflito, pois com os nossos aliados fomos levados a enfrentar um desafio
que põe em causa um princípio que, se perdurasse, se revelaria fatal em
qualquer linha civilizada do mundo.
É um princípio
que permite a um Estado, numa simples procura egoísta de poder, desrespeitar
tratados e juramentos solenes, justificando o uso da força ou da ameaça da
força contra um Estado soberano e independente de outros Estados.
Um tal princípio,
despido de qualquer disfarce, é certamente a doutrina mais primitiva de que
poder constitui um direito, e, se este princípio se estabelecesse em todo o
mundo, a liberdade do nosso próprio país e de toda a Comunidade Britânica de
nações estaria em perigo.
Mas, mais do que
isto, os povos do mundo estariam unidos pelo medo e seria o fim de todas as esperanças
de uma paz estável e segura, de justiça e liberdade entre as nações.
Este é o
derradeiro fim que me leva a falar-vos para casa, e ao meu povo além mar, que
fará dele a nossa causa.
Peço-vos que
permaneçais calmos e firmes e unidos nesta prova.
A tarefa será
dura. Aproximam-se
certamente dias sombrios e a guerra
deixará de estar confinada aos campos de batalha, mas só poderemos agir bem se
conhecermos o bem e, humildemente, dedicarmos a nossa causa a Deus. Se a ela
permanecermos fiéis, prontos para qualquer tarefa ou sacrifício que nos seja
exigido, então, com a ajuda de Deus, venceremos.
[texto
introdutório e tradução do discurso de Jorge VI tirados de Isabel Casanova, Discursar em português... E não só. O
discurso em análise, Lisboa, Plátano, 2011]
TPC — Uma
tarefa para vários tepecês: ler um livro. Nas pp. 24-25 do manual há algumas
sugestões interessantes (ao lado de outras, parece-me, insensatas). Porém, eu
defenderia que optassem por um policial, para o que, brevemente, darei mais
indicações.
Aula 21-22
(22, 23/out) Em trabalho individual (nestas tarefas de leitura, só há treino se
cada um dos leitores chegar sozinho às inferências necessárias), preenche a
síntese-esquema seguinte, relativa à recensão crítica de Eduardo Pitta a romance
de João Tordo (p. 74 do manual).
Ainda antes
da análise do livro, há um parágrafo de introdução (ll. 1-20), em torno do
assunto «Como os escritores _________________________».
São referidos exemplos concretos:
|
Da geração anterior
|
Da nova geração
|
Nos EUA
|
___________________________
|
|
Em Portugal
|
____________, _____________, Ana Teresa
Pereira
|
_____________
|
Quanto a uma especificidade, escrever
____________________________, Tordo só será comparável a alguém da geração
anterior: Gabriela __________________.
Passa-se à análise
da escrita de João Tordo (ll. 21-74)
Em geral —
Livros publicados:
1. ________________________________________
2. O
Hotel Memória, 2007
3. As
Três Vidas, 2008
4. ________________________________________
Percurso:
_______________________________,
Escrita criativa (mas, em 2004, abandonou curso em Nova Iorque).
Sobre O
Bom Inverno —
Género: _________________________________________
{ensaio / recensão crítica / romance histórico / thriller / comunicado / policial}
Categorias narrativas***
narrador*:
________________________; português, jovem, coxo {autodiegético
/ homodiegético / heterodiegético}
* lembra-se-nos ainda que narrador ≠ autor
espaço: entre _________ (Lisboa) e
Hungria (___________), mas sobretudo
Itália (_____________**)
**
este local é relevante e funciona parodicamente
personagens:
conhecidas num ___________________________
ação
(«plot»): _______________
desenlace:
cfr. ____________, A História Secreta (entre ambas as obras
haverá ____________________)
*** o
próprio romance comenta estes aspetos de narratologia nos
______________________________________
Responde
ao ponto 5. da p. 76:
a.
