Friday, August 30, 2019

Aula 18 da Quarentena (= 142-142R)


Aula 142-142R [= 18 da Quarentena] (12 [5.ª], 13/mai [3.ª, 4.ª, 9.ª]) A aula de hoje decorrerá à volta do tópico da quarentena. Em quarentena estava a personagem Inês quando começava a Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Lembram-se decerto; e, se não se lembrarem, é também por isso que convém hoje recordar a peça.

Seguem-se três páginas do manual do 10.º ano:





O monólogo de Inês constitui a cena I da peça (que não explicita as cenas, note-se).

1. Nesses vv. 1-38, Inês Pereira mostra-se-nos como se estivesse numa verdadeira quarentena ou em confinamento.

Desenvolve esta ideia num curto comentário que inclua passagens textuais e que caracterize situação e psicologia da protagonista. (Cerca de setenta palavras. A caneta; guarda a resposta contigo.)

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Chega a Mãe e começa a segunda cena.

2. Distingue as perspetivas que têm a mãe e Inês (sempre citando também o texto), aproveitando para aproximar o papel da mãe do que têm as mães nas cantigas de amigo. (Cerca de cem palavras. A caneta, guardando contigo a resposta-)

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(Cfr. as tuas respostas com as na Apresentação.)


Na cena terceira, junta-se à Mãe e a Inês a personagem Lianor Vaz, uma alcoviteira talvez menos interesseira do que outras de Gil Vicente mas que, apesar da indignação inicial, parece afinal toda contente por um clérigo a ter tentado seduzir. Depreende-se até que o encontro com o padre se concretizou.

Lembro estas três cenas iniciais numa encenação que não foi a que fomos seguindo mais há dois anos. As três cenas que lemos há pouco correspondem a pouco mais do que os primeiros seis minutos. Vê só esses talvez:


Podemos ainda lembrar que Inês vai sentir-se de novo confinada quando, já depois de casada com um escudeiro que a tratava mal, fica fechada em casa, vigiada pelo Moço, enquando o marido vai guerrear para o Norte de África. Só alcançará o «desconfinamento» com a morte, cobarde aliás, do marido, que lhe parecera tão galante no início e lhe fora proposto por judeus casamenteiros. (Mas, antes de tudo isto, ainda rejeitara Pero Marques.)

Por estes excertos de outra encenação da peça, a que seguimos mais há dois anos, recordarás a maioria das peripécias. Lembra-te que o enredo procura provar o mote dado a Gil Vicente: «mais quero asno que leve que cavalo que me derrube».


O argumentista e escritor Filipe Homem Fonseca suscitou uma série de pequenos filmes em torno da quarentena, as «chamadas para a quarentena».

Como reparei pelo exercício que corrigi na última aula, a atribuição de um título, uma frase, um aforismo ou mote que sinterizem expressivamente a lição de um texto não é a praia de muitos de vocês. Notem como o mote dado a Gil Vicente seria uma boa síntese expressiva da Farsa de Inês Pereira, se acaso não se tivesse dado tudo ao contrário (foi a peça que veio acomodar-se ao mote).

Enfim, queria que treinassem o jeito para dar títulos, frases, expressivos a histórias ou textos, recorrendo agora aos episódios de Chamadas para a quarentena.

Ficam aqui os episódios 1, 3, 4, 6 e 7. Atribui a cada um deles o tal título-fase expressivo e, ao mesmo tempo, capaz de apanhar o essencial da situação (ou a sua moralidade). Escreve-os depois no Classroom, não deixando de indicar o número do episódio. Começo pelo 4, que é o escrito pelo próprio Filipe Homem Fonseca:

Ep. 4 — Na casa do ex


Ep. 1 Joana e Guilherme


Ep. 3 — O que calçar no confessionário


Ep. 6 — Mas a minha mãe faz anos


Ep. 7 — Enquanto os homens vão à bola




TPC — Vê aqui ou descarrega o PDF de volume que é uma análise intercalada com o texto da Farsa de Inês Pereira. É o fascículo intitulado Inês (da Quimera; por Cristina Almeida Ribeiro; em coleção coordenada por Osório Mateus).  Leres, ou apenas relanceares, esta edição é uma boa maneira de recordares toda a farsa.

Fica também a síntese do Caderno oferecido ao aluno:










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