Sunday, September 16, 2012

Aulas (1.º período, 2.ª parte: 29-50)


Aula 29-30 (5, 6, 8/nov) Situa-te entre as pp. 58-59.

Resume o texto de Luís Carmelo (p. 58). O original terá cerca de trezentas palavras; redu-lo para perto de cem. As regras de um resumo já as conheces (cfr. pp. 323-324).

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Escreve agora uma síntese primeiro texto na página, de Nuno Júdice (p. 58). Também deves usar apenas cerca de um terço das palavras do original, portanto, umas cinquenta. Sobre a síntese, p. 324.

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Escreve um pequeno comentário ao cartoon de Luís Afonso (p. 60).

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Copia o «título [assertivo], descrição de imagem, slogan [diretivo]» que, na última aula, ou já em casa, fizeste para a cerveja Guinness.

 

Título assertivo:
Imagem (descrição breve de...):
Slogan diretivo:

 

Esboça de novo um anúncio, agora sobre alguma pasta de dentes (cfr. p. 60): Couto, Colgate, Pepsodent. Título será expressivo; slogan, compromissivo.

 

Título expressivo:
Imagem (descrição breve de...):
Slogan compromissivo:

 

TPC — Vai continuando as leituras combinadas.


 

Aula 31-32 (7, 8, 12/nov) Na p. 326 lê o que se diz sobre sujeito.

[Aqui fica um resumo:

            Os sujeitos podem ser simples, compostos ou nulos. No caso dos sujeitos simples, talvez valha a pena notar que, além das classes de palavras mais esperáveis («O Cristiano é irmão da Ronalda»; «Messi tem pouco jeito para o futebol»; «Ele está triste»), uma oração também pode servir de sujeito («Quem vai ao mar perde o lugar»; «Comer é bom»). Os sujeitos compostos implicam a coordenação das classes referidas acima: «Comer e beber é excelente»; «Cristiano e Messi jogam pouco». Quanto aos sujeitos nulos:

 

            O sujeito nulo subentendido corresponde à situação em que o sujeito não está expresso mas, dado o contexto, é subentendível. As elipses, que referimos a propósito da coesão referencial, correspondem muitas vezes a estes sujeitos nulos subentendidos.

            O sujeito nulo indeterminado corresponde ao que se costumava designar «sujeito indeterminado» (sabemos que alguém fez mas somos incapazes de especificar quem).

            O sujeito nulo expletivo sucede quando o verbo é impessoal e corresponde ao que antes designávamos «sujeito inexistente».]

 

À direita, escreve uma destas classificações: subentendido; indeterminado; expletivo.

 

A
Aprende-se melhor Português, se se tiver penicos de louça fina. 
sujeito nulo ____
B
Na Idade Média havia anjos com bonitas auréolas coloridas.
sujeito nulo ____
C
Deste uma sova no bom do padre?
sujeito nulo ____
D
Comunicaram à escola as datas dos exames de Lavores.
sujeito nulo ____
E
Hoje nevou no concelho de Sintra, perto da Rinchoa.
sujeito nulo ____
F
Estou cada vez mais inteligente e burro.
sujeito nulo ____

 

Escolhe a alínea correta:

Não há sujeito nulo expletivo em

a) Há sujeito nulo expletivo nesta alínea.

b) Não há sujeito nulo expletivo nesta alínea.

c) Todas as sextas chove na sala E13.

d) Todas as sextas faço uma pergunta sobre sujeito expletivo.

 

Há sujeito nulo subentendido em

a) Nós nada subentendemos.

b) As alheiras com ovo nada me dizem.

c) Ezequiel, percebeste tudo?

d) No dia 16 de Maio de 2018, chegarão os mercedes, os audis, os BMW.

 

Não há sujeito nulo indeterminado em

a) Compra-se ferro-velho.

b) Andaram a difamar o Papa.

c) Há bolas de Berlim tão deliciosas!

d) Diz-se que o ministro vem cá amanhã.

 





 

            Os sketches dos Monty Python «RAF banter» e «Woody and Tinny Words» servem-nos de revisão de uns tantos termos já conhecidos do ano passado, relacionados com semântica e léxico. Completa com

 

denotativo / neologismo / conotativos / monossémicas / aceção / gíria / figurado polissemia / conotações / campo lexical / aceções / cunhada

 

            Na primeira cena, dois aviadores usam expressões e palavras que eles supõem terem uma _______ diferente do seu significado comum. Acreditam que se trata de palavras que, na _______ da sua profissão, teriam um significado especial. Seriam palavras com _________ (ou, pelo menos, com um segundo sentido, mais _________, além do seu valor primeiro, o _________). No entanto, os colegas não reconhecem os alegados segundos sentidos, ___________, na linguagem profissional: para eles, aquelas expressões são _________.

            Na cena passada em família, o homem da casa vai avaliando palavras pela sua aparência, pelo som. Cria um __________ (em termos de processo de formação, uma palavra _______, já que surgiu por pura invenção), «gorn», que lhe agrada particularmente. Entretanto, atribui _______ às expressões que elenca, embora esses segundos sentidos pareçam inesperados. Na verdade, não estaremos bem perante conotações, e ainda menos ________ de uma dada palavra, mas perante associações de ideias, por idiossincrasias do falante. A dada altura, procede a uma série que constitui um _________ (da ‘pornografia’, ou das «palavras marotas», como vem no filme): «sexo», «coxas firmes», «rabo», «zona erógena», «concubina».

 

Ouviremos cinco trechos de bandas sonoras de filmes. Ouvida cada música (durante cerca de uns dois minutos), terás mais uns três para escrever poucas frases (de prosa, de poesia ou de prosa poética) que a música te inspire.

 









 

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O Prémio Literário Correntes d’Escritas — no valor de mil euros — é atribuído anualmente e destina-se a jovens dos 15 aos 18 anos. Em cada ano, alternadamente, o concurso premeia poesia ou prosa. Nesta edição, o prémio vai galardoar um poema. Cada concorrente pode apresentar até dois trabalhos, a enviar até 30 de Novembro. (Está aqui o Regulamento completo, mas eu tratarei do envio dos textos que se ache valer a pena concorrerem.)

            Para já, queria que cada um começasse um texto de poesia. Não invistam na quantidade, mas na boa escolha do caminho do texto. Evitem lugares comuns, lamechices, piroseiras. Rima não é obrigatória, como é óbvio, nem a aconselho (a não ser que se disponham a trabalhá-la rigorosamente). Para um concurso destes, o poema não deverá ser curto, mas podemos assumir que estas primeiras versões ainda serão melhoradas e desenvolvidas.

 

TPC Fazer p. 2 da folha da aula (poesia para Concurso), aproveitando porventura como início do poema o começo de um dos trechos feitos em aula.