= ___; b. = ___; c. = ___; d. = ___.
Lê o pequeno trecho de O Bom Inverno reproduzido no ponto 1. da
p. 76. Notarás mais tarde que refere assuntos de narratologia que estão bastante em causa no filme que vamos ver lá
para o final da aula.
Do
mesmo modo que há umas aulas escreveste uma continuação de texto inicial de Todos os Nomes, de Saramago, agora pedia-te
que preenchesses com texto teu estas lacunas entre excertos de O Bom Inverno (aliás, todos já do final
do romance), de João Tordo.
A
tua redação deve adotar registo linguístico idêntico ao do original e não pode chocar
com o que está nos trechos que reproduzo, nem em termos de coerência (lógica da
intriga) nem em termos de imediata coesão textual (atentar nos tempos, na
pessoa verbal, etc.).
..................
..................
.................
campo verde, repleto de flores amarelas, estendia-se para um dos
lados; do outro, uma estrada de terra batida conduzia a uma duna.
Elsa
emergiu de baixo da lona e deitou-se de costas sobre as flores. Respirava pesadamente, arfando
como se tivesse corrido durante muito tempo. Os seus olhos magoados fitavam o
céu que começava a despertar num imenso azul. Ainda de joelhos, aproximei-me
dela e, suavemente, levei os meus lábios aos seus. Ela
fechou os olhos e pareceu sorrir. Eu conhecia bem aquela boca; era uma boca que
também me conhecia, éramos velhos amigos. Depois
tirei os sapatos e descalcei as meias suadas. Lentamente desapertei, um a um,
os botões da camisa encardida que trazia vestida. Pensei:
.................
.................
.................
.................
Avancei na direcção da estrada, a coxear, arrastando a perna doente
com o peso do corpo ainda são. Quando os meus pés entraram no caminho de terra,
que permanecia um tanto húmida da noite de temporal, a bengala era já uma
memória de outra vida. Caminhava ansiosamente na direcção da duna. Caí duas
vezes no chão antes de chegar à praia.
.................
.................
.................
.................
Nada
está decidido, penso. Coxeio lentamente na direcção do mar. A areia morna afaga-me os dedos nus. Pé ante pé,
chegarei à beira da água e nela mergulharei para lavar o meu corpo de culpas.
Olho para o céu onde não existe uma única nuvem à vista. Saltámos uma estação,
pois o Verão — o verdadeiro, não esta escusada mentira — acabou de chegar.
.................
.................
.................
.................
Nos últimos três meses, surgiram notícias dispersas sobre os
desaparecimentos de John McGill, Roger e Stella Dormant e Vincenzo Gentile. Não
surgiu qualquer notícia sobre o desaparecimento de Olivia Fontana ou Nina Millhouse
Pascal. Nenhum dos desaparecimentos relatados foi ainda relacionado com a morte
de Don Metzger. A Polícia continua a investigar os casos separadamente.
Não existe qualquer referência a Andrés Bosco nos jornais.
Nunca mais tornei a ver Elsa Gorski. Embora tenha a certeza de que, um
dia destes, nos voltaremos a encontrar.
Expiação (Atonement)
é baseado num romance de Ian McEwan. Tem o interesse de salientar a diferença
entre narrador (e, também, sujeito lírico ou sujeito poético)
e escritor. Habitualmente, a confusão entre estas duas entidades é
relativamente fácil de se fazer — e, ainda mais, quando a narração usa a 1.ª
pessoa.
Expiação organiza-se em, pelo menos,
dois níveis narrativos. O protagonista de um deles — uma escritora —,
supostamente identificável com o narrador da história primeira, vai
comprovar-nos a distinção que referi. Mas só o perceberemos no final.
Neste
trecho inicial, fica sobretudo evidente a diferença entre diegese
(história, realidade) e discurso (narração). Vamos ter, por exemplo, uma
mesma parte da ação mostrada duas vezes, sem cumprir, no tempo do discurso,
a ordem do tempo da diegese, e vincando a faculdade narrativa de se
variar a focalização (o ponto de vista segundo o qual os acontecimentos
nos são apresentados).