 

Aula 33-34 (12, 13, 15, 19/nov) [A corpo 11, o que faltava do texto de O Bom Inverno; a corpo 9 e negro, o que já conheciam:]
















 

A gôndola atingiu o solo com alguma velocidade e eu caí dentro dela, encontrando Elsa no rebolão. O cesto de vime ficou deitado de lado e, depois, o envelope do balão desfez-se de ar e, como uma manta que se coloca sobre uma criança adormecida, envolveu-nos ao primeiro sol daquele dia que começava a brilhar através da lona azul e vermelha, inundando-nos de cor. Com algum esforço destapei a lona que nos cobria e rastejei para fora da gôndola. O campo verde, repleto de flores amarelas, estendia-se para um dos lados; do outro, uma estrada de terra batida conduzia a uma duna.

Elsa emergiu de baixo da lona e deitou-se de costas sobre as flores. Respirava pesadamente, arfando como se tivesse corrido durante muito tempo. Os seus olhos magoados fitavam o céu que começava a despertar num imenso azul. Ainda de joelhos, aproximei-me dela e, suavemente, levei os meus lábios aos seus. Ela fechou os olhos e pareceu sorrir. Eu conhecia bem aquela boca; era uma boca que também me conhecia, éramos velhos amigos. Depois tirei os sapatos e descalcei as meias suadas. Lentamente desapertei, um a um, os botões da camisa encardida que trazia vestida. Pensei: a bengala ficou dentro da gôndola. Mas não a fui resgatar. Já não precisava dela. Pus-me de pé e foi então que o dia abriu, iluminando aquele campo de flores estivais. Avancei na direcção da estrada, a coxear, arrastando a perna doente com o peso do corpo ainda são. Quando os meus pés entraram no caminho de terra, que permanecia um tanto húmida da noite de temporal, a bengala era já uma memória de outra vida. Caminhava ansiosamente na direcção da duna. Caí duas vezes no chão antes de chegar à praia. O areal imenso estava deserto; o mar era tão azul como o mar de um sonho, nenhuma espuma à vista, uma cegonha observando o horizonte do cimo de uma rocha. A areia fina entrelaçou-se nos dedos dos meus pés. Olhei para a esquerda e vi, à distância, o rosto recortado pela erosão da água na rocha de Circe. Podia ser o rosto de Don Metzger, pensei; podia ser o rosto de qualquer um de nós, um rosto esculpido pela erosão do acaso num promontório voltado para o Mediterrâneo, um promontório cujo destino não estava ainda decidido.

Nada está decidido, penso. Coxeio lentamente na direcção do mar. A areia morna afaga-me os dedos nus. Pé ante pé, chegarei à beira da água e nela mergulharei para lavar o meu corpo de culpas. Olho para o céu onde não existe uma única nuvem à vista. Saltámos uma estação, pois o Verão — o verdadeiro, não esta escusada mentira — acabou de chegar.

 

O balão negro onde Don Metzger partiu foi encontrado na ilha de Ponza, no fundo de uma falésia, perto do final do Verão. O corpo, no interior da gôndola, tinha apodrecido e sido parcialmente dilacerado pelas gaivotas. A Polícia italiana considerou que a morte tinha sido causada por um «acidente». Não foi feita qualquer autópsia. A notícia no La Repubblica falava da casa de férias de Sabaudia, que a Polícia investigou, e que revelou encontrar-se vazia com excepção dos móveis e de alguns pertences pessoais do produtor. O artigo referia ainda que a casa se encontrava «excepcionalmente limpa».

Alipio e Susanna Rizzo foram interrogados e afirmaram ter passado o Verão na casa de família, na Lombardia, depois de Don Metzger ter prescindido dos seus serviços.

Nos últimos três meses, surgiram notícias dispersas sobre os desaparecimentos de John McGill, Roger e Stella Dormant e Vincenzo Gentile. Não surgiu qualquer notícia sobre o desaparecimento de Olivia Fontana ou Nina Millhouse Pascal. Nenhum dos desaparecimentos relatados foi ainda relacionado com a morte de Don Metzger. A Polícia continua a investigar os casos separadamente.

Não existe qualquer referência a Andrés Bosco nos jornais.

Nunca mais tornei a ver Elsa Gorski. Embora tenha a certeza de que, um dia destes, nos voltaremos a encontrar.

 

Situa-te na p. 100 do manual. O anúncio que encima a página é uma boa maneira de passarmos do estudo do texto publicitário ao da oratória do Padre António Vieira.

 

Responde ao ponto 1.1:

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E ao ponto 2:

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O sketch «Cheese shop» (Monty Python) tem como protagonista um indivíduo que, sobretudo à chegada à loja — talvez porque esteja especialmente eufórico —, usa várias expressões figuradas.

 

Diz «fiquei com alguma _______», em vez de «tenho fome»; «infiltrei-me no seu estabelecimento para negociar a venda de produtos laticínios», em vez de «quero ______»; «sou daqueles que se deleitam com todas as manifestações da musa Terpsícore», pelo mais simples «gosto de _____». No entanto, acaba por ter de recorrer a termos mais __________ {conotativos / denotativos}, já que o comerciante não percebe aquelas figuras de estilo (metáfora, perífrase, metonímia).

            O miolo do episódio é constituído por um longo enunciado de tipos de queijo. Essa série pode integrar o _____ de ‘queijo’. Além disso, esses nomes de queijo são {escolhe: merónimo(s) / holónimo(s) / hiperónimo(s) / hipónimo(s)} ________ do ______ «queijo».

 

Embora o nosso manual não a reproduza (p. 106), as melhores edições do «Sermão de Santo António [aos Peixes]» incluem a seguinte didascália inicial. (Uso a edição crítica de Arnaldo do Espírito Santo: Padre António Vieira, Sermões, II, Lisboa, INCM, 2010, p. 419.)

 

SERMÃO DE S. ANTÓNIO
 
PREGADO
Na Cidade de S. Luís do Maranhão, ano de 1654.
Este Sermão (que todo é alegórico) pregou o Autor três dias antes de se embarcar ocultamente para o Reino, a procurar o remédio da salvação dos índios, pelas causas que se apontam no I. Sermão do I. Tomo. E nele tocou todos os pontos de doutrina (posto que perseguida) que mais necessários eram ao bem espiritual, e temporal daquela terra, como facilmente se pode entender das mesmas alegorias.
 
Vos estis sal terrae. Matth. 5.
 

Reescreve em português actual toda a didascália, colocando as frases na sua ordem mais natural, trocando as palavras que pareçam antiquadas, traduzindo a epígrafe latina.

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.................

 


 

As palavras «pregado» e «pregou» são formas do verbo «__________» {indica também o número que identifica a cabeça do verbete}. O étimo deste verbo é a palavra latina (aliás, do latim falado por religiosos, o latim dito eclesiástico) «________». Não se confunde este verbo com o seu ___________ {homógrafo / homónimo / homófono} «__________», já que, tal como o nome que dele deriva, «pregador», se pronuncia com E aberto (é), cuja representação fonética é ___, enquanto o verbo cuja primeira aceção é ‘____________’ e cujo étimo, também latino, é «________» se diz com um E que quase não se ouve (e), representado no alfabeto fonético por um _.

 

Sorteio da Liga dos Campeões

 

            Pote 1 — semi-finalistas de 2011-2012      *Substituto (melhor dos quartos de final)

Turma 1 // Guilherme, Pedro M., Inês C., *Rui

Turma 3 // Filipa, Luísa, Ana Marta, Leonor

Turma 4 // Catarina N., Rita S., Inês M., Alexandre C.

Turma 6 // Mariana C., Mariana O., Salomé, Pedro S.

Turma 9 // Bárbara, Márcia, Afonso, Sara

 

            Pote 2 — os dos quartos-de-final de 2011-2012   *Substitutos (vencedores de Liga Europa)

Turma 1 // Beatriz, Noorani, Pedro C., *Duarte

Turma 3 // Marta B., Marta V., João, Pedro R.

Turma 4 // Daniel, Mar, Beatriz, *Hipólito

Turma 6 // Sofia R., Miguel T., Carolina, Lara

Turma 9 // Miguel, Rodrigo, Gonçalo, Paulo

 

            Pote 3 — os dos oitavos-de-final de 2011-2012    *Substitutos (melhores da Liga Europa)

Turma 1 // Pedro D., Mónica, Yaroslav, Miguel M., Francisco S., Joana, Miguel P., Inês P.

Turma 3 // Joana, Gi, Marta P., Guilherme, Gonçalo C., Chico, Pedro A., Cláudia

Turma 4 // Marta, Sara, Alexandre A., Maria Inês, Núria, Rodrigo, *Joana, *Gonçalo C.

Turma 6 // Rita, Mariana L., Marta, Sol, Maria, Sofia A., Pedro F., Gonçalo

Turma 9 // Rui, Nuno, João, Zanatti, Tiago, Filipe, Pedro M., *Maria

 

            Pote 4 — os que não estiverem nos anteriores

Turma 1 // Tomi, Cláudia, Diogo, Filipe, Francisco R., Sempi, João, Luís, Marta, M. Formiga, PP, Yara

Turma 3 // Afonso, Gisela, André, Paco, Inês, José, Nuno, Rafael, Miguel G., Miguel B., Ricardo, Sara

Turma 4 // Alexandre F., Rita M., Gonçalo V., Gonçalo N., Inês B., João, Raquel, Miguel B., Miguel D., André, Tomás, Nádia, Manel, Helena

Turma 6 // Filipa, Aurélio, Miguel G., Catarina, Daniel, Diogo, João, João Almendra, Karim, Marta A., Raffaella, Tiago

Turma 9// Ana, Daniel, Francisco, Scheltinga, Pedro C., Carlota, Tomás, [Gonçalo S.]

 

Liga dos Campeões — fase de grupos

 


Grupo A

Grupo B

Grupo C

Grupo D

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

TPC — Vai terminando as leituras combinadas. A partir da próxima aula, procurarei ter algum feed-back do que tenha sido lido. Estuda (ou relanceia) a secção do Caderno de Atividades sobre «denotação, conotação, monossemia, polissemia» (pp. 34-37). Quanto aos poemas que agora levo (o tepecê pedido para hoje), depois de os devolver corrigidos por mim, haverás ainda de os melhorar, para efeitos, eventualmente, do Concurso Correntes D’escritas. Entretanto, não é de descartar possas escrever outro poema para o mesmo concurso.


 













Aula 35-36 (19, 20, 22/nov) Audição de crónicas «Pregar aos peixes» e «Ser o sal da terra» (Mafalda Lopes da Costa).

Audição do cap. I do «Sermão de Santo António» (por Luís Lima Barreto).

 

Lendo a parte I do «Sermão de Santo António» (pp. 106-108), que já ouviste também, vai completando:

 

[linhas 1-12]            Cristo diz serem os pregadores o ___________. Tal como o sal preserva (os alimentos), os pregadores deviam impedir a __________. Mas, se há tantos ___________, como se justifica que haja tanta corrupção? Várias hipóteses (e bifurcadas): ou os pregadores não pregam a _______ ou os ________ não a querem; ou os pregadores não fazem o que ________ e os seus ouvintes preferem imitá-los nas _________ e não nas palavras; ou os pregadores pensam mais neles do que em ___________ ou os ouvintes, em vez de seguirem os preceitos da religião, preferem reger-se pela sua __________ imediata.

[ll. 13-22]      Então, o que se há de fazer aos __________, que não evitam a corrupção, e aos ouvintes, que não se deixam ___________? Como disse Cristo, se os pregadores não cumprem bem, pelas palavras ou pelos _______, o melhor será ___________.

[ll. 23-40]     E que se há de fazer aos _________? Santo António, perante um público que não lhe ligava, abandonou-o e foi pregar aos __________.

[ll. 41-52]      Retomando o ‘conceito predicável’: Santo António foi até mais do que «sal da terra», foi também «sal do _____», já que pregou a ________. Mas o autor não quer relatar o que se passou com Santo António, antes acha que, nos dias dos santos — lembremos: era dia 13 de junho, dia de Santo António —, se deve é ________-los.

[ll. 53-57]     Por isso, o orador, o Padre António Vieira, vai também ________ aos peixes; para tanto, invoca _________, cuja etimologia, supostamente, se ligaria ao mar (na verdade, esta etimologia é falsa).

 

Escreve o começo do exórdio de um discurso cujo conceito predicável fosse ***. Repara que não estou a indicar o tema do discurso (que escolherás tu), apenas a dar-te a frase — o conceito predicável — que servirá de pretexto para o início da abordagem.

 

***

«Avaritia est radix omnium malorum» [Epístola a Timóteo, 6, 10] (A avareza é a raiz de todos os males)

«Nihil habentes, omnia possidentes» [Epístola aos Coríntios, 6, 10] (Sem ter nada, possuem tudo)

«Qui non est mecum, contra me est» [Mateus, 12, 30] (Quem não está comigo está contra mim)

«Qui sapientam diligit diligit vitam» [Eclesiastes, 4, 13] (Quem ama a sabedoria ama a vida)

«Qui quaerit invenit» [Mateus, 7, 8] (Quem busca encontra)

 

O contexto que envolve o «Sermão de Santo António aos Peixes» — 1654, São Luís de Maranhão, a defesa dos índios por parte dos jesuítas, contra a posição dos colonos (cfr. p. 103 do manual, «O Sermão de Santo António aos Peixes: pela defesa da liberdade dos indígenas») — tem semelhanças óbvias com a história narrada no filme A Missão.

Porém, em A Missão, a ação decorre no século XVIII, nos territórios dos índios Guarani, em área que pertencerá hoje ao Paraguai, na fronteira com Argentina e Brasil. Tal como sucedeu com Vieira, que pertencia à Companhia de Jesus, no filme são também os jesuítas que procuram defender os índios da ganância dos colonos.

 



 

TPC — (1) Prepara a leitura em voz alta do cap. I do «Sermão de Santo António» (pp. 106-108).