Para
o nosso trabalho, tem ainda utilidade direta a cena em que se prepara a leitura
de um texto dramático (de teatro). Ainda não é a preparação da
representação da peça, mas o reconhecimento do original, a distribuição dos
papeis, etc.).
TPC — Traz indicação (referência bibliográfica completa, por favor) do
livro que estejas a ler ou vás ler. Entretanto, porei em Gaveta de Nuvens indicações sobre o assunto.
Aula 23-24
(24, 25/out) Correção do trabalho de gramática feito na penúltima aula.
Entre as pp. 80 e 85 aborda-se um
novo género de texto, ainda que também dos média: o editorial. Lê o
editorial do Público de 19 de março
de 2010, intitulado «Não nos podemos esquecer» (p. 80).
Repara que a possível sequência
deste título percebe-se bem, se lermos o penúltimo período do texto ou o
subtítulo:
Não nos podemos esquecer de que,
apesar ____________
Que acontecimento justifica esta
confiança nas iniciativas da sociedade civil?
No dia seguinte, haveria _________________
Este exercício de cidadania
coincidiu temporalmente com outro, de outro tipo?
Sim, com ________________________
Vê agora a síntese sobre o género editorial, na p. 82. Na coluna da
direita da tabela seguinte, mostra, com exemplos, de que modo o texto lido
cumpre os preceitos de um editorial:
tipo de editorial
|
|
polémico / interpretativo / objetivo-analítico
|
____________________________ {escolher}
|
características do registo
linguístico
|
|
deíticos temporais e espaciais que situam o
acontecimento
|
_____________________________________
_____________________________________ _____________________________________ |
formas verbais no presente, perfeito e futuro
|
_____________________________________
_____________ {um exemplo de cada tempo} |
frases do tipo declarativo
|
_____________________________________
_____________________________________ _________________________ {uma só frase} |
conectores e organizadores discursivos
argumentativos
|
_____________________________________
____________________________ {uns três} |
verbos auxiliares modais
|
______________________________________
______________________________________ |
pronomes pessoais (nós, se)
|
______________________________________
|
estrutura do editorial
|
|
apresentação do tema
|
linhas ______
|
exposição das implicações e consequências
|
ll. ______
|
tomada de posição pessoal
|
ll. ______
|
Resolve o ponto 1
da p. 85:
(a) = _________________;
(b) = _________________;
(c) = _________________;
(d) = _________________;
(e) = _________________;
(f) = _________________;
(g) = _________________;
(h) = _________________;
(i) = __________________;
(j) = __________________;
(k) = _________________.
TPC — Escreve o texto pedido no ponto 1.1 da p. 84.
Como se trata de editorial, convém assumir
um acontecimento próximo (se inventado, verosímil) que pudesse levar ao
tratamento do assunto.
Aula 25-26
(29, 30/out) À esquerda de cada parágrafo, inscreve V(erdadeiro) ou F(also),
conforme o que ouviste no início da discussão em «Quadratura do Círculo»
(Sic-Notícias, 9-10-2008).
Pacheco Pereira ficou indignado por se ter
permitido a colocação de um cartaz com mensagens a criticar a imigração.
Pacheco Pereira acha que é legítimo as pessoas
manifestarem-se contra a imigração.
O «intendente Pina Manique» a que se reporta
Pacheco Pereira é o vereador Sá Fernandes.
Lobo Xavier concorda genericamente com Pacheco
Pereira.
Pacheco Pereira simpatiza mais com o PNR do que
com o Bloco de Esquerda.
Lobo Xavier não vê que se deva intervir
policialmente por causa da divulgação de quaisquer ideias, incluindo
incitamentos ao crime ou à rebelião.
António Costa reconhece que
Sá Fernandes não tinha legitimidade para mandar retirar o cartaz.
António Costa considera que o cartaz contendia
com o que a constituição autoriza, dado que havia uma clara mensagem de
promoção da xenofobia.
Na discussão entre os três políticos, o foco foi
a diferença de posição quanto à xenofobia.
Para Pacheco Pereira, a SOS Racismo é uma
organização que tem grandes méritos.
Para Lobo Xavier, a
profanação de cemitérios é tão negativa como a promoção da xenofobia.
Os Gato Fedorento afixaram um cartaz trocista,
em resposta ao cartaz agora retirado.
O ano que corre é o ano Europeu do Diálogo
Multicultural.
No Largo de S. Domingos foi inaugurado um
monumento evocativo da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Pacheco Pereira criticou os subsídios recebidos
por organizações xenófobas.
Segundo António Costa , cabe a Sá Fernandes, enquanto responsável
pelo pelouro das obras públicas, intervir, se houver mensagens xenófobas em
cartazes afixados em Lisboa.
Em louvor do Magalhães, António Costa chamou a
atenção para o que dissera Bill Gates.
Pacheco Pereira cita um almoço com Bill Gates,
em que este lhe dissera ser contra a distribuição de computadores às crianças.
Lobo Xavier acha ridículo que António Costa invoque o
testemunho de Steve Ballmer (que elogiou Portugal, apenas porque gostou do
bacalhau).
Pacheco Pereira considera que
a distribuição do Magalhães foi, sem dúvida, benéfica para a educação.
Completa a tabela, relativa aos
quatro anúncios da p. 64:
|
A
|
B
|
C
|
D
|
É publicidade comercial?
|
|
Sim
|
|
|
Foco do apelo
|
|
|
defesa dos animais
|
|
Recursos estilísticos no título
|
polissemia de «concentrar»; fórmula «Era uma vez»
|
|
|
|
Resolve o ponto 4. da p. 65:
Nos títulos dos anúncios _____
concretizam-se atos ilocutórios ______________.
Depois de relanceares «Publicidade»,
nas pp. 62-63, faz uma análise do anúncio às águas das Pedras Salgadas (63) ou
às maçãs de Alcobaça (61). Procura incorporar alguns dos termos da nomenclatura
explicada no texto expositivo das pp. 62-63.
TPC — Ir então lendo policial
(ou outro tipo de livro). Em Gaveta de Nuvens dei alguma explicação
(aqui).
Aula 27-28
(31/out, 5/nov) Correção do questionário de compreensão oral.
As formas
erradas que se seguem são retiradas da última redação. Todas têm problemas de
acentos gráficos. Escreve a forma correta no quadro, ao lado da regra que lhe
corresponda (portanto, na coluna da direita, onde pus já outros exemplos).
[o] porque [das coisas] / intíma [adjetivo] / tentão [Presente do
Indicativo] / provavél / tambem / contrario [adjetivo ou nome] / brincavamos /
cardiaco / acreditára [Mais-que-perfeito] / proximo / unica / so / relogio /
neuronios / fôra / saira [Mais-que-perfeito] / passeavamos /estáva / príncipal
/ ultimo [adjetivo] / dificil / alguem / estadio / sotão / iría / faceis /
Africa / páis [‘parentes’] / [ontem] juramos / alí / e [Presente de «Ser»] /
[quis] deixa-los / pensão [Presente] / possivel / tivémos / ninguem / podera
[Futuro] / dár-me / hipotese / acabára / sonambula / [eles] mantém / saíu /
imprevísivel / irónicamente / começaram [Futuro] / familia / passáros / musica
/ incrivel /faziamos / noticias [nome] / chegármos / iamos
Palavra aguda
terminada em a, e ou o (com ou sem -s) leva
acento.
|
má
|
Palavra aguda
terminada em ditongo nasal [ãw] leva til.