(2) Passa a computador o poema que devolvi agora (com as minhas correções) e trá-lo na próxima aula (eventualmente, em outra folha, podes passar também mais algum outro poema que queiras apresentar ao Concurso Correntes D’escrita). Eu tratarei do envio dos textos, mas precisarei dos seguintes elementos (cfr. regulamento): fotocópia do Bilhete de Identidade (ou do CC); Indicação de morada, nº. de telefone e e-mail; pseudónimo.

(3) Quando puderes, relanceia o glossário de termos sobre sermões que pus em Gaveta de Nuvens.


 

Aula 37-38 (21, 22, 26/nov) Na última aula, vimos o início do «Sermão de Santo António aos Peixes», do Padre António Vieira. Esse primeiro capítulo corresponde ao exórdio, cujos objetivos são captar a benevolência do público (a captatio benevolentiae) e motivar para o assunto a tratar.

Partindo da citação «Vós sois o sal da terra» (Vos estis sal terræ) — o conceito predicável —, o Padre António Vieira começava por constatar que os pregadores não exerciam bem o seu papel (ou os ouvintes não se deixavam catequizar por eles). Assim — e porque se estava a 13 de junho, dia de Santo António —, o Padre Vieira decide imitar o que fizera o grande santo português (que pregara a peixes, quando os homens não o queriam ouvir). Também Vieira, no seu sermão de 13-6-1654, proferido em São Luís do Maranhão, se dirige aos peixes.

 

Vamos ver o segundo capítulo (pp. 110-112). Vai lendo as linhas e respondendo.

            Não queiras decifrar todas as palavras, tenta inferir o sentido de algumas das que desconheças. De qualquer modo, ficam aqui os significados mais difíceis:

 

17: «senão também» ‘mas também’ | 29: «provisões» ‘documentos’ | 35-36: «fornalha» ‘forno grande’ [Nabucodonosor colocara numa fornalha três jovens hebreus por estes se recusarem a adorar a sua estátua em ouro] | 39: «adulação» ‘ato de louvar’ | 39: «púlpito» ‘tribuna, na igreja, onde se prega’ | 45: «quietação» ‘sossego, tranquilidade’ | 64: «omnipotência» ‘poder absoluto e supremo, Deus’ | 69: «afora aquelas aves» ‘além daquelas aves’ | 72: «pegos» ‘sítios mais fundos’ | 78: «muito embora» ‘em muito boa hora’| 82: «cerviz» ‘parte posterior do pescoço’ | 86: «cortesanias» ‘maneiras de homem da corte’.

 

linhas 1-7

 

            Pregar a peixes tem uma desvantagem: é os peixes não se _________; porém, isso sucede com tanta gente, que já não se pode considerar caso especial.

 

            Passa para português contemporâneo: «pelos encaminhar sempre à lembrança destes dois fins» (ll. 6-7) — no fundo, vais desfazer a contração:

__________ sempre à lembrança destes dois fins (Céu e Inferno).

 

linhas 8-24

 

            Sintetiza todo este segundo parágrafo, completando a resposta a seguir.

Em função de duas qualidades que tem o sal — conservar e ________ —, também o autor divide o seu sermão em _______. Na primeira, elogiará __________; ________, _______.

 

Refere a função das várias citações:

As citações (ll. 8, 15-16, 18-20) — da Bíblia e de teólogos — servem para dar ao texto ___________.

 

linhas 25-97

 

            Esta parte do texto é um rol de qualidades dos peixes. Preenche os itens em falta, sintetizando os louvores — os elogios — aos peixes.

 

l. 2: ouvem e não falam

25-27: foram criados ___________

31-32: estão em __________

32: são ________ {embora, note-se, a baleia não seja um peixe}

43-44: acudiram _____________

45-47: ouviram Santo António com ___________

66-67: ____________

72-73: nenhum ____________

73: todos _____________

89-92: todos _________ do ___________

92: ficaram __________

 

Identifica a «virtude» dos peixes salientada no parágrafo das ll. 64-88 e diz qual é a mensagem que, através desse louvor, o pregador transmitir aos seus ouvintes verdadeiros.

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.........................

.........................

 

Resolve as seguintes perguntas das pp. 112-113:

2.         2.1: ___; 2.2: ___; 2.3: ___; 2.4: ___.

3:         a = ___; b = ___; c = ___.

 

Liga dos Campeões (ver aqui).

 

TPC — (1) Prepara a leitura em voz alta deste capítulo II do «Sermão de Santo António». (2) Vê aqui a instrução para a tarefa sobre livro lido.



Aula 39-40 (26, 27, 29/nov) Segue-se um resumo do capítulo 3 do «Sermão de Santo António aos Peixes», tal como vem num livro para crianças (Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes, adaptado para os mais novos por Rui Lage; ilustrações de André Letria; Quasi, 2008).

            À esquerda, pus as linhas do manual (Expressões, pp. 114-117) correspondentes aos passos da adaptação para crianças. Lê o resumo e completa o quadro.

[ll. 1-4]           Apenas de alguns de vós, irmãos peixes, falarei agora.

[4-39]             {Este trecho é omitido no resumo-adaptação. Trata-se de um peixe bíblico, o «Peixe Santo de Tobias». Lê o passo no manual.}

[40-63]          Quem haverá que não louve e admire muito a rémora, peixinho tão pequeno no corpo e tão grande na força, que, não sendo maior que um palmo, quando se pega ao leme de uma nau da Índia a prende e amarra mais que as próprias âncoras? Oh, se houvesse uma rémora na terra que tivesse tanta força como a do mar, menos perigos haveria na vida e menos naufrágios no Mundo!

[64-88]          Não menos admirável é a tremelga, ou raia elétrica, a que os latinos chamaram torpedo. Cá a conhecemos mais de fama que de vista. Mas com as grandes virtudes é assim: quanto maiores são, mais se escondem. O pescador segura a cana na mão e deixa o anzol ir ao fundo; mal a raia morde o isco, começa a tremer-lhe o braço. De maneira que passa a força da boca do peixe ao anzol, do anzol a linha, da linha à cana e da cana ao braço do pescador. Oxalá aos padres, pescadores da terra, lhes tremesse assim o braço do esforço de tanto pescarem almas! Tanto pescar e tão pouco tremer!

[89-123]         Navegando daqui para o Pará, vi correr pela tona da água, aos saltos, um cardume de peixinhos que não conhecia. Disseram-me que lhes chamavam quatro-olhos, e na verdade me pareceu que eram quatro os seus olhos, em tudo perfeitos. «Dá graças a Deus», disse a um destes peixes, pois às águias, que são os linces do ar, deu-lhes a natureza somente dois olhos, e aos linces, que são as águias da terra, também dois; e a ti, peixinho, quatro.

            A razão dos quatro-olhos é a de que estes peixinhos, que andam sempre na superfície da água, não só são perseguidos por outros peixes mas também por aves marítimas que vivem na costa. Como têm inimigos no mar e inimigos no ar, dobrou-lhes a natureza as sentinelas e deu-lhes quatro olhos. Ensinou-me esse peixinho que tanto devo olhar para cima, onde há o azul do céu e nuvens que passam, cheias de sonhos, como para baixo, onde há terra, respeitando a natureza e vivendo em harmonia com bichos e homens.

[124-126] {Este trecho não é aproveitado na adaptação e no manual também é muito cortado). No original do sermão louvam-se os peixes por serem alimento mesmo nos dias de penitência, ao contrário da carne.}

[127-137] Por fim, irmãos peixes, dou-vos graças porque ajudais os mais pobres. Elogiem-se na mesa dos ricos as aves e os animais terrestres com que se fazem esplêndidos banquetes, mas vós, peixes, continuai a alimentar os pobres, e sereis recompensados. Tomai o exemplo das irmãs sardinhas. Porque cuidais que as multiplica o Criador em tão grande número? Porque são sustento de pobres. As solhas e os salmões são raros, porque se servem à mesa dos reis e dos poderosos, mas o peixe que sustenta a fome dos pobres, a esse, Cristo o multiplica e aumenta.

 

Peixe
Característica boa (que deve servir de exemplo aos homens)
Peixe de Tobias
As suas entranhas deitavam um fel que _________.
Rémora
Apesar de pequeno, fixando-se ao leme de um barco, ______.
Torpedo (raia elétrica)
Quando toca no isco, ________.
Quatro-olhos
Os seus quatro olhos permitem que _________.
Sardinha
Serve de _______.

 

Liga dos Campeões (ver aqui).

 

Escolhe um animal. Faz-lhe louvores, que permitam, possivelmente por metáforas, concluir da sua vantagem relativamente aos homens (ou de como poderiam constituir um bom exemplo).

 

Tu, camelo, tens uma virtude que não encontro em outro animal. Nas tuas bossas, armazenas água, providencial-mente, sabendo que o caminho será longo e penoso. Oxalá fôssemos todos assim, amigo camelo, e pensássemos a tempo na velhice, e rebeubéu pardais ao ninho.

            Não tens uma, tens duas bossas. Rejeitas a unicidade, preferes a …

 

TPC — Prepara a leitura em voz alta do cap. III do «Sermão».


 

Aula 41-42 (28, 29/nov e 3/dez) Como o Padre António Vieira já anunciara (cap. II, p. 110, l. 22), o capítulo IV vai ser de ________ dos peixes. São dois os motivos dessa crítica (como verás já nas pp. 119-122):

1. {ll. 4-5} os peixes ___________.

2. {ll. 81-87} os peixes __________.

 

Depois de apresentar estas características dos peixes, o orador mostra que os homens incorrem nos mesmos erros:

1. os homens são comidos por outros homens, quando ________ {ll. 17-30} e quando _________ {ll. 34-39}.

2. os homens seguem cegamente os seus engodos, quando _______________ {ll. 88-97} e quando _____________ {ll. 101-114}.

 

Responde às seguintes perguntas, completando os meus esboços:

1. Explica como funciona a identificação entre peixes e homens neste cap. IV do «Sermão [...]».

            Traça-se uma analogia entre os peixes que se comem (os maiores comem os mais pequenos, o que aliás torna o caso mais grave) e os homens que também estão sempre a procurar «comer» o seu semelhante (entenda-se: __________). Também se infere que são os mais __________ a prejudicar os mais __________.

 

2. Identifica os usos polissémicos do verbo «comer» neste ponto so «Sermão».

            Quando se diz «peixes [...] vos comeis uns aos outros» (ll. 3-4), a aceção de «comer» que se pode considerar mais próxima é ‘________’ {‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}; quando se pergunta «Cuidais que só os Tapuias se comem uns aos outros?» (l. 19), «comer» equivale a ‘_________’ {‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}; em «andarem buscando os homens [...] como se hão-de comer» (ll. 22-23), «comer» tem o sentido de ‘_________’{‘devorar’ / ‘ter relações sexuais com’ / ‘enganar, trair, explorar’}.

 

3. Comenta a referência, no contexto da pregação, ao «sertão» (l. 18) e aos «Tapuias» (l. 19).

            3. No contexto do sermão — pregado no Maranhão, em 1654, a uma audiência de _________ —, a referência ao sertão e aos índios (dizendo aos ouvintes que não julgassem serem os índios aqueles que o orador estava a ________) visava culpabilizar os _____ e aludir à ______ que exerciam sobre os nativos.

 



 

É claro que o Padre António Vieira, grande viajante aliás, não conhecia a grande barreira de coral australiana. A propósito do «Sermão de Santo António» e de À Procura de Nemo, completa:

Marlim é um pai super-protetor. Como prefere que Nemo fique confinado a um espaço doméstico (melhor: «anemonar»), tudo faz para que nem às aulas o filho vá. Não parece ser da estirpe dos seus irmãos peixes que, como se lembra no «Sermão» (cap. II, pp. 111-112, 64-88), são ______ e ______ (ao contrário de cão, cavalo, boi, _____, e até, leões e tigres; papagaio, rouxinol, ______, aves de rapina). E, no entanto, comunga de uma característica que o Padre louva nos peixes (p. 11l. 73), a _____ relativamente aos homens.

Menos medroso ou por reação ao feitio do pai, Nemo arrisca ir investigar um barco, o que lhe trará depois graves dissabores. Ao invés, a pequena rémora (p. 115, ll. 40-54), se procura barcos, é para se lhes _____ e, se necessário, conduzi-los ou bloqueá-los. O Padre Vieira comparará a força da rémora com a força da língua de _______ (ll. 55-64).

Nemo é caçado por um mergulhador. Fosse ele um _______, aka raia elétrica (pp. 115-116, ll. 64-71), e nada disso acontecia: decerto aproveitaria o facto de ser capaz de gerar ______ (como quando as raias fazem tremer o braço dos pescadores que seguram as canas a cujo isco se agarram).

Dóri e Marlim conseguem defender-se de um ataque de gaivotas. Porém, se tivessem as qualidades do _______ (p. 116, ll. 89-107), que pode vigiar o que se passa em ______ e em ______, nem aves nem peixes os surpreenderiam.

Tanto o ataque inicial de uma barracuda a Coral (que torna Nemo órfão de mãe) como os tubarões que Dóri e Marlim conhecem, apesar de estarem num programa de ajuda para vencerem os seus instintos predadores, corroboram o que nos diz o Padre Vieira como primeira repreensão aos peixes (cap. IV, p. 119): ________ (e, por azar, são sempre os _______ que comem os ________ — se fosse ao contrário, «era menos mal»).

 

Liga dos Campeões (ver aqui).

 

TPC — Prepara leitura em voz alta do cap. IV do «Sermão».









Aula 43-44 (3, 4, 6/dez) Audição de gravação de excertos do cap. IV, para relembrar capítulo lido na última aula e enquadrar capítulo seguinte.

O capítulo V do «Sermão [...]» (Expressões, 124-128) aborda o que o orador tem contra quatro tipos de «peixes».

Relanceando o texto, marca as linhas em que começam e em que acabam os trechos sobre cada um dos animais (incluindo as comparações com os homens):

 

os roncadores (ll. 2-____);

os pegadores (ll. ____-____);

os voadores (ll. ____-____);

o polvo (ll. ____-____).

 

Transcreve o passo em que está a queixa principal sobre cada um dos «peixes»:

 

Peixe
Repreensão
Linhas
roncadores
«É possível que[,] sendo vós ______________________»
4-5
pegadores
«sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas[,] de tal sorte ______»
42-43
voadores
«_________________ Pois porque vos meteis a ser aves?»
80-81
polvo
«Se está nos limos, ___________; se está na areia, ________
______ ; se está no lodo, ______________; e[,] se está em alguma pedra, como mais ordinariamente costuma estar, _________»
139-141

 

Os quatro animais servem para se aludir a pecados humanos. Outros casos históricos confirmam esses defeitos dos homens. Ao contrário, Santo António seria um bom exemplo a seguir. Preenche:

 

Peixe
Característica dos homens que está a ser criticada
Outros maus exemplos
Linhas a consultar
O bom exemplo de Santo António
 
 
roncadores
 
 
_____
São Pedro «roncou», porque asseverara ser o único constante na sua fé, mas logo negou Cristo quando interpelado por uma _____. Também adormeceu, apesar de se ter comprometido a vigiar o horto.
Caifás alardeava o ___. Pilatos exibia ___.
12-30
 
 
 
 
33-36
Apesar do seu saber e poder, nunca deles fazia alarde, preferia _______.
31-38
 
 
pegadores
 
 
______
Não parte um vice-rei ou um governador sem que vá acolitado por uma série de ________.
Morto Herodes, também morreram os que dele dependiam (como acontecerá aos peixes que se não despeguem do _______ que parasitam).
49-54
 
60-67
[Pegou-se apenas a Deus, como costuma ver-se na imagem tradicional, em que Santo António surge com ________ ao colo.]
omitido
no nosso
manual
 
 
voadores
 
 
______
O mago Simão disse ser filho de Deus e anunciou quando subiria aos céus, mas não só se viu privado de asas, para voar, como de _______, para andar.
Por querer voar, Ícaro se ________.
106-119
 
 
120-121
Tendo «asas» — a sabedoria — para «subir», preferiu __________: apagar-se, passar por leigo e sem ciência.
104-130
 
 
polvo
 
 
______
Judas abraçou Cristo mas foram outros que o ______ (o polvo abraça e, com os próprios braços, faz as _________).
144-150
António foi o mais puro exemplar de ______________; nele nunca houve ____________________.
151-169

 

Não reparei se em À procura de Nemo há algum polvo (logo no início, entre os colegas de escola de Nemo?). Porém, há medusas (alforrecas), que têm algumas das características que o Padre Vieira critica no polvo (pp. 127-128, ll. 133-144).

 

retrato do polvo
que o faz assemelhar-se a.../ ou fingir
capelo (na cabeça)
________
_______ (braços)
estrela
falta de ossos ou de espinha
______, mansidão
Desta aparência modesta, desta «hipocrisia tão santa», resulta ser o polvo o maior traidor do mar:
por malícia, muda de cor conforme o ambiente (como, mas apenas por _____, faz o camaleão)
lança os braços e prende os ____________ e os desacautelados

 

Quanto às medusas (À procura de Nemo), também traem, porque ________

 



 

Leitura em voz alta do cap. IV (Liga dos Campeões).

 

TPC — (1) Prepara leitura em voz alta do cap. V do «Sermão». (2) Vai revendo os conteúdos de gramática, os relativos à oratória e ao próprio «Sermão de Santo António».


 

Aula 45-46 (5, 6/dez [nas turmas 6.ª e 1.ª, que ficaram com menos uma aula — cfr. Mafra & Gastronomia química —, esta sessão será suprimida, sendo as tarefas mais importantes diluídas na aula 47-48 ou antecipadas para a aula 43-44])

 

Leitura em voz alta do cap. V do «Sermão» (Liga dos Campeões).

 



 

O sketch «Teste de bazófia» (série Barbosa) serve-nos para revisão dos valores aspetuais (perfetivo, imperfetivo; habitual; genérico; iterativo; [pontual; durativo]), temporais (anterioridade, simultaneidade, posterioridade) e modais (modalidades deôntica, epistémica, apreciativa). Preenche as lacunas:

 

Trechos no sketch
valor aspetual
valor temporal
modalidade
descrição gramatical
Está a andar
__________
simultaneidade [com a enunciação]
deôntica
auxiliar «estar» no presente do indicativo + preposição «a» + infinitivo de «andar» (+ gesto para seguir em frente)
Você hoje bebeu? // Bebi
__________
anterioridade
 
«beber» no pretérito perfeito do indicativo
Sopre aqui
[pontual]
posterioridade
deôntica
presente do _________ (= imperativo para 3.ª pessoa)
Desde puto que resisto ao álcool que nem um campeão
__________
 
apreciativa
presente do indicativo de «resistir» (& «desde puto»)
Andou a armar-se em bom antes de conduzir?
__________
anterioridade
 
pretérito perfeito de «andar» + preposição «a» + infinitivo de «armar-se»
Antes de conduzir, disse para o meu sogro que, quando for preciso, acarto com a máquina de lavar roupa
 
____________
 
presente do indicativo de «acar[re]tar»
Você está a querer passar a sua bazófia para mim
imperfetivo
____________
 
presente do indicativo do auxiliar «estar» + preposição «a» + «querer passar»
Vou ter de lhe fazer um teste
 
posterioridade
_________
presente do indicativo do auxiliar «ir» + infinitivo do auxiliar «ter» + preposição «de» + infinitivo de «fazer»
Eu bem devia ter desconfiado quando o vi a mascar pastilha
 
anterioridade [relativamente à enunciação];
simultaneidade [relativamente à outra ação]
_________
imperfeito de «dever» + infinitivo composto de «desconfiar»
Isso não devia dar para ultrapassar o limite
 
 
_________
imperfeito de «dever» + infinitivo de «dar»
Tenho de lhe fazer um teste de bazófia
 
 
_________
presente do auxiliar «ter» + preposição «de» + «fazer»
Não vou poder deixá-lo conduzir nessas condições
 
posterioridade
_________
presente de «ir» + «poder» + «deixar»

 

Quanto ao temperamento criticável que está em foco no sketch, podemos dizer que lembra o de um dos peixes repreendidos no «Sermão de Santo António»:

a) roncador; b) pegador; c) voador; d) polvo à lagareiro; e) esparguete à bolonhesa.

 

Quadro-síntese relativo ao «Sermão de Santo António» (tirado de Alexandre Dias Pinto, Carlota Miranda & Patrícia Nunes, Desafios, 11.º ano, Carnaxide, Santillana, 2011, p. 82):


 

Com alguma habilidade, conseguiremos ver em «Os potentinhos portugueses» (p. 129) todos os defeitos atribuídos aos quatro peixes repreendidos no capítulo V do «Sermão de Santo António», que representam, no fundo, outras tantas más características dos homens. Desenvolve esta ideia, articulando as críticas de MEC a certos defeitos dos portugueses e os quatro tipos definidos por Vieira no penúltimo capítulo do seu sermão.