|
verão
|
Palavra aguda
terminada em i ou u (com ou sem s) precedidos de vogal com que não formem ditongo leva acento.
|
Luís
|
Palavra aguda
terminada em -em ou ens, se tem mais de uma sílaba, leva
acento.
|
parabéns
|
Palavra aguda
terminada em ditongo aberto leva acento.
|
céu
|
3.ª pessoa do
plural de «ter» ou «vir» leva acento circunflexo (para se distinguir da forma
do singular).
|
vêm
|
Palavras
agudas fora das condições acima descritas não levam acento.
|
peru
|
Palavras graves,
não havendo outra condição especial, não levam acento.
|
vemos
|
Palavras graves
terminadas em -l, -n, -r, -s, -x e -ps levam acento.
|
nível
|
Palavra
grave terminada em ditongo oral (seguido ou não de -s) leva acento.
|
fúteis
|
Palavra
grave terminada em -ã ou -ão (seguidos ou não de s) leva acento.
|
órfã
|
Palavra
cuja sílaba tónica i ou u não forma ditongo com a vogal
anterior (a não ser se seguir um -nh
ou -m, -n e -r) leva acento.
|
constituído, sair
|
1.ª pessoa do
plural do pretérito perfeito da 1.ª conjugação leva acento (para se
distinguir do presente). [facultativo,
agora, pelo menos para os nortenhos]
|
andámos
|
3.ª pessoa do
singular do pretérito perfeito do verbo «poder» leva acento (para se
distinguir do presente).
|
pôde
|
Não
se emprega acento antes de ditongos iu
ou ui precedidos de vogal.
|
caiu
|
Todas as palavras
esdrúxulas (verdadeiras ou aparentes) têm acento.
|
esdrúxula, Flávio
|
Sobre este mesmo assunto, podes estudar, em casa, as
pp. 7-12 do Caderno de Atividades.
Relativamente aos anúncios da p. 66:
Na
p. 62, salientara-se a importância de cinco elementos do processo publicitário,
tradutíveis _____________________ {no
acrónimo / na sigla} AIDMA. Sintetiza como os anúncios da campanha de
criopreservação do cordão umbilical, da Cytothera, atingem aquelas cinco
estratégias.
Atenção
|
Capta-se a
atenção através ________
|
Interesse
|
A escolha de
pessoas __________________________
|
Desejo
|
Aposta-se,
neste caso, no instinto ___________________
|
Memorização
|
Vinca-se, pela
repetição, a necessidade de os pais serem preventivos (apostando numa
responsabilização subliminar): «as grandes decisões tomam-se muito cedo»; «os
primeiros momentos [...] são importantes»», «pense nele logo no primeiro
instante»; «Não perca mais tempo».
|
Ação
|
Remetidos para
o final, em cor diferente, os contactos da firma que presta o serviço de
criopreservação.
|
Relativamente
ao anúncio televisivo que veremos (cfr. ponto 2 da p. 68):
Marca ou Instituição
|
|
Título da campanha
|
Faz o teste do VIH/SIDA
|
Slogan
|
|
Argumentos
|
«Anónimo», «Confidencial», «Gratuito».
|
Expressividade da banda sonora
|
Soturna e grave, mas ritmada e progressivamente
enfática.
|
Valor do texto icónico
|
Sequência essencialmente a preto e branco,
investindo-se no mistério, na obscuridade, para sublinhar a revelação final,
o conselho-solução
|
Relativamente aos anúncios (A e B)
na p. 69, preenche:
|
A
|
B
|
ONG
|
APAV
|
|
Público-alvo
|
|
|
Problemáticas
sociais em causa
|
|
|
Resolve 1.4:
a.
_____; b. ____; c. ____.
Título: [Não há]
Slogan: Have a Guiness when you’re tired / Tome
uma Guiness se estiver cansado
Imagem: Tartaruga com copo de cerveja
TPC —
Terminar (melhorar) a idealização de anúncio agora começada.
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