......................

......................

 

TPC — Prepara leitura (compreensão e leitura em voz alta) do cap. VI do «Sermão» (pp. 130-131).

Quando revirem conceitos de gramática dados recentemente (ou ao longo do período), considerem também os conceitos ligados aos sermões e o próprio conhecimento do «Sermão de Santo António».






Aula 47-48 (10, 11/dez) Neste questionário trata-se de verificar os conteúdos mais propriamente gramaticais.

 

Circunda a melhor alínea.

 

Os valores aspetuais imperfetivo e durativo costumam estar mais presentes em formas do

a) Futuro do Conjuntivo do que do Presente do Indicativo.

b) Presente do Conjuntivo do que do Presente do Indicativo.

c) Imperfeito do Indicativo do que do Perfeito do Indicativo.

d) Perfeito do Indicativo do que do Presente do Indicativo.

 

O valor aspetual de que a ação está acabada encontra-se sobretudo em formas do

a) Futuro do Indicativo.

b) Pretérito Perfeito do Indicativo.

c) Pretérito Imperfeito do Indicativo.

d) Presente do Indicativo.

 

Utilidade típica do Pretérito Mais-que-perfeito é

a) transmitir o valor aspetual habitual.

b) localizar uma ação num momento posterior ao tempo do verbo-base.

c) conotar um valor aspetual iterativo.

d) localizar uma ação antes de outra também passada.

 

O valor temporal ‘posterioridade’ pode conseguir-se através de

a) Futuro do Indicativo.

b) Futuro do Indicativo; Presente do Indicativo; Perifrástica com «Ir».

c) Futuro do Indicativo; Perifrástica.

d) Futuro do Indicativo; Condicional.

 

Não se integra na modalidade epistémica o verbo em itálico em

a) «Deves estar a responder bem se não escolheres esta alínea».

b) «Não deves escolher esta alínea por nada deste mundo — é o meu conselho».

c) «Pode ser que seja um mau conselho o que eu dou em outra alínea destas».

d) «Pode ser que acertes».

 

Há valor epistémico em «Nas férias de Natal

a) têm de começar a ler um romance de Eça (em GdN direi se só Os Maias, se Os Maias ou outro)».

b) podem descansar da Matemática ou da História».

c) não devem exagerar das filhoses, rabanadas, bacalhau, gomas e outros doces».

d) poderá nevar em Lisboa».

 

Em «Ponha aqui o seu pezinho», o verbo está na

a) 2.ª pessoa do singular do Imperativo, interpretando-se como uma ordem.

b) 3.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo e funciona como Imperativo.

c) 2.ª pessoa do singular do Presente do Conjuntivo e funciona como Imperativo.

d) 3.ª pessoa do singular do Imperativo, interpretando-se como uma ordem.

 

Em frases negativas, o Imperativo socorre-se das formas do

a) Presente do Conjuntivo (exceto na segunda pessoa).

b) Presente do Indicativo.

c) Presente do Conjuntivo.

d) Presente do Indicativo (exceto na segunda pessoa).

 

Não há erros de ortografia em

a) «ninguem», «Gervásio», «saírdes».

b) «parabéns», «deviamos», «nú».

c) «juri», «alguém», «bens».

d) «fóruns», «moinho», «demos».

 

Não há erros de ortografia em

a) «mantens», «ama-lo», «caneta».

b) «à», «caío», «tabú».

c) «saír», «fora», «comemos».

d) «come-mos», «contém», «contem».

 

Não há erros de ortografia em

a) «construído, «reconstruindo», «afáveis».

b) «edifício», «deem», «teem».

c) «vêm», «áquela», «mirá-lo».

d) «deixámos», «deixamos», «util».

 

Não há erros ortográficos em

a) «bébé», «veem», «leem».

b) «Rúben», «Rubem», «vemos».

c) «parti-mos», «júniores», «estivemos».

d) «começavamos», «exdrúxula», «grave».

 

Há erros de ortografia em

a) «pode», «estivémos», «fizemos».

b) «bainha», «pôde», «peru».

c) «raiz», «enes», «lápis».

d) «raízes», «molho», «ás».

 

O acento grave assinala

a) situações de gravidade inquestionável (é uma espécie de cartão vermelho ortográfico).

b) vogal aberta resultante de uma contração.

c) tónica nas palavras graves.

d) a sílaba tónica.

 

«Neurónio» é uma

a) esdrúxula falsa (ou aparente).

b) palavra bué fofinha.

c) esdrúxula verdadeira.

d) palavra grave.

 

Em «Jogam hoje o Benfica e o Sporting.», o sujeito é

a) nulo subentendido.

b) nulo indeterminado.

c) composto.

d) nulo expletivo.

 

Em «Na quinta-feira choveu a potes», o sujeito é

a) nulo expletivo.

b) nulo indeterminado.

c) nulo subentendido.

d) «quinta-feira».

 

Em «Felizmente, as aulas da ESJGF terminam esta sexta!», o sujeito é

a) nulo indeterminado.

b) composto.

c) «as aulas».

d) simples.

 

No Dicionário da Língua Portuguesa (Porto Editora, 2011), o verbete de «polissemia» reza: «polissemias.f. linguística qualidade das palavras que possuem mais de um sentido (Do gr. polýs, ‘muito’ + séma, ‘sinal’ + ia)». Tendo isto em conta, mas não só, sabemos que «polissemia» é uma palavra

a) que, ainda que com uma única aceção registada, terá com certeza vários sentidos denotativos.

b) monossémica.

c) monossémica, ainda que decerto possa surgir com diversas conotações.

d) polissémica.

 

Num dicionário geral temos a seguinte definição de «merónimo»: «termo que, numa relação de hierarquia semântica, denota uma parte relativamente a um todo (holónimo) (ex.: manga ou punho são merónimos de camisa) (Do gr. merós, ‘parte’ + ónimo)». Portanto,

a) «camisa» é merónimo de «colarinho».

b) «camisa» é holónimo de «peça(s) de vestuário».

c) «termo» é hiperónimo de «merónimo».

d) «merónimo» é um composto morfossintático.

 

Este questionário procura verificar se foste seguindo o que tratámos em aula em termos de tipos textuais, bem como o conhecimento genérico do que já vimos no domínio da oratória e do «Sermão de Santo António».

 

Circunda a melhor alínea.

 

Um editorial

a) não deve incluir tomada de posição pessoal.

b) não deve ser polémico.

c) estará ancorado em situação de atualidade.

d) é redigido por alguém exterior ao jornal.

 

Num anúncio publicitário, título e slogan

a) são a mesma coisa.

b) devem ser assertivos.

c) não têm de ter o mesmo objetivo ilocutório.

d) devem ser expressivos.

 

O exórdio ocorre

a) no final de um discurso, correspondendo a peroração ao início.

b) a meio de um discurso, sendo a peroração o final.

c) no início de um discurso, seguindo-se logo a peroração.

d) no início de um discurso, sendo a peroração a parte final.

 

Considerada a estrutura de um discurso, a captatio benevolentiæ ocorre

a) no exórdio.

b) na peroração.

c) na refutação.

d) no desenvolvimento.

 

«Pregar» e «Pregar» são palavras

a) convergentes.

b) homógrafas.

c) homónimas.

d) divergentes.

 

Segundo Vieira, nos dias dos santos, os pregadores devem

a) imitá-los.

b) criticá-los.

c) pregar a peixes.

d) tê-los como assunto dos seus sermões.

 

O «Sermão de Santo António aos Peixes» tem

a) três capítulos.

b) dez capítulos.

c) seis capítulos.

d) cinco capítulos.

 

As citações (da Bíblia; de teólogos) que enxameiam o «Sermão» funcionam como

a) argumentos de autoridade.

b) falácias.

c) ironias.

d) perorações.

 

O conceito predicável do «Sermão de Santo aos Peixes» é

a) «Vós sois o sol da terra».

b) «Vós sois o sal do mar».

c) «Vós, sol, sois a terra».

d) «Vós sois o sal da terra».

 

A série que apresenta «peixes» que são «protagonistas» do «Sermão» é

a) peixe de Tobias, torpedo, roncador.

b) pescadinha de rabo na boca, massada de garoupa, baleia.

c) rémora, três olhos, raia electrónica.

d) cão, atum, peixe de Tobias.

 

A ação de A Missão (de Roland Joffé) — filme que foca o trabalho de missionários jesuítas junto dos índios —

a) é contemporânea das experiências vividas por Vieira.

b) é posterior às experiências vividas por Vieira.

c) é posterior às experiências de Vieira, mas passa-se no mesmo local.

d) é anterior às experiências vividas pelo Padre António Vieira.

 

O «Sermão de Santo António aos Peixes» foi pregado

a) pelo Padre António Vieira, em São Luís do Maranhão, em meados do século XVII.

b) pelo Padre António Vieira, em Lisboa, na Igreja de São Roque, no século XVII.

c) por Santo António, em São Luís do Maranhão.

d) por Santo António, no Brasil.

 

Nos capítulos II-V do «Sermão», temos (segundo esta ordem)

a) elogio dos peixes, em geral; elogio a algumas espécies de peixes; repreensão dos peixes, em geral; repreensão a algumas espécies de peixes.

b) repreensão dos peixes, em geral; repreensão a algumas espécies de peixes; elogio dos peixes, em geral; elogio a algumas espécies de peixes.

c) elogio a algumas espécies de peixes; elogio dos peixes, em geral; repreensão a algumas espécies de peixes; repreensão dos peixes, em geral.

d) elogio dos peixes, em geral; repreensão dos peixes, em geral; elogio a algumas espécies de peixes; repreensão a algumas espécies de peixes.

 

O verdadeiro auditório do «Sermão» era constituído por

a) colonos.

b) D. João IV e restante corte.

c) peixes.

d) índios.

 

No final do cap. I do «Sermão» diz-se que

a) «Maria» vem de «Senhora do mar», o que é uma falsa etimologia.

b) «peixe» vem de «pé», o que não é verdade.

c) «sal» vem de «sol», o que é uma etimologia correcta.

d) o étimo de «Maria» é «Senhora do mar», o que é verdade.

 

«Sermão» é palavra

a) polissémica.

b) monossémica.

c) homónima de «sermão».

d) convergente.

 

Em aula, considerei que Marlim (À procura de Nemo) confirmava uma característica dos peixes evocada por Santo António:

a) enfrentarem tudo para cumprirem os seus objetivos.

b) serem indomáveis.

c) fugirem dos homens.

d) serem comestíveis.

 

Entre polvo e monges a semelhança é

a) o burel de Santo António.

b) a dissimulação.

c) a atitude camaleónica.

d) o capuz dos frades.

 

A correspondência entre peixes repreendidos e defeitos dos homens é (por esta ordem): roncadores, pegadores, voadores, polvo;

a) bravata, oportunismo, ambição, fingimento.

b) benfiquismo, aderência, aerofagia, capacidade de dar palpites sobre jogos de futebol.

c) arrogância, parasitismo, mentira, soberba.

d) vaidade, intromissão, dissimulação, falsidade.

 

O peixe de Tobias é gabado

a) pelos excrementos fecais (vulgo «cocós»), que, mastigados com certa demora, curam as aftas.

b) pelo seu fel, com efeitos benéficos em termos oftalmológicos.

c) pelas suas escamas, semelhantes a lentejoulas.

d) pelas espinhas, com mais cálcio concentrado do que o leite.

 

Completa, no estilo das frases que já lancei, usando o que saibas acerca do «Sermão de Santo António aos Peixes», do Padre António Vieira, de oratória, aspectos históricos. Podes ir «flanando» pelo manual, mas evita transposições sem criação tua.

 

S     olho (esturjão) — e não «solha» — é um dos peixes que Vieira opõe às sardinhas (dos pobres).

E     xórdio. Constitui a abertura dos discursos; corresponde-lhe o capítulo I do «Sermão».

R     ___________________

M    ___________________

à     ___________________

O    ___________________

 

D    ___________________

E     ___________________

 

S     ___________________

A     ___________________

N    ___________________

T     ___________________

O    ___________________

 

A     ___________________

N    ___________________

T     ___________________

Ó    ___________________

N    ___________________

I      ___________________

O    ___________________

 

A     ___________________

O    ___________________

S     uscitar a benevolência dos ouvintes e o interesse pelo assunto é objetivo do Exórdio.

 

P     ___________________

E     xposição e Confirmação (caps. II-V do «Sermão»). Partes dos discursos, como o Exórdio e a Peroração.

I      ___________________

X    avier (São Francisco), o «apóstolo do Oriente», era jesuíta, tal como o Padre Vieira.

E     ___________________

S     ___________________

 

Audição de «Coro dos tribunais» (cfr. p. 123), de José Afonso, em versão dos GNR. [Aqui ponho também a de Zeca Afonso]





 

Assistência a trecho de A Missão.

 

TPC — Completa o «Alfabeto do ‘Sermão de Santo António aos Peixes’» .


 

Aula 49-50 (12, 13/dez) Correção dos questionários sobre gramática e sobre o «Sermão de Santo António» feitos na aula anterior. Prospetiva do início do próximo período; outras explicações sobre os trabalhos em curso.

 

Assistência a conclusão de A Missão [nas turmas 3 e 9] ou de À procura de Nemo [1, 4, 6], ao mesmo tempo de conversas, aluno a aluno, acerca de avaliação.

 

TPC — Põe à mão um exemplar de Os Maias (não sebenta ou resumo, mas, é claro, a obra toda). Começa a ler o livro